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Patologia e Dietoterapia nas Enfermidades Renais (Parte I) UBM / CURSO de NUTRIÇÃO Profª Nutti. MSc. Maria de Lourdes Marques Camargo

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Patologia e Dietoterapia nas Enfermidades Renais(Parte I) UBM / CURSO de NUTRIÇÃO

Profª Nutti. MSc. Maria de Lourdes Marques Camargo

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Função dos Rins

Manter o equilíbrio homeostático Líquidos, eletrólitos, solutos

orgânicos Filtração contínua do sangue e

alterações (secreção e reabsorção) do líquido filtrado Recebe 20% do débito

cardíaco Filtração de 1600L/dia de

sangue 180 L de fluido ultrafiltrado/dia

produzindo 1,5 L de urina/dia

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Estrutura e funcionamento dos Rins

Cada rim = 1 milhão de néfrons

Néfron = um glomérulo conectado a uma série de túbulos ( túbulo convoluto proximal, alça de Henle, túbulo distal e ducto coletor)

Cada nefron funciona independentemente na produção de urina

Quando um segmento de um néfron é destruido ele deixa de ser funcional

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Estrutura e funcionamento dos Rins Glomérulo = uma massa esférica de

capilares circundados por uma membrana, a cápsula de Bowman.

Função do glomérulo= produzir grande quantidade de ultrafiltrado, a ser modificado pelos segmentos seguintes do néfron

Composição do ultrafiltrado do glomérulo = semelhante ao sangue em composição

O glomérulo bloqueia as hemácias e moléculas de elevado peso molecular ( proteínas)

A produção do filtrado é passiva e depende da pressão de perfusão gerada pelo coração e suprida pela artéria renal.

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Glomérulo renal

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Estrutura e funcionamento dos rins

Os túbulos reabsorvem a maioria dos componentes do ultrafiltrado Gasto de energia = ATP

O túbulo pode produzir uma urina final de diferentes concentrações de sódio,potássio , outros eletrólitos, osmolaridade, pH e volume.

A urina final afunilada nos túbulos coletores comuns e na pelve renal que se estreita em um só ureter que transporta a urina para a bexiga onde se acumula até a eliminação

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O rim e a homeostase hídrica

Capacidade quase ilimitada de regular a homeostase hídrica

Controle da excreção hídrica regulada pelo hormônio antidiurético ( ADH – secretado pela hipófise).

Excesso de água corpórea – queda da osmolaridade – interrupção da secreção de ADH

Mas a necessidade de reter o sódio pode sacrificar o controle homeostático.

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O rim e a homeostase hídrica

Volume urinário mínimo capaz de eliminar 600mOsm de soluto é 500ml

Volume urinário inferior a 500 ml = oligúria Não elimina os resíduos diários

Maior parte da carga dos resíduos produtos nitrogenados = metabolismo proteico

Uréia = maior parte Ácido úrico, creatinina, amônia = pequenas quantidades

Produtos residuais não apropriadamente eliminados = acúmulo no sangue = AZOTEMIA .

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O rim e a homeostase hídrica

FUNÇÃO RENAL = Capacidade do rim de eliminar os produtos residuais nitrogenados

INSUFICIÊNCIA RENAL = consequência da incapacidade de excretar a carga diária destes resíduos.

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O rim e o mecanismo renina-angiotensina Controle importante da pressão arterial Diminuição do volume sanguíneo

– células do glomérulo secretam renina ( enzima proteolítica)

no plasma reage formando a angiotensina I conversão em angiotensina II ( poderoso

vasoconstritor) estimula a produção de aldosterona ( gl. Adrenal) sódio é reabsorvido pressão volta ao normal

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O rim e a anemia

O rim produz a eritropoietinaFator determinante da eritropoiese na medula

óssea Doença renal crônica

Deficiência de eritropoietina Anemia grave

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O rim e a homeostase cálcio-fósforo Envolve

hormônio pararatireóideo ( PTH) Calcitocina Vitamina D Três órgãos efetores

Intestino , rim e osso Papel do rim

produção da forma ativa de vitamina D eliminação de Cálcio e Fósforo

Vitamina D promove a absorção eficiente do cálcio pelo intestino remodelagem e manutenção óssea

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Doenças dos rins

Consequência da porção de néfron afetada

Incluem Glomerulonefrite Sindrome nefrótica Insuficiência renal aguda (IRA) Insuficiência renal crônica (IRC)Cálculos renais

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GLOMERULOPATIAS : DOENÇAS QUE AFETAM AS FUNÇÕESGLOMERULOPATIAS : DOENÇAS QUE AFETAM AS FUNÇÕES

DO GLOMÉRULO RENALDO GLOMÉRULO RENAL

Integridade da superffície de filtração de liquidos e pequenos solutos

Integridade da barreira para perda de células sanguíneas e proteinas

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Glomerulopatias : alterações das propriedades dos glomérulos Ocorrendo perda abrupta da superfície de filtração (↓ Kf ,-

coeficiente de filtração capilar) → redução da excreção de líquidos, pequenos solutos, eletrólitos → SÍNDROME NEFRÍTICA

Ocorrendo aumento difuso da permeabilidade do capilar glomerular à passagem de proteinas → proteinúria maciça → SÍNDROME NEFRÓTICA

É FREQUENTE A ASSOCIAÇÃO DESTAS 2 SÍNDROMES

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Glomerulonefrite ou Síndrome Nefrítica Início abrupto Edema, oligúria, hipertensão Hematúria, proteinúria leve Redução da filtração glomerular

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Redução da superfície de filtração glomerular

• Leva à insuficiência renal, de intensidade variável• Se ocorrer inflamação hematúria, proteinúria

GLOMÉRULO NORMAL GLOMÉRULO INFLAMADO

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COMPLEXOS Antígeno/Anticor

poINTENSA ATIVAÇÃO E CONSUMO DE

COMPLEMENTO

INFLAMAÇÃO

GLOMERULONEFRITE

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GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA

NORMAL

REDUÇÃO DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR NA S.NEFRÍTICA

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O processo inflamatório causa pontos de ruptura do capilar glomerular, com saída de hemácias e leucócitos para o espaço

urinário → hematúria e leucocitúria

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Doenças renais que podem se Doenças renais que podem se manifestar como síndrome nefríticamanifestar como síndrome nefrítica Glomerulonefrite associada à infeccões

(infec.estreptocócica, endocardites, abscessos)

Nefropatia da IgA

GN membranoproliferativa

GN do lúpus eritematoso sistêmico

GN das vasculites renais

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Edema facial em criança com GN pós-estreptocócica (GNDA)

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Dietoterapia na Glomerulonefrite

Tratamento da patologia primária Restrição de sódio Não há necessidade de restrição proteica,

apenas se ocorrer uremia ou hiercalcemia significantes.