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Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA~ Vinculada ao Ministério da Agricultura

V Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido - CPATUBelém. PA

10 Simpósiodo Trópico Úmido

1st Symposiumon the Humid Tropics

1er Simp6siodei Tr6pico Húmedo

ANAISPROCEEDINGS

ANALES

Belém I PA, 12 a 17 de novembro de 1984

Volume V

Pastagem e Produção Animal

Pasture and Animal Production

Pasturas y Producción Animal

Departamento de Difusão de Tecnologia

Brasília, DF

1986

ISSN 0101-2835

Copyright © EMBRAP A - 1986

EMBRAPA-CPATU. Documentos, 36

Exemplares desta publicação podem ser solicitados àEMBRAPA-CPATUTrav. Dr. Enéas Pinheiro s/n

Telefone: 226-6622Telex (091) 1210Caixa Postal 48

66000 Belém, PA - Brasil

Tiragem: 1.000 exemplares

Observação

Os trabalhos publicados nestes anais não foram revisados pelo Comitê de Publi-cações do CPATU, como normalmente se procede para as publicações regulares.Assim sendo, todos os conceitos e opiniões emitidos são de inteira responsabilidadedos autores.

Simpósio do Trópico Úmido, 1., Belérn, 1984.

Anais. Belém, EMBRAPA-CPÁTU, 1986.6v. (EMBRAPA-CPATU. Documentos, 36)

1. Agricultura - Congresso - Trópico. I. Empre-sa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro de Pes-quisa Agropecuária do Trópico Úmido, Belérn, PA.11.Título. III. Série.

CDD 630.601

••

PASTAGEM EM AREA DE FLORESTANO TRÓPICO ÚMIDO BRASILEIRO:

CONHECIMENTOS ATUAIS

Emanuel Adilson Souza Serrão 1

RESUMO - A pecuária de corte, via de regra, tem sido uma atividade pioneira na ocupaçãode áreas de fronteira e, nos últimos 20 anos, vem sendo incrementada na região do trópicoúmido brasileiro, ocupando segmentos de floresta, em conseqüência da abertura de novas es-tradas e a conseqüente invasão humana à região, motivada por pressões socioeconômicas egeopoIíticas de outras regiões do Brasil. Este tipo de ocupação tem ensejado a implantaçãode projetos pecuários que envolvem grandes extensões de pastagens cultivadas em áreas flo-restais. Estima-se que mais de seis milhões de hectares de pastagem foram implantadosapós a derrubada e queima de segméntos de floresta de diversos gradientes de densidade, dosquais uma considerável proporção atinge anualmente avançados estágios de degradação, oque, além de outros fatores de ordem econômica e social, tem propiciado opiniões divergen-tes sobre sua viabilidade biosocioeconômica. O presente trabalho revisa o estado atual deconhecimento sobre pastagem nas áreas de floresta no trópico úmido brasileiro à luz da evo-lução do processo e dos resultados de pesquisa acumulados principalmente nos últimos dezanos. Enfatiza a importância da reciclagem de nutrientes no sistema solo-pastagem-animal,as causas da degradação das pastagens, as possíveis alterações ecológicas, indica alternativastecnolôgicas para o aumento da longevidade produtiva das pastagens ainda em produção,assim como para a recuperação de pastagens degradadas e os possíveis benefícios bioeconô-micos delas advindos. Finalmente, o trabalho sugere problemas e áreas prioritárias para se-rem enfatizadas pela pesquisa.

Termos para indexação: Trópico úmido, Amazônia, floresta, pastagens formadas, produtivi-dade, fatores limitantes, alterações ecológicas, manejo de pastagem, recuperação de pasta-gem, pesquisas necessárias.

PASTURES FORMED IN FOREST AREAS IN THE BRAZILlAN HUMIDTROPICS: PRESENT STATE OF KNOWLEDGE

ABSTRACT - Beef cattle raising has been a pioneer activity for the occupation of frontierlanels and, in the past twenty years, has been incremented in the Brazilian humid tropics,replacing forest segments, as a consequence of the construction of new highways and theaccompanying human invasion in the region caused by socioeconomic and geopoliticalpressures from other regions of Brazil. This type of occupation has incentivated theimplementation of cattle raising projects which involve large areas of sown pastures inforested areas. It is estimated that more than six million hectares of pasture have beenformed after the clearing and burning of forest segments of different density gradients.Annually, a considerable proportion of those pastures reach advanced stages of degradationwhich, besides its economical and social importance, has led to diverse opinions about thebiosocioéconomic viability of forming pasture for cattle production in the humid tropics.This paper reviews the state of knowledge on pastures in forested areas of the humid tropicsbased on the evolution of the cattle raising industry and on research results accumulatedmainly in the past decade. It emphasizes the importance of nutrient recycling in the soil--pasture-animal system, the causes of pasture degradation, the-potential and actual ecologicalimplications, suggests alternative technologies for maintenance of still productive pastures aswell as for reclamation of degraded pastures, and their biosocioeconomic benefits. Researchpriorities are also suggested.

lnelex terms: Humid tropics, Amazon, forest, formed pastures, productivity, limiting factors,ecological changes, pasture management, pasture reclamation, research needs.

1 Eng. Agr., Ph.D., EMBRAPA-CPATU.Caixa Postal 48, CEP 66000 Belém, PA.

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INTRODUÇÃO

A pecuária, principalmente a de corte,tem sido uma atividade pioneira na ocupaçãode áreas de fronteira e, nos últimos 20 anos,vem sendo incrementada na região do trópi-co úmido brasileiro, ocupando segmentosde floresta, em conseqüência da abertura denovas estradas que propiciam ~ invasãohumana na região, como resultado das pres-sões geopolíticas e socioeconômica de outrasregiões do Brasil. Este tipo de ocupação temensejado a implantação de projetos pecuáriosque envolvem grandes extensões de pasta-gens cultivadas em área de floresta na Ama-zônia.

Esta atividade, se por um lado, trouxealguns benefícios - como a ampliação dosistema viário na região, devido à abertura degrande quantidade de estradas vicinais, e au-mento do nível tecnológico na exploração dapecuária bovina de corte, com conseqüenteaumento da produtividade - por outro lado,tem suscitado muitas preocupações por re-presentantes dos diversos segmentos da so-ciedade sobre sua viabilidade biosocioeconõ-mica.

Este trabalho revisa o estado atual deconhecimento sobre pastagem em área defloresta no trópico úmido brasileiro, à luz daevolução do processo e dos resultados depesquisas acumulados principalmente na úl-tima década.

Para efeito deste trabalho, a região dotrópico úmido brasileiro e a chamada Ama-zônia Legal serão referidas indistintamente,uma vez que, sob o ponto de vista ecológico,as duas regiões pouco diferem.

QUANTIDADE E DISTRIBUiÇÃOESPACIAL DAS PASTAGENS FORMADAS

A quantidade de área de floresta utiliza-da para formação de pastagens desde o iníciodo processo, em meados da década de 60,tem sido difícil de ser estimada. Uma das ra-zões dessa dificuldade é o fato de que a flo-resta não tem sido utilizada somente paraformação de pastagem, embora seja esta aprincipal utilidade. Áreas utilizadas paraoutras atividades, como extração de madeira,cultivos de culturas temporárias e permanen-tes (via programas oficiais e não oficiais de

colonização e projetos incentivados - pelogoverno federal, através dos órgãos de desen-volvimento. regional - e não incentivados)têm sido geralmente incluídas nas estatísti-cas apresentadas sem, contudo, serem discri-minadas. Por outro lado, pouco se sabe sobrea quantidade de projetos pecuários não in-centivados quanto ao seu tamanho e locali-zação.

Com base nos mais recentes levantamen-tos de satélite, nos projetos de pecuária in-centivados pelo governo federal (Brasil 1983)e em observações pessoais na região, parecerazoável estimar que, durante as duas últi-mas duas décadas, foram bem ou mal forma-dos entre seis e oito milhões de hectares depastagens em áreas de floresta em diversosgradientes de densidade de vegetação.

Com base nas mesmas fontes acima re-feridas, pode-se dizer que, em maior con-centração, as atividades pecuárias em áreasflorestadas se desenvolvem nas partes nor-deste (noroeste do Maranhão, leste do Paráe norte de Goiás) e sul (norte de MatoGrosso e Sul do Pará) da região e, em menorconcentração, nas outras unidades federati-vas da região, embora com áreas bastantesignificativas como é o caso dos Estados doAmazonas, Rondônia e Acre (Fig. 1).

Cerca de 50% das pastagens formadasestão no Estado de Mato Grosso (principal-mente nos municípios de Barra do Garça,Diamantino, Luciara, Mato Grosso e Chapa-da dos Guimarães), 30% no Pará (principal-mente nos municípios de Santana do Ara-guaia, Conceição do Araguaia, Paragominas,São Domingos do Capim e São Félix doXingu), 10% em Goiás (principalmente nosmunicípios de Araguaína, Xambioá, Paraísodo Norte, Gurupi), 5% no Estado do Amazo-nas (principalmente nos municípios de Ma-naus, Itacoatiara e Manacapurus) e o restan-te nos demais Estados e Territórios.

CLIMA, SOLO E VEGETAÇÃO DASAREAS DE PASTAGENS FORMADAS

As principais concentrações de pasta-gens cultivadas se localizam em grandes áreasde diferentes combinações dos recursos declima, solo e vegetação.

Na região que abrange o norte do MatoGrosso e o sul do Pará, predomina o clima

62"

12"-, L E G E N DA ,-

- LIMITE DA AMAZÔNIA LEGAL_.- LIMITE DO TRÓPICO ÚMIDO DENTRO DAAMAZÔNIALEGAL

ili PASTAGEM RlRIIADA EII ÁREA DE FLORESTA16"

149

66 6 54 50 46

FIG. 1. A Amazônia Legal. o Trópico Úmido Brasileiro e a distribuição das áreas de pastagem formadas em

áreas de floresta.

Awi da classificação de Kdppen, com tempe-ratura média de 2SoC (amplitude de 180C a32°C), umidade relativa 78%, e precipitaçãoem geral inferior a 2_000 mm (Bastos 1972,Bastos 1982, Nascimento & Homma 1984).

Nessa região as pastagens têm sido for-madas principalmente em áreas de florestaaberta (ou mata fina) (Nascimento & Homma1984) onde predominam solos distróficos,principalmente solos oxissolos (com preva-lência de latossolo amarelo, vermelho-amare-10 e vermelho escuro), secundados, em pro-porção consideravelmente menor, por ultis-solos (principalmente podzólico vermelho--amarelo). Em bem menor escala, ocorremsolos lateríticos concrecionários (fase pétri-ca de oxissolos e ultissolos) e areias quartizo-sas (entissolos) (Falesi 1972, Serrão et aI.1979, Empresa Brasileira de Pesquisa ...1980). De um modo geral, nessa região os so-los apresentam textura média (I 0% a 30% deargila no horizonte B).

A região que abrange o extremo noroes-te do Maranhão, leste do Pará e norte deGoiás, está submetida aos climas tipos Ami e

Awi (a não ser em áreas reduzidas no nordes-te do Pará, onde ocorre o clima tipo Afi)com temperatura média entre 2SoC e 280C(amplitude de 200C a 32°C), umidade rela-tiva de 82% a 86%, precipitação de 1900 a2400 mm (Bastos 1972, Bastos 1982, Nas-cimento & Homma 1984). As pastagensestão formadas - em proporções mais oumenos iguais - em áreas de mata densa e matafina e, em sua quase totalidade, em solos dis-tróficos, principalmente oxissolos (predomi-nantemente latossolo amarelo e, em menorescala, vermelho-amarelo), secundado, emproporção consideravelmente menor, porultissolos (podzólico vermelho-amarelo), en-tissolos e solos oxissolos e ultissolos lateriza-dos (Falesi 1972, Falesi 1976, Serrão et aI.1979, Empresa Brasileira ... 1980). Em cer-tas áreas nessa região, principalmente osoxissolos apresentam textura muito argilo-sa (até 70% de argila no horizonte B). Entre-tanto, a textura média predomina nos solosda região.

As demais áreas de pecuária em áreasflorestadas estão distribuídas principalmente

150

na parte ocidental da região, geralmente sub-metidas ao clima tipo Ami ou transição Ami/Awi. Os solos dessas áreas são via de regra,distróficos principalmente oxissolos e ultis-solos. Todavia, em algumas áreas dos Estadosde Rondônia e Acre são encontradas áreascom solos eutróficos, principalmente ultisso-los (Falesi 1972, Empresa Brasileira de Pes-quisa... 1980). Floresta densa é a vegetaçãonatural predominante, mas também comocorrência de floresta aberta (Empresa Bra-sileira de Pesquisa... 1980, Nascimento &Homma 1984).

o PROCESSO DE FORMAÇÃODE PASTAGEM

A derrubada da floresta, seguida da seca-gem e queima da biomassa, tem constituídoo processo usual de preparo de área para for-mação de pastagem na região.

A derrubada tem sido feita manual oumecanicamente. Para os diversos gradientesde densidade da floresta, a derrubada ma-nual - com o uso de machado e moto-serra- tem sido o processo mais comum.

Nas áreas de mata fina ou serní-densa, aderrubada da floresta pode ser feita mecani-camente através de correntões de 70 a 80 mde comprimento, puxadas por tratores deesteira de grande potência (ex. CatterpilarD-8 ou similar). Este processo não tem sidoeficiente nas áreas de floresta densa e deporte alto, características das regiões nordes-te, central e ocidental da amazônia brasileira.

Após a derrubada, que geralmente é feiota pelo menos quatro meses antes do iníciodo período chuvoso, a biomassa é deixada asecar até ser efetuada a queima, aproximada-mente um mês antes do início previsto daschuvas. Via de regra, dependendo da densi-dade da biomassa, após a queima ainda ficasobre o solo uma quantidade variável de ma-deira não ou parcialmente queimada, quepode ser utilizada para diversos fins, princi-palmente para construção de cerca, currais,bebedouros e, mais recentemente, para fabri-cação de carvão vegetal para fins energéticoscaseiros e industriais (fábricas de cimento,etc.).

Na região, não existem resultados depesquisa para comparar a eficiência (ou de-ficiência) dos métodos tradicionais (derruba

e queima) com outros que envolvem a meca-nização no preparo da área para plantio depastagem em área de floresta. Entretanto,Bandy & Benitez (1977, Seubert et alo(1977), Silva (1978) e Toledo & Morales(1979), relatando estudos conduzidos emoutras regiões de trópico úmido, indicamque os métodos tradicionais que envolvema derrubada e queima manual são superioresaos métodos mecânicos de preparo de área,devido ao valor fertilizante das cinzas incor-poradas ao solo nos métodos tradicionais, eos problemas de compactação do solo e daeliminação do solo superficial comuns nosmétodos mecânicos. A experiência pessoaldo autor nas condições do trópico úmidobrasileiro está de acordo com os resultadosrelatados pelos autores acima mencionados.As poucas tentativas de preparo mecânicode área sem queima da biomassa para im-plantação de pastagem na região têm de-monstrado a ineficiência bioeconômica dessemétodo. Este tem sido um assunto aindapouco explorado pela pesquisa que necessitaser enfatizado.

O processo tradicional para o semeio deforrageiras de propagação gâmica satisfatóriatem sido o manual, sendo as sementes joga-das a lanço sobre o solo. Nestes casos, vezpor outra, o semeio tem sido feito com a uti-lização de pequenos aviões (tipo Ipanema,por exemplo) devidamente equipados, oumesmo com o auxílio de semeadeiras ma-nuais, principalmente na formação inicial daspastagens. Em muitos casos, o plantio de al-gumas forrageiras tem sido feito por via ve-getativa. Como será visto mais adiante nestetrabalho, na última década tem havido umincremento na mecanização do semeio deforrageiras na região. A utilização deste oudaquele método depende de fatores climáti-cos, infraestruturais, bióticos e econômicos.Sob o ponto de vista de estabelecimento depastagem, todos os métodos tem proporcio-nado bons e maus resultados.

FORRAGEI RAS UTI LlZADASPARA FORMAÇÃO DE PASTAGEM

As gramíneas dos gêneros c ,

, H e e têm sidoas mais importantes para formar pastagensem áreas florestadas do trópico úmido bra-

sileiro (Serrão & Simão Neto 1975, Serrão& Falesi 1977)

O capim-Coloníãotem sido a mais difundida forrageira e deverácontinuar tendo um papel muito importantena região. A variedade Morumbu (ou comer-cial comum), assim como em outras regiõesdo Brasil, tem sido a mais tradicionalmenteutilizada, principalmente l?or falta de varie-dades mais produtivas. Outras variedadescomo Guiné e Sempre Verde têm sido utili-zadas em escala bastante reduzida e de for-ma esporádica. Em virtude do aumento deinteresse por outras grarníneas forrageirase por falta de melhores variedades, a taxade expansão do capim Colonião tem sidoreduzida em relação a outras gramíneas. Hámenos de dez anos atrás (Serrão & SimãoNeto 1975, Serrão & Falesi 1977, Serrãoet aI. 1979), era plantado emcerca de 85% das pastagens da região.Atualmente, estima-se que essa percentagemesteja entre 70 e 75%. Devido a importânciada espécie, algumas variedades serni-comer-ciais e novos germoplasmas têm sido introdu-zidos em diversas partes da região (EmpresaBrasileira de Pesquisa. _. 1980). Entretanto,somente nos últimos anos têm se mostradopromissoras as cultivares Makueni, Tobiatã eT-58 (Veiga et aI. 1985), estas últimas duasselecionadas na Costa do Marfim, ÁfricaOcidental.

A grande ênfase que a pesquisa temdado às gramíneas do gênero(Serrão & Gondim 1968, Serrão & SimãoNeto 1971, Serrão et aI. 1971, Simão Netoet aI. 1973, Simão Neto & Serrão 1974, Em- .presa Brasileira de Pesquisa... 1980, Gonçal-ves et al. 1982, Dias Filho 1982, Camarãoet aI. 1983a, Camarão et aI. 1983b) refletemsua importância para a região. Atualmenteestima-se que as espécies deste gênero ocu-pam entre 20 e 25% da área de pastagem cul-tivada em área de floresta. . c é,indubitavelmente, a mais difundida por suasboas caracter ísticas forrageiras para a região(Dias Filho 1982). Em virtude da relevânciadeste gênero para o trópico úmido, e de pro-blemas que serão vistos mais adiante, tem ha-vido introduções isoladas e em grupo de dife-rentes germoplasmas, principalmente de B.

, . ·

humidicola, . e. Atualmente a variedade Marandu de

151

. (Nunes et aI. 1984) se apresentacomo bastante promissora para as condiçõesregionais.

O capim-jaraguá tevepapel relevante no início da expansão da pe-cuária de corte nas áreas de floresta do tró-pico úmido, chegando a ser a segunda gramí-nea mais plantada e contribuir com mais de10% da área de pastagem formada. Na últi-ma década, houve uma considerável reduçãono interesse dos pecuaristas e pesquisadorespor esta espécie, devido a problemas relati-vos a persistência e qualidade. Serrão & Fa-lesi 1977 indicam que, na região, esta gra-mínea produz e persiste melhor em ecossis-temas onde a palmeira babaçu

e a castanha-do-brasiltomam parte importante na vegeta-

ção nativa da região. Realmente, a região doscocais no Estado do Maranhão (influência debabaçu) e a região de Marabá no Estado doPará (influência de castanheiras) são exem-plos típicos de boa produtividade e persis-tência de A pouca persistência, seuhábito ereto, a qualidade efêmera e a faltade diversidade genética são os principais fa-tores limitantes à sua expansão nas regiõesde floresta.

Embora em alguns casos - como na re-gião do baixo/médio Amazonas - o capimelefante ) seja utili-zado em pastejo, sua maior importância estácomo forrageira de corte. E é este tipo deutilização que a pesquisa tem enfatizado,principalmente no que diz respeito à seleçãode variedades (Canto et alo 1974, Mendonçaet aI. 1982), adubação e manejo (Serrão etalo 1971, Simão Neto et aI. 1974). As varie-dades Merckeron Comum (a mais tradicionale mais persistente) e Cameron (a mais produ-tiva) são, atualmente, as variedades mais di-fundidas. Outras variedades tem sido reco-mendadas pela pesquisa (Canto et aI. 1974,Mendonça et aI. 1982) porém têm sido me-nos difundidas na região. A introdução re-cente de uma variedade de porte baixo (anã)de na região (Veiga & Cama-rão 1984) visa a utilização dessa espécie empastejo.

Em 1979, o capim Andropogon (Andro-pogon var. bisquamulatus) foi intro-duzido na região do trópico úmido brasilei-ro, estando já plantado, embora ainda em pe-quena escala, em muitas fazendas situadas

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em áreas de florestas. Ao que tudo indica,esta gramínea forrageira deverá desempenharpapel relevante como mais uma opção para adiversificação de pastagem na região, pois éresistente ao fogo, tem pouca exigênciaquanto às características químicas do solo,produz boa quantidade de sementes viáveis,tem boa resistência ao período seco e boaaceitabilidade pelos bovinos (RelatórioTécnico... 1982, 1983, Dias Filho 1983).Sua diversidade genética pressupõe grandespossibilidades de melhoramento genéticocom vistas a melhor adaptabilidade às condi-ções regionais.

Nas áreas de floresta, são relativamentefreqüentes áreas com solos de drenagem in-suficiente que' podem ser utilizadas para for-mação de pastagem para alimentação do re-banho, principalmente no período seco. Pa-ra essas condições, com base nos resultadosde pesquisa (Serrão et aI. 1970, Simão Netoet aI. 1974, Serrão et aI. 1972, Empresa Bra-sileira... 1982, Empresa Brasileira... 1983)e nas experiências dos pecuaristas regionais,as gramíneas pyramidalis, E.

etêm sido as mais adequadas.. Atualmente, os gêneros

e devem ser considera-das as principais fontes de diversidade gené-tica para seleção de gramíneas forrageiraspara formação de pastagem em áreas de flo-resta na região.

Ao contrário das gramíneas, as legumi-nosas forrageiras não têm desempenhado oimportante papel que podem desempenharnas pastagens cultivadas em áreas de floresta.

Por um lado, existe a falta de tradição eexperiência dos pecuaristas da região emplantar e manejar pastagens consorciadas degramíneas e leguminosas. Por outro lado, asopções de leguminosas forrageiras têm sidoem número muito reduzido e a produção desementes comerciais insuficiente e instável.

Os gêneros e têmsido os mais importantes e P. eC pubescens as espécies mais difundidas(Serrão & Homma 1982). Algumas varieda-des de spp tem sido introduzi-do comercial ou semi-comercialmente naregião mas sua persistência deixa muito adesejar (Empresa Brasileira... 1980). Esti-ma-se que, atualmente, menos de 5% das pas-tagens cultivadas em área de floresta na re-

gião estão consorciadas com leguminosas.Não obstante, parece haver na região umalenta mas progressiva conscientização douso de leguminosas nas pastagens. A pesqui-sa tem reconhecido a importância das legu-minosas e por isso, tem procurado selecionarnovas opções (Empresa Brasileira... 1980,Relatório Técnico, 1982, 1983, Dias Filho& Serrão 1982, Azevedo et alo 1982a, Ca-marão et aI. 1983, Azevedo et aI. 1982b,Gonçalves et alo 1982) e buscado soluçõespara problemas das opções existentes.

Infelizmente, a contribuição da pesqui-sa com vistas à seleção de leguminosas forra-geiras tem sido incipiente quando compara-da à seleção de gramíneas. Não obstante,os gêneros

e são, sem dúvida,a principal base genética para a seleção de le-guminosas forrageiras para a região.

A ESTABILIDADE PRODUTIVADE PASTAGENS FORMADAS

A estabilidade produtiva de um ecossis-tema agropecuário, seja nativo ou formadocom a intervenção do homem, depende, emgrande escala, da quantidade e da ciclagemde nutrientes no mesmo.

De um modo geral, deve-se considerar apastagem formada pelo homem em áreas flo-restadas como um ecossistema relativamentefrágil quando comparado, por exemplo, comos ecossistemas de pastagens nativas da re-gião.

Após fazerem algumas comparações teó-ricas entre o ecossistema da floresta nativa eo ecossistema de pastagem formada após aremoção da floresta, Toledo & Serrão(1982), Serrão & Homma (1982) e Toledo &Serrão (1984) sugerem que pastagens con-sorciadas (gramíneas e leguminosas) bemformadas e devidamente manejadas podem,guardadas as devidas proporções, cumprirpapel um tanto semelhante ao da floresta,quanto à manutenção e ciclagem de nutrien-tes no ecossistema, pois extraem relativa-mente pouca quantidade de nutrientes dosolo e podem manter eficiente reciclagem denutrientes no sistema solo-pastagem-animal.Silva (1978), Serrão et aI. (1979), Falesiet al. (1980), Sanchez & Salinas (1981), eNavas (1982), relatam resultados que mos-

tram que uma boa cobertura de pastagemformada pode ser consideravelmente maiseficiente, em termos de manutenção dascaracterísticas físico-químicas do solo, quemuitas culturas de ciclo curto, especialmen-te em áreas de topografia acidentada. Tole-do & Serrão (1982) advertem, no entanto,que, para os processos naturais de recicla-gem de nutrientes se manterem em equilí-brio, o homem deve devolver ao sistema- diretamente à pastagem (adubação) eatravés dos animais em pastejo (mineraliza-ção) - os elementos que ele retira do mesmona forma de minerais e proteínas, principal-mente. Ademais, ele deve executar práticasde manejo compatíveis com a reciclagemde nutrientes e a estabilidade produtiva dosistema. Caso contrário, os recursos existen-tes se deteriorarão e o ecossistema entraráem degradação.

. São muito poucos os exemplos encon-trados no trópico úmido brasileiro que real-mente podem se enquadrar nessa situaçãoum tanto teórica e otimista.

A quase totalidade das pastagens forma-das em áreas florestadas da região seguem,em maior ou menor escala, os padrões deprodutividade descritos por Serrão et al.(1979), Serrão & Homma (1982), Dias Filho& Serrão (1982), e Toledo & Serrão (1984).Esses padrões são resumidos na Fig. 2 e seaplicam principalmente às pastagens de ca-pim colonião (gramínea mais plantada noprocesso inicial de formação de pastagem) ede outras gramíneas cespitosas, como

, e -

. Após a derrubada da mata, quei-ma da biomassa, plantio da gramínea forra-geira, via de regra, se conduz à formaçãode pastagens de muito boa produtividade,principalmente nos primeiros três a cincoanos. Com o decorrer dos anos, entretanto,se verifica um decréscimo gradual da produ-tividade e conseqüente incremento paulatinoda comunidade de plantas invasoras, devidoà incapacidade da gramínea forrageira parasustentar a produtividade em níveis baixosde fertilidade do solo.

Para esse processo de perda de produti-vidade das pastagens contribuem tambémdoenças, pragas e mal manejo, podendo-sechegar rapidamente a condições de degrada-ção irreversível.

A Fig. 2 mostra diferentes faixas de pro-

153

dutividade em pastagens bem formadas emanejadas na "forma tradicional". Na fasede alta produtividade há uma quantidademínima de plantas invasoras, e uma capaci-dade de suporte potencial não superior a 1,5unidades animais (DA) por hectare. Esta fasegeralmente dura de três a cinco anos, atéatingir o nível crítico de produtividade eco-lógica (ponto A), ou seja, o ponto onde onível de fertilidade de solo e a comunidadede plantas invasoras começam a desequilibrara estabilidade ecológica da pastagem, aquidefinida como a fase de produtividade dapastagem onde a gramínea plantada mantémsob controle as plantas invasoras. Estima-seque, anualmente, 13 a 17% das pastagensformadas em área de floresta amazônica atin-gem o nível de produtividade ecológica(Serrão & Homma 1982, Toledo & Serrão1984).

Na fase de produtividade aceitável - ouprodutividade média -, a comunidade deplantas invasoras representa de 10 a 20% dabiomassa vegetal total da pastagem. A capa-cidade de suporte potencial não é superior a1,0 DA por ha. Esta fase, geralmente, ocorrenas pastagens com quatro a sete anos após oestabelecimento e dura até atingir o nívelcrítico de produtividade bioeconômica (pon-to B), isto é, o ponto até o qual ainda é bio-economicamente viável interferir para recu-peração da produtividade da pastagem,como será visto mais adiante. SegundoSerrão & Homma (l982) e Toledo & Serrão(1984), anualmente, entre 8 e 12% das pas-tagens da região atingem o nível crítico deprodutividade bioeconômica.

Na fase de baixa produtividade, a bio-massa de invasoras já atinge altas propor-ções (entre 30 e 50% da biomassa total)e a capacidade de suporte fica reduzidapara não mais que 0,5 UA. Em geral, estafase ocorre entre sete e dez anos após o es-tabelecimento e dura até atingir o nível crí-tico de produtividade biológica (ponto C)que pode ser definido como o ponto a partirdo qual a produtividade da(s) gramínea(s)plantada(s) é insignificante em relação àprodutividade da comunidade de plantasinvasoras. Serrão & Homma (1982) e Tole-do & Serrão (1984) estimam que de 6 a 10%das pastagens da região atingem o nível crí-tico de produtividade biológica anualmente.

Finalmente, na fase de degradação a pre-

Derruba+

Queima+

tabelecimentoa pastagem

-VI~

• rgradaçãO

~

------Anos de utilização da pastagem t>

FIG. 2. Modelo padrão de produtividade de pastagens de e de outras gramíneas cespitosas, formadas e utilizadas no processo tradi-

cional em área de floresta tropical úmida. (Adaptado de Serrão et aI. 1979, Dias Filho & Serrão 1982, Serrão & Homma 1982 e Toledo & Serrão

1984).

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Início da P.8rda deprodutivioode biológicaI

OALTA PRODUTIVIDADE

f-- -----'~",:ívelcritico de produtividade ecológica

PRODUTIVIDADE , I • • • b' A'

I MEDIA J.~vel crrticode produtividade ioeconormce

PRODUTIVIDADEBAIXA

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DEGRADAÇÃO

sença da gramfnea plantada é praticamenteinexistente (O a 20%) e a capacidade de su-porte dificilmente atinge 0,3 UA. O extremoé a dominância total da área pela comuni-dade de plantas invasoras. Esta fase tende aocorrer entre sete e quinze anos após o esta-belecimento e estima-se que, anualmente,entre 5 e 7% das pastagens atingem a fase dedegradação (Serrão & Homma 1982, Serrão& Toledo 1984).

Mais uma vez, é preciso que fique claroque esse quadro típico está mais relacionadoàs pastagens formadas com gramíneas forra-geiras de hábito cespitoso, geralmente compouca competitividade com as plantas inva-soras e mais exigentes quanto às condiçõesfísico-químicas do solo e de manejo (siste-ma de pastejo, pressão de pastejo, etc.). Asexperiências do autor na região permitemindicar que pastagens formadas com gramí-neas forrageiras de hábito decumbente (co-mo humidicola, ,

etc.), desde que não sofram ataques inten-sos de pragas (ex. cigarrinha-das-pastagens) esejam manejadas adequadamente, apresen-tam padrões de longevidade produtiva dis-tintos , geralmente tendendo a permanecerpor muito mais tempo nas fases de alta emédia produtividade.

Existem, entretanto, casos em quemesmo pastagens de coloníão atingem o pon-to B depois de dez a quinze anos de sua for-mação, aparentemente devido somente a prá-ticas de manejo que permitam eficiente re-ciclagem de nutrientes sem adição de insu-mos.

FATORES DE INSTABILIDADEDA PRODUTIVIDADE

A estabilidade do ecossistema de pasta-gens cultivadas em áreas de floresta é influen-ciada basicamente pelo clima, (e sua influên-cia direta e indireta), a flora (a florestaadjacente, as forrageiras plantadas, a comuni-dade de plantas invasoras, a flora mícrobio-lógica), o animal (retirando nutrientes doecossistema, ajudando na reciclagem, promo-vendo compactação do solo, fazendo pastejoseletivo), o solo (o suporte do sistema plan-ta-animal, com suas características físico--químicas na maioria das vezes inadequada),a fauna (pouco aparente mas bastante ativa)e o homem (planejamento, implantação da

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pastagem, manejo do sistema solo-pastagem--animal, imediatismo econõmíco-fínanceiro,etc.). Os fatores de instabilidade mais impor-tantes (ou mais conhecidos) são:

O homem

O homem tem contribuído sobremanei-ra para a baixa longevidade produtiva daspastagens, como planejador aos níveis ma-ero (por exemplo, o programa de expansãoda pecuária na região, através dos incentivosfiscais que, desde seu início, carece de emba-samento técnico-científico) e micro (elabo-ração de projetos pecuários sem compatíbili-zação adequada dos cronogramas físico-fi-nanceiros com os cronogramas biológicos),e como produtor (na inadequada implanta-ção dos projetos pecuários e, após, no mane-jo do sistema solo-pastagem-animal) (Serrão& Falesi 1977, Serrão et aI. 1979, Serrão &Homma 1982, Hecht 1982b, Hecht 1983,Toledo & Serrão 1984). De um modo geral,os fazendeiros (ou "pecuaristas") regionaisque desenvolvem atividades de pecuária emregiões florestadas do trópico úmido brasi-leiro ou são oriundos de outras regiões bra-sileiras, ou são da região sem, entretantonunca terem sido pecuaristas.

Pode-se dizer que o homem, por seupouco domínio do conhecimento dos fato-res ambientais e seus cronogramas muitomais físico-financeiros do que bíoeconõmi-cos (imediatismo) tem tornado mais frágilo já, em princípio, frágil ecossistema pasta-gem por ele implantado e utilizado emsegmentos de floresta da região.

05010

Com raras excessões, os solos das áreasflorestadas da região onde está formada aquase totalidade das pastagens são - em seuestado natural - de baixa fertilidade (Falesi1972, 1976, Serrão & Falesi 1977, Serrãoet aI. 1979). Em virtude do processo de pre-paro de área para formação ele pastagem(derrubada e queima da biomassa da flores-ta) o solo passa por grandes transformaçõesem sua composição química. Como mostraa Tabela 1, de um modo geral, com a queimada biomassa da floresta, há um aumento con-siderável na disponibilidade de potássio, cál-cio, magnésio e, até certo ponto, de fósforo,

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em relação aos níveis observados no solo soba floresta virgem. Os índices de pH aumen-tam de, pelo menos, uma unidade e o alumí-nio é praticamente neutralizado (Falesi1976, Serrão & Falesi 1977, Serrão et aI.1979, Falesi et alo 1980).

A Tabela 1 mostra também que após aformação da pastagem e durante sua utiliza-ção através dos anos, naquelas razoavelmen-te manejadas (Tabela 1, até pastagens deonze anos), os valores de pH, Ca'" + Mg++,AI+++, K, e saturação de AI se mantêm emníveis mais ou menos satisfatórios e, geral-mente, superiores àqueles encontrados nosolo sob a floresta virgem adjacente.

A mesma tendência, entretanto, nãoocorre com o P, que tem valores satísfató-rios durante os primeiros anos da formaçãoda pastagem, após o que declina até níveisiguais ou inferiores àqueles encontrados nosolo da floresta virgem.

Serrão et al 1971, Empresa Brasileira ...1980, Rolim et aI. 1979, Serrão et aI. 1979,Rolim et aI. 1980, Gonçalves 1981 e Italianoet alo 1982 mostram que o fósforo é, incon-testavelmente, o nutriente do solo mais li-mitante para a manutenção da longevidadeprodutiva de pastagem cultivada em área defloresta amazônica. Os demais nutrientes pa-recem ser consideravelmente menos limitantesque o fósforo para essa finalidade como temmostrado Serrão et aI. 1971, Serrão et aI.1979 e Empresa Brasileira de Pesquisa ...1980.

Modelos têm sido propostos para repre-sentar a relação entre a fertilidade do soloapós a derrubada e queima da floresta paraformação de pastagem e a produtividade destano decorrer dos anos (Toledo & Ara 1977,Sertão et al. 1979, Toledo & Morales 1979,Toledo & Serrão 1982). Entretanto, para ascondições do trópico úmido brasileiro, omodelo apresentado na Fig. 3 parece estarmais em consonância com o que tem sidoverificado através de pesquisa e à luz da evo-lução da pecuária em pastagens formadas emáreas de floresta. Nesse modelo observa-se quea produtividade da pastagem declina à medidaque também declina a fertilidade do solo aténíveis muito baixos. Neste caso, a fertilidadedo solo está nivelada principalmente pela dis-ponibilidade de fósforo no solo, pois comovisto, esse elemento tem sido o principal fatorde fertilidade do solo a limitar a produtivida-

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de das pastagens. Verifica-se também que nomodelo, o nível crítico de fertilidade do solopara pastagens bem manejadas deve estar aci-ma do nível crítico de produtividade bioeco-nômica da pastagem, provavelmente em tornodo nível crítico da produtividade ecológica(ponto A), isto é, ponto acima do qual não háincremento significativo como resultado deadubação, o que deve ocorrer durante os pri-meiros três ou quatro anos após o plantio eestabelecimento da pastagem.

O modelo mostra também que se nãohouver uma correção na fertilidade do solo(adubação fosfatada provavelmente), seu níveldecresce com o tempo até atingir os níveisencontrados na floresta original.

Segundo Serrão et al. 1979, as caracterís-ticas físicas do solo podem também ser fatorde instabilidade de produtividade. Segundoesses autores, as pastagens tendem a diminuirsua produtividade mais rapidamente em solosmais argilosos (por exemplo, > 40% de argilano horizonte B), principalmente as pastagensde capim-colonião. O mesmo tende a ocorrerem solos com menos de 10% de argila no ho-rizonte B. '

Plantas forrageiras em uso

A falta de forrageiras que preencham osrequisitos de exigência edafo-climáticos ne-cessários para aumentar a longevidade produ-tiva das pastagens formadas em áreas de flo-resta do trópico úmido brasileiro tem sidoevidente. O capim- colonião comercial co-mum (Morumbu) é a variedade de

mais difundida na região, porém estálonge de ser a gramínea ideal para tal. Suaintrodução e adoção na região não obede-ceu critérios técnico-científicos. Foi umaimposição do comércio de sementes de ou-tras regiões do país, que foi aceita e difun-dida por falta de melhores opções. A exi-gência quanto às características químicase físicas de solo, a suscetibilidade a doençascausadas por fungos de sementes, a poucaagressividade para competir com a comuni-dade de plantas invasoras de pastagem, entreoutras, são características da variedade quecontribuem para a instabilidade produtivadas pastagens na região (Serrão et al. 1979).

Outras gramíneas forrageiras tradicio-nais, como as do gênero apesarde apresentarem algumas vantagens sobre o

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capim-colonião usado na região, têm proble-mas específicos (que serão vistos mais adian-te) que também podem contribuir decisiva-mente para a instabilidade da pastagem.

As leguminosas, apesar de sua ainda in-significante participação como componentesdo ecossistema das pastagens formadas na re-gião, podem, em alguns casos, ser fatores li-mitantes de produtividade das pastagens. Emalguns poucos casos, por exemplo,

, quando em associação com co-lonião, tem contribuído para o declínio maisacentuado da persistência da gramínea,devido a seu hábito alastrador, sua agressivida-de e sua menor aceitabilidade pelos bovinosna estação chuvosa. Há necessidade de quehaja compatibilidade entre a gramínea e legu-minosas associantes e manejo para persistên-cia da associação.

Há necessidade de se buscar germoplas-ma de gramíneas e leguminosas forrageirasque sejam adaptadas às condições físico-quí-micas dos solos ácidos e de baixa fertilidadeda região, que sejam tolerantes ou resistentesàs pragas e doenças prevalentes, que sejamcompetitivas com as plantas invasoras de pas-tagem e que sejam qualitativamente seme-lhantes ou superiores às atualmente em uso.

A agressividade da comunidade das plantasinvasoras

Como mostra a Fig. 2, o declínio deprodutividade das plantas forrageiras na pas-tagem é diretamente proporcional ao incre-mento da presença da comunidade de plan-tas invasoras na mesma, principalmente apartir do nível crítico de produtividade eco-lógica (ponto A).

A presença e, em muitos casos, o domí-nio total pelas invasoras, advém do fato deserem as mesmas, em sua quase totalidade,nativas e, conseqüentemente, mais adaptadasàs condições ambientais das pastagens que aspróprias gramíneas e leguminosas plantadasque, por sua vez, são exóticas (Hecht 1979,Serrão et al. 1979).

A comunidade de plantas invasoras depastagens formadas em áreas de florestas notrópico úmido brasileiro é composta de umgrande número de famílias, de gêneros e deespécies, de formas de crescimento diversos.Gonçalves et al. (1974) e Dantas & Rodri-gues (1980) fizeram levantamentos em pas-

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FIG. 3. Relação entre a produtividade da pastagem e a fertilidade do solo nivelada pela disponibilidade de P no processo tradicional de formação e utili-zação de pastagem em área de floresta tropical úmida. (Adaptado de Serrão et aI. 1979. Toledo & Morales 1979. Dias Filho & Serrão 1982. Ser-

rão & Homma 1982 e Toledo & Serrão 1984).

tagens formadas em área de floresta em dife-rentes regiões da Amazônia e encontraramplantas invasoras incluídas em 54 famílias,com maior representatividade das famíliasSolonaceae, Compositae, Malvaceae, Legumi-nosae, Gramineae, Ciperaceae, Convolvu-laceae e Rubíaceae. Nesses levantamentos,mais de 300 espécies foram identificadasentre plantas trepadeiras, herbáceas, ar-bustivas e arbóreas. Dependendo da região,há um maior ou menor predomínio dedeterminadas famílias, gêneros e espé-cies e, entre elas, existem algumas que sãoconsideradas tóxicas para os animais pasteja-dores, como (Asclepida-ceae), edulis,

(Rubiaceae), (Convolvu-laceae), (Euphorbia-ceae) , (Solanaceae),entre outras.

Naturalmente, na comunidade das plan-tas invasoras de pastagem existem aquelasque podem ser úteis na alimentação animal.Das mais de 300 espécies encontradas porDantas & Rodrigues (I 980), excluindo aque-las potencialmente tóxicas, cerca de quinzeespécies eram consumidas pelos bovinos empastejo.

Segundo Hecht (I979), as leguminosas,em suas diferentes formas de crescimento,são um componente importante na flora in-vasora das pastagens na região. Pelo menos50 espécies de leguminosas podem ser en-contradas na comunidade de plantas invaso-ras de pastagens formadas em área de flores-ta (Hecht 1979, Dantas & Rodrigues 1980).Segundo Hect (I979), as folhas da parte su-perior das leguminosas arbustivas consumi-das pelos animais são superiores às do ca-pim colonião no que diz respeito a prote í-na bruta, P, Ca, Mg, Mn, Cu, Fe e Zn.

A falta de maior conhecimento da co-munidade das plantas invasoras de pastagemquanto ao seu valor alimentício, efeitos tó-xicos e seu manejo, tem feito com que sejaconsiderada indesejável como um todo pelosfazendeiros, uma vez que, em última análise,compete agressivamente com as forrageirasplantadas por luz, umidade e nutrientes dosolo. Sob estes aspectos, são geralmente maiseficientes que as forrageiras plantadas, com-prometendo seriamente a longevidade pro-dutiva da pastagem e, por isso, tendo que sercontrolada por métodos manuais, mecânicos,

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físicos e químicos que, geralmente, são pou-co eficientes. Por essa razão, o controle deinvasoras na região pode representar até maisde 20% dos custos operacionais das fazendas(Hecht 1979).

Efeitos climáticos

Os fatores climáticos afetam a estabili-dade produtiva das pastagens em áreas defloresta direta e indiretamente (Serrão &Simão Neto 1975, Serrão & Fale si 1977,Serrão et al. 1979).

De maneira direta, a estacionalidade daprecipitação. pluviométrica regional impõeuma estacionalidade produtiva nas forragei-ras plantadas, reduzindo sua taxa de cres-cimento no período de menor precipitaçãopluviométrica, o que pode comprometer sualongevidade produtiva pela redução de com-petição, nesse período, com a comunidadede plantas invasoras, geralmente compostade plantas de raizes mais profundas, portan-to mais tolerantes a estresses hídricos. Poroutro lado, o excesso de umidade na esta-ção chuvosa dificulta a produção de semen-tes viáveis que são importantes para o resse-meio natural em pastagens de gramíneascomo colonião, para manter sua longevidadeprodutiva (Serrão et al. 1979).

As mesmas condições de alta temperatu-ra e umidade que propiciam altas taxas decrescimento das forrageiras plantadas, propi-ciam também condições bastante favoráveispara doenças e pragas que se constituem fa-tores muito importantes para a redução dalongevidade produtiva das pastagens. Porexemplo, a viabilidade das sementes de pra-ticamente todas as variedades de P.

até hoje introduzidas na região, é bas-tante afetada pelos fungos e ,

que causa a "mela" das sementes, e e

esii, que causa a doença da semente cha-mada "cárie do sino" (Freire et al. 1979).Estas doenças são fatores limitantes muitoimportantes no ressemeio natural de P.

na região, característica impor-tante para manutenção da sua produtividade.Dias Filho & Serrão (I983) relatam doençastípicas de leguminosas, como antracnose,causada pelo fungo spp,atacando spp, spp,

es, entre outras, e a "me-Ia" (ou podridão e secamento) causada pelo

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fungo , que provoca danosmuito sérios em leguminosas do gênero Cen-

, um gênero muito importante comobase genética para obtenção de gerrnoplas-mas adaptados para formação de pastagensconsorciadas no trópico úmido brasileiro.

As condições climáticas da região propi-ciam a proliferação de pragas que, em maiorou menor escala, constituem .séria limitaçãopara a instabilidade produtiva das pastagensregionais. Silva & Magalhães (1980) relacio-nam as pragas das pastagens cultivadas noEstado do Pará. Destacam-se a cochonilha

(Homoptera), a cigarri-nha-das-pastagens Deois (Ho-moptera), o cupim(Isoptera), a lagarta dos capinzais

(Lepidoptera), a lagarta militar(Lepidoptera), a

saúva (Hyrnenop-tera), entre outras.

Indubitavelmente, a cigarrínha-das-pas-tagens (Deois - a espécie maisprevalente -, D. , D. ,

, ,e S. -

é a principal praga das pastagenscultivadas em áreas de floresta, tendo causa-do, nas últimas duas décadas, sérios prejuí-zos bioeconômicos à pecuária regional. É,sem dúvida um dos mais importantes fato-res de instabilidade produtiva das pasta-gens, principalmente as do gêneroria. Os esforços da pesquisa com vistas aocontrole da cigarrinha-das-pastagens na re-gião, têm sido pouco frutíferos e carecem demaior agressividade. A experiência na regiãosugere que a busca de resistência genética degramíneas e a diversificação de forrageirasparecem ser o caminho mais promissor paraminimizar o problema. A cigarrinha-das-pas-tagens é assunto específico de outro trabalhoincluído neste volume.

CONSIDERAÇÕES ECOLÓGICAS

Muito tem sido escrito e falado sobre aexploração da pecuária em área de florestana Amazônia - porque envolve grandes ex-tensões de desmatamentos para formação depastagem - e suas possíveis conseqüênciasecológicas.

Parece não haver dúvida que as princi-pais e inquestionáveis conseqüências indese-jáveis do desmatamento para formação de

pastagens em larga escala são: modificaçãoda fauna e da flora, com risco de desapareci-mento de espécies; degradação do solo porerosão e Iixíviação; assoreamento dos rios elagos; e mudança no fluxo das águas. Essessão os riscos óbvios que deverão ocorrercomo conseqüência de desmatamentos. Suamagnitude será, obviamente, função daextensão do desrnatamento.

Alvim (1980) cita também os "riscosespeculativos" que são alterações ambientaiscujas relações com o desmatamento aindanão foram comprovadas defínitivamente e"podem ocorrer", dependendo da extensãodo desmatamento. Aqui se englobam princi-palmente as mudanças macroclimáticas oumicroclimáticas e o aumento da concentra-ção do CO2 na atmosfera. Segundo a litera-tura especializada esses efeitos já se fazemsentir em certas regiões do globo. Todavia,pouco é conhecido sobre a influência dodesmatamento no trópico úmido brasileirona (e fora da) região.

Salati (1983) também tece considera-ções sobre as conseqüências do desmatamen-to na região, enfatizando a importância dafloresta na manutenção do clima atual(prevendo alterações que deverão sobrevircom a substituição ou simples destruição dacobertura vegetal da região) e no ciclo docarbono e do nitrogênio.

Shubart (1983) enquadra as conseqüên-cias ecológicas dos grandes desmatamentospara formação de pastagem, ou outros pro-jetos agroindustriais, em quatro categorias, asaber: (l) destruições dos estoques genéticos,tanto de plantas como de animais; (2) modi-ficações no solo com a ruptura do mecanis-mo de reciclagem de nutrientes; (3) altera-ções do ciclo hidrológico, através das modi-ficações no balanço de energia e evapotrans-piração da água e de modificações na estru-tura física do solo, principalmente a compac-tação; e (4) aparecimento de pragas e doen-ças em função de vulnerabilidade de mono-cultivos ao ataque de insetos, fungos, bacté-rias, etc.

No caso das pastagens, é provável que oaparecimento e proliferação do fungo

que causa prejuízos às pastagensde e da cigarrinha-das--pastagens (Deois , a mais temí-vel praga das pastagens de spp naregião, sejam uma conseqüência das grandes

áreas desmatadas. De qualquer maneira, apreocupação com a ecologia de pragas edoenças é mais de natureza econômica doque ambiental. Mesmo assim, deve-se levarem conta, que grandes monoculturas podemcausar grandes prejuízos, sejam sociais,econômicos ou ecológicos.

Sioli (1986) em trabalho apresentadoneste Simpósio alerta para conseqüências"definitivamente destrutivas", segundo ele jáplenamente previsíveis para a região, quaissejam: a quebra do ciclo e perda dos poucosnutrientes do ecossistema da floresta; in-terrupção da reciclagem da água da chuvaregional; "areníficação" progressiva da super-fície do solo pela erosão seletiva; formaçãode vegetação de savana de subarbustos e ouárvores baixas, além de outras conseqüênciasque ultrapassam os limites da Amazônia. Elecita o aniquilamento do estoque genéticocomo a pior conseqüência do desmatamentoda Amazônia.

A verdade é que, na região, a despeitoda grande importância do assunto, a pesquisatem sido incipiente (ou quase inexistente)para comprovar e quantificar as previsõesacima mencionadas.

Segundo Dantas (1980), sob o ponto devista ecológico, o ecossistema das pastagensformadas em área de floresta amazônica ca-racteriza-se por ser "simplificado, floristica-mente pobre, altamente instável e incapaz dese auto-sustentar, dependendo, sobremanei-ra, da interferência do homem para se man-ter" .

A pouca literatura sobre a ecologia depastagem formada em área de floresta ama-zônica se restringe, principalmente, ao estu-do das alterações químicas, físicas e bioló-gicas do solo da pastagem, via de regra com-parando com o solo da floresta adjacente.

Alterações químlcas

Este aspecto tem sido tratado por al-I guns pesquisadores (Falesi 1976, Serrão &Falesi 1977, Serrão et al. 1979, Falesi et al.1980, Toledo & Morales 1979, Fernside1979, Fernside 1980, Toledo & Serrão1982, entre outros) com base em resultadosobtidos na região, e foi resumidamente tra-tado sob o tópico "Fatores de Instabilidadeda Produtividade" neste trabalho. Esteassunto necessita da intensificação de pesqui-

161

sa visando a compreensão da dinâmica doscomponentes químicos do solo após a for-mação da pastagem e sua utilização pelosanimais em pastejo no decorrer do tempo.Do conhecimento da ciclagem de nutrientesno sistema solo-pastagem-animal, devem de-pender, em larga escala, as decisões de mane-jo para o aumento da produtividade susten-tável do sistema.

Alterações fisicas

As alterações físicas no solo quandouma floresta virgem ou mata secundária étransformada em pastagem podem ser con-sideráveis.

Segundo Bandeira (1978) e Shubart(I 978), a infiltração é consideravelmentemenor em pastagem do que na floresta ou nacapoeira, o que subentende maior compacta-ção e erosão de superfície (runoff) no solosob pastagem.

Embora não existam dados locais, pare-ce lógico que a erosão por infiltração e lami-nar deverá ser maior no ecossistema da pasta-gem que no da floresta, principalmente emsolos mais arenosos para o primeiro caso eem áreas acidentadas para o segundo.

Bandeira (I978) e Dantas (1979) mos-tram que a umidade do solo sob pastagem ébem menor que no solo da floresta. Poroutro lado, a umidade do solo na pastagemapresenta flutuações significativas durante oano e na floresta é quase constante. A tem-peratura do solo na pastagem tende a atingirvalores bem mais elevados' que na floresta de-vido à alta taxa de calorias recebidas atravésda radiação solar e à cobertura menos efi-ciente que proporciona ao solo comparadacom a da floresta.

Pouco se conhece sobre alterações natextura e estrutura do solo sob pastagem.Entretanto, parece existir uma tendência dediminuição da percentagem de argila e tam-bém aumento da percentagem de areia finada floresta para as pastagens formadas (Fa-lesi 1976).

Alterações biológicas

Os organismos vivos dos ecossistemas dafloresta ou da pastagem estão em função dosfatores físicos e químicos que interagem nosmesmos. Como enfatizado anteriormente, a

162

reciclagem de nutrientes é a base da susten-tabilidade do ecossistema e os organismosque vivem no solo e sobre ele tem um papelpreponderante nessa reciclagem (Nye 1961).

No que diz respeito a comunidade ma-crobiológica do ecossistema, com transfor-mação de floresta primária para pastagem, asalterações são marcantes. Segundo Dantas(I 980) (citando Rodrigues 1967), Pranceet al. 1976 e Dantas & Müller (1978), a co-munidade superior da flora sofre uma redu-ção drástica de cerca de 200 espécies porhectare para umas pouquíssimas espécies.Entretanto, com o tempo e dependendo dafase de produtividade de pastagem - que éfunção do manejo imposto à mesma - (verFig. 2), a sucessão vegetal nativa, que vema se constituir a comunidade de plantas inva-soras das pastagens, pode se tomar uma asso-ciação vegetativa bastante complexa comdiferentes estruturas e composição daque-la da floresta, mas que inclui espécies nelacontida.

No que respeita à microorganismos, ospoucos estudos que têm sidq realizados tra-tam das alterações na microfauna. SegundoDantas 1979, o solo da pastagem é mais po-bre em número de espécies, porém mais ri-ca em número de indivíduos do que o soloda floresta adjacente, devido ao aumento desua população em função da diminuição dacompetição entre espécies pelos espaços(nichos) vazios.

Indubitavelmente, apesar de ser o dia-a--dia de muitos cientistas brasileiros e estran-·geiros (principalmente ecólogos e agrônomosconservacionistas ou não), a "ecologicidade"das pastagens em regiões florestadas da Ama-zônia, tem sido pouco compreendida poistem havido muito mais discussão de plená-rio do que pesquisa de campo.

A pastagem não pode ser sempre consi-derada uma "coisa" indesejável, como seouve com freqüência. Ela sendo produtiva,estará produzindo proteína animal para ali-mentar o homem. O que falta é saber mane-já-Ia para aumentar sua longevidade produti-va e sua "ecologicidade", e determinar se,quando a pastagem se degrada, esse ecossis-tema "degradado" pode ser aproveitado pelohomem ou voltar a ser um ecossistema nati-vo produtivo e ecologicamente estável seme-lhante à floresta original. Resultados prelimi-

nares de estudos em desenvolvimento emParagominas, Estado do Pará (Buschbacheret al. 1986), apresentados neste Simpósio,indicam que á derrubada da floresta para for-mação de pastagem não exclui necessaria-mente a possibilidade de regeneração da flo-resta. A taxa de regeneração, entretanto, seráinversamente proporcional à intensidade douso da pastagem e será tanto menor quantomais mecanizada for a área.

O fogo tem sido usado como um fatorimportante de manejo de pastagem, princi-palmente pelo fato de ser um meio baratode controle de plantas invasoras. O efeito dofogo tem sido avaliado mais em relação àqueima da biomassa inicial da floresta eseus efeitos "benéficos" imediatos no solo(Falesi 1976, Silva 1978) do que quanto aosbenefícios e/ou prejuízos das queimadasperiódicas para o ecossistema das pastagense, principalmente, seus efeitos na comuni-dade das plantas invasoras, nos processosfísicos, químicos, biológicos e suas intera-ções no sistema solo-planta-animal (exem-plo: na reciclagem de nutrientes), nas pragase doenças das pastagens e do rebanho, e naprópria persistência das forrageiras planta-das (estímulo ou inibição da germinação desementes, estímulo ou inibição da rebrota,liberação de nutrientes, etc.).

MANUTENÇÃO E RECUPERAÇÃODA PRODUTIVIDADE DE PASTAGENSFORMADAS EM ÁREA DE FLORESTA

Os programas de pesquisa desenvolvidosna região visando a recuperação e melhora-mento de pastagens (Empresa Brasileira deAssistência. . . 1979, Rolim et al. 1979, Ro-lim et al. 1980) e as experiências dos pró-prios fazendeiros regionais, têm possibilitadoalguns avanços tecnológicos que permitem,atualmente, a indicação de intervenções noprocesso que propiciam o aumento da longe-vidade produtiva das pastagens formadas emáreas de floresta na região (Serrão et al.1979, Serrão & Homma 1982, Dias Filho &Serrão 1982).

Para o processo inicial de formação depastagem, . Falesi (1976) e Serrão et al.(I979) enfatizam o preparo da área (derru-bada e queima da biomassa) e o plantio da(s)forrageira(s) como fatores decisivos para o

estabelecimento e, após, utilização das pasta-gens. A inadequação do preparo de área e doplantio enseja a formação de pastagens ini-cialmente de baixa produtividade e curtalongevidade produtiva, não chegando mes-mo a se enquadrar nos padrões vistos naFig.2.

Na última década, no processo de for-mação de novas pastagens, a utilização degrande parte da biomassa não queimada parao preparo de carvão vegetal, em muitasfazendas, tem propiciado um melhor estabe-lecimento e manejo inicial das pastagens.

O que fazer para minimizar a taxa dedeclínio de produtividade ou para recupe-rá-Ia quando for necessário?

Partindo-se do pressuposto que a pasta-gem teve um estabelecimento satisfatório, aFig. 4 mostra as diversas alternativas deinterferência nas diversas fases de produtivi-dade da pastagem desde seu estabelecimento.

No ponto O, a pastagem deve ser mane-jada (com sistema e pressão de pastejo, dis-tribuição de aguada e mineralização, contro-le de invasoras) visando a manutenção deuma constante e adequada cobertura do solopela pastagem, para propiciar uma eficienterecic1agem de nutrientes para manutençãodo equilíbrio do sistema solo-pastagem-ani-mal na fase de produtividade alta por ummaior espaço de tempo possível. Nessa fase,parece lógico esperar que gramíneas decum-bentes e agressivas sejam mais eficientes queas gramíneas cespitosas quanto à rapidez decobertura do solo e maior competitividadecom as plantas invasoras, evitando sua proli-feração. Pastagens consorciadas de gramí-neas e leguminosas compatíveis entre sipodem tornar o sistema ainda mais eficiente(Toledo & Serrão 1982, Serrão & Homma1982, Toledo & Serrão 1984) devido o au-mento da eficiência das relações do nitro-gênio no sistema.

Principalmente em se tratando de pas-tagens formadas com capim-colonião, mes-mo com manejo satisfatório, eventualmentea produtividade atingirá o ponto A. Geral-mente esse ponto se evidencia pelo inícioda perda de vigor da gramínea que - seoutros fatores tais como manejo, pragas,doenças etc. não forem limitantes - estáassociado com problemas de fertilidade desolo, sendo o fósforo o nutriente mais lirni-tante (Rolim et al. 1979, Serrão et al.

163

1979, Empresa Brasileira de Pesquisa ...1980, Rolim et aI. 1980, Gonçalves 1981,Italiano 1982).

Se o atingimento do ponto A estiverrealmente relacionado com fertilidade desolo, a adubação deverá ser bioeconomica-mente mais eficiente nesse ponto (sugeridocomo nível crítico de fertilidade para apastagem), pois a biomassa da pastagemainda é, em sua quase totalidade, provenien-te das forrageiras plantadas. Resultados bas-tante satisfatórios têm sido obtidos com aaplicação de 30 a 5'0 kg de P2 O 5 por hecta-re, principalmente através de adubos fosfata-dos medianamente solúveis (Serrão et aI.1979, Rolim et al. 1979, Empresa Brasilei-ra ... 1980, Rolim et al. 1980, Gonçalves1981, Italiano 1982). Após a adubação, omanejo da pastagem deve ser compatívelcom manutenção das condições propícias àeficiente recic1agem de nutrientes.

Somente nos últimos cinco a seis anosa necessidade de adubação fosfatada paramanter a produtividade das pastagens vemsendo reconhecida por fazendeiros regionais,sendo sua adoção ainda restrita. De ummodo geral, nos casos em que esta práticatem sido adotada, a interferência tem sidofeita principalmente no ponto B (Fig. 4),quando os sintomas da deficiência nutricio-nal já são mais aparentes e a presença dacomunidade de plantas invasoras mais notó-ria. Nesse ponto, se a principal causa dodeclínio de produtividade da pastagem esti-ver ligada à fertilidade do solo, o conteúdode fósforo (P) disponível no solo deveráestar situado entre 2 a 3 ppm, cerca de3 ppm abaixo do nível crítico (5 ppm) suge-rido para as pastagens formadas em áreasde floresta na região (Serrão et al. 1979).Nestes casos, a adubação fosfatada é prece-dida de uma limpeza manual ou química dasplantas invasoras para que a pastagem seja aprincipal beneficiária da adubação e, conse-qüentemente, volte a ter a cobertura do soloadequada e necessária para uma eficienterecic1agem de nutrientes no sistema.

Em virtude do aparecimento de algumaspequenas áreas de solo descoberto nessa fasede produtividade, e a fim de estimular as re-lações de nitrogenase e a recic1agem de nu-trientes, bem como melhorar a qualidade nu-tricional da pastagem, tem sido sugerido(junto com a adubação) o semeio em baixa

0\~

Derruba+

Queima+

tobelecinenfoa pastagem

rPousio ou renovOfõoIV de ~aoem ouplantio

I I ~~d~

------ Anos de uti I izaçõo da pastagem t>

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Manejo visando reciclagemeficiente de nutrientes

ALTA PRODUTIVIDADEAdubaçõo + manejo visando reciclagem

Aeficiente de nutrientes

I "',PRODU,TlVIDADE

MEDIAAdubaçõo + (Ieguminosa)t (gramínea)+ manejovisondó reciclagem eficiente de nutrientes

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PRODUTIVIDADEBAIXA Manejo para utilização da biomassa

I forrageira existente e recuperação doI J1~ecossistema nativo

DEGRADAÇÃO

FIG. 4. Práticas de manejo de pastagens formadas em áreas de floresta amazônica, visando a manutenção da produtividade nas fases produtivas e a

recuperação nas fases de degradação (Adaptado de Serrão et aI. 1979, Serrão & Homma 1982 e Dias Filho & Serrão 1982).

densidade de leguminosas compatíveis coma gramínea plantada. spp eraria phaseoloides por exemplo, podemcumprir esse importante papel, semeadas emquantidades não superiores 2 kg por hectare.

Observações em fazendas regionaisacompanhadas pelo autor, indicam que, paramanter a produtividade entre os pontos O eB, a adubação entre os pontos A e B temsido repetida após um período de três a qua-tro anos, e seu efeito tem sido mais eficienteem solos de textura média (solos com 20 a30% de argila total no horizonte B) e comaparentemente satisfatória reciclagem de nu-trientes (boa cobertura de solo, boa quanti-dade de humus na camada superficial dosolo).

A partir do ponto B, a interferência paraa recuperação da produtividade das pasta-gens através de insumos, tais como adubos,leguminosas, herbícidas, não tem sido efi-ciente, pois a quantidade de biomassa da pas-tagem devida às forrageiras plantadas já nãoé suficiente para uma resposta bioeconomi-camente viável. O desequilíbrio ecológico jáfavorece mais a comunidade de plantas inva-soras nativas que as forrageiras plantadas.

Resultados mais positivos, sob o pontode vista econômico, têm sido obtidos entreos pontos B e C através da queima periódicada pastagem, que elimina temporariamentegrande parte das plantas indesejáveis e podeproporcionar um retorno da produtividadeda pastagem até em torno do ponto B. Estebenefício, entretanto, tem sido efêmero poisa já reduzida reciclagem de nutrientes no sis-tema é ainda mais reduzida pelas queimasfreqüentes, fazendo com que a produtivida-de da pastagem adquira níveis cada vez maisbaixos, predominando no ecossistema asplantas invasoras herbáceas e arbustivas debaixa produtividade biológica.

As observações indicam que, em virtudedas prováveis conseqüências negativas de or-dem biológica que devem ocorrer devido àsqueimadas periódicas após a pastagem ultra-passar o nível crítico de produtividade bio-lógica (Fig. 2), parece mais concebível o ma-nejo do sistema com vistas à utilização dorestante da biomassa forrageira até o atingi-mento do ponto D, com um mínimo deagressão - principalmente pela mecaniza-ção - à comunidade vegetal em formação,que poderá ainda vir a se constituir um

165

ecossistema produtivo (Buschbacher et alo1986). Isto pode ser obtido com pressõesde pastejo compatíveis com a baixa disponi-bilidade da forragem proveniente das forra-geiras inicialmente plantadas e de algumasplantas da comunidade das plantas invasorasnativas (Hecht 1979).

Atingido o ponto D, um ecossistemacuja produtividade biológica depende domanejo nas fases de baixa produtividade edegradação da pastagem, a Fig. 4 mostraque o fazendeiro pode abandonar a área porperíodo indeterminado (pousio), renová-Iacom formação de novas pastagens, ou utili-zar a área para plantar outros cultivos, prin-cipalmente culturas permanentes.

Pousio

O pousio consiste no descanso portempo indeterminado da área de pastagemdegradada com vistas à recuperação da co-munidade de plantas nativas (principalmen-te), visando um ecossistema biologicamentemais produtivo e vegetativamente mais pró-ximo possível da floresta original. Infeliz-mente este assunto tem sido pouco explora-do pela pesquisa.

Resultados preliminares (Buschbacheret alo 1986) indicam que, no nordeste doEstado do Pará, em área originalmente demata densa e solo argiloso, o acúmulo totalde biomassa em pousios de oito anos foi in-versamente proporcional à intensidade deuso da pastagem. Pastagens que, antes dopousio, tiveram estabelecimento deficientee foram manejadas com baixa intensidade deuso (poucas limpezas, baixas pressões de pas-tejo e poucas queimadas) acumularam81 de matéria seca de biomassa, emcomparação a 42 naquelas maneja-das com intensidade média e 7 naquelasmanejadas com alta intensidade de uso.

O pousio para recuperação natural doecossistema de pastagem degradada, tem sidoobservado, embora com pouca freqüência,principalmente nas fazendas "que dispõemde grandes áreas que, até certo ponto, pra-ticam uma pecuária itinerante, nos moldesda agricultura itinerante.

Renovação de pastagem

De um modo geral, quando a pastagem

166

original atinge o ponto D, a renovação temsido a prática mais comum (Serrão et alo1979, Serrão & Homma 1982, Dias Filho& Sertão 1982, Veiga et alo 1985), envolven-do mecanização, práticas culturais e insumosque caracterizam um uso mais intensivo dosolo.

Neste ponto, o preparo de área pararenovação da pastagem envolve o uso de tra-tores de esteira acoplados com lâmina para oenleiramento da biomassa, precedido ou nãoda queima da vegetação da comunidade deplantas invasoras e da biomassa residual davegetação original existentes na pastagem de-gradada. Embora não seja regra geral, pareceestar havendo uma conscientização cada vezmaior entre os fazendeiros regionais sobre afertilidade do solo das pastagens e a necessi-dade de adubação, principalmente fosfatada.

por suas característi-cas agronômicas (Simão Neto & Sertão 1974,Dias Filho 1983) e pela grande aceitaçãoentre os fazendeiros, tem sido a gramineaforrageira mais usada para renovação de pas-tagens, secundada por P. cv. Colo-nião comercial comum (Morumbü). Outrasgramíneas forrageiras selecíonadas mais re-centemente como Andropogon cv.Planaltina (Relatório Técnico ... 1982, 1983,Dias Filho 1983), cv.Marandu (Nunes et al. 1984) e P.

cv. Tobiatã (Veiga et al. 1985), entre outras,têm se mostrado promissoras e já começama ser usadas no processo de renovação depastagem.

Indubitavelmente, o alto custo da reno-vação de 'pastagem (cerca de US$ 250/ha),principalmente devido à mecanização e apli-cação de adubos, têm sido o principal entra-ve face às geralmente grandes áreas a seremrenovadas. A associação de culturas alimen-tares com forrageiras na renovação de pasta-gens degradadas tem sido recomendada pelapesquisa para minirnizar os custos de implan-tação da pastagem (Veiga et alo 1985). Ex-tensas áreas de pastagens degradadas têmsido renovadas através desse processo, espe-cialmente na região nordeste do Estado doPará (principalmente com milho) e nordestedo Estado de Mato Grosso (principalmentecom arroz). As operações de semeio da gra-mínea forrageira e da cultura de subsistên-cia, assim como a aplicação do adubo, sãofeitas de uma só vez com uso de semeadei-

ras/adubadeiras combinadas puxadas por tra-tor de roda.

Via de regra, a renovação de pastagemcom .

não podem prescindir de, pelo menos,adubação fosfatada (Serrão et alo 1979,Dias Filho & Serrão 1982, Veiga et al. 1985).

Em alguns casos, o plantio da gramínea(nestes casos principalmente B.

tem sido feito sem adubação e sem cultivoassociado, precedido do preparo mecanizadoda área ou simplesmente da queima da bio-massa da pastagem degradada. Nestes casos,o estabelecimento tem sido consideravelmen-te menos eficiente.

Atualmente, reconhecendo a necessida-de de recuperação de áreas de pastagem de-gradadas através de sistemas de produçãobiologicamente mais estáveis que pastagenspuras, a pesquisa vem procurando desenvol-ver sistemas agro-pastoris, silvo-pastoris ouagro-silvo-pastoris com combinações de cul-tivos, pastagem e essências florestais bioeco-nomicamente compatíveis. Nestes casos, oscultivos anuais são plantados para minimizaros custos durante os dois ou três primeirosanos até o atingimento de alturas das essên-cias florestais ou dos cultivos perenes quesejam compatíveis com o pastejo dos ani-mais. A pastagem é plantada no segundo outerceiro ano após o plantio da espécie flores-tal ou do cultivo perene, podendo ser efetua-do em associação com um cultivo anual,como milho, arroz ou feijão.

A associação de Pinus com P.

B. e outras forragei-ras na Companhia Jari Agroflorestal (na divi-sa do Estado do Pará com o Território Fede-ral do Amapá) de spp (seringueira)com na CompanhiaAgroindustrial Pirelli, de(palma africana) com P. naCompanhia Dendê do Pará SA, estes doisúltimos projetos no Estado do Pará, e de B.

com e e e (cas-tanha-do-brasil) na Agropecuária AruanãS.A no Estado do Amazonas, são os princi-pais exemplos de sistemas agro-pastoris ousilvo-pastoris em área originalmente flores-tadas no trópico úmido brasileiro. Nesses ca-sos, a forrageira tem como principal fínali-dade o controle de invasoras e a coberturae melhoramento do solo.

Hecht (l982a) cita Cordia Ce-

,

spp, , spp.,entre outras, como espécies florestais que seprestam pata associações agro-sílvo-pastorís.Entretanto, as espécies florestais podemdesempenhar um papel bioeconomicamentemais importante na associação, principal-mente quando associa qualidades como plan-tas fixadoras de nitrogênio, bom valor co-mercial, produção de frutos e sombra(Peck 1982).

Os sistemas agro-silvo-pastoris estão emseus primórdios nas áreas de floresta do tró-pico úmido brasileiro. Não obstante, pode-rão desempenhar um papel muito importan-te no desenvolvimento da agropecuária re-gional, e mais especificamente, no processode recuperação de áreas de pastagens degra-dadas.

Embora com muito pouco respaldo dapesquisa técnico-científica, até o presente,alguns cultivos agroindustriais nativos e in-troduzidos como pimenta-do-reinon , seringueira, palma africana, casta-nha-do-brasil, entre outras, estão aos poucossendo utilizadas em cultivo puro ou associa-das com pastagem no processo de recupera-ção de pastagens degradadas (Serrão et aI.1979, Müller"),

Maiores detalhes sobre os aspectos prá-ticos da manutenção, melhoramento, recupe-ração e renovação de pastagens em áreas defloresta podem ser encontrados em diversaspublicações geradas na região (Empresa Bra-sileira de Assistência... 1979, Dias Filho &Serrão 1982, Gonçalves & Oliveira 1982,Serrão & Homma 1982, Veiga et aI. 1985).

VIABILIDADE BIOSOCIOECONÔMICADA PECUÁRIA EM PASTAGENS

FORMADAS EM ÁREAS DE FLORESTA

De um modo geral, as análises da viabili-dade da pecuária em área de floresta no tró-pico úmido brasileiro e em outros ecossiste-mas similares (parsons 1976, Fernside 1979,Fernside 1980, Shane 1980, Hecht 1983, e,provavelmente, outros trabalhos apresenta-dos neste Simpósio) tendem a indicar que a

2 Comunicação pessoal do pesquisador da

EMBRAPA-CPATU Carlos Hans Müller.

167

"experiência" tem sido mais negativa do quepositiva.

Os argumentos em favor da baixa viabili-dade são, em geral, baseados em considera-ções de ordem 'ecológica (as conseqüênciasa nível local, regional e global, via de regra,sem suporte de resultados de pesquisa), bio-econômica (produtividade efêmera, altoscustos de investimento com insumos paramanter produtividade sustentável, ataquesde pragas e doenças, etc.) social (baixo índi-ce de geração de empregos, concentração derenda, especulação de terra, problemas fun-diários, etc.).

O que tem se verificado, em realidade,é que o homem, através de seus planos dedesenvolvimento para a região, ou de seuscronogramas mais econômico-financeirosdo que biológico, ou da falta de conheci-mentos básicos das peculiaridades regionaisdo sistema clima-solo-pastagem-animal, ouda falta de tradição em pecuária e, em mui-tos casos, de seu imediatismo, tem sido aprincipal causa dos insucessos observados emmuitos empreendimentos agropecuários emárea de floresta do trópico úmido brasileiro(Serrão & Homma 1982).

Isto não significa, todavia, que a produ-ção de carne ou leite não seja viável atravésda criação de bovinos em pastagens forma-das em áreas de floresta.

Embora ainda insuficientes, os resulta-dos de pesquisa acumulados nos últimosquinze anos sintetizados neste trabalho, e aprópria experiência dos pecuaristas da re-gião, indicam que a produtividade da pecuá-ria em pastagens formadas em áreas de flo-resta pode ser satisfatória e sem altos riscosecológicos locais, desde que seja observadoum mínimo de tecnificação compatível coma manutenção do equilíbrio entre o clima,o solo, a pastagem, o animal e o homem.

O importante é o reconhecimento danecessidade de intensificação do uso dasáreas de pastagens cultivadas a fim de redu-zir a expansão em novas áreas florestadas, evi-tando a "pecuária itinerante" que, indubita-velmente, trará, além das conseqüências 'ne-gativas já aparentes, outras previsíveis e im-previsíveis.

Parece apropriado indicar que a intensi-ficação do uso das pastagens formadas emárea de floresta pode propiciar alguns bene-

168

fícios de ordem ecológica, econômica e so-cial.

Beneficios ecológicos

Em termos gerais, em seus moldes tra-dicionais, a exploração pecuária em pasta-gens formadas em área de floresta na Ama-zônia tende a ser vista como um fator dedesequilíbrio ecológico.

Independente da magnitude desses dese-quilíbrios ecológicos na região, o maior be-nefício de intensificação da produção daspastagens já formadas reside, sem dúvida,em evitar a derrubada e queima desnecessá-ria de milhares (ou milhões) de hectares adi-cionais de floresta.

Serrão & Homma (I982) relatam que,em conseqüência da degradação das pasta-gens, os fazendeiros precisam formar novaspastagens em novos segmentos de florestapara manter o processo produtivo. Conside-rando como quinze anos, nas condições tra-dicionais, a vida útil de uma pastagem desdea formação até à degradação; os referidosautores estimam que é necessário formaranualmente entre 5 e 7% da área total depastagem formada a fim de cobrir a "depre-ciação" (degradação) da capacidade desuporte das pastagens. Se esses índices fos-sem aplicados aos cerca de oito milhões dehectares de pastagens cultivadas já formadasna região, implicaria na abertura de 400_000a 600.000 hectares de novas derrubadas paraformação de novas pastagens, o que seriaextremamente indesejável do ponto de vistaecológico.

Felizmente, parece estar havendo umatendência para a intensificação do uso daspastagens já formadas, com o apoio da ciên-cia e tecnologia, e das instituições de crédi-to, assistência técnica e de desenvolvimento,e pela própria conscientízação e experiên-cia dos fazendeiros regionais.

No mínimo, a redução da taxa deexpansão da pecuária em áreas florestadassignifica, em última análise, um benefíciopara a ecologia regional.

Benefícios bioeconômicos

Pode-se dizer que as pastagens formadase utilizadas no sistema tradicional - quepouco leva em consideração os fatores bióti-

cos e abióticos que controlam a manutençãode produtividade sustentada - são de baixaeficiência bioeconômica. O rápido declíniode produtividade da pastagem, acompanha-da de redução, via de regra acentuada, da ca-pacidade de suporte e do correspondente in-cremento da biomassa da vegetação indese-jável (a comunidade de plantas invasoras),têm feito com que os fazendeiros passem aexplorar outros segmentos de floresta nassuas propriedades, deixando para trás umapastagem degradada de muita baixa capaci-dade de suporte (pontos C e D, Fig. 2).

As experiências regionais (Kitamuraet aI. 1982, Serrão & Homma 1982) e, prin-cipalmente, a experiência prática em algu-mas fazendas da região, permitem sugerirque os sistemas de manejo das pastagens cul-tivadas com introdução de tecnologias demelhoramento, recuperação e renovação(Fig. 4), podem ser economicamente compe-titivos quando comparados aos sistemas tra-dicionais de manejo.

Embora a implantação dessas tecnolo-gias impliquem em aumentos significativosde custos totais de produção, os quaispodem variar de 40% a 210%, dependendoem que fase da produtividade a interferênciaé feita, as taxas de retomo podem ser maio-res quando da utilização de práticas que,além de manejo de pastejo, envolvem aduba-ção fosfatada, plantio de . e se-meio de leguminosas forrageiras (Kitamuraet aI. 1982). Ademais, Serrão & Homma(1982) sugerem que, a curto prazo, a forma-ção de novas pastagens para cobrir o deficitda capacidade de suporte é mais onerosaque o melhoramento, recuperação ou reno-vação de pastagens já existentes, quandocomputadas as obras de infraestrutura neces-sárias para as novas áreas de pastagem, comocercas, cochos para minerais, aguadas, estra-das internas ou compra de novas terras,quando for o caso. Os fazendeiros, com otempo, tendem a manter as mesmas pasta-gens por facilidades administrativas e infra-estruturais, limitação de áreas virgens, etc.

Do ponto de vista macroeconômico,Serrão & Homma (I982), baseados em re-sultados de pesquisa (Kitamura et aI. 1982)e informações obtidas em fazendas da re-gião, estimam que a incorporação de cada100.000 ha de pastagens degradadas ao pro-cesso produtivo poderá proporcionar um

acréscimo de 10.000 t/ano de carne bovinaque, se tivesse que ser importada para a re-gião amazônica, implicaria numa evasão dedivisas da ordem US$ 20.000.000/ano.

Existem ainda dúvidas quanto a longevi-dade produtiva das pastagens melhoradas, re-cuperadas ou renovadas com as tecnologiasinovadoras revisadas neste trabalho. Suasustentabilidade depende, em larga escala,do manejo (pressão e sistema de pastejo) aque são submetidas, das forrageiras envol-vidas, das condições físicas e químicas dosolo, de pragas e doenças, entre outros fato-res. Não obstante, as experiências recentesde alguns usuários dessas tecnologias pare-cem indicar resultados bastante satisfató-rios.

Apesar de necessárias e viáveis bioeco-nomicamente, as inovações tecnológicas aquirevistas, devido aos aumentos significativosnos custos totais de produção, têm tido suaimplementação um tanto lenta, por falta delinhas de crédito rural específicas para que aintrodução das novas técnicas ocorra semprejuízo na renda presente dos produtores.

Por outro lado, Kitamura et al. (1982)e Serrão & Homma (1982) indicam quequanto mais degradada estiver a pastagemmais onerosa será a intervenção para melho-ramento ou renovação (Figs. 2 e 4). A reno-vação de pastagens degradadas com sistemasagro-silvo-pastoris deverá envolver inova-ções biologicamente mais complexas e pro-vavelmente mais onerosas, porém de grandealcance bioeconômico.

Beneflcios sociais

A intensificação do uso das pastagensformadas em áreas de floresta pode trazerbenefícios de ordem social. No sistema tradi-cional, a oferta de mão-de-obra é muito re-duzida e se restringe a serviços periódicos dederrubadas da vegetação original, plantio dapastagem e controle das plantas invasoras,caracterizando uma oferta de mão-de-obratemporária e incerta. A intensificação permi-tiria não só maior oferta de mão-de-obrafixa, como também o melhoramento de seunível (manejo mais especializado de pasta-gem e animais, aplicação de adubo, plantiosmecanizados etc.).

169

A diversificação agropecuana atravésdos sistemas agro-pastoris ou agro-silvo-pas-toris implicam na diversificação de produ-ção, incluindo culturas alimentares e outrasque poderiam elevar o bem-estar da mão-de--obra fixa e temporária das fazendas e au-mentar a oferta à nível regional.

Por outro lado, a intensificação do usoda terra por certo diminuiria os problemasfundiários através do aumento da produti-vidade e conseqüente redução da necessida-de de grandes áreas para manter e mesmoexpandir a produção.

PESQUISAS NECESSÁRIAS

A pesquisa, indubitavelmente, deve ser osustentáculo para apoiar o desenvolvimentoda pecuária em pastagens formadas no trópi-co úmido brasileiro.

Entretanto, se se considerar a importân-cia biosocioeconômica que tem representadoo programa de expansão da pecuária emáreas florestadas da região, chega-se à conclu-são que as pesquisas em pastagem têm sidomuito aquém da demanda por tecnologiapara apoio ao programa. As poucas pesquisasrealizadas até princípio da década de 70 ti-nham pouco a ver com os reais problemasdas pastagens de uma atividade pecuária pio-neira de rápida expansão. Nos primeiros dezanos do programa a pesquisa pouco contri-buiu, pois a maioria das pesquisas em pasta-gem eram desenvolvidas em estações experi-mentais via de regra distantes dos problemasreais a serem pesquisados.

A partir de 1970, a pesquisa começou ase interiorizar em função da demanda cadavez maior do setor (Falesi 1976) e teve entre1975 e 1980 sua fase mais prolífera com odesenvolvimento do Projeto de Melhora-mento de Pastagens da Amazônia Legal -PROP ASTO (Empresa Brasileira de Assistên-cia... 1979) e de outros programas menosagressivos de pesquisa a nível regional (Rolimet aI. 1979, Rolim et aI. 1980), com o apoiode órgãos de desenvolvimento regionais,como a Superintendência do Desenvolvimen-to da Amazônia (SUDAM), Banco da Ama-zônia S.A (BASA) e programas especiais deapoio ao desenvolvimento da região, como oPOLAMAZONIA. Essa fase da pesquisa compastagem, que se caracterizou pela busca de

170

tecnologia para solucionar ou minimizar pro-blemas de pastagem vigentes, ou seja, pesqui-sa essencialmente aplicada, permitiu a obten-ção de razoável acervo de conhecimento quetem possibilitado algum apoio tecnológico àpecuária desenvolvida em área de floresta.

Avaliando a importância agroecológicae as limitações dos principais ecossistemas depastagem da Amazônia, a REDINAA-Red deInvestigación Agroecologica para Ia Amazo-nia - (Toledo & Serrão 1984) indica quedeve ser dada maior ênfase às pesquisas compastagens em área de floresta (60%) do quecom pastagens nativas de solos aluviais devárzea (18%), de savanas mal drenadas (12%)e de savanas bem drenadas (10%).

No momento, além da pesquisa de resul-tados de aplicação imediata (tecnologia), ve-rifica-se a necessidade de pesquisa básica quepossibilite a melhor compreensão científicados fatores químicos, físicos e bióticos queinfluenciam a estabilidade produtiva do sis-tema solo-pastagem-animal formado pelo ho-mem.

Toledo & Serrão (1984) enfatízam as se-guintes classes e linhas de pesquisa:

Pesquisa básica

1) Caracterização dos componentes (re-cursos) das pastagens

Solo, (tipo propriedades físicas e quí-micas, dinâmica dos nutrientes)Vegetação (composição florística,flutuação anual de produtividade equalidade)Clima (dinâmica de radiação e preci-pitação)

2) Estudos de efeitos fisiológicosefeito do fogo nas plantas e no soloefeito do estresse da seca nas plantase no soloefeito de agentes químicos (principal-mente herbicidas) nas plantas e nosolo

3) Estudos biológicos- no solo Micorrhizae,

nas plantas (monitoramento de pra-gas e doenças; taxa de recuperaçãodas plantas nativas das pastagens eseu valor forrageiro)

4) Estudos de ciclagem de nutrientes dosistema solo-pastagem-animal.

Pesquisa aplicada

1) Seleção de germoplasma de forragei-raso

2) Agronomia de pastagem (produtivida-de estacional de matéria seca, potencial deprodução de sementes, compatibilidade emconsórcios).

3) Relação solo-planta-animal (necessi-dades mínimas de nutrientes, interação plan-ta/microbiologia do solo, composição quími-ca de plantas, digestibilidade, preferência re-lativa e tolerância ao pastejo).

4) Estabelecimento, manutenção e reno-vação de pastagem (métodos de estabeleci-mento, requerimentos nutricionais, controlede invasoras, adubação de pastagem, sistemasde manejo, métodos de renovação).

5) Manejo de pragas (principalmente acigarrinha-das-pastagens) e doenças.

6) Pacotes tecnológicos (simulação desistemas bioeconômicos de produção, avalia-ção de sistemas físicos integrados).

Validação tecnológica

Esta fase deve envolver o diagnósticodos sistemas de produção prevalentes e a va-lidação de pacotes tecnológicos melhoradosa nível de fazenda.

Estrutura organizacional

A estrutura organizacional das pesquisascom pastagem no trópico úmido brasileiro édeficiente, o que tem resultado em multipli-cidade de esforços paralelos - e, conseqüen-temente, de recursos financeiros - quecomprometem a eficácia da atividade. Nosúltimos anos, tem sido notada na região umafalta de interação e, em conseqüência, faltade integração entre as instituições que desen-volvem pesquisas com pastagem, embora amaioria esteja sob condições ambientais simi-lares e com problemas comuns. Desse quadrofica a impressão de que houve um retrocessona eficiência das pesquisas com pastagemnesse período. É necessário redirecionar aspesquisas com pastagem na região, para queos esforços sejam complementares e visem -seja através da pesquisa básica ou através da

pesquisa aplicada - solucionar problemascomuns reais que comprometem a longe vi-dade agroecológica das pastagens cultivadasem áreas de floresta da região. Por exemplo,é necessário organizar uma rede de avaliaçãode novos germoplasmas de forrageiras commetodologia padronizada e sob a liderançade uma instituição regional com infra-estru-tura e liderança para tal. Nessa rede haveriauma sub-rede para pesquisa de pastagem emáreas de floresta.

Em síntese, e com base no que foi revi-sado neste trabalho, pode-se inferir que;

1) As pastagens formadas em área defloresta no trópico úmido podem ser consi-deradas como um ecossistema frágil ou, nomínimo, pouco estável.

2) Formar pastagens em área de florestano trópico úmido requer cuidados especiaisnas operações que vão desde a derrubada equeima da biomassa da floresta, escolha eplantio das forrageiras, até o manejo para suaconsolidação. Falhas em qualquer dessasoperações poderão propiciar prejuízos bio-econômicos de grande monta.

3) O sistema solo-pastagem-animal re-quer um cuidadoso manejo que garanta umaeficiente reciclagem de nutrientes, a condi-ção básica para mantê-l o produtivo e estável.

4) Os principais fatores que têm contri-buído para a instabilidade da produtividadedas pastagens formadas em áreas de florestasão as pragas (principalmente) e doenças, aagressividade das comunidades de plantasnativas, fatores edáficos, principalmente defertilidade e textura do solo, a falta de me-lhores opções de forrageiras adaptadas e ma-nejo compatível com a estabilidade das pas-tagens.

5) As alterações físicas, químicas e bio-lógicas do solo, devidas à formação e ao ma-nejo de pastagem em área de floresta, nãoforam ainda devidamente avaliadas quantoaos seus efeitos na manutenção da produti-vidade das mesmas.

6) O aumento da longevidade produtivadas pastagens ainda produtivas é bioecono-micamente viável com a utilização de práti-cas de manejo compatíveis com eficienterecic1agem de nutrientes (sistemas e pressõesde pastejo apropriadas) em combinação como uso de insumos mínimos (adubação e le-guminosas forrageiras principalmente).

7) A renovação de pastagens degradadas

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é biosocioeconomicamente viável e recomen-dável através de sistemas agro-pastoris ouagro-silvo-pastori·s que possibilitem o usomais eficiente da terra.

8) Há necessidade de intensificar tecno-logicamente o uso das pastagens formadasjá existentes, visando o aumento de sua lon-gevidade produtiva e a redução da pressãodo expansionismo em áreas florestadas.

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