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PANORAMA DA PRODUÇÃO DO
BIOCOMBUSTÍVEL NO ESTADO DO
PARÁ: BIODIESEL X ETANOL
vitor william batista martins (UNAMA)
Neylson Mourao de Barros (UNAMA)
Léony Luis Lopes Negrão (UNAMA)
Felipe Fonseca Tavares de Freitas (UNAMA)
O petróleo está cada vez mais escasso, com o preço elevado e
contribuindo para aumentar a concentração de gases do efeito estufa.
O trabalho analisou os dados sobre o biocombustível no estado do
Pará, destacando o biodiesel e o etanol. O meesmo foi feito através de
pesquisas que envolvem dados tabelados demonstrando a evolução de
cada um no cenário paraense. O presente artigo tem o objetivo de
mostrar o panorama da produção do Biocombustível no estado do
Pará, determinando as espécies botânicas utilizadas na produção,
mapeando as áreas de cultura plantada, produzida, colhida e valor da
produção no estado, determinando a quantidade produzida, plantada,
colhida e valor da produção nos municípios onde esta cultura é
relevante no estado. Como resultado apresentou-se a relevância da
produção do Biocombustível no estado, mostrando de forma sucinta
seus valores para tal região.
Palavras-chaves: Biocombustível, Etanol, Biodiesel, Dendê, Cana de
açúcar
XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente.
São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.
2
1. Introdução
Atualmente é grande a preocupação com a escassez do petróleo, com os danos que o mesmo
causa ao meio ambiente e com a elevação do seu preço, essa realidade nos obriga a pensar em
alternativas renováveis para diminuir a dependência do petróleo visto que essa escassez tende
a aumentar. Os biocombustíveis surgem como uma alternativa para substituir o petróleo, pois
são fontes de energia 100% renovável que agridem menos ao meio ambiente, alem disso o
setor primário é beneficiado com geração de empregos, e proporciona o crescimento
econômico dos municípios envolvidos.
O Pólo Nacional de Biocombustíveis - PNB (2008) considera o biocombustível como: Fontes
de energias renováveis, derivados de produtos agrícolas como a cana-de-açúcar, plantas
oleaginosas, biomassa florestal e outras fontes de matéria orgânica. Em alguns casos, os
biocombustíveis podem ser usados tanto isoladamente, como adicionados aos combustíveis
convencionais. Como exemplos, podemos citar o biodiesel, o etanol, o metanol, o metano e o
carvão vegetal.
É dito por Medina (2008), que biocombustíveis “são materiais biológicos que, quando em
combustão, possuem a capacidade de gerar energia para realizar trabalhos”. O biocombustível
é originado de material próprio da natureza, 100% renovável que submetidos a
transformações podem ser usados em seu total, ou parcialmente como combustível capaz de
gerar energia, sendo que as vantagens sobre os combustíveis fósseis são inúmeras.
É pensando no futuro que o biocombustível surge como uma alternativa renovável de
combustível que polui menos o meio ambiente e substitui parcialmente o petróleo com a
finalidade de alongar sua vida útil. De acordo com Costa (2006), pelo menos parte das
mudanças climáticas verificadas nas últimas décadas, entre elas o aumento da temperatura
média do planeta, tem sido atribuída ao aumento da concentração desses gases na atmosfera.
Grande porção dessas emissões decorre da queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e
gás natural) para a geração de energia elétrica.
O presente artigo tem como objetivo mostrar o panorama da produção do biocombustível no
estado do Pará, especificamente determinar as espécies botânicas utilizadas na produção de
biocombustível no Pará, no caso a cultura de dendê e cana de açúcar, além de mapear as áreas
de cultura plantada, produzida e colhida, assim como o valor da produção no estado,
identificando e caracterizando os cenários de produção de biocombustível experimentados
pelos municípios onde as culturas estudadas são relevantes econômica e ambientalmente ao
estado.
O restante deste artigo está organizado da seguinte forma: a Seção 2 mostrará de maneira
clara seu referencial teórico; a Seção 3 apresentará a metodologia utilizada, demonstrando o
seu embasamento; a Seção 4, por sua vez, traz os resultados obtidos por meio da análise dos
panoramas investigados em relação à produção de biodiesel e etanol no estado do Pará; a
Seção 5 encerra o artigo, apontando certas considerações finais sobre a pesquisa.
2. Referencial teórico
Segundo Leal; Leite (2007, p.15): As razões para o interesse pelos biocombustíveis são
muitas e variam deu um país para outro e também ao longo do tempo, sendo as principais as
seguintes: Diminuir a dependência externa de petróleo, por razões de segurança de suprimento
ou impacto na balança de pagamentos; minimizar os efeitos das emissões veiculares na
3
poluição local, principalmente nas grandes cidades; e controlar a concentração de gases de
efeito estufa na atmosfera.
No final do século XX, surgiram os motores a diesel, operados por óleo mineral, cujo mais
eficiente foi criado por Rudolf Diesel. Logo após, o governo francês realizou testes com óleo
vegetal para aumentar a sua auto-suficiência. Inicialmente, os testes foram com amendoim,
pois era a cultura mais abundante, em seguida foram feitos testes com óleo de mamona e
animal, que ajudaram a mover locomotivas da época. (ECO ÓLEO, 2008)
Nos 30 anos seguintes os óleos vegetais foram esquecidos, decorrente dos baixos custos do
diesel mineral. Somente na Segunda Guerra Mundial o óleo vegetal ganhou força, sendo
utilizado como combustível de emergência, e posteriormente serviu como estudo para países
como EUA, Alemanha, e Índia, sendo que os mesmo possuem experiência quanto ao uso de
óleos vegetais. No Brasil o biodiesel começou a ganhar importância por volta de 1970 com a
criação do Pró-Óleo (Plano de Produção de Óleos Vegetais para Fins Energéticos), que
conseqüentemente perdeu força por conta da criação do Proálcool e de seus altos custos de
produção (ECO ÓLEO, 2008).
Segundo o PETROBIO (2008) ao analisar aptidões das regiões brasileiras, conclui que: O
biodiesel pode ser um importante produto para exportação e para a independência energética
nacional, associada à geração de emprego e renda nas regiões mais carentes do Brasil. O
Brasil importa, anualmente, cerca de 40 milhões de barris de óleo diesel, o que representa
uma despesa na nossa balança de pagamentos de pelo menos 1,2 bilhões de dólares. Além da
perspectiva de auto-suficiência em diesel, o Brasil é apontado por especialistas do mundo
todo como o país com potencial para se tornar o principal exportador de biodiesel. Cálculos
da agência americana de energia renovável apontam que os Estados Unidos têm um mercado
potencial para os combustíveis limpos de US$ 6 bilhões. Na Europa, a consultoria Frost &
Sullivan prevê vendas de US$ 2,4 bilhões até 2007. Na Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária - Embrapa, a aposta é que o Brasil possa se tornar fornecedor de 60% do
biodiesel global.
etanol (2008) define o álcool etílico como: Um álcool derivado de cereais e vegetais. No
Brasil, utiliza-se a cana-de-açúcar para a produção do etanol, enquanto nos Estados Unidos e
México é utilizado o milho. Além dessas aplicações, o etanol ainda é utilizado na fabricação
de bebidas alcoólicas fermentadas (cerveja, aguardente, vinho), produtos de limpeza
doméstica e também de combustíveis para automóveis. Apresenta-se na forma de um líquido
incolor e sua fórmula química é C2H5OH.
Uma série de dinâmicas internacionais está tornando o etanol um negócio muito atrativo, a
limitação das reservas de petróleo e a instabilidade política de países grandes produtores
elevaram os preços do barril para novos patamares históricos. O crescimento da renda per
capita em vários países do mundo (p.ex. China, Índia) aumenta a demanda por combustíveis e
pressiona ainda mais as restritas reservas de petróleo. (AMARAL, 2006).
A posição do álcool como biocombustível que reduz poluição e diminui o efeito estufa, por
ser fonte de energia renovável, já está influenciando a demanda através de imposições de
mistura de álcool à gasolina em outros países do mundo (p.ex. 5% no Japão). O
desenvolvimento de automóveis flex torna o álcool um combustível economicamente viável
para substituir a gasolina de maneira gradativa e oportuna (pesquisas mostram que o ponto de
equilíbrio econômico para o motorista é quando o preço do álcool está 30% abaixo do da
gasolina). (AMARAL, 2006)
4
O aumento dos preços nos últimos anos, tornando o petróleo a referência, este patamar pode
vir até a ultrapassar o petróleo caso a demanda cresça mais rapidamente do que a oferta.
Perspectiva de demanda explosiva tendo em vista que hoje o etanol é menos de 1% do
combustível consumido mundialmente. (AMARAL, 2006).
3. Metodologia
Várias referências foram consultadas para a elaboração deste artigo, a fim de apresentar um
panorama satisfatório sobre tal questão. Destacaram-se referências que envolvem a questão
ambiental existente, a definição de biocombustíveis, biodiesel e etanol.
A elaboração deste panorama envolveu tanto a coleta de dados teóricos quanto de observação
sistemática, nos meios de comunicação possíveis, livros, revistas, jornais, sites entre outros.
Este trabalho foi baseado primeiramente em livros que demonstram como fazer um panorama,
confrontando idéias e conceitos de autores variados, para elaborar um conceito próprio, e
desenvolver um panorama específico para região do Pará.
O trabalho analisou os dados sobre o biocombustível no estado do Pará, destacando o
biodiesel e o etanol. O mesmo foi feito através de pesquisas que envolvem dados tabelados
demonstrando a evolução de cada um no cenário paraense. De acordo com a natureza do
artigo, o mesmo foi considerado básico, pois tenta gerar conhecimentos de aplicação prática, e
envolve verdades e interesses universais.
A pesquisa do ponto de vista da forma da abordagem do problema foi considerada
quantitativa, pois considera que pode ser quantificável, o que significa traduzir opiniões e
informações para classificá-las e analisá-las, pois requer o uso de recursos e técnicas
estatísticas. Do ponto de vista dos seus objetivos o artigo foi considerado pesquisa descritiva,
pois visa descrever as características de um fenômeno e envolve o uso de técnicas e coletas de
dados com observação sistêmica. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos o artigo foi
classificado como pesquisa bibliográfica, pois foi elaborado a partir de material já publicado
por fontes confiáveis.
4. Resultados
A partir do método de pesquisa previamente explanado e dos dados/informações coletados,
pôde-se identificar e caracterizar os panoramas da produção de biodiesel e etanol no estado do
Pará, cujos resultados os resultados encontram-se discutidos a seguir. Para o desenvolvimento
das análises pretendidas, quatro questões fundamentais foram abordadas, quais seriam: a
quantidade produzida, o valor da produção, a área plantada e a área colhida, tanto para o
biodiesel quanto para o etanol.
4.1 Biodiesel no Pará
A produção nacional de dendê no ano de 1996 foi de 740.262 toneladas e no ano de 2006 foi
de 1.207.276 toneladas a evolução da produção em 10 anos têm o percentual de 63%, sendo
que a tendência de crescimento ocorreu entre os anos de 2003 e 2004. A produção de dendê
da região norte do Brasil foi de 613.628 toneladas no ano de 1996, e no ano de 2006 foi de
1.031.187 toneladas apresentando uma taxa de evolução de 68%, e a tendência de crescimento
aconteceu a partir do ano de 2003, a região norte em 10 anos cresceu 5% a mais que a
produção Brasileira. O estado do Pará produziu 565.445 toneladas de dendê no ano de 1996 e
em 2006 a produção foi de 1.031.004 toneladas, apresentando a evolução em 10 anos de 82%,
foram 19% a mais que o Brasil e 14% a mais que a região Norte. O estado do Pará apresenta
5
em 2006, em torno de 100% da produção da região norte e 82% da produção do Brasil.
Verificado na Figura 1.
Figura 1 – Quantidade Produzida de Dendê
O Valor da Produção nacional de dendê no ano de 1996 foi de R$ 83.248,00 e no ano de 2006
foi de R$ 116.710,00 a evolução do valor da produção em 10 anos têm o percentual de 40%,
sendo que a tendência de crescimento ocorreu em 2003 e 2004. O Valor da produção de dendê
da região norte do Brasil foi de R$ 73.214,00 no ano de 1996, e no ano de 2006 foi de R$
89.575,00 apresentando uma taxa de evolução de 22%, e a tendência de crescimento
aconteceu a partir do ano de 2002, a região norte em 10 anos cresceu 18% a menos que o
valor da produção nacional. O estado do Pará teve o valor da produção de R$ 61.144,00 de
dendê no ano de 1996 e em 2006 a produção foi de R$ 89.499,00 apresentando a evolução em
10 anos de 46%, foram 6% a mais que o Brasil e 24% a mais que a região Norte. O estado do
Pará apresenta em 2006, em torno de 100% da produção da região norte e 77% do valor da
produção do Brasil. Conforme mostra Figura 2.
Figura 2 – Valor da produção de Dendê
6
A Figura 3 apresenta dados da área plantada nacional de dendê que no ano de 1996 foi de
72.929 hectares e no ano de 2006 foi de 96.792 hectares, a evolução de área plantada em 10
anos têm o percentual de 33%, sendo que a tendência de crescimento ocorreu a partir do ano
de 2000. A área plantada de dendê da região norte do Brasil foi de 42.830 hectares no ano de
1996, e no ano de 2006 foi de 51.851 hectares apresentando um taxa de evolução de 21%, a
tendência de crescimento aconteceu a partir do ano de 2000, a região norte em 10 anos
plantou 12% a menos que a plantação Brasileira de dendê. O estado do Pará teve 38.769
hectares de dendê no ano de 1996 e em 2006 a plantação foi de 51.790 hectares, apresentando
a evolução em 10 anos de 34%, foi praticamente à mesma evolução do Brasil em área
plantada e 13% a mais que a região Norte. O estado do Pará apresenta em 2006, em torno de
100% da área plantada da região norte e 53% da área plantada do Brasil.
Figura 3 – Área plantada de Dendê
A área colhida nacional de dendê no ano de 1996 foi de 72.929 hectares e no ano de 2006 foi
de 96.509 a evolução da área colhida em 10 anos têm o percentual de 32%, sendo que a
tendência de crescimento ocorreu no ano de 2002. A área colhida de dendê da região norte do
Brasil foi de 42.830 hectares no ano de 1996, e no ano de 2006 foi de 51.726 hectares
apresentando um taxa de evolução de 21%, e a tendência de crescimento aconteceu a partir do
ano de 2002, a região norte em 10 anos cresceu 11% a menos que a área colhida Brasileira. O
estado do Pará colheu 38.769 hectares de dendê no ano de 1996 e em 2006 a colheita foi de
51.665 hectares, apresentando a evolução em 10 anos de 33%, foi 1% a mais que o Brasil e
12% a mais que a região Norte. O estado do Pará apresenta em 2006, em torno de 100% da
área colhida da região norte e 54% do Brasil. Indicadores confirmados na Figura 4.
7
Figura 4 – Área colhida de Dendê
O município que mais produziu dendê no ano de 2006 foi Tailândia com 464.735 toneladas
representando uma evolução em 6 anos de 132%. Tailândia representa 45% da produção total
do Pará, em seguida os que mais produziram dendê foram os municípios de Acará com
182.000 toneladas e Moju com 135.132 toneladas, juntos representam 31% da produção do
estado do Pará, o que pode ser averiguado na tabela 1.
Município 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Tailândia – PA 200.269 273.328 273.328 300.502 300.502 300.502 464.735
Acará – PA 100.500 100.500 100.500 100.500 100.500 100.500 182.000
Moju – PA 22.968 22.968 36.366 135.132 135.132 135.132 135.132
Santa Bárbara do Pará – PA 50.500 50.500 50.500 50.500 50.500 50.500 50.500
Igarapé-Açu – PA 22.515 22.515 22.515 37.525 37.525 37.525 42.500
Tomé-Açu – PA 6.400 5.000 6.000 6.000 6.000 10.000 37.500
Santo Antônio do Tauá – PA 44.287 44.287 4.428 29.850 35.750 35.750 35.750
Castanhal – PA 27.027 27.027 27.027 27.027 27.027 27.027 27.027
Bonito – PA - - - 18.000 20.000 24.000 24.000
Santa Isabel do Pará – PA 25.025 17.500 17.500 12.000 12.000 12.000 12.000
Fonte: IBGE, 2008
Tabela 1 - Quantidade Produzida de Dendê nos Municípios do Estado do Pará (toneladas)
Já a tabela 2 apresenta os municípios com seus respectivos valores da produção de dendê,
sendo que o município que teve o maior valor de produção de dendê no ano de 2006 foi Acará
com 25.480 mil reais representando uma evolução em 6 anos de 463%. Acará representa 28%
do valor da produção total do Pará, em seguida os que tiveram maior valor da produção de
dendê foram os municípios de Tailândia com 23.237 mil reais e Moju com 12.838 mil reais,
juntos representam 40 % da produção do estado do Pará. Município 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Acará – PA 4.523 6.030 8.241 6.030 6.030 14.070 25.480
Tailândia – PA 10.013 13.666 13.666 15.025 15.025 15.025 23.237
Moju – PA 1.263 1.263 2.000 7.432 12.838 7.432 12.838
Igarapé-Açu – PA 1.126 1.126 1.576 2.627 6.379 6.379 5.950
Tomé-Açu – PA 320 250 492 492 552 1.250 5.063
Santo Antônio do Tauá – PA 2.214 2.214 399 5.074 6.435 5.720 3.933
Castanhal – PA 2.027 2.027 2.973 2.973 2.973 2.973 2.973
Bonito – PA - - - 1.800 2.000 2.400 2.880
8
Santa Bárbara do Pará – PA 2.778 2.778 2.525 2.525 2.525 2.525 2.525
Santa Isabel do Pará – PA 1.376 963 875 600 600 600 1.800
Fonte: IBGE, 2008
Tabela 2 - Valor da Produção de Dendê nos Municípios do Estado do Pará (mil reais)
Conforme a tabela 3 o município que mais plantou dendê no ano de 2006 foi Tailândia com
19.890 hectares representando uma evolução em seis anos de 45%. Tailândia representa 39%
da área plantada total do Pará, em seguida os que mais plantaram dendê foram os municípios
de Moju com 7.678 hectares e Acará com 7.000 hectares, juntos representam 28% da área
plantada do estado do Pará. Município 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Tailândia – PA 13.741 15.530 15.530 17.074 17.074 17.074 19.980
Moju – PA 1.914 1.914 1.914 7.678 7.678 7.678 7.678
Acará – PA 6.700 6.700 6.700 6.700 6.700 6.700 7.000
Santa Bárbara do Pará – PA 3.100 3.100 6.235 3.100 3.100 3.100 3.100
Santo Antônio do Tauá – PA 3.097 3.097 3.097 1.990 2.600 2.600 2.600
Igarapé-Açu – PA 1.500 1.500 1.500 2.500 2.500 2.500 2.500
Tomé-Açu – PA 500 500 600 600 600 1.000 2.500
Bonito – PA - - - 1.200 2.000 2.400 2.400
Castanhal – PA 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500
Santa Isabel do Pará – PA 2.500 1.750 1.750 1.200 1.200 1.200 1.200
Fonte: IBGE, 2008me
Tabela 3 - Área Plantada de Dendê nos Municípios do Estado do Pará (hectare)
O município que mais colheu dendê no ano de 2006 foi Tailândia com 19.980 hectares
representando uma evolução em seis anos de 45%. Tailândia representa 39% da área colhida
total do Pará, em seguida os que mais colheram dendê foram os municípios de Moju com
7.678 hectares e Acará com 7.000 hectares, juntos representam 28% da área colhida do estado
do Pará, de acordo com a tabela 4. Município 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Tailândia – PA 13.741 15.530 15.530 17.074 17.074 17.074 19.980
Moju – PA 1.914 1.914 1.914 7.678 7.678 7.678 7.678
Acará – PA 6.700 6.700 6.700 6.700 6.700 6.700 7.000
Santa Bárbara do Pará – PA 3.100 3.100 3.100 3.100 3.100 3.100 3.100
Santo Antônio do Tauá – PA 3.097 3.097 3.097 1.990 2.600 2.600 2.600
Igarapé-Açu – PA 1.500 1.500 1.500 2.500 2.500 2.500 2.500
Tomé-Açu – PA 500 500 600 600 600 1.000 2.500
Bonito – PA - - - 1.200 2.000 2.400 2.400
Castanhal – PA 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500 1.500
Santa Isabel do Pará – PA 2.500 1.750 1.750 1.200 1.200 1.200 1.200
Fonte: IBGE, 2008
Tabela 4 - Área Colhida de Dendê nos Municípios do Estado do Pará (hectare)
4.2 Etanol no Pará
A produção nacional de Cana de Açúcar no ano de 1996 foi de 137.105.981 toneladas e no
ano de 2006 foi de 457.245.516 toneladas a evolução da produção em 10 anos têm o
percentual de 44%, sendo que a tendência de crescimento ocorreu entre os anos de 2000 e
2001. A produção de cana de açúcar da região norte do Brasil foi de 472.591 toneladas no ano
de 1996, e no ano de 2006 foi de 1.287.166 toneladas apresentando um taxa de evolução de
172%, e a tendência de crescimento aconteceu a partir do ano de 2002, a região norte em 10
9
anos cresceu 128% a mais que a produção Brasileira. O estado do Pará produziu 344.123
toneladas de Cana de Açúcar no ano de 1996 e em 2006 a produção foi de 618.316 toneladas,
apresentando a evolução em 10 anos de 80%, foram 36% a mais que o Brasil e 92% a menos
que a região Norte. O estado do Pará apresenta em 2006, em torno de 48% da produção da
região norte e 0,13% da produção do Brasil. Verificado na Figura 5.
Figura 5 – Quantidade produzida de Cana de Açúcar
O Valor da Produção nacional de cana de açúcar no ano de 1996 foi de R$ 5.093.647,00 e no
ano de 2006 foi de R$ 16.969.188,00 a evolução do valor da produção em 10 anos têm o
percentual de 233%, sendo que a tendência de crescimento ocorreu a partir de 1999. O Valor
da produção de cana de açúcar da região norte do Brasil foi de R$ 29.522,00 no ano de 1996,
e no ano de 2006 foi de R$ 131.057 apresentando um taxa de evolução de 344%, e a
tendência de crescimento aconteceu a partir do ano de 1997, a região norte em 10 anos
cresceu 111% a mais que o valor da produção nacional. O estado do Pará teve o valor da
produção de R$ 21.771,00 de cana de açúcar no ano de 1996 e em 2006 a produção foi de R$
23.377,00 apresentando a evolução em 10 anos de 7%, foram 226% a menos que o Brasil e
337% a menos que a região Norte. O estado do Pará apresenta em 2006, em torno de 18% da
produção da região norte e 0.15% do valor da produção do Brasil. Conforme Figura 6.
10
Figura 6 – Valor da produção de Cana de Açúcar
A Figura 7 apresenta dados da área plantada nacional de cana de açúcar, no ano de 1996 foi
de 4.830.538 hectares e no ano de 2006 foi de 6.179.262 hectares, a evolução de área plantada
em 10 anos têm o percentual de 28%, sendo que a tendência de crescimento ocorreu a partir
do ano de 2000. A área plantada de cana de açúcar da região norte do Brasil foi de 9.972
hectares no ano de 1996, e no ano de 2006 foi de 23.990 hectares apresentando um taxa de
evolução de 141%, a tendência de crescimento aconteceu a partir do ano de 2000, a região
norte em 10 anos plantou 113% a mais que a plantação Brasileira de dendê. O estado do Pará
teve 6.379 hectares de cana de açúcar no ano de 1996 e em 2006 a plantação foi de 11.261
hectares, apresentando a evolução em 10 anos de 77%, foram 49% a mais que a evolução do
Brasil em área plantada e 64% a menos que a região Norte. O estado do Pará apresenta em
2006, em torno de 47% da área plantada da região norte e 0,18% da área plantada do Brasil.
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Figura 7 – Área plantada de Cana de Açúcar
A área colhida nacional de cana de açúcar no ano de 1996 foi de 4.750.296 hectares e no ano
de 2006 foi de 6.144.286 a evolução da área colhida em 10 anos têm o percentual de 29%,
sendo que a tendência de crescimento ocorreu no ano de 2000. A área colhida de cana de
açúcar da região norte do Brasil foi de 9.499 hectares no ano de 1996, e no ano de 2006 foi de
20.972 hectares apresentando um taxa de evolução de 121%, e a tendência de crescimento
aconteceu a partir do ano de 1996, a região norte em 10 anos cresceu 92% a mais que a área
colhida Brasileira. O estado do Pará colheu 5.956 hectares de cana de açúcar no ano de 1996 e
em 2006 a colheita foi de 8.761 hectares, apresentando a evolução em 10 anos de 47%, foi
18% a mais que o Brasil e 74% a menos que a região Norte. O estado do Pará apresenta em
2006, em torno de 42% da área colhida da região norte e 0.14% do Brasil. Conforme Figura 8.
Figura 8 – Área colhida de Cana de Açúcar
O município do estado do Pará que mais produziu cana de açúcar no ano de 2006 foi
Ulianópolis com 573.750 toneladas representando uma evolução em seis anos de 116%.
Ulianópolis representa 93% da produção total do Pará, em seguida os que mais produziram
cana de açúcar foram os municípios de Santa Maria das Barreiras com 4.400 toneladas e
Novo Progresso com 4.000 toneladas, juntos representam 1,3% da produção do estado do
Pará, o que pode ser averiguado na tabela 5.
Município 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Ulianópolis – PA 266.000 320.000 320.000 320.000 459.000 459.000 573.750
Santa Maria das Barreiras –
PA 4.000 4.000 4.000 4.000 4.400 4.400 4.400
Novo Progresso – PA 6.000 6.000 6.000 5.400 4.000 4.000 4.000
Vitória do Xingu – PA 5.000 3.500 3.500 3.500 3.500 3.500 3.500
Trairão – PA 2.560 2.360 2.200 2.200 2.200 3.400 3.400
Abaetetuba – PA 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000
Santana do Araguaia – PA - 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000
Cumaru do Norte – PA 3.200 3.200 3.200 3.200 2.800 2.800 2.800
Redenção – PA 2.400 2.400 2.400 2.400 2.400 2.400 2.400
Alenquer – PA 2.800 2.200 2.200 2.200 2.200 2.200 2.200
Fonte: IBGE, 2010
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Tabela 5 - Quantidade Produzida de Cana de Açúcar nos Municípios do Estado do Pará (toneladas)
Já a tabela 6 mostra o município que teve o maior valor de produção de cana de açúcar no ano
de 2006 foi Ulianópolis com 20.655 mil reais representando uma evolução em seis anos de
25%. Ulianópolis representa 88% do valor da produção total do Pará, em seguida os que
tiveram maior valor da produção de cana de açúcar foram os municípios de Santa Maria das
Barreiras com 308 mil reais e Santana do Araguaia com 231 mil reais, juntos representam 2 %
da produção do estado do Pará. Município 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Ulianópolis – PA 16.492 19.200 21.760 22.400 16.065 16.065 20.655
Santa Maria das Barreiras - PA 240 240 60 280 308 308 308
Santana do Araguaia – PA - 255 255 300 240 240 231
Cumaru do Norte – PA 256 256 256 256 224 224 230
Novo Progresso – PA 210 210 240 270 200 200 200
Abaetetuba – PA 180 180 180 180 180 180 180
Trairão – PA 128 118 110 110 110 170 170
Redenção – PA 168 168 168 168 168 168 168
Vitória do Xingu – PA 75 105 53 52 53 70 140
Alenquer – PA 308 110 110 110 110 110 110
Fonte: IBGE, 2008
Tabela 6 - Valor da Produção de Cana de Açúcar nos Municípios do Estado do Pará (mil reais)
De acordo com a tabela 7 o município que mais plantou cana de açúcar no ano de 2006 foi
Ulianópolis com 7.500 hectares representando uma evolução em seis anos de 114%.
Ulianópolis representa 67% da área plantada total do Pará, em seguida os que mais plantaram
cana de açúcar foram os municípios de Medicilândia com 2.500 hectares e Santa Maria das
Barreiras com 110 hectares, juntos representam 23% da área plantada do estado do Pará. Município 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Ulianópolis – PA 3.500 6.000 4.000 4.000 6.000 6.000 7.500
Medicilândia – PA 2.650 2.650 2.650 2.650 - 2.650 2.500
Santa Maria das Barreiras - PA 100 100 100 100 110 110 110
Abaetetuba – PA 100 100 100 100 100 100 100
Novo Progresso – PA 100 100 100 90 100 100 100
Trairão – PA 64 59 55 55 55 85 85
Redenção – PA 80 80 80 80 80 80 80
Santana do Araguaia – PA - 75 75 75 75 75 75
Cumaru do Norte – PA 80 80 80 80 70 70 70
Vitória do Xingu – PA 100 70 70 70 70 70 70
Fonte: IBGE, 2008
Tabela 7 - Área Plantada de Cana de Açúcar nos Municípios do Estado do Pará (hectare)
O município que mais colheu cana de açúcar no ano de 2006 foi Ulianópolis com 7.500
hectares representando uma evolução em seis anos de 114%. Ulianópolis representa 86% da
área colhida total do Pará, em seguida os que mais colheram cana de açúcar foram os
municípios de Santa Maria das Barreiras com 110 hectares e Abaetetuba com 100 hectares
juntos representam 2,3% da área colhida do estado do Pará, conforme mostra a tabela 8. Município 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Ulianópolis – PA 3.500 4.000 4.000 4.000 6.000 6.000 7.500
Santa Maria das Barreiras - PA 100 100 100 100 110 110 110
Abaetetuba – PA 100 100 100 100 100 100 100
Novo Progresso – PA 100 100 100 90 100 100 100
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Trairão – PA 64 59 55 55 55 85 85
Redenção – PA 80 80 80 80 80 80 80
Santana do Araguaia – PA - 75 75 75 75 75 75
Cumaru do Norte – PA 80 80 80 80 70 70 70
Vitória do Xingu – PA 100 70 70 70 70 70 70
Alenquer – PA 70 55 55 55 55 55 55
Fonte: IBGE, 2008
Tabela 8 - Área Colhida de Cana de Açúcar nos Municípios do Estado do Pará (hectare)
5. Considerações finais
O estado do Pará possui tendências ao crescimento da produção de dendê, principalmente a
partir do ano de 2002. É inquestionável as vantagens desta cultura quanto a sua produtividade
em relação às outras oleaginosas. Por isso quando se discute sobre biocombustível no estado
do Pará, faz-se necessário dar ênfase ao dendê.
A produção de biodiesel através do dendê, encontra algumas barreiras por conta do alto valor
dos maquinários e processo de produção, mas a tendência é a melhoria com o incentivo do
governo perante as exigências ambientais.
O etanol no estado do Pará está longe de se tornar um destaque em relação ao Brasil, pois sua
produção gira em torno de 1% da brasileira. Já em relação à região Norte do país o estado
representa em torno de 50%.
A cultura que representa o etanol no Pará é a cana-de-açúcar, que mesmo longe de alcançar a
produção brasileira apresentou tendência de crescimento a partir do ano de 2000. A questão
ambiental que envolve o cultivo de cana-de-açúcar pode diminuir sua produção nos próximos
anos, pois para muitos, esta prejudica o meio ambiente e abusa das leis trabalhistas.
Referências
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alteradas no leste do Pará. São Paulo: Pólo Nacional de Biocombustíveis, 2006.
COSTA, FILIPE CORRÊA DA. Centro Nacional de Gestão de Bionegócios-CENABIO: uma estrutura de
fomento para biocombustíveis. 2006. 151f. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) –
Mestrado em Engenharia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006.
IBGE, Sidra. Disponível em: < http://www.sidra.ibge.gov.br/ > Acesso em 08/10/2009.
LEITE, ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA; LEAL, MANOEL RÉGIS L. V. O Biocombustível no
Brasil. Novos Estudos, n. 78, p. 15-21, jul. 2007.
MEDINA, BRANCA M. O Biocombustíveis. Disponível em:
<http://www.biologo.com.br/ecologia/ecologia8.htm>. Acesso em: 15 ago. 2008.
PÓLO NACIONAL DE BIOCOMBUSTIVEIS-ESALQ/USP. Biocombustiveis. 2008. Disponível em:
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SEBRAE. Cartilha biodiesel. Disponível em: <http://http://www.biodiesel.gov.br/> Acesso em: 10/02/2010.
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Acesso em: 25/01/2010.