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Carlos Alberto de Oliveira Paes Consultor Jurídico da OCB-SESCOOP/MT

Palestra Carlos Alberto de Oliveira

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Carlos Alberto de Oliveira PaesConsultor Jurídico daOCB-SESCOOP/MT

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Sociedades de Pessoas

Lei 5764/1971.

• Art. 3º. Celebram contrato de sociedadecooperativa as pessoas quecooperativa as pessoas quereciprocamente se obrigam a contribuircom bens ou serviços para o exercício deuma atividade econômica, de proveitocomum, sem objetivo de lucro.

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Sociedades Para Prestar Serviços ao Associado

• Art. 4º. As cooperativas são sociedades depessoas, com forma e natureza jurídica próprias,pessoas, com forma e natureza jurídica próprias,de natureza civil, não sujeitas à falência,constituídas para prestar serviços aosassociados, distinguindo-se das demaissociedades pelas seguintes características:

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Princípios da Sociedade Cooperativa

• 1. Adesão Voluntária e Livre.

• 2. Gestão Democrática dos Associados - voto.

• 3. Participação Econômica dos Associados –Capital – Despesas – Sobras – Prejuízos.

• 4. Autonômia e Independencia – Autogestão.

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Princípios da Sociedade Cooperativa

• 5. Educação – Formação Profissional – Acesso aInformação.

• 6. Intercooperação.

• 7. Interesse pela Comunidade.

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Sociedades CooperativasNatureza Jurídica – Lei 5764/1971

Os sócios não podem “escolher” os seus parceiros e a nãoser pela a impossibilidade técnica de “prestação de

Personalidade Jurídica das Cooperativas Principio das Portas Abertas

ser pela a impossibilidade técnica de “prestação deserviços”, o ingresso nos quadros da Cooperativa é livree voluntário a todos que exerçam os mesmos tipos deatividade. Por isso, a Sociedade Cooperativa éreconhecida como Sociedade de Portas Abertas, ou seja,o ingresso nos seus quadros é livre, não existindoqualquer possibilidade de ser barrado, a não ser, comoapontado acima, a impossibilidade técnica da “prestaçãode serviços” a mais um associado.

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Objetivo e Classificação das Sociedades Cooperativas

As sociedades cooperativas poderão adotar porobjeto qualquer gênero de serviço, operação ouatividade.

• Singulares, as constituídas pelo número mínimode 20 (vinte) pessoas físicas, sendoexcepcionalmente permitida a admissão depessoas jurídicas que tenham por objeto asmesmas ou correlatas atividades econômicas daspessoas físicas ou, ainda, aquelas sem finslucrativos;

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Objetivo e Classificação das Sociedades Cooperativas

As cooperativas singulares se caracterizam pelaprestação direta de serviços aos associados.

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Da Constituição dasSociedades Cooperativas

• A sociedade cooperativa constitui-se por:

• Deliberação da Assembléia Geral

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EstatutoRequisitos

• Denominação - área de ação - objeto da sociedade -exercício social - balanço geral

• Os direitos e deveres dos sócios - responsabilidades -• Os direitos e deveres dos sócios - responsabilidades -admissão, demissão, eliminação

• Capital mínimo - quotas-partes - reembolso - demissão, eliminação ou de exclusão

• Distribuição sobras - Rateio das perdas

• Forma de administração e fiscalização - representação da Cooperativa

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EstatutoRequisitos

• Prazo mandato - substituição dos administradores e conselheiros fiscais

• Assembléias Gerais - Instalação - Validade - Voto -• Assembléias Gerais - Instalação - Validade - Voto -Interesse Particular

• Formas de Dissolução – Liquidação

• Bens imóveis – Aquisição – Alienação

• Reforma

• Associados – Mínimo – 20 sócios

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Capital Social

• Quotas Partes

• 1/3 (um terço) – Limite

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Associados Ingresso

• Ingresso – Livre Adesão –

• Exceção - artigo 4º - item I – Lei 5764/197• Exceção - artigo 4º - item I – Lei 5764/197

“impossibilidade técnica de prestação de serviços”

• Impedimento - agentes de comércio eempresários que operam no mesmo campoeconômico da sociedade.

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-Demissão- Eliminação- Exclusão

• Demissão – não poderá ser negada

Associados - Saida

• Demissão – não poderá ser negada• Eliminação – Infração Legal ou Estatutária• Recurso – 30 dias – Efeito Suspensivo –1a. Assembléia Geral

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Exclusão

• I - por dissolução da pessoa jurídica;• II - por morte da pessoa física;• III - por incapacidade civil não suprida;• III - por incapacidade civil não suprida;• IV - por deixar de atender aos requisitosestatutários de ingresso ou permanência nacooperativa.

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Orgãos Sociais

• Assembléias gerais – ordinária/extraordinária

• Orgão supremo da sociedade• Orgão supremo da sociedade

• Convocação: Presidente, Conselho de Administração , Conselho Fiscal – 1/5 dos sócios

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Assembléia GeralOrdinária

Deve ser realizada no primeiro trimestre de cada ano – delibera sobre:

• Prestação de contas• Eleições• Destinação sobras / rateio das perdas

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Assembléia GeralExtraordinária

Realizada sempre que necessária – delibera sobre qualquer assunto de interesse da sociedade

•Competencia exclusiva;

•Reforma do estatuto

•Fusão – incorporação – desmembramento

•Mudança do objeto da sociedade

•Dissolução voluntária da sociedade / liquidante

•Contas do liquidante

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Orgão da Administração

Conselho de administração – eleito

• Mandatos – até 4 anos

• Renovação – 1/3 dos membros

• Impedimentos: parente segundo grau em linhareta ou colateral, condenados, acesso cargopúblico, crime falimentar, prevaricação, peita ousuborno, concussão, peculato contra a economiapopular a fé pública e a propriedade.

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Orgão de Fiscalização

Conselho fiscal

• 3 membros titulares / 3 membros suplentes• 3 membros titulares / 3 membros suplentes• Eleitos anualmente / mandato – 1 ano• Renovação – dois terços• Impedimente – idêntico ao cons. AdministraçãoCompetencia : fiscalizar a administração da sociedade

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Ato Cooperativo

LEI 5764/1971 – ARTIGO 79

• Art. 79. Denominam-se atos cooperativos ospraticados entre as cooperativas e seuspraticados entre as cooperativas e seusassociados, entre estes e aquelas e pelascooperativas entre si quando associados, para aconsecução dos objetivos sociais.

• Parágrafo único. O ato cooperativo não implicaoperação de mercado, nem contrato de compra evenda de produto ou mercadoria.

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Ato não Cooperativo Arts. 85, 86, 87

• São denominados Atos Não Cooperativos os praticados com terceiros, não sócios.

• Capacidade Ociosa ou Necessidade de Cumprimento de Contratos

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Do Sistema Trabalhista Art. 90

• Qualquer que seja o tipo de cooperativa, nãoexiste vínculo empregatício entre ela e seusassociados.associados.

• Art. 90. Qualquer que seja o tipo de cooperativa,não existe vínculo empregatício entre ela e seusassociados.

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Lei das Licitações – 8666/1993

• Lei 12349/2010 – Alterou o artigo 3º da Lei 8666/93

• Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

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Lei 8666/1993

Lei 12349/2010 – Alterou o artigo 3º, §1º, da Lei 8666/93

§ 1º - É vedado aos agentes públicos:

• I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem

• I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991;

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JURISPRUDÊNCIA

• SEGUNDA TURMA DE CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS• MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL Nº 83373/2006 - CLASSE II - 11 -• COMARCA CAPITAL• -• IMPETRANTE: COOVMAT - COOPERATIVA DOS VIGILANTES• DE MATO GROSSO• IMPETRADO: EXMO. SR. SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE• IMPETRADO: EXMO. SR. SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE• Número do Protocolo: 83373/2006• Data de Julgamento: 19-06-2007• EMENTA• MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL – ENTIDADE• COOPERATIVA – PARTICIPAÇÃO DE PROCEDIMENTO LICITATÓRIO –• IMPOSSIBILIDADE – OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA ISONOMIA E• EFICIÊNCIA – ORDEM CONCEDIDA.• Se as cooperativas atendem aos requisitos exigidos pela lei, o• impedimento de sua participação em licitação vulnera o princípio da igualdade, e• constitui medida de restrição à natureza competitiva daquele procedimento.

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JURISPRUDÊNCIA

• TERCEIRA CÂMARA CÍVEL• RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 42567/2004 - CLASSE II - 15 -• COMARCA CAPITAL• AGRAVANTE(S): FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE -• FEMA• AGRAVADO(S): COOPERATIVA DOS TRABALHADORES EM• SERVIÇOS GERAIS, TRANSPORTES TERRESTRES• DE PASSAGEIROS E CONSTRUÇÃO CIVIL DE• CUIABÁ/MT - COOPERSETRA• CUIABÁ/MT - COOPERSETRA• Data de Julgamento: 10-5-2005• EMENTA• RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE• EFEITO SUSPENSIVO - LICITAÇÃO - ENTIDADE COOPERATIVA -• CLÁUSULA DE IMPEDIMENTO - VIOLAÇÃO DE PRECEITOS BÁSICOS DA• CONSTITUIÇÃO FEDERAL - RECURSO IMPROVIDO.• É inconstitucional e ilegal o afastamento prévio das cooperativas de• certames licitatórios, tão somente pelos benefícios e privilégios legais a elas• estendidos, em face do que dispõem os princípios da legalidade, da impessoalidade, da• isonomia dos concorrentes e da finalidade de seleção da proposta mais vantajosa para a• Administração Pública.

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TRIBUTAÇÃO

• A TRIBUTAÇÃO É FEITA NA PESSOA DO COOPERADO.DO COOPERADO.• ISS• ICMS• IR

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OBRIGADO PELA PARTICIPAÇÃOOBRIGADO PELA PARTICIPAÇÃO

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