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Padre António Vieira 1608- 1697

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Padre António Vieira1608- 1697

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PADRE ANTÓNIO VIEIRAPregador, missionário, diplomata,

visionário

O céu strela o azul e tem grandezaEste que teve a fama e à glória tem,

Imperador da língua portuguesa,Foi-nos o céu também.

Fernando Pessoa

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA

Vida Obra

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Primeiro Período / O religioso

1608 - 1640

1608: António Vieira, aquele que é considerado um dos maiores prosadores da Língua Portuguesa, nasceu a 6 de Fevereiro de 1608 em Lisboa, quando reinava D. Filipe II, rei de Portugal e Espanha.

É batizado a 15 de Fevereiro do mesmo ano.

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A Formação

1614: Parte com os pais para o Brasil, com apenas 6 anos. Estuda no Colégio de Jesuítas, na Baía. 1623: Em 5 de Maio de 1623, com 15 anos, entra para o

noviciado do Colégio Jesuíta. 1624: Durante um ano vive numa aldeia índia, na qual os

jesuítas se refugiam após a conquista da Baía pelos holandeses. Escreve o relatório anual que a Companhia envia para Roma.

1625: A 6 de Maio, fez os primeiros votos como clérigo e promete dedicar-se aos índios e negros, altura em que a cidade da Baía volta a ser reconquistada.

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Existem muitas lendas sobre o padre António Vieira, incluindo a de que, na juventude, a sua genialidade lhe fora concedida por Nossa Senhora.

Nossa Senhora das Maravilhas

PADRE ANTÓNIO VIEIRA - VIDA

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Padre André de Barros: “Não foi Vieira, como podem supor muitos, um precoce génio: nos primeiros tempos de estudante, compreendia mal, decorava a custo, fazia com dificuldade as composições; em tudo aluno medíocre (…). É de imaginar que orando à Virgem das Maravilhas lhe suplicasse a de o tornar mais hábil para os estudos. Em um de tais lances, a meio da súplica, sentiu como estalar qualquer coisa no cérebro, com uma dor vivíssima, e pensou que morria; logo o que parecia obscuro e inacessível à memória, na lição que ia dar, se lhe volveu lúcido e fixo na retentiva. Dera-se-lhe na mente uma transformação de que tinha consciência. Chegado às classes pediu que o deixassem argumentar, e com pasmo dos mestres venceu a todos os condiscípulos. Daí por diante foi ele o primeiro e mais distinto em todas as disciplinas.”

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1627: Inicia a regência da cadeira de Retórica, no Colégio Jesuíta de Olinda.

1633: Prega pela primeira vez em público.

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA - VIDA

Púlpito da igreja do Colégio dos Jesuítas - Baía

1634: A 10 de Dezembro é ordenado presbítero, já então com alguns sermões pregados de créditos confirmados.

“Sermão da 4ª Dominga da Quaresma” em 1633

“XIV Sermão do Rosário” em 27 de Dezembro de 1633”

“Sermão de S. Sebastião” Sábado de Ramos de 1634”

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA - VIDA

1635: Ordenação sacerdotal.

1638: Professor de Teologia no Colégio da Companhia de Jesus da Baía. Defende o “bom sucesso das armas de Portugal” contra os Holandeses:

“Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda”

Púlpito da igreja de Nossa Senhora da Ajuda, donde Vieira pregou o sermão contra as

armas da Holanda.

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA - VIDA

1640: Restauração.

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA - VIDA

1641: A 27 de Fevereiro integra uma delegação que veio a Lisboa reafirmar o apoio do Brasil à coroa portuguesa e prestar vassalagem a D. João IV.

A 30 de Abril de 1641, após atribulada chegada, encontra-se pela primeira vez com D. João IV.

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Segundo Período / O pregador e diplomata

1641 - 1650

A 1 de Janeiro de 1642, terá pregado o seu

primeiro sermão ao rei, o Sermão dos Bons

Anos, com o objetivo de convencer os

membros do clero e da nobreza a

contribuírem com os seus bens para as

despesas da guerra.

Depois, foram muitos e variados os sermões

que pregou, principalmente para os seus

admiradores, o Rei D. João IV e a Rainha D.

Luísa de Gusmão.

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA - VIDA

Os seus sermões na Igreja de S. Roque tornam-se um grande acontecimento.

Entre 1641 e 1653, terá proferido cerca de meia centena de sermões, contando apenas com os impressos. As igrejas enchem-se de multidões e diz D. Francisco Manuel de Melo: “mandar lançar tapete de madrugada em S. Roque para ouvir o Padre António Vieira”.

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1642: Conselheiro do rei.

1643: Propõe a D. João IV a admissão de mercadores judeus e a abolição da discriminação dos cristãos-novos, com o objetivo de atrair os seus investimentos.

1646: Inicia a sua carreira diplomática. Propõe a reforma do processo inquisitorial.

1649: Obtém do Rei o alvará de proibição de confisco dos bens dos cristãos-novos pela Inquisição. A Inquisição tenta obter a sua expulsão.

D. João IV nomeara-o pregador régio e o

padre torna-se o seu homem de confiança.

Vieira quer repor Portugal na sua

antiga grandeza.

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Terceiro Período / O missionário

1651 - 1661

Depois de falsas partidas e de despedidas

patéticas, parte de Lisboa a 25 de

Novembro de 1651 e chega ao Maranhão

em 16 de Janeiro de 1653, com passagem

prolongada por Cabo Verde, levava um

missão a cumprir de defesa dos índios que

lhe haveria de dar uma luta sem tréguas

contra os colonos.

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA - VIDA

Nas vésperas de uma das muitas missões que o levarão pelas florestas da Amazónia, na cidade de São Luís do Maranhão, pregou Vieira o Sermão ao Espírito Santo. Pretendia Vieira que os colonos autorizassem os escravos a ir aprender a doutrina e as senhoras que a ensinassem às escravas. Deste texto saiu a célebre passagem do estatuário.

O espírito missionário aumentava então em Vieira na mesma proporção que aumentavam os conflitos com os colonos, que o levaram a segundo regresso a Portugal. Antes da partida para Lisboa, não resistiu à tentação de defrontar os seus inimigos, pregando, a 13 de Junho de 1654, o célebre sermão de Santo António, em S. Luís do Maranhão.

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1653: Primeiro conflito com os colonos a propósito da escravatura dos índios. Sermão de Santo António aos Peixes.

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1654: Viagem a Lisboa. Consegue um diploma do rei. Sermão da Sexagésima. Regresso ao Maranhão.

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA - VIDA

1656: Morte de D. João IV. 1660: A Inquisição abre um processo contra Vieira. 1661: Revolta dos colonos e expulsão dos Jesuítas do Maranhão. Vieira é

desembarcado para Lisboa. Apoia a facção do infante D. Pedro. A vitória do partido de D. Afonso VI fá-lo cair em desgraça.

D. Afonso VI D. Pedro II

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Quarto Período / O vidente 1662 - 1668

Os cárceres da Inquisição

O seu carácter incómodo, o governo

do conde de Castelo Melhor, a

desgraça da rainha, do Marquês de

Gouveia e Duque do Cadaval deixam-

no desprotegido e abrem campo para

que a Inquisição, que não o tinha

esquecido, o comece a perseguir.

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1662: Desterrado para o Porto. 1663: Em Fevereiro vai para Coimbra com regime de residência fixa e em fins de

Maio recebe notificação do Santo Ofício; a 21 de Julho é interrogado pelo inquisidor Alexandre da Silva.

O processo leva cinco anos e meio de atribulados interrogatórios e defesa e, na Véspera do Natal de 1667, Vieira retratou-se perante as determinações papais e ouviu publicamente a sua sentença:

“seja privado para sempre de voz ativa e passiva, e do poder de pregar, e recluso no colégio, ou casa de sua religião, que o Santo Ofício lhe assinar, donde, sem ordem sua não sairá; e que por termo por ele assinado, se obrigue a não tratar mais das proposições de que foi arguido no discurso de sua causa, nem de palavra, nem por escrito, sob pena de ser rigorosamente castigado.”

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“A maior pena a que fui

condenado foi a do

silêncio.” Carta ao Duque

do Cadaval

Padre António Vieira

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Quinto Período / O revoltado

1669 - 1680

Ainda que a sua aceitação na corte não fosse igual à do tempo de D. João

IV, aí foi pregando e conseguiu voltar à ribalta diplomática. Em 15 de

Agosto de 1669, embarca para Roma, a propósito de uma canonização

de jesuítas, mas o objetivo era fugir da Inquisição.

Depois de uma atribulada viagem, torna-se protegido do provincial dos

Jesuítas, o padre Oliva, afamado pregador do papa e da Corte da Rainha

Cristina da Suécia, esta mesmo teria posteriormente nomeado Vieira seu

pregador oficial em Dezembro de 1673, cargo que não aceitaria.

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Roma e tempo de triunfos

“Tanta era a curiosidade de ouvir o forasteiro que se tornou necessário pôr soldados às portas dos templos aonde ia pregar, para impedir que se apossasse o público dos lugares, antes de chegarem as dignidades eclesiásticas e pessoas de representação. O jesuíta português foi neste tempo alvo predilecto das atenções na sociedade romana. Quem não ia ouvi-lo decaía no conceito das pessoas de gosto, aquelas que nas grandes cidades costumam arvorar-se em árbitros da distinção e da moda.”

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA - VIDA

1671: Proposta de fundação da Companhia da Índia. 1675: Em 17 de Abril consegue o que mais ambicionava, o breve papal

que o livraria definitivamente do Santo Ofício e regressa a Lisboa, mas permanece afastado dos negócios públicos.

Chegado a Lisboa a 23 de Agosto, visitou o rei D. Pedro II no dia seguinte, mas a receção fora fria. Decide voltar ao Brasil com novas intenções missionárias.

1679: Publica o primeiro tomo dos Sermões.

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Sexto Período / O vencido 1681 - 1697

1681: Retira-se definitivamente para o

Brasil.

A desilusão que levava de Portugal levam-

no a procurar descanso na Quinta do

Tanque, local que serviu de refúgio para a

elaboração de grande parte dos sermões,

que enviará nos anos seguintes

regularmente para serem publicados em

Portugal.

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Nesta fase, absteve-se da atividade concionatória e só subiu ao púlpito por ocasiões importantes, como nas exéquias de Dona Maria Francisca de Sabóia ou na celebração do nascimento do primeiro filho de D. Pedro e Dona Maria Sofia de Neuburgo.

Em Maio de 1688 é nomeado por Roma Visitador da Província do Brasil o que o obrigou a regressar ao Colégio. O cargo foi mais um reconhecimento que lhe permitiu, passados três anos, regressar à Quinta do Tanque, em 1691.

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA - VIDA

Em 1696 agrava-se a sua saúde e em Julho resolve regressar ao Colégio dos Jesuítas da Baía:

“Enfim me resolvo a deixar este deserto e ir para o colégio, ou para sarar como homem com os remédios da medicina, ou para morrer como religioso entre as orações e braços dos meus padres e irmãos. Adeus, Tanque, não vou buscar saúde nem vida, senão um género de morte mais sossegado e quieto...”

1697: Termina a revisão do tomo XII dos Sermões. Morre na Baía, a 18 de Julho, com 89 anos.

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Rodrigues Lapa: “(…) ninguém como Vieira encarnou esse espírito civilista

do púlpito. Alto, moreno, com o olhar vivo, faiscante, o grande orador jesuíta usou e abusou talvez desse lugar para ventilar com brilho e força persuasiva os problemas do momento. Enredado em questões políticas, de política tratou na maior parte dos seus sermões, sob o disfarce mais ou menos velado das alegorias da Bíblia, onde o seu engenho encontrava com inacreditável correspondência para o que queria.”

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA - OBRA

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA - OBRA

Os Sermões são a parte mais conhecida da sua obra, mas também escreve outro tipo de textos:

SERMÕES CARTAS TRATADOS DOUTRINÁRIOS Obras de tom profético, História de Portugal e Esperança de Portugal. Nelas

acredita na chegada a Portugal do V Império baseando-se em certos acontecimentos, documentos e nas Sagradas Escrituras. Ademais há uma influência do sebastianismo, já que se fala de manter a esperança no futuro. Estas obras foram consideradas heréticas, pelo que foi julgado pela Inquisição.

O rei dom Sebastião desaparece e nunca aparece o seu corpo nem ninguém o volve ver, mas mantém-se a esperança de que algum dia volva. Por esta razão torna-se em Portugal o símbolo da esperança.

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA - OBRA

Razões pelas que publica os seus sermões: em princípio um sermão não se elabora para ser publicado, mas o Padre António Vieira publica-os porque:

Os seus sermões eram muito famosos e corriam manuscritos na época, e, por essa razão:

• Corrompiam-se, copiavam-se com erros.• Atribuíam-se-lhe ao Padre António Vieira textos que não eram da sua

autoria.• Atribuíam-se-lhe a outros autores textos escritos por ele.

O sermão é também um instrumento da Contra-Reforma para manter os fieis ligados à Igreja. O pregador tem de divulgar a palavra de Deus e seduzir ao público.

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA - OBRA

Estrutura:Parte duma frase das Sagradas Escrituras procurando um sentido acomodatício, é dizer, acomoda as frases segundo o tema que trata. Mesmo pode acomodar uma mesma frase a diferentes circunstâncias segundo o tema.

Exemplos:• “Sermão de Santo António aos peixes”: parte da frase Vos estis sal

terrae (S. Mateus, 5) para explicar que os pregadores dever ser o sal da terra, não permitir a corrupção nem a podridão das almas.

• “Sermão da sexagésima”: parte da frase Semen est verbum Dei (S. Lucas, VIII, 11) para explicar que essa semente tem de frutificar nas boas ações.

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA - OBRA

O discurso segue a estrutura do discurso clássico:• Exórdio: apresenta-se o assunto perante o auditório e intenta

captar-se a sua benevolência. Serve para não começar

repentinamente, ex abrupto. Tem um carácter prologal.

• Confirmação: abordagem e desenvolvimento do tema.

• Peroração: remate do discurso com palavras que emocionem e

sensibilizem aos ouvintes com o assunto tratado.

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PADRE ANTÓNIO VIEIRA - OBRA

Assuntos: Moralidade: verdade e mentira, vaidade, ambição, penitência e outros aspetos da

ideologia cristã. Patriotismo: sermão contra os holandeses quando pretendiam dominar o

nordeste brasileiro, exige-lhe a Deus que conserve Portugal ou elabora sermões contra Castela.

Temática social: critica a acumulação de trabalhos, as diferenças entre ricos e pobres, os hipócritas, os escravizadores de índios e negros, a desmesurada busca de ouro nas minas, os impostos muito pesados...

Temática panegírica ou laudatória: elogia pessoas (nobres, família real) e acontecimentos.

Temática hagiográfica: dedica-lhe sermões à rainha Santa Isabel (esposa de dom Dinis), a Santa Teresa de Jesus e a outros muitos santos canonizados no século XVII (Contra Reforma) como é o caso destas duas e de São Ignacio de Loyola (fundador da Companhia dos Jesuítas) ou São Francisco Javier (Jesuíta). Também lhe dedica sermões a Santa Iria.

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Homenagens ao Padre António Vieira

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Homenagens ao Padre António Vieira

ANTÓNIO VIEIRA

O céu 'strela o azul e tem grandeza.Este, que teve a fama e à glória tem,Imperador da língua portuguesa,Foi-nos um céu também.

No imenso espaço seu de meditar,Constelado de forma e de visão,Surge, prenúncio claro do luar,El-Rei D. Sebastião.

Mas não, não é luar: é luz do etéreo.É um dia; e, no céu amplo do desejo,A madrugada irreal do Quinto ImpérioDoira as margens do Tejo. Fernando Pessoa, Mensagem

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Homenagens ao Padre António Vieira

António Vieira

Filho peninsular e tropicalDe Inácio de Loiola,Aluno do BandarraE mestreDe Fernando Pessoa,No Quinto Império que sonhou, sonhavaO homem lusitanoÀ medida do mundo.E foi ele o pioneiro.OriginalNo ser universal...Misto de génio, mago e aventureiro. Miguel Torga, Poemas Ibéricos

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Padre António Vieira

Disciplina de PortuguêsProfª: Helena Maria Coutinho

Fim