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Ano XII nº 182 maio/2010 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto AEAARP ASSOCIAÇÃO DE ENGENHARIA ARQUITETURA E AGRONOMIA DE RIBEIRÃO PRETO painel AEAARP oferece cursos em parceria com o SENAC Saiba tudo sobre a Semana de Tecnologia da Construção Congresso Nacional discute piso salarial e propõe PEC 46 Esse é o número que garante o repasse de 10% do valor da ART para a AEAARP. Campanha vai mostrar a importância dessa ação para a cidade, a sociedade e os profissionais.

Painel - edição 182 – mai.2010

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Revista oficial da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto.

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Ano XII nº 182 maio/2010 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

A E A A R PASSOCIAÇÃO DE ENGENHARIA ARQUITETURA E AGRONOMIA DE RIBEIRÃO PRETOpainel

AEAARP oferece cursos em parceria com o SENAC

Saiba tudo sobre a Semana de Tecnologia da Construção

Congresso Nacional discute piso salarial e propõe PEC

46Esse é o número que garante o repasse de 10% do valor da ART para a AEAARP. Campanha vai mostrar a importância dessa ação para a cidade, a sociedade e os profissionais.

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Eng. civilRoberto Maestrello

Editorial

Chegou a hora da revisão do Plano Diretor, elaborado em 2006. As leis complementares que compõem o Plano devem passar por revisões periódicas para que possam atender às demandas da população, do poder público e do setor produtivo. É natural que isso aconteça, pois a dinâmica dos acontecimentos face à lei existente exige que mudanças de rotas possam ser acertadas, trazendo melhorias significativas à qualidade de vida das pessoas.

Os remendos acontecidos antes do prazo legal da revisão, apesar de legalmente acer-tados entre os poderes Executivo e Legislativo, não devem ser tomados como regra, pois muitas vezes miram apenas alguns interesses setoriais em detrimento dos interesses maiores da coletividade. Esses ajeitamentos atemporais, contrários à nossa opinião (dos técnicos e da maioria das associações de classe e de bairros), revelam a falta de planeja-mento da cidade, essencial para o desejável desenvolvimento social e econômico. E nesse caso os remendos criam leis oportunistas, como a recente Lei do Puxadinho, que só não foi pior por causa de nossa (e de outras entidades) atuação incisiva e veemente.

A revisão deste ano é a oportunidade que todos – técnicos, gestores, políticos, asso-ciações, população – temos de colocar no papel o que queremos para a nossa cidade e lutar para que nossos anseios sejam aprovados pelos poderes competentes. Esse é um exercício necessário, que requer conhecimento técnico e social. Afinal, o que toda essa gente que aqui vive – e são 600 mil pessoas, é sempre bom lembrar, fora os milhares que aqui estão todos os dias – precisa para ter qualidade de vida? Qual é a cidade que queremos para nós e para os que nos sucederão?

Algumas respostas nós já temos: transporte público de qualidade (e aí se incluem as diversas modalidades de circulação de massa, sobre rodas, trilhos etc.), sistema viário organizado e bem distribuído, planejamento urbano no parcelamento, no uso, na ocu-pação do solo, plano de drenagem territorial urbana e rural, dentre outras questões. Uma das mais importantes, aliás, até hoje não foi votada pela Câmara Municipal: a que trata do mobiliário urbano. Por incrível que pareça, chegamos à época de revisão das leis complementares sendo que sequer votamos uma delas! Nós temos a obrigação de olhar para o futuro. Especialistas preveem que em pouco tempo a cidade terá um milhão de habitantes. Mais de 80 municípios compõem a região de Ribeirão Preto, que hoje tem mais de três milhões de habitantes e uma das mais altas rendas per capita do país e essa vocação de centro de região já nos faz caminhar para nos tornarmos brevemente sede de região metropolitana.

Esta edição da Painel dedica-se a investigar e expor os projetos que estão em anda-mento, as obras, as ideias e, sobretudo, o que nós queremos para a cidade. Recebemos documento do Conselho Municipal de Urbanismo que elenca as prioridades do município, na visão daqueles conselheiros. A AEAARP tem assento no COMUR, apoia a iniciativa do Conselho e conclama engenheiros, arquitetos e agrônomos a participarem dos debates que promoveremos sobre o tema e a se envolverem nas discussões que resultarão em um novo desenho para a cidade.

Eng. civil Roberto MaestrelloPresidente da AEAARP

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AssociAçãode engenhAriA ArquiteturA e AgronomiA de ribeirão Preto

Índice

Expediente

Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

EspEcial 05aRT para a cidade!

OpiniãO 08Transgênicos: 14 anos de contribuições para o meio ambiente

sEmana da cOnsTRuçãO 10semana de Tecnologia da construção: assunto foi debatido por grandes especialistas na aEaaRp

EducaçãO 15palestra apresenta aEaaRp aos estudantes do cOc

mEiO ambiEnTE 16Estudos ressaltam importância ambiental do código Florestal

EvEnTO 18iv semana do meio ambiente: de 8 a 10 de junho na aEaaRp

mORadia lEgal 19Juiz discute projeto de habitação social na aEaaRp

pROFissõEs 20Estudo mapeia mais de cem profissões do futuro

lEgislaçãO 22pEc para garantir piso salarial a engenheiros e arquitetos tramita no senado

aEaaRp 23comunicado aos associados

bibliOTEca 24livro esmiúça a vertiginosa transformação urbanística da capital paulista

indicadOR vERdE 24

nOTas E cuRsOs 25

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Roberto Maestrello Geraldo Geraldi Junior Presidente Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: Hugo Sérgio Barros RiccioppoDiretor Financeiro: Ronaldo Martins TrigoDiretor Financeiro Adjunto: Luis Carlos Bettoni NogueiraDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: José Anibal Laguna

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: Newton Pedreschi ChavesDiretora de Comunicação e Cultura: Maria Ines CavalcantiDiretor Social: Paulo Brant da Silva Carvalho

DIRETORIA TÉCNICAEngenharia Agrimensura e afins: José Mario SarilhoAgronomia, Alimentos e afins: Calil João FilhoArquitetura, Urbanismo e afins: Luis César BarillariEngenharia Civil, Saneamento e afins: Edison Pereira RodriguesEngenharia Elétrica, Eletrônica e afins: Tapyr Sandroni JorgeGeologia, Engenharia de Minas e afins: Caetano Dallora NetoEngenharia Mecânica, Mecatrônica, Ind. de Produção e afins: Giulio Roberto Azevedo PradoEngenharia Química e afins: Paulo Henrique SinelliEngenharia de Segurança e afins: Luci Aparecida SilvaComputação, Sistemas de Tecnologia da Informação e afins: Orlean de Lima Rodrigues JuniorEngenharia de Meio Ambiente, Gestão Ambiental e afins: Gustavo Barros Sicchieri

DIRETORIA ESPECIALUniversitária: Hirilandes AlvesDa Mulher: Nadia Cosac FraguasDe Ouvidoria: Arlindo Antonio Sicchieri Filho

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Luiz Gustavo Leonel de Castro

Arlindo Clemente Filho José Fernando Ferreira VieiraDilson Rodrigues Caceres José Roberto Scarpellini Edgard Cury Luis Antonio BagatinEduardo Eugenio Andrade Figueiredo Manoel Garcia FilhoElpidio Faria Junior Marco Antonio PinheiroEricson Dias Melo Nelson Martins da CostaFernando Ferrucio Rivaben Pedro Ailton GhideliGilberto Marques Soares Ricardo Aparecido DeBiagiHideo Kumasaka Sergio Luiz Coelho Wilson Luiz Laguna

CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP REPRESENTANTES DA AEAARPCâmara Especializada em Engenharia Civil: Wilson Luiz LagunaCâmara Especializada em Engenharia Mecânica: Giulio Roberto Azevedo PradoCâmara Especializada em Engenharia Elétrica: Tapyr Sandroni Jorge

REVISTA PAINELConselho Editorial: Maria Inês Cavalcanti, José Aníbal Laguna, Giulio Roberto Azevedo Prado e Hugo Sérgio Barros Riccioppo - [email protected]

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento 39, cj. 24, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14024-180Fones: 16 3916.2840 | 3021.0201 - [email protected]

Editores: Blanche Amâncio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Georgia Rodrigues

Publicidade: Promix Representações - (16) 3931.1555 - [email protected] Pajolla Júnior / Jóice Alves

Tiragem: 2.500 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader - [email protected] Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.Fotos: Fernando Battistetti.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

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para a cidade!ART

especial

Levantamento do escritório regional do CREA-SP em Ribeirão Preto revela que apenas 40% das ARTs (Anotação de Responsabilidade Técnica) indicam a AEAARP como beneficiária dos 10%, recolhidos compulsoriamente.

A Associação é a única entidade local credenciada a receber esse recurso. Todos os profissionais do sistema CON-FEA-CREA podem indicar o código 46 no preenchimento do documento e destinar parte do valor da ART para a AEAARP.

A ART é o instrumento instituído pela

Lei n° 6.496, de 07 de dezembro de 1977, e regulamentada pela Resolução n° 425, de 1998, com o objetivo de definir, para efeitos legais, a autoria e os limites da responsabilidade técnica pela execução de obra ou prestação de qualquer serviço de engenharia, arquitetura, agronomia, geologia, geografia, meteorologia. As ARTs registradas junto ao CREA com-põem o acervo técnico do profissional.

Em 2009 o CREA-SP bateu o recorde em registros de ARTs: foram 60 mil do-cumentos protocolados no Conselho. A

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6 campanha

informação é do presidente José Tadeu da Silva, que a complementa dizendo no ano passado R$ 18 milhões foram desti-nados às entidades de classe – o valor contempla várias fontes de recursos do CREA-SP, incluindo ARTs.

CampanhaPara informar a população sobre a

importância do documento na garantia do trabalho prestado pelos profissionais do Sistema CONFEA-CREA e ressaltar aos profissionais a importância de valorizar as entidades que os representam, a AE-AARP está lançando a campanha “ART para a cidade”.

Outdoors, mídias institucionais e informativas serão lançadas na cidade nos próximos dias. Os materiais têm por objetivo mostrar à sociedade a impor-tância da ART para fortalecer a AEAARP e valorizar o profissional.

ARTOs recursos arrecadados com a ART e

repassados às entidades de classe são aplicados em ações de aprimoramento profissional como promoção de even-

tos – a exemplo daqueles que são pro-movidos pela AEAARP, como a Semana do Meio Ambiente, a de Tecnologia da Construção e outras – ou publicações, como a revista Painel.

“A ART representa segurança tanto para o profissional quanto para aquele que contrata seus serviços”, lembra José Galdino Barbosa da Cunha Junior, repre-sentante do CREA-SP em Ribeirão Preto. Para o contratante significa a garantia do serviço prestado. Para o profissional, representa seu acervo técnico.

“Os recursos da ART têm usos específi-cos, mas, indiretamente, valorizam a AE-AARP, que presta serviços gratuitos a toda comunidade ao se dedicar às discussões que interferem na organização urbana do município, nas políticas públicas de meio ambiente, dentre outros temas”, observa o engenheiro civil Roberto Maestrello, presidente da AEAARP. Nos últimos me-ses a entidade está trabalhando na regu-lamentação da Lei da Assistência Técnica Gratuita e influenciou no estudo de uso e ocupação da zona leste como membro do grupo de trabalho criado pelo Ministério Público Estadual.

A Era do Conhecimento

“a escola forma, capacita. ao cREa cabe a fiscalização, que garante privilégio no mercado e dá responsabilidade técnica, ética e civil ao profissional. A Associação faz a defesa do profissional, articula, mo-biliza e integra. Além de promover o aper-feiçoamento técnico”, ressalta o presidente do conselho paulista.

José Tadeu, que preside também a Fede-ração brasileira de associações de Enge-nheiros (FEbRaE), lembra que o mercado de trabalho mudou. “acabou a carteira assinada”, diz José Tadeu, em referência ao fim do emprego formal e às novas relações de trabalho. E, para atender às exigências, os quatro ou cinco anos regulamentares da universidade são insuficientes. Ele levanta a bandeira da educação continuada, essencial, segundo ele, para ter competitividade.

“É nesse campo que atuamos e somos for-tes. O mercado de trabalho exige profissio-nais capacitados em todas as áreas. aqueles ligados ao sistema cOnFEa-cREa têm de dar respostas cada vez mais qualificadas às exigências da sociedade. Não podemos esquecer que somos responsáveis por 70% do produto interno bruto (pib) nacional e temos de estar sempre prontos para dar con-ta dessa imensa responsabilidade”, analisa Maestrello. Para ele, a ART é o documento que fortalece a ação dos profissionais do sistema perante o conselho. a destinação de parte do recurso à AEAARP permite que a entidade invista cada vez mais em cursos, palestras e workshops. “O repasse não onera os profissionais e tampouco o trabalho que estão desempenhando”, res-salta maestrello.

O fortalecimento financeiro da AEAARP colabora para seu crescimento, assim como para sua autonomia. Essa é uma característi-ca que, na visão do presidente da aEaaRp, interessa aos profissionais e à sociedade. “O conhecimento não tem limites. cada obra, parafuso e desenho novo é um aprendizado. E é nisso que a AEAARP investe”, conclui maestrello.legenda da foto

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HistóriaO Sistema CONFEA-CREA constitui o maior

conselho de fiscalização profissional do mun-do. Em todo o país existem cerca de 900 mil profissionais inscritos. A primeira entidade de classe do país foi o Clube de Engenharia, do Rio de Janeiro. Foram as entidades de classe que concluíram pela necessidade de regulamentar o exercício profissional e ins-tituir um órgão de fiscalização, criado nos anos de 1930 no governo do ex-presidente Getulio Vargas.

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TRANSG14 anos de contribuições

opinião

A complexidade e a diversidade dos sistemas de produção agrícola fazem com que a adoção de qualquer nova tecnologia seja acompanhada da preo-cupação com os impactos ambientais. No caso da biotecnologia, uma intensa discussão sobre potenciais riscos tem ofuscado as importantes contribuições das plantas transgênicas para a melhoria da qualidade ambiental. No entanto, o histórico da adoção de culturas geneti-camente modificadas (GM) em mais de 125 milhões de hectares e em 25 países indica esta como uma ferramenta estra-tégica na preservação do meio ambiente, em razão de permitir racionalizar o uso dos recursos naturais.

Após 14 anos de utilização dos cultivos transgênicos no mundo, os resultados indicam que os benefícios ambientais são mais evidentes que os improváveis riscos. O impacto positivo envolve desde o aprimoramento das práticas de cultivo, a redução da quantidade e melhoria na qualidade dos produtos agrícolas, o aumento da renda dos produtores e consequente economia dos países que adotaram a biotecnologia.

Os dados mais impressionantes vêm

do estudo de uma consultoria inglesa (PG Economics) que avaliou que, em 2007, os 111 milhões de hectares de cultivos transgênicos no mundo resultaram no abatimento da emissão de 14,2 bilhões de quilos de CO2, equivalente à remoção de 6,3 milhões de carros de circulação durante um ano.

O combustível economizado em razão do menor número de aplicações – em relação aos cultivos convencionais – e os sistemas de preparo de solo reduzido ou plantio direto, resultaram na economia permanente de emissões de CO2 e na conservação do solo, ganhos com impac-to positivo para todos os países.

Evolução das práticas agrícolasA agricultura, a partir dos cultivos

transgênicos, sofre uma transformação que modifica sobremaneira as técnicas e práticas de cultivo, semelhante à pro-movida pela Revolução Verde na década de 60. O manejo integrado da agricultura moderna contribui não apenas para aumentar a produção de alimentos em menor espaço, como controla melhor as pragas, plantas daninhas e doenças das culturas. Assim, os impactos no meio ambiente são minimizados significati-vamente.

Entre as principais vantagens, a maior produtividade dos cultivos GM é um ganho contundente, já que reduz a necessidade de ampliação da área cul-tivada, diminuindo a redução de perdas na lavoura e permitindo, desse modo, a manutenção de áreas destinadas à preservação ambiental. Este benefício é ainda notável nas lavouras transgênicas, pois, entre os impactos observados,

ocorre o consumo mais racional de de-fensivos agrícolas, a redução do uso de água e combustíveis, a conservação do solo e a sensível redução na emissão de gases de efeito estufa.

No caso das plantas transgênicas tole-rantes a herbicidas há ainda a diminuição das perdas por meio de um controle mais eficiente de plantas invasoras. Como o uso de herbicidas é menor e são empre-gados princípios ativos menos tóxicos, também são minimizados os efeitos dos defensivos na saúde dos produtores. Por exemplo, o glifosato – usado na soja transgênica tolerante ao herbicida – é de três a 17 vezes menos tóxico que os herbicidas que ele substitui, além de permanecer por menos tempo no meio ambiente.

Os herbicidas comumente destinados às plantas transgênicas tolerantes, como o glifosato e o glufosinato de amônio, são de utilização foliar, de pós-emergência, o que geralmente permite o uso de modo mais específico, alterando o manejo em relação aos métodos convencionais. Os produtos podem ser aplicados depois que as ervas daninhas emergirem, per-mitindo que áreas com altas infestações de insetos-pragas sejam identificadas e tratadas, enquanto as áreas com baixas infestações possam ser tratadas com menos produto. Além disso, o uso de um único herbicida de espectro amplo pode reduzir a necessidade de combinações que requerem aplicações múltiplas.

Geralmente aplicados em menor quan-tidade em comparação aos herbicidas de pré-emergência, tais produtos apre-sentam menor absorção por colóides do solo. Eles também se movem menos por

Marcelo Gravina

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meio da água subterrânea, resultando em economia do produto químico por lixiviação (dissolução) e escorrimento superficial.

Economia de água e energiaOutra contribuição da biotecnologia

na agricultura, e já utilizada no Brasil em culturas de milho e algodão, são as plantas GM resistentes a insetos. Tais variedades permitem reduzir o volume de ingredientes ativos no solo, o número de defensivos químicos utilizados e, prin-cipalmente, a quantidade de aplicações de agrodefensivos na cultura.

Entre outros fatores, o conjunto des-sas ações favorece a preservação dos inimigos naturais dos insetos-pragas e a manutenção da biodiversidade local. Em consequência disso, o impacto ambiental é altamente positivo não apenas na eco-nomia de energia como também na de água, vital para a manutenção dos ciclos biológicos, geológicos e químicos que mantêm em equilíbrio os ecossistemas. Isso se deve pela redução das pulveriza-ções, da utilização de equipamentos, da diminuição do descarte de embalagens e do tempo gasto com monitoramento da presença de insetos.

Para se ter uma ideia, a economia de água nos pulverizadores nas plantações de algodão transgênico no Brasil pode variar 300 a 700 litros/ha a 1.000 litros/ha, dependendo da variedade utilizada. Se considerarmos que os algodoeiros transgênicos em poucos anos têm po-tencial para atingir 80% da área cultivada no Brasil, a perspectiva de economia de água poderá chegar a 560.000 metros cúbicos (m3) por ano.

Impactos positivos no soloTambém o solo pode ser beneficiado

com os cultivos transgênicos. Os sistemas de cultivo mínimo e de plantio direto aumentaram significativamente a utili-zação de culturas transgênicas tolerantes a herbicidas. Isso porque a tecnologia elevou a habilidade dos agricultores no controle das plantas daninhas, reduzindo a dependência do preparo do solo.

O excesso de preparo do solo é conhe-cido por causar alterações na estrutura, aumento da erosão e redução da umi-dade. As perdas da camada superficial causam danos ambientais permanentes. De outro lado, o manejo conservacionista libera resíduos de plantas na superfí-cie, prevenindo a erosão, reduzindo a evaporação e elevando a absorção da umidade. Uma biota rica do solo pode aumentar a reciclagem de nutrientes e também auxiliar o combate de pragas e doenças dos cultivos. Mais um impacto positivo da redução do preparo do solo é o decréscimo na emissão de gases de efeito estufa, devido principalmente à diminuição do uso de combustível fóssil, neste caso, óleo diesel.

Certamente, todo esse resumo é ape-nas o início. O potencial para aplicação da biotecnologia na agricultura é promissor e os benefícios incontestáveis ao meio ambiente e a toda a sociedade nos anos de cultivo dos transgênicos pelo mundo estimulam ainda mais a pesquisa de técnicas e produtos que contribuam com esse cenário.

Marcelo Gravina é Engenheiro agrônomo, Ph.D. em Fitopatologia e Biologia Molecular,

professor associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e conselheiro do CIB.

Sobre o CIB

O conselho de informações sobre biotecnologia (cib), criado no brasil em 2001, é uma organização não-governamental sem fins lucrativos, cujo objetivo é divulgar informações técnico-científicas sobre

biossegurança, biotecnologia e seus benefícios, aumentando

a familiaridade de todos os setores da sociedade com o

tema. O conselho desenvolve

suas atividades com o suporte de profissionais ligados aos

principais centros de pesquisa, universidades e institutos de cunho científico do país. O grupo hoje é composto por

mais de 70 profissionais que atuam em campos distintos do conhecimento científico. Desta

forma, o cib se consolidou como fonte para jornalistas,

pesquisadores, consumidores, empresas e instituições

interessadas em biotecnologia e biossegurança.

www.cib.org.br

ÊNICOS:para o meio ambiente

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10 semana da construção

assunto foi debatido porSemana de Tecnologia da Construção:

Até 2030, deverá haver uma demanda de até 50 milhões de habitações residen-ciais para atender o aumento populacio-nal em um país onde uma pessoa chega a mudar de endereço até 18 vezes. Os projetos implantados com sistemas cons-trutivos pré-fabricados evitam o desper-dício de materiais, oferecem flexibilidade na hora de reformar, ampliar ou alterar o espaço e o custo final da obra se equipara ao de uma convencional, em casos de obras de grande porte. Mas, apesar da qualidade da indústria no Brasil, a deman-da pelos pré-fabricados ainda é pequena e esbarra em questões culturais.

“É imprescindível que os profissionais se atualizem para buscar mais conheci-mento. Assim haverá demanda e desen-

volvimento tecnológico para baratear os custos”, defende diz o engenheiro Luiz Gustavo Leonel de Castro, respon-sável pela organização da Semana de Tecnologia da Construção, realizada na AEAARP, entre 12 e 15 de abril. Para ele, o grande desafio está na popularização do pré-fabricado e desmistificação do material. “Mas há o outro lado: um nicho a ser explorado para o mercado que pode gerar mais postos de trabalho ao mesmo tempo em que incrementará a indústria e, ainda, conferirá outro perfil à constru-ção civil no Brasil”, completa.

Para discutir o tema, profissionais se reuniram durante a semana e apresen-taram projetos, estudos, produtos etc. Veja o resumo das palestras.

Luiz Gustavo Leonel de Castro Mounir Khalil El Debs Noe Marcos Neto Ricardo Humberto MoschettiWilson Luiz Laguna

Wilson Luiz Laguna, Luiz Gustavo Leonel,

Roberto Maestrello, José Galdino e

Abranche Fuad Abdo

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José Maria Franco de CarvalhoMarcelo Teixeira da CostaMarco Aurélio CavalheiroMarco Aurélio MedaMarcos Otávio Bezerra Prates

12 de abril

Rodolfo Teixeira.

grandes especialistas na AEAARPResumo das palestras

Palestra: Ações estruturantes para modernização do setor da construção civil no BrasilMarcos Otávio Bezerra Prates – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Ampliar e modernizar o setor de constru-ção civil para reduzir o déficit habitacional e o mercado de obras de infraestrutura é o desafio atual. O cenário mostra o mercado brasileiro em forte expansão, empresas de construção entrando no mercado de capi-tais, a presença significativa de informais, a baixa qualificação de mão-de-obra e o grande déficit habitacional para famílias de baixa renda. A meta para 2015 é aumentar a produtividade em 50% e reduzir perdas em 50%. Para isso será necessário desenvolver mecanismos e financiamento sustentá-veis, capacitar mão-de-obra, incentivar e disseminar a tecnologia industrial básica e promover a construção industrializada.

Palestra: Inovar, uma dose de ousadia e persistênciaMakoto Yokoyama – palestra motivacional

A situação atual do mercado da cons-trução civil está em destaque. Para inovar é necessário qualidade, eficiência e baixo custo. Como obtê-los? O espírito da mu-dança faz parte do cotidiano do ser hu-mano, seja em pequenos detalhes ou até mesmo em repaginações radicais. Buscar ideias diferenciadas, soluções incríveis e projetos inspiradores são dicas apontadas pelo especialista.

13 de abril

Palestra: Viabilidade econômica de edifícios em açoEng. civil Fernando Ottoboni Pinho – Associação Brasileira de Construção Metálica

O aço se destaca na construção civil por oferecer rapidez de fabricação e monta-gem, precisão milimétrica, alta resistência e leveza, flexibilidade para modificações e reforços e reciclagem de material. O palestrante apontou o que é mito sobre o uso do aço. Dentre os mitos, citou: a ideia de que a construção em aço é cara e que existem dificuldades de soluções com as interfaces. Mostrou diversos projetos com aplicações de estrutura mista em aço e concreto e disse que esta solução pode otimizar o custo e prazo das obras.

Palestra: Tubulações e aduelas de concreto para esgoto e drenagem pluvialEng. civil Pedro Jorge Chama Neto – Associação Brasileira de Tubos de Concreto

O palestrante falou sobre novos concei-tos em sistemas de drenagem urbana com utilização de elementos pré-fabricados para tubulação e canalização de cursos de água. Chama Neto apresentou diversas aplicações e abordou detalhes sobre téc-nicas de execução.

Palestra: Estudo de caso de industrialização mistaEng. civil Noé Marcos Neto – Marka

Inicialmente, o palestrante solicitou a presença do engenheiro Carlos José, que apresentou a empresa MARKA, com ex-

posição de fotos de obras com exemplos de aplicações de estruturas, fechamento e cobertura em pré-fabricados de concreto e mistas em diversos setores do mercado. A seguir, o engenheiro Noé Marcos Neto procedeu a apresentação de obras com a utilização de estruturas pré-fabricadas em aço e concreto. Defendeu a aplicação de sis-temas mistos para obras com necessidades específicas e para redução de custos. Colo-cou que a construção civil brasileira pode ser considerada como a cadeia industrial nacional mais atrasada, apesar de todos os recursos e tecnologias disponíveis. Disse que a utilização dos sistemas construtivos industrializados passa pela especificação dos profissionais que atuam no setor.

Palestra: Concreto pré-moldado: característica e tendênciasProf. Mounir Khalil El Debs – Escola de Engenharia de São Carlos-USP

O palestrante explicou sobre a industria-lização da construção civil, com a utilização de pré-fabricados de concreto. Apresen-tou diversos conceitos e técnicas sobre o assunto, como a utilização de concreto de alto desempenho e o pré-moldado ar-quitetônico. Mostrou casos de aplicações recentes de obras com estruturas, fecha-mentos e cobertura em pré-fabricados de concreto de diversos países. Disse que o Brasil tem recursos e tecnologia disponíveis para a utilização de produtos em concreto pré-fabricado de todos os segmentos da construção civil.

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Adriano Alencar Salles Anderson Ortiz Carlos Eduardo JoséCarlos Roberto de LucaFernando Ottoboni Pinho Flávio Cesar Marchesoni

14 de abril

Palestra: Sistemas Construtivos na MedabilEng. civil Anderson Ortiz – Medabil

A Medabil apresentou seus sistemas construtivos de estrutura e cobertura de galpões comerciais e industriais e a estru-tura da empresa. Com um parque industrial com mais de 150 mil m² de área coberta, tem capacidade instalada de mais de 140 mil toneladas por ano. São quatro fábricas, sendo duas em Nova Bassano (RS), uma em Nova Araçá (RS) e uma em Extrema (MG). Em complemento ao sistema construtivo, a Medabil possui todos os arremates e acessórios próprios para acabamento do galpão, como parafusos de fixação de estruturas e telhas, calhas, arremates de cobertura e fechamento lateral etc.

Palestra: Sistema para coberturas metálicasEng. mecânico Rodolfo Teixeira – Marko Sistemas Metálicos

O palestrante apresentou a empresa Roll-on e o sistema de cobertura paten-teado, que é utilizado em grande escala para galpões industriais e comerciais. O sistema construtivo estrutural Joist In Time

é composto por pares de vigas denomina-das Twin, que podem vencer vãos livres ou substituir terças de uma obra. O conceito se traduz numa integração da estrutura e do telhado, tratando a cobertura como um conjunto e não como partes distintas como se convencionava. O conceito único, Roll-on, é um sistema integrado de estru-tura e cobertura metálica. São treliças paralelamente dispostas, sobre as quais são desenroladas bobinas contínuas de aço, sem emendas, furos ou sobreposições, criando canais com o comprimento total da cobertura. É um sistema estanque e de alta segurança permitindo caimentos de somente 1% ou menos.

Palestra: Influência do Drywall no projeto, na gestão da obra e na manutençãoCarlos Roberto de Luca – Associação Drywall

O palestrante abordou detalhes sobre o sistema construtivo Drywall, formado por montantes em aço galvanizado e chapas de gesso acartonado que, apesar de ter grandes vantagens, como peso infinita-mente menor, menos geração de resíduos, otimização de prazos e custos, precisão de dimensionamento, entre outros, ainda é pouco utilizado no mercado. Luca apre-sentou vídeos sobre execução de reparos e instalações e exemplos de aplicações. Salientou que a construção civil deve crescer fortemente nos próximos anos, ne-cessitando da utilização mais frequente dos sistemas construtivos industrializados para que o setor possa responder à demanda.

Palestra: Realidade do mercado da construção civilProf. Dirceu Tornavói – FEA-USP/Ribeirão Preto

O palestrante apresentou pesquisas e indicadores sobre o mercado da constru-ção civil. Levantou informações sobre o cenário em relação à quantidade de obras

em andamento, novos lançamentos na cidade por setor e valorização dos imóveis com uma comparação do cenário nos anos 2008/2009 e previsões para 2010.

Palestra: A indústria na construção civil com sistemas à base de cimentoEng. civil Ricardo Moschetti

A racionalização do sistema resulta em custos de construção reduzidos e obras sem desperdício. Entre as vantagens para o contratante, estão a facilitação para lici-tações além de medições e gerenciamento. Para o construtor, facilita a montagem das propostas, gestão da obra, reduz prazos e melhora rentabilidade. O fornecedor e empreiteiro também ampliam seu escopo de participação na obra.

Palestra: Pré-fabricado em concreto, um conceito traduzido em benefíciosEng. civil Fernando Almeida Filho

Os primeiros casos isolados de pré-fabri-cados no Brasil aconteceram na década de 1960. O bom desempenho dos anos 1980, com a execução de um grande número de galpões industriais, a consolidação do uso da telha W, importação de equipamentos para a produção de lajes, conferiu veloci-dade, organização, praticidade, economia e identidade arquitetônica padronizada. A redução de custos em relação à estrutura convencional é de aproximadamente 20%. A grande parte da logística de concretagem em canteiro é eliminada e os resultados são satisfatórios na interface projeto, produção e montagem. O concreto, depois da água, é o material que mais se consome no mundo (0,5m³/hab/ano). A sustentabilidade nesse cenário infere diretamente em poupar as jazidas naturais, eliminar a produção de re-síduos, reciclar edifícios, reciclar materiais, racionalizar a construção, produzir edifícios sustentáveis e preservar patrimônio.

“a semana de Tecnologia da Construção trouxe informações

valiosas para profissionais e estudantes. É um mercado

promissor, crescente e necessário para atender a demanda do

crescimento econômico do país.”Roberto Maestrello, presidente da AEAARP

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Arcindo Vaquero Y Mayor Denis AssaoFernando Almeida FilhoMakoto Yokoyama Pedro Jorge Chama Neto

Flávio Cesar Marchesoni

Palestra: Paredes de concreto moldado in locoEng. civil Arcindo Vaquero Y Mayor – Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem

A aceitação das estruturas de concreto é feita segundo a NBR 12.655 e com base no controle da resistência do concreto recebi-do na obra. O profissional responsável pelo projeto estrutural atua na escolha do tipo de concreto a ser empregado e sua con-sistência, dimensão máxima do agregado e demais propriedades de acordo com o

projeto e condições de aplicação. A ABESC realizou duas viagens de pesquisas para Colômbia e Chile para dar continuidade ao projeto de paredes de concreto, visitando

“Os maiores especialistas em sistemas construtivos pré-fabricados estiveram na aEaaRp. mostraram que o brasil tem tecnologia, capacidade e necessidade de

absorvê-la.”Luiz Gustavo Leonel de Castro, presidente do Conselho

Deliberativo da AEAARP

Coordenador da Semana de Tecnologia da Construção

obras que estavam em execução. No Brasil, está em franco crescimento a utilização des-ses sistemas, pois atendem com velocidade à crescente demanda do mercado.

Page 14: Painel - edição 182 – mai.2010

14

Palestra: Sustentabilidade na construção civilFlávio Cesar M. Marchesoni – Centro Universitário Barão de Mauá

Marchesoni apresentou casos de obras que fizeram reaproveitamento de resíduos da construção, além de exemplos de vários canteiros de obras e falou também sobre o impacto ambiental dos materiais usados na construção civil.

Palestra: Sistemas de formas e escoramentos metálicos na construção civilEng. civil Marco Aurélio Cavalheiro

Cavalheiro falou sobre o Lumiform SH, um alumínio muito mais leve do que a versão em aço e compensado que, além de ter maior durabilidade, permite o dimensionamento milimetricamente preciso, evitando emenda entre os painéis e o vazamento da nata de concreto. O sistema é voltado, especialmen-te, para obras habitacionais populares.

Palestra: Centro de soluções em perfis laminados não-planos: saiba como ganhar em produtividade e economiaEng. civil José Maria Franco de Carvalho – Solesa

As soluções pré-engenharia e sistemas construtivos para edifícios metálicos já são largamente utilizadas nos países desenvol-vidos e vêm crescendo, tornando-se uma tendência no Brasil. Trata-se de um conceito moderno, versátil, uma solução rápida e eco-nômica. Estruturas parametrizadas, modula-res, compostas por elementos padronizados são características desses sistemas. Entre as vantagens estão o aumento do faturamento sem investir em máquinas e equipamentos, a eliminação de estoque e capital de giro e a eliminação do espaço físico para armazena-mento de matéria-prima. A solução torna-se interessante pelo ganho de resistência com o aumento da altura de vigas metálicas, implicando menor peso. As vigas casteladas apresentam vantagens como o aspecto arquitetônico e possibilidade de passagem de dutos por suas aberturas.

Palestra: Industrialização de canteiro de obras para habitação popularMarcelo Bergamaschi – Jet Casa

Para a aplicação de um sistema cons-trutivo industrializado são importantes os

seguintes pré-requisitos: padronização de projetos, volume de obras, qualificação e treinamento da mão-de-obra e soluções integradas para todo o canteiro de obra. A Jet Casa fabrica painéis estruturados e autoportantes, incluindo: confecção de tijolos cerâmicos de oito furos, estrutura-dos com concreto armado e nervuras de reforço, tubulações elétricas e hidráulicas instaladas e reboco interno e externo aplicado. A montagem do sistema começa pelo assentamento do painel, alinhamento e prumo, esquadro do ambiente, solda dos painéis, aplicação anti-ferrugem e inspeção. Essas técnicas conciliam a capa-cidade de produção de painéis, oitões e lajes (envolvendo insumos, equipamentos, movimentação e mão-de-obra) com sua demanda de montagem, garantindo que os recursos de produção estejam disponíveis na quantidade, no momento e no nível de qualidade adequada.

Palestra: INSS na construção civil / Software de cálculoEng. civil Carlos Eduardo José

Em toda utilização de mão-de-obra há incidência de encargos sociais. O palestrante apresentou um software de cálculo do INSS para regularização de construções. No caso de construções pré-fabricadas, o valor para regularização junto ao INSS tem descontos que chegam a 70% em relação a construções convencionais. O software apresentado ainda tem opções que possibilitam o deta-lhamento da obra visando a precisão dos cálculos a serem apresentados ao INSS.

Mesa de debatesProfissionais renomados debateram

sobre a realidade do mercado de trabalho e falaram de suas experiências profissionais. Nos

debates, foi abordado o cenário futuro para os profissionais de

engenharia e arquitetura.Participaram da mesa: arquitetos

Luiz Cesar Barillari e Fernando Rivaben, engenheiros João Teodoro,

Helcio Elias Filho e Luiz Gustavo Leonel de Castro.

15 de abril 16 de abril

Palestra: Logística da construçãoProf. Marco Aurélio Meda – LTI Consultoria

O palestrante, que é professor univer-sitário e consultor em Logística, conduziu de forma bem humorada e interativa, apresentando um resumo geral sobre a logística na construção civil. Na primeira parte da palestra, apresentou conceitos básicos de logística para entendimento ge-ral e abordou as atividades de logística que compreendem uma construção, desde o projeto até a entrega da obra. Demonstrou a importância do tema que está presente em todas as etapas e é primordial para o controle do prazo, custo e qualidade de qualquer empreendimento. Comentou que lamenta a não inclusão do assunto na grade curricular dos cursos de engenharia, pois é indispensável para a atuação profissional. Na segunda parte, falou sobre a logística aplicada aos projetos arquitetônicos em geral, notadamente de galpões industriais e armazéns destinados a distribuição, o que considera uma grande área para atuação de arquitetos e engenheiros.

Palestra: Tecnologia da informação na construção civilProf. Adriano Alencar Salles – Centro Universitário Barão de Mauá

O arquiteto Adriano Alencar fez um bre-ve histórico sobre a evolução da tecnologia da informação nas área de engenharia e arquitetura. Exibiu exemplos de projetos e obras concebidos em alta tecnologia que permitem interatividade total com os interlocutores pela internet, de qualquer lugar do mundo. Apresentou softwares modernos para projetos técnicos com plataforma em 3-D, defendendo a ideia de que os profissionais precisam cada vez mais projetar, ao invés de desenhar, com a uti-lização dos recursos dos novos programas disponiveis no mercado.

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15educação

Palestra apresenta AEAARP aos estudantes do COC

Roberto Maestrello, presidente da AEAARP, falou sobre “A impor-tância de se filiar a uma associação de classe”, “Comentários sobre o Código de Ética Profissional” e “Evolução da Engenharia no Brasil e o papel do engenheiro – uma visão histórica” na palestra que proferiu para os estudantes de engenharia da Faculdade COC. Ele apresentou a AEAARP e o convênio que a entidade mantém com aquela instituição. O evento foi organizado pela diretoria especial universitária, comanda-da por Hirilandes Alves. Ricardo Adriano Martoni Pereira Gomes, coor-denador do curso de engenharia civil, recebeu Maestrello e Alves.

Maestrello ressaltou o papel da Associação na defesa da valorização profissional e no combate ao exercício ilegal da profissão. Ele convidou os estudantes a se filiarem à AEAARP. “Uma entidade forte se faz com homens e mulheres, das mais diferentes idades, engajados em um ideal comum”, diz o presidente. A palestra ministrada no COC já foi realizada na Universidade Paulista (UNIP) em Ribeirão Preto. A expectativa é a de repeti-la em outras instituições da cidade.

Roberto, Hirilandes e Ricardo

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16 meio ambiente

Durante seminário para jornalistas sobre o Código Florestal, realizado no início de maio, em São Paulo, dois estu-dos com apoio do WWF-Brasil mostram que algumas mudanças propostas pela bancada ruralista para a legislação pre-cisam de melhores fundamentos técnico-científicos.

Jornalistas de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Brasília e Acre participaram de encon-tro com especialistas convidados pelas ONGs WWF-Brasil, Greenpeace e SOS Mata Atlântica para debater o Código Florestal. O objetivo do seminário foi possibilitar diferentes visões técnicas acerca da importância desta legislação para a conservação dos ecossistemas ter-restres e aquáticos, suas biodiversidades e os serviços ambientais prestados por eles, bem como dos solos e das águas, insumos básicos da agropecuária.

O superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, e o professor e o pesqui-sador da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), Gerd Sparovek,

Estudos ressaltam importância ambiental do

apresentaram estudos inéditos, com-plementares e com bases científicas em favor da manutenção do Código Florestal como ele é hoje.

O primeiro estudo, em uma escala de trabalho mais detalhada, foi elabo-rado por equipe do WWF-Brasil e da Arcplan. O segundo, mais abrangente em termos geográficos, necessitou de cerca de um ano e meio de esforços da equipe da Esalq para reunir, consolidar e analisar base de dados. Nesse momen-to, ele já está em fase de revisão para publicação em um periódico científico.

Mitos e fatosNas apresentações de WWF-Brasil e

Esalq foram abordados os mitos e fatos relacionados aos impactos do Código Florestal na agricultura brasileira. Scara-muzza comentou que um dos mitos em relação ao Código Florestal é de que sua aplicação inviabilizaria a agricultura.

Os fundamentos e resultados da “Aná-lise do impacto da aplicação do Código Florestal em municípios de alta produ-ção agrícola” demonstram exatamente

o contrário. O objetivo do estudo do WWF-Brasil foi identificar as áreas de preservação permanente (APPs) e o uso que elas têm em quatro municípios de alta produção agrícola: Bento Gonçalves (RS), maior produtor de uva do Brasil, Três Pontas (MG), segundo principal pro-dutor de café do estado, Vila Valério (ES), número um no ranking de plantadores de café do estado, e Fraiburgo (SC), líder no cultivo de maçã em Santa Catarina.

A conclusão a que se chegou, após análise de todas as APPs, é que a imple-mentação do Código Florestal tal qual é definido atualmente, teria um impacto irrisório em torno de 1,5%, na produção agrícola desses municípios. Esse número foi determinado após mapeamento de alta resolução sobre a quantidade de lavoura que existe nas APPs nos respectivos mu-nicípios. Isso indica, em outras palavras, que o argumento em favor da flexibilização do Código e redução das APPs para não travar o agronegócio e consequentemente o desenvolvimento nacional, usado pela Comissão Especial formada na Câmara Federal, não tem fundamento prático.

Código Florestal

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17

O Código Florestal é uma legislação do futuro. Através dos serviços prestados pelas APPs e reservas legais (RL), além da manutenção da biodiversidade, há a possibilidade de reduzir os riscos cau-sados pela intensificação dos eventos climáticos extremos. O Código Florestal protege as nascentes e os rios, impede a erosão dos solos e os deslizamentos de terra, por exemplo, avaliou Scaramuzza. Situação no Brasil

Gerd Sparovek explicou aos jornalistas que o estudo da Esalq teve o objetivo de modelar estatisticamente o uso das terras agrícolas no Brasil para avaliar quanto a agricultura pode ser expandi-da. O estudo é uma parceria entre USP/Esalq, Chalmers University (Suécia), Ministério do Desenvolvimento Agrário e WWF-Brasil.

A partir de uma base de dados sobre a vegetação natural remanescente no país (em seus mais distintos estágios de con-servação, mas predominando pouca ação antrópica e elevada relevância ecológica), pode-se quantificar sua distribuição entre as áreas de APP (declividade e hidro-grafia) e RL estabelecidas pelo Código Florestal para os diferentes domínios biogeográficos brasileiros, nas unidades de conservação e nas terras indígenas.

Ao todo, o Brasil tem 537 milhões de hectares (Mha) de remanescentes de vegetação natural. Desse total, porém, apenas 11%, ou 59 milhões de hectares, estão em APPs quando, na verdade, o número deveria chegar à casa dos 103 Mha. Há, portanto, um déficit de 44 Mha, ou 43% de vegetação natural, a serem recuperados para atender aos requisitos de APPs. Em termos de reserva legal, a não conformidade atingiria no mínimo 43 Mha. Os números e a complexidades

desse cenário são expressivos e isso exige soluções articuladas e diversificadas, que envolvem investimentos e assistência técnica para maior ganho de produti-vidade e implementação do dispositivo da compensação da reserva legal extra propriedade.

Unidades de conservação e terras in-dígenas (totalizando 175 Mha) demons-tram alto grau de eficiência na conser-vação, pois 97% apresentam cobertura vegetal natural, representando 32 % de toda a vegetação do país. A conservação dos ecossistemas e dos serviços am-bientais que eles provêm depende do fortalecimento da presença do Estado na criação, implementação e manutenção de unidades de conservação de domínio e gestão pública.

Segundo Sparovek, 57% da vegetação natural (308 milhões de hectares) cons-tituem o estoque que, dependendo da legislação, pode ser usado para alocação de reserva legal, constituição de área protegida ou abertura de novas áreas agrícolas. Esse estoque representa 3/5 da vegetação natural do país. O que será fei-to do estoque, atualmente, depende de pra onde os ventos vão soprar. “A reserva legal é o principal mecanismo de controle legal sobre o estoque de vegetação natu-ral. Daí o interesse na mudança do Código Florestal”, afirmou Sparovek.

“Supondo, em uma utopia, que o Código Florestal seja rigorosamente cumprido por todas as propriedades, em todos os biomas. Mesmo assim, ainda teríamos 100 milhões de hectares com possibilidade de desmatamento legal. Desses, 7% têm alta aptidão para a agri-cultura, e 23% média, podendo mais do que dobrar a área agrícola do Brasil. A pecuária gosta dos terrenos com baixa aptidão também. Caso haja a mudança

na legislação e a reserva legal fosse ex-tinta, essa área potencialmente poderia atingir os 308 Mha”, explica Gerd.

O estudo concluiu que o pacto para o desmatamento zero e imediato é viável, pois a produção agropecuária não depen-de de desmatamento para aumentar sua área de produção ou sua produtividade. Há também possibilidade de expansão da agricultura sobre 60 milhões de hectares de pastagens extensivas que têm baixa produtividade.

Ficou claro, segundo Gerd, que ex-pansão da agropecuária não depende de mais desflorestamento para atingir maiores índices de produtividade ou até mesmo aumentar as suas áreas de cultivo. Caem por terra, portanto, as principais defesas da Comissão Especial para alterar uma lei criada há 45 anos e que, em pleno século XXI, ainda não foi sequer implementada com eficiência.

Fonte: WWF Brasil

WWF BrasilO WWF-Brasil é uma organização não-governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras geraçõesO WWF-brasil, criado em 1996 e sediado em brasília, desenvolve projetos em todo o país e integra a Rede WWF, a maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.

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18 evento

IV Semana do Meio Ambiente: de 8 a 10 de junho na AEAARP

TeMaS DaS PaLeSTraS veja a programação no site www.aeaarp.org.br

Paulo SinelliWilson Luiz Laguna

• Lei de Resíduos Sólidos • Cobertura vegetal: supressão e recomposição• Crimes ambientais• Reserva legal/Código Florestal• Licenciamento ambiental no âmbito da Cetesb• Uso de lodo de esgoto na agricultura• Aquífero Guarani• Aproveitamento de água pluvial em edificações• Restrição de uso de água subterrânea em Ribeirão Preto• Reuso de água de lavagem de veículos• Poluição do ar

Água, poluição do ar, deposição de re-síduos sólidos e reserva legal então entre os destaques na programação da IV Se-mana de Meio Ambiente, que acontecerá entre os dias 8 e 10 de junho. O evento é promovido pelo Fórum Permanente de Debates Ribeirão Preto do Futuro e organizado pelos engenheiros Paulo Sinelli e Gustavo Sicchieri, diretores da AEAARP.

Wilson Luiz Laguna, presidente do Fórum Permanente, diz que o evento vai debater o uso da água do Aquífero Guarani e expor os resultados do estudo elaborado sobre o manancial. Sua expectativa é a de que a Associação exponha os detalhes do estudo e chame a atenção de toda a socie-

dade para as tecnologias de uso da água e para a necessidade de usar racionalmente todos os recursos naturais.

As tecnologias disponíveis para o uso da água e as possibilidades de dar destino nobre àquilo que é descartado também serão expostas durante o evento. Sinelli avalia que será a oportunidade de revelar novas possibilidades aos profissionais e mostrar aos estudantes quais são as alternativas para construções e lavouras sustentáveis.

As palestras acontecerão nas noites dos três dias de evento, sempre das 19h às 23h. Será concedido certificado aos participantes. Veja no quadro os temas das palestras.

Gustavo Sicchieri

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46Ao preparar sua ART,

não se esqueça de preencher o campo 31 com o código 046. Assim, você destina 10% do valor recolhido para a AEAARP. Com mais recursos poderemos fortalecer, ainda mais, as categorias representadas por nossa Associação.

Contamos com sua

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Page 19: Painel - edição 182 – mai.2010

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moradia legal

O juiz de direito de Ribeirão Preto João Gandini ministra palestra sobre o Moradia Legal, projeto habitacional que está resol-vendo casos de assentamentos irregulares que eram e ainda são objeto de processos judiciais. O evento será no próximo dia 31, às 19h, no salão nobre da AEAARP. O juiz falará também sobre o fornecimento de medicamentos, transporte de cadeirantes e melhoria do sistema de gerenciamento e arrecadação fiscal no município.

O projeto Moradia Legal já beneficiou

Juiz discute projeto de habitação social na AEAARPaproximadamente duas mil famílias e recebeu cerca de R$ 70 milhões em in-vestimentos. Além de construir moradias e urbanizar áreas faveladas, a iniciativa está criando uma rede social para ofere-cer cursos e atividades educativas para crianças e jovens. O objetivo é erradicar as favelas de Ribeirão Preto nos próximos anos. O projeto envolve poder público (Prefeitura, Câmara Municipal, Cohab), iniciativa privada (universidades), enti-dades (clubes de serviços, ONGs, asso-ciações) e igrejas.

“No ano passado recebemos quase oito mil novos processos, e, mesmo assim, já tendo 40 mil em andamento,

reduzimos o número final para o pouco mais de 33 mil”, explica Gandini. Segun-do ele, é necessário que os juízes sejam mais participativos e se envolvam com os problemas da comunidade.

A palestra é aberta para todos os interessados. Não é necessário fazer inscrição.

Palestra Moradia Legal Palestrante: João GandiniDia: 31/5Horário: 19hLocal: Salão Nobre da AEAARP (Rua João Penteado, 2237 – Ribeirão Preto-SP)

João Gandini

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20 profissões

Estudo mapeia mais de cemprofissões do futuro

O desafio da Era do Conhecimento é manter-se atualizado profissionalmen-te e capaz de dar as respostas que o mercado de trabalho exige. O estudo “The shape of jobs to come” (“Os tipos de trabalhos que virão”), realizado pela consultoria de tendências FastFuture, com sede na Inglaterra, revela que as especificidades do mercado se tornarão ainda mais evidentes em alguns anos.

Nanomédicos, cirurgiões que ampliam a memória, policiais do clima e guias turísticos espaciais estão entre as 107 profissões que estarão em alta no futuro. Levando em conta fatores econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambien-tais e científicos, foi elaborada uma lista que se dividia em “profissões ainda ine-xistentes”, como a de policial do clima, e as que existem, mas cuja demanda deve aumentar, como nanomédico.

Hirilandes Alves, diretor da AEAARP na área universitária, avalia que mudanças no mercado e no perfil profissional são imprescindíveis. É esse movimento que dará espaço aos avanços tecnológicos que ainda estão por vir.

Abaixo, dez profissões entre as con-sideradas mais importantes em um mundo que, segundo a pesquisa, terá

que lidar diariamente com as mudanças climáticas, e onde a escassez de água e alimentos será um dos maiores proble-mas que a comunidade internacional terá que resolver.

O crescimento e o envelhecimento da população devem ser levados em conta. Segundo o estudo, as Nações Unidas prevêem que a população chegue a 9,1 bilhões até 2050. O envelhecimento da população vai pressionar governos, em-presas e famílias. E os avanços da ciência e tecnologia vão ter um espaço maior na sociedade. As 20 profissões mais impor-tantes, segundo o estudo, indicam uma tendência de combinar qualificações e habilidades de disciplinas diferentes.

* Policial do clima. As ações de um país podem ter impacto no clima de outro, e serão necessários profissionais que salvaguardem internacionalmente a quantidade de emissões de carvão lançada na atmosfera.

* Fabricantes de partes do corpo. A medicina regenerativa já está dan-do os primeiros passos. No futuro, serão necessários profissionais que combinem as qualificações médicas com conhecimentos de robótica e de

engenharia. * Nanomédicos. Avanços na nanotec-

nologia oferecem o potencial de uma gama de artefatos de nível sub-atômico e permitirão uma medicina muito mais personalizada, onde os remédios serão administrados no local exato onde a doença se desenvolveu.

* Farmagranjeiros. Esta profissão envolve conhecimentos farmacêuticos que permitam modificar geneticamente as plantas, de forma que possa ser produzida uma quantidade maior de alimentos, com um maior potencial proteico e terapêutico. Entre as possi-bilidades do futuro estão tomates que sirvam como “vacinas” ou leite “com propriedades terapêuticas”.

* Geriatras. Os médicos especializados no atendimento de pacientes da ter-ceira idade no prolongamento de uma vida ativa têm futuro garantido. E eles deverão cuidar não só do estado físico do paciente, como também de sua saúde mental.

* Cirurgiões para o aumento da memória. É possível que, no futuro, seja possível a implantação de um chip que funcio-ne como um disco rígido para a mente humana e seja possível armazenar nele

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21

Enquanto os estagiários recebem, em média, R$ 683,33 no Brasil em 2010, o estudante do curso de engenharia é o que recebe a maior remuneração, com bolsa-auxílio de R$ 1.022,30. O estudo foi feito com 16.328 estagiários de diferentes níveis do país de 22 de março a 23 de abril de 2010 e revela a média de bolsa-auxílio paga por empresas de pequeno, médio e grande porte em 2010.

A média de bolsa-auxílio geral, ou seja, considerando todos os níveis de escolari-dade, é de R$ 683,33, queda de 3,2% em relação ao ano passado. De acordo com o Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), os

motivos são a redução no valor pago aos alunos do nível médio e a diminuição da jornada diária dos estagiários de 8 horas para 6 horas. Todos os participantes têm os contratos assinados de acordo com as regras da nova Lei do Estágio (nº 11.788/08).

Depois do curso de engenharia, que segue pelo terceiro ano consecutivo como o primeiro do ranking com remuneração maior (R$ 1.022,30), vem o de relações internacionais, com bolsa-auxílio de R$ 1.008,38 (em 2008 esse curso sequer aparecia na lista dos dez com melhor bolsa e, em 2009, ocupava o sétimo lugar). Na

Nível superior1) Engenharia: R$ 1.022,30 2) Relações internacionais: R$ 1.008,38 3) Economia: R$ 999,27 4) Química: R$ 897,45 5) Arquitetura e urbanismo: R$ 896,35 6) Biblioteconomia: R$ 883,60 7) Nutrição: R$ 880,40 8) Estatística: R$ 864,70 9) Ciências atuariais: R$ 817,61 10) Matemática: R$ 802,12

Estudante de engenharia tem maior remuneração; R$ 1.022,30terceira posição vem economia, com R$ 999,27, alta de 12,37% na bolsa-auxílio com relação a 2009, ano em que o curso tam-bém ocupou a terceira posição da lista.

Tecnólogo Já para o nível superior tecnólogo, a

média da bolsa-auxílio é de R$ 702,40, com um declínio de 0,66%. O curso de secretariado, com bolsa-auxílio de R$ 958,98 estreia na lista em primeiro lugar, deixando o curso de mecânica em segun-do, com R$ 906,03. A terceira posição ficou para a área da construção civil, com remuneração de R$ 896,95.

Nível médio técnico:1) Química: R$ 693,51 2) Técnico em segurança do trabalho: R$ 685,31 3) Construção civil: R$ 620,83 4) Mecânica: R$ 615,93 5) Eletrotécnica: R$ 562,27 6) Edificações: R$ 562,24 7) Automação Industrial: R$ 548,35 8) Mecatrônica: R$ 543,95 9) Telecomunicações: R$ 536,56 10) Informática: R$ 511,74

Nível superior/tecnólogo:1) Secretariado: R$ 958,98 2) Mecânica: R$ 906,03 3) Construção civil: R$ 896,95 4) Mecatrônica industrial: R$ 831,89 5) Processamento de dados: R$ 791,03 6) Comércio exterior: R$ 788,79 7) Gestão ambiental: R$ 772,46 8) Tecnologia em alimentos: R$ 765,00 9) Sistemas de informação: R$ 655,00 10) Redes de computadores: R$ 627,00

Veja abaixo os dez cursos com as melhores bolsas-auxílio no Brasil por nível de escolaridade:

os fatos que o ser humano não seja capaz de se lembrar. Serão necessários cirurgiões que saibam como realizar essa operação.

* Especialista em ética científica. À me-dida em que a tecnologia e a ciência se integram mais no dia a dia através da nanotecnologia, do estudo das proteínas do organismo e da gené-tica, surgirá mais polêmica sobre o possível uso maléfico de tecnologias e seu impacto social. Serão necessários profissionais com amplo conhecimen-to de ciência. No futuro, a pergunta

a ser respondida não será apenas “É possível fazer isso?”, mas também “É correto que se faça?”

* Especialista em reversão de mudanças climáticas. Haverá cada vez mais uma demanda por profissionais capazes de reverter os efeitos devastadores do fenômeno: pessoas com capacidade para aplicar soluções multidisciplina-res como a construção de guarda-sóis gigantes para desviar os raios do sol.

* Destruidor de dados pessoais. No futuro, especialistas vão se dedicar a destruir os dados pessoais e infor-

mações sensíveis de indivíduos. Elas devem ser apagadas de forma segura e definitiva para evitar serem alvo de ataques de hackers.

* Organizadores de vidas eletrônicas. A quantidade de informações dispo-níveis será tão grande que serão ne-cessários profissionais especializados em organizar a vida eletrônica dos indivíduos. Entre as tarefas estarão ler e arquivar correspondência eletrônica, e garantir que um emaranhado de dados existentes esteja organizado de forma coerente.

Page 22: Painel - edição 182 – mai.2010

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Anúncios e encartesna revista Painel

Mailing (etiquetas) de associados da

AEAARP

ligue 16.3931.1555

legislação

A Proposta de Emenda à Constituição nº 2 de 2010, que estabelece o piso salarial nacional de diversas categorias, entre elas, de engenheiros, arquitetos, agrônomos, tecnólogos e meteorólogos, está sendo avaliada pela Comissão de Justiça e Cidadania do Senado Federal e aguarda designação do relator. A PEC de autoria do senador Sadi Cassol (PT-GO) possui seis páginas e recebeu 29 assina-turas de adesão.

A Lei Federal 4950A/1966 prevê um piso de seis salários mínimos para a jornada de 30h semanais e de oito salários mínimos para 40h semanais. Segundo as entidades do setor, a legislação vigente nem sempre é respeitada. “Muitas empresas e órgãos públicos não cumprem esta determinação legal, muitas vezes estabelecendo seus orçamentos como impedimento, ou falta de um plano de cargos e salários, ou ainda estabelecendo critérios jurídicos morosos que não permitem uma adequação sala-rial ao profissional colaborador”, afirma José Galdino, diretor regional do CREA.

De acordo com o vice-presidente do CONFEA, José Roberto Geraldine Júnior, “as tabelas de honorários são criadas pelos profissionais pertencentes às en-tidades de classe e apenas registradas no CREA para consulta aos profissio-nais, além de oferecer parâmetros para aferir eventual falta de ética de algum profissional”. O CONFEA/CREA, AEAARP,

Federação Nacional dos Arquitetos (FNA) e Confederação Nacional de Profissionais de Liberais (CNPL) apoiam a PEC.

“Estabelecer um salário implica ofe-recer condições dignas e estáveis para o profissional, seja no setor público, ou no privado”, defende Roberto Maestrello, presidente da AEAARP.

De acordo com o texto do projeto, o salário mínimo profissional será de seis vezes o salário mínimo vigente no país para os diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas es-colas de Engenharia, de Arquitetura, de Agronomia, de Geologia, de Geografia, de Meteorologia e afins com curso uni-versitário de quatro anos ou mais.

“Temos distorções de profissionais de nível técnico ou sem formação acadêmi-ca que atuam na construção civil”, explica Geraldine. Para ele, a fixação do piso implica na valorização profissional que vai garantir condições mínimas de sus-tentabilidade do profissional, de acordo com as responsabilidades assumidas.

Galdino acredita que o salário pago ainda não é compatível com as responsa-bilidades assumidas pelos profissionais. “A tabela mínima de honorários deve ser vista como uma regra ética entre os profissionais, e também estabelecer um compromisso moral e ético com a sua categoria de não praticar honorários que aviltem a profissão”, completa.

para garantir piso salarial a engenheiros e arquitetos tramita no

PECSenado

Geraldine Jr. Roberto MaestrelloJosé Galdino

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23aeaarp

COMUNICADO

Comunicamos que devido a questões operacionais, de treinamento e adapta-ção de funcionários, de transmissão de dados, de adoção de programa de con-trole fiel de operações, de faturamento e de cobrança, que:

1º) Diferentemente do que comu-nicamos na carta aos associados em 08/04/2010, a cobrança da mensalidade a vencer em 15/05/2010 não será feita pela AEAARP e sim pela UNIMED, nos mesmos moldes da cobrança feita em abril corrente, sem a adição do duo-décimo do déficit e sem a taxa adicional de 12% determinada pela assembleia.

2°) A cobrança acrescida dos itens an-

aos associadosteriormente citados será efetuada pela AEAARP a partir de junho de 2010, com vencimento em 15/06/2010.

3º) Os titulares do Plano UNIMED deverão se dirigir a sede da AEAARP, situada à Rua João Penteado, 2.237 em Ribeirão Preto – SP, a partir do dia 21/05/2010 até o dia 31/05/2010, no horário das 8h às 12h e das 13h às 17h, com o Sr. Paulo, para devolverem as carteiras atuais, inclusive as dos seus dependentes e agregados, e receberem as carteiras novas.

4º) As carteiras atuais perderão a vali-dade a partir de 01/06/2010 e não mais poderão ser usadas, pois serão recusadas

pelo sistema.5º) Entre os dias 21/05 e 31/05, ambas

as carteiras – a atual e a nova – estão váli-das, sendo que a partir de 01/06/2010 somente valerá a carteira nova, recebida por todos entre 21/05 e 31/05.

6º) Os titulares que aderirem ao plano a partir de 21/05 já receberão as novas carteiras.

Contando com a compreensão de todos neste momento de transição, permanecemos à disposição para quais-quer esclarecimentos que se façam necessários.

Ribeirão Preto, 29 de abril de 2010A Diretoria

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Tels: (16) 3630.1818Fax: (16) 3630.1633R. Roque Nacarato, 81 Ribeirão [email protected]

Tudo em material elétrico

Ligada em você

Indicador verde

O engenhei-ro e arquiteto Francisco Pres-

tes Maia (1896-1965) é considerado o pioneiro do urbanismo moderno no Brasil pelas profundas mu-danças que introduziu na capital paulista durante sua primeira gestão como pre-feito da cidade (1938-1945). Publicado originalmente em 1945 e reeditado agora pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, com apresentação de Adriana Prestes Maia Fernandes, filha do ex-prefeito, o livro “Os Melhoramentos de São Paulo” vai além de um inventário das obras realizadas pelo arquiteto. Confor-me resume Hubert Alquéres, presidente da Imprensa Oficial, trata-se de um “pre-cioso documento para compreender a vertiginosa transformação sofrida pela cidade durante o século XX e que estava esquecido”. O livro foi lançado dia 3 de maio em São Paulo.

Os arrojados planos urbanísticos de Prestes Maia foram inspirados pelos projetos concebidos e realizados em Paris pelo barão Haussmann, na segun-da metade do século XIX. Assim como o urbanista francês, Prestes Maia esta-beleceu, por meio de eixos e conexões sistêmicas, a integração dos bairros centrais e estendeu os limites da cidade, dotando-a da infraestrutura viária que permitiu sua expansão.

O plano de avenidas desenvolvido por ele na década de 1930 tinha como refe-rência central a proposta de Haussmann para a capital francesa: um sistema radial de avenidas, partindo do centro, em que

as principais vias conduzem a áreas ver-des. Com ele, São Paulo preparou-se para a expansão do uso do automóvel, que só aconteceria a partir dos anos 1960.

Dentre as principais realizações de Prestes Maia estão o projeto e a abertura das avenidas Duque de Caxias, Nove de Julho, Ipiranga, Vieira de Carvalho, São Luís, Anhangabaú (atual Prestes Maia); a construção da Ponte das Bandeiras, da Biblioteca Municipal e de uma im-portante galeria, na Praça do Patriarca, dedicada a exposições, posteriormente denominada “Galeria Prestes Maia”.

“Os Melhoramentos de São Paulo” também destaca a introdução do zo-neamento na cidade, os trabalhos de canalização do rio Tietê, a construção ga-lerias pluviais, a expansão da iluminação pública e o enriquecimento da paisagem urbana com monumentos e esculturas.

O livro traz farta documentação iconográfica, composta por dezenas de fotografias da época. Complementa a obra uma série de depoimentos, artigos e conferências de contemporâneos de Prestes Maia que foi prefeito de São Pau-lo – primeiro nomeado pelo interventor Adhemar de Barros (1938-1945), na dita-dura de Getúlio Vargas, e posteriormente eleito pelo voto popular (1961-1965).

Além dos projetos para a cidade de São Paulo, Prestes Maia elaborou planos urbanísticos para Santos, Belo Horizonte, Curitiba, Votuporanga, Ribeirão Preto, Campinas, Poços de Caldas, Londrina e Santo André, além de esboçar planos para cidades inteiras como Cristo Rei (RJ), Jar-dim Umuarama (GO) e Panorama (SP).

biblioteca

Livro esmiúça a vertiginosa transformação urbanística da

capital paulistaPET de etanola coca-cola lançou uma garrafa de plástico produzida com 30% de matéria-prima proveniente de etanol da cana-de-açúcar, substituindo a resina de petróleo. batizadas de plantbottle, serão produzidas 140 milhões de unidades dessas embalagens, que equivalem de 3% a 4% da produção. A garrafa é 100% reciclável e a empresa estima reduzir o uso de mais de cinco mil barris de petróleo neste ano. a produção da garrafa emite 25% menos cO2 do que a usada atualmente. segundo a empresa, cada 10 milhões de garrafas produzidas consumirão 68 mil litros de etanol.

Burle MarxOs jardins do paisagista e botânico Burle Marx estão reunidos em livro lançado no mês passado, pelo arquiteto e urbanista Ricardo samuel de lana. “arquitetos da paisagem – memoráveis Jardins de Roberto Burle Marx e Henrique Lahmeyer de Mello Barreto” traz as principais obras do brasileiro no período de 1939 a 1945. Entre os projetos abordados na obra, estão os jardins para as cidades de belo Horizonte (Pampulha), Araxá (Parque do barreiro) e Outro preto (jardins do grande Hotel).

Bateria de tomateum estudante israelense apresentou uma nova lâmpada que usa uma dúzia de tomates como bateria. nos frutos, são introduzidos zinco e cobre, que geram uma reação química com a acidez do tomate. Uma fina camada de ouro garante a condução de energia gerada pela reação até a lâmpada de led. Sigal Shapiro também fez o experimento com batatas e limões, que também serviram como fonte de energia para a peça.

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Ligada em você

NOVOS ASSOCIADOS

arquITeTura e urbaNISMoDenis Willian Esteves

Guilherme Abud Bichuette

eNgeNharIa agroNôMICaAlexandre Garcia TazinaffoCarlos Wagner Bichuette

Samir Lopes Sader

ENgENHARIA CIvILAna Lucia Bittar

Luciano Oliveira BrinckRicardo Velho Sizuki

eSTuDaNTe – eNgeNharIa CIvIL E AfINS

João Augusto Hjertquist TremeschinLaura Cristina Gobbi Carnaval

Cai analfabetismo

Um levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que o índice de analfabetos

entre os profissionais que trabalham na construção civil diminui a cada ano. Em 2002, pelo menos 7,6% declararam-se

analfabetos em todo o país. Neste ano, o índice caiu para 5,0%.

FalecimentoNo dia 21 de abril faleceu o engenheiro

Sérgio Augusto Spinola de Castro (irmão do engenheiro Marcos Augusto

Spinola de Castro).

NBR – Blocos cerâmicosA NBR 15.812 – Alvenaria Estrutural

– Blocos Cerâmicos entrou em vigor no mês de abril para estabelecer requisitos para o projeto de estruturas executadas

com o bloco, além de regulamentar a execução e o controle dessas obras.

Publicada pela ABNT, a expectativa é de que os projetos passem a ser concebidos com base na padronização mais clara e

com critérios mais rígidos adaptados para a realidade brasileira.

notas e cursos

A Abimaq divulgou durante a Agrishow os indicadores conjunturais da indústria de máquinas e implementos agrícolas referentes ao primeiro trimestre de 2010, que mostram a recuperação do setor após os reflexos da crise mundial em 2009. O faturamento nominal de janeiro a março de 2010 foi de R$ 1,446 bilhão, um cres-cimento de 29,3% em relação ao mesmo período no ano passado. Já as exportações nesse período geraram um volume de U$ 150 milhões, 21,1% superior ao pri-meiro trimestre de 2009, enquanto que as importações brasileiras caíram 29,3% comparativamente, com um montante de U$ 67 milhões.

Agrishow

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26notas e cursos

A AEAARP está oferecendo o curso de AutoCAD, voltado para profissionais do sistema CONFEA/CREA. Além de manusear o software, o aluno vai aprender a navegar pela nova interface da versão 2009 e criar, editar e inserir recursos no programa utilizado principalmente na elaboração de peças de desenho técnico em duas dimensões (2D) e para criação de modelos tridimensionais (3D).

De acordo com Orlean de Lima Rodrigues Junior, diretor técnico de Computação, Sistemas de Tecnologia da Informação e afins da AEAARP, o curso foi desenvolvido em parceria com o Senac e recebeu uma formatação direcionada para as necessida-des do mercado do engenheiro e arquiteto. “O profissional tem necessidade de reco-nhecer os recursos de qualquer software de computação gráfica para elaboração de desenho. Sem isso, é o mesmo que não ter prancheta para fazer desenho”, explica.

O técnico em elétrica aposentado Rob-son Nascimento Pereira faz parte da nova turma que iniciou as aulas no mês de maio. Trabalhando em uma indústria de programação, ele viu no curso a oportuni-dade para mudar o foco da carreira. “Perdi um pouco a habilidade com o software, por isso decidi reaprender. Depois quero fazer um curso de projetista. Isso vai me

ajudar a ter mais oportu-nidades para trabalhar com projetos, área que estou interessado”, afirma. As aulas acontecem às terças e quintas-feiras, na sede da AEAARP.

“Para facilitar o apren-dizado, a Associação dis-ponibiliza o laboratório de informática para o aluno estudar e treinar o que aprende nas aulas”, informa Roberto Maestrello, presidente da AEAARP. O labo-ratório funciona de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h. A engenheira civil Ana Lucia Bittar está concluindo o curso. “As turmas são pequenas e isso facilita o aprendizado porque o professor tem mais tempo para ti-rar as dúvidas. O profissional liberal precisa saber sobre tudo, afinal quem trabalha com projetos depende desse conhecimento”, diz. “O AutoCAD não é difícil, mas exige treinamento. Sei que assim que concluir o curso já terei condições de fazer projetos”, comemora.

O curso é indicado para todo profissional que busca se atualizar e entender o funcio-namento das novas ferramentas tecnoló-gicas. “Os programas têm possibilidades infinitas que nem sempre são exploradas pelos usuários. Conhecer as ferramentas é

o primeiro passo para explorá-las e fazer bons negócios”, resume Orlean.

O que éAutoCAD é um software do tipo CAD

– computer aided design ou desenho auxiliado por computador – criado e co-mercializado desde 1982. É utilizado prin-cipalmente para a elaboração de peças de desenho técnico em duas dimensões (2D) e para criação de modelos tridimen-sionais (3D). Além dos desenhos técnicos, o software vem disponibilizando, em suas versões mais recentes, vários recursos para visualização em diversos formatos. É amplamente utilizado em arquitetura, design de interiores, engenharia mecâ-nica, engenharia geográfica e em vários outros ramos da indústria.

Fonte: Wikipédia

Curso de AutoCAD ensina profissionais a fazer projetos

A AEAARP está com inscrições abertas para o curso MSOffice. O programa inclui os conceitos básicos de informática, ambien-te de trabalho do Windows, Word 2007, Excel 2007, PowerPoint 2007 e navegação na Internet. A carga horária é de 51h e as aulas acontecem às segundas, quartas e sextas-feiras, das 19h às 22h, durante 17 dias. O Senac, parceiro do programa, vai fornecer toda a estrutura didática, incluindo professores, livros, apostilas e materiais. A coordenação, equipamentos, materiais de suporte e coffee-break serão oferecidos pela Associação. As inscrições e informações sobre o investimento podem

CURSO MSOFICCEEm agosto, a NR 10 será tema do novo

curso desenvolvido pela AEAARP. Com corpo docente e certificado emitido pelo Senac, o profissional vai conhecer a Norma Regulamentadora que fixa as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que trabalham em insta-lações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação e, ainda, a segurança de usuários e terceiros.

As inscrições já estão abertas na sede da AEAARP. As aulas acontecerão às sex-tas e sábados, na sede da AEAARP. Mais informações pelo telefone 16.2102.1718 (com Solange).

NR10

ser solicitadas pelo telefone 16.2102.1718 (com Solange) ou no local (Rua João Pen-teado, 2237 Ribeirão Preto-SP).

Carga horária: 51h

Período: 19h às 22h, de 2ª, 4ª e 6ª feira

Total de dias de curso: 17 dias, com 3 horas-aula por dia.

Preço para associados, dependentes e familiares: 3 x R$140

Preço para não-associados: 3 x R$280

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