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EDITORIAL

Jornalista Resp.: Pe. Marcos V. Clementino MTB 82732 Orientação Pastoral: Pe. Macerlo DiasDiagramação: Denis Saviani FilgueirasImpressão: Gráfica Marmar - Fone: 11 99961-4414Cúria Diocesana de GuarulhosEnd: Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima - Guarulhos - SPCep: 07122-210 - Contato: 11 2408-0403Site: www.diocesedeguarulhos.org.brEmail: [email protected]: 30.000 exemplares

EXPEDIENTE

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - MARÇO 2019

IGREJA PELO DIREITO E PELA JUSTIÇACaros leitores, a edição de março parece ser no primeiro olhar um conjunto de textos repetitivos, pelo tema proposto que é o da campanha da fraternidade, a questão da busca pelo direito e pela justiça, palavras tão prejudicadas e irreal nos últimos anos marcados pelas injustiças e desigualdades de direito, confir-mando a não prática do ditado popular que diz: “o pau que dá em Chico dá em Francisco”. Diante desta realidade não podemos nos deixar contaminar pela desesperança. Por isso recomendo que leiam na integra todos os artigos que apontam luzes para iluminar nossas ações como Igreja na sociedade. Ninguém pode ficar fora do processo de reflexão e livrar-se do compromisso de transformação. A própria Igreja tem sido ex-emplo desta busca pelo direito e pela justiça, é o que afirma a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, quando o papa Francisco promove o encontro sobre a “Proteção dos menores na Igreja”, que se realizou, no Vaticano, no mês de fevereiro de 2019, é o primeiro a envolver, no âmbito mundial, todos os presidentes das conferências episcopais e os responsáveis das ordens religiosas, enfrentando a questão com um olhar do Evangelho. É um encontro eclesial de pastores com carac-terísticas ‘sinodais’ sem precedentes, que indica como a luta contra a chaga dos abusos perpetrados por membros do cle-ro, é para o papa Francisco uma prioridade, no atual contexto histórico. Ouvir as vítimas, aumentar a consciência, aumentar o conhecimento, desenvolver novos nomes e procedimentos, e partilhar boas práticas, são alguns dos objetivos do encontro. Contudo, o encontro não representa, certamente, o primeiro passo da Santa Sé, nem das Conferências episcopais nesta direção. É uma etapa histórica de um caminho que a Igreja católica vem realizando há mais de trinta anos em países como Canadá, Estados Unidos, Irlanda e Austrália e há dez anos na Europa. Caminho que prosseguirá também depois do encon-tro. A renovação das normas canônicas sobre os casos de abu-sos de menores por parte de membros do clero, começou no Vaticano, dezoito anos atrás. Nos últimos vinte anos são vários gestos, discursos e documentos que os Papas dedicaram ao tema doloroso. Às vezes, a publicação de normas e protocolos não produziram logo uma mudança de mentalidade, necessária para combater os abusos. Mas, nas vésperas do encontro, de-sejado pelo papa, não se pode falar certamente de “ano zero” do compromisso da Igreja na proteção dos menores. O papa afirma que a ferida na credibilidade, causada pelos abusos, re-quer não só uma nova organização, mas também “a conversão de nossa mente”, da nossa maneira de rezar, de administrar o poder e o dinheiro, e de viver a autoridade”. Como membros da Igreja que é um corpo, sofremos com este assunto, mas é uma prova real de que não ensinamos os outros a buscarem o direito a justiça, mas somos os primeiros a lutar pela causa.

Pe. Marcos Vinicius

ARTICULAÇÃO DAS PASTORAIS SOCIAIS PROMOVE POLÍTICAS PÚBLICASEm 2019, a Campanha da Fraternida-

de (CF) da Igreja no Brasil vai dedi-car-se a refletir sobre o tema de políticas públicas inspirada pelo versículo bíblico: “Serás libertado pelo direito e a justiça” (Is 1,27). Com esta Campanha, a Igreja quer: “estimular a participação em políti-cas públicas à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortale-cer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade”. Vai ser uma grande oportunidade para o fortalecimento, e a articulação das pastorais sociais, que tem como missão principal colaborar na transformação da sociedade, e na mudança de estruturas geradoras de injustiças. O texto - base da CF chama a atenção para o fato de que falar de “políticas pú-blicas não é falar de política partidária ou de eleições”, mas significa se referir a um conjunto de ações a serem implementa-das pelos gestores públicos, com vistas a promover o bem comum, na perspecti-va dos mais pobres da sociedade. “Políticas públicas não é somente ação do governo, mas também a relação en-tre as instituições e os diversos atores, envolvidos na solução de determinados problemas”, por exemplo, a distribuição de um produto para um determinado grupo que precisa, programas habita-cionais para pessoas de baixa renda, in-centivos fiscais, sistema de previdência, e, para isso, utilizam alguns princípios, critérios e procedimentos que podem re-sultar em ações, projetos ou programas para garantir direitos e deveres previstos na Constituição Federal e em outras leis.Sem democracia e a participação da so-ciedade, a participação popular, as po-líticas públicas tendem a refletir mais a força dos agentes do poder econômico, de um agente ou grupo político, ou mes-mo das próprias burocracias estatais, comprometendo assim o bem comum, e

as necessidades dos mais pobres e mar-ginalizados. A articulação, e a mobilização das pasto-rais sociais serão importantes, pois elas podem fazer levantamentos de quais políticas públicas são mais urgentes em determinados lugares, como por exem-plo, onde está faltando saneamento bá-sico, segurança pública, atendimento a saúde pública, questão ambiental. Para que as políticas públicas atendam de fato os que mais necessitam é neces-sário que o povo tenha consciência dos seus direitos, que o direito dele é dever do Estado, garantido pela constituição. Um povo que não tem consciência de seus direitos é um povo sem cidadania, marginalizado, e excluído. Uma das mais urgentes políticas públicas é a educação de qualidade, pois a educação é a porta de saída da miséria, e da desigualdade social. A Campanha da Fraternidade de 2019 convoca os cristãos para serem agen-tes de transformação da sociedade e sementes do Reino nos conselhos pa-ritários de direitos. Temos encontrado muitas dificuldades para que tenhamos membros de nossas comunidades, e pa-róquias, nos conselhos de direitos pre-sentes na cidade, dentre eles o conselho tutelar da criança e do adolescente, o conselho municipal da saúde, o conse-lho de assistência social, o conselho mu-nicipal do idoso. Que a Campanha da Fraternidade, à luz da Palavra de Deus, ilumine nossa ca-minhada quaresmal, e nos ajude a viver interiormente as práticas externas da Quaresma. Discutir políticas públicas é buscar soluções específicas para as ne-cessidades e, problemas da sociedade, principalmente os que mais afligem a vida dos pobres.

Padre Tarcísio A. de Almeida

02 pastoral social

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03VOZ DO PASTOR

CF 2019 - “Serás libertado pelo direito e pela Justiça”

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - MARÇO 2019

Fraternidade e Políticas Públicas:

Pessoalmente estava desejoso que a Campanha da Fraternidade

abordasse este tema, tão importante para a construção de uma socieda-de justa e solidária, principalmente quando vivemos no cenário político nacional tantas denúncias e situações que refletem injustiça, egoísmo e cor-rupção, privando tantas pessoas de participação nos bens da sociedade. O direito e a justiça implantados são, sem dúvida, sementes do Reino de Deus. Espero que a conscientização da importância das políticas públicas, ajude esclarecer que tais políticas ex-pressam comunhão e participação na construção de uma nova sociedade. A nós, já tocados pela mensagem do evangelho, trabalhar pela implantação de políticas públicas, conforme os va-lores do Reino, bem como conscien-tizar – especialmente os mais pobres – de como podem e devem reivindi-car e construir caminhos para acesso a essas políticas, é compromisso de conversão quaresmal.

Do ponto de vista evangelizador, a CF corre um perigo: acreditar que li-bertado pelo direito e a justiça se refi-ra somente à construção de leis justas e conquistas sociais que, de uma ma-neira ou de outra, sejam implantadas e conservadas “nos rigores da lei” na sociedade. Poderemos ter leis ma-

ravilhosas, que sejam bem vigiadas para serem cumpridas, mas não tere-mos uma sociedade renovada, se não houver conversão do coração. A ver-dadeira libertação tem que ser fruto da evangelização e não simplesmente da elaboração de leis justas.

Jesus, no seu ministério público, rea-lizou milagres, onde principalmente os pobres eram beneficiados naquilo que “políticas públicas” lhes negavam. Assim mostrava como é importante a misericórdia de Deus, que se manifes-ta na fraternidade e solidariedade.

As obras de Jesus inauguram a era messiânica: “os cegos recuperam a vista, os coxos andam, os leprosos são purificados e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados.” As politicas pú-blicas implantadas sempre perderão a sua força se não houver a evangeliza-ção. Esta evangelização deve atingir a sociedade como um todo, porque não está garantido que o benefício da po-lítica pública por si mesmo, seja evan-gelizador. Corremos o risco de fazer justiça ao pobre e não evangeliza-lo. Podemos fazer justiça ao pobre e não abrir-lhe espaço para optar pelo sen-tido mais profundo da sua existência. Quem quiser entender, que entenda.

Deus seja louvado!

+Edmilson Amador Caetano, O.Cist.Bispo diocesano

AGENDA DO BISPO março 2019

01 11:00h – Missa de Encerramento do Retiro Propedêutico – Flos Carmeli

0209:00h – Missa da abertura do Congresso Vocacional Diocesano – Lavras

15:00h – Carnacristo

0309:00h – Missa Reavivai - Ginásio Fioravante

11:00h - Missa Catedral

0418:00h – Missa Reviver – CDP

13:30h – Encontro com as Irmãs Filhas de NS Stella Maris – Casa Geral

06 12:00h – Missa Catedral

0709:30h – Conselho Deliberativo – Caritas

14:30h – Atendimento Curia

0805:00h – Missa Paróquia São Francisco – Nações

09:30h – Atendimento cúria

20:00h – Pregação no Grupo de oração – paróquia São João Batista

1008:30h – Palestra no retiro da Paróquia Santa Mena (Tabor – Mogi das Cruzes)

11:00h – Missa Catedral

15:00h – Escola Diaconal – Lavras

1209:30h – Economato

13:30h – Encontro Irmãs Stella Maris

1305:00h – Missa Santo Antonio – Pimentas

09:30h – Codipa

14:30h – Atendimento cúria

14 09:30h – Conselho de Presbíteros

15 05:30h – Missa Paróquia N. S. Fatima – Vila Fàtima

15-17 • Assembleia Regional Sul 1 – CNLB – em Agudos

1809-13h - Bispos da Província – São Paulo

19:30h – Missa comunidade São José – Paróquia Santa Luzia – Mikail

1915:00h – Missa Paróquia São José - Jd. Paulista

19:30h – Missa Comunidade São José – Paróoquia N. S. Aparecida – Cocaia

2005:00h – Missa Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Normandia

09:30h – Reunião do Clero - Lavras

13:30h – Reunião dos Formadores Seminário - Lavras

2109:30h – Reunião Equipe de Formadores – Escola Diaconal – Residência Episcopal

14:30h – Atendimento cúria

2205:00h – Missa Paróquia N. S. Aparecida – Jd. América

09:30h – Atendimento cúria

15:00h – Seminário Lavras

24 11:00h – Missa Catedral

26 06:30h – Laudes - Paróquia N. S. Aparecida – Cocaia

27 05:30h – Missa Paróquia Santa Luzia – Alvorada

28 12:00h – Missa Catedral (aniversário ordenação episcopal)

29

05:00h – Missa Paróquia Santa Rita de Cássia – Jd. Palmira

09:30h – Atendimento cúria

19:30h – Assembleia Extraordinária – Cáritas

3011:00h – Missa Catedral

15h -18:30h – Escola diaconal – Espiritualidade - Lavras

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O ano de 2019 começou com muitas tragédias. O rompi-

mento da barragem em Brumadi-nho, as chuvas que provocaram deslizamentos no Rio de janeiro, o incêndio no Ninho do Urubu e a queda do helicóptero que ma-tou o jornalista Ricardo Boechat. Em meio ao sofrimento é alenta-dor ver que existem pessoas ca-pazes de largar tudo para prestar ajuda. Também é de se louvar as campanhas de arrecadação de mantimentos, no Brasil inteiro, em prol das vítimas. Essas tragédias têm a capacidade de fazer vibrar em nós o sentimento de empatia, de colocar-se no lugar do outro, compreender sua dor e querer, de forma genuína fazer algo para que essa dor seja diminuída ou cessa-da. Isto se chama compaixão. Há muito que esse tema deixou de ser um assunto exclusivo das religiões. A ciência vem se ocu-pando dessa habilidade humana e desenvolvendo programas para ensiná-la. Assim como apren-demos a ler, escrever, também aprendemos a ser compassivos. Estudos de Neurobiologia com-provam que o exercício da com-paixão, ativa neurotransmissores no cérebro que estão ligados ao sistema de satisfação, calma e segurança. Esse sistema se opõe ao sistema de ameaça e proteção que está ligado à raiva, medo, an-siedade e aversão. É a ação inten-sa desse sistema, associada ao

sistema de conquista que faz uma pessoa buscar de maneira com-pulsiva, a riqueza e o consumo, tornando-a egoísta. Ao contrário, o sistema de calma e proteção é o único capaz de desenvolver a fe-licidade verdadeira e sustentável. Mas se a compaixão é tão boa, porque a maioria das pessoas não a pratica? Em primeiro lugar porque não é ensinada e também porque no ocidente esse conceito não é bem entendido. Quem ofe-rece compaixão é visto, indevida-mente, como superior e quem a recebe é considerado fraco, mas definitivamente ser compassivo não é o mesmo que ter pena de alguém. Para desenvolver a compaixão é necessário primeiramente, apren-der a ter autocompaixão que é a capacidade de olhar para si mesmo com gentileza e compre-ensão. É necessário, ainda, reco-nhecer a própria fragilidade, afinal todos nós temos nossa própria história, nem sempre carregada de experiências positivas. O se-gundo passo é olhar para o outro com olhar menos crítico, aceitá-lo incondicionalmente pelo simples fato de ele ser humano como nós. Se soubéssemos o quão bem faz a nós o amor ao próximo, pas-saríamos a cultivar e a praticar a compaixão, ao menos por amor próprio.

Romildo R. Almeida Psicólogo clínico

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FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - Março 2019

falando da vida

Tragédias e compaixão Quando a dor nos torna mais humanos

cáritas diocesana

Aos militantes/profissionais do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente e demais cidadãos Apresentamos-nos aqui, como vozes de questionamento e in-dignação com a atual política pública na área da infância e da adolescência, na cidade de Guarulhos. Buscamos articular instância engajadas na busca de supera-ção das consequências cruéis da desigualdade social, que se refletem diretamente na realidade e no cotidiano, ocasionando a exclusão deste segmento da sociedade em que vivemos. Neste sentido é que propomos a retomada do FÓRUM DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, como espaço de articulação e união dos cidadãos em defesa dos direitos das crianças e adolescentes, com encontros mensais, congregando atores sociais das diversas entidades, movimentos sociais, insti-tuições públicas e privadas, bem como todos os demais interes-sados. Que através da prática coletiva de troca de experiência, deba-tes, vivências grupais, formação continuada e iniciativas para fo-mentar o exercício do chamado controle social, possam emergir novas respostas, pautadas na garantia dos direitos fundamentais à população. Nosso foco é a defesa e garantia da doutrina de proteção in-tegral, da prioridade absoluta e do protagonismo infanto juvenil, conforme preconiza o ECA - Estatuto da Criança e do Adoles-cente e o artigo 227 da Constituição Federal.

Sua presença é fundamental para este retorno das atividades do Fórum DCA de Guarulhos e a retomada das lutas em defesa dos direitos das crianças e adolescentes de nossa cidade.

PARTICIPE do primeiro encontro FÓRUM DCADia 30 de Março, das 8h30 às 12hs, na CARITAS

DIOCESANA DE GUAULHOS, Rua Mandaguari, 124.Maiores informações fone: 2440-5752

E-mail: [email protected]

GRUPO DE TRABALHO PRÓ-FORUM

Convite cáritas diocesanafórum dca

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FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - MARÇO 2019

LITURGIA

Quaresma: da cruz para a Luz, da morte para a Vida!

Quaresma é um tempo de renovação, de recomeço: é um caminho para receber o abraço do Pai Misericordioso. A prática do jejum,

da oração e da caridade são pistas para criarmos um ambiente de silêncio e deserto, onde podemos acolher o chamado de Deus para viver como seus filhos e filhas. No itinerário da Iniciação Cristã, é nes-se tempo se realiza a última preparação dos adultos que receberão os sacramentos do Batismo, Crisma e Eucaristia. Toda a liturgia: a Pala-vra de Deus, os ritos e símbolos, os cantos e a música nos ajudam a refazer a caminhada do nosso batismo, para renovarmos os compro-missos batismais na Vigília Pascal. As primeiras leituras nos domingos mostram as várias etapas da Aliança de Deus com a humanidade: com Moisés, Abraão e os profe-tas. Estas alianças foram imagens da nova e eterna aliança que Cristo selou com a humanidade pela sua cruz e ressurreição. Os Evangelhos dos domingos da Quaresma mostram a nova aliança se realizar na palavra de Cristo, que vence as tentações no deserto (1º domingo). Esta aliança se confirma na palavra do Pai, que apresenta Cristo como “o Filho muito amado” (2º domingo). Especialmente neste ano, pelo Evangelho de Lucas, ouviremos a palavra misericordiosa do Pai nos Evangelhos do 3º ao 5º domingo. Somos chamados a fazer a mesma experiência do filho pródigo e da pecadora perdoada: experimentar o nosso limite, reconhecer o nosso pecado, e acolher a infinita miseri-córdia divina que nos dá uma nova chance de conversão. A liturgia da Quaresma nos aponta a Vida Nova em Cristo, em nível pessoal. Mas aponta também o Reino Novo de Cristo, em nível comu-nitário e social. É impossível falar da Vida Nova, sem falar do Reino Novo, novas relações e atitudes frente à vida. As obras de misericór-dia: solidariedade, caridade, proximidade, são fonte de transformação e de identificação com Cristo. A fraternidade, nascida e alimentada pela misericórdia, é sinal extraordinário do Reino que está presente e que há de vir. “Como cristãos, discípulos missionários de Cristo, po-deríamos perceber as políticas públicas como ações misericordiosas. Participar das discussões e execução das políticas é ajudar a construir uma verdadeira fraternidade e resgatar a dignidade de irmãos e irmãs” (texto base da CF 2019). Que esta Quaresma possa repercutir em nossa história, gerando fra-ternidade e vida, animando os passos para a construção de uma so-ciedade capaz de integrar todas as pessoas no projeto de Deus!

Pe. Jair CostaComissão Diocesana de Liturgia

BÍBLIA

Durante o período quaresmal a Igreja no Brasil nos propõe, através da Campanha da Fraternidade, uma série de temas sócio-políticos para se-

rem refletidos pelas comunidades no intuito de despertar uma consciência madura nos católicos a respeito da conversão a Jesus Cristo num caminho de transformação de si mesmo, da comunidade na qual se está inserido, e da sociedade com seus desafios e discussões. Nessa busca constante de con-versão, a Igreja oferece nesse ano às comunidades a realidade das políticas publicas como reflexão: “aquelas ações discutidas, decididas, programadas e executadas em favor de todos os membros da sociedade”, como saúde, educação, segurança, saneamento, ecologia, etc. “A Doutrina Social da Igreja evidencia a necessidade de uma participação ativa e constante dos cristãos leigos e leigas na vida da sociedade, sendo esse um de seus princípios permanentes”, assim como também o Doc. 105 ao afirmar que o “primeiro campo e âmbito da missão do cristão é o mundo. A vocação específica do leigo é estar no meio do mundo à frente de tarefas variadas da ordem temporal”. O texto-lema da CF deste ano é Is 1,27 “serás libertado pelo direito e pela justiça”, O ministério profético de Isaías foi exercido dentro e entorno de Je-rusalém no tempo que a política assíria ameaçava a Samaria no Norte e o próprio reino de Judá. No contexto do texto acima, o profeta lamenta sobre a infidelidade da “amada” Jerusalém ao seu “Amado” SENHOR. Ao se esquecer do direito, caindo na corrupção, não sendo justa à causa dos mais pobres, e oprimindo os necessitados, Jerusalém – lideranças do povo e aqueles que têm riquezas – se esqueceu de sua vocação como Povo de Deus. O mesmo Isaías nos traz a resposta do SENHOR, que purificará seu Povo, Jerusalém, a qual será “redimida pelo direito e pela justiça” e chamada Cidade Fiel. O Antigo Testamento nos revela que Deus criou o homem à Sua Imagem, com a dignidade de ser pessoa (não somos “coisas”, mas somos “alguém”), sua vida é sagrada e inviolável. Na ruptura do pecado, Deus veio ao nosso encontro para nos salvar, o que se evidencia através da história de salva-ção que preparou a vinda do Filho de Deus. Essa ruptura quebra a relação com Deus, rompe a unidade interior da pessoa humana, assim como rompe a relação de comunhão entre os homens. A raiz até mesmo dos males sócio--políticos se encontra no pecado que desequilibra o homem e o faz querer se tornar “senhor de si e dos outros”. Somente em Deus é que os homens podem encontrar o sentido da existência, das relações interpessoais, do amor ao pró-ximo, da solidariedade, da luta profética pelo direito e justiça social. O amor de Deus, cujo desígnio se cumpre em Jesus, é a origem e meta da pessoa humana, e por isso que o mandamento do amor recíproco que sintetiza toda Lei constitui a “lei de vida” do povo de Deus, e deve “inspirar, purificar e elevar todas as relações humanas na vida social e política”. É nesse sentido e somente nele que os católicos encontram o porquê da necessidade de sua inserção e participação nas políticas públicas. Não é nas agendas ideológicas, nem tampouco no “partidarismo político”, mas sim na consciência da sacralidade da vida humana, e na caridade infusa e gratuita que nos faz sair de si e ir ao encontro do outro que sofre ou cujo direito lhe foi negado ou usurpado para lhe devolver a dignidade de um filho de Deus.

Pe. Leonardo Henrique

Porque lutar pelo direito e pela Justiça?

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FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - Março 2019

PASTORAL do Dízimo

Caros irmãos e irmãs em Cristo, a paz de Cristo esteja com vocês. A quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca

para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É o período de qua-renta dias que a Igreja vivencia em preparação da festa mais importan-te do calendário litúrgico cristão, que celebra a Ressurreição de Jesus, a Páscoa de Nosso Senhor. Tem início na quarta-feira de cinzas e ter-mina no Domingo de Ramos. Neste período litúrgico a Igreja convida os fiéis a olhar para si, confrontar sua vida à luz da mensagem cristã que somos impelidos por Deus a aderir. Neste tempo litúrgico a Igreja nos oferece o remédio doce da oração, do jejum e da esmola, práticas que nos ajudam na preparação para a Páscoa. Dispondo-nos à oração, permitimos que nosso coração des-cubra as mentiras secretas, que enganamos a nós mesmos e assim passamos a buscar o refúgio somente em Deus. O jejum como oca-sião de crescimento, ajuda-nos a nos colocar no lugar de quem não tem sequer o mínimo necessário para comer. O jejum desperta-nos, torna-nos mais atentos a Deus e ao próximo, reanima a vontade de obedecer a Deus, o único que sacia a nossa fome. A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão. Abrindo-nos ao outro, partilhamos o que temos e colocamos a disposição dos irmãos. Eis o tempo favorável da quaresma que nos permite refazer a peregri-nação pascal de Jesus. Cada celebração somos convidados a fazer a experiência de êxodo: de escravidão para liberdade, do individualismo para a solidariedade, do comodismo para o serviço, da morte para a vida e assim fazer da nossa vida uma Páscoa continua. A Campanha da Fraternidade 2019 tem como tema: Fraternidade e Políticas Públicas e como lema: “Serás libertado pelo direito e pela jus-tiça” (Is 1,27). Como gesto concreto da CF, a Coleta da Solidariedade é realizada pelas dioceses, paróquias e comunidades de todo o país, no Domingo de Ramos (14 de abril de 2019). Todas as doações financei-ras realizadas pelos fieis farão parte dos Fundo Nacional e Diocesano de Solidariedade. Somos chamados a colaborar e contribuir com a coleta da solida-riedade a fim de que nossa ajuda, fruto de nossa “esmola” quaresmal possa beneficiar inúmeros projetos na defesa e promoção da vida em todas as suas expressões, sobretudo os mais frágeis e vulneráveis. A Igreja é grata a todos, dizimistas e fieis, que generosamente com sua doação tornam possível a construção de uma sociedade mais jus-ta e fraterna: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Santa quaresma a todos nós.

Deus abençoe. Padre Ítalo Sá

QUARESMA E A COLETA DA SOLIDARIEDADE

DEUS TE CHAMA? CONHEÇA OS ENCONTROS VOCACIONAIS

Quando chegamos em uma de-terminada etapa de nossa ju-

ventude, eis que o tempo nos exi-ge uma resposta acerca do nosso futuro:

“QUAL É A MINHA VOCAÇÃO DENTRO DA IGREJA

E NO MUNDO?”. Com esse mesmo questionamen-to, acompanhando os meses an-teriores desta coluna vocacional, fomos provocados pela Irmã Mi-chellie a termos coragem no nos-so discernimento vocacional. Mas afinal, como responder a esse chamamento que o Senhor nos dirige? Discernimento vocacional signi-fica tomada de decisão e orienta-ção de vida pessoal a partir de um processo de escuta à voz do Espí-rito e diálogo com o Senhor. Esse processo não é feito isoladamen-te: o jovem recebe da Igreja um edificante suporte que o auxilia nesta nova fase de sua vida, dan-do a possibilidade de que se inicie este processo de discernimento vocacional afim de amadurecer sua tomada de decisão e orienta-ção de vida pessoal. Assim, com mais segurança (ou menos timi-dez) nós jovens somos impelidos a nos lançar na vontade do Senhor para nossas vidas e para a vida da Igreja. A este suporte a Igreja de-nomina ENCONTROS VOCACIO-NAIS. Dar uma resposta com este acen-to não é fácil, requer paciência, acompanhamento, oferta e so-bretudo oração. Neste sentido, os Encontros Vocacionais em nossa

diocese nos capacitam a apurar melhor os nossos sentidos ao que o Senhor quer nos falar. São como pequenos retiros mensais onde o jovem é convidado apreciar as di-versas realidades vocacionais da Igreja. Conversamos muito sobre a nos-sa vida, sobre a juventude, sobre os desafios de viver a nossa fé num mundo que muitas vezes não quer ser evangelizado; partilhamos so-bre castidade, oferta de vida, celi-bato, sexualidade e tantas outras situações presentes na vida de um consagrado. Os Encontros Voca-cionais são, portanto, o início des-ta caminha vocacional. Assim como o profeta Jeremias, também temos medo daquilo que o Senhor tem preparado para nós. Nos Encontros Vocacionais, te-mos a oportunidade de ouvir, atra-vés dos responsáveis, a voz do Senhor que diz “Não temas dian-te deles, porque eu estou contigo para te salvar, oráculo do Senhor” (Jr 1,8). Sustentados por essa pro-messa, podemos enfim dar o nos-so generoso sim a Deus: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo tua palavra!” (Lc 1,38). Se sente chamado a alguma vo-cação específica? Procure seu pá-roco e partilhe com ele sobre esse desejo de Deus em seu coração. Também a equipe do Serviço de Animação Vocacional – Pastoral Vocacional se coloca a disposi-ção. Conte conosco.

Davi ClintonSeminarista, 3º ano de teologia

vocacional

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Campanha da Fraternidade 2019FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS

Apresentamos a Campanha da Fraternidade 2019 “Jesus veio para a Galileia, proclamando a Boa-nova de Deus.‘Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa-nova’” (Mc1,14.15). O Reino da verdade, da graça, da justiça, do amor e da paz! O Reino que liberta, pois nos oferece a graça da filiação divina, da fraternidade em Cristo Jesus. Fomos pelo Batismo e pela Crisma revestidos do novo Reino, de um novo espírito que nos torna aprendizes, discípulos caminhantes pelas estradas da Boa-nova. Somos anunciadores, proclamadores, missioná-rios de Jesus, do novo Reino, novo céu e nova terra (Ap 21,1). Teste-munhas de novo horizonte, novo sentido; uma vida com nova claridade! Discípulos missionários do novo Reino de Jesus! Mulheres e homens que vivem de Cristo. Ele nos indicou o caminho da fraternidade, do direito e da justiça. Nascer, renascer em Cristo, maturar nele; chegar à ple-nitude da comunhão com Ele! Voltados para Ele, vivendo dele, parti-lhamos sua vida e apropria santidade (Hb 12,14). Santidade no serviço misericordioso aos irmãos, às irmãs e a toda a obra criada. Por Ele atraídos, somos enviados como anunciadores de sua presença inaudita. Serviço transformativo e construtivo de novas relações que possibili-tem a participação de todos na construção de uma sociedade fraterna baseada no direto e na justiça (Is 1,27).

Objetivo: A Campanha tem como objetivo geral: “Estimular a participação em Políticas Públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja, para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraterni-dade”. Políticas Públicas são as ações discutidas, aprovadas e progra-madas para que todos os cidadãos possam ter vida digna. São soluções específicas para necessidades e problemas da sociedade. É a ação do Estado que busca garantir a segurança, a ordem, o bem-estar, a digni-dade, por meio de ações baseadas no direito e na justiça. Política pública não é somente a ação do governo, mas também a relação entre as instituições e os diversos atores, sejam individuais ou coletivos, envolvidos na solução de determinados problemas. Para isso, devem ser utilizados princípios, critérios e procedimentos que podem resultar em ações, projetos ou programas que garantam ao povo os direitos e deveres previstos na Constituição Federal e em outras leis. Usamos 3 modos para entender um pouco melhor o tema:

O VER:SITUANDO-ME E EXAMINANDO MINHA CONSCIÊNCIA

“Para quem não sabe onde quer chegar,todos os caminhos estão errados”

O ponto de partida é nossa HUMANIDADE:

• Quem sou eu?• Quais são as minhas principais qualidades?• No que acredito?• Qual a minha história? Eu me aproprio dela ou a ignoro?• Quais são os meus sonhos?• Qual a realidade que me cerca? Eu a conheço?• Onde e como posso contribuir para vivermos em uma sociedade mais justa e igualitária?

Qual nosso ponto comum?

• Jesus Cristo e seu testemunho profético.

VAMOS CONVERSAR SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS?

O QUE SÃO POLÍTICAS PÚBLICAS?“São ações e programas desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em prática direitos previstos na Constituição Federal

e em outras leis”.

Política - Origem do grego “politikós”, que se refere a “pólis”, que era o lugar onde os gregos tomavam as decisões na busca do bem comum, garantindo a ordem e estabilizando a sociedade na forma pacífica. Espaço de poder e opiniões.

Política Pública - Ações programadas e relacionadas à educa-ção, saúde, direitos humanos, assistência social, economia, mu-lheres, habitação, etc.

“Serás libertado pelo direito e pela justiça”. (Is 1,27)

“Serás libertado pelo direito e pela justiça”. (Is 1,27)

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - Março 2019

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FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - Março 2019

08 Campanha da Fraternidade 2019TIPOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

• SOCIAL – Saúde, Educação, Habitação, Previdência social, etc.• MACRO-ECONÔMICAS – Fiscal, Monetárias, Cambial, Industriais e

Comerciais.• ADMINISTRATIVA – Ações para a Democracia, Descentralização

de tomada de decisões e a própria participação social.• ESPECÍFICAS OU SETORIAIS – Meio ambiente, Cultura, Agrária,

Direitos Humanos, Mulheres, Negros, Jovens, etc.• POLÍTICA DE ESTADO – amparadas na Constituição Federal e de-

vem ser realizadas independentemente do governo atuante.ATENÇÃO ESPECIAL ÀS POLÍTICAS SOCIAIS –

ARTIGO 6º DA CONSTITUIÇÃO• POLÍTICA DE GOVERNO – específicas a cada período do gover-

nante, diante da alternância do Poder.

NOSSA PARTICIPAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

• AUDIÊNCIAS PÚBLICAS;• CONSELHOS GESTORES E DE DIREITOS;• CONFERÊNCIAS;• FÓRUNS E REUNIÕES;• ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL E MOVIMENTOS SOCIAIS;• ORÇAMENTO PARTICIPATIVO.

ATENÇÃO ESPECIAL• PROTAGONISMO DOS JOVENS NA ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS - ESTIMULAR O CONHECIMENTO E A PARTICIPAÇÃO EFETIVA - APOIAR INICIATIVAS JÁ EXISTENTES - FOMENTAR A CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS JOVENS

• COLABORAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS PRINCIPALMENTE NOS CONSELHOS GESTORES

• FAMÍLIA - FORTALECÊ-LA É FUNDAMENTAL

O JULGAR:

O PENTATEUCO E A LEGISLAÇÃODO DIREITO E DA JUSTIÇA

Antigo Testamento:

• As Sagradas Escrituras do antigo Israel, as quais formam o Antigo Testamento dos cristãos, intrinsecamente trazem consigo uma am-pla reflexão e insistência em convivências mais justas e amorosas:

• Pentateuco: Representa uma constituição em vista da construção de uma sociedade alternativa, com as marcas de igualdade e soli-dariedade, onde não deveria haver pobres (Dt 15,4).

• Profetas: Insistem na importância da consciência crítica, da cons-tante análise da conjuntura atual e da denúncia de todas as injus-tiças.

• Sabedoria: Representa um projeto de educação, pois somente ao resistir às propostas dos “perversos” e ao cultivar, diariamente, “apreço pela instrução do Senhor”, o homem poderá “ter êxito em tudo o que faz” (Sl 1,1-3).

Novo Testamento:

- Jesus conviveu com o fenômeno do Estado e do exercício do poder por determinadas lideranças políticas e religiosas. Sua atividade era de “ensino”.- Evangelho de Marcos: Cinco vezes fala do “ensino” de Jesus.Doze vezes chama de “mestre” ou “aquele que ensina”.- “ENSINO” = Traduz a palavra hebraica Torá, o “ensino” fundamental da religião do antigo Israel, formado pelos cinco livros que compõem o Pentateuco. DOZE = Lembra a formação fundamental do Povo de Israel, em doze tribos.Conclusão: Pentateuco e a formação inicial do povo de Israel = Para-digma para anunciar o REINO DE DEUS em Marcos.

FOME: Destaque na preocupação de Jesus.A multiplicação dos pães é narrada seis vezes nos quatro Evangelhos.

MARCOS: Texto exemplar:

- Desembarcou, viu a multidão, ficou tomado de compaixão- Colocou-se a ensinar, pois entendia ser importante a milenar sabedo-ria do povo na religião do antigo Israel- Ovelhas sem pastor, pois as lideranças não se preocupavam com a fome do povo. Mandou as sentar sobre a relva verde, pois Ele é o Bom Pastor. - Grupos de 50 e de 100, para resgatar a memória exodal e profética. De massa dispersa, para povo organizado. No NT, 50 dias depois, na força do Espirito Santo, do medo à ousadia.

A solução do combate à miséria se encontra na autodoação, ou seja, na postura de doar a vida por insistir, até as últi-mas consequências, no Reino de Deus e na justiça que tal

Reino traz consigo.

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FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - Março 2019

09FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICASO AGIR:

CRITÉRIOS DO AGIR 1 – Outros ditam as regras a partir de seus interesses, cren-ças e ideologias fazendo com que a sociedade acompanhe, em sua maioria, este pensamento;

2 - A sociedade organizada, a partir de sua participação, interesses e perspectivas indica os rumos sociais que querem que os Governan-tes contemplem em suas Políticas.

OLHAR A REALIDADE• Eu: que parte do processo estou vivendo? CF me desperta para esse problema? Quem sou a partir de Jesus?• Local: exercício feito hoje.• Total: o que nos rodeia, pois tudo nos afeta.

SUPERAR DUALIDADESFé X Vida / Fé X Política

“Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras.”S. Francisco de Assis

PARTICIPAÇÃO Ao reconhecer que a fraternidade exige Políticas Públicas e que elas são condicionantes para se viver em fraternidade, a Igreja Católica, através desta Campanha, nos desafia a testemunhar a justiça parti-cipando efetivamente da política, quer seja defendendo, exigindo ou construindo Políticas Públicas, que assegurem a vida e a dignidade das pessoas.

• Reconhecer que somos filhos e filhas de Deus e que fomos criados para cuidar de sua obra, é o primeiro modo de participação que o cristão, cidadão do mundo e do Evangelho, deve exercitar na sociedade.

• O controle social das Políticas Públicas pode ser feito com a par-ticipação sistemática nos Conselhos de Direitos, Audiências Públi-cas, nos Fóruns, nas Pastorais Sociais, nas Associações de Bairro, Associações Caritativas, Outras Associações, nas Escolas de Fé e Política, nos Partidos Políticos, acompanhamento do exercício do mandato do Executivo e Legislativo, Associações de Pais e Mes-tres, Entidades de Classe, Sindicatos, entre outros.

• É fundamental que os leigos e leigas que atuam e dão testemu-nho cristão na política sejam acolhidos e acompanhados por suas comunidades e paróquias.

• Na condição de que somos todos irmãos e herdeiros do Reino, faz se necessário perguntar:

1. Como sua comunidade acolhe as pessoas que atuam na política partidária?

2. Ela conhece os trabalhos desenvolvidos pelos conselhos paritários de direitos?

3. Há membros de sua comunidade/paróquia que participa em con-selhos municipais, estaduais ou federal? Se positivo, o que está sendo realizado para favorecer o trabalho dessas pessoas?

• A QUEM INTERESSA QUE NÃO HAJA PARTICIPAÇÃO?• POUCO SE FALA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS QUE DÃO CERTO.• PRECARIZAÇÃO DOS SERVIÇOS• ÊNFASE EM TUDO QUE HÁ DE ERRADO.

AÇÃO

O Papa Francisco propôs a toda Igreja a Jornada Mundial do Pobre.

Pobres: os que mais sentem as ausências de Políticas Públicas

Igreja: Opção Preferencial pelos Pobres

“Os rostos sofredores dos pobres são rostos sofredores de Cristo”. Eles desafiam o núcleo do trabalho da Igreja, da pastoral e de nossas ati-tudes cristãs. Tudo o que tem relação com Cristo tem relação com os pobres, e tudo o que está relacionado com os pobres clama por Jesus Cristo: “ Tudo quanto vocês fizeram a um destes meus irmãos menores, o fizeram a mim” (Ap. 393)

O Santo Padre dirige inclusi-

ve uma palavra específica aos

ministros ordenados:

“Convido os irmãos bispos, os sacerdotes e, de modo particular, os diáconos, a quem foram impostas as mãos para o serviço aos pobres (At 6,1-7), juntamente às pessoas consagradas e tantos leigos e leigas que nas paróquias, nas associações e nos movimentos tornam palpável a res-posta da Igreja ao grito dos pobres, a viver este Dia Mundial como um momento privilegiado de nova evangelização. Os pobres nos evange-lizam, ajudando-nos a descobrir cada dia a beleza do Evangelho. Não deixemos cair no vazio esta oportunidade de graça”.

NÃO PERDER A ESPERANÇA

“Tudo quanto está escrito, para nossa instrução está escrito, para que, por meio da paciência e consolação que nos vem da Escritura,

tenhamos esperança” (Rom. 15,4).

TEMOS MUITOS DESAFIOS!

“Isto pede de nós uma atitude de abertura ao outro, o que im-plica colocar-se em seu lugar, deixar-se questionar e desinstalar por ele… Importa, pois, redescobrir com urgência a solidarie-

dade como valor ético e como atitude permanente de vida, não uma solidariedade ocasional, mas uma solidariedade cotidiana que se encarna nos pequenos gestos de serviço no dia-a-dia”.

(Reflexões inacianas 2018, Magis Brasil, Título: Fonte de Solidariedade)

“Se você não mover os pés, não reconhecerá o ritmo da vida”.

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FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - Março 2019

“Eis que o Senhor fez conhecer a salvaçãoE revelou sua justiça às nações”.

Que, neste tempo quaresmal, nossa oraçãoTransforme a vida, nossos atos e ações.

Pelo direito e a Justiça libertados,Povos, nações de tantas raças e culturas.Por tua graça, ó Senhor, ressuscitados,Somos em Cristo, hoje, novas criaturas.

Foi no deserto que Jesus nos ensinouA superar toda ganância e tentação.

Arrependei-vos, eis que o tempo já chegou.tempo de Paz, Justiça e reconciliação.

Em Jesus Cristo uma nova aliançaQuis o Senhor com o seu povo instaurar.Um novo reino de justiça e esperança,Fraternidade, onde todos têm lugar.

Ser um profeta na atual sociedade,Da ação política, com fé, participar

É o dom de Deus que faz,do amor, fraternidade,

E bem comum faz bem de todos se tornar!

Pai misericordioso e compassivo,que governais o mundo com justiça e amor,

dai-nos um coração sábio para reconhecer a presença do vosso Reino entre nós.

Em sua grande misericórdia, Jesus, o Filho amado, habitando entre nós,

testemunhou o vosso infinito amore anunciou o Evangelho da

fraternidade e da paz.

Seu exemplo nos ensine a acolher os pobres e marginalizados,

nossos irmãos e irmãs,com políticas públicas justas,

e sejamos construtores de uma sociedade humana e solidária.

O divino Espírito acenda em nossa Igrejaa caridade sincera e o amor fraterno;

a honestidade e o direito resplandeçamem nossa sociedade

e sejamos verdadeiros cidadãos do “novo céu e da nova terra”

Amém

Hino da cf 2019

bonsucesso II - 02/02

FOrania bonsucesso I - 26/01 forania imaculada - 07/02

forania rosário - 16/02

forania aparecida - 23/02

oração da cf 2019

abertura da cf nas foranias

forania fátima II - 14/02

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FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - MARÇO 2019

11ACONTECEU

A Pastoral Afro Brasileira da Diocese de Guarulhos realizou no dia 16 de fevereiro de 2019, a sua Primeira Formação Diocesana, na Pa-róquia Nossa Senhora Aparecida - Cocaia. Estiveram presentes: Pe. Valdocir Aparecido Raphael – Assessor , Francisvaldo Vieira de Melo (Francis) – Coordenador Diocesano, e Vera Lopes – Coordenadora da Pastoral Regional Sul 1 e Articulado-ra Nacional. Estiveram presentes também, agentes da Pastoral Afro e agentes de outras pastorais. Importante lembrar que nossa diocese tem 49 paróquias junto área pastoral. Seria muito bom que outros grupos nascessem em outra paróquias, e que se triplicasse neste ano de 2019. Partilhamos nesse encontro o tema: Iniciação do Povo Negro na Igreja, assessorado pela Coorde-nadora do Nosso Regional Sul 1, a partir do tema todos os presentes foram convidados a refletir a história do negro na igreja. A CNBB olhando pelas urgências, dos textos base da campanha da fraternidade, trouxe uma urgência de se pensar na causa do povo negro. Mas aos poucos foi se apagando, e agentes negros católicos, Padres e Bispos, com muita garra deu-se inicio o trabalho pastoral, assim surgiu a PAB, com objetivo de cristão católicos com a missão de seguidores de Cristo, a serviço do reino e na promoção da digni-dade humana e do bem comum. Vale lembrar que PAB elabora reuniões em grupos de paróquias e no regional, sendo assim um trabalho de resistência ao preconceito e valores culturais.

Um forte axé, paz e bem.Francisvaldo Vieira de Melo

Coordenador Diocesano

No dia 11 de Fevereiro, a comunidade paroquial de Nossa Senhora de Lourdes, se reuniu para festejar a solenidade de sua padroeira. A Santa Missa, foi realizada na Igreja Matriz, também conhecida como Igreja da Gruta e foi presidida pelo Pároco, Pe. Éder Aparecido Mon-teiro. Além do pároco, a liturgia contou com a presença do Pe. Berardo Graz, Vigário da Paróquia São José, do Diácono Lucas Gobbo, CR., colaborador da Paróquia São Geraldo, de vários seminaristas teatinos e de muitos fiéis. Após a Santa Missa, os presentes participaram da procissão até a Gruta de Lourdes, onde foi realizada a benção das rosas e encerramento das festividades.

1ª Formação Afro Brasileira - 16/02

Paróquia Nossa Senhora de Lourdes festeja sua padroeira

posse do padre marcos vinicius naParóquia Santa teresinha - 09/02

posse do padre josé alexandre naParóquia Santanto antônio do parque - 10/02

visita pastoral - Sto. Antônio vl. augusta

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12 ACONTECEU

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - MARÇO 2019

Estamos caminhando!

O mês de fevereiro foi de intensas formações para os catequistas.No dia 09 no Centro Diocesano de Pastoral, aconteceu o encontro diocesano com a aula inaugural da escola catequética ministrada por D.Edmilson Amador Caetano, que expôs a temática sobre a oração do Pai Nosso, parte fundamental da terceira etapa da iniciação à vida cristã. Foi uma manhã proveitosa e com boa participação.Também encerramos as semanas de formações com catequistas de adultos realizada nas Foranias durante quatro noites, tratando os se-guintes temas: o calendário, as celebrações e toda a temática que envolve a iniciação cristã de adultos. Um período importante para esclarecer dúvidas sobre as diversas etapas e ouvir testemunhos de quem já está com a catequese em curso. É importante ressaltar que, apesar das dificuldades em se implantar o novo, é gratificante ver o sorriso estampado nos rostos dos catequistas que estão descobrin-do uma nova forma de anunciar o Cristo ressuscitado. Agradecemos aos padres e fiéis das paróquias que cederam seus espaços para a realização destas formações e aos catequistas pela presença em favor da evangelização.

No dia 02 de fevereiro, na Paróquia Santa Cruz e Nossa Se-nhora Aparecida no bairro do Presidente Dutra, a convite da Congregação das Filhas de Nossa Senhora Stella Maris, foi re-alizada a missa solene de profissão religiosa das noviças Mi-chelle Custódio e Maria Eduarda. A liturgia, da festa da apresentação do Senhor foi presidida por Dom Edmilson Amador. Participaram da missa sacerdotes, diácono, consagrados, consagradas, seminaristas e fiéis. Nes-te dia comemora-se, o Dia da Vida Consagrada que desabro-cha e floresce na Igreja, se se isolar, murcha.“É olhar que vê Deus presente no mundo, embora a muitos passe despercebido; é voz que diz: ‘Deus basta, o resto passa’; é louvor que brota apesar de tudo”, afirma o papa Francisco.

O Santuário Nacional de Aparecida na cidade de Aparecida/ SP, realizou nos dias 15 e 16 de Fevereiro de 2019 a 11ª Romaria Na-cional do Terço dos Homens, com o tema “Não basta rezar, é pre-ciso agir” e o lema- “Eis-me aqui”. Durante dois dias, o bispo Dom Gil Antônio, Padre Vandemir Meister ( Schoenstatt), o Arcebispo Dom Orlando Brandes, o Ir. Viveiros ( Redentorista) e o novo reitor do santuário Pe. Carlos Eduardo Catalfo, acolheram 78 mil pes-soas. No final da Santa Missa alguns grupos se reuniram atrás do san-tuário para ali rezarem uma Ave-Maria, um Pai-Nosso, para rece-berem a benção sobre os objetos e a bênção de envio do asses-sor diocesano padre Johnny. Este momento particular da diocese terminou com o grito que faz ressoar nas cinco foranias da nossa diocese “Com o Terço nas mãos, joelhos no chão e Deus no cora-ção, chegaremos à Salvação”. Felizes os homens retornaram para o santuário para participarem do santo Terço.

Pe. Johnny William Bernardo Assessor Diocesano do Terço dos Homens

Profissão Religiosa dos primeiros votosNoviças Michelle e Maria Eduarda

FORMAÇÃO E ARTICULAÇÃO DIOCESANA DA CATEQUESE

Romaria do Terço dos Homens - 16/02

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FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - MARÇO 2019

13forania imaculada - 18/02 - Paróquia Santo Antônio - Gopoúva

forania bonsucesso - 19/02 - Paróquia Santa Cruz e N. S. Aparecida - Pres. Dutra

forania fátima - 20/02 - Paróquia são francisco - nações forania rosário - 22/02 - paróquia são josé - jd. paulista

Os Conselhos Forâneos de Pastorais realizados no período de 18 a 22 de fevereiro, reuniram os representantes dos Conselhos Paroquiais de Pastoral e os representantes das diversas expressões juvenis de cada paróquia da forania. A reunião foi coordenada por Dom Edmilson, que agradeceu a presença e desejou excelente ano pastoral a todos os participantes. Em seguida, o bispo proclamou o evangelho de São Lucas 24,13-34 que relata o encontro de Jesus com os discípulos a caminho de Emaús. A pauta principal do conselho foi o documento final do Sínodo dos Jovens realizado em 2018 com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Logo após a breve exposição, os participantes foram divididos em três grupos: sacerdotes, representantes do CPP e as lideranças jovens. Cada grupo respondeu questões relacionadas as necessidades da juventude nos dias de hoje e os desafios da Igreja.

cfp nas foranias ACONTECEU

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14

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - Março 2019

“Jovens abri-vos a um novo Pentecostes”

TESTEMUNHO 1Tive a oportunidade de vivenciar as graças magníficas proporcionadas pela Jornada Mundial da Juventude – 2019. A vigília com o Papa foi um momento muito forte, em que, verdadeiramente, eu senti a presença do Senhor. Na catequese o Papa mencionava a história de muitos jovens que tem uma vida difícil, marcada pelo pecado que o mundo oferece, e isso muito me tocava, porque pude olhar para a minha história e perceber que a misericórdia de Deus me alcançou, pois já tive essa vida marcada pelo pe-cado. O Papa também afirmou que por mais que caímos, Deus sempre está pronto a nos perdoar e levantar, assim como ele tem feito em minha vida. Em um momento de oração diante do Santíssimo durante a vigília, o Papa rezava pelos matrimônios, noivados, namoros, concedendo uma benção. Neste momento eu pedi a minha namorada em casamento e apresentei as alianças pra ela, na certeza de que o Senhor estava confirmando a nossa vocação ao matrimônio. A Jornada Mundial da Juventude é um importante passo com o Senhor, por isso, jovens tenham coragem, coloquem Deus à frente e se empenhem em viver essa experiência. O Senhor tudo providen-cia, assim como outros jovens, a princípio seria muito difícil eu participar, o custo financeiro foi alto. Mas o Senhor tudo preparou, porque colocamos a nossa confiança nele. Não vivemos somente um “milagre financeiro”, vivemos um milagre de vida, de amor e da misericórdia de Deus.

Gelsimar Alves Participa do Caminho Neocatecumenal na Paróquia São José

TESTEMUNHO 2A peregrinação foi um memorial na minha vida e ela já começou quando cheguei em Bogotá. Em visita ao Santuário Nossa Senhora da ali foi uma emoção muito forte porque de fato eu me encontrei com o Senhor, pude sentir a presença de Jesus Cristo e ver o quanto Ele me ama, o quanto era importante para mim estar ali. Durante a noite, na vigília, no momento da adoração ao Santíssimo, o Papa pediu alguns minutos de silêncio e o Se-nhor veio, mais uma vez, falar comigo. Era uma multidão de 600 mil pes-soas em um silêncio profundo onde pude sentir uma brisa suave que era a presença de Jesus Cristo, o Santo Espírito falando comigo, fui tomada de grande emoção, uma experiência belíssima que eu jamais poderia imaginar sentir. Sem dúvida foi Memorial em minha vida, algo que me trouxe uma alegria imensa que é impossível explicar com palavras.

Terezinha AlvesParticipa do Caminho Neocatecumenal na Paróquia São José

Milhares de jovens do mundo inteiro participaram da Jornada Mundial da Juventude ocorrida no Mês passado na Cidade do Panamá. A

nossa Diocese de Guarulhos enviou um grupo 45 pessoas sendo a maioria Jovens. O Papa Francisco no seu discurso de abertura na Cintra costeira nos fala-va que esta jornada não era um encontro com a pessoa do Papa Francisco e sim com o Sucessor de Pedro que caminha com os jovens a fim que os jovens se sintam acolhidos e tomam posse dessa pertença de Ser Igreja. O Papa assim nos exortava: “Prossegui, não para criar uma Igreja paralela, um pouco mais ‘jovial’ e “atrevida” numa modalidade para jovens, com alguns elementos decorativos, como se isso pudesse deixar-vos conten-tes. Pensar assim seria faltar ao respeito devido a vós e a tudo aquilo que o Espírito, por vosso intermédio, nos tem a dizer”. É próprio de ser Igreja uma comunhão de gerações onde os jovens possam ouvir e serem ouvi-dos. Essa experiência de uma Fé sustentada por uma vida comunitária foi Testemunhada por um dos jovens: “A Jornada Mundial da Juventude para mim foi uma experiência de relembrar a importância da vida comunitária! Nós Jovens, nos sentíamos sustentados, na vivência da Fé, pela experi-ência e vida dos outros”. (João Carlos Quintanilha – Comunidade Católica Shalom). Mais do que um encontro a Jornada Mundial da Juventude diante de tantos desafios suscitava nos corações dos jovens uma esperança e um amadurecimento da Fé: “Fui a Jornada Mundial da Juventude na esperan-ça de que pudesse amadurecer na Fé. Durante a Jornada, o pouco do meu coração de pedra que se abriu ao Senhor, foi o suficiente para que sua luz entrasse e pudesse fazer com que assumisse meu compromisso como jovem católico em minha vida e de poder confiar minha história a Deus, seja em casa, escola outra trabalho. Algo que me marcou e me inspirou muito foi quando o Papa nos dizia que Maria não fez planos de vida com o Senhor, mais teve confiança Nele plenamente. Sem dúvidas foram experi-ências com Deus incríveis que me marcarão por toda a minha vida” (Miguel Ruffino – Caminho Neo-Catecumenal Par. São José) Segundo o Santo Padre é necessário descobrir e despertar nos jovens uma novidade incessante que é prórprio de uma abertura a um novo Pen-tecostes, completa o pontífice parafraseando o Sínodo dos Bispos sobre a juventude ocorrido no ano passado. Se o jovem de hoje possui uma sede pelo novo, com uma mentalidade nova, problemas novos, uma linguagem nova, e desafios novos sejam eles sociais eclesiais ou humanos , que muitos de nós não conseguimos tocar. A igreja deve apresentar aos jovens a novidade do Espírito, se abrindo ao um verdadeiro pentecoste, àquele que faz novas todas as coisas, o novo de Deus, que nos insere em uma lin-guagem nova, e que dilata nossos corações e purifica nossos sentidos nos tornando sensíiveis as vozes que ecoam da juventude, e nos renova o ser Igreja, os atraindo-os a uma profunda decisão, não em um tempo futuro e sim no hoje , conforme o Papa nos falava na missa de envio no Panamá, “Os Jovens são o agora de Deus”.

Pe. Fabrício Bezerra Lopes

jornada mundial da juventude

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CLENDÁRIO - MARÇO 20191 09h - 12h Pastoral Carcerária Reunião da Executiva

da PCr CDP - Sala Pe.

Geraldo Mauzerol

2 14h30 Pastoral da Catequese Reunião Equipe Catequese São Francisco de Assis - Uirapuru

2 14h30 - 17h COMIDI / IAM / JM Formação Forania Fátima e Bonsucesso Sto. Alberto Magno

2 09 - 18h SAV - PV Assembléia Vocacional Diocesana

Seminário Diocesano - Lavras

2 09h Seminário Diocesano Missa dos Amigos do Seminário

Seminário Diocesano - Lavras

3 a 5 08h - 17h RCC Diocesano REAVIVAI Gin. Fioravante

3 a 5 08h - 17h Comunidade SHALOM Reviver CDP - Salão

3 15h Seminário Diocesano Encontro da Escola Vocacional

Seminário Diocesano - Lavras

6 QUARTA FEIRA DE CINZAS7 09h30 Cáritas Diocesana Guarulhos Conselho Deliberativo Cúria Diocesana

7 20h Forania Fátima Confissão Quaresma São Francisco Assis - Nações

8 20h Forania Fátima Confissão Quaresma Santa Luzia - Alvorada

9 15h - 18h CNLB - Conselho Nac. Leigos

Reunião Ordinária Ampliada CNLB A definir

9 14h30 - 17h COMIDI / IAM / JM Formação Forania Imaculada, Aparecida Rosário

Elisabeth Bruyere - Vila Fátima

9 14h - 17h SAV - PV Reunião Mensal Fraternidade Arca de Maria

9 15h - 18h Pastoral Carcerária Reunião Diocesana da PCr Catedral - Nossa Sra da Conceição

9 08h30 Pastoral da Catequese Formação com Representantes Paroquiais Forania Imaculada

9 08h30 Pastoral da Catequese Formação com Representantes Paroquiais Forania Aparecida

9 06h30 - 18h ECC - Encontro Casais com Cristo

Formação Dirigentes - 1ª Etapa -2ª Parte

CDP - Centro Diocesano - Todo

9 Manhã PJ - Pastoral da Juventude

Roda de Conversa Coord. Grupos de Base

São Roque - Pq. Cecap - Confirmar

10 08h - 12h RCC - Pregação Formação para Pregadores Igreja do Rosário - Centro

11 20h Forania Aparecida Confissão Quaresma Santa Cruz - Taboão 12 09h30 Economato Conselho Administrativo Cúria Diocesana

12 20h Forania Fátima Confissão Quaresma Santo Antonio - Pimentas

12 20h Forania Aparecida Confissão Quaresma Santa Luzia - Mikail

13 09h30 CODIPA Reunião da Coordenação Cúria Diocesana

13 Forania Rosário Almoço dos Padres da Forania São José - Jd. Paulista

9 15h PASCOM - Pastoral da Comunicação

Reunião Diocesana da PASCOM

Santa Teresinha Cumbica

13 20h Forania Fátima Confissão Quaresma São Francisco de Assis - Uirapuru

13 20h Forania Aparecida Confissão Quaresma N. Sra Aparecida - Bela Vista

14 09h30 CP Conselho Presbíteros Cúria Diocesana

14 20h Forania Fátima Confissão Quaresma Santa Rita de Cássia - Jd. Cumbica

14 20h Forania Aparecida Confissão Quaresma Área Pastoral - Santo André

15 20h Forania Fátima Confissão Quaresma Nossa Sra Loreto

15 20h Forania Aparecida Confissão Quaresma Sagrada Família - Jd. Paraíso

16 15h – 17h Comissão Liturgia Reunião Coord. Ministros Extraordinário Distr. Eucaristia CDP – Sala Pe. Lino

16 14h - 17h CNLB - Conselho Nac. Leigos

Formação CNLB - Comissão Fé e Política

CDP - Centro Diocesano - Salão

16 09h COMIDI / IAM / JM Formação Arrastão Missionário - IAM Jd. Fortaleza

16 08h30 Pastoral da Catequese Formação com Representantes Paroquiais Forania Rosário

17 15h Apostolado da Oração Encontro do Apostolado Catedral N. Sra da Conceição

17 14h Seminário Diocesano Encontro Vocacional Masculino Seminário Diocesano - Lavras

17 14h30 Pastoral Familiar Reunião de Coordenadores Paróquia São Roque

17 09h - 13h Núcleo CRB - Guarulhos Formação - Vida Consagrada e Espiritualidade

Irmãs Carmelitas - Taboão

19 SÃO JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM MARIA

19 Legião de Maria Participação Missa de São José Paróquias

20 09h30 CP Reunião Geral do Clero Seminário Diocesano - Lavras

20 20h Forania Bonsucesso Confissão Quaresma Nossa Sra de Guadalupe

20 20h Forania Fátima Confissão Quaresma Nossa Sra Fátima - Jd. Aracília

20 20h Forania Aparecida Confissão Quaresma N. Sra Aparecida - Cocaia

21 09h30 PPI - Pastoral da Pessoa Idosa Reunião de Agentes Sede da PPI

21 20h Forania Bonsucesso Confissão Quaresma Sto Alberto Magno e N. Sra das Graças

21 20h Forania Fátima Confissão Quaresma Sagrado Coração - Normandia

22 20h Forania Bonsucesso Confissão Quaresma São Vicente de Paulo 22 20h Forania Fátima Confissão Quaresma São Judas - Jd. Alice22 20h Forania Aparecida Confissão Quaresma São Roque

23 Legião de Maria Festa da Acies São Francisco - Nações

23 17h Pastoral da Sobriedade Via Sacra da Sobriedade São Judas - Jd. Alice - A Confirmar

23 14h - 17h Pastoral do Batismo Reunião Coordenadores Paroquiais Batismo CDP - Sala Pe. Lino

23 08h30 Pastoral da Catequese Formação com Representantes Paroquiais Forania Bonsucesso

23 e 24 08h PPI - Pastoral da Pessoa

Idosa Capacitação - Forania

Aparecida N. Sra Fátima - Vila

Fátima

24 07h30 - 13h RCC - Formação Formação Módulo Básico CDP - Centro Diocesano - Salão

24 13h - 17h Pastoral Familiar Reunião de Coordenadores Paroquiais

São Roque - Pq. Cecap

26 20h Forania Bonsucesso Confissão Quaresma S. Coração Jesus - Stos Dumont

26 20h Forania Aparecida Confissão Quaresma Área Pastoral - São Paulo

26 20h Forania Imaculada Confissão Quaresma São Geraldo - Ponte Grande

26 20h Forania Imaculada Confissão Quaresma São Francisco - Gopoúva

27 20h Forania Bonsucesso Confissão Quaresma Área Pastoral N. S. Aparecida - Inocoop

27 20h Forania Aparecida Confissão Quaresma São João Batista - Jd. Adriana

27 20h Forania Rosário Confissão Quaresma Sta Rita de Cássia - Jd. Palmira

27 20h Forania Imaculada Confissão Quaresma São Pedro - Vila Galvão

28 20h Forania Bonsucesso Confissão Quaresma Sta Cruz e Aparecida - Pres. Dutra

28 20h Forania Aparecida Confissão Quaresma N. Sra Fátima - Vila Fátima

28 15h e 20h Forania Rosário Confissão Quaresma Santa Mena 28 20h Forania Imaculada Confissão Quaresma Capela Stella Maris

29 20h Forania Imaculada Confissão Quaresma N. Sra Lourdes - Itapegica

29 20h Forania Imaculada Confissão Quaresma Santo Antonio - Gopoúva

29 19h30 Cáritas Diocesana Guarulhos Assembleia Extraordinária da Cáritas Sede da Cáritas

29 e 30 CODIPA 24 Horas para o Senhor Paróquias

30 08h30 Pastoral da Catequese Formação com Representantes Paroquiais Forania Fátima

31 08h - 17h RCC - Famílias Encontro para as Famílias Forania Bonsucesso

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - MARÇO 2019 - 15

Page 16: PASTOR - Diocese de Guarulhosdiocesedeguarulhos.org.br/wp-content/uploads/2019/... · passo da Santa Sé, nem das Conferências episcopais nesta direção. É uma etapa histórica

IMPRESSO ESPECIAL7220993744 - DR/SPMMITRA DIOCESANA

CORREIOS

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - fevereiro 2019

16

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - MARÇO 2019

Vai acontecer

Nascimento 06 (1982) Pe. Alex Aparecido de Passos 07 (1976) Pe. Marcos Vinícius Clementino 07 (1984) Pe. Salvador Maria Rodrigues de Brito14 (1947) Pe. Lázaro Nunes 18 (1973) Pe. Paulo Afonso Alves Sobrinho 19 (1976) Pe. José Ayllson de Souza 20 (1962) Pe. Tarcísio Anatólio de Almeida 25 (1955) Pe. José Paulo dos Santos27 (1984) Pe. Tiago Ferraz Leite 29 (1961) Pe. Alci Vilas Boas 31 (1981) Pe. Vinícius Matos Sampaio

Ordenação 06 (2014) Pe. José Sérgio de Lima19 (1979) Pe. Berardo Graz 20 (1988) Pe. Pedro Paulo de Jesus20 (1988) Pe. José Paulo dos Santos25 (1984) Pe. Antonio Carlos Frizzo

Ordenação Episcopal28 (2008) Dom Edmilson Amador Caetano

padres Aniversariantes em marçoS. Excia. Rev.ma Dom Edmilson

Amador Caetano, O. Cist, nomeou:

- Pároco da Paróquia Santa Teresinha e Nossa Senhora das Angústias o Rev.mo Padre Marcos Vinicius Clementino; - Vigário paroquial da Paróquia Santa Teresinha e Nossa Senhora das Angús-tias o Rev.mo Padre Antonio Zafani; - Pároco da Paroquia Santo Antônio (Parque Santo Antônio), o Rev.mo Pa-dre José Alexandre dos Santos; - Vigário Paroquial da Paróquia São Vi-cente de Paulo, o Rev.mo Fábio Hercu-lano Rios da Silva;- Vigário Forâneo da Forania Bonsu-cesso, O Rev.mo Padre Hechilly de Bri-to Timoteo;- Vigário Forâneo da Forania Imaculada Conceição, o Rev.mo Padre Fábio Ene-as de Lima;

Padre Weber Galvani Chanceler do Bispado