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AVALIAÇÃO DAB APRENDIZAGEM Diferenças entre Exames e Avaliação. Itiberê Domingues Riffel Jeniffer Leonor de Bithencourt Sebastião Priscila Andréia Silverio Taynã Dandara Leonor Machado Professor-Tutor Externo Adriana de Souza Barro de Biasi Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI Artes Visuais (ART 0163) – Seminário da Prática II 25/06/2014 RESUMO Usando a Metodologia da Prática Simulada nossa equipe desenvolveu esse paper com o tema sugerido pelo tutor. Ressaltamos os conceitos sobre exames e avaliação, bem como a pratica e a compreensão da Avaliação da Aprendizagem. Palavras-chave: Exame. Avaliação da Aprendizagem. Compreensão. 1 INTRODUÇÃO Esse trabalho apresenta o conceito de Avaliação da Aprendizagem sua compreensão e prática. Mostraremos de forma clara e objetiva o que é Exame e como são qualificados como classificatórios. Faremos um breve relato sobre a biografia de Cipriano Carlos Luckesi, autor do qual sua visão sobre a avaliação da Aprendizagem serviu de base para nossa pesquisa. Tendo em vista que seu nome é citado por vários autores, pesquisadores e incentivadores da educação em varias publicações.

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AVALIAO DAB APRENDIZAGEMDiferenas entre Exames e Avaliao.

Itiber Domingues Riffel Jeniffer Leonor de Bithencourt Sebastio Priscila Andria Silverio Tayn Dandara Leonor Machado

Professor-Tutor Externo Adriana de Souza Barro de BiasiCentro Universitrio Leonardo da Vinci - UNIASSELVIArtes Visuais (ART 0163) Seminrio da Prtica II25/06/2014

RESUMO

Usando a Metodologia da Prtica Simulada nossa equipe desenvolveu esse paper com o tema sugerido pelo tutor. Ressaltamos os conceitos sobre exames e avaliao, bem como a pratica e a compreenso da Avaliao da Aprendizagem. Palavras-chave: Exame. Avaliao da Aprendizagem. Compreenso.

1 INTRODUO

Esse trabalho apresenta o conceito de Avaliao da Aprendizagem sua compreenso e prtica. Mostraremos de forma clara e objetiva o que Exame e como so qualificados como classificatrios. Faremos um breve relato sobre a biografia de Cipriano Carlos Luckesi, autor do qual sua viso sobre a avaliao da Aprendizagem serviu de base para nossa pesquisa. Tendo em vista que seu nome citado por vrios autores, pesquisadores e incentivadores da educao em varias publicaes.Apesar de o tema proposto ser A Avaliao da aprendizagem: compreenso e pratica, no podamos nos furtar de uma analise mais profunda a cerca de outros quesitos que envolvem a avaliao educacional.

2 BIOGRAFIA DO AUTOR

2.1 BREVE RELATO SOBRE CIPRIANO CARLOS LUCKESI

Nascido na cidade de Charqueada, Estado de So Paulo, onde iniciou seus estudos ainda criana, ficou pouco mais de oito anos. Com a intenso de estudar em um seminrio e seguir carreira religiosa Luckesi transferiu-se para Sorocaba tambm no estado de So Paulo.Aps terminados seus estudos colegiais (ensino mdio), iniciou seus estudos filosficos. Logo depois de sua formao, ingressou no seu segundo curso formando Bacharel em Teologia desistindo a partir desse momento de uma carreira celibatria.Concluiu o Mestrado com uma dissertao intitulada Aspectos filosficos da educao no Brasil: perodo republicano. Licenciado em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Cincias Humanas, da Universidade Catlica do Salvador, Bahia (1970), Bacharel em Teologia pela Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assuno, da Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo (1968), Mestre em Cincias Sociais pela Faculdade de Filosofia e Cincias Humanas, da Universidade Federal da Bahia (1976) e Doutor em Educao: Histria, Poltica, Sociedade pelo Programa de Ps-Graduao da Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo (1992). Atualmente professor ps-aposentado da Faculdade de Educao, da Universidade Federal da Bahia. Foi professor do Departamento de Filosofia, da Faculdade de Filosofia e Cincias Humanas/UFBA, ensinando na Graduao, de 1971 a 2002, quando se aposentou. No Curso de Graduao em Filosofia, ensinou especialmente Introduo Filosofia, Axiologia, Pensamento Filosfico na Amrica Latina, Leitura do Texto Filosfico. Iniciou suas atividades na Ps-Graduao em Educao (Mestrado), na Faculdade de Educao/UFBA, em 1985, estando a ela vinculado at o presente momento, ensinando especialmente Filosofia da Educao, Metodologia da Pesquisa e Educao e Ludicidade, alm de orientar mestrandos e doutorandos em suas atividades de pesquisa e elaborao de dissertaes e teses. Todavia, seu campo de atuao atinge tambm os seguintes temas: filosofia da educao, teoria do ensino, didtica, educao e ludicidade e avaliao da aprendizagem escolar (tema no qual, ao longo do tempo, tornou-se um especialista). Trabalhou ainda na Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia, vinculado ao Departamento de Cincias Humanas e Filosofia, ensinando Metodologia do Trabalho Cientfico e Metodologia da Pesquisa, entre os anos de 1976 a 1994. Tem 12 livros publicados, alm de muitos artigos em revistas especializadas. Atualmente, juntamente com a Professora Cristina Dvila, coordena o GEPEL (Grupo de Estudo e Pesquisa em Educao e Ludicidade), dentro do Programa de Ps-Graduao em Educao, FACED/UFBA.2.2 LUCKESI E A AVALIAO DA APRENSIZAGEMSeu interesse pelo tema do qual originou nosso trabalho comeou a partir de 1968, ano em que participou de uma disciplina universitria, ministrada pelo padre jesuta Godeardo Baquero, que tinha por tema as medidas educacionais e os testes de aprendizagem. Esse estudo ocorreu na Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira, em So Paulo. Depois, entre 1972-1976, foi funcionrio do Instituto de Rdio Difuso Educativa da Bahia-IRDEB, trabalhando na rea de avaliao da aprendizagem, produzindo, quantificando e analisando testes e resultados de aprendizagem de um sistema de educao distncia. De 1976, em diante, passou a estudar avaliao da aprendizagem e escrever sobre o tema, a partir de abordagens mais abrangentes, como a filosofia, a sociologia, a poltica, a psicologia, a pedagogia.Para Luckesi (2013) [...] avaliao um ato inclusivo, medida que ele est a servio da obteno de resultados satisfatrios (e, portanto, de vida viva) e isso, implica em incluso, no em excluso, como tem sido, usualmente, nossas prticas de examinar, na vida escolar e em outras variadas experincias humanas..

3 EXAMES.Os exames escolares que conhecemos hoje foram sistematizados por volta do sculo XVI e primeira metade do sculo XVII. Os jesutas em um documento publicado em 1599, denominado Ratio atque Institutio Studiorum Societatis Jesus (Ordenamento e Institucionalizao dos Estudos) na Sociedade de Jesus, usualmente conhecido como Ratio Studiorum, formalizava o modo de administrar a prtica pedaggica em suas escolas, assim como um modo especfico de examinar os estudantes no final de um ano letivo, ainda est vigente em nossas prticas de hoje em dia. Nesse documento est normatizado que no momento das provas, os estudantes no podero solicitar nada que necessitem, nem aos seus colegas nem quele que toma conta da prova, no devero sentar-se em carteiras conjugadas, porm se isso ocorrer, deve-se prestar muita ateno nos dois estudantes que estiverem sentados juntos, pois que caso as respostas s questes dos dois sejam iguais, no se saber quem respondeu e quem copiou, o tempo da prova dever ser estabelecido previamente e no se dever permitir acrscimos de tempo, tendo em vista algum estudante terminar de responder a sua prova pessoal. Genericamente, so regras que seguimos ainda hoje na escola. Os exames por si s no do uma viso sobre a verdadeira aprendizagem do aluno, pois na grande maioria das vezes apresenta-se apenas como classificatrios.3.1 EXAMES CLASSIFICATRIOS.Os exames classificatrios classificam os estudantes em aprovados ou reprovados, estabelecendo uma escala com notas de zero a dez.Essas notas so registradas em documentos escolares. Os exames classificatrios excluem grande parte dos educandos, pelas estatsticas o aproveitamento dos estudantes ou educandos muito baixo, em torne de 35%. Devido a alguns fatores, os exames contribuem muito para a excluso educacional, simplesmente pelo fato de serem seletivos.Tais tipos de exames classificatrios tem grande expressividade ainda nos dia de hoje por causa principalmente dos concursos pblico do qual utilizado esse tipo de avaliao.Nas escolas a aplicao de exames ou provas gera em certo ponto uma desvantagem p os estudantes, pois segundo Luckesi [...] Os exames, em primeiro lugar, so pontuais, o que significa que no interessa o que estava acontecendo com o educando antes da prova, nem interessa o que poder acontecer depois. S interessa o aqui e agora. Tanto assim que se um aluno, num dia de prova, aps entregar a sua prova respondida ao professor, dar-se conta de que no respondeu adequadamente a questo 3, por exemplo, e solicitar ao mesmo a possibilidade de refaz-la, nenhum dos nossos professores, hoje atuantes em nossas escolas, permitir que isso seja feito; mesmo que o aluno nem tenha ainda sado da sala de aulas. Os exames so cortantes, na medida em que s vale o aqui e o agora, nem o antes nem o depois. Ainda para Luckesi (em entrevista ao Jornal do Brasil, 2000) quando um estudante tem um desempenho insatisfatrio numa prova de uma determinada unidade de ensino e obtm uma nota baixa sendo lhe dada uma segunda oportunidade essa nota se somara a primeira. Mesmo ele obtendo nota mxima no conseguira atingir uma media pertinente.4 AVALIAO DA APRENDIZAGEMA avaliao se faz presente em todos os domnios da atividade humana. O julgar, o comparar, isto , o avaliar faz parte de nosso cotidiano.A avaliao da aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que se articula com um projeto pedaggico. A avaliao, tanto no geral quanto no caso especfico da aprendizagem, no possui uma finalidade em si, ela apenas vai em busca de construir um resultado previamente definido, tendo em vista garantir a qualidade do resultado da aprendizagem. A avaliao da aprendizagem se preocupa no s com assimilao do contedo apresentado, como tambm seu entendimento, esse ultimo com um peso maior.A avaliao no deve levar em conta s a nota obtida, ela deve ser feita de todo processo, levando em considerao o esforo, participao e interao do estudante com o tema proposto e por fim seu entendimento. Conforme Chueiri (2008) [...] a prtica de avaliao dos processos de ensino e de aprendizagem ocorre por meio da relao pedaggica que envolve intencionalidades de ao, objetivadas em condutas, atitudes e habilidades dos atores envolvidos..Teixeira complementa que [...] A avaliao deve, pois no s ter em conta todo o processo e todos os intervenientes nele, como tambm deve ajudar a promover a melhoria da qualidade do mesmo..

4.1 DIFERENAS ENTRE EXAME E AVALIAO DA APRENDIZAGEMEmbora o exame e a avaliao tenham em si uma funo parecida e vrios pontos em comum, eles se diferenciam na maneira como so abordados. Partindo pela abrangncia da avaliao que enquanto o exame busca o resultado final como uma classificao, a avaliao esta mais para um diagnostico daquilo que foi aprendido num todo, visando compreender melhor os alunos. O exame o resultado final, ele pode ser considerado como a ultima etapa de um perodo, pois visa classificar aquilo que foi aprendido, j a avaliao busca, alm disso, tambm fornecer novas ferramentas, novos meios de chegar ao conhecimento planejado. essencial a importncia do professor no processo de avaliao, pois conhecer bem seus alunos facilitara no processo de construo de conhecimento, um exame como sendo apenas classificatrio no necessita de uma intimidade entre professor e aluno. Basicamente as avaliaes promovem o crescimento do seu aluno enquanto os exames buscam apenas nmeros. O exame tem cado em descredito pelos pensadores da educao, pois v seus alunos como um todo em busca de um objetivo e no como pessoas e suas particularidades.5 CONSIDERAES FINAISEste trabalho atravs da pratica simulada procurou mostrar um pouco da Avaliao da aprendizagem. Ficou claro para nossa equipe que as avaliaes escolares de aprendizagem dos estudantes preocupam-se mais com a nota em si do que realmente com a aprendizagem dos mesmos.Ao examinar o estudante no se d a chance de ele realmente mostrar o que aprendeu, pois no primeiro momento pode ele realmente no ter aprendido, porm aps seu aprendizado sua segunda chance somar-se- a primeira tornando uma mdia que no ira condizer com a nova realidade. Resolvemos ressaltar Cipriano Carlos Luckesi, pois em nossos estudos a respeito do tema proposto, percebemos a importncia de suas obras e como o mesmo serve de referencia para varias publicaes de professores, acadmicos, pensadores e estudiosos da educao em geral.Por fim chegamos concluso que para a real Avaliao da aprendizagem ser colocada em pratica no nosso sistema educacional, teramos que rever a educao como um todo, fugindo dessa pedagogia tradicional de exames avaliativos. Para muitos educadores essa forma de avaliao ainda tem ares utpicos, pois e acabam se rendendo ao ato de examinar ao invs de avaliar.

REFERNCIAS

CHUEIRI, Mary Stela Ferreira. Concepes sobre a avaliao escolar. Estudos em avaliao Educacional, v. 19, n. 39, p. 49-64, 2008.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Entrevista sobre Avaliao da aprendizagem, concedida ao Jornal do Brasil, 21 junho 2000. Disponvel em: http://www.luckesi.com.br/textos/art_avaliacao/art_avaliacao_entrev_jornal_do_Brasil2000.pdfAcesso 08 jun. 2014

LUCKESI, Cipriano Carlos. Resenha biogrfica. 2013. Disponvel em: http://www.luckesi.com.br/textos/cipriano_carlos_luckesi_resenha_bibliografica.pdAcesso 10 jun. 2014.

TEIXEIRA, Gilberto. No processo ensino aprendizagem. A. Avaliao. AVALIAO DA APRENDIZAGEM. Disponvel em:http://www.ceap.br/material/MAT25042011210159.doc.Acesso 08 de jun. 2014.