20
A voz do medo Dentro de nós Há uma voz E toda vez que ouvida Se torna mais forte É uma voz escura Sombria Sem cor Nem sabor É uma voz que sussurra Palavras impuras Que nos faz temer E ter alucinação É uma voz (escondida) Silenciosa Insegura PERSISTENTE É uma voz grossa Medonha Sinistra Sem compaixão Dentro de nós Há uma voz E é tão parecida Com a escuridão. Alice Gazzoni Berti 2ª série Histórias que vivi Das histórias que vivi Dentre as mais belas e formosas Foram justamente aquelas que ouvi Aquelas que ouvi e por ouvir, vivi E assim não apenas ficaram em Minha mente Mas sim, aquelas que por ouvir, Vivi intensamente E se assim não fosse... Meus olhos não contariam As maravilhas do que é o viver Pois eles estariam cheios do vazio Cheios do vazio do não saber viver Tudo aquilo que é uma das Maravilhas do ser. Amanda Haag 2ª série

Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

A voz do medo Dentro de nós Há uma voz E toda vez que ouvida Se torna mais forte É uma voz escura Sombria Sem cor Nem sabor É uma voz que sussurra Palavras impuras Que nos faz temer E ter alucinação É uma voz (escondida) Silenciosa Insegura PERSISTENTE É uma voz grossa Medonha Sinistra Sem compaixão Dentro de nós Há uma voz E é tão parecida Com a escuridão.

Alice Gazzoni Berti 2ª série

Histórias que vivi

Das histórias que vivi Dentre as mais belas e formosas

Foram justamente aquelas que ouvi

Aquelas que ouvi e por ouvir, vivi E assim não apenas ficaram em

Minha mente Mas sim, aquelas que por ouvir,

Vivi intensamente

E se assim não fosse...

Meus olhos não contariam As maravilhas do que é o viver

Pois eles estariam cheios do vazio Cheios do vazio do não saber viver

Tudo aquilo que é uma das Maravilhas do ser.

Amanda Haag 2ª série

Page 2: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

FIM

Foi um dia cansativo depois de uma manhã

na escola, uma tarde no trabalho

e uma noite! Uma noite maravilhosa com uma companhia sem dúvidas, perfeita

em um jantar à luz

de velas brancas, ao som

de uma doce harpa. A intenção era

tomar um banho e dormir bem, descansar,

sonhar, para acordar para

mais um dia rotineiro. Mas não foi assim,

o sonho acabou e a vida chegou

ao fim.

Bárbara Laís Roeder

2ª série

Vozes confusas, confusão

Vivo a buscar Vivo para buscar a voz certa do momento certo... A voz amiga, a voz apaixonada, a voz sábia, a voz brava Engano meu acreditar acreditar que a voz certa aparecerá Clamo por uma, todas querem sair unem-se numa confusão, numa cacofonia sem fim... Então eu acerto, erro, erro, acerto, acerto de novo Já que muitas vozes de mim insistem em sair

Camila Lorenzini Tessaro

2ª série

Page 3: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

Muitas vozes

No silêncio das vozes Refletimos sobre a vida Pensamos no mundo

E nas vozes que ouvimos

Já não há tempo Solidão vira rotina

As vozes não me atingem

Hoje vivemos no Silêncio Não expressamos mais os sentimentos

Que ficam no ar Respostas que não vão calar

Nem falar

Camila Papes

2ª série

Despertas

Muitas vozes, muitas opiniões Silêncios em escuridões

Todos nós somos uma só voz Que na multidão, ecoa

Lutar por um ideal

Pela paz e pelo amor Sem guerras e sem injustiças

Com fé no coração

Um mundo com pessoas despertas Que não perdem tempo Não esperam acontecer

Fazem acontecer

Não importa a raça, cor ou religião Vamos lutar, crer e amar

Acreditar que podemos transformar E o amor espalhar...

Eduarda Scheuer Floriano

2ª série

Page 4: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

Muitas vozes

Ouço na surdina dizendo: Morra; lúgubre demais para viver Moça, volte para o seu esquife

Ouço um grito exclamando:

Viva; amor demais para morrer Moça, permaneça em meu enlace

As vozes dizem faça,

Os amores dizem fique. Execute.

Lute.

Viver na ambivalência é viver pela metade Viver pela metade é morrer na outra parte

Ouço-as de um lado

Ouço-as de outro Ouço-as de fora...

Mas as piores são as que vem de lá... Do âmago.

Aquelas que invadem Tiram-me fora da realidade

Vivo em contradição.

Capitar um sussurro de longe Melhor que um brado

Ao pé da emoção.

O carinho é uma lâmina, O afago é um esporro Os vivos são vorazes

Os mortos são ferozes.

Como se a lâmina fosse fagulha E o sangue fosse álcool

Enfim morrerei carbonizada E a doce morte me deixará beijada.

Eduarda Schmidt 2ª série

A vida e a morte

Viver intensamente, sem culpa e arrependimentos

Deixar a mente, cheia de bons pensamentos

Quando a morte chegar, não irá se lamentar,

apenas deixará o pesar.

Eduarda Schutz Maziero 2ª série

Page 5: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

A paz que nos pertence

No meio da floresta A paz é o que nos resta

A calma da natureza Espanta qualquer tristeza A única voz que se ouve

É a voz do silêncio O único som que ecoa

É do sapo na lagoa Mas na correria da cidade

Não aproveitamos a simplicidade De algo que nos pertence

A paz da natureza! Gabriel Hack de Souza

2ª série

Silêncio valioso

Nada se fala Tudo se cala

Nenhum barulho Muito menos tumulto Por enquanto não há

Cochichos Conversas

Risos, assobios Miados Latidos

Há apenas a voz do silêncio Tão forte quanto o ruído Mas então é quebrada

Por um simples vento que chega E logo vem Fofoqueiro

Falante Feliz, Cão Gato

Passarinho E inicia-se o alvoroço, a festa

Geórgia Ayumi Guinoza Inushi 2ª série

Page 6: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

Agitação

No meio de todos Envolto pelo vazio

Por mais que falem, que gritem Nada escuto

As muitas vozes

Que um dia conheci Permanecem no meu passado Murmurando em minha mente

Lembranças do que fui

Misturadas também Com o anseio do que serei

Mas com isso terei

De esperar o que o futuro Reserva para mim

Gustavo Ziger 2ª série

Várias vozes

Voz do silêncio que me angustia Voz da dor que me anestesia

Voz do pensar que te insatisfaz Voz vulgar que te faz corar

Voz do rezar

Voz do sacrificar Voz do silêncio

Sempre a angustiar

São muitas as vozes Que nos fazem viver

Henrique Araldi Fezer 2ª série

Page 7: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

Silêncio Silêncio hoje quase não existe Mas persiste entre os barulhos infernais O silêncio que está em todo canto Escondido Hoje já não é mais escutado Mas se sabe que do silêncio tudo começou Antes era imune Hoje, briga contra a sociedade O silêncio que conforta Tenta persistir na humanidade.

Henrique Ernesto Dransfeld Neto 2ª série

Nesta sala

Nesta sala estava aquele sofá de couro bege que ganhei da minha avó.

Nesta sala estava aquela cadeira de balanço levemente estragada, mas guardo com muito

carinho, pois ganhei do meu pai. Nesta sala estava aquele quadro de Van Gogh

borrado com o tempo, ele me traz lembranças de meu avô.

Nesta sala estava aquele espelho com bordas de

diamante usado por minha mãe para a arrumação

da missa de domingo.

Tudo estava nesta sala agora nela nada mais está.

Agora nesta sala, apenas a voz de

quem lê este poema.

Igor Leonardo Lessack de Paula e Silva 2ª série

Page 8: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

Misteriosos sonhos

Sonhar é algo bom quando seu coração

está leve para inspiração

Frases sem sentidos

como num lindo sonho onde tudo está em um extravagante silêncio

É difícil

estar acordado e sonhar livremente

em meus antigos mistérios

Jessika Maíra Castilho 2ª série

Na manhã de novembro

O dia amanhece E sol resplandece

Numa manhã de novembro Vejo cerejeiras nascendo

Novembro é primavera

De cheiro e esplendores Época de flores

Das manhãs de novembro

Cigarras cantando, Abelhas pousando

Nas flores cheias de pólen Nas manhãs de novembro

O dia nascendo

E assim vamos escrevendo...

João Pedro Hilgemberge 2ª série

Page 9: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

A busca

Na calada noite... Ecoa, Até mesmo, o som das estrelas... Noites e noites sombrias Onde, o cair do luar, Ilumina... As pobres almas da Terra, Que em meio, ao cansativo dia Buscam... O silêncio, o silêncio... o... Silêncio O inquietante silêncio! - Shhhhh...

João Vitor Zattar 2ª série

Silêncio

Silêncio... silêncio é

isso... isso é

silêncio, que não ouvimos que não chega ao

ouvido Escuta...

e pensa que silêncio é silêncio...

isso é silêncio...

José Victor Pintado Corato 2ª série

Page 10: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

O silêncio – a voz do abandono

Você foi embora Sem dizer palavra Sem explicação

Sentido ou Razão

Talvez

para encontrar novos amigos para encontrar um novo eu

-um ser tão substituível

Levou-me o mais precioso bem tirou-me a alegria

e por fim: Arrastou parte de mim consigo

A voz do silêncio se alastra

Sei que devo deixá-la

Mas preferiria viver preso a você do que viver

nessa Dor e

Silêncio

Julia Petry Trevisani 2ª série

Ser pai

Ser pai é acima de tudo não esperar recompensas

É aprender errando É ter coragem de ir adiante

É compreender sem demonstrar.

Ser pai é ter amor incondicional É esperar o inesperado

É suportar as fraquezas sem esforço É nunca deixar partir um filho do coração

Ser pai é assim... Meu pai é assim...

Karla Marina Blaka 2ª série

Page 11: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

A vida...

Na cama, só se ouve o silêncio. Na cama, pensando na vida. Na cama, a amarga ferida.

Na cama, a noite é fria.

Na cama, o sonho se realiza. E adormeço... adormeço... adormeço

Acordo... o sol no rosto.

Acordo... a brisa é um manto Acordo... o sonho se realiza

Acordo... e fico na brisa

Na cama, pensando na vida Na cama, a noite é fria

E adormeço... adormeço... adormeço.

Kauai Scrima Buonaccorso 2ª série

Vozes

Há muitas vozes que nos habitam As vozes que gritam

As vozes que choram As vozes que riem

Todos estamos cheios de vozes

Infinitas, findas Que às vezes

Ultrapassam nossos próprios limites

Limites de amor Limites de sonhos

Limites de palavras (tentando dizer alguma coisa)

Tudo isso em nós

Muda a todo momento E nos fazem sentir

O mais profundo sentimento

Laura Beatriz Mussi Dreveck 2ª série

Page 12: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

Portões

Abandonado em minha miséria Crucificado por nenhum pecado

O que a vida havia me reservado?

Tudo isso parece surreal Sou um homem dividido em dois

Nesse mundo tão estranho

Mas agora a única coisa que vejo É a escuridão

A única coisa que me lembrarei Quando partir desse mundo

É do amor que um dia nossas almas criaram.

Leonardo Vieira Leon Celivi 2ª série

A vida é curta

Nessa estrada da vida Já se passaram alguns anos

Muitas coisas não deveriam ter sido feitas

Mas a vida é curta para ficar se lamentando

Por causa disso Devemos levantar a cabeça

Para que uma mudança aconteça E esquecer o que aconteceu

Por isso faça o que quer agora A vida é curta pra ser jogado fora

Ainda mais porque nunca se sabe o dia de amanhã.

Lucas Zimmer Schupel 2ª série

Page 13: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

De lado Quem sou? Onde estou? Pra onde vou?

Não sei. Onde começo? Onde acabo? Será como alguém

Deixado de lado? Estou dispersa nas coisas Pelo ar, pelo chão Na própria pele

Em tudo? Posso ser o objeto mais usado Posso ser a pessoa mais cobiçada Posso ser o sentimento mais ousado

Talvez... Mas no final Como sempre Volta a ser

Deixado de lado!

Mahara Machado Massaneiro 2ª série

Solidão alheia

Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo

Sinto o calor do café em minha boca Me sinto preso.

Escuto gritos de desespero

Mas de onde eles vêm?

Isso alimentou o fogo que queimou todos nós Vejo a solidão alheia

Mas me sinto bem com isso

Oprimido Vocês escolheu fugir

O ódio alimenta o fogo que queima todos nós

Marlon Gabriel da Silva Burgardt 2ª série

Page 14: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

Desgosto

Não tenho ideia Não tenho inspiração

E ainda estou com sono Não vou fazer poesia não!

Pra que isso?

Pra que poesia? Só mais uma coisa

Pra piorar o meu dia

Isso é ridículo E chamam de obra-prima

Nada faz sentido São apenas umas rimas

Poesia tem que ter sentimento

Pena que nada eu sinto no momento Então professora vou ficar te devendo

Pelo menos eu rimei, não diga que eu não tento.

Matheus Becker Szabileski 2ª série

A dor

A dor Que nos enche o peito

O amor Que nos pega de jeito

Quando achamos que amamos Na maioria das vezes é ilusão

Ninguém sabe como somos de verdade Mas isso é história do coração

Escuro e com sinceridade

Para mostrar como me sinto Queria ter a coragem de contar a verdade

E juro que não minto

Assim encerro este poema Com o mínimo de humor Mas sem fugir do tema

Digo que já conheci o amor

Matheus Cubas Dias

2ª série

Page 15: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

À procura de ti

Como as abelhas querem o mel Como Deus quer o céu Sou apenas um colibri

À procura de ti.

Toda essa história remete A uma vida sensata Sem dor sem ódio

Apenas uma serenata.

Se eu te amo? Claro que sim Se eu pudesse te dar flores

Te daria um jardim.

Matheus Humenhuk Markiv 2ª série

O canto e o encanto...

No silêncio

da minha voz

sentir teu canto

envolver-me o espírito

lentamente. Teu canto

ao fundo

do grande alarido

da cidade que não cala. O canto que encanta

e me recorda

das paixões que tenho

na vida. E tantas foram

as vezes

que ouvi teu

doce canto

ao fundo

de um coração, batendo forte,

sentindo-se nas nuvens, num amado delírio

de um grande amor, que rompeu o silêncio.

Mayla Cristine de Souza 2ª série

Page 16: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

Eu sempre quis

Eu sempre quis que fosse verdade Que a maturidade fosse pertinente

Que o fogo que nos cerca fosse ardente Nunca te pedi nada além do seu amor

Só queria que reconhecesse que errou Que fez com que nosso amor apagasse

E que saiu sem dar explicações Apenas fechou a porta e deu um fim em tudo

Eu espero que um dia tudo volte ao normal

que eu volte a sorrir quando te ver e que a raiva não domine meu coração

você saiu da minha vida sem motivos concretos e espero que volte pra ela por amor.

Milena Machado Dill 2ª série

A voz do amor

É aquela que fala mais alto Que domina o coração dos apaixonados.

A voz que não morre Permanece nos corações amados,

Nos corações que quem ama. A voz contente, carente, amante

Que não desiste, persiste, e não morre Sonha intensamente, vive loucamente.

Ama mais, encanta mais, conquista mais. Feliz é quem fala

A língua dos apaixonados, A voz dos amados

A voz eterna A voz do amor.

Mylene Christine Mokva 2ª série

Page 17: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

Eles veem

Os mortos Ouvem, veem e sentem

O Mundo Através dos vivos

Porém na ausência

De corpo e alma O morto está livre Da vida dos vivos

E do tumulto mortal

A Morte os livrou E eles ficam em paz

E a Morte aguarda

Por outras Rosas sobre túmulos, Por outras vozes silenciar.

Nátali Suyane Nacimento 2ª série

A voz que acolhe

No vão das coisas não ditas E talvez

Quem sabe, nas ditas também... Cuidei de uma alma Que não era a minha

Era a minha voz

Que ressoava no teu silêncio Era o meu abraço

Que confortava a tua dor

Ontem eu vi As marcas da tua solidão

Quisera eu cuidar Mas não consegui, tentei

Hoje, fraca eu acordei Mas não houve choro

Lembrei-me de ser forte Por você

Natália de Andrade 2ª série

Page 18: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

Soneto da manhã

A manhã é tão curta... Passa tão rápido...

Que uma pessoa surta Com essa velocidade

A melhor parte do dia

Tentava percebê-la e adormecia Nessa manhã tão fria

Expresso a minha alegria

Sem manhã não há dia Sem dia não há alegria Sem alegria não há vida

Escrevo com muita alegria

Expressando a minha harmonia Concluindo que sem manhã não há vida

Sergio Dorival Gonçalves Padilha Junior 2ª série

Ao levantar

Desperto do sono voltando à vida real

Dele nada lembro, se foi bom ou mau

Se segui como herói ou se cedi a meus medos

Levanto da cama

como se saindo de um estupor Cada passo ajudando em um lento despertar

Deixando para trás o mundo dos sonhos

E o dia começa

seguindo seu ritmo para depois

algumas horas Apenas ao sono retornar

O Sono é o descanso para a vida

ou a Vida o descanso para o sono?

Susane Louise Mazurkievicz 2ª série

Page 19: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

No escuro da Lua

Nas ruas da cidade

Em noites frias e escuras Com grandes nuvens no céu

Passa uma menina doce e pura

Que chama atenção ao passar Enquanto vê a luz do luar

Uma canção entoa E vai levando a vida à toa

Quando olha a Lua, ela chora

Lembrando da vida, que foi embora Deseja se afastar das aparências

E registrar sua verdadeira essência.

Suzanne Peron 2ª série

Infame vida

O que escrever? O que escrever?

Será um poema tão insignificante

Suficiente? Suficiente para estancar

Este ferimento em meu peito?

Por que quando olho Pela minha janela

Tudo me lembra de ti?

O que eu faria Se você saísse?

Eu apenas continuaria Com minha infame vida...

Vitor Gabriel Tokarski Glinski

2ª série

Page 20: Pão com Poesia 2014 - 2ª Série - unc.br · Mahara Machado Massaneiro 2ª série Solidão alheia Sinto o frio da manhã Sinto angústia por quase tudo Sinto o calor do café em

A morte

De todas as vidas presentes aqui Vou esperar o tempo que for

Até que tudo se torne escuridão E o último fio de esperança desapareça

De todas as vidas presentes aqui Vou desejar uma morte tranquila

Onde não exista sofrimento E o último fio de amor permaneça

E de todas as vidas presentes aqui

Vou carregar em meus braços Os lindos sonhos que alegraram suas vidas

Mas de todas as vidas presentes aqui

Só existe uma certeza Um dia vão se encontrar comigo

Willian Cesar Colin 2ª série