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Material produzido pela Consisanet Sistemas de Informação Ltda – Uso exclusivo clientes Consisanet
1 MÓDULO PATRIMONIAL – ATENDIMENTO AO IFRS
Desde a edição da Lei 11.638/07, alterando a Lei 6.404/76, diversas regras foram alteradas em formas de
contabilização.
Um dos maiores impactos ocorreu em relação ao controle patrimonial, e para atender tais necessidades foram feitas
diversas alterações no sistema, conforme segue:
Alteração na tela de cadastro
A primeira tela, onde era informado apenas o código do bem, para avançar, foi retirada, deixando o cadastro mais
enxuto. Agora o usuário informa o código do BEM na parte superior da tela, e os itens do bem são listados abaixo.
Da mesma forma para o cadastro/edição do bem, o código do bem é informado acima, e o item é cadastrado na
mesma tela, logo abaixo.
A segunda tela do cadastro do item também foi reorganizada para separar as informações e incluir novos dados que
passam a ser importantes:
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2 MÓDULO PATRIMONIAL – ATENDIMENTO AO IFRS
Do lado esquerdo da tela, foram incluídas novas opções, e também colocados links para telas já existentes.
Ajuste a Valor Presente
Foi criado no sistema o cálculo do Ajuste a Valor Presente.
O ajuste a valor presente consiste em descontar os valores de juros embutidos intrinsicamente nos bens e direitos
adquiridos ou vendidos pela empresa.
Mesmo que comercialmente diga-se que determinada compra mesmo sendo a prazo não tenha juros, o conceito do
dinheiro no tempo entende que toda operação de longo prazo possui valores de juros embutidos os quais devem ser
descontados para o registro do valor do bem ou direito.
Exemplo: Compra de um veículo, por R$ 50.000,00 em 12 vezes de R$ 4.166,67.
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3 MÓDULO PATRIMONIAL – ATENDIMENTO AO IFRS
- Quando o valor a ser pago são os próprios 50.000, deve ser feito o desconto de uma taxa de juros estabelecida
pelo usuário, para trazer o ajuste deste valor no tempo, exemplo (taxa 0,5% a.m).
Para calcular o Valor presente total, deve ser calculado o valor presente de cada parcela e então somar os “valores
presentes”, conforme tabela abaixo.
Taxa
0,05%
Tempo Parcela Valor presente Juros
1 R$ 4.166,66 R$ 4.145,93 R$ 20,73
2 R$ 4.166,66 R$ 4.125,30 R$ 41,36
3 R$ 4.166,66 R$ 4.104,78 R$ 61,88
4 R$ 4.166,66 R$ 4.084,36 R$ 82,30
5 R$ 4.166,67 R$ 4.064,05 R$ 102,62
6 R$ 4.166,67 R$ 4.043,83 R$ 122,84
7 R$ 4.166,67 R$ 4.023,71 R$ 142,96
8 R$ 4.166,67 R$ 4.003,69 R$ 162,98
9 R$ 4.166,67 R$ 3.983,77 R$ 182,90
10 R$ 4.166,67 R$ 3.963,95 R$ 202,72
11 R$ 4.166,67 R$ 3.944,23 R$ 222,44
12 R$ 4.166,67 R$ 3.924,61 R$ 242,06
R$ 50.000,00 R$ 48.412,22 R$ 1.587,78
Pelo cálculo do AVP temos um valor atual de R$ 48.412,22, sendo, portanto, R$ 1.587,78 de juros embutidos.
Foi criado no sistema o cálculo do ajuste a valor presente para o cadastro de bens. O cálculo pode ser feito com as
informações diretamente do livro fiscal, ou com informações prestadas pelo usuário no cadastro do bem.
Informação prestada pelo usuário no cadastro do bem:
O usuário deverá informar na tela:
Valor Futuro: Valor que será pago pelo bem;
Valor Entrada: Valor que foi pago a vista, como ‘entrada’ na compra do bem, pois este valor já presente, e não
precisa participar do cálculo;
Qtde Parcelas: Quantidade de parcelas para pagamento do valor do bem;
Data Cálculo: Data que será considerada para realizar o cálculo do Ajuste a Valor Presente, o valor dos juros será
descontado considerando cada parcela como 30 dias a partir da data de cálculo. Essa data também será utilizada
para contabilizar o valor do AVP;
Taxa (% a.m): Taxa que será utilizada para desconto e cálculo do valor presente de cada parcela. A empresa deve
informar a taxa de juros corrente em sua empresa naquele período, a qual será utilizada para todos os bens
adquiridos no período. A taxa é cadastrada por vigência na opção Tabelas > Cadastro de taxa de ajuste a valor
presente.
Fórmula do cálculo do AVP PV = FV (1 + i)^n
Onde:
PV – Valor presente FV – Valor futuro
I – Taxa N - Tempo
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4 MÓDULO PATRIMONIAL – ATENDIMENTO AO IFRS
Valor Presente (R$): Valor presente calculado pelo sistema com base nas informações prestadas pelo usuário.
Informação cadastrada através do Livro Fiscal
Vários produtos/bens, ou várias quantidades de um produto/bem: Foi alterada a forma de cadastro do Bem, com
origem no livro fiscal. Antes, o sistema cadastrava um único bem, com o produto que estava na nota fiscal, se tivesse
mais do que um produto na nota, que se referia a bem, ou o mesmo produto tivesse diversas quantidades o usuário
deveria cadastrar os demais manualmente.
Agora ao lançar uma nota com vários produtos, ou com várias quantidades de um produto o sistema irá cadastrar
vários bens.
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5 MÓDULO PATRIMONIAL – ATENDIMENTO AO IFRS
Podendo assim, o usuário controlar os bens separadamente.
Além disso, com as informações do financeiro informadas no documento fiscal, o sistema já possui os dados para
realizar o ajuste a valor presente.
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6 MÓDULO PATRIMONIAL – ATENDIMENTO AO IFRS
Contabilização do ajuste a valor presente
O ajuste a valor presente deve ser contabilizado conforme exemplo abaixo:
Conforme exemplo acima, compra de um bem por R$ 50.000,00, com valor presente de R$ 48.412,22. Com uma taxa
de depreciação de 10% a.a.
Aquisição
D – BEM (ativo) 50.000,00
C – FORNECEDOR (passivo) 50.000,00
D – (-) AVP Fornecedores (passivo) 1.587,78
C – (-) AVP Bem (ativo) 1.587,78
Depreciação
D – (-) AVP Bem (ativo) 13,23
C – Estorno de AVP de ativos 13,23
Ajuste a valor recuperável
De acordo com as novas regras contábeis, as empresas precisam, no mínimo, anualmente fazer uma avaliação dos
itens do ativo imobilizado, para verificar se o valor dos mesmos está de acordo com seu valor justo, ou seja, se o
valor registrado pode ser recuperado de alguma forma.
Para o cálculo conhecido como Impairment Test a legislação especifica que a empresa deve calcular o valor
recuperável do bem através do uso, e também o valor recuperável do bem através da venda, e retirar o maior entre
eles, se esse valor for menor que o valor contábil do bem, deve ser feito um ajuste a valor recuperável.
Para realizar o ajuste a valor recuperável do bem, o usuário deverá acessar a opção “Valor Recuperável” no menu a
esquerda do cadastro, e informar os dados do ajuste, conforme segue:
- Data do movimento: Informar a data que está sendo feito o Ajuste a valor recuperável – de acordo com a
legislação o ajuste sempre será gravado no último dia do ano, da data informada.
- Tipo valor base: Campo informativo para definir se o ajuste a valor recuperável está sendo feito baseando-se no
valor da venda, ou no valor em uso.
- Novo valor do bem: informar o novo valor do bem, e baseando-se no valor contábil do bem, o sistema irá calcular
o ajuste feito, sendo a diferença entre os mesmos.
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7 MÓDULO PATRIMONIAL – ATENDIMENTO AO IFRS
O valor do ajuste a valor recuperável representa uma redução do valor do bem, como se tivesse sido feita uma baixa
parcial. Deve ser contabilizada reduzindo o valor do bem (em uma conta redutora separada), contra uma conta de
despesa.
A partir desse momento a depreciação do bem será menor.
Contabilização do ajuste a valor recuperável (redução do valor do bem)
D – Despesa por redução a valor recuperável (DRE)
C – (-) Ajuste a valor recuperável (ativo)
Custo Atribuído
O custo atribuído também consiste em um ajuste do valor do bem, porém, nesse caso, refere-se a um ajuste para
um valor maior.
A esse ajuste dá-se o nome de CUSTO ATRIBUÍDO e pode ser feito uma única vez na vida do bem, na data da adoção
inicial às regras internacionais. Essa data, para quem ainda não adotou às normas internacionais será, a princípio,
01/01/2014 ou 01/01/2015, conforme opção pela Lei 12.973/2014. Após essa data o valor do bem não poderá mais
ser aumentado, apenas diminuído.
Para informação no sistema, segue-se a mesma lógica do ajuste a valor recuperável, o sistema fará o cálculo para
identificar se o valor informado está a maior que o valor contábil, e assim, definirá como custo atribuído.
O custo atribuído ao bem deverá ser contabilizado aumentando o valor do bem (em uma conta separada, ou
subconta), e contra a conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial, e será depreciado ao mesmo tempo do bem,
encerrando os dois valores juntos.
Contabilização do custo atribuído (aumento do valor do bem)
D – Custo atribuído – Adoção Inicial (ativo)
C – Ajuste de avaliação patrimonial (Patrimônio Líquido)
Contabilização depreciação do custo atribuído
D – Despesa de depreciação Bem (DRE)
C – Custo atribuído –Adoção Inicial (ativo)
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8 MÓDULO PATRIMONIAL – ATENDIMENTO AO IFRS
Anualmente a empresa deverá baixa da conta de Ajuste de avaliação patrimonial o valor realizado do bem naquele
ano, contabilizando contra a conta de lucro ou prejuízos acumulados.
Depreciação Fiscal e Contábil
De acordo com as normas internacionais a contabilidade deve receber como depreciação o valor correspondente a
efetiva perda de valor do bem, assim, a depreciação representa o desgaste do bem com o tempo.
Como a depreciação é considerada uma despesa para fins de redução do IRPJ/CSLL das empresas de lucro Real, o
fisco determinou taxas máximas a serem utilizadas para cada tipo de bem e com o passar do tempo, essas taxas
passaram a ser utilizadas também para fins contábeis.
Com o advento da lei 11.638/07, o que se espera é que as empresas separem claramente a depreciação contábil, da
depreciação fiscal, fazendo os ajustes necessários no LALUR para correta apuração do IRPJ/CSLL.
O cálculo que o sistema Consisanet possuía atendia a depreciação fiscal, mas não atendia a depreciação contábil.
Agora o usuário poderá informar taxas para ambas as depreciações e controlar elas em separado.
- Depreciação fiscal: é informada uma única taxa, pelo qual o valor total do bem é depreciado até zerar. A
depreciação fiscal não possui valor não depreciável, e não tem variação de taxa ao longo de sua vida. A depreciação
fiscal não será contabilizada, pois será utilizada apenas para ajuste no LALUR.
- Depreciação contábil: as taxas são informadas conforme o efetivo desgaste que se imagina que o bem terá,
portanto, a taxa pode ser alterada anualmente. A depreciação contábil considera o valor residual, que representa
um valor que irá restar ao bem, no final de sua vida útil, esse valor não será depreciado. A depreciação contábil será
contabilizada representando a efetiva despesa da empresa.
Na tela de cadastro o usuário irá informar qual a taxa que pretende depreciar o bem no próximo ano. O sistema
sempre cadastrará a nova taxa informada a partir de janeiro do próximo ano em que não há depreciação e nem taxa
informada. A partir de janeiro desse ano, o bem passará a ser depreciado de acordo com a nova taxa.
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9 MÓDULO PATRIMONIAL – ATENDIMENTO AO IFRS
No cadastro da taxa de depreciação contábil, o sistema ainda permite o usuário informar que deseja “Encerrar
depreciação do bem” neste ano. Como a taxa não é fixa, todo novo ano a ser depreciado é considerado o ano inteiro
– 12 meses, como a empresa pode optar por encerrar a vida útil do bem antes do fim do ano, deve marcar essa
opção para definir quantos meses ainda pretende depreciar o bem.
Conforme o valor restante do bem o sistema fará o cálculo da taxa a ser considerada, para terminar de depreciar o
bem naquele ano, nos meses que o usuário informou.
Foram ajustados os processos de Baixa Parcial, Baixa Total e transferência para considerar os novos valores e
cálculos.