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Patologias do sistema
genital feminino
Profa Rosaura Leite RodriguesProfa Rosaura Leite Rodrigues
1.1.ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTOANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO
INTERSEXOSINTERSEXOS
Como diagnosticar?
PELO FENÓTIPO ?
Como diagnosticar?
SEXO GENÉTICO
SEXO GONADAL
SEXO FENOTÍPICO
Hermafroditas verdadeiros estruturas de testículo e ovário incomumClassificação: Bilateral um ovotestis em cada lado Unilateral um ovotestis em um dos lados e um ovário ou um testículo do lado oposto Alternado um testículo em um dos lados e um ovário no outro O restante do trato genital sem definição precisa de sexo ou possui genitália de ambos os sexos
1.1. ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTOANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO
1.1. Hermafroditismo1.1. Hermafroditismo
1.2. Pseudo - hermafroditismo1.2. Pseudo - hermafroditismo
Gônadas de um dos sexos e trato genital lembrando o sexo oposto Classificação: conforme tecido gonadal presente Pseudo-hermafrodita macho testículos Pseudo-hermafrodita fêmea ovários
1.3. Freemartismo1.3. Freemartismo
Bovinos (raramente ovinos e caprinos) Gestações gemelares - sexos diferentes Anastomose entre as circulações fetais Efeitos mais evidentes na fêmea Teoria: células hematopoiéticas do macho
colonizariam a fêmea, transportando consigo um antígeno capaz de converter células indiferenciadas em testículos
(Fator de Diferenciação Testicular) ovários pouco desenvolvidos / túbulos
seminíferos estéreis / presença de vesículas seminais / vestíbulo e vulva hipoplásicos e clitóris aumentado
2. CISTOS OVARIANOS2. CISTOS OVARIANOS
2.1. Cistos paraovarianos2.1. Cistos paraovarianos Principalmente na vaca e na égua Remanescentes de estruturas
embrionáriasNão estão localizados nos ovários,
mas junto a eles Até vários cm de diâmetro Sem manifestação clínica
2.2. Cistos de inclusão 2.2. Cistos de inclusão
germinativa germinativaPenetração no ovário de segmentos
do peritôneoCausas: após a ovulação, o peritôneo
pode penetrar na papila de ovulação / em casos de traumatismos
Sem manifestação clínica
2.3. Cistos foliculares2.3. Cistos foliculares Solitários ou múltiplos Uni ou bilaterais Tensos ou flácidos Diâmetro variável, segundo a espécie
animal Conteúdo: líquido claro, com ou sem
hormônios estrogênicoslCausas: distúrbios hormonais de origem hipofisária
ou hipotalâmica, com inadequada secreção dos hormônios FSH e LH ou LH biologicamente inativo
na vaca : associados a problemas pós-parto no primeiro parto (distocias, retenção de placenta)
Se secretor de estrogênio hiperplasia cística do endométrio
Na cadela frequentes os tumores mamários
Os folículos maduros não se rompem (não há ovulação) inicialmente hiperestrogenismo e depois anestro
Pode haver regressão espontânea Rupturas dos cistos (espontâneas ou
provocadas) hemorragias graves
2.4. Cistos luteínicos (anovulatórios)
Descritos na vaca e na porca Ocorre luteinização da teca interna
de folículos que não ovularam Anestro Causas: insuficiente liberação de LH
durante o estro ou liberação tardia ou, ainda, liberação insuficiente de FSH e LH
No mesmo ovário podem estar presentes cistos foliculares e cistos luteínicos
2.5. Cistos de corpo lúteo
São corpos lúteos que sofreram transformação cística, não se transformando em corpos albicans
Apresentam papila de ovulação
Patogênese desconhecida
Sem interferência no ciclo estral
Podem sofrer ruptura espontânea e posterior cicatrização
3. PROCESSOS 3. PROCESSOS INFLAMATÓRIOS INFLAMATÓRIOS
3.1. Ooforite ou ovarite Rara nos animais domésticos Geralmente é piogênica Enucleação do corpo lúteo em vaca
com piometrite abscesso ovariano – também pode determinar hemorragia ovariana com aderências ou morte por hipovolemia
Brucelose e tuberculose peritoneal em vacas granulomas na
serosa dos ovários (macroscopia: pequenos nódulos avermelhados)
3.2. Salpingite
Inflamação das trompas
Extensão de inflamações uterinas
Comumente bilateral
Mesmo branda é capaz de interferir com a fertilidade
Geralmente não é visível macroscopicamente.
3.3. Metrites ENDOMETRITE geralmente o ponto de ínicio das
infecções MIOMETRITE PERIMETRITE PARAMETRITE (ligam/ largo) CERVICITE- Se todas as camadas= metrite♦ PIOMETRITE (coleção purulenta) - Pode ser sequela de endometrite... piometrite rôta peritonite
Útero não gravídico muito mais resistente aos processos inflamatórios e infecciosos
No estro aumento normal de leucócitos na parede uterina mais resistente durante este período
Útero gravídico:influência da progesterona - mais sensível
ENDOMETRITEENDOMETRITEMACROSCOPIA Inflamações agudas e brandas
imperceptíveis Inflamações graves mucosa
tumefeita, com superfície irregular.... fase aguda ... fase crônica
MICROSCOPIA depósitos de fibrina e restos
necrosados podem surgir glândulas císticas na fase crônica: substituição da
necrose por fibrose tecido cicatricial sem glândulas
PIOMETRITEPIOMETRITE
Coleção purulenta no útero fechado
Importante na vaca, porca, cadela e gata
Causas:
♦ corpo lúteo persistente ♦ complicação de pseudociese♦ hormonioterapia com fins
anovulatórios
MACROSCOPIA- conteúdo purulento, cremoso, opaco,
de tonalidade esverdeada à acinzentada, com ou sem grumos
- serosa acastanhada, com vasos túrgidos e proeminentes
- parede friável, podendo romper ou perfurar PERITONITE
- mucosa com espessura irregular, podendo ter úlceras
MICROSCOPIA- mucosa com áreas de necrose ou até
ulceradas ou com hiperplasia cística
Agentes envolvidos:
- cadela: E. coli, Proteus spp
- vaca: estreptococos hemolíticos, estafilococos,
Corynebacterium pyogenes
- égua: Streptococcus zooepidemicus, E. coli, Pasteurella spp
3.4. Vaginites e vulvites- geralmente ocorrem ao mesmo tempo- locais bastante resistentes às infecções
devido ao epitélio de revestimento e ao pH ácido
- Podem acontecer pós-parto consequência de:
♦ partos distócicos (infecção secundária)♦ contato sexual com machos infectados:
eqüinos durina Trypanosoma equiperdum
bovinos vulvovaginite pustular infecciosa por herpesvírus
- De um modo geral, o trato genital feminino pode sofrer processos inflamatórios decorrentes de :
agentes infecciosos e parasitários - vias: hematogênica contiguidadade venérea
traumatismos - partos distócicos, toque, cobertura...
distúrbios endócrinos
3. HIDROMETRA E 3. HIDROMETRA E MUCOMETRA MUCOMETRA- frequentes na cadela e na vaca
- a diferença fundamental está no grau de hidratação do muco
- Hidrometra – pode chegar a vários litros
Causas:
♦ hímen imperfurado
♦ oclusão de vulva, vagina ou cérvix
♦ hiperplasia cística do endométrio
♦ cistos ovarianos
MACROSCOPIA- parede uterina distendida
- conteúdo de ligeiramente turvo e aquoso a viscoso e aderente
- líquido estéril, praticamente sem hemácias ou células inflamatórias
4. HIPERPLASIA CÍSTICA DO 4. HIPERPLASIA CÍSTICA DO ENDOMÉTRIO ENDOMÉTRIO
- é a hiperplasia das glândulas endometriais, acompanhada de sua transformação cística
- resposta do endométrio a um estímulo estrogênico excessivo e prolongado
- na cadela e na mulher relacionada ao uso de estrógenos com fins terapêuticos ou anovulatórios
- pode ser uma complicação de cistos foliculares secretores de estrogênio
- na cadela e na gata é comum ocorrer endometrite secundária
MACROSCOPIA
- parede uterina espessada, de consistência amolecida
- endométrio gelatinoso, com vesículas de 1-2 mm (fêmeas de pequeno porte) até 5 cm ou mais ( fêmeas de grande porte), com conteúdo líquido claro translúcido
MICROSCOPIA...
4. NEOPLASIAS 4. NEOPLASIAS
4.1. OVÁRIOS
4.2. ÚTERO
4.3. VAGINA E VULVA
4.1.1. Tumor da granulosa- nas diversas espécies- geralmente unilateral e benigno (exceto na
gata e, mais raramente, na cadela) - pode ser secretor de estrógenos,
principalmente na égua e na vaca- na égua, são reconhecidos três padrões de
comportamento associados à neoplasia:anestroestro contínuo ou intermitentemasculinização
(altos níveis plasmáticos de testosterona)
MACROSCOPIA:
- massa redonda ou oval, podendo ser lobada;
- consistência sólida; - superfície de corte com
cavidades císticas de conteúdo líquido claro a hemorrágico
4.1.2. Teratoma
- a maioria dos teratomas é constituída por células bem diferenciadas, sendo benignos, mas alguns são malignos
- teoria mais aceita : derivados de células pluripotenciais
MACROSCOPIA MICROSCOPIA
- estrutura complexa tecidos de origem ectodérmica (pele,pêlos), mesodérmica (cartilagem, osso) e endodérmica (intestino,traquéia...)
4.1.3. Disgerminoma
- uni ou bilateral- na vaca, cadela e porca- potencialmente maligno- não tem atividade endócrina
MACROSCOPIA:- massa sólida, lobada, com áreas
de hemorragia e sugestivas de necrose
- Macro e micro: indistinguível do seminoma que
ocorre no testículo dos machos derivado de uma célula equivalente às células da linhagem das espermatogônias
4.1.4. Tumor da teca (Tecoma)- pouco frequente- geralmente- unilateral e benigno (exceto na gata e na cadela)- pode ser secretor de estrógenos
MACROSCOPIA:- firme, sólido, amarelo-pálido
4.2.1. Leiomioma- da musculatura lisa- benigno e sem fundo hormonal - é o tumor uterino mais
importante das fêmeas domésticas
- simples ou múltiplo (cadela) MACROSCOPIA: - pode alcançar grandes volumes- firme, aspecto fibroso,
brancacento
4.2.2. Carcinoma4.2.3. Adenocarcinoma
- maior frequência na vaca:♦ sem manifestação clínica♦ achado de
matadouro/necropsia
- também acometem a coelha
4.3.1. TVTC- histogênese desconhecida- frequente a regressão
espontânea- geralmente comportamento
benigno MACROSCOPIA: - massa de aspecto esponjoso,
avermelhada, friável, que sangra e ulcera com facilidade