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Dehonianos ........................................ 1 |||| Abrindo Espaços e criando Laços! Para Começar: Missões e Rosário O utubro é, de longa data, o Mês do Rosário. Veio a sê- lo também das Missões, a partir dos incentivos de Papa Pio XI que instituiu o Dia das Missões em 1926, para o penúltimo domingo de outubro. Contudo, foi no começo da década de 1970 que, a partir do Brasil, na pessoa do missionário italiano P. Gaetano Maiello, organizou-se o Mês Missionário. Embora os tradicionais padroeiros das missões sejam São Francisco Xavier e Santa Teresinha do Menino Jesus, certamente podemos atribuir a São Domingos de Gusmão (1170 – 1221) a feliz conjugação de missão popular e devoção do rosário. Na prática, as quatro séries de mistérios da redenção, contemplados no rosário, são pontos altos da missão do Senhor Jesus e de sua Mãe Santíssima. Contemplamos os mistérios da vida deles, neles nos inspiramos para melhor entendermos e mais vivermos a nossa missão. No Brasil o mês de outubro veste-se com mais intensa devoção a Nossa Senhora Aparecida. Das peripécias de Aparecida, conhecedores: Branca, como outras tantas, ela foi trazida; No Paraíba enegreceu-se, somos sabedores; E assim veio tornar-se forte símbolo de vida. Pela graça de Deus, toda santa, imaculada; Na rede foi recolhida por fiéis pescadores; No coração dos devotos, sempre mais amada: Assim é Nossa Senhora, Mãe dos pecadores! P. Mariano,scj. ANO II | Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus - Província BSP | 62 a Edição - 03/10/14 |||| Abrindo Espaços e criando Laços!

Para Começar: Missões e Rosário O - dehonianos.org.br e... · Pio XI que instituiu o Dia das Missões em 1926, para o penúltimo domingo de outubro. Contudo, foi no começo da

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Para Começar: Missões e Rosário

Outubro é, de longa data, o Mês do Rosário. Veio a sê-lo também das Missões, a partir dos incentivos de Papa Pio XI que instituiu o Dia das Missões em 1926, para

o penúltimo domingo de outubro. Contudo, foi no começo da década de 1970 que, a partir do Brasil, na pessoa do missionário italiano P. Gaetano Maiello, organizou-se o Mês Missionário. Embora os tradicionais padroeiros das missões sejam São Francisco Xavier e Santa Teresinha do Menino Jesus, certamente podemos atribuir a São Domingos de Gusmão (1170 – 1221) a feliz conjugação de missão popular e devoção do rosário.

Na prática, as quatro séries de mistérios da redenção, contemplados no rosário, são pontos altos da missão do Senhor Jesus e de sua Mãe Santíssima. Contemplamos os mistérios da vida deles, neles nos inspiramos para melhor entendermos e mais vivermos a nossa missão.

No Brasil o mês de outubro veste-se com mais intensa devoção a Nossa Senhora Aparecida.

Das peripécias de Aparecida, conhecedores:

Branca, como outras tantas, ela foi trazida;

No Paraíba enegreceu-se, somos sabedores;

E assim veio tornar-se forte símbolo de vida.

Pela graça de Deus, toda santa, imaculada;

Na rede foi recolhida por fiéis pescadores;

No coração dos devotos, sempre mais amada:

Assim é Nossa Senhora, Mãe dos pecadores!

P. Mariano,scj.

ANO II | Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus - Província BSP | 62a Edição - 03/10/14

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|||| Abrindo Espaços e criando Laços! NestaEdição

Igreja e Congregação

Intenções do Apostolado da Oração 5

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Palavra de Padre Dehon 6

Ecos da Venezuela 7

Encontro Latino Americano de Justiça e Paz 9

Nossos Falecidos 11

Sínodo dos Bispos sobre a Família

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Província BSP e Distrito BSL

P. Zezinho: teologia e devoção feitas poesia e canção 13

Ainda os 70 anos do Seminário Dehonista de Lavras 12

Saberes e Sabores 14

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Sínodo dos Bispos sobre a Família

A 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família acontecerá no período de

05 a 19 de outubro, no Vaticano. O tema reza assim: “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”. O Instrumento de Trabalho, documento de 45 páginas, está dividido em três partes: “Comunicar o Evangelho da família hoje”, “A Pastoral da Família face aos novos desafios” e “A abertura à vida e a responsabilidade

educativa”. Trata-se do resultado da pesquisa promovida pelo Documento Preparatório, que

incluiu um questionário com 39 perguntas enviado a todas as dioceses do mundo.

Oremos por este singular evento eclesial!

Oração à Sagrada Família pela terceira Assembleia Extraordináriado Sínodo dos Bispos

Jesus, Maria e José, em vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor

e, com confiança, nos voltamos para vós.Sagrada Família de Nazaré, fazei com que nossas

famílias sejam lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas Igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré, que nas famílias nunca haja violência, fechamento ou divisão, que os que foram feridos ou escandalizados sejam consolados e curados.

Sagrada Família de Nazaré, nós vos suplicamos que, por ocasião do próximo Sínodo dos Bispos, se reacenda em todos a consciência do caráter sagrado e inviolável da família, e da sua beleza no projeto de Deus.

Jesus, Maria e José, ouvi e atendei a nossa suplica.

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Intenções do Apostolado da Oração

Geral, Paz: Para que o Senhor conceda paz às regiões do mundo mais atormentadas pela guerra e pela violência.

Missionária, Jornada Missionária Mundial: Para que a Jornada Missionária Mundial desperte em todos os fiéis a paixão e o zelo de levar o Evangelho ao mundo inteiro.

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Palavra de Padre Dehon

Quarta Meditação: Nosso Senhor Jesus Cristo é o único Sacerdote do Pai desde a encarnação e por toda a eternidade (2)

2. É suficiente para a nossa salvaçãoA salvação das almas é o segundo fim da Encarnação. Deus quis unir à sua

glória, esta redenção, esta reconciliação.É fácil mostrar em toda a Escritura, que foi certamente o sacrifício de Nosso

Senhor, a oferenda do seu Coração sacerdotal que nos conseguiu este bem. – “Não foi com ouro ou com prata corruptíveis que fomos resgatados, mas pelo sangue do Cordeiro imaculado” (1Pd 1,18). – “Fomos lavados no seu sangue” (Ap 1,5). – “Assim, o mal que nós fizemos foi plena e sobre abundantemente reparado” (Rm 5,20). – “O decreto contra nós foi rasgado, quando Jesus Cristo o cravou na cruz” (Cl 2,14). – “É o sangue de Jesus Cristo que purifica as nossas consciências e que opera toda a reconciliação com Deus” (Hb 9, 14; Rm 5, 10). – “Foi pela virtude do seu sangue que Jesus Cristo entrou no céu, depois de ter cumprido uma redenção eterna” (Ef 1, 7; Hb 9,12). – “Tudo isto é o fruto do seu amor, do seu Coração: Dilexit nos et lavit nos a peccatis nostris in sanguine suo” (Ap 1,5).

A nossa redenção foi perfeita pelo sangue e pelo sacrifício do Coração sacerdotal de Jesus Cristo, e igualmente é definitiva: “Com uma só oblação, Jesus Cristo tornou perfeitos para sempre aqueles que Ele santificou” (Hb 10, 14). Sem dúvida que nos resta aplicar a nós os frutos e os méritos desta oblação e esta aplicação faz-se principalmente pelo sacrifício eucarístico, do qual o sacrifício da cruz é a única fonte.

Como não há salvação senão em Jesus Cristo, Non est in alio aliquo salus (At 4, 12), Ele é o único sacerdote, o único sacrificador, a única vítima: único no céu, onde o seu sacrifício continua, porque Cristo ressuscitado não morre (Rm 6,9) e não tem necessidade nem de sucessor, nem de suplente. O autor da Carta aos Hebreus no-lo representa entrando no céu com o seu sangue e como o único ministro do verdadeiro tabernáculo que Deus estabeleceu (Hb 8,2).

Na terra é também o único verdadeiro sacerdote na oblação eucarística que se faz todos os dias. Somente Ele, de fato, tem o direito e a autoridade, para oferecer este sacrifício. Porque é o mesmo sacrifício que o da cruz, que outro senão Nosso Senhor pode ter a autoridade para oferecê-lo? Porque a vítima é divina, que outro sacerdote seria digno de oferecê-lo? Também o Concílio de Trento nos diz que Cristo é o único que oferece a vítima eucarística pelo ministério dos sacerdotes (Sess. XXII, cap. II).

3. O nosso sacerdócio é uma participação no de Cristo Ó sacerdotes, no altar vós não sois senão ministros e instrumentos de Cristo, os

órgãos do seu Coração adorável. Se Ele quis servir-se de vós, é porque a Igreja sendo uma sociedade visível, convinha que ela tivesse um sacrifício sensível e que não fosse inferior nisto à sinagoga. Agradou, portanto, à divina Sabedoria instituir ministros que tivessem alguma parte no sacerdócio de Jesus Cristo para oferecer em união com Ele o sacrifício da Igreja.

Jesus é o sacerdote perfeito que tão perfeitamente glorificou o seu Pai e que tão fielmente cumpriu o que o seu Pai lhe tinha dado a fazer (Jo 17,4). E vós sois a sombra deste sacerdócio eterno. Jesus é o sacerdote santíssimo e digníssimo, a glória e a alegria do seu Pai (Mt 17, 5).

Ó Jesus, que contraste entre as vossas perfeições e a minha miséria! O vosso sacrifício é infinitamente mais agradável ao vosso Pai do que o de Abel, de Melquisedek e de Abraão, não só por causa da vítima que é oferecida, mas também por causa das disposições do vosso Coração sacerdotal.

Como é santo! Como é puro, este Coração! Como é dedicado, obediente, amável! E o meu? Ai! Como ouso ainda apresentar-me no altar para oferecer uma vítima tão santa e para exercer um ministério tão augusto!

A confusão invade-me. Sinto-me levado a dizer como São Pedro: “Senhor, afastai-vos de mim, porque não passo de um pecador”.

Ó meu coração, contempla o teu modelo! Ele ama, adora, ora, repara. Tem horror a toda a imperfeição. É vítima de louvor, de amor, de reparação e de ação de graças ao mesmo tempo que é sacerdote. Considera-o sem cessar, e imita-o tanto quanto a tua fraqueza te permitir.

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Ecos da Venezuela

Saudações Venezuelanas!

Finalmente, depois de algumas tentativas frustradas obtivemos o tão esperado visto para estudarmos em Caracas, no ITER (Instituto Teológico para Religiosos). Saímos do Brasil no dia 19 de Setembro pela manhã e após uma escala em Bogotá, chegamos em Caracas no fim

da tarde. Pe. Alexander, pároco da Parroquía San Miguel Arcangel foi quem nos recebeu. Ainda no aeroporto

já sentimos o calor de Caracas e nos impressionamos com a paisagem local cercadas por muitas e grandes favelas – ao menos em parte parecidas com as do Rio de Janeiro.

Ao chegarmos ao “teologado”, nossa nova morada, fomos recebidos pelos estudantes de teologia (5 no total: 2 Venezuelanos, 2 Indianos, 1 Argentino) e pelo Pe. Carlos Luís, que se encontrava enfermo, com uma espécie de Dengue que assola a população local. De pronto, já comemos “arepas”, que é uma comida típica venezuelana e muito saborosa. Também faz parte desta comunidade religiosa o Pe. Antonio Teixeira, que chegou após alguns dias do Equador. Em princípio os 2 formadores tem se mostrado acolhedores e zelosos conosco.

Vista a partir de nossa CasaNo sábado, dia de pastoral, já fomos acompanhar os teólogos em seus trabalhos nos “cerros”

(favelas). O local é marcado por grande pobreza e violência, mas é lugar de gente alegre e acolhedora. Dentre outros trabalhos, basicamente se trabalha com as crianças, na catequese. Fomos devidamente acolhidos pela comunidade paroquial no domingo, dia 21/09. Neste mesmo dia aproveitamos para conhecer um pouco mais da capital deste país. Fomos a “Los Próceres”, uma zona militar onde tem grandes praças e acontece os desfiles militares.

Na terça, 22/09, começaram as aulas de teologia. Nossa faculdade, o ITER, fica há uma certa distância de nossa casa, que é na periferia. Para chegar tomamos ônibus e metrô. Para tanto, nossa rotina começa bem cedo, as 05hs da manhã. Praticamente em frente ao ITER se localiza o Consulado brasileiro e a casa de cultura do Brasil. Ver nossa bandeira por aqui quase todos os dia já é um estímulo a mais, mas que também nos faz lembrar de tanta coisa boa que há por ai... Temos aulas somente às terças, quartas e sextas, de 08 às 13hs. Os demais dias são dedicados às leituras e reflexões. Mesmo os esquemas de aulas são um tanto diferentes – Mais um desafio para nós. Em nossa classe há um grande número de estrangeiros: africanos, vietnamita, colombiano, equatoriano, além de nós dehonianos também de outros países. A riqueza cultural é interessante.

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Ecos da Venezuela

Os dias foram passando e fomos tomando parte da atual situação política e econômica da Venezuela. O país é dividido entre “chavistas”, que apoiam o atual governo e aqueles que não apoiam. A realidade de desabastecimento é real e triste, sobretudo para a população que padece com a falta de alimentos, remédios, artigos de higiene, etc. Mesmo a moeda venezuelana, o Bolívar Fuerte, se encontra em queda o que faz com que tudo que ainda tem nos mercados e lojas seja relativamente caro. A inflação por aqui está em 60% ao ano!

Apesar de todas as nossas preocupações e demais diferenças ainda estamos tentando nos acostumar com esta nova realidade. É por sabermos em quem colocamos nossa confiança que seguimos em frente. Contamos com vossas preces por nós e todos os missionários.

Momento de convivência com os religiosos de Caracas.

Abraços! Vivat Cor Iesu!Fr. Erick Max e Fr. Rafael Nobrega.

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Encontro Latino Americano de Justiça e Paz

Caros Irmãos e confrades.

Nesta ultima semana estivemos reunidos no Equador um grupo de padres, religiosos e leigos partilhando e refletindo nossas realidades a partir de uma visão da justiça e paz. Foi um tempo de abrir nossos olhos para a realidade LATINO-AMERICANA, os desafios que se abrem diante

de nossos olhos, segue abaixo uma mensagem final feita pelos participantes a partir das palestras, apresentações e partilhas. Espero que ajude a abrirmos nossos olhos para estas verdades.

Mensagem do Encontro Latino-Americano de Justiça e PazConvocados pelo desejo de se aprofundarem na dimensão social do nosso carisma dehoniano, quatorze

religiosos vindos da Argentina, Brasil, Chile, Equador, Espanha e Venezuela e dois leigos das províncias BSP e ECU. Encontramo-nos em Quito (Equador) para refletir, aprender e buscar novos meios para a justiça e a paz no nosso continente latino-americano. Este encontro é fruto do desejo dos superiores da América Latina que se reuniram em Roma no mês de novembro de 2013.

Durante cinco dias, de 22 a 26 de setembro de 2014, temos expressado e compartilhado muito na vida, na oração, na fraternidade e no trabalho.

Uma realidade que nos chamaA questão social e

política estão muito presente na nossa realidade latino-americana. Esta dimensão forma parte da nossa vida, pois estamos inseridos na mesma. A Igreja latino-americana não tem sido alheia nos processos políticos na história do nosso povo. Seu compromisso tem sido caminhar e acompanhar os setores mais populares e frágeis em seu caminho liberador.

Tao pouco tem faltado união com as classes poderosas. Ao longo dos anos e dos séculos, no tempo em que foi dada uma profunda evangelização, não faltou o uso e abuso da religião em função do poder.

O amparo da pobreza e o sentimento religioso do povo se tem dado um messianismo político que nos acompanha até hoje e no que se fundamentam vários governos latino-americanos. O messianismo está acompanhado do populismo e são entranhados na maioria dos países.

Messianismo e populismo não garantem as liberdades democráticas do nosso povo como a liberdade de expressão, a separação dos poderes e os movimentos cidadãos. Descobrimos com dor que esta é a área geográfica a qual a diferença entre os ricos e pobres é a maior do mundo. Essa diferença também tem sido fundamentada pelo sistema neoliberal que tem provocado tanto sofrimento.

Isso não impulsiona a trabalhar por um crescimento com equidade e comprometermos na formação daqueles que tomam decisões, a conhecerem a Doutrina Social da Igreja.

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Encontro Latino Americano de Justiça e PazSomos chamados a sermos referentes éticos, pois nossa voz é ouvida. É preciso traduzir a reflexão

em atitudes e opções para fazer da fé uma opção alternativa de integração. Devemos cultivar atitudes como promover a real democracia e, sobre tudo, da presença em meio a realidade de nosso povo, uma presença profundamente dialógica para chegar a fazer uma leitura libertadora da fé e defender os valores do evangelho como um substrato de valores universais e dos direitos humanos.

A escolha para a justiça e a defesa da ecologia e ecossistema é convidativa, bem como a defesa da interculturalidade frente ao pensamento e a cultura única.

Vemos as realidades concretas e sofridas como as crianças da rua, a situação mundial dos refugiados e imigrantes, o tráfico de pessoas e a grande interpelação das explorações minerais atuais.

Nossa Igreja nos animaA opção pelos pobres é muito presente no caminhar da Igreja latino-americana desde a Conferência

do Episcopado em Medellín até Aparecida. É uma opção do o estilo de Jesus e é o que o chamado de Deus exige a entrega ao serviço dos seres humanos, especialmente os marginalizados.

Descobrimos com grande alegria uma nova síntese do compromisso social do evangelho na figura do Papa Francisco que com suas palavras e gestos nos manifesta o grande valor do evangelho da pobreza e o compromisso pela justiça social e pela paz.

Um carisma que nos inspiraO aprofundamento do nosso carisma e a experiência de fé de Pe. Dehon emerge a união tão

fundamental que existe entre espiritualidade pastoral em nosso fundador tudo o que se manifestou em sua vida. O reino do Coração de Jesus é uma experiência concreta na vida de Pe. Dehon que o leva a reproduzir suas mesmas atitudes e opções na vida dos irmãos, sobre tudo, através da justiça e da caridade, dos valores que se mostram na expressão “profetas do amor e servidores da reconciliação”, expressão inspirada e nascida da mesma experiência espiritual de nosso fundador.

Acolhemos as palavras inspiradoras daquele que foi superior da nossa Congregação, padre Virginio Pressanelli: “É para nós uma profunda convicção de que o compromisso social é expressão de nossa espiritualidade reparadora e parte constitutiva de nossa missão dehoniana. Pensamos que esta é um âmbito que pode dar especificidade apostólica ao nosso instituto que permite traduzir nossa linda espiritualidade em coisas concretas”.

Chamados à conversãoNesta convicção entendemos que nosso compromisso social está justificado com as nossas obras sociais

e essas não devem ser frutos de iniciativas particulares. O compromisso social esta na raiz do nosso ser como religiosos dehonianos. Estamos convencidos da necessidade de dar passos importantes para reativar a dimensão social do nosso carisma, tanto em nossa vida pastoral como em nossas obras apostólicas. Para isso, é preciso nos formar mais neste campo e contar com assessores formados para orientar o trabalho social do pastoral. É necessário dar formação aos grupos mais vulneráveis que trabalhamos. Devemos fazer de nossas paroquias a comunidade das comunidades. Igualmente é bom incentivar as estruturas das organizações populares assim como a formação e o acompanhamento dos líderes. Precisamos buscar as razões da pobreza e da exclusão. É necessário trabalhar localmente com uma mentalidade global, para isso, se propõe o VIVAT como uma oportunidade de trabalho em rede. Nosso trabalho no apostolado social deve ser em comunhão com os leigos para assim, serem mais frutíferos.

Colocamos também nossa esperança no capítulo geral de 2015: “Misericordiosos em comunidade com os pobres”. Novos caminhos se abrem para nossa missão com um coração que se compadece e acompanha a o destino do nosso povo.

Participantes do encontro de Justiça e Paz: 14 religiosos e 2 leigos dehonianos das entidades BRM-BSP-BRE-ESP-VEM-ARG-CHI-ECU

Quito - Equador, 26 de setembro de 2014.Atenciosamente,

Pe. João Carlos Paschoalim de Castro,scj.

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Nossos falecidos do mês de setembro“Passarei meu céu fazendo o bem na terra” (Santa Teresinha).

No dia 05 de setembro de 2014 faleceu nosso confrade Ir. Willy Kapinga Kawala da Província Congolesa (RDC), no Congo. Ele nascera no dia 07/12/1964 e professara em 11/08/1994.

No dia 06 de setembro de 2014 faleceu nosso confrade P. Theo Sanders da Confederação Holandesa-Flândrica, em Breda, na Holanda. Nascido aos 10/12/1939, professou em 08/09/1962 e foi ordenado padre no dia 29/03/1969.

No dia 11 de setembro de 2014 faleceu nosso confrade P. Honório

Armando Link da Província Brasil São Paulo, em Pindamonhangaba/SP, no Brasil. Ele havia nascido em

17/04/1923, fez a 1ª profissão aos 10/02/1944 e ordenou-se sacerdote no dia 17/07/1949.

No dia 16 de setembro de 2014 faleceu a Sra. Rosina Hoepers, mãe de nosso confrade P. Odilo Hoepers. Tinha sofrido AVC no domingo precedente e veio a óbito aos 84 anos de idade, na cidade de Toledo/PR e foi sepultada em Mercedes/PR, no dia 17/09/2014.

No dia 21 de setembro de 2014 faleceu a Sra. Antônia Alves dos Santos, mãe do nosso confrade Francisco César dos Santos. Depois de longa enfermidade, problemas cardíacos levaram-na à eternidade, aos 82 anos de idade, em Taubaté/SP, onde foi sepultada no dia 21 de setembro.

No dia 22 de setembro de 2014 faleceu nosso confrade P. Johannes Wouter Carolus Maria Wiggerman da Confederação Holandesa- Flândrica, em Nijmegen na Holanda. Nasceu em 18/12/1936, fez a 1ª profissão no dia 08/09/1957 e ordenou-se padre aos 07/03/1964.

No dia 28 de setembro de 2014, pelas 09:00 da manhã, faleceu a Sra. Doralice Lopes, avó do nosso confrade Fr. Lucas Lopes Silva, em Cabo Frio/RJ. Depois de longa luta contra o câncer, deixou a vida que passa em favor da que não passa, com idade de 74 anos.

No dia 28 de setembro de 2014 faleceu a Sra. Ana Maestri, mãe do nosso confrade P. Mário Maestri. Aos 92 anos de idade, problemas estomacais levaram-na a óbito antes das 17:00 do Domingo, no Hospital de Azambuja e os funerais tiveram lugar em Botuverá/SC no dia seguinte.

“Deus mesmo será o fim de nossos desejos, aquele que contemplaremos sem fim, amaremos sem saciedade, louvaremos sem cansaço”

(Santo Agostinho).

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Ainda os 70 anos do Seminário Dehonista de Lavras

Olá, Confrades!No link está o vídeo vinculado à TV UFLA sobre nosso seminário e os 70 anos

de presença em Lavras.

http://www.youtube.com/watch?v=3ea_j6J-ssE

Abraços!Pe. Ronaldo Neri, scj

(diretor do Seminário Dehonista).

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P. Zezinho: teologia e devoção feitas poesia e canção

À Senhora AparecidaVenho cantar meu canto, cheio de amor e vida,Venho louvar aquela a quem chamo “Senhora de Aparecida”.Venho louvar Maria, mãe do libertador,//: Venho louvar a Virgem de cor morena por seu amor. ://Quero lembrar os fatos que aconteceram naquele dia,Quando por entre as redes, aquela imagem aparecia.Vendo surgir das águas a tosca imagem de negra cor,//: Agradeceram todos à Mãe de Cristo por tanto amor. ://Quero entender o culto que começou, desde aquele dia.Muitos não compreendem, dizendo ser uma idolatria.Mas neste simbolismo daquela imagem, de negra cor,//: Chega-se com Maria ao santuário do Salvador. ://Torno a lembrar os fatos que agora tocam a tanta gente.Esta Senhora humilde, de cor morena, se fez presente,Numa nação, aonde imperava a mancha da escravidão,//: Nossa Senhora escura nos diz que o Cristo nos quer irmãos. ://Hoje, que eu vejo gente voltar contente de Aparecida,Penso na minha Igreja com os pequenos comprometida,Penso nas diferenças que ainda ferem o meu país,//: Peço que a Mãe do Cristo conduza o povo ao final feliz. ://Hoje eu me fiz romeiro sem ilusão e sem utopia,Fui visitar a casa que construíram pra Mãe Maria.E, no meu jeito simples de entender esta devoção,//: Virgem Morena eu disse: Conduz meu povo à libertação! ://

http://letras.mus.br/padre-zezinho/796652/

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Saberes e sabores da Primavera

Outubro está no páreo, mês das missões e do rosário. Mas eu quero falar da primavera. É primavera! Mesmo que pelas terras de

cá as transformações não sejam tantas, elas não deixam de se manifestar, de se apresentar. É, contudo, a fantasia e a lembrança que revisitam outros meridianos e de lá trazem à memória floridos ramos a verbalizar as falas da primavera. Faço-o mediante a recuperação de uma inspiração também quase perdida, ao menos por quase três décadas escondida. Retomo o que vertebrei na primavera entrante de 1984, com pequenos ajustes adequados aos nossos tempos. Hoje minha admiração brota em forma poética, com o que eu chamo de “Canto das Flores”.

É Primavera! Todos os anos a vida retorna com a Primavera. Sobe à superfície: florida, perfumada, colorida. Penso também nas pessoas. Somos um tanto aparentados com

as flores. Somos filhos da primavera, mesmo se nascidos no inverno ou no verão, no outono ou noutra estação.Há flor que jamais fenece: não há rigor invernal que a cale, não há calor veranal que lhe impeça que

fale. Mas quando chega a primavera, todas elas aplaudem ridentes em qualquer canteiro, explodem vida e beleza no hemisfério inteiro. Vamos, pois, às flores...

Flores que sorriem, serenas, ao sol; flores que se abrem, gentis, ao arrebol;Flores que se orvalham no amanhecer; flores que dançam ao entardecer.Flores que brincam com o vento; flores despreocupadas com o tempo.Flores, doce sinal da Virgem Maria; flores, constante apelo à harmonia.Flores que gostam de enfeitar o lar; flores, expertas em perfumar o ar.Flores que se entregam ao fruto; flores que sorriem também no luto.Flores que se aceitam como são; flores, sem qualquer inveja no coração.Flores, nos campos, silvestres meninas; flores, nas cidades, carícias divinas.Flores que não temem mansões; flores que não se retraem ante as prisões.Flores, singelo deleite ao meu olhar; flores que alegram meu caminhar.Flores, portadoras de inebriante odor; flores, convite ao mais puro amor.Flores de que faço meu hino de louvor; flores que amenizam a minha dor.Flores, ao longo da minha estrada; flores dentro da minha vida consagrada.Flores, sem medo dos espinhos; flores que não retêm seus carinhos.Flores, formosos livros abertos de Deus; flores, alimento pros sonhos meus.Flores, cantiga rezada com emoção; flores, prece que se canta de coração.Flores, monumento de rara beleza; flores, encanto que desfaz a tristeza.Flores que, reverentes, se elevam ao céu; flores para quem não existe réu.Flores, minha alegre e risonha oração; flores que se me fazem canção.Flores, habituadas a falar comigo; flores que bem sabem cantar contigo.Flores, minha sempre inspiradora poesia; flores minha primaveril alegria.Flores que se dão, todas, inteiras; flores, minhas incansáveis companheiras.

P. Mariano,scj.