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Painel Reconfigurável Aplicado à Indústria Automotiva - Universidade Positivo · 2015. 6. 18. · Centro Universitário Positivo - UNICENP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas

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Centro Universitário Positivo - UNICENP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas – NCET

Engenharia da Computação Sérgio Vieira Rolanski

Painel Reconfigurável Aplicado à Indústria Automotiva

Curitiba 2005

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Centro Universitário Positivo - UNICENP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas – NCET

Engenharia da Computação Sérgio Vieira Rolanski

Painel Reconfigurável Aplicado à Indústria Automotiva

Monografia apresentada à disciplina de Projeto Final, como requisito parcial à conclusão do Curso de Engenharia da Computação. Orientador: Prof. Alessandro Zimmer.

Curitiba 2005

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TERMO DE APROVAÇÃO

Sérgio Vieira Rolanski

Painel Reconfigurável Aplicado à Indústria Automotiva

Monografia aprovada como requisito parcial à conclusão do curso de Engenharia da

Computação do Centro Universitário Positivo, pela seguinte banca examinadora:

Prof. Alessandro Zimmer (Orientador) Prof. Edson Pedro Ferlin Profª. Adriana Cursino Thomé

Curitiba, 12 de dezembro de 2005

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AGRADECIMENTOS

Agradeço principalmente ao suporte dos meus pais, Sérgio e Regina, por

terem pagado a faculdade e me encorajando na minha profissão. Nos momentos dificeis,

quando passava a noite em claro fazendo trabalhos, eles sempre me lembravam que

aquilo que vale a pena não vem facil é preciso esforço.

Aos meus colegas de faculdade, que me ajudaram durante a faculdade nos

trabalhos e nos estudos para as provas. Um agradecimento especial para Luiz Marthos e

Fernando Corso, que eram os colegas que eu sempre fazia os trabalhos em equipe, cada

um fazendo sua parte conseguimos terminar os trabalhos.

Ao Maurício Perretto por me ajudar em alguns casos quando tinha dúvidas

que não fossem facilmente respondidas. Por último, ao meu orientador por dar a idéia do

projeto e mostrar o caminho ao qual trilhar durante a implementação do projeto.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................................ vi

LISTA DE TABELAS .......................................................................................................................vii

LISTA DE SIGLAS..........................................................................................................................viii

LISTA DE SÍMBOLOS ..................................................................................................................... ix

RESUMO ............................................................................................................................................ x

ABSTRACT........................................................................................................................................ xi

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1

1.1 Motivação ............................................................................................................................... 2

2. ESTUDO TEÓRICO ................................................................................................................. 4

2.1 Microcontrolador ATmega64L .................................................................................... 4

2.2 Gravação do ATmega64L ........................................................................................... 5

2.3 Display gráfico LCD...................................................................................................... 5

2.4 Conversor USB/Serial.................................................................................................. 6

3. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA.................................................................................................. 8

3.1 Módulo de software ...................................................................................................... 8

3.2 Módulo de hardware .................................................................................................. 12

3.3 Firmware ...................................................................................................................... 14

3.4 Comunicação software x hardware ......................................................................... 15

3.5 Interação com o usuário ............................................................................................ 16

4. PROJETO ................................................................................................................................ 17

4.1 Hardware...................................................................................................................... 17

4.1.1 Entrada/Saída ............................................................................................................. 17

4.1.2 Controlador LCD ......................................................................................................... 18

4.1.3 Comunicação .............................................................................................................. 19

4.2 Software ....................................................................................................................... 19

4.2.1 Diagrama de Classe................................................................................................... 19

4.2.2 Casos de Uso.............................................................................................................. 21

4.2.2.1 Configurar Comunicação........................................................................................... 21

4.2.2.2 Configurar Mostradores............................................................................................. 22

4.2.2.3 Manter Projeto............................................................................................................. 23

4.2.2.4 Configurar Menu ......................................................................................................... 24

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4.2.3 Protocolo de Comunicação....................................................................................... 25

4.3 Firmware ...................................................................................................................... 28

4.4 Cronograma................................................................................................................. 35

4.5 Estimativa de Custo ................................................................................................... 35

4.6 Módulos de expansão................................................................................................ 36

5. VALIDAÇÃO ............................................................................................................................ 39

5.1 Validação do software................................................................................................ 39

5.2 Validação do hardware .............................................................................................. 40

6. RESULTADOS........................................................................................................................ 41

6.1 Hardware...................................................................................................................... 41

6.2 Software ....................................................................................................................... 42

6.3 Resultado da validação ............................................................................................. 43

7. CONCLUSÕES ....................................................................................................................... 44

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 45

9. GLOSSÁRIO ........................................................................................................................... 46

ANEXOS ........................................................................................................................................... 47

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Diagrama em blocos do projeto.......................................................................... 1

Figura 2 – Painel desenvolvido pela Siemens VDO Automotive. ........................................ 3

Figura 3 – Configuração dos pinos do ATmega64L. ........................................................... 4

Figura 4 – Funcionamento básico do Conversor USB/Serial. ............................................. 7

Figura 5 – Tela principal do software................................................................................... 8

Figura 6 – Mostrador analógico. .......................................................................................... 9

Figura 7 – Mostrador Digital. ............................................................................................... 9

Figura 8 – Mostrador com indicação usando barras.......................................................... 10

Figura 9 – Mostrador com indicador. ................................................................................. 10

Figura 10 – Texto estático. ................................................................................................ 11

Figura 11 – Menu. ............................................................................................................. 11

Figura 12 – Diagrama em blocos do hardware.................................................................. 13

Figura 13 – Protocolo de comunicação do software com o hardware e vice-versa. .......... 15

Figura 14 – Diagrama de Classe. ...................................................................................... 20

Figura 15 – Diagrama de Casos de Uso. .......................................................................... 21

Figura 16 – Diagrama de Seqüência para Caso de Uso Configurar Comunicação........... 22

Figura 17 – Diagrama de Seqüência para Caso de Uso Configurar Mostradores............. 23

Figura 18 – Diagrama de Seqüência para Caso de Uso Manter Projeto. .......................... 24

Figura 19 – Diagrama de Seqüência para Caso de Uso Configurar Menu........................ 25

Figura 20 – Protocolo de comunicação. ............................................................................ 25

Figura 21 – Fluxograma quando microcontrolador recebe reset. ...................................... 29

Figura 22 – Fluxograma do desenho da interface na tela. ................................................ 30

Figura 23 – Fluxograma para monitoração entrada do usuário. ........................................ 31

Figura 24 – Fluxograma para comunicação serial............................................................. 33

Figura 25 – Fluxograma para receber valores para atualização dos mostradores. ........... 34

Figura 26 – Diagrama de estados do firmware.................................................................. 35

Figura 27 – Telas de validação do software. ..................................................................... 39

Figura 28 – Foto do hardware na caixa com uma das interfaces de validação no LCD. ... 41

Figura 29 – (A) Janela de edição do menu. (B) Dois projetos de validação abertos no

software...................................................................................................................... 43

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Parâmetros máximos de operação do ATmega64L........................................... 5

Tabela 2 – Pinagem do LCD. .............................................................................................. 6

Tabela 3 – Parâmetros de operação do controlador do LCD [2]. ........................................ 6

Tabela 4 – Propriedades do mostrador analógico. .............................................................. 9

Tabela 5 – Propriedades do mostrador digital. .................................................................... 9

Tabela 6 – Propriedades do mostrador de barras. ............................................................ 10

Tabela 7 – Propriedades do mostrador com indicador. ..................................................... 11

Tabela 8 – Propriedades do mostrador de texto................................................................ 11

Tabela 9 – Propriedades do item do menu........................................................................ 11

Tabela 10 – Lista de ações de um item do menu. ............................................................. 12

Tabela 11 – Propriedades comuns a todos os mostradores.............................................. 12

Tabela 12 – Comandos da comunicação software X hardware......................................... 16

Tabela 13 – Sinais de Entrada/Saída. ............................................................................... 17

Tabela 14 – Barramentos de entrada/saída com seu tipo e tamanho. .............................. 18

Tabela 15 – Sinais de Controle. ........................................................................................ 18

Tabela 16 – Sinais do controlador LCD. ............................................................................ 19

Tabela 17 – Tabela do tipo do mostrador. ......................................................................... 26

Tabela 18 – Informações comuns aos mostradores.......................................................... 26

Tabela 19 – Propriedades enviadas do mostrador analógico............................................ 26

Tabela 20 – Propriedades enviadas do mostrador com barras. ........................................ 27

Tabela 21 – Propriedades enviadas do mostrador com indicador..................................... 27

Tabela 22 – Propriedades enviadas do mostrador de texto. ............................................. 27

Tabela 23 - Propriedades enviadas do mostrador digital. ................................................. 27

Tabela 24 – Propriedades enviadas do menu. .................................................................. 27

Tabela 25 – Propriedades enviadas do item do menu. ..................................................... 27

Tabela 26 – Descrição dos estados do firmware............................................................... 35

Tabela 27 – Estimativa de custos...................................................................................... 36

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LISTA DE SIGLAS

Bps – bits per second.

EEPROM – Electrically Erasable Read-Only Memory.

LCD – Liquid Crystal Display.

LED – Light Emission Diode.

MISO – Master Input Slave Output

MOSI – Master Output Slave Input

RAD – Rapid Application Development.

RAM – Random Access Memory.

SCK – Source Clock

USB – Universal Serial Bus.

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LISTA DE SÍMBOLOS

µS – Microssegundos.

Cm – Centímetros.

GHz – Gigahertz.

Kbytes – Kilobytes.

Mb – Megabytes.

MHz – Megahertz.

mW – Miliwatts.

º C – Graus centígrados.

V – Volts.

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RESUMO

O projeto criar uma interface de mostradores que pode ser personalizada

pelo projetista, transferida para um hardware externo e então ser visualizada em um

display LCD gráfico. Usando um conjunto de mostradores predefinidos, o usuário monta a

interface que desejar.

O conjunto de mostradores inclui os mais comuns da indústria automotiva,

como, por exemplo, mostrador analógico, entre outros. Um menu de seleção também está

disponível. Cada item do menu pode ter uma ação predefinida e a seleção do menu será

controlada por três botões.

Um programa de computador ajuda o usuário a montar a interface usando

mostradores predefinidos e então transferi-la para o hardware. O usuário associa cada

mostrador a uma das dezesseis (16) entradas digitais multiplexadas de 8 bits cada ou a

uma das duas entradas analógicas.

O projeto foi divido em duas partes principais: o módulo de software e o

módulo de hardware. O módulo de software é o programa de computador no qual o

usuário vai montar a interface e então transferi-la para o hardware pela porta USB do

computador. O módulo de hardware constitui-se, principalmente, do LCD gráfico, do

microcontrolador ATmega e do conversor USB/Serial que usa o componente TUSB da

Texas Instruments. Quando a interface for transferida para o hardware, este pode agir

independentemente, pois a interface é gravada na memória não-volátil do

microcontrolador.

Palavras-chaves: LCD, “reconfigurable display”, ATmega, USB e TUSB.

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ABSTRACT

The project creates an interface of components that can be personalized by

the user, transferred to an external hardware and then be visualized on a graphical LCD

display. Using pre-defined components, the user will be able to build the interface he

wishes.

The pre-defined components include the most common in the automotive

industry, for example, an analog display, or a digital display and others. A menu

component is also available. Each item of the menu may have pre-defined actions and

three buttons will help the user to control it.

A computer software assist the user to build the interface using the pre-

defined components and then transfer it to the hardware. The user associate each

component to only one of the sixteen (16) 8 bits multiplexed digital inputs or to one of the

two analog inputs.

The project has two main modules: the software module and the hardware

module. The software module will let the user build the interface and then transfer it to the

hardware using an USB connection. The graphical LCD display, the microprocessor and

the USB/Serial converter, which uses TUSB component from Texas Instruments, basically

make the hardware module. When the interface is transferred to the hardware, this may

act independently, since the interface will be in the microprocessor non-volatile RAM

memory.

Key words: LCD, “reconfigurable display”, ATmega, USB e TUSB.

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1. INTRODUÇÃO

A idéia é desenvolver um projeto que substitua os painéis de instrumentos

comumente usados nos carros, onde o usuário monta a interface com os instrumentos

que ele deseja no computador e então transfere para um hardware que desenha a

interface em um display LCD gráfico (Figura 1).

Velocidade RPM motor Combustível

Hora

Projeto da interface com os mostradores no PC

Hardware Comunicação USB Velocidade

RPM motor Combustível

Hora

Visualização no display LCD

Figura 1 – Diagrama em blocos do projeto.

Primeiro serão abordados alguns aspectos teóricos do projeto, recursos que

os componentes principais disponibilizam. Em seguida vem a especificação técnica, que

explica aspectos do módulo de software e do módulo de hardware, como estes serão

implementados e quais os recursos que estarão disponíveis para o usuário.

O item a seguir é o projeto, onde este é delineado a um nível mais baixo. No

projeto de hardware é explicado como os componentes se conectam e o nome dos sinais

do controle, de dados e de endereço, enquanto que o projeto de software é detalhado

mostrando diagramas de classe, de casos de uso e de seqüência. O funcionamento do

firmware é descrito usando um diagrama de estado e fluxogramas.

O próximo item fala da validação do projeto. Explicam-se como serão

validados os módulos de software e de hardware. Detalhes são dados para essa

validação, usando todos os recursos que o projeto visa a disponibilizar para o usuário final

do sistema.

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Os resultados do projeto são discutidos, como o objetivo foi atingido e quais

foram os resultados perante o item de validação do projeto. Por último, fala-se das

conclusões sobre o projeto.

1.1 Motivação

A escolha deste projeto se deu por causa da possibilidade de se fazer

alguma coisa que, em sua área de utilização, é personalizável, dando ao usuário do

projeto a possibilidade de criar algo que supra suas necessidades. Caso suas

necessidades eventualmente mudem, é possível modificar o painel, reconfigurando-o para

satisfazer as novas necessidades do usuário.

O uso de painéis desse tipo vem crescendo lentamente na indústria

automotiva. Automóveis de luxo usam painéis para dar aos usuários mais opções de

visualização, assim como, mostrar as informações de maneiras mais amigáveis ou com

uma melhor aparência.

A subsidiária de automotiva da Siemens, a Siemens VDO Automotive [7],

desenvolve este tipo de painel (Figura 2), e outras empresas como a BMW [3] e a General

Motors [4] também vêm usando nos últimos anos este tipo de painel em seus carros

conceito.

A aplicação do projeto se estende para outras áreas como, por exemplo,

aviação. Há algum tempo, os aviões de grande porte, onde existe uma grande quantidade

de instrumentos que precisam ser monitorados pelo piloto, e aviões de combate, onde o

espaço é pequeno para vários instrumentos, usam versões simples de painéis

reconfiguráveis, onde o apertar de um botão muda a imagem no display e este ganha uma

nova função.

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Figura 2 – Painel desenvolvido pela Siemens VDO Automotive.

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2. ESTUDO TEÓRICO

O estudo teórico analisa as características dos componentes principais que

serão usados no projeto.

2.1 Microcontrolador ATmega64L

Este microcontrolador possui várias características que facilitam o projeto do

hardware. O modelo ATmega64L é da empresa Atmel, o ‘L’ no final do código do modelo

identifica que este roda no máximo a 8 MHz, que foi a velocidade usada no projeto. Um

conversor A/D embutido tem resolução de 10 bits e a memória EEPROM interna tem 2

Kbytes [1].

O microcontrolador possui duas portas seriais, sete sinais de interrupção, 64

Kbytes de memória de programa e 4 Kbytes de SRAM [1]. Tem seis ports de oito pinos e

mais um port de 5 pinos. A Figura 3 mostra a configuração dos pinos do ATmega64L [1].

A Tabela 1 mostra os parâmetros de operação do ATmega64L [1].

Figura 3 – Configuração dos pinos do ATmega64L.

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Tabela 1 – Parâmetros máximos de operação do ATmega64L.

Parâmetro Valor mínimo Valor máximo Unidade Temperatura de operação -55 +125 º C Tensão em todos os pinos (exceto RESET) -0,5 VCC+0,5 V Tensão no pino RESET -0,5 +13 V Tensão de operação máxima -- 6 V Corrente DC por pino de Entrada/Saída -- 40 mA Corrente nos pinos de VCC e GND 200 400 mA

A gravação do programa nesta versão da série de microcontroladores

ATmega é feita de forma diferente. Outros modelos da mesma linha usam os pinos MISO,

MOSI e SCK para comunicação com o programa de gravação. Neste modelo em vez de

usar o MISO e o MOSI são utilizados o TX e o RX, respectivamente.

O software usado para fazer o firmware em linguagem C é um pacote

distribuído gratuitamente. O nome do pacote é WinAVR [6], e vem com um conjunto de

ferramentas básico de diferentes autores, mas que atende todas as necessidades do

projeto.

As ferramentas que foram usadas são o compilador de código C e o

programa de gravação no microprocessador.

2.2 Gravação do ATmega64L

A gravação no microcontrolador ATmega64L é feita por meio da porta

paralela do computador, mas ainda assim em transmissão serial. No Anexo 3 se encontra

o esquemático para gravação do microcontrolador.

2.3 Display gráfico LCD

O modelo escolhido é o modelo SS24E12DLNW-E, que tem um

custo/benefício razoável para o projeto. Além disto, ele tem um controlador embutido,

simplificando e diminuindo o tamanho do circuito do hardware. Este LCD tem resolução de

240x128 pixels e tela com tamanho de 10 cm de largura por 5,6 cm de altura. O LCD

também possui backlight que sempre está ligado.

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O controlador embutido é o modelo T6963C da Toshiba. O controlador

possibilita usar modo gráfico, texto ou ambos ao mesmo tempo. A pinagem do LCD é

mostrada na Tabela 2. Na Tabela 3 mostra-se os parâmetros de operação do LCD.

Tabela 2 – Pinagem do LCD.

Pino Função Pino Função 1 GND 11 Linha de dado 2 GND 12 Linha de dado 3 Alimentação lógica 13 Linha de dado 4 Alimentação para Contraste 14 Linha de dado 5 Write 15 Linha de dado 6 Read 16 Linha de dado 7 Chip enable 17 Linha de dado 8 Comando/Dado 18 Linha de dado 9 Tensão de entrada negativa 19 Seleção fonte texto 10 Reset 20 Sem conexão

Tabela 3 – Parâmetros de operação do controlador do LCD [2].

Função Mínimo Típico Máximo Unidade Alimentação 4,75 5,0 5,25 V Tensão para nível lógico alto 0,7 -- VDD V Tensão para nível lógico baixo 0 -- 0,3 V

-- -- 12 mA Corrente de alimentação -- -- 2,0 mA

2.4 Conversor USB/Serial

O conversor USB/Serial é uma placa desenvolvida no Departamento de

Engenharia de Computação do UNICENP (Centro Universitário Positivo). Ele se conecta

na porta USB do computador. Um driver especial deve ser instalado no computador que

reconhece o conversor como uma nova porta de comunicação serial (COMx).

A placa é de uso simples (Figura 4), sendo somente necessário colocar o

terra da placa em comum com o terra do circuito no qual vão se conectar as linhas de

transmissão e recepção serial no microcontrolador [5].

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A placa possibilita usos mais complexos de comunicação serial, como

controle de fluxo por hardware, entre outras funções. No projeto esses recursos não foram

usados e um controle de fluxo por software foi implementado.

Figura 4 – Funcionamento básico do Conversor USB/Serial.

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3. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

A especificação técnica descreve detalhes técnicos dos módulos de software

e hardware, que serão comentados a seguir.

3.1 Módulo de software

O módulo de software será implementado em C++, usando o Borland C++

Builder 6 para facilitar o projeto de software, pois é uma ferramenta RAD. Para

desenvolver a interface o software vai usar o conceito de arrastar e soltar os mostradores.

Uma barra de ferramentas traz a lista de mostradores e um painel, à

esquerda da tela virtual de LCD, mostra as propriedades do mostrador selecionado

(Figura 5). O usuário projetista pode gravar a interface em um arquivo no computador, e,

querendo, abri-lo mais tarde. O mesmo pode ser feito com a interface gravada no

hardware, onde o usuário pode ler a interface da memória e editá-la no software.

Figura 5 – Tela principal do software.

Os mostradores são listados a seguir:

Mostrador analógico: mostrador analógico comum com escala graduada determinada

pelo projetista. A Figura 6 mostra um exemplo. As propriedades específicas do mostrador

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são descritas na Tabela 4. O ângulo zero é a reta que aparece na Figura 6 e o valor do

ângulo aumenta no sentido horário.

Figura 6 – Mostrador analógico.

Tabela 4 – Propriedades do mostrador analógico.

Propriedade Descrição Graduação Número de divisões da escala graduada Escala Valor somado ao tamanho padrão do mostrador Ângulo Inferior Ângulo inferior para o indicador Ângulo Superior Ângulo superior para o indicador Valor Valor atual do mostrador Valor mínimo Valor mínimo da escala Valor máximo Valor máximo da escala

Mostrador digital: mostrador que pode ter vários displays de sete (7) segmentos (Figura

7), um ao lado do outro, dentro da sua área interna. As propriedades específicas do

mostrador são descritas na Tabela 5.

Figura 7 – Mostrador Digital.

Tabela 5 – Propriedades do mostrador digital.

Propriedade Descrição Valor Valor atual do mostrador Valor mínimo Valor mínimo da escala Valor máximo Valor máximo da escala Dígitos O número de dígitos que o mostrador digital possui

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Mostrador com indicação usando barras: este mostrador segue a idéia de uma barra

de LEDs (Figura 8). Retângulos fazem o papel dos LEDs. As propriedades específicas do

mostrador são descritas na Tabela 6.

Figura 8 – Mostrador com indicação usando barras.

Tabela 6 – Propriedades do mostrador de barras.

Propriedade Descrição Largura Largura do mostrador Altura Altura do mostrador Orientação Indica se o mostrador tem orientação vertical ou horizontal Número de retângulos Indica o número de retângulos no mostrador Valor Valor atual do mostrador Valor mínimo Valor mínimo da escala Valor máximo Valor máximo da escala

Medidor com indicador: Um indicador mostra o valor atual (Figura 9). O mostrador

possui escala graduada ajustável. As propriedades específicas do mostrador são descritas

na Tabela 7.

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

- Figura 9 – Mostrador com indicador.

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Tabela 7 – Propriedades do mostrador com indicador.

Propriedade Descrição Largura Largura do mostrador Altura Altura do mostrador Graduação Número de divisões da escala graduada Orientação Indica se o mostrador tem orientação vertical ou horizontal Valor Valor atual do mostrador Valor mínimo Valor mínimo da escala Valor máximo Valor máximo da escala

Texto estático: representa um texto estático que é definido pelo usuário, sendo mostrado

na Figura 10 de forma meramente ilustrativa, que não corresponde à fonte usada no

microcontrolador. A fonte do texto é fixa no firmware e não possui qualquer tipo de estilo

de texto. O texto é limitado a trinta (30) caracteres. A única propriedade deste mostrador é

mostrada na Tabela 8.

Texto

Figura 10 – Texto estático.

Tabela 8 – Propriedades do mostrador de texto.

Propriedade Descrição Texto Texto que vai ser colocado no display

Menu de seleção: A tela do usuário pode ter somente um menu (Figura 11), o qual possui

até cinco itens. Cada item do menu tem uma única ação (Tabela 10) e um texto

associados. O texto do item do menu comporta no máximo trinta (30) caracteres. A Tabela

9 descreve as propriedades que um item do menu possui.

Menu

Figura 11 – Menu.

Tabela 9 – Propriedades do item do menu.

Propriedade Descrição Texto Texto do item do menu

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Ação Especifica qual ação o item deve fazer quando selecionado ComutarItem1 Primeiro item para comutar a visibilidade ComutarItem2 Segundo item para comutar a visibilidade

Visibilidade Item para alterar a visibilidade

Tabela 10 – Lista de ações de um item do menu.

Ação Descrição Comutar visibilidade Troca o valor de visibilidade de um mostrador Troca de mostrador Alterna a visibilidade de dois mostradores na tela

Gerar sinal externo Manda para o mundo externo qual item foi selecionado

O usuário vai associar cada mostrador colocado na tela a uma das

dezesseis (16) posições de memória ou a uma das duas entradas analógicas disponíveis.

Algumas propriedades são comuns a todos os mostradores e estão descritas na Tabela

11.

Tabela 11 – Propriedades comuns a todos os mostradores.

Propriedade Descrição Posição de memória Posição de memória a qual o mostrador está associado

Visibilidade Indica se o mostrador está visível ou não Posição X Número de pixels que o mostrador está deslocado da

margem esquerda do display Posição Y Número de pixels que o mostrador está deslocado da

margem superior do display

Todos os mostradores têm um tamanho padrão, exceto o mostrador de

texto, cuja largura depende do número de caracteres, e o mostrador digital, que tem altura

fixa e a largura varia com o número de dígitos escolhidos. Mostradores com tamanho

padrão têm seu tamanho alterado pela propriedade de escala no mostrador analógico, ou

pelas propriedades de largura e altura, nos mostrador com barras e com indicador.

3.2 Módulo de hardware

O módulo de hardware será independente de um computador, tirando o fato

de que a interface terá que ser projetada em um computador e então transferida para o

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hardware. Os componentes principais do hardware serão um LCD gráfico,

microcontrolador, memória EEPROM e o conversor USB/Serial. Um potenciômetro vai

ajustar o contraste do LCD.

O hardware (Figura 12) disponibilizará dois barramentos para entrada de

dados digitais. Um barramento será para o endereço, com quatro linhas, e outro para o

barramento de dados, com oito linhas. Um sinal de interrupção sinalizará para o

microcontrolador que existe um dado que deve ser lido.

Um terceiro barramento com quatro linhas indica para o mundo externo que

um item do menu foi selecionado. Outro sinal de controle indica que este barramento

possui um novo valor, permitindo que o usuário selecione varias vezes o mesmo item e

que um circuito externo consiga detectar isto.

O usuário também terá a seu dispor duas entradas analógicas. O valor de

tensão vai poder variar de 0V a 5V. Uma proteção, em cada uma das entradas, evitará

que o circuito do hardware seja danificado. O limite máximo da proteção é de 15V.

Figura 12 – Diagrama em blocos do hardware.

A memória EEPROM interna do microcontrolador vai ser usada para

armazenar as informações dos mostradores quando estes forem transferidos do

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computador para o hardware. Com tamanho de 2 Kbytes, esta memória EEPROM pode

ter dezenas de mostradores. Cada mostrador tem seu tamanho específico na memória,

pois alguns mostradores têm mais propriedades do que outros.

O LCD será conectado diretamente nos ports do microcontrolador. Somente

as 8 linhas de dados e 3 sinais de controle são necessários. Os sinais de controle

necessários são chip-enable, write e comando/dado.

O sinal chip-enable (/CE) habilita o controlador de modo geral, para qualquer

operação envolvendo o LCD este sinal deve estar em nível baixo. O sinal de write (/WR)

habilita a escrita no LCD através do controlador, este também é ativo em nível baixo. O

sinal de comando/dado sinaliza ao controlador do LCD se o valor que está no barramento

de dados do LCD é uma instrução (comando) ou um parâmetro de um comando.

3.3 Firmware

O firmware será implementado na linguagem C, usando-se o programa

WinAVR. Ficarão a cargo do firmware as seguintes tarefas:

1. Desenhar e atualizar a tela;

2. Monitorar os botões para acesso ao menu;

3. Monitorar porta serial do microcontrolador;

4. Receber valores para os mostradores pelas entradas digitais e

analógicas.

Quando o microcontrolador sofrer um reset ou o sistema for ligado, um

processo de inicialização vai ocorrer e este vai configurar a comunicação serial, o

conversor analógico/digital e inicializar variáveis.

A partir de rotinas predefinidas, o firmware desenha e atualiza a interface no

LCD. O firmware lê as informações de cada mostrador da memória e desenha os

mostradores em um buffer na memória do controlador.

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Os indicadores foram projetados para serem apagados sem interferir no

resto do desenho do mostrador. Assim, quando for necessário mudar o indicador,

somente este é apagado e então redesenhado na posição devida. Isto poupa o trabalho

de desenhar os mostradores toda vez que se precisar atualizar a tela com novos valores

dos mostradores.

Para entrada de dados, os sinais de interrupção do microcontrolador serão

usados. A entrada digital de dados será feita usando dois ports do microcontrolador. Um

deles refere-se ao dado de 8 bits e o outro a qual posição de memória esse dado

pertence. Neste caso serão usados somente 4 bits do port.

3.4 Comunicação software x hardware

A comunicação do software, no computador, e do hardware, é do tipo serial

por uma conexão USB. O software pode ler, gravar, apagar ou pedir o tamanho de uma

interface que está na memória. Quatro comandos vão controlador o vetor de valores do

hardware no software. Outro comando vai permitir o software detectar se o hardware está

presente. O protocolo de comunicação é mostrado na Figura 13. Os comandos que serão

aceitos são descritos na Tabela 12

Figura 13 – Protocolo de comunicação do software com o hardware e vice-versa.

O firmware sempre faz um eco do comando para servir como confirmação,

deste jeito, além de servir como confirmação do comando, o software pode saber que o

hardware ainda está conectado, respondendo e funcionando.

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Tabela 12 – Comandos da comunicação software X hardware

Letra do Comando

Ação Direção (hardware para software)

Bytes

L Leitura da interface na memória. Envia Variável*

G Gravação de uma interface na memória. Recebe Variável*

C Limpa a memória. -- Nenhum

X Comando para eco (verifica se o hardware está presente) -- Nenhum

E Envia o último endereço em uso da EEPROM. Envia 2

R Lê uma posição do vetor de valores. Envia 1

W Escreve em uma posição do vetor de valores. Recebe 2

S Envia o tamanho do vetor de valores.

Envia 1

*O número de bytes varia conforme o numero de mostradores contidos na interface.

3.5 Interação com o usuário

O sistema tem dois tipos de usuários: o usuário projetista, que projeta a

interface no computador; outro que usa o sistema como usuário final do produto. O

usuário que projeta a interface usa o software do computador e então gravar a interface

na memória do hardware.

Este usuário projetista também fornece as entradas para atualizar os

mostradores da interface. O usuário final pode interagir com o sistema, caso o projetista

tenha colocado um menu na interface. Três botões fornecem acesso ao menu: um botão

vai selecionar o item atual e os outros dois vão fazer a navegação pelo menu.

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4. PROJETO

O projeto é divido em módulo de hardware, software e firmware. Todas as

partes são esclarecidas a seguir. Depois disso, detalhes como cronograma, estimativa de

custo e possíveis expansões do projeto são discutidas.

4.1 Hardware

O projeto do hardware tem três principais objetivos:

� Entrada e saída de dados;

� Controle do LCD;

� Comunicação com o computador.

4.1.1 Entrada/Saída

O Anexo 3 mostra o diagrama esquemático do circuito do hardware. Os

sinais de entrada e saída do projeto no diagrama são descritos na Tabela 13.

Tabela 13 – Sinais de Entrada/Saída.

Sinal Direção Descrição 12V Entrada Entrada de alimentação do circuito. GND Entrada Referência de 0V do circuito (terra).

M Saída Barramento que indica qual item do menu foi selecionado.

MCHG Saída Indica que o item do menu foi selecionado. E Entrada Endereço do dado digital. D Entrada Dado digital.

BCIMA Entrada Push-button para controlar o menu. BBAIXO Entrada Push-button para controlar o menu.

BSEL Entrada Push-button para selecionar item do menu. DA Entrada Entrada analógica.

INTA Entrada Interrupção indicando novo valor analógico. INTD Entrada Interrupção indicando novo valor digital.

RESET Entrada Push-button para reiniciar o sistema.

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A Tabela 14 descreve os sinais de endereços e dados quanto ao tipo e tamanho (número de linhas). Na Tabela 15

Tabela 15 – Sinais de Controle.

os sinais de controle e seus níveis de ativação são descritos.

Tabela 14 – Barramentos de entrada/saída com seu tipo e tamanho.

Sinal Tipo Tamanho M Endereço 4 DA Dados 2 E Endereço 4 D Dados 8

Tabela 15 – Sinais de Controle.

Sinal Ativação MCHG Borda de Subida INTA Borda de Subida INTD Borda de Subida

BCIMA Nível Baixo BBAIXO Nível Baixo

BSEL Nível Baixo

Os sinais de controle do menu (BCIMA, BBAIXO e BSEL) estão sempre em

nível alto e vão para nível baixo quando o push-button correspondente é apertado. É

gerado um pulso de 1 µS no sinal MCHG, quando um novo valor estiver disponível no

barramento M. As entradas analógicas possuem proteção de 15V, podendo o sinal variar

de 0V a 5V e tendo como referência 0V.

4.1.2 Controlador LCD

O controle do LCD é feito usando os sinais descritos na Tabela 16. A ligação

é direta do microcontrolador com o controlador do LCD. Os sinais de leitura (/RD) e escrita

(/WR) do controlador são ativos em nível lógico baixo e o sinal A0 (C/D) indica se o valor

do barramento D é um dado ou uma instrução.

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Tabela 16 – Sinais do controlador LCD.

Sinal Tipo Descrição Tamanho Ativação D Barramento Dados/Instrução. 8 --

/EN Controle Chip enable. 1 Nível baixo /WR Controle Sinal de escrita 1 Nível baixo

C/D Controle Indica se está sendo enviado um dado ou uma instrução.

1 --

4.1.3 Comunicação

A comunicação com o computador é feita por USB. Os sinais TX e RX são

ligados na placa do TUSB e o terra da placa do TUSB é ligado em comum com o terra do

circuito do microcontrolador. O TUSB se encarrega de encaminhar para o computador o

que o microcontrolador enviar para ele e de encaminhar para o microcontrolador o que o

computador lhe enviar. Os pinos de TX e RX do microcontrolador operam no nível de

tensão TTL.

4.2 Software

O software do computador tem como objetivo dar ao usuário a possibilidade

de montar visualmente a interface, arrastando os mostradores e editando suas respectivas

propriedades. O projeto do usuário pode ser gravado no computador, usando um arquivo

XML – exemplo do formato pode ser encontrado no Anexo 1.

4.2.1 Diagrama de Classe

O diagrama de classe é mostrado na Figura 14.

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Figura 14 – Diagrama de Classe.

Na classe base para os mostradores, a IMostrador tem um atributo que

guarda as propriedades do mostrador. As propriedades são mantidas em um vetor de

objetos da classe CPropriedade.

O método virtual “Desenhar” da classe de interface IMostrador deve ser

implementado nas classes específicas. Este método vai retornar uma imagem bitmap que

é mostrada na tela simulando um mostrador ou o menu.

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Uma classe de comunicação será desenvolvida (CComunicacao). Ela

simplesmente envia um conjunto de bytes para a porta serial e também receber um

conjunto de bytes dela.

4.2.2 Casos de Uso

A Figura 15 mostra o diagrama de casos de uso do software. Quatro casos

de uso foram identificados e cada um deles é desenvolvido em diagramas de seqüência

nos próximos capítulos.

ud Casos de Uso NOVO

Sistema

Projetista

Configurar Comunicação

Manter Projeto

Configurar Mostradores

Configurar Menu

Figura 15 – Diagrama de Casos de Uso.

4.2.2.1 Configurar Comunicação

A Figura 16 mostra o diagrama de seqüência para este caso de uso. O

propósito deste caso de uso é configurar a porta de comunicação.

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sd Configurar Comunicação

Projetista

Interface CProjeto CComunicacao

SetPorta(Porta)

SetPorta(Porta)

SetPorta(Porta)

SetVelocidade(Velocidade)

SetVelocidade(Velocidade)

SetVelocidade(Velocidade)

Figura 16 – Diagrama de Seqüência para Caso de Uso Configurar Comunicação.

4.2.2.2 Configurar Mostradores

A Figura 17 mostra o diagrama de seqüência para este caso de uso. Este

caso de uso serve para adicionar, remover ou alterar propriedades de mostradores, assim

como desenhar os mostradores na tela do programa.

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sd Config Mostradores

Projetista

CProjeto IMostradorInterface

AdicionarMostrador(Tipo, X, Y)

AdicionarMostrador(Tipo, X, Y)

*GetDesenho(Index)

GetDesenho

RemoverMostrador(Index)

RemoverMostrador(Index)

*GetDesenho(Index)

GetDesenhoAlterarPropMost(Propriedade,NovoValor)

AlterarPropMost(Propriedade,NovoValor)

AlterarPropMost(Propriedade,NovoValor)

*GetDesenho(Index)

GetDesenho

Figura 17 – Diagrama de Seqüência para Caso de Uso Configurar Mostradores.

4.2.2.3 Manter Projeto

A Figura 18 mostra o diagrama de seqüência para este caso de uso. O

projeto será gravado no computador usando um arquivo XML. Um exemplo de formato

está no Anexo 1. Este caso de uso ajuda o usuário a gravar o projeto, para abri-lo mais

tarde, ou enviá-lo para o hardware, podendo também ler a interface diretamente do

hardware mais tarde.

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Figura 18 – Diagrama de Seqüência para Caso de Uso Manter Projeto.

4.2.2.4 Configurar Menu

A Figura 19 mostra o diagrama de seqüência para este caso de uso. Este

caso de uso tem como objetivo específico permitir adicionar e configurar um menu.

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sd Config Menu

Projetista

Interface CProjeto CMenu

AdicionarMenu(posX, posY)

AdicionarMenu(posX, posY)

RemoverMenu

RemoverMenu

AlterarMenu(posX, posY)

AlterarMenu(posX, posY)

AlterarMenu(posX, posY)

AdicionarItemMenu(Texto)

AdicionarItemMenu(Nome)

AdicionarItemMenu(Nome)

AlterarItemMenu(Posicao,NovaPos, Texto, Acao,

ComutarItem1, ComutarItem2,VisibilidadeItem)

AlterarItemMenu(Posicao,NovaPos, Texto, Acao,

ComutarItem1, ComutarItem2,VisibilidadeItem)

AlterarItemMenu(Posicao,NovaPos, Texto, Acao,

ComutarItem1, ComutarItem2,VisibilidadeItem)

RemoverItemMenu(Posicao)

RemoverItemMenu(Posicao)

RemoverItemMenu(Posicao)

Figura 19 – Diagrama de Seqüência para Caso de Uso Configurar Menu.

4.2.3 Protocolo de Comunicação

O protocolo de comunicação é mostrado na Figura 20. O fim de transmissão

é identificado por três caracteres com valor ASCII 10 (line feed). A parte de dados do

protocolo inclui informações como tipo do mostrador e suas propriedades. O campo de

tipo do mostrador será feito como descrito na Tabela 17. A parte do protocolo (dados)

onde os mostradores são enviados varia de tamanho.

Figura 20 – Protocolo de comunicação.

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A parte de dados depende do número de mostradores que o usuário coloca

na interface e também quais mostradores o usuário utilizou.

Tabela 17 – Tabela do tipo do mostrador.

Mostrador Valor do byte Digital 1 Analógico 2 C/ Barras 3 C/ Indicador 4 Texto 5 Menu 6 Item do Menu 7

A ordem de envio dos mostradores é a mesma ordem que está no software.

Assim os itens do menu podem referenciar os mostradores sem problemas. A Tabela 18

mostra as informações que sempre são enviadas junto com as informações específicas de

cada mostrador. O valor zero será usando para indicar que o mostrador não está visível e

qualquer valor diferente será usado para indicar que o mostrador está visível.

Tabela 18 – Informações comuns aos mostradores.

Propriedade Tamanho (bytes) Tipo mostrador 1 Posição de memória 1 Visibilidade 1 Posição X 2 Posição Y 2

As Tabela 19 a Tabela 25 mostram a configuração específica de cada

mostrador.

Tabela 19 – Propriedades enviadas do mostrador analógico.

Propriedade Tamanho (bytes) Graduação 1 Escala 1 Ângulo Inferior 2 Ângulo Superior 2 Valor 1

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Valor mínimo 2 Valor máximo 2

Tabela 20 – Propriedades enviadas do mostrador com barras.

Propriedade Tamanho (bytes) Largura 2 Altura 2 Orientação 1 Número de retângulos 1 Valor 1 Valor mínimo 2 Valor máximo 2

Tabela 21 – Propriedades enviadas do mostrador com indicador.

Propriedade Tamanho (bytes) Largura 2 Altura 2 Graduação 1 Orientação 1 Valor 1 Valor mínimo 2 Valor máximo 2

Tabela 22 – Propriedades enviadas do mostrador de texto.

Propriedade Tamanho (bytes) Texto 30

Tabela 23 - Propriedades enviadas do mostrador digital.

Propriedade Tamanho (bytes) Valor 1 Valor mínimo 2 Valor máximo 2 Segmentos 1

Tabela 24 – Propriedades enviadas do menu.

Informação Tamanho (bytes) Número de itens 1

Tabela 25 – Propriedades enviadas do item do menu.

Informação Tamanho (bytes)

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Texto 30 Ação 1

Comutar item 1 1 Comutar item 2 1 Visibilidade item 1

A orientação de mostrador que aparece na Tabela 20 e Tabela 21 funciona

com valor zero para orientação vertical e qualquer outro valor para orientação horizontal.

A ordem de envio das propriedades segue a ordem das Tabelas. Primeiro

são enviadas as propriedades da Tabela 18 e em seguida as propriedades específicas de

cada mostrador.

4.3 Firmware

O firmware vai executar quatro tarefas principais:

1. Desenhar e atualizar a tela;

2. Monitorar os botões para acesso ao menu;

3. Monitorar porta serial do microcontrolador;

4. Receber valores para os mostradores pelas entradas digitais e

analógicas.

A Figura 21 mostra o fluxograma para quando o sistema é ligado ou sofre

uma operação de reset. O processo de configuração consiste em inicializar ports, o

conversor A/D interno e a serial do microcontrolador.

Depois dessas tarefas feitas, o algoritmo vai verificar se existe uma interface

na memória interna do microcontrolador. Se houver uma interface, o microcontrolador a

desenha e depois disso vai monitorar os botões de acesso ao menu. Caso contrário, uma

mensagem de erro aparece no display LCD.

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Figura 21 – Fluxograma quando microcontrolador recebe reset.

A Figura 22 mostra como o firmware vai desenhar a interface na memória do

controlador do LCD. A memória é limpa, preenchida com valor zero, e então os

mostradores são o desenhados conforme eles estão na memória.

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Figura 22 – Fluxograma do desenho da interface na tela.

A Figura 23 mostra o fluxograma para o algoritmo que vai monitorar os

botões que o usuário vai poder usar para mexer no menu.

Basicamente, precisa-se observar se os botões para cima ou baixo foram

apertados e se o item atual selecionado é o primeiro item do menu ou o último. Isto deve

ser observado para que o contador que indica qual o item atual que está ativo não saia

dos limites do número de itens do menu.

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Figura 23 – Fluxograma para monitoração entrada do usuário.

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A Figura 24 mostra como será tratada a leitura da serial quando o

microcontrolador recebe dados pela sua porta serial. Como se pode ler ou gravar uma

interface na memória do microcontrolador, o comando que identifica isto é um ponto

importante.

A partir deste ponto o que vai acontecer são operações de leitura da

memória e envio de dado ou recebimento de dado e escrita na memória.

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Figura 24 – Fluxograma para comunicação serial.

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A Figura 25 mostra como o microcontrolador vai receber os valores com que

o usuário deseja atualizar os mostradores.

Figura 25 – Fluxograma para receber valores para atualização dos mostradores.

A Figura 26 mostra o diagramas de estado do firmware. A descrição dos

estados encontra-se na Tabela 26.

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Tabela 26 – Descrição dos estados do firmware.

Estado Descrição

Configurando Inicializando variáveis, verificando EEPROM por interface, configurando a porta serial e o conversor A/D.

Monitorando Botões Monitora os pinos específicos do microcontrolador esperando que o usuário aperte um dos botões.

Armazenando Valor Armazena o valor dado pelo usuário. Atualizando Interface Neste estado o display LCD é atualizado.

Executando Ação Quando o botão de seleção é pressionado pelo usuário. Neste estado a ação associada ao item menu atual é executada.

Lendo Serial Este estado acontece quando a interrupção da serial é acionada. Enviando Interface A interface na memória vai ser enviada para o computador.

Recebendo Interface O microcontrolador vai receber uma interface.

sm Diagramas

Configurando

Executando Ação

Monitorando Botões

Atualizando Interface

Armazenando Valor

Enviando Interface

Recebendo Interface

Inicio

Lendo Serial

Comando Ler

Comando Gravar

Comando Desconhecido

Fim Atualização

Int. Digital/Analógica

Pressionado Botãopara Cima/Baixo

Pressionado BotãoSelecionar

Int. Serial

Ação executada

Fim Configuração

Dado Armazenado

Figura 26 – Diagrama de estados do firmware.

4.4 Cronograma

O período de realização do projeto se encontra no Anexo 2.

4.5 Estimativa de Custo

A Tabela 27 mostra os custos estimados para o projeto caso este fosse

desenvolvido para se tornar um projeto comercial. Os custos de matérias do projeto foram

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baixos para o desenvolvimento, pois o microcontrolador e o display gráfico, que são itens

mais caros e precisariam ser adquiridos, foram disponibilizados pelo UNICENP.

Além destes, outros itens como computador, multímetro, fonte analógica,

osciloscópio e gerador de funções também foram fornecidos pelo UNICENP. Tais itens

aumentariam o custo do projeto em alguns milhares de reais.

Para uma produção em série, alguns itens só seriam pagos uma única vez,

como, por exemplo, fonte, osciloscópio etc. Assim, o custo inicial do projeto seria alto, mas

a longo prazo, como esperado, o custo tenderia a cair.

Tabela 27 – Estimativa de custos.

Recurso Qt. Custo Unit. (R$) Custo do Recurso (R$) ATmega64L 1 80,00 80,00 LCD Gráfico 1 250,00 250,00 Push-Buttons 3 0,10 0,30 Cristal 8 MHz 1 2,28 2,28 Potenciômetro 3 4,00 12,00 Dip-Switch 2 0,30 0,60 Placa TUSB 1 33,20 33,20 Protoboard 1 69,00 69,00 Soquete 8 pinos 1 0,10 0,10 LM358 1 0,3 0,30 Placa padrão 1 14,00 14,00 Horas de Trabalho 800 40,00 32.000,00 Total 32.461,78

4.6 Módulos de expansão

Vários recursos adicionais poderiam ser adicionados ao projeto. Um recurso

útil seria a adição de páginas na interface, que seriam alteradas por botões ou por itens do

menu. Isto levaria o projeto a um novo nível, mais complexo, possibilitando maior

liberdade ao usuário.

Módulos de expansão para o projeto seriam possíveis tanto na parte de

hardware, quanto na parte de software. Para expansão do hardware:

1. Uma interface genérica para utilização de LCD;

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2. Adicionar mais entradas analógicas no sistema;

3. Aumentar a proteção nas entradas analógicas;

4. Sistema de segurança.

Como quase todos os controladores de display gráfico usam, basicamente, o

mesmo tipo de sinais de controle e dados é possível fazer uma interface genérica para

facilitar a mudança de um display gráfico para outro. Um exemplo seria comunicar o

ATmega a um outro microcontrolador, onde o ATmega só enviaria comandos como

“inicializar LCD”, “ligar pixel na posição x/y qualquer” etc., em um protocolo.

Caso o LCD mude a única que seria alterada é este microcontrolador

intermediário que interage com o LCD diretamente, única regra que deveria ser obedecida

é o protocolo de comunicação entre os dois microcontroladores.

O aumento da proteção nas entradas analógicas poderia envolver um

circuito mais complexo que aumentaria a corrente e tensão máximas que poderiam ser

aplicadas fora do limites de 0V e 5V.

O hardware não impede de nenhuma maneira que a interface gravada na

memória seja lida por alguém não autorizado, basta usar o software ou saber o protocolo

de comunicação. Um sistema de segurança poderia ser implementado no firmware em

conjunto com os bits de configuração do ATmega64.

Seria fácil adicionar novos mostradores para expandir o software, em razão

de como este foi implementado, mas isto implicaria em alterações no firmware. Outras

idéias seriam:

1. Uma janela de personalização para a fonte do texto e para a fonte usada

no mostrador digital;

2. Configuração da velocidade de comunicação variável;

3. Adição de recursos para facilitar a vida do usuário.

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38

Possibilitando-se ao usuário projetista configurar as fontes, o projeto se

tornaria ainda mais flexível. Velocidade de comunicação configurável (9600 bps, 19200

bps, 38400 bps, 57600 bps...) poderia ser realizada com simples alterações no firmware.

Os recursos como “copiar e colar” e a múltipla seleção de mostradores

poderiam ser adicionados ao software, como funcionalidades não essenciais mais para

facilitar a vida do usuário na hora de projetar a interface.

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39

5. VALIDAÇÃO

A validade se dá em duas partes: Hardware e Software. Cada uma delas é

explicada a seguir.

5.1 Validação do software

As duas interfaces que serão projetadas são mostradas na Figura 27.

Figura 27 – Telas de validação do software.

A interface da direta, mostrada na Figura 27, testa o mostrador analógico, o

mostrador digital e o texto estático. Um menu, com três itens, comuta a visibilidade dos

dois mostradores e o terceiro item do menu gera um sinal externo. O mostrador analógico

será associado com a entrada analógica “1” do hardware e o mostrador digital à posição 6

da memória.

A segunda interface, à esquerda na Figura 27, testa o mostrador com

indicador e o mostrador com barras. Textos estáticos também são usados nesta tela.

Sempre existe um mostrador de cada tipo visível na tela, enquanto que o mostrador com

orientação diferente permanece ou não visível, quando um item do menu for selecionado.

Os mostradores com indicador são associados à posição três (3) da

memória e os medidores com barras à posição nove (9) da memória.

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40

5.2 Validação do hardware

A validação do hardware usou as interfaces projetadas no software. Um

potenciômetro é conectado à entrada analógica 1 e uma chave é conectada à interrupção

analógica. Os 5 bits menos significativos e o bit mais significativo são ligados a chaves.

Quatro chaves são conectadas às linhas de endereço e uma chave é

conectada ao sinal que indica que um novo valor está disponível no barramento de dados.

Com isto feito, torna-se possível testar o hardware e o design feito no software, variando o

valor do potenciômetro e gravando esse valor em uma posição de memória associada

com um componente.

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6. RESULTADOS

Os resultados obtidos nos projetos do hardware e do software são discutidos

nos próximos itens.

6.1 Hardware

O hardware teve o comportamento esperado, cumprindo o que foi projetado

para fazer. A entrada e a saída de dados foram realizadas com sucesso, tanto na parte

digital, como na parte analógica do projeto.

A velocidade de atualização máxima não pode ser testada, mesmo porque o

LCD gráfico usado não possui uma taxa de atualização adequada para uma velocidade

muito rápida de atualização da tela.

Figura 28 – Foto do hardware na caixa com uma das interfaces de validação no LCD.

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De qualquer maneira o firmware foi projetado para ter a maior velocidade

possível, somente atualizando a tela nas partes que forem necessárias, evitando que

outras partes da tela fiquem “piscando”.

A velocidade de comunicação serial é fixa em 38.400 bps. Isto faz com que

uma interface com cinco mostradores e um menu com três itens demore

aproximadamente quatro segundos para ser gravada na memória EEPROM do

microcontrolador.

Uma interface com esta configuração teria valor perto de 100 bytes,

dependendo de quais mostradores fossem usados. A gravação demora vários segundos

devido ao fato de que o microcontrolador leva alguns milisegundos para gravar o conteúdo

transmitido na memória EEPROM.

O software do computador espera o sinal do microcontrolador para enviar

um novo pacote de bytes logo depois que o pacote anterior foi gravado. Este pacote tem

3 bytes de tamanho, mas o firmware pode ser alterado para usar um pacote maior,

podendo assim aumentar o desempenho nesta parte.

Um fato que foi notado é a corrupção dos dados na memória EEPROM do

microcontrolador quando este é ligado ou desligado. Isto é uma característica da memória

por ela ser embutida no microcontrolador. Uma pesquisa na referência [1] revelou que isto

não pode ser evitado de forma 100% eficaz, mas pode ser abrandado.

A proteção para as entradas analógicas fica em 15V no máximo, uma tensão

maior que 15V queima a proteção sem danificar o microcontrolador. Neste caso somente

é preciso trocar o componente que faz a proteção, cujo preço é baixo e fácil de ser

encontrado.

6.2 Software

O software foi implementado conforme o projeto sem problemas. É possível

configurar a interface do jeito que o usuário desejar, dentro dos limites preestabelecidos,

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43

como é mostrador por dois projetos diferentes na Figura 29B, a Figura 29A mostra a

janela de edição de menu. O software tem desempenho rápido. Isto se deve ao fato de

que a atualização da tela é desenhada completamente na memória para depois ser

mostrada na tela.

Figura 29 – (A) Janela de edição do menu. (B) Dois projetos de validação abertos no software.

Para comunicação com o hardware foi lançada mão do recurso de threads.

Isto evitou que o programa travasse enquanto a transferência da interface estava sendo

feita. Este recurso possibilitou que fosse adicionada uma opção para o usuário cancelar a

transferência a qualquer momento.

6.3 Resultado da validação

Os resultados obtidos na validação do projeto foram os esperados. As

interfaces foram projetadas no software e cada uma das interfaces foi transferida para o

hardware e testada, como descritos na parte de validação do projeto.

Usando as chaves e o potenciômetro foi possível fazer alteração dos valores

dos mostradores e usando os botões de controle do menu a interação do usuário com o

sistema teve êxito.

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7. CONCLUSÕES

O projeto teve uma grande dificuldade com o LCD que seria usado

inicialmente, que não chegou a funcionar, até mesmo quando testados dois modelos

iguais. Um tempo considerável foi utilizado neste problema, mas em paralelo o software e

partes do firmware eram implementados.

Um segundo modelo de LCD gráfico foi usado. Problemas na inicialização do

LCD aconteceram, mas após duas semanas de tentativa ele veio a funcionar a contento.

O microcontrolador parou de trabalhar três vezes, sem motivo aparente. Isto

não atrasou o projeto, mas causou certa apreensão, dando a idéia de que o

microcontrolador tinha queimado. Apesar de todos os contratempos o projeto foi

executado como planejado e os resultados esperados foram os desejados. A idéia do

projeto foi implementada com sucesso.

O projeto pode ser expandido para outras áreas além da área automotiva.

Aviação é um bom exemplo, agrupar os vários instrumentos que o painel do piloto possui

em alguns painéis reconfiguráveis. Qualquer área que utilize vários instrumentos, como

monitoração em uma usina nuclear (hidroelétrica, geotérmica, etc) pode utilizar vários

painéis reconfiguráveis.

Vários os conhecimentos adquiridos. Até então os microcontroladores da

linha ATmega eram desconhecidos. O microcontrolador usado, apesar de um ou outro

problema, provou que tem grande potencial, oferecendo vários recursos para o usuário.

A implementação do software também foi proveitosa. O fato de construir algo

que pode ser alterado pelo próprio usuário a seu bel-prazer, onde cada objeto pode ser

alterado diretamente por ele, com várias propriedades diferentes, tornou a implementação

do software um desafio que foi vencido.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Atmel Corporation. Datasheet ATmega64L. Disponível em <http://www.atmel.com>.

Acesso em 12 de mar. de 2005.

[2] Toshiba Semiconductors. Datasheet T6963C. Disponível em

<http://pdf.alldatasheet.com/datasheet-pdf/view/31129/TOSHIBA/T6963C.html>. Acesso em 15

de set. de 2005.

[3] “The Human/Machine Interface”. Disponível em <http://www.ai-

online.com/issues/article_detail.asp?id=56>. Acesso em 5 de mai. de 2005.

[4] “GM’s reconfigurable displays allow personalization, minimize distraction”. Disponível

em <http://features.conceptcar.co.uk/gm2001/inst_panel.php>. Acesso em 6 de mai. de 2005.

[5] Cendon, Rodrigo Villaverde. Conversor USB-Serial. Disponivel em <

http://engcomp.unicenp.edu.br/>. Acesso em 24 abr. 2005.

[6] “WinAVR” <http://winavr.sourceforge.net/>. Acesso em 10 abr. de 2005.

[7] Media Center, Siemens VDO Automotive.

<http://www.usa.siemensvdo.com/media/images/ii/list.htm>. Acesso em 5 dez. 2005.

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9. GLOSSÁRIO

Software – Programa de computador.

Hardware – Conjunto de componentes eletrônicos e (ou) elétricos.

Bit – Um valor binário.

Byte – Um número inteiro composto por oito bits.

Buffer – Um pedaço de memória temporário usada para armazenar dado.

String – um vetor de caracteres terminando com o valor zero.

Protocolo – Linguagem de comunicação entre dois ou mais sistemas.

Firmware – Programa residente no hardware.

Reset – Ato de reiniciar um dado sistema.

Bitmap – Um formato de imagem no computador.

Driver – Software de computador que disponibiliza um conjunto com funções para acesso

a hardware.

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ANEXOS

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Anexo 1 – Exemplo de arquivo XML para gravação do projeto no computador.

<interface> <most Tipo="1" X="100" Y="100" Visivel="1" Memoria="4" Escala="10" AngInf="45"

AngSup="270" /> <most Tipo="2" X="10" Y="10" Visivel="1" Memoria="4" Escala="10" NrDisplay="4"

/> <most Tipo="5" Texto="RPM (x1000)" /> <menu X="10" Y="10" > <item Acao="1" ComutaItem1="1" ComutaItem2="2" Visibilidade="-1" /> </menu>

</interface>

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Anexo 2 – Cronograma.

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Anexo 3 – Diagrama esquemático do hardware

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Anexo 4 – Manual Técnico

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Anexo 5 – Manual do Usuário

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Anexo 6 – Artigo

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Id Nome da tarefa1 Aquisição dos componentes

2 Elaboração diagramas esquemáticos de teste

3 Testes com componentes

4 Definição do programa CAD

5 Elaboração diagramas esquemáticos

6 Documentação do projeto

7 Montagem do Diagrama esquemático do projeto

8 Programação do microcontrolador(s)

9 Teste usando configuração pré-definida

10 Implementação programa CAD

11 Teste funcional do programa

12 Teste prog. CAD + Hardware

13 Validação

14 Elaboração documentação+artigo

27 3 10 17 24 1 8 15 22 29 5 12 19 26 3 10 17 24 31 7 14 21 28 4 11 18 25 2 9 16 23 30Abr 05 Maio 05 Jun 05 Jul 05 Ago 05 Set 05 Out 05

Tarefa

Divisão

Andamento

Etapa

Resumo

Resumo do projeto

Tarefas externas

Etapa externa

Prazo final

cronograma

Página 1 de 1

Projeto: cronogramaData: Dom 15/5/05

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5

5

4

4

3

3

2

2

1

1

D D

C C

B B

A A

1 1

Microcontrolador ATmega64

A4

1 5Thursday, December 08, 2005

Title

Size Document Number Rev

Date: Sheet of

XTAL1

XTAL2

GND

GN

D

BCIMA

VC

C

VC

C

BBAIXO

GN

D

VC

C

BSEL

GN

D

GND

VC

C

RESET

GN

D

XTAL2

M1M0MCHG

M2M3

VCCGNDXTAL1

RXTX

D2

D7D6D5D4D3

D0INTDINTA

BCIMABBAIXOBSEL

LEDRESET

LED

E2E1

E3

E0

DLCD5

DLCD0DLCD1DLCD2DLCD3

DLCD6

DLCD4

DLCD7

DA0DA1

VCC

VCC

SELA

/WR

C/D/EN

D1

SCKSCK2

SELAINTA

RESET

TX

SCK2

RX

TX

GND

MCHG

D[0..7]

12V VCC

INTD

GND

RX

E[0..3]

12V

EX_DA0EX_DA0

GNDEX_DA0

12V

EX_DA1

M[0..3]

GND

VCC

DLCD0

DLCD3

DLCD1DLCD2

DLCD6DLCD7

DLCD5DLCD4

C/D

/WR/EN

DA1DA0

gravTX

SCK2

gravRXRESET

tsubRX

EX_DA0EX_DA1

tsubTXtusbGND

12VGNDEX_DA0EX_DA1

VCC

DLCD1

DLCD3

DLCD0

DLCD2

DLCD6DLCD5

DLCD7

DLCD4

C/D

/WR/EN

protDA0protDA1

SW2 SW4

SW5

SW_T_SPDT1

32

SW3

U6 LM7805CT

1 3

2

IN OUT

GN

D

C1

22pF

C34.7u

Y1

8Mhz

R5 1K5

D2

LED

R3 1K5

C2

22pF

R2 1K5

R1

1K5

SW1

U1

ATmega64

123456789

1011121314151617181920212223242526272829303132

6463626160595857565554535251504948474645444342414039383736353433

PENPE0 (RXD0/PDI)PE1 (TXD0/PDO)PE2 (XCK0/AIN0)PE3 (OC3A/AIN1)PE4 (OC3B/INT4)PE5 (OC3C/INT5)PE6 (T3/INT6)PE7 (ICP3/INT7)PB0 (/SS)PB1 (SCK)PB2 (MOSI)PB3 (MISO)PB4 (OC0)PB5 (OC1A)PB6 (OC1B)PB7 (OC2/OC1C)PG3 TOSC2/PG3PG4 TOSC1/PG4RESETVCCGNDXTAL2XTAL1PD0 (SCL/INT0)PD1 (SDA/INT1)PD2 (RXD1/INT2)PD3 (TXD1/INT3)PD4 (ICP1)PD5 (XCK1)PD6 (T1)PD7 (T2)

AVCCGND

AREF(ADC0) PF0(ADC1) PF1(ADC2) PF2(ADC3) PF3

(ADC4/TCK) PF4(ADC5/TMS) PF5(ADC6/TDO) PF6(ADC7/TDI) PF7

GNDVCC

(AD0) PA0(AD1) PA1(AD2) PA2(AD3) PA3(AD4) PA4(AD5) PA5(AD6) PA6(AD7) PA7(ALE) PG2(A15) PC7(A14) PC6(A13) PC5(A12) PC4(A11) PC3(A10) PC2(A9) PC1(A8) PC0

(/RD) PG1(/WR) PG0

R4 1K5

INTASELA

INTD

E[0..3]

GND12V

D[0..7]

M[0..3]

MCHG

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5

5

4

4

3

3

2

2

1

1

D D

C C

B B

A A

1 1

Esquema de gravacao do ATmega ligado na porta paralela do computador

A4

2 5Monday, November 07, 2005

Title

Size Document Number Rev

Date: Sheet of

GND

RX

TX

RESET

SCK

TXRX

RESET

SCKGND

gravRXRESET

gravTX

SCK2GND

U2

74LS244

2468

1

18161412

11131517

9753

19

A1A2A3A4

1OE

Y1Y2Y3Y4

A5A6A7A8

Y5Y6Y7Y8

2OE

J2

CON25

12345678910111213141516171819202122232425

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5

5

4

4

3

3

2

2

1

1

D D

C C

B B

A A

1 1

Conexão do LCD Gráfico

A4

3 5Monday, November 07, 2005

Title

Size Document Number Rev

Date: Sheet of

/WR

C/DDLCD3

GND

DLCD2

GND

PIN9 VCCDLCD1DLCD0

DLCD5

C/D

VCCGND

/EN

GND

DLCD7DLCD4

GND/WRPIN4

DLCD0

DLCD4DLCD5

DLCD7

DLCD1DLCD2DLCD3

DLCD6DLCD6

/EN

GNDPIN9

PIN4

VCC

GND

C/D

/WR

DLCD7

DLCD0

DLCD5DLCD6

DLCD2

DLCD4

DLCD1

DLCD3

/EN

VCC

GND

J8

CON20A

1 23 45 67 89 10

11 1213 1415 1617 1819 20

R6 10KOHM

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5

5

4

4

3

3

2

2

1

1

D D

C C

B B

A A

1 1

Conexão TUSB

A4

4 5Monday, November 07, 2005

Title

Size Document Number Rev

Date: Sheet of

RXRX

GNDTX

RX

U10

TUSB

21

3TXRX

GND

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5

5

4

4

3

3

2

2

1

1

D D

C C

B B

A A

1 1

Proteção entradas analógicas

A4

5 5Monday, November 07, 2005

Title

Size Document Number Rev

Date: Sheet of

VC

C_8V

GN

D

EX_DA1DA1

EX_DA0

DA0

GN

DV

CC

_8V

12V

EX_DA1

GNDEX_DA0

VCC_8V12V

DA1DA0

GND

GND

EX_DA1

12V

EX_DA0protDA1protDA0

-

+U7B

LM358/CYL

5

67

84

U9 LM7805CT

1 3

2

IN OUT

GN

D

-

+U7A

LM358/CYL

3

21

84

C44.7u