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~~ D_EZ_E_M_BR_O_,1_98_2_ INTRODUÇÃO E AVALIAÇÃO DE FORRAGEIRAS NO MUNiCípIO DE SÃO JOÃO DO ARAGUAIA, ESTADO DO PARA (e) EMBRAPA J r~'\ CENTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO TRÓPICO ÚMIDO ~ Belém, Pará

INTRODUÇÃO E AVALIAÇÃO DE FORRAGEIRAS NO MUNiCípIO DE …€¦ · Ari Pinheiro Camarão. Eng.o Agr.o, M.S. em Pastagens, Pesquisa-dor do CPATU ... Avaliação - Brasil - Pará

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INTRODUÇÃO E AVALIAÇÃO DE FORRAGEIRASNO MUNiCípIO DE SÃO JOÃO DO ARAGUAIA,

ESTADO DO PARA

(e) EMBRAPA Jr~'\ CENTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO TRÓPICO ÚMIDO~ Belém, Pará

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MINISTRO DA AGRICULTURA

Angelo Amaury Stabile

Presidente da EMBRAPA

Eliseu Roberto de Andrade Alves

Diretoria Executiva da EMBRAPA

Agide Gorgatti Netto - DiretorJosé Prazeres Ramalho de Castro - DiretorRaymundo Fonsêca Souza -- Diretor

Chefia do CPATU

Cristo Nazaré Barbosa do Nascimento - ChefeJosé Furlan Junior - Chefe Adjunto TécnicoJosé de Brlto Lourenço Junior - Chefe Adjunto Administrativo

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'BOLETIM DE PESQUISA N.o 47 Dezembro, 1982

INTRODUÇAO E AVALIAÇÃO DE FORRAGEIRAS NO MUNICIPIODE SÃO JOÃO DO ARAGUAIA, ESTADO DO PARÁ

Guilherme Pantoja Calandrini de AzevedoEng.· Agr.o, Pesquisador da UEPAE/Altamlra

Ari Pinheiro Camarão. Eng.o Agr.o, M.S. em Pastagens, Pesquisa-

dor do CPATU

Emanuel Adilson Souza SerrãoEng.o Agr.o, Ph.D. em Forragicultura, Pes-quisador do CPATU

EMBRAPACENTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO TRÓPICO ÚMIDOBelém, Pará

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ISSN 0100-8102

EDITOR: Comitê de Publicações do CPATUTrav. Dr. Enéas Pinheiro, sjn.oCaixa Postal, 4866000 - Belém, PATelex (091)1210

Azevedo, Guilherme Pantoja Calandrini deIntrodução e avaliação de forrageiras no Municfplo de São João

do Araguaia, Estado do Pará, por Guilherme Pantoja Calandrinl de Aze-vedo, Ari Pinheiro Camarão e Emanuel Adilson Souza Serrão. Belém,EMBRAPA-CPATU, 1982.

23p. i1ust. (EMBRAPA-CPATU. Boletim de Pesquisa, 47).

1. Planta forrageira - Avaliação - Brasil - Pará - São Joãodo Araguaia. I. Camarão, Ari Pinheiro. 11. Serrão, Emanuel AdilsonSouza. 11I. Título. IV. Série.

COO: 633.20098115

© EMBRAPA • 1982

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 5

MATERIAL E MÉTODOS...................................... 6

RESULTADOS E DiSCUSSÃO................................. 9

CONCLUSÕES . . . . .. 21

REFER!;:NCIAS ......................................•........ 22

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INTRODUÇAO E AVALlAÇAO DE FORRAGEIRAS NO MUNICIPIODE SAO JOAO DO ARAGUAIA, ESTADO DO PARÁ

RESUMO: O estudo foi desenvolvido com objetivo de selecionar es-pécies de gramíneas e leguminosas com potencial forragelro paraas condições climáticas e edáficas do Município de São João do Ara-guaia, Pará. Foram introduzidas e avaliadas 20 gramíneas e 15leguminosas comerciais e semi-comerciais durante três anos e trêsmeses, obtendo-se a produção de matéria seca, teores de proteínabruta, cálcio, fósforo, além de dados agronômicos. Qulcuio da Ama-zônia (Brachiaria humidicola), Brachlarla decumbens cv. Austrália.Búfalo (Panicum maximum) foram as gramíneas que mais se desta-caram. Entre as leguminosas, Puerária (Puerarla phaseololdes), Cen-trosema (Centrosema pubescens cvs. Comum e IRI 1282), Leucena(Leucaena leucocephala) e Stylosanthes guianensls (cvs, IRI 1022 eEndeavour) foram as mais produtivas.

INTRODUÇAO

o Município de São João do Araguaia faz parte da mlcrorreqlãohomogênea 19. Suas principais fontes econômicas baseiam-se naagricultura e pecuária (Instituto Brasileiro de Geografia 1970).

O Município de São João do Araguaia encontra-se em francaexpansão pecuária, sendo o trecho da Rodovia PA-70, que vai doKm 66 ao 220, onde se localizam as maiores fazendas, tornando esseMunicípio um dos mais importantes da região. Existe, também, mui-ta atividade pecuária nos municípios vizinhos de São Domingos doCapim e Marabá. Predomina a exploração pecuária de corte, sendoque as fazendas à margem da Rodovia PA-70 exploram também o lei-te para consumo U in natura " e indústria caseira de queijo e mantei-ga, comercializando o produto em Vila Rondon (Km 86) e Vila AbelFigueiredo (Km 128). O rebanho bovino é formado principalmentepor mestiços das raças Nelore e Gir.

A formação de pastagem é feita pelo método tradicional de pre-paro da área (broca, derruba e queima da floresta) seguida do se-meio do capim. O capim Colonião (Panicum maximum) é o mais

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MATERIAL E M~TODOS

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utilizado na reqiao em virtude da tradição de seu uso, do preço ra-zoável de suas sementes (de aquisição relativamente fácil), além deser bastante produtivo nos primeiros anos após o semeio. Em me-nor escala, são utilizados os capins Jaraguá (Hyparrhenia rufa), Bra·chiaria decumbens e Napter (Pennisetum purpureum).

Predomina o tipo de exploração extensiva, tendo as pastagens ummínimo de divisões, mas, geralmente, utilizando sistemas de paste-jo contínuo ou quase contínuo, além do uso de altas cargas animais,sendo este último fator, a causa mais importante que enseja a de-gradação das pastagens da área, num prazo relativamente curto.

A EMBRAPA-CPATU, visando selecionar espécies de gramínease leguminosas forrageiras com potencial produtivo para a região, de-senvolveu trabalho de pesquisa, cujos resultados são aqui relatados.

o estudo foi desenvolvido através do Projeto de Melhoramentode Pastagens da Amazônia legal (PROPASTO), com apoio financeirodo Banco da Amazônia SI A e do POLAMAZÕNIA, na fazenda Juçaral,localizada no Km 128 da rodovia PA-70, próxima a Vila Abel Figueire-do, no Município de São João do Araguaia, Pará (aproximadamente a4°50' lat. S e 48°55' O Gr.).

o clima local é quente úmido e, segundo a classificação deKõppen, do tipo Awi (Bastos 1972) caracterizado por apresentar umaestação seca definida. As condições de precipitação pluviométricadurante o período de 1977 a 1980 (dados coletados na própria fazen-da), apresentou uma média anual de 1. 606mm, cuja distribuição mé-dia está ilustrada na Fig. 1.

O solo é do tipo Podzólico Vermelho Amarelo (Ultissolo), texturaargilosa com as seguintes características químicas: pH 5,9; fósforo2 ppm; potássio 80 ppm; cálcio + magnésio 2,5 mE% e alumínio0,2 mE%.

Foram usadas parcelas individuais (3 x 10m), sem repetição, dl-vididas em três partes: a' primeira para observações agronômicas(3 x 3m) e as outras duas (3,5 x 3m) para obtenção da produção dematéria seca adubada (A) e não adubada (NA).

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As gramíneas introduzidas foram: Hemarthria (Hemarthria altls-sima), Setária (Setaria anceps cv. Kazungula), Digitaria sp n.O3, Digi-taria sp n.O 1, Gramalote (Axonopus spl, Brachiaria ruziziensis, Bra-chiaria dictyoneura, Brachiaria sp cv. French Guiana, Brachiaria sp cv.Flórida, Quicuio da Amazônia (Brachiaria humidicola); Canarana Erec-ta Lisa Echinochloa pyramidalis), Brachiaria decumbens cv. Austrália,Brachiaria decumbens cv. IPEAN· Pasto Negro (Paspalum plicatulum),Estrela Africana (Cynodon nlenfluensis), Búfalo (Panicum maximum),Jaraguá (Hyparrhenia rufa), Sempre Verde (Panicum maximum varoGongyloides), Colonião (Panicum maximum), e as leguminosas: Des-modium intortum , cv. Green Leaf, Siratro Macroptilium atropurpu-reum), Leucena (Leucaena leucocephala), Galáctia (Galactia striata),Stylosanthes humilis, Stylosanthes hamata cv. Verano, Stylosanthesguianensis cv. IRI 1022, Stylosanthes guianensis cv. Endeavour, Sty-losanthes :guianensis cv. Schofield, Centrosema (Centrosema pubes-cens cv. Comum), Centrosema (Centrosema pubescens cv. IRI 1282),Calopogônio (Calopogonium mucunoides), Puerária (Pueraria phaseo-loides) e Soja Perene (Glycine wightii).

A adubação fosfatada foi aplicada a lanço de uma só vez no plan-tio na base de 137,5 kg de P20s/ha. na forma de superfosfato simplese hiperfosfato (1: 1).

O experimento foi instalado em maio de 1976; as coletas de da-dos foram feitas até maio de 1980.

Foram anotados dados agronômicos como: altura das plantas.. "">,

percentagem do "stand", resistência à seca, ocorrência de doençase pragas, floração e sementação. As avaliações quantitativas eramfeitas toda vez que as espécies atingiam um estádio adequado paraserem consumidas por animais. Nessa ocasião, a forragem verdeera cortada de uma área útil de 2m2, obtendo-se amostras para esti-mar a produção de matéria seca e determinação dos teores de pro-eram conduzi das ao laboratório, secas a 65°C em estufa com venti·foram conduzi das ao laboratório, secas a 65°C em estufa com venti-lação forçada, durante aproximadamente 72 horas. Após a secagem,as amostras eram passadas em moinho tipo "Willey" com peneirade 1mm (40 "mesh").

A proteína bruta foi determinada pelo método Kjeldahl (Associa-tion Official Agricultural Chemists 1975), cálcio pelo método cornple-

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xométrico empregando-se NarEOT A. e fósforo através do método ca-lorimétrico pela redução com ácido ascórbico a frio.

RESULTADOS E DISCUSSAO

Na Tabela 1 estão contidas as produções de matéria seca noperíodo total. seco e chuvoso. As gramíneas mais produtivas comadubação foram pela ordem decrescente: B. decumbens cv. Austrá-lia. Ouicuio da Amazônia. B. ruziziensis, Búfalo e Pasto Negro. Asmesmas espécies também foram as mais produtivas sem adubação.acrescentando-se o Sempre Verde que apresentou boa produção. Co-mo se observa em toda a Amazônia (Outra et al, 1981. Gonçalves &Oliveira 1981. Dias Filho & Serrão 1981). as braquiárias sempre sedestacam como as gramíneas mais produtivas. mostrando caracterís-ticas forrageiras compatíveis com as condições climáticas e edáfi-cas dos trópicos.

O capim Colonlão, a gramínea mais utilizada na região teve suaprodução sem adubação inferior a nove espécies e entre as cultiva-res de P. maximum, foi também inferior ao Búfalo e Sempre Verde.

Em todas as espécies de gramíneas houve uma acentuada que-da na produção no período seco. As gramíneas Hemarthria. Grama-lote. Estrela Africana e Canarana Erecta Lisa apresentaram as maisbaixas produções mesmo no período chuvoso.

O Pasto Negro e o Jaraguá apresentaram um corte a mais quetodas as outras espécies devido ao seu rápido estabelecimento.

A Fig. 2 mostra as tendências de produção com adubação aolongo do período experimental de quatro gramíneas. sendo duas maisutilizadas na formação de pastagem na região (Colonião e Jaraguá)e duas introduzidas recentemente (B. decumbens e Ouicuio da Ama-zônia).

A produção sofreu um decréscimo bastante acentuado a partirda sexta avaliação para as quatro espécies e. apesar de na nona ava-liação o Colonião e a B. decumbens cv. Austrália e. na décima quar-ta. o Ouicuio da Amazônia terem aumentado suas produções. nas de-mais a tendência foi estabilizar a uma média de 2 t/ha em cada ava-liação. Uma das causas que contribuiu para que ocorresse este fatoforam os cortes sucessivos nas espécies sem que fossem devolvi-

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dos os nutrientes retirados, principalmente potássio, nitrogênio e fós-foro (Malavolta 1976). O Quicuio da Amazônia foi o menos afetado,possivelmente devido a uma maior eficiência na exploração dos nu-trientes do solo.

São mostrados na Tabela 2 os dados de produção de matéria se-ca por hectare das leguminosas, com ou sem adubação, nos períodoschuvoso e seco assim como o total dos dois períodos.

Cf) 42:

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Número de Cortes

FIG. 2 - Tendências de produção de matéria seca (MS) de quatro gramíneas adu-badas no período de outj76 a mai/80 e o número de avaliações no período expe-

rimental.

As mais produtivas foram: S. guianensis cv. IRI 1022, C. pubes-cens cv. IRI 1282, S. guianensis cv. Endeavour, Puerária e Centrose-ma Comum. Resultados similares com as mesmas espécies foramobtidos por Costa et aI. (1979) no Estado do Acre.

De um modo geral, todos os S. guianensis apresentaram exce-lentes produções. além de estabelecimento rápido e boa quantidadede sementes.

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As leguminosas que tiveram suas produções mais afetadas peloperíodo seco foram CalopogOnlo,S. humilis e S. hamata, sendo a pri-meira mais atingida, alcançando entretanto, no período chuvoso umacréscimo de 503%. A Galáctia foi bastante atacada por Rhyzocto-nia microesclerotia, principalmente no período chuvoso, por isso nãoapresentou produção neste período.

A Fig. 3 mostra as tendências da produção com adubação dequatro leguminosas introduzidas durante o período de outubro de1976 a maio de 1980, onde se pode verificar que houve uma quedade produção a partir da quinta avaliação para todas as espécies,principalmente para o S. guianensis cv. IRI 1022. A Puerária e a Cen-trosema mostraram a mesma tendência ao longo do período experi-mental. A leucena apesar de não ter sido avaliada por quatro vezesdurante o período, teve uma produção crescente quando tomada porano. A causa desse aumento progressivo é que a leucena, sendode porte arbóreo, mostrou estabelecimento mais lento que as outras

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Puerário

Leuceno

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1 2· 3- 4 li 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19-1976-1--1977 I 1978 I 1979 I 1980--

Número da Cortas

FIG. 3 - Tendências de produção de matéria seca (MS) de quatro leguminosasadubadas. no período de out/76 a mal/SO e o número de cortes durante o período

experimental.

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leguminosas com hábitos de crescimento diferente. Quando a Leu-cena atingiu um metro de altura, ocasião em que cortes começarama ser efetuados, era pequena a quantidade de ramificações e folío-los. A medida que foram sendo efetuados os cortes, houve um au-mento nas brotações laterais que, conseqüentemente, aumentaramas ramificações e folíolos.

Resultados semelhantes foram alcançados por Rolim et alo (1979)na região de Paragominas, no Estado do Pará.

A Fig. 4 ilustra a produção de cada gramínea com e sem adu-bação. Os.P. maxirnum cv. Gatton Panic e Colonião e a Digitaria spn.O 1, foram as que mais responderam à adubação fosfatadacomacréscimo de produção de 147%. 42% e 39%. respectivamente. OPasto Negro e o Búfalo foram menos exigentes. apresentando res-postas mínimas quando adubados.

A Fig. 5 ilustra a resposta das leguminosas à adubação fosfa-tada. Os S. guianensis cv. IRI 1022, Schofield e Cook foram as queapresentaram maiores respostas com os acréscimos de 45%. 41%e 39%. respectivamente.

Na Tabela 3 estão contidos os conteúdos de cálcio, e fósforodas gramíneas introduzidas. O conteúdo de cálcio de todas as espé-cies foi suficiente para atender as exigências mínimas para nutriçãode bovinos que é de 0.18% (National Academy of Scienccs 19701.

Quanto ao fósforo. a maioria das espécies de gramíneas mostroudeficiência; apenas B. decumbens cv. IPEAN (A), B. decumbens cv.Austrália (Al. Setária (Al. B. sp Flórida (Al. Digitaria sp n." 3 (Al. B.sp French Guyana (Al, Ouículo da Amazônia (Al. Colonião (Al e B.ruziziensis (N.A.), atenderam as exigências mínimas para nutrição debovinos, que é de 0.18% (f-Jational Academy of Sciences 19701.

Na Tabela 4 estão os conteúdos de cálcio e fósforo das legumi-nosas. Como esperado. os teores foram superiores aos das gramí-neas e todas as leguminosas satisfizeram as exigências mínimas pa-ra bovinos.

Nas Tabelas 5 e 6 são mostrados os conteúdos de proteína bru-ta das gramíneas e leguminosas avaliadas com 93 dias de cresci-mento. Todas as espécies apresentavam-se em estado de sementa-

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TABELA 3 - Conteúdo de cãlcio e fósforo na matéria seca, com e sem aduba-çio das gramineas Introduzidas em São Joio do Aragual.PA

Espécies Cálcioa FósforoaAb NAc A NA

%

Canarana Erecta Lisa 0,60 0,58 0,12 0,06Gatton Panic 0,59 0,40 0,17 0,10

B. diatyoneura 0,27 0,25 ll,13 0,11B. deaumben8 cv. IPEAN 0,38 0,28 0,22 0,14B. deaumben8 cv. CAustrália)0,42 0,40 0,19 0,12Sempre Verde 0,68 0,67 0,13 0,12Grarnalote 0,43 0,49 0,10 0,11Setária 0,39 0,45 0,19 0,17B. sp Flórida 0,28 0,34 0,18 0,14B. ruzizien8i8 0,42 0,53 0,17 0',19Pasto Negro 0,76 0,67 0,12 0,13Jaraguá 0,51 0,46 0,13 0,16Digitaria sp n9 1 0,55 0,56 0,16 0,17Digitaria sp n9 3 0,58 0,49 0,24 0,17B. sp French Guyana 0,33 0,32 0,18 0,11-Quicuio da Amazônia 0,33 0,35 0,19 0,11Búfalo 0,55 0,65 0,16 0,12Colonião 0,42 0,28 0,18 0,08Estrela Africana 0.45 0,61 0,07 0,06Hermathria 0,2.8 0,29 0,08 0,08

o Dados .de cinco avaliações com Intervalo médio de 106 diasb A - Adubado com 137.5kg de P20s!hac NA - Não adubado

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TABELA 4 - Conteúdo de cálcio e fósforo na matéria seca, com e sem aduba-çio das leguminosas introcluzidas em São Jbio do Araguai.PA

Espécies Cá1cioa FósforoaAb NAc A .NA

%

Soja Perene 1,26 1,62 0,32 0,28Leucaena 1,82 1,41 0,30 0,26s. guianenaia cv. Cook 1,66 1,84 0,24 0,21s. guianenaia cv. Schofie1d 1,99 1,96 0,28 0,25Centrosema comum 1,06 1,42 0,35 0,32D. intol'tum 1,00 1~16 0,30 0,25Ga1actia 2,17 1,82 0,33 0,29S. hamata cv. verano 1,75 1,82 0,34 0,23S. guianenaia cv. IRI 1022 2,05 2,08 0,31 0,28C. muaunoidea 1,70 1,46 0,27 0,29Siratro 1,48 1,63 0,32 0,20S. humi lia 2,26 1,42 0,32 0,22S. guianenaia cv. Endeavour 1,76 1,52 0,23 0,18Centrosema IRI 1282 1,47 1,05 0,39 0,30Puerári.a 1,21 1,.11 0.,21 0,.31

o Dados de cinco avaliações com Intervalo médio de 106 dias. com exceção deSoja Perene. Galáctla, Slratro e S. humilis utilizando-se dados de duas avalia-ções com Intervalo de 73 dias

b A - Adubado com 137.5 kg de P2Os/hac NA - Não adubado

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TABELA 5 - Conteúdo de proteína bruta na matéria seca com e sem adubaçiode gramlneas Introduzldas em Sio Joio do Aragual.PA

EspéciesProtelna Brutaa

Ab NJ\.c

%

B. decumbens cv. (IPEAN)

7,92

7,63

8,03

6,23

8,22

8,35

Gatton PanicB. dictyoneura

B. decumbens cv. Austrália 7,18Sempre VeJ;"deSetária

4,89 4,86

B. sp Flôrida11,39

7,975,62

8,57

7,42

10,21

10,239,559,89B. ruziziensis

Pasto Negro 7,10Jaraguã 7,43Digitaria sp n9 1 9,80Digitaria sp n9 3 9,62B. sp French guyanaQuicuio da Amazônia

8,37

10,79

7,686,267,83

Búfalo 5,71 6,15Colonião 6,42 5,09

Q Dados obtidos da prlrnelra avaliação com 93 dias de crescimentob A - Adubado com 137.5 kg de P20s/hac; NA - Não adubado

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TABELA 6 - Conteúdo de proteína bruta ne mat'rla seca com e sem adubaçAode legumlnosas Introduzldas em São João do Aragual.PA

Proterna BrutaaEspécies

Ab NAc

%

Soja Perene 12,46 14,58Leucaena 26,09 28,16

s. guianensis cv. Cook 15,47 16,56s. guianensis cv. Schofield 16,38 17,39Centrosema comum 18,66 17,53D. intol'tum 20,92 16,60Galactia 17,46 19,32s. hamata 9,72 11,80s. guianensis cv. IRI 1022 18,12 16,21c. muaunoides 16,07 18,88Siratro 17,85 19,07s. humi l i:e 16,65 13 ,29s. guianensis cv. Endeavour 18,39 17,14Centrosema IRI 1282 18,00 17,50puer.ári.a 19,.27 19,43

o Dados obtidos da primeira avaliação com 93 dias de crescimentob A - Adubado com 137,5 kg de P2Os/hac NA - Não adubado

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ção, com exceção de D. sp (n.o 1 e 3), Quicuio da Amazônia, B. de-cumbens cv. IPEAN, Leucena e Galáctia. O teor de proteína brutadas leguminosas é cerca de duas vezes maior que o das gramíneas.A Leucena superou as demais, apresentando uma média de 27,2%,enquanto o S. hamata apresentou o mais baixo teor (9,7%). Entreas gramíneas, o maior teor foi apersentado pela Setária (13,4%), en-quanto que o menor foi pelo Sempre Verde (4,9%). Somente as es-pécies Sempre Verde, Búfalo, Colonião, B. decumbens cv. Austrália(A), B. ruziziensis (A) e Quicuio da Amazônia (N.A.) apresentaram oteor de proteína abaixo do nível crítico (7%).

Foi observado, principalmente no período chuvoso (novembro aabrtl), a presença de cigarrinhas das pastagens (Deois incompleta),em todas as gramíneas lntroduzldas. sendo que as forrageiras dosgêneros Brachiaria e Digitaria apresentaram maiores concentraçõesdo inseto. Não houve extermínio de nenhuma das gramíneas.

Quanto às leguminosas, foi observado que as Centrosemas, Si-ratro, Soja Perene e Galactia foram freqüentemente atacadas por Rhi-zoctonia, pincipalmente a última que, em conseqüência. apresentouprodução somente no período seco (Tabela 2). Os S. guianensis eS. hamata foram atacados por Antracnose (Colletrotrichum sp) quechegou a influenciar em suas produções.

CONCLUSOES

Através dos resultados obtidos, conclui-se que varias especresde gramíneas poderão ser utilizadas para formação de pastagens nomunicípio de São João do Araguaia, com potencial forrageiro igualou superior ao das gramíneas Colonião e Jaraguá que são as maisuti Iizadas .

A principal opção é o Quicuio da Amazônia, que teve excelenteprodução de matéria seca, resistiu melhor ao período seco, não apre-sentou problemas com pragas ou doenças, além de oferecer proteçãoao solo, diminuindo com isso a invasão de ••juquira" (nome regionalde plantas invasoras de pastagens), fator freqüente e bastante proble-mático apresentado pelas espécies mais utilizadas.

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Além do Quicuio da Amazônia, outras braquiárias mostraram-sepromissoras como a B. ruziziensis e B. decumbens cv. Austrália, masa utilização dessas espécies deve ser evitada, especialmente B. de-cumbens, visto serem bastante susceptíveis ao ataque de cigarrinhas.

Entre os Panicum, Sempre Verde e Búfalo foram superiores aoColonião em produtividade, resistência à seca e recuperação após ocorte.

Todos os cultivares de S. guianensis, juntamente com Puerária,Centrosema e Leucena, foram as leguminosas mais promissoras pa-ra as condiçôes locais.

As gramíneas e leguminosas apresentaram 60% de suas produ-ções no período chuvoso.

As leguminosas apresentaram teores de proteína bruta, cálcio e\ fósforo superiores aos das gramíneas.

A maioria das gramíneas mostrou deficiência em fósforo.

AZEVEDO,G.P.C.de; CAMARAO, A.P. & SERRAO, E.A.S.Introdução e avaliação de forrageiras no Municípiode São João do Araguaia, Estado do Pará. Belém,EMBRAPA·CPATU,1982. 23p. (EMBRAPA-CPATU.Boletim de Pesquisa, 47).

ABSTRACT: In order to select adaptable, productive forages forc1imatic and edaphic conditions of São João do Araguaia County, inthe State of Pará, Brazil, 20 grasses and 15 legumes commerciallyand semi-comercially available were tested over three years on a prl-vate ranch in the area, where dry matter yield, crude protein, calciumand phosphorus content, in addition to agronomic data were obtained.Among the grasses, Quicuio-da-Amazoniagrass (Brachiaria humidico-Ia), Brachiaria decumbens cv. Austrália, and Búfalo grass (Panicummaximum) were the most productive. Tropical Kudzu (Pueraria pha-seoloides), Centro (Centrosema pubescens CVS. Comum and IRI1282», Leucaena leucocephala and Stylo (Stylosanthes guianensiscvs. IRI 1022 and Endeavour) were the most productive legumes.

REFER~NCIAS

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GRÁFICA FALANGOLAoffset

BEUM pARÁ