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Fechamento: 21/02/2017 às 23h58 Ano: XXIV - Nº 6052 Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017 Partidos de oposição e centrais sindicais definem atividades contra desmonte da Previdência O bloco de oposição da Câmara dos Deputados e as centrais sindicais vão traba- lhar unidos contra o desmonte da Previdên- cia (PEC 287/17). O calendário de ativida- des e a estratégia de mobilização foram definidos ontem, em reunião que contou com a presença de líderes partidários e re- presentantes da CUT, CTB, NCST e Contag. “Construímos um discurso forte contra a re- forma da Previdência, porque ela significa acabar com a aposentadoria rural e urbana. Uma reforma perversa que agride e retira direitos”, criticou o líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE) José Guimarães (PT-CE) José Guimarães (PT-CE) José Guimarães (PT-CE) José Guimarães (PT-CE). A agenda aprovada pelos parlamentares e pelos sindicalistas prevê manifestações em milhares de municípios de todas as regiões brasileiras. “Vamos fazer atos e combater essa proposta absurda aqui no Parlamento e nas ruas”, afirmou José Guima- rães, destacando dois grandes eventos nacionais. O primeiro será realizado no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e o segundo será no dia 15 de março – Dia Nacional de Lutas com Greves e Paralisações contra a Reforma da Previdência, convocada pelas centrais sindicais. “A população não pode ser prejudicada pela absurda reforma proposta por Temer”, reforçou Guimarães. O líder da Bancada do PT, deputado Carlos Zarattini (SP) Carlos Zarattini (SP) Carlos Zarattini (SP) Carlos Zarattini (SP) Carlos Zarattini (SP), destacou a importância da mobilização nas ruas para esclarecer a população sobre as conse- quências do desmonte da Previdência. Ele alertou ainda para a necessidade de os trabalhadores pressionarem os parlamentares da base governista. “É preciso fazer um trabalho de convencimento para que deputados da base do governo mudem o voto e rejeitem essa proposta perversa”. Zarattini falou ainda das emendas que os partidos de oposição vão apresentar Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva denunciaram ontem as mentiras e os erros conceituais da resposta do governo brasileiro ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) no processo movido pelo ex-presidente por conta da perseguição judicial que Lula vem sofrendo, especialmente no caso julgado pelo juiz Sérgio Moro. Os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins assinam o documento que será apresentado à ONU e já foi protocolado no Ministério das Relações Exteriores – endereçado ao chanceler José Serra – e nas comissões de direitos humanos da Câmara e do Senado. A resposta do governo – elaborada pelo Itamaraty, mas sem assinatura do responsável legal – foi entregue no dia 27 de janeiro. Na Câmara, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) aulo Pimenta (PT-RS) aulo Pimenta (PT-RS) aulo Pimenta (PT-RS) aulo Pimenta (PT-RS) anunciou à im- prensa a ação da defesa de Lula e considera “de extrema gravidade” a resposta do governo. “São muito graves os erros formais e factuais pre- Advogados de Lula denunciam mentiras do Itamaraty sentes na manifestação do governo brasileiro. Revelam uma disposição de defender o indefensável, falsear a verdade e produzir uma narrativa para dar ares de legalidade a um golpe de Estado”, criticou o parlamen- tar, que ainda chama o texto elaborado pelo Itamaraty de “verdadeira agressão” ao ex-presidente. Entre as incongruências jurídicas contidas do texto do governo, a defesa de Lula cita a violação ao direito ao devido processo legal em função de inúmeros desres- peitos à legislação brasileira e ao Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, do qual o Brasil é signatário. Muitas dessas violações estão evidenciadas no processo conduzido por Moro, que chegou – em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) – a imputar crime a Lula por doze vezes, a despeito da ausência completa de provas, o que configura antecipação de juízo e falta de imparcialidade do magistrado, que assumiu o papel de acusador, que cabe ao Ministério Público. para tentar minimizar danos. “Somos con- tra a reforma como um todo, mas como o governo tem um rolo compressor, é preciso pelo menos propor emendas ao texto para reduzir prejuízos”, defendeu. Também presente na reunião, o depu- tado José Mentor (PT-SP) José Mentor (PT-SP) José Mentor (PT-SP) José Mentor (PT-SP) José Mentor (PT-SP) reforçou que a proposta de reforma da Previdência do golpista prejudica todo mundo. “É uma mal- dade, o governo apresentou uma proposta muito dura, que retira direitos e frustra ex- pectativas de direitos. Jogou alto para de- pois ceder um pouquinho na sua maldade e ainda posar de bonzinho”, criticou. Assistência social Assistência social Assistência social Assistência social Assistência social – O presidente da Contag, Alberto Broch, disse que os sindicalistas têm a clareza dos retrocessos que serão impostos caso a reforma seja aprovada. “Cerca de 85% dos trabalhadores rurais não conseguirão se aposentar com as regras defendidas pelo governo Temer. E é exatamente essa a intenção. Eles não querem a nossa contribuição, querem nos deixar de fora da Previdência, nos jogando na assistência social com 75 anos, para receber meio salário mínimo”, lamentou. Os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) Arlindo Chinaglia (PT-SP) Arlindo Chinaglia (PT-SP) Arlindo Chinaglia (PT-SP) Arlindo Chinaglia (PT-SP), Henrique Fontana (PT-RS) Henrique Fontana (PT-RS) Henrique Fontana (PT-RS) Henrique Fontana (PT-RS) Henrique Fontana (PT-RS), Pepe V epe V epe V epe V epe Vargas (PT-RS) argas (PT-RS) argas (PT-RS) argas (PT-RS) argas (PT-RS), Paulo T aulo T aulo T aulo T aulo Teixeira (PT-SP) eixeira (PT-SP) eixeira (PT-SP) eixeira (PT-SP) eixeira (PT-SP), além de líderes e parlamen- tares do PCdoB, PDT e PTdoB, também participaram da reunião e manifestaram apoio às mobilizações contra o desmonte da Previdência. No meio da tarde de ontem, os sindicalistas, acompanhados pelo líder da Minoria, José Guimarães, pelo deputado Vicentinho (PT-SP) Vicentinho (PT-SP) Vicentinho (PT-SP) Vicentinho (PT-SP) Vicentinho (PT-SP), entre outros parlamentares de oposição, foram recebidos pelo presidente da Câmara, depu- tado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para pedir mais tempo para a tramitação das reformas da Previdência e Trabalhista. CRISVANDO QUEIROZ/PTNACÂMARA

Partidos de oposição e centrais sindicais definem ... NA CAMAR… · contra a Reforma da P revidência, convocada pelas centrais sindicais. “ A população não pode ser prejudicada

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Fechamento: 21/02/2017 às 23h58

Ano: XXIV - Nº 6052Quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Partidos de oposição e centrais sindicais definematividades contra desmonte da Previdência

O bloco de oposição da Câmara dosDeputados e as centrais sindicais vão traba-lhar unidos contra o desmonte da Previdên-cia (PEC 287/17). O calendário de ativida-des e a estratégia de mobilização foramdefinidos ontem, em reunião que contoucom a presença de líderes partidários e re-presentantes da CUT, CTB, NCST e Contag.“Construímos um discurso forte contra a re-forma da Previdência, porque ela significaacabar com a aposentadoria rural e urbana.Uma reforma perversa que agride e retiradireitos”, criticou o líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE)José Guimarães (PT-CE).

A agenda aprovada pelos parlamentares e pelos sindicalistas prevê manifestaçõesem milhares de municípios de todas as regiões brasileiras. “Vamos fazer atos ecombater essa proposta absurda aqui no Parlamento e nas ruas”, afirmou José Guima-rães, destacando dois grandes eventos nacionais.

O primeiro será realizado no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e osegundo será no dia 15 de março – Dia Nacional de Lutas com Greves e Paralisaçõescontra a Reforma da Previdência, convocada pelas centrais sindicais. “A população nãopode ser prejudicada pela absurda reforma proposta por Temer”, reforçou Guimarães.

O líder da Bancada do PT, deputado Carlos Zarattini (SP)Carlos Zarattini (SP)Carlos Zarattini (SP)Carlos Zarattini (SP)Carlos Zarattini (SP), destacou aimportância da mobilização nas ruas para esclarecer a população sobre as conse-quências do desmonte da Previdência. Ele alertou ainda para a necessidade de ostrabalhadores pressionarem os parlamentares da base governista. “É preciso fazerum trabalho de convencimento para que deputados da base do governo mudem ovoto e rejeitem essa proposta perversa”.

Zarattini falou ainda das emendas que os partidos de oposição vão apresentar

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva denunciaram ontemas mentiras e os erros conceituais da resposta do governo brasileiro ao Comitê deDireitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) no processo movidopelo ex-presidente por conta da perseguição judicial que Lula vem sofrendo,especialmente no caso julgado pelo juiz Sérgio Moro.

Os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martinsassinam o documento que será apresentado à ONU e já foi protocolado noMinistério das Relações Exteriores – endereçado ao chanceler José Serra – enas comissões de direitos humanos da Câmara e do Senado. A resposta dogoverno – elaborada pelo Itamaraty, mas sem assinatura do responsável legal– foi entregue no dia 27 de janeiro.

Na Câmara, o deputado PPPPPaulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS) anunciou à im-prensa a ação da defesa de Lula e considera “de extrema gravidade” aresposta do governo. “São muito graves os erros formais e factuais pre-

Advogados de Lula denunciam mentiras do Itamaratysentes na manifestação do governo brasileiro. Revelam uma disposiçãode defender o indefensável, falsear a verdade e produzir uma narrativapara dar ares de legalidade a um golpe de Estado”, criticou o parlamen-tar, que ainda chama o texto elaborado pelo Itamaraty de “verdadeiraagressão” ao ex-presidente.

Entre as incongruências jurídicas contidas do texto do governo, a defesa de Lulacita a violação ao direito ao devido processo legal em função de inúmeros desres-peitos à legislação brasileira e ao Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos,do qual o Brasil é signatário. Muitas dessas violações estão evidenciadas noprocesso conduzido por Moro, que chegou – em documento enviado ao SupremoTribunal Federal (STF) – a imputar crime a Lula por doze vezes, a despeito daausência completa de provas, o que configura antecipação de juízo e falta deimparcialidade do magistrado, que assumiu o papel de acusador, que cabe aoMinistério Público.

para tentar minimizar danos. “Somos con-tra a reforma como um todo, mas como ogoverno tem um rolo compressor, é precisopelo menos propor emendas ao texto parareduzir prejuízos”, defendeu.

Também presente na reunião, o depu-tado José Mentor (PT-SP)José Mentor (PT-SP)José Mentor (PT-SP)José Mentor (PT-SP)José Mentor (PT-SP) reforçou quea proposta de reforma da Previdência dogolpista prejudica todo mundo. “É uma mal-dade, o governo apresentou uma propostamuito dura, que retira direitos e frustra ex-pectativas de direitos. Jogou alto para de-

pois ceder um pouquinho na sua maldade e ainda posar de bonzinho”, criticou.Assistência social Assistência social Assistência social Assistência social Assistência social – O presidente da Contag, Alberto Broch, disse que os

sindicalistas têm a clareza dos retrocessos que serão impostos caso a reforma sejaaprovada. “Cerca de 85% dos trabalhadores rurais não conseguirão se aposentar comas regras defendidas pelo governo Temer. E é exatamente essa a intenção. Eles nãoquerem a nossa contribuição, querem nos deixar de fora da Previdência, nos jogandona assistência social com 75 anos, para receber meio salário mínimo”, lamentou.

Os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP)Arlindo Chinaglia (PT-SP)Arlindo Chinaglia (PT-SP)Arlindo Chinaglia (PT-SP)Arlindo Chinaglia (PT-SP), Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS),PPPPPepe Vepe Vepe Vepe Vepe Vargas (PT-RS)argas (PT-RS)argas (PT-RS)argas (PT-RS)argas (PT-RS), PPPPPaulo Taulo Taulo Taulo Taulo Teixeira (PT-SP)eixeira (PT-SP)eixeira (PT-SP)eixeira (PT-SP)eixeira (PT-SP), além de líderes e parlamen-tares do PCdoB, PDT e PTdoB, também participaram da reunião e manifestaram apoioàs mobilizações contra o desmonte da Previdência.

No meio da tarde de ontem, os sindicalistas, acompanhados pelo líder daMinoria, José Guimarães, pelo deputado Vicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP), entre outrosparlamentares de oposição, foram recebidos pelo presidente da Câmara, depu-tado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para pedir mais tempo para a tramitação dasreformas da Previdência e Trabalhista.

CRISVANDO QUEIROZ/PTNACÂMARA

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22/02/201722/02/201722/02/201722/02/201722/02/2017 PT NA CÂMARA2

Líder da Bancada: Deputado Carlos Zarattini (SP)

Chefe de Gabinete: Marcus Braga - Coordenação da Imprensa: Rogério Tomaz Jr.; Paulo Paiva Nogueira (Assessoria de Imprensa) Editores: Denise Camarano (Editora-chefe); Vânia Rodrigues e Tarciano Ricarto

Redação: Benildes Rodrigues, Gizele Benitz, Héber Carvalho, Tarciano Ricarto e Vânia Rodrigues - Rádio PT: Ana Cláudia Feltrim , Chico Pereira , Ivana Figueiredo e Gabriel Sousa

Fotógrafos: Gustavo Bezerra e Salu Parente Video: João Abreu, Jonas Tolocka, Jocivaldo Vale, Crisvando Queiroz e Rafael Carlota

Projeto Gráfico: Sandro Mendes - Diagramação: Ronaldo Martins - Web designer e designer gráfico: Claudia Barreiros - Secretária de Imprensa: Maria das Graças e Eva Gomes

Colaboração: Assessores dos gabinetes parlamentares e da Liderança do PT.

O Boletim PT na Câmara foi criado em 8 de janeiro de 1991 pela Liderança do PT na Câmara dos Deputados.EX

PE

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A deputada Benedita da Silva (PT-RJ)Benedita da Silva (PT-RJ)Benedita da Silva (PT-RJ)Benedita da Silva (PT-RJ)Benedita da Silva (PT-RJ) convidou, em discurso no plenário, para o ato público contra as reformas da Previdência e Trabalhista marcado para as10h de hoje, no auditório Nereu Ramos, da Câmara. O evento é patrocinado pelo Fórum Interinstitucional em Defesa do Direito do Trabalho e da Previdência Social (FIDS).

“Já temos denunciado que esta reforma da Previdência nada mais é do que fazer com que o trabalhador e a trabalhadora percam os seus direitos sociais. Estamostirando a perspectiva de aposentadoria do trabalhador brasileiro, principalmente o do campo, que começa a trabalhar aos 7, 8 anos de idade. Como é que ele vaicontribui por mais 49 anos para poder se aposentar? Ele nunca vai conseguir fazer isso”, criticou Benedita da Silva.

O plenário da Câmara aprovou ontem o proje-to de lei 5555/13, que modifica a Lei Maria daPenha (Lei 11.340/06) para tipificar como crimea divulgação – pela internet ou outros meios – deinformações, imagens, dados, vídeos, áudios, mon-tagens ou fotocomposições da mulher sem o seuexpresso consentimento. Pelo projeto, esse tipo deação será considerado uma forma de violência do-méstica e familiar contra a mulher. A deputadaMaria do RosárioMaria do RosárioMaria do RosárioMaria do RosárioMaria do Rosário (PT-RS)(PT-RS)(PT-RS)(PT-RS)(PT-RS) comemorou a apro-vação da matéria. “Criminosos não ficarão impu-nes”, registrou a parlamentar em sua conta no

A deputada Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF) apresentouna Câmara projeto de lei (PL 6916/17) que altera oCódigo de Processo Penal (CPP) para vedar a conces-são de fiança nos casos de crimes cometidos comviolência contra a mulher.

Segundo Kokay, o projeto objetiva colocar os crimes deviolência contra a mulher no rol dos delitos inafiançáveis doartigo 323 do CPP, ao lado de crimes como racismo, tortura,tráfico ilícito de entorpecentes e drogas, entre outros.

“Com a presente iniciativa, busca-se contribuirpara uma atuação mais rigorosa e preventiva do siste-

O deputado Leo de Brito (PT-AC)Leo de Brito (PT-AC)Leo de Brito (PT-AC)Leo de Brito (PT-AC)Leo de Brito (PT-AC) criticouduramente em pronunciamento no plenário otratamento preconceituoso dirigido aos nordesti-nos por representantes do governo ilegítimo deTemer, do PMDB, e dos tucanos que apoiam ogolpe instalado no país.

“Manifesto a minha indignação e repúdio coma forma como o site O Antagonista, que é de tuca-nos, tratou o resultado da recente pesquisa CNT/MDA, que aponta Lula como favorito na sondagemeleitoral, com 58,2% dos votos dos nordestinos.

MULHERES

Divulgação de fotos íntimas vira tipopenal em projeto aprovado na Câmara

Twitter. A matéria será enviada ao Senado.Também foi aprovado o PL 2565/15, que vincula

a concessão do benefício do Bolsa Família à realiza-ção de exame preventivo ginecológico (o chamadoPapanicolau). O texto aprovado prevê que os procedi-mentos de prevenção ao câncer de colo de útero pas-sem a ser responsabilidade das redes de proteçãosocial e de atenção básica à saúde, prevendo inclusi-ve buscas para identificar mulheres que não tenhamacesso aos exames por barreiras sociais, geográficasou culturais. O projeto segue para análise do Senado.

Regist ro C iv i lRegist ro C iv i lRegist ro C iv i lRegist ro C iv i lRegist ro C iv i l – Também foi aprovado,

com apoio da Bancada do PT, o projeto de lei (PL1775/15), que trata do Registro Civil Nacional(RCN). O PL 1775 foi uma iniciativa do governoDilma e o objetivo é integrar as informações daJustiça Eleitoral com o banco de dados do Siste-ma Nacional de Informações de Registro Civil,administrado pelo Executivo.

GorjetaGorjetaGorjetaGorjetaGorjeta – Os deputados também aprova-ram o PL 252/07, que regulamenta a cobrançada gorjeta e sua repartição entre empregador eempregados de bares, restaurantes, hotéis e si-milares. A matéria irá à sanção.

Projeto torna violência contra a mulher crime inafiançável

ma de Justiça, de modo a não mais tolerar a liberda-de imediata dos agressores, fato lamentável que tempermitido a continuidade da violência e de assassina-tos de mulheres após o pagamento de fiança arbitrada

pela autoridade policial”, justifica a parlamentar.Para Erika, se aprovado, o projeto vai contribuir

para que o Brasil deixe de ocupar o ranking de 5º paísmais violento do mundo contra as mulheres. “Trezemulheres são assassinadas por dia no Brasil. Em todoo ano de 2013, foram mais de 4,7 mil mortes, sendoque a maioria das vítimas tinha entre 18 e 30 anos,e mais de seis em cada dez mulheres assassinadaseram negras”, disse a deputada, ao registrar que pelomenos metade desses assassinatos ocorreu em ambi-entes familiares e por alguém conhecido da vítima.

PRECONCEITO

Golpistas tratam nordestinos com desprezo e abandonoEles afirmaram que o Nordeste ainda é o curraleleitoral de Lula. É assim que os tucanos, este go-verno do Michel Temer trata os nordestinos, compreconceito e com abandono. Porque eles só sabemolhar para o Sul, Sudeste, Centro-Sul, para ondeseus governos sempre olharam”, afirmou o petista.

Na avaliação de Leo de Brito, as bancadas do Nortee Nordeste no Congresso Nacional deveriam repudiaresta atitude de preconceito. “Todos os nordestinos, asbancadas do Nordeste e do Norte devem repudiar essetipo de preconceito aqui. Os tucanos perderam quatro

eleições seguidas. Nunca ganharam no voto, tiveramque ganhar no golpe, em 2016. E, agora, parece que odesespero está tomando conta”, disse.

Para Leo de Brito, o povo está começando aenxergar o engano do governo Temer. “A ficha estácaindo e o povo começa a entender que Michel Te-mer tenta evitar a prisão dos seus comparsas. Opovo começa a entender que o golpe foi dado paraajudar os banqueiros, que agora vão ter inclusivemuito mais clientes nos planos de previdência, coma reforma da Previdência”.

Benedita anuncia ato público contra reformas golpistas

ALEXFERREIRA/CÂMARA

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PREJUÍZO

O deputado Afonso Florence (PT-BA)Afonso Florence (PT-BA)Afonso Florence (PT-BA)Afonso Florence (PT-BA)Afonso Florence (PT-BA) regis-trou em pronunciamento no plenário audiência dosrepresentantes do Movimento Nacional de Luta pelaMoradia (MNLM) marcada para hoje com o ministrodas Cidades, Bruno Araújo. Ele convocou os deputadose as deputadas a acompanharem a audiência que acon-tece às 14h30, no ministério.

“A nossa pauta é a conclusão das obras iniciadas doprograma ‘Minha Casa, Minha Vida’, Faixa 1, e a contrata-ção de novos empreendimentos na Faixa 1, ou seja, de zeroaté três salários mínimos, inclusive a produção por entida-des. Esse é um programa fundamental para garantir a habi-tação de interesse social para o povo que mais precisa,inclusive o da zona rural”, destacou Florence.

Recentemente, o deputado Nilto TNilto TNilto TNilto TNilto Tatto (PT-SP)atto (PT-SP)atto (PT-SP)atto (PT-SP)atto (PT-SP)denunciou em pronunciamento no plenário o descaso doministro das Cidades com os movimentos sociais que lutampela moradia. De acordo com o parlamentar, o ministro dogoverno golpista de Temer desmarcou reiteradamente reu-niões agendadas para tratar do tema da habitação. “Por trêsvezes, o ministro Bruno Araújo desmarcou reunião commovimentos sociais da luta pela moradia. Estamos insis-tindo com essa reunião”, afirmou.

Em mais uma rodada de debates sobre a reforma Trabalhista (PL 6787/16), em análise nacomissão especial que trata do tema, expositores desmontaram, novamente, o argumento frágil dogoverno sobre a geração de emprego que as mudanças poderiam proporcionar. “Mudar o direito dotrabalho não gera emprego”, afirmou Renan Bernardi Kalil, coordenador da área sindical do MinistérioPúblico do Trabalho, durante sua exposição sobre Direito Coletivo do Trabalho, tema da audiência.

O procurador recorreu a exemplos desastrosos de mudanças nas legislações trabalhistas depaíses europeus, como Portugal e Espanha, para sustentar seus argumentos. Como forma dechamar a atenção da plateia para a conjuntura em que se dá a proposta de reforma trabalhista,ele citou o autor espanhol Manuel Carlos Palomeque, que disse: “a crise econômica é compa-nheira histórica de viagem do Direito do Trabalho”.

“O País está passando por essa situação econômica difícil, e a gente tem que olhar as experiênciasde outros locais. Em Portugal, por exemplo, em 2009, houve uma reforma do Código do Trabalho emque uma das medidas propostas era reduzir a rede do direito do trabalho e gerar emprego”, disse oprocurador. Ele acrescentou que, à época, a taxa de desemprego naquele país que estava no patamarde 8,5%, subiu para 12% no ano seguinte, após a aprovação da reforma.

O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Walmir Oliveira da Costa, defendeu “me-lhor” entendimento no item da proposta que prevê a negociação coletiva. “Não tomo posiçãoquanto ao projeto. Qual a extensão dele? Fica a cargo do Parlamento”, eximiu-se de responsabili-dade o ministro sobre os 13 pontos previstos na proposta do governo.

O deputado Robinson Almeida (PT-BA)Robinson Almeida (PT-BA)Robinson Almeida (PT-BA)Robinson Almeida (PT-BA)Robinson Almeida (PT-BA), ao interpelar os debatedores, esclareceu que as duasreformas (Trabalhista e Previdenciária) têm como objetivo central fazer ajuste fiscal na estrutura doEstado para, segundo ele, “preservar o pagamento de juros do setor rentista do mercado”.

Para o deputado, a proposta do governo ilegítimo se sustenta em falácias. A primeira, deacordo com o parlamentar, é aquela que diz que a mudança na legislação trabalhista vai geraremprego. A segunda, sustentou, é a de que a legislação atual está superada porque data de1943. E a terceira é a proposta do negociado sobrepor o legislado.

“Pergunto aos expositores se há na literatura mundial, se há exemplo de um país queconseguiu promover desenvolvimento e gerar emprego se não pela dinamização da economia ouatravés de reformas que flexibilizam e precarizam as relações de trabalho?”, questionou. Essaproposição coloca uma faca na garganta do trabalhador quando ele está mais fragilizado e nãopode negociar”, advertiu Robinson Almeida.

O deputado Helder Salomão (PT-ES) Helder Salomão (PT-ES) Helder Salomão (PT-ES) Helder Salomão (PT-ES) Helder Salomão (PT-ES) disse que todas as leis precisam de aperfeiçoamen-to, mas argumentou que não é isso o que ocorre com o PL 6787. “O que ocorre é um golpe nosdireitos do povo brasileiro. Eles não querem aperfeiçoar para modernizar. É para que a balançapenda apenas para um lado, ou seja, a proposta coloca todo o sacrifício nas costas do sofridotrabalhador do campo e da cidade”, lamentou Helder Salomão.

Para ele, o que há é uma tentativa de acabar com a garantia estabelecida no artigo 7º daConstituição Federal. O dispositivo constitucional determina que tudo o que for acordado entreempregados e empregadores deve ser feito para melhorar as condições do trabalho e não parapiorar, como está previsto no projeto.

O deputado Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA) criticouem discurso no plenário o anúncio do governo golpista deTemer de que, em 30 dias, vai estar regulamentada a leipara a venda de terras a estrangeiros. “Ora, esse é o temado Projeto de Lei (PL 4059), que tramita na Câmaradesde 2012. Esta Casa tem autonomia para aprovar ounão a legislação. O governo golpista de Michel Temer nãotem o poder de aprovar essa lei, mesmo a gente sabendoque ele tem muita vontade de entregar todas as terras aosestrangeiros”, ressaltou.

Valmir Assunção alertou que a proposta não atendeaos interesses do povo brasileiro. “É importante todos nóstermos a consciência de que o projeto sobre venda de terraspara estrangeiros vai servir às multinacionais e à especula-ção imobiliária. Não podemos aceitar que essa lei sejaaprovada, até porque temos em torno de 20 grupos estran-geiros aqui no Brasil detentores de cerca de 2,7 milhões dehectares de terra. Parte delas é irregular. Não podemosperder a soberania nacional. Não podemos entregar o nos-so País, que é dos brasileiros, aos estrangeiros. Nós preci-samos que todos os setores, independentemente de partidopolítico, tenham a consciência de que temos que defendero Brasil, e não aprovar este projeto”, reiterou o deputado.

Valmir repudia projetopara acelerar venda deterras a estrangeiros

Florence convocadeputados para lutaem favor da moradia

Reforma trabalhista nãovai ajudar País na geração

de empregos, aponta debate

CLEIAVIANA/CÂMARA

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Na luta contra o desmonte da Previdência, parlamen-tares da Bancada do PT se revezaram na tribuna ontempara afirmar que votarão contra essa suposta reforma,que, na verdade, só traz retrocessos e retira direitos dostrabalhadores brasileiros. O deputado Afonso FlorenceAfonso FlorenceAfonso FlorenceAfonso FlorenceAfonso Florence(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA)(PT-BA) enfatizou que a proposta do governo golpista deTemer não é reforma, “é o desmonte de conquistas sociaise econômicas acumuladas pelo povo”.

Na avaliação do deputado Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA)Zé Geraldo (PT-PA), areforma da Previdência é para destruir o Brasil. “É o que Temere sua turma sabem fazer, querem fazer e vão fazer se a mai-oria dos deputados desta Casa deixar”, alertou. E provocou emseguida. “Eu não acredito que aqui exista algum deputado oualguma deputada covarde para aprovar a reforma da Previdên-cia como foi enviada pelo governo. Tem de ser covarde oumuito irresponsável, como é o governo Temer”, criticou.

Para o deputado Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT)Ságuas Moraes (PT-MT), a reforma é tão ruim que é autoexplicativa. “Qualquer cidadão que ler o queestá nessa reforma consegue perceber que mais da metade dos brasileiros não conseguirão se aposentar, pois morrerão antes.Também podemos observar que aqueles poucos que conseguirem terão pouco tempo de vida para usufruir da sua aposentadoria”.Ságuas enfatizou que a aposentadoria é um direito conquistado pelo trabalhador, que paga sua contribuição. “Isso não ébenefício de governo nenhum. É um direito. E como direito deverá ser respeitado”, defendeu.

PPPPPropaganda enganosaropaganda enganosaropaganda enganosaropaganda enganosaropaganda enganosa – O deputado Caetano (PT-BA)Caetano (PT-BA)Caetano (PT-BA)Caetano (PT-BA)Caetano (PT-BA) criticou a propaganda que o governo Temer está fazendosobre a Previdência. “É uma propaganda mentirosa. O governo golpista está gastando dinheiro público para mentir para asociedade. A Previdência não é deficitária”, afirmou. O deputado citou dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais daReceita Federal do Brasil (Anfip) que demonstra não existir déficit, mas sim superávit na Previdência.

Caetano mostrou que nos últimos anos os superávits foram sucessivos. Em 2006, tivemos R$ 59, 9 bilhões de superávit;em 2007, foram R$ 72,6 bilhões; em 2008, R$ 64,3 bilhões; em 2009, R$ 32,7 bilhões; em 2010, R$ 53,8 bilhões; em2011, alcançou R$ 75,7 bilhões; em 2012, R$ 82,3 bilhões; em 2013, foram R$ 76,2 bilhões, e em 2014 R$ 53,9 bilhões.“Ou seja, a Previdência teve superávit todos esses anos”, enfatizou.

O deputado Jorge Solla (PT-BA)Jorge Solla (PT-BA)Jorge Solla (PT-BA)Jorge Solla (PT-BA)Jorge Solla (PT-BA) também destacou o trabalho da Anfip e os estudos do Departamento Intersindical deEstatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que desmascaram os argumentos usados pelo governo golpista para justificara destruição da Previdência. “A reforma, na verdade, é um projeto para destruir o direito previdenciário do trabalhador brasileiro,e não podemos deixar passar em branco. Com certeza, vai gerar uma grande mobilização”, afirmou.

Jorge Solla aproveitou para parabenizar deputados da base do governo que estão assinando emendas da oposição paraalterar “os descalabros causados por esse projeto que destrói o patrimônio do direito do trabalhador, que destrói a Previdência

Bancada do PT ocupa tribuna da Câmara contrareforma que destrói direito previdenciário do trabalhador

A Frente Parlamentar Mista da Agricultura Familiare a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agri-cultura (Contag) promoveram ontem, na Câmara, umato de protesto contra mudanças na aposentadoria rural.Pela proposta de reforma da Previdência do governo ile-gítimo de Temer (PEC 287/16), a aposentadoria ruralse enquadra nas regras gerais do sistema previdenciá-rio, perdendo as condições especiais que tem hoje.

O presidente da Contag, Alberto Broch, criticou o tex-to e sugeriu a retirada de todo o capítulo sobre os traba-lhadores rurais. “Estamos conversando com todos os pre-feitos do Brasil, com todos os vereadores, mostrando oimpacto que isso gerará nos municípios e naqueles quemantêm a economia e a produção de alimentos. Tudo

Frente protesta contra mudanças naaposentadoria de trabalhadores rurais

para sensibilizar a sociedade sobre os malefícios da refor-ma da Previdência da forma como ela está.”

A d e p u t a d a M a r g a r i d a S a l o m ã o ( P T - M G )M a r g a r i d a S a l o m ã o ( P T - M G )M a r g a r i d a S a l o m ã o ( P T - M G )M a r g a r i d a S a l o m ã o ( P T - M G )M a r g a r i d a S a l o m ã o ( P T - M G )afi rmou que a Bancada do PT está junto com ostrabalhadores contra a reforma “criminosa do go-verno usurpador de Temer ”, que quer que os brasi-le i ros t rabalhem mais e se aposentem com maisidade. “Essa ret i rada de direitos é uma injust içaque nós não podemos aceitar ”.

Vários parlamentares do PT participaram do evento, entreeles, os deputados Arlindo Chinaglia (SP)Arlindo Chinaglia (SP)Arlindo Chinaglia (SP)Arlindo Chinaglia (SP)Arlindo Chinaglia (SP); BeneditaBeneditaBeneditaBeneditaBeneditada Silva (RJ)da Silva (RJ)da Silva (RJ)da Silva (RJ)da Silva (RJ); João Daniel (SE)João Daniel (SE)João Daniel (SE)João Daniel (SE)João Daniel (SE); LeonardoLeonardoLeonardoLeonardoLeonardoMonteiro (MG)Monteiro (MG)Monteiro (MG)Monteiro (MG)Monteiro (MG); PPPPPatrus Ananias (MG)atrus Ananias (MG)atrus Ananias (MG)atrus Ananias (MG)atrus Ananias (MG); PPPPPadre Joãoadre Joãoadre Joãoadre Joãoadre João(MG)(MG)(MG)(MG)(MG); e PPPPPedro Uczai (SC)edro Uczai (SC)edro Uczai (SC)edro Uczai (SC)edro Uczai (SC).

O depu tado PPPPPe p e Ve p e Ve p e Ve p e Ve p e Va r g a s ( P T - R S )a r g a s ( P T - R S )a r g a s ( P T - R S )a r g a s ( P T - R S )a r g a s ( P T - R S )em pronunciamento no plenário que a reforma daPrevidência encaminhada ao Congresso Nacionalpelo governo i legít imo de Temer é lesiva aos inte-resses dos trabalhadores do País.

“As pessoas estão percebendo que não é possível quequeiram que os trabalhadores trabalhem 49 anos paraconseguir o valor integral da sua aposentadoria, que éuma média das contribuições que as pessoas fizeram àPrevidência. E muitas pessoas já perceberam que, com asnovas regras, todo mundo se aposentará ganhando menosdo que pelas regras atuais, porque não é verdade queexista uma regra de transição para aqueles que estão àsvésperas de se aposentar”, detalhou Pepe V

“Não existe regra de transição paraquem está prestes a se aposentar

manifestações contra a reforma da Previdência ocorridas no Pe Teodoro Sampaio. “Reunimos prefeitos e vereadores de diversos partidos e todos estão preocupados com a reforma daPrevidência, que vai, na verdade, fazer uma transferência de dinheiro dos mais pobres – que não terão oportunidade de seaposentar – para a classe média alta e os ricos, que terão oportunidade de se aposentar e terão o apoio do Estado”, criticou.

TTTTTrabalhador Ruralrabalhador Ruralrabalhador Ruralrabalhador Ruralrabalhador Rural – O deputado Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Social Rural, disse que o que Temer e sua turma estão dizendo, nessa proposta de reforma da Pfamiliares do País, vocês não vão mais se aposentar, acabou o regime do segurado especial”. Ele anunciou que está preparandoemendas ao texto, juntamente com a Contag, com sindicatos e com as federações do setor agrário. “Estamos elaborando quatroemendas supressivas para acabar com esse projeto e não aprová-lo aqui. Uma das emendas mantém as idades de 55 e 60 anospara a aposentadoria. Isso é fundamental”.

Outra emenda trata do Benefício de Previdência Continuada (BPC), e as demais são para manter o atual sistema decontribuição e pensão integral para o trabalhador rural. “Hoje uma pessoa muito pobre ou com deficiência, ao completar 65anos, tem direito a um salário mínimo, mas o governo está jogando para 70 anos e desvinculando do salário mínimo. Isso éuma crueldade que o Temer está fazendo com o povo brasileiro” criticou.

O deputado Nelson PNelson PNelson PNelson PNelson Pellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)importância da luta conjunta dos parlamentares e trabalhadores contra a reforma. Ele citou ainda a manifestação dos produtoresda agricultura familiar, ocorrida hoje, no Espaço Mário Covas, na Câmara, contra a reforma da Previdência Social. “Ostrabalhadores rurais serão extremamente prejudicados com essa reforma, as novas regras praticamente vão inviabilizar aaposentadoria desses trabalhadores, fundamentais para garantir o alimento na mesa dos brasileiros”, alertou.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

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Bancada do PT ocupa tribuna da Câmara contrareforma que destrói direito previdenciário do trabalhador

a r g a s ( P T - R S )a r g a s ( P T - R S )a r g a s ( P T - R S )a r g a s ( P T - R S )a r g a s ( P T - R S ) r e i t e r ouem pronunciamento no plenário que a reforma daPrevidência encaminhada ao Congresso Nacional

emer é lesiva aos inte-aís.

As pessoas estão percebendo que não é possível quequeiram que os trabalhadores trabalhem 49 anos paraconseguir o valor integral da sua aposentadoria, que éuma média das contribuições que as pessoas fizeram àPrevidência. E muitas pessoas já perceberam que, com asnovas regras, todo mundo se aposentará ganhando menosdo que pelas regras atuais, porque não é verdade queexista uma regra de transição para aqueles que estão às

”, detalhou Pepe Vargas.

“Não existe regra de transição paraquem está prestes a se aposentar”

Ainda, de acordo com o parlamentar do PT, a regrade transição exigirá das pessoas que elas trabalhem50% a mais do que precisariam para se aposentar pe-las regras atuais. “Mas não há regra de transição para ocálculo do valor da aposentadoria. Então, por exemplo,as pessoas que vão se aposentar em um ano vão ter ovalor da sua aposentadoria diminuído. As novas regraspegam todo mundo. Os trabalhadores com baixo nívelde escolarização e menor renda serão mais prejudica-dos ainda com essa proposta”, criticou o petista.

O deputado Pepe Vargas acusou ainda o governo golpistade Temer de mentir sobre um suposto déficit. “O governo estámentindo ao não computar os valores das contribuições soci-ais que financiam a Seguridade Social”, disse o petista.

Social, que acaba com as distinções entre homens e mu-lheres, que acaba com a possibilidade de o trabalhadorrural se aposentar e atinge o trabalhador urbano”.

O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG)Leonardo Monteiro (PT-MG)Leonardo Monteiro (PT-MG)Leonardo Monteiro (PT-MG)Leonardo Monteiro (PT-MG) aler-tou que a luta tem que ser contra a reforma da Previdên-cia, mas também contra a reforma trabalhista, “até por-que as duas estão andando juntas e prejudicam os maisnecessitados, sobretudo a classe trabalhadora”. Ele infor-mou sobre evento realizado pelo movimento sindical ruralde Minas Gerais, que na semana passada encheu as ruasdas principais cidades mineiras, especialmente em frentedas agências do INSS. “Essas manifestações contra asreformas precisam se repetir no Brasil inteiro, só assimconseguiremos barrar essa retirada de direitos dos traba-lhadores”, defendeu.

O deputado Nilto TNilto TNilto TNilto TNilto Tatto (PT-SP) atto (PT-SP) atto (PT-SP) atto (PT-SP) atto (PT-SP) também citourevidência ocorridas no Pontal do Paranapanema, nas cidades de Caiuá, Presidente Prudente

eodoro Sampaio. “Reunimos prefeitos e vereadores de diversos partidos e todos estão preocupados com a reforma daPrevidência, que vai, na verdade, fazer uma transferência de dinheiro dos mais pobres – que não terão oportunidade de seaposentar – para a classe média alta e os ricos, que terão oportunidade de se aposentar e terão o apoio do Estado”, criticou.

– O deputado Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS)Bohn Gass (PT-RS), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Previdênciaemer e sua turma estão dizendo, nessa proposta de reforma da Previdência, é: “agricultores

aís, vocês não vão mais se aposentar, acabou o regime do segurado especial”. Ele anunciou que está preparandoemendas ao texto, juntamente com a Contag, com sindicatos e com as federações do setor agrário. “Estamos elaborando quatroemendas supressivas para acabar com esse projeto e não aprová-lo aqui. Uma das emendas mantém as idades de 55 e 60 anospara a aposentadoria. Isso é fundamental”.

Outra emenda trata do Benefício de Previdência Continuada (BPC), e as demais são para manter o atual sistema decontribuição e pensão integral para o trabalhador rural. “Hoje uma pessoa muito pobre ou com deficiência, ao completar 65anos, tem direito a um salário mínimo, mas o governo está jogando para 70 anos e desvinculando do salário mínimo. Isso é

emer está fazendo com o povo brasileiro” criticou.ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA)ellegrino (PT-BA) reafirmou sua posição contrária ao desmonte da Previdência e citou a

importância da luta conjunta dos parlamentares e trabalhadores contra a reforma. Ele citou ainda a manifestação dos produtoresda agricultura familiar, ocorrida hoje, no Espaço Mário Covas, na Câmara, contra a reforma da Previdência Social. “Ostrabalhadores rurais serão extremamente prejudicados com essa reforma, as novas regras praticamente vão inviabilizar aaposentadoria desses trabalhadores, fundamentais para garantir o alimento na mesa dos brasileiros”, alertou.

O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeco-nômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, afirmou durante debate na Comissão Especialda Reforma da Previdência na Câmara que as mudanças defendidas no setor pelogoverno ilegítimo de Temer, caso aprovadas, vão aumentar a pobreza no País e contribuirpara quebrar a previdência pública no futuro. A afirmação aconteceu durante audiênciapública realizada ontem, que contou com a participação de vários dirigentes de centraissindicais e representantes do governo.

Segundo Clemente Lúcio, a fixação da idade mínima em 65 anos para a aposenta-doria e o aumento do tempo de contribuição de 15 para 25 anos para usufruir dobenefício “deve jogar milhões de brasileiros na pobreza”. O especialista destacou que,se em 2015 o tempo de contribuição de 25 anos já estivesse em vigor, cerca de 80%dos brasileiros com 65 anos de idade não teriam conseguido se aposentar.

“O limite de idade de 65 anos, aliado ao aumento no tempo de contribuição para25 anos, fatalmente excluirá uma grande parcela da população brasileira do benefícioprevidenciário. E mesmo os que cumpram essa exigência, apenas conseguirão acessar aaposentadoria mais tarde e com um benefício de menor valor”, alertou.

Para o dirigente do Dieese, a difi-culdade imposta aos brasileiros para terdireito à aposentadoria vai inviabilizar aprevidência pública no futuro. “Dessa for-ma, haveria uma saída do sistema pre-videnciário. Muitas pessoas pensariam,para que vou contribuir se não vou con-seguir me aposentar”, ressaltou.

Para o deputado Assis CarvalhoAssis CarvalhoAssis CarvalhoAssis CarvalhoAssis Carvalho(PT-PI)(PT-PI)(PT-PI)(PT-PI)(PT-PI), membro titular da Comissãoda Reforma da Previdência, a intençãodo governo é justamente quebrar a pre-vidência pública para fortalecer o negócio da previdência privada. “O que está em jogoé o desmonte do Estado de Bem-Estar Social. Exigir contribuição de 25 anos, 65 anosde idade mínima e 49 anos de contribuição para aposentadoria integral é estimular aspessoas a não contribuir”, observou.

GovernoGovernoGovernoGovernoGoverno – Pelo lado do governo, o presidente do Instituto Nacional de SeguridadeSocial (INSS), Leonardo Gadelha, e o representante do Instituto de Pesquisa EconômicaAplicada (Ipea), Rogério Nagamine, tentaram justificar a necessidade da reforma. Oprincipal argumento utilizado foi o suposto déficit da Previdência causado pelo envelhe-cimento da população.

Para o deputado PPPPPepe Vepe Vepe Vepe Vepe Vargas (PT-RS)argas (PT-RS)argas (PT-RS)argas (PT-RS)argas (PT-RS), essa defesa é artificialmente construídapara viabilizar a reforma. “O debate sobre o déficit se dá entre os que desejam observartodo o capítulo da ordem social que está na Constituição e os que não querem. AConstituição Federal inclui nas receitas previdenciárias todas as contribuições sociaisprevistas (PIS, Cofins e a CSSL), mas quem defende a existência do déficit exclui essesrecursos”, destacou.

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP)Arlindo Chinaglia (PT-SP)Arlindo Chinaglia (PT-SP)Arlindo Chinaglia (PT-SP)Arlindo Chinaglia (PT-SP), criticou a falta de sensibilidade socialdo técnico do Ipea e rebateu afirmação de Nagamine dando conta de que a reforma nãovai penalizar os mais pobres. “Sobre a declaração de que a reforma não vai atingir osmais pobres, vou dar apenas um exemplo. Se alguém não conseguir contribuir os 25anos, e atingir os 65 anos, segundo a reforma de Temer vai ter que aguardar no limboaté os 70 anos para ter acesso ao benefício de prestação continuada. Ou seja, vai ter quesobreviver durante cinco anos no limbo”, disse.

Reforma da Previdência deTemer aumentará pobreza e

quebrará sistema, afirmadiretor do Dieese

“O que está

em jogo é o

desmonte do

Estado de Bem-

Estar Social”

DIVULGAÇÃO

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

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DIREITOS HUMANOS

A deputada Ana PAna PAna PAna PAna Perugini (PT-SP)erugini (PT-SP)erugini (PT-SP)erugini (PT-SP)erugini (PT-SP) protocolourequerimento na Câmara, no qual questiona o Minis-tério da Justiça e Segurança Pública sobre o númerode feminicídios registrados no Brasil em 2016,ano subsequente à vigência da Lei 13.104/15. Anova legislação alterou o Código Penal brasileiroe tipificou o homicídio cometido com requintes decrueldade contra mulheres por motivações de gê-nero como qualificadora do crime.

No requerimento, apresentado na quarta-feira (15), além de pedir dados estatísticos, aparlamentar solicita informações sobre a implemen-tação das “Diretrizes Nacionais para Investigar, Processar eJulgar com Perspectiva de Gênero as Mortes Violentas de Mu-lheres – Feminicídios”, publicadas em 8 de março do anopassado pela ONU Mulheres, em parceria com o governo bra-sileiro e com o Escritório do Alto Comissariado das NaçõesUnidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).

O documento traz uma série de recomendações para a revisãodos procedimentos perícia, polícia, saúde e justiça que lidam comcasos de feminicídio. De acordo com os órgãos envolvidos, o objetivo é adequar aresposta de indivíduos e instituições aos assassinatos de mulheres, assegurando os

O deputado Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB)Luiz Couto (PT-PB) registrouem pronunciamento no plenário a passagem do DiaMundial da Justiça Social, 20 de fevereiro, institu-ído pela ONU. “Há oito anos, a data vem servindoao enfrentamento de um dos mais graves problemasdo mundo contemporâneo, agudizados pelo proces-so de globalização: a imensa disparidade social,oriunda do índice absurdo de concentração de ren-

Ana Perugini pede números sobrefeminicídios e cobra ações de enfrentamento

direitos humanos das vítimas.Ao justificar o pedido de informações, Ana Perugini explica que odocumento é resultado do processo de adaptação do modelo de

protocolo latino-americano edestaca o empenho da ONU

Mulheres, da Secretaria de Po-líticas Públicas para Mulheres

da Presidência da República e oapoio do governo austríaco.

“O projeto se desenvolveu com a cri-ação de um grupo de trabalho composto por

delegadas de polícia, peritos criminais, promotorasde justiça, defensoras públicas e juízas. Com o intuito de

colocar as diretrizes em prática, solicito informações quantoao andamento dos trabalhos”, escreveu a parlamentar, quecoordena a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos DireitosHumanos das Mulheres, no Congresso Nacional.

A taxa de feminicídios, no Brasil, é de 4,8 para cada 100 milmulheres – a quinta maior no mundo, de acordo com dados daOrganização Mundial da Saúde (OMS). Em 2015, o “Mapa da

Violência” revelou que, de 2003 a 2013, o número de assassinatos de mulheresnegras aumentou 54%, passando de 1.864 para 2.875.

Dia Mundial da Justiça Social é lembrado porLuiz Couto em momento de “apreensão nacional”

da, que, por sua vez, alimenta-se da precarizaçãodas relações de trabalho e da ausência de políticasconsistentes de inclusão social”, explicou.

Luiz Couto lembrou que o tema da Justiça So-cial tem relação direta com a luta do Partido dosTrabalhadores desde a sua fundação na década de80. “Desde sua criação, o PT vem pautando suaatividade política pelo interesse mais direto da

classe trabalhadora. Lutou para reverter os péssi-mos índices de distribuição de renda e de concen-tração fundiária e para garantir mecanismos efici-entes de ascensão social. O PT nasceu, na verda-de, do anseio de se construir uma sociedade maisjusta, menos estratificada, em que verdadeira-mente se respeitem os direitos fundamentais dapessoa humana e do cidadão”, disse.

A deputada Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF)Erika Kokay (PT-DF) e o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ)Luiz Sérgio (PT-RJ)Luiz Sérgio (PT-RJ)Luiz Sérgio (PT-RJ)Luiz Sérgio (PT-RJ)criticaram em pronunciamento no plenário a decisão do governo Temer deautorizar a importação de café. Para Luiz Sérgio, a importação não tem justifi-cativa. O governo Temer autorizou a importação do café Colinon do Vietnã,maior produtor mundial do grão.

“Faltam 30 dias para se iniciar a colheita do café. Então, não se justificaessa importação. Os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo estão preocu-pados. A importação derruba o preço, prejudica os pequenos produtores e aeconomia dos estados produtores”, afirmou.

Para Erika Kokay, isso revela o descaso do governo com os produtoresbrasileiros. “O ministro da Agricultura do governo Temer, Blairo Maggi realmen-te não está preocupado com os produtores de café do Espírito Santo, até porqueum decreto como este tem um impacto muito grande na produção”, disse.

Padre João defende educaçãono campo e transporte escolarO deputado PPPPPadre João (PT-MG)adre João (PT-MG)adre João (PT-MG)adre João (PT-MG)adre João (PT-MG) defendeu em pronunciamento no

plenário o fortalecimento da educação no campo e o transporte escolar naárea rural. “A bancada mineira, de forma acertada, destinou emenda para otransporte escolar, mas é muito importante que os prefeitos e as liderançasdos municípios tenham a consciência de que esse transporte deve ser, priori-tariamente, para fazer o transporte entre as comunidades rurais”, explicou.

Na avaliação do deputado, o que não pode, “jamais”, é arrancar ascrianças das comunidades rurais e levá-las para estudar na cidade. “Isso levaas crianças e os nossos adolescentes a terem um encantamento pela cidade,leva a uma ruptura com as comunidades rurais, como uma planta cuja raizarrebenta. Então, é muito importante que priorizemos esse tipo de transporte.Fechar uma escola rural é crime! Temos que garantir qualidade de vida paraas nossas crianças”, ressaltou Padre João.

Petistas criticam autorização degoverno para importação de café

ZECA RIBEIRO/CÂMARA

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DIREITOS HUMANOS

Câmara aprova projeto que amplia proteçãoa crianças e adolescentes vítimas de violência

O plenário da Câmara aprovou na terça-feira (21)projeto de lei (PL 3792/15) que amplia aproteção da criança e do adolescente vítimas de vio-lência, estabelecendo para eles um sistema de garan-tia de direitos. A proposta, que segue agora para aapreciação do Senado Federal, é de autoria das depu-tadas Maria do Rosário (PT-RS)Maria do Rosário (PT-RS)Maria do Rosário (PT-RS)Maria do Rosário (PT-RS)Maria do Rosário (PT-RS) e MargaridaMargaridaMargaridaMargaridaMargaridaSalomão (PT-MG)Salomão (PT-MG)Salomão (PT-MG)Salomão (PT-MG)Salomão (PT-MG) e dos deputados Luiz CoutoLuiz CoutoLuiz CoutoLuiz CoutoLuiz Couto(PT-PB)(PT-PB)(PT-PB)(PT-PB)(PT-PB) e Zé Carlos (PT-MA)Zé Carlos (PT-MA)Zé Carlos (PT-MA)Zé Carlos (PT-MA)Zé Carlos (PT-MA), entre outrosparlamentares.

“Estamos contribuindo para que o Brasil faça aadequação de sua legislação a fim de que crianças eadolescentes vítimas de violência sejam escutadasem juízo de forma protegida. Muitas vezes as víti-mas de abuso sexual acabam sofrendo uma segundaagressão durante os depoimentos em delegaciascom perguntas equivocadas. Então, para que a víti-ma de abuso sexual não fique sendo ouvida inúme-ras vezes, será feita a gravação do depoimento”,explicou a Maria do Rosário

A deputada explicou que o projeto é de autoria daFrente Parlamentar de Defesa e Promoção dos Direitos

Foi instalada na terça-feira (21), na Câmara,uma comissão externa de cinco deputados para acom-panhar os trabalhos de investigação sobre o desapare-cimento de 12 brasileiros que tentariam entrar clan-destinamente nos Estados Unidos por meio de traves-sia a partir das Bahamas. A criação da comissão foiaprovada pelo plenário da Câmara no dia 9, a partirde sugestão do deputado Reginaldo Lopes (PT-Reginaldo Lopes (PT-Reginaldo Lopes (PT-Reginaldo Lopes (PT-Reginaldo Lopes (PT-MG)MG)MG)MG)MG), que será coordenador e relator da comissão.

Segundo o deputado, um grupo formado por 19pessoas (entre brasileiros, dominicanos e cubanos)não faz contato com seus familiares desde 5 de no-vembro, e as famílias dos brasileiros têm cobrado daCâmara informações sobre o desaparecimento. “É

da Criança, composta por vários parlamentares. “Tra-ta-se de uma resposta para o Brasil sobre a proteçãoda infância e tem o apoio de toda a sociedade donosso País. Cumprimento a relatora, deputada LauraCarneiro (PMDB-RJ), que fez um amplo estudo e con-tribuiu para a aprovação do texto”, disse a petista.

De acordo com Maria do Rosário, o projeto ga-rante a escuta protegida de crianças e adolescentesvítimas ou testemunhas de violência. “A matéria pos-sui a preocupação com a revitimização da criança e doadolescente e propõe a forma como uma criança tem

que ser escutada, como deve ser feita a sua denúncia,como não se deve expor essa criança, como a suafamília também tem que ser protegida. Quando acriança é escutada de forma adequada, a responsabi-lização daquele que abusa, que estupra, que espanca,que maltrata é mais passível de vir a acontecer efeti-vamente. A escuta no período pré-processual e o de-poimento são muito importantes para a preservaçãodos direitos”, destacou a parlamentar do PT.

PPPPPontos do textoontos do textoontos do textoontos do textoontos do texto – Entre os itens aprovados notexto está, a figura do depoimento especial, procedi-mento que assegura à criança ou ao adolescente víti-ma de violência o direito de ser ouvido em localapropriado e acolhedor, com infraestrutura e espaçosfísicos que garantam sua privacidade.

O texto também resguarda o direito da vítima denão ter contato, ainda que visual, com o suposto autorou acusado de violência, ameaça ou constrangimento.A proposta prevê ainda que, durante as oitivas, crian-ças ou adolescentes vitimados sejam acompanhadospor profissionais especializados de áreas como saú-de, assistência social e segurança pública.

Reginaldo Lopes relatará comissão que vai acompanhardesaparecimento de brasileiros nas Bahamas

importante que a Casa acompanhe o processo de in-vestigação, pela dificuldade que os familiares têmencontrado de obter informações sobre o caso”, disse.Lopes informou que ainda não obteve resposta de

requerimento de informação enviado ao Itamaraty.A comissão aprovou requerimentos para ouvir o

ministro das Relações Exteriores, José Serra; a direto-ra do Departamento Consular e de Brasileiros no Exte-rior do Itamaraty, Luiza Lopes da Silva; o diretor-geraldo Departamento de Polícia Federal, Leandro Coim-bra; e o delegado da Polícia Federal responsável pelaOperação Piratas do Caribe, Raphael Baggio de Luca.

Reginaldo Lopes propôs duas sub-relatorias –uma sobre rotas do tráfego e outra para acompa-nhar as investigações da Polícia Federal sobre otema. Lopes também afirmou que, no futuro, acomissão poderá se transformar em uma ComissãoParlamentar de Inquérito.

Visando à segurança dos milhares de pas-sageiros e funcionários que utilizam o trans-porte ferroviário em todo o território brasilei-ro, o deputado Givaldo Vieira (PT-ES)Givaldo Vieira (PT-ES)Givaldo Vieira (PT-ES)Givaldo Vieira (PT-ES)Givaldo Vieira (PT-ES) so-licitou ao Ministério da Justiça a adoção demedidas para efetivar a criação do Departa-mento de Polícia Ferroviária Federal.

O órgão, previsto na Constituição de 1988,pertenceu até maio de 2016 à estrutura bási-ca do ministério, mas, por meio de uma me-dida provisória editada pelo governo Temer,

Givaldo propõe estrutura para garantir policiamento nas ferrovias do Paísfoi extinto. Ele argumentou que não existehoje um policiamento ostensivo nas ferrovi-as, apesar dos inúmeros casos de roubos, di-lapidação, tráfico de drogas e armas nas li-nhas férreas, estações e terminais.

“As ferrovias federais são um terreno fértil econvidativo para a prática de diversos crimes, comoconstatamos tantas vezes nos relatos de passagei-ros noticiados pela imprensa. Não existe no trans-porte ferroviário, como nas rodovias federais, umafiscalização a exemplo da feita nas vias pelos

mais de 10 mil homens e mulheres da PolíciaRodoviária Federal. Além das linhas existentes, aexpectativa é que nos próximos anos seja constru-ída a ferrovia Vitória-Rio de Janeiro, ligando doisimportantes estados da região Sudeste, o que vaiaumentar ainda mais a necessidade de garantirsegurança”, afirmou o parlamentar capixaba.

A solicitação para efetivar o Departamentode Polícia Ferroviária Federal foi oficializadapelo deputado a partir da Indicação 3027/17,protocolada na semana passada.

ZECA RIBEIRO/CÂMARA

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CONTRA O GOLPE

O líder do PT na Câmara, deputadoCarlos Zarattini (SP)Carlos Zarattini (SP)Carlos Zarattini (SP)Carlos Zarattini (SP)Carlos Zarattini (SP), denunciou on-tem a tentativa desesperada da oposiçãoe de seus aliados na imprensa e na Ope-ração Lava Jato para tentar tirar o ex-pre-sidente Lula da disputa para a Presidênciada República nas eleições de 2018. “Àmedida que o ex-presidente Lula cresce naspesquisas eleitorais, crescem os ataques con-tra ele”, disse o líder. Ele ressaltou, contudo,que o povo brasileiro percebe cada vez mais a campanhade factoides e de falseamento de informações para preju-dicar a imagem de Lula, que saiu do governo, em 2010,com mais de 80% de aprovação.

As últimas pesquisas mostram que Lula lidera emtodos os cenários em 2018, no primeiro e no segundoturnos, demonstrando claramente a esperança do povobrasileiro no ex-presidente e por dias melhores. Olíder lembrou que o governo Temer, fruto de umgolpe que derrubou a presidenta legítima DilmaRousseff, tem um único objetivo: destruir direitostrabalhistas e previdenciários, além de entregar asriquezas nacionais a estrangeiros.

“O governo Temer tem dezenas de medidas paraprejudicar a população”, afirmou Zarattini. Ele citou,por exemplo, que os processos de revisão de benefíci-os da previdência têm levado 60% das pessoas à

O deputado Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS)Henrique Fontana (PT-RS) cri-ticou duramente em pronunciamento no plenário odescaso do governo ilegítimo de Temer com a indús-tria naval brasileira. “Essa indústria, que foi recupe-rada ao longo dos governos do presidente Lula e dapresidenta Dilma, vive hoje um processo de sucatea-mento progressivo a partir de decisões tomadas pelogoverno Temer”, afirmou o petista.

De acordo com Fontana, uma das ações do gover-

Zarattini denuncia mentiras e factoidescontra Lula por sua liderança nas pesquisas

Fontana critica descaso com indústria naval epede retomada da construção da plataforma P-71

no Temer prejudicial ao setor foi favorecer a quedaprogressiva da nacionalização dos produtos encomen-dados pela indústria naval e por outros setores indus-triais. “Pior ainda foi a decisão da Petrobras de prio-rizar a compra de plataformas e de outros equipa-mentos no exterior”, ressaltou.

O parlamentar petista citou outro descaso do go-verno ilegítimo de Temer com o setor. “Com a entradaem recuperação judicial da Engevix, a Plataforma P-

71, com praticamente a metade concluída no diqueseco do estaleiro em Rio Grande, está absolutamenteparada. Meu apelo é para que pelo menos isso aPetrobras resolva e atue para garantir que seja reto-mada a construção da P-71, em Rio Grande. Lá, elaserá concluída a preço mais barato, será construída deforma mais rápida do que em qualquer outro estaleirodo mundo e garantirá 2.500 empregos dentro PoloNaval de Rio Grande”, enfatizou.

Em um discurso na tribuna da Câmara, o deputado João DanielJoão DanielJoão DanielJoão DanielJoão Daniel(PT-SE)(PT-SE)(PT-SE)(PT-SE)(PT-SE) defendeu ontem que a Companhia de Saneamento de Sergipe(Deso) continue sendo uma estatal, patrimônio dos sergipanos. Ele la-mentou que o governo federal esteja impondo aos estados, em troca darenegociação das dívidas, a privatização de suas empresas. A Deso éuma das empresas fornecedoras de água e saneamento que estão noedital do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BN-DES) para uma possível privatização.

Na avaliação do deputado, essa é uma questão muito séria e precisaser amplamente discutida com os funcionários e com a população, dada a

João Daniel discursa contra privatização de estatais e defende a Desoimportância de se manter uma empresa como a Deso estatal. Ele citoucomo exemplo a medida tomada, na última semana, pelo governadorJackson Barreto, que anunciou que todos os municípios sergipanos queestiverem em estado de emergência não pagarão água à Deso.

“Isso demostra o quanto é importante uma empresa como a Deso serestatal, uma empresa mista em que o governo é o acionista e é patrimô-nio do povo sergipano. Tratar a água e o saneamento como negócios écaminhar na contramão do que está ocorrendo no mundo inteiro”, disse.João Daniel pontuou que a grande maioria dos países que privatizaramos serviços de água e de saneamento decidiu recuar.

perda do que ganham, ficando na rua da amargura”.Até os programas sociais dos governos Lula e Dilma,que tiraram o Brasil do Mapa da Fome e são reconhe-cidos internacionalmente, estão sendo destruídos pe-los golpistas, observou o líder.

Zarattini criticou os meios de comunicação que,para tentar enfraquecer Lula, dão espaços a denúnciasvazias de pessoas sem nenhuma credibilidade. Damesma forma, criticou o delegado Marlon Oli-veira Cajado, da Polícia Federal, por tentar criarum factoide ao pedir o indiciamento de Lula eDilma pelo episódio da nomeação do ex-presi-dente como ministro, no ano passado.

O delegado atribui a ambos o crime de “obstru-ção da Justiça”, mas Zarattini lembrou que o próprioSupremo Tribunal Federal já decidiu que nomeaçãode ministro não configura desvio de finalidade e que

prerrogativa de foro não importa obstru-ção da Justiça ou paralisação de investi-gação. O ministro Celso de Mello, do STF,manteve a nomeação de Moreira Francocomo ministro de Temer, enquanto a no-meação de Lula foi suspensa pelo minis-tro Gilmar Mendes.

“Não há nada que incrimine Lula. Osdepoimentos de dezenas de testemunhasna Lava Jato o inocentam de todas as

acusações”, disse o líder do PT. Entretanto, ele aler-tou que as forças conservadoras que patrocinaram ogolpe que afastou Dilma vão continuar tentando tirarLula do páreo. E isso só ocorrerá se houver “farsas etentativas de falseamento de provas”.

Zarattini observou também que o governo Temertem usado todas as estratégias para blindar os seusintegrantes e apoiadores das investigações da Opera-ção Lava Jato. Segundo o líder, o atual governo jácontrolou a Polícia Federal e agora passa para umanova etapa da blindagem, com a indicação do minis-tro da Justiça (licenciado) Alexandre Moraes, paracargo de ministro do STF. Além disso, completou Za-rattini, especula-se que será nomeado José BonifácioFilho para o cargo de Procurador-Geral da República,com o fim do mandato de Rodrigo Janot. Bonifácio éconhecido por suas ligações com o PSDB.

GUSTAVO BEZERRA/PTNACÂMARA