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FORUM DE SÍNDROME PÓS- POLIOMIELITE 27 Abril 27 Abril 2013 2013

Palestra pospolio

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Page 1: Palestra pospolio

FORUM DE SÍNDROME

PÓS-POLIOMIELITE

27 Abril 201327 Abril 2013

Page 2: Palestra pospolio

Mônica Tilli Reis Pessoa Conde

Page 3: Palestra pospolio

1. Introdução

2. Fatores de risco

3. História Natural

4. Quadro Clínico

5. Diagnóstico

6. Distribuição

7. Evolução

8. Estudos

Page 4: Palestra pospolio

Poliomielite

Problema de saúde pública: final século XIX

EPIDEMIAS

Países desenvolvidos: 1940 e 1950

Brasil: 1950 e 1960

EUA: 640 mil sobreviventes

Mundo: 20 milhões sobreviventes Grande no

sequelados

Brasil: sem estimativa

1980: Campanhas Nacionais de Imunização diminui no

casos

1985: Plano de Erradicação da Poliomielite (OPAS)

Page 5: Palestra pospolio

Síndrome Pós-Poliomielite (SPP)

=> Dano neurológico

=> 25 a 30 anos após a poliomielite aguda

=> Recrudescimento de sintomas

neuromusculares: nova fraqueza musculatura esquelética e bulbar fadiga entre outros

SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITEIntrodução

Page 6: Palestra pospolio

1. Introdução

2. Fatores de risco

3. História Natural

4. Quadro clínico

5. Diagnóstico

6. Distribuição

7. Evolução

8. Estudos no Brasil

Page 7: Palestra pospolio

Fatores de risco

Page 8: Palestra pospolio

1. Introdução

2. Fatores de risco

3. História Natural

4. Quadro clínico

5. Diagnóstico

6. Distribuição

7. Evolução

8. Estudos no Brasil

Page 9: Palestra pospolio

NascimentoPoliomielite aguda

Recuperação

Novos sintomas

Período de Estabilidade

Funcional

Fonte: Halstead e Rossi, 1987.

História Natural da SPP

Page 10: Palestra pospolio

1. Introdução e epidemiologia da poliomielite

2. Fatores de risco

3. História Natural

4. Quadro clínico

5. Diagnóstico

6. Distribuição

7. Evolução

8. Estudos no Brasil

Page 11: Palestra pospolio

Quadro clínico

Page 12: Palestra pospolio

1. Introdução e epidemiologia da poliomielite

2. Fatores de risco

3. História Natural

4. Quadro clínico

5. Diagnóstico

6. Distribuição

7. Evolução

8. Estudos

Page 13: Palestra pospolio

Mulder et al. (1972):

Diagnóstico

Page 14: Palestra pospolio

Halstead et al. (1987):

Diagnóstico

Page 15: Palestra pospolio

Dalakas et al. (1995):

Diagnóstico

Page 16: Palestra pospolio

Critérios de confirmação:

Diagnóstico

(Rowland et al. 2001)

Page 17: Palestra pospolio

1. Introdução e epidemiologia da poliomielite

2. Fatores de risco

3. História Natural

4. Quadro clínico

5. Diagnóstico

6. Distribuição

7. Evolução

8. Estudos no Brasil

Page 18: Palestra pospolio

Prevalência da SPP e período de estabilidade funcional da poliomielite no Brasil e no mundo.

EstudoPrevalência

(%) Período de

Estabilidade (anos)

RAMLOW et al. (EUA, 1992) 28,5 -

AHLSTRÖM et al. (Suíca, 1993) 80 -

AGRE et al. (Suíça e EUA, 1995) 60-76 -

DALAKAS (EUA, 1995b) - 24-30

JOHNSON et al. (EUA, 1996) 78 -

IVANYI et al. (Holanda,1999) 25-85 (60) -

OLIVEIRA e MAYNARD (Brasil, 2002) 68 -

FARBU et al. (Noruega, 2003) 26 -

TAKEMURA et al. (Japão, 2004) 85 -

RAGONESE et al. (Itália, 2005) 31 33,5 (19 - 48,2)

QUADROS* (Brasil, 2005) 77,2 38 a

Notas: *a Média do período

SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITEDistribuição

Page 19: Palestra pospolio

Diferentes taxas de prevalência refletem:

Distribuição

Page 20: Palestra pospolio

1. Introdução e epidemiologia da poliomielite

2. Fatores de risco

3. História Natural

4. Quadro clínico

5. Diagnóstico

6. Distribuição

7. Evolução

8. Estudos no Brasil

Page 21: Palestra pospolio

Evolução

Page 22: Palestra pospolio

1. Introdução e epidemiologia da poliomielite

2. Fatores de risco

3. História Natural

4. Quadro clínico

5. Diagnóstico

6. Distribuição

7. Evolução

8. Estudos no Brasil

Page 23: Palestra pospolio

Estudo – Manifestações clínicas

- Estudo descritivo com 167 pacientes

- Janeiro 2003 a março 2004

- Critérios de Halstead (>15 anos c/ sintomas

+ 1a)

- Eletromiografia foi realizada em todos

pacientes

- Questionário estruturado foi usado

ESTUDO-ASPECTOS PROGNÓSTICOS

Arq Neuropsiquiatr 2012, 70(8): 571-3.

Page 24: Palestra pospolio

Estudo – Manifestações clínicas

ESTUDO-ASPECTOS PROGNÓSTICOS

Arq Neuropsiquiatr 2012, 70(8): 571-3.

Sexo feminino 62,8%

Média de idade Polio 1,1 a (±2,57)

Média da idade da SPP 39,9 a (± 9,69)

Média de idade

avaliação

47,3 (± 10,07)

Page 25: Palestra pospolio

Estudo-Manifestações clínicas

%

ESTUDO-ASPECTOS PROGNÓSTICOS

Arq Neuropsiquiatr 2012, 70(8): 571-3.

Dor articular 79,8

Fadiga 77,5

Dor muscular 76,0

Intolerância ao frio 69,8

Fasciculações 66,7

Nova atrofia 48,8

Distúrbios respiratórios 41,1Disfagia 20,9

Page 26: Palestra pospolio

Fatores Prognósticos

Objetivo Geral

Descrever os aspectos clínicos e caracteres

epidemiológicos da SPP e identificar fatores

associados às formas graves da doença

ESTUDO-ASPECTOS PROGNÓSTICOS

Act Neurol Scand 2009, 120:191-197.

Page 27: Palestra pospolio

Tipo de estudo

Estudo descritivo de série de casos

População e local de estudo

Pacientes do ambulatório de Doenças

Neuromusculares da UNIFESP/EPM, residentes no

Brasil

Período de estudo

Janeiro de 2003 a dezembro de 2006

Material e métodos

Estudo

Page 28: Palestra pospolio

Definições e conceitos

Caso de poliomielite paralítica: paciente com seqüela

(atrofia residual com paralisia ou paresia, arreflexia e

sensibilidade normal, em pelo menos um membro)

e/ou alterações eletromiográficas compatíveis com a

síndrome poliomielítica

Síndrome Pós-Poliomielite: paciente com seqüela de

poliomielite com mínimo de 15 anos de estabilidade

funcional e após esse período desenvolveu nova

fraqueza muscular e sintomas neuromusculares não

relacionados à outra doença e persistência desses

sintomas por um ano ou mais

Estudo

Page 29: Palestra pospolio

Definições e conceitos

Portador de apnéia do sono: paciente com Índice de

Apnéia/Hipopnéia (IAH) 5 episódios/hora no

exame de polissonografia (AASM 1999)

Apnéia obstrutiva do sono

leve IAH: 5 a 14,9 episódios/h

Classificação moderada IAH: 15 a 30 episódios/h

grave IAH: maior que 30 episódios/h

(AASM 1999)

Estudo

Page 30: Palestra pospolio

Definições e conceitos

Formas graves da SPP

Apnéia do sono com IAH 15 eventos/h com

necessidade de ventilação mecânica não invasiva para

uso noturno (AASM 1999)

E/OU

Pacientes que após a nova fraqueza necessitaram de

auxílio para deambulação e/ou cadeiras de rodas

(Ramlow et al. 1992)

Estudo

Page 31: Palestra pospolio

Critério de inclusão

Pacientes que cumpriram a definição de poliomielite

paralítica e de SPP

Critérios de exclusão

Pacientes com idade 60 anos no diagnóstico

Presença de doenças que podem causar fraqueza

muscular

Estudo

Page 32: Palestra pospolio

Fontes de dados

Prontuários do ambulatório de Doenças

Neuromusculares da UNIFESP/EPM

Registros dos exames de polissonografias do

Instituto do Sono da UNIFESP

Questionário estruturado respondido em entrevistas

telefônicas

Estudo

Page 33: Palestra pospolio

Procedimentos de coleta de dados

Revisão: 417 prontuários dos pacientes do ambulatório

Rotina de atendimento Anamnese Fisioterapeuta

Neurologista Exames Laboratoriais Exames de imagem quando

necessário Eletroneuromiografia quando

necessário Aplicação do Índice de

Barthel(anualmente)

Entrevistas telefônicas Capacidade funcional (ALSFRS-R) AVD: apenas 1 ítem modificado

Estudo

Page 34: Palestra pospolio

Levantamento dos dados: 2003 a 2006

266 excluídos (63,8%)

14 não encontrados*

(9,3%)

132 incluídos na pesquisa (87,4%)

417 casos atendidos

151 elegíveis (36,2%)

5 não consentiram*

(3,3%)

* Perdas: sexo masculino e maiores de 4 anos na poliomielite aguda

Estudo

Page 35: Palestra pospolio

Aspectos sociodemográficos

Sexo: 64 % sexo feminino(Halstead e Rossi 1985, Ramlow et al. 1992, Farbu et al. 2003, Ragonese 2005)

Idade 1a avaliação: média e mediana de 45 anos (Ramlow et al. 1992, Ragonese 2005)

Escolaridade: 41 % mulheres: 15 anos44 % homens: 11 a 14 anos

SEADE 2003: 84% até 11 anos de estudo

Estudo

Page 36: Palestra pospolio

Aspectos clínicos

=> Tempo diagnóstico: 1os. Sintomas até o diagnóstico 6 a

4 a

Nova fraqueza até o diagnóstico 5 a 4 a

=> Quadro clínicoFadiga 87

Dor muscularDor articular

8272

Intolerância ao frio 54

Transtornos do sono 49

Nova atrofia 36

Disfagia 12

Média Mediana

%

Estudo

Page 37: Palestra pospolio

História natural da SPP

Média Mediana

Idade média da poliomielite aguda: 22 m 17 m

(Takemura et al. 2004, Ragonese et al. 2005)

(Halstead e Rossi 1985, Ramlow 1992): 7-10 a

Período de recuperação funcional: 4 a 3 a

(Halstead e Rossi 1985): 7 a

Período de estabilidade funcional: 33 a 34 a

( Ramlow et al. 1992): pico 30-34 a

Estudo

Page 38: Palestra pospolio

Casos de SPP por ano de ocorrência da poliomielite aguda e a incidência da poliomielite no município de São Paulo de 1945 a 1979. Ambulatório de doenças neuromusculares da UNIFESP/EPM, 2003 a 2006

0

2

4

6

8

10

12

14

1945

1947

1949

1951

1953

1955

1957

1959

1961

1963

1965

1967

1969

1971

1973

1975

1977

1979

Número de casos

0

5

10

15

20

25

Taxa de incidência por 100.000/habitantes

No. de casos Incidência da poliomielite no município de São Paulo/100.000 habitantes

100%

33%

100%

50%

67%

80%

56%

75%

50%

80%

75%

60%

50%

92%

86%

50%

33%

56%

100%

67%100%

67% 100

50%

33% 50% 25%

100%

100%

67%

50%

Nota: acima das colunas % menores de dois anos na pesquisa

1960: 9% casos

Estudo

Page 39: Palestra pospolio

Características da poliomielite aguda

Tipo medular: 79

Menores 24 meses: 65

(Barbosa e Stewein 1980): 75-80% menores de 2 a

(Risi 1984): 91,5% menores de 4 a

Acometimento de 4 membros: 52

(Halstead e Rossi 1987): 43% acometimento de 4 membros

Internação Anos epidêmicos 57

Municípios com serviços > complexidade 60

%

Estudo

Page 40: Palestra pospolio

Avaliações dos pacientes

Escala da funcionalidade (ALSFRS-R)

Média score graves: (40,2) X não graves (42,8) p<0,0001

Subir escadas e andar: maiores perdas

(Agre et al. 1995, Ramlow 1992, Halstead e Rossi, 1987)

Vestimenta e cuidados pessoais: 43% diminuição da eficiência

AVD

Tempo entre 2 avaliações: mediana de 23 meses

Perda da independência: uso do sanitário, levantar-se da cama p<0,0001

Estudo

Page 41: Palestra pospolio

Prevalência da apnéia do sono

Apnéia do sono: 29

Tipo apnéia obstrutiva do sono: 94

Indicação de auxílio para respiração não invasiva: 29

Fatores associados à apnéia do sono:

OR bruta OR ajustada

Sexo masculino 2,6 2,9

Tipo de poliomielite medular e bulbar

2,1 2,7

Idade da poliomielite aguda 24 m

3,1 3,3

%

Estudo

Page 42: Palestra pospolio

Identificação fatores associados à gravidade da SPP

66/131 casos graves (50%)

62% auxílio

deambulação

11%

BiPAP

18% cadeira

de rodas

6% auxílio,

após cadeira

3% BiPAP

e cadeira

Estudo

Page 43: Palestra pospolio

Fatores associados à gravidade da SPP

OR Bruta OR ajustada

Sequela crônica em dois

membros

2,7 3,6

Tempo recuperação funcional 4

a

2,1 2,8

Residir em municípios com

serviços de maior

complexidade

2,7 2,5

Estudo

Page 44: Palestra pospolio

=> 50,4% dos pacientes com SPP foram graves considerando-se:

Apnéia do sono com auxílio da respiração não invasiva

Uso de auxílio de deambulação após o início da nova fraqueza

Uso de cadeira de rodas após nova fraqueza

=> Fatores associados à gravidade da SPP:

Período de recuperação 4 anos

Município com serviços médicos de maior complexidade na polio aguda

Sequela crônica em dois membros

=> 29,1 % dos pacientes com SPP apresentaram apnéia

obstr.do sono dos tipos moderado e grave com indicação

aparelho respiração

Conclusões do estudoEstudo

Page 45: Palestra pospolio

Trabalho apresentado na Camara Municipal de São Paulo no Primeiro Forum de Pós Poliomielite

Dra Monica Tilli Pediatra Epdemiologista

Contato [email protected]