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Planejamento e Controle da Produção - MPS
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Planejamento Mestre
da Produção
(MPS)
CEFET / RJ
Administração Industrial
Planejamento e Controle da Produção
Prof. Alexandre B. Marques
SUMÁRIO
1. Visão geral do processo de PPCP
2. MPS: conceitos iniciais
3. Entradas:– Plano de produção agregado
– Previsão de vendas detalhada
– Carteira de pedidos
– Política de estoques
– Situação do estoque
4. Mecânica de cálculos do MPS / RCCP:
– Equação geral do MPS
– Registro básico do MPS
– MPS para itens pais e filhos
– Cálculo da capacidade de médio prazo: RCCP
5. Saídas:– Restrições de capacidade para o MRP2
– Visão de estouro de capacidade e/ou ociosidades
– Ordens de produção (MPS)
PLANEJAMENTO HIERÁRQUICO DA
PRODUÇÃO
ETAPASENTRADAS SAÍDAS
Planejamento Mestre de
Produção (MPS)
•Plano Produção Agregado•Cart. Pedido + Prev. vendas•Política + Situação Estoque
•Plano Mestre de Produção p/ itens de demanda independente
Planejamento das
Necessidades de Materiais
(MRP-1)
•Plano Mestre Produção•Lista de materiais•Registros de Estoques
•Ordens de Compras matérias primas e componentes•Ordens de Produção de componentes
Planejamento de Vendas e
Operação (S&OP)
•Plano Financ. / Orçamento•Plano Des. Novos Produtos•Plano Vendas agregado•Plano Produção agregado
•Metas e Projetos estratégicos•Objetivos/Estrat. funcionais•Dados históricos + Previsões•Info. diversas de custos
Planejamento Estratégico
•Metas: Faturamento, ROI, LAIR, Fatia Mercado etc.•Projetos de investimentos
•Fora do escopo da disciplina
Controle de Chão de Fábrica
(SFC)
•Ordens de Produção•Roteiros pré-cadastrados•Calendários, parâmetros
•Programas de Produção•Relatórios em geral: produtividade, qualidade, etc.
Planejamento Mestre da Produção (MPS – Master Production Schedule)
Hierarquia das decisões:
– O S&OP dirige o MPS
– O MPS dirige o MRP-2
Objetivo geral:
– É o primeiro nível de decisão, que visa conciliar as demandas com a capacidade de resposta da
empresa.
Objetivo específico:
– Desdobrar o plano agregado do S&OP (nível imediatamente superior) em plano desagregado funcional
/ operacional, alinhando-os sem perder de vista as limitações da capacidade de produção instalada de
médio prazo (apenas dos recursos críticos).
Natureza do MPS:
– Está mais para uma ferramenta gerencial e multidepartamental de decisão do que para um módulo de
cálculos.
Horizonte de planejamento:
– Entre dois e cinco meses, considerando período de planejamento (time bucket) semanal.
– Inércia de decisão maior do que no MRP2.
Quem participa:
– Gerentes de Manufatura, Finanças, Marketing e Vendas.
Planejamento Mestre de Produção(MPS – Master Production Schedule)
Definição: registro que contém, para cada “produto final”, as
projeções de demanda e estoque ao longo do tempo.
Função: emitir ordens de produção quando não houver estoque
suficiente para atender a demanda futura.
Foco: produtos finais / itens com demanda independente.
DEMANDAS
EMPRESAS
COLIGADASMPS
CARTEIRA
PEDIDOS RESTRIÇÕES-
CHAVE DA
CAPACIDADE
NÍVEIS DE
ESTOQUE
DEMANDAS
PEÇAS
REPOSIÇÃO
POLÍTICA
ESTOQUE
SEGURANÇA
DEMANDAS P/
EXPOSIÇÕES E
PROMOÇÕES
DEMANDAS
DE P&D
PREVISÃO DA
DEMANDA
(INDEPENDENTE)
EXEMPLO SIMPLIFICADO DE MPS
PERÍODO 1 2 3 4 5
DEMANDA 10 10 10 10 15
DISPONÍVEL 20 10 0 0 0
MPS 0 0 10 10 15
Em mãos = 30
SLACK, 456 e CORRÊA, cap. 6
REPETIÇÃO DO
CAPÍTULO 3
ENTRADAS P/ O MPS
– Plano de produção agregado
– Previsão de vendas detalhada
– Carteira de pedidos
– Política de estoques
– Situação do estoque
MPS com RCCP
Plano
mestre de
produção
(Ordens de
Fabricação)
Plano de
produção
agregado
(S&OP)
CORRÊA, fig. 4.5
Planejamento grosseiro, de
médio prazo ou de recursos
críticos da capacidade (rough-cut
capacity planning): sub-módulo
do MPS responsável pelo cálculo
da capacidade (cap. 8).
Previsão de vendas
Carteira de pedidos
Política de estoque
Situação do estoque
(projetada)
Representadas nas
primeiras linhas do
registro básico do MPS.
Recursos
críticos +
Tempos
Abordado
no MRP-2
(cap. 4)
RCCP MPS
LÓGICA DO CÁLCULO /
REGISTRO DO MPS
QUANDO E QUANTO PRODUZIR DE CADA
ITEM COM DEMANDA INDEPENDENTE?
Equação geral do MPS
Estoque final = (Estoque inicial + Produção) – (Previsão vendas) – (Carteira pedidos)
CORRÊA, 146-147 (adaptado)
Fortemente
influenciado
pela política
de Estoque
Segurança
definida pela
Direção
Resultado da
interação de
fatores
controláveis e
não-
controláveis
Influenciada
pelos
esforços de
Marketing e
de Vendas
Vários departamentos participando /
influenciando as decisões que resultam nesses
números
Duas formas de “Registro” do MPS
Item: 00289 – Lapiseira
L.T.: 11 2 3 4 5 6 7 8
Nec. bruta 200 200 200 200 200 200 200 200
Estoque disponível (inicial = 240) 40 240 40 240 40 240 40 240
Nec. Líquida 0 400 0 400 0 400 0 400
SIMPLIFICADO (capítulos anteriores)
Item: 00289 – Lapiseira
L.T.: 11 2 3 4 5 6 7 8
Previsão demanda independente 200 200 200 200 200 200 200 200
Demanda dependente
Pedidos carteira (desconta prev.?)
Demanda total 200 200 200 200 200 200 200 200
Estoque disponível (inicial = 240) 40 240 40 240 40 240 40 240
Disponível para promessa
MPS (ou Ordem de Produção) 0 400 0 400 0 400 0 400
DETALHANDO A DEMANDA TOTAL
Registro do MPS para itens pais e filhos
Item: Lapiseira / LT=1 / ES=? / LEP=? 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Previsão demanda independente 200 200 200 200 200 200 200 200
Demanda dependente
Pedidos carteira
Demanda total 200 200 200 200 200 200 200 200
Estoque disponível 240 40 240 40 240 40 240 40 240
Disponível para promessa
MPS (ou O.P.) 400 0 400 0 400 0 400 0
ITEM PAI = LAPISEIRA
Item: Corpo / LT=2 / ES= 80 / LEP= 50 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Previsão demanda independente 10 10 10
Demanda dependente 400 400 400
Pedidos carteira
Demanda total 410 410 410
Estoque disponível 40 80 80 80 80 80 80 80 80
Disponível para promessa
MPS (ou O.P.) 450 410 410 0 0 0 0 0
ITEM FILHO = CORPO EXTERNO
MECÂNICA DE CÁLCULOS DO
RCCP
VERIFICANDO A VIABILIDADE DO MPS
Exemplo de Cálculos do MPS com RCCP
Família A Jan. Fev. Mar.
Vendas 100 120 120
Estoque (200) 200 180 160
Produção 100 100 100
Família B Jan. Fev. Mar.
Vendas 130 130 130
Estoque (100) 100 100 100
Produção 130 130 130
Considere que a pessoa responsável elaborou o S&OP abaixo para os produtos das
famílias A e B para os três próximos meses. Elabore o MPS nivelado e verifique sua
viabilidade exclusivamente do ponto de vista da capacidade de produção instalada.
CORRÊA, 299-305
Família A
A1
(20%)
A11
A111
A12
A121
2x
A2
(80%)
A21
A211
A22
3x
Família B
B1
(40%)
B11
B111
B12
B121
2x
B2
(60%)
B21
B211
B22
3x
Solução parte 1: MPS(quanto e quando produzir, primeira tentativa)
Famílias desagregadas em produtos e meses desmembrados em semanas.
Produto A1E.S. L.T. L.E.P. Jan. Fev. Mar.
80 0 10 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12
Necessidade Bruta 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
Estoque final (em mãos-> 120 115 110 105 100 95 90 85 80 85 80 85 80
MPS, OP ou Necessidade liquida 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 10 0
Produto A2E.S. L.T. L.E.P. Jan. Fev. Mar.
75 0 10 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12
Necessidade Bruta 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20
Estoque final (em mãos-> 80 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75 75
MPS, OP ou Necessidade liquida 15 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20
Produto B1E.S. L.T. L.E.P. Jan. Fev. Mar.
80 0 5 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12
Necessidade Bruta
Estoque final (em mãos-> 80
MPS, OP ou Necessidade liquida
Produto B2E.S. L.T. L.E.P. Jan. Fev. Mar.
20 0 10 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12
Necessidade Bruta
Estoque final (em mãos-> 20
MPS, OP ou Necessidade liquida
Solução parte 2: RCCP(cálculo grosseiro da capacidade ou cálculo da capacidade dos recursos
críticos ou capacidade de médio prazo)
Produto A1
Recurso crítico h/un. Antecedência
Fundição 0,40 3
Usinagem 1,30 1
Pintura 3,00 2
Montagem 0,70 1
Dados necessários para os cálculos:
Padrão (ou perfil) de uso dos recursos críticos pelos produtos
CORRÊA, 299-305
Produto B1
Recurso crítico h/un. Antecedência
Fundição 0,20 3
Usinagem 1,70 2
Pintura 0,68 1
Montagem 0,30 1
Produto A2
Recurso crítico h/un. Antecedência
Fundição 0,51 3
Usinagem 0,30 1
Pintura 0,33 2
Montagem 0,26 1
Produto B2
Recurso crítico h/un. Antecedência
Fundição 0,33 3
Usinagem 0,36 2
Pintura 0,30 1
Montagem 0,03 1
Solução parte 2: RCCP(continuando a verificação da viabilidade do MPS)
Recursos críticos:Jan. Fev. Mar.
S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12
Fundição:
A1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,0 0,0 4,0 0,0
A2 7,7 10,2 10,2 10,2 10,2 10,2 10,2 10,2 10,2 10,2 10,2 10,2
B1 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6
B2 6,3 6,3 6,6 6,6 6,3 6,3 6,6 6,6 6,3 6,3 6,6 6,6
Total 16,5 19,1 19,4 19,4 19,1 19,1 19,4 19,4 23,1 19,1 23,4 19,4
Usinagem:
A1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 13,0 0,0 13,0 0,0
A2 4,5 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0
B1 22,1 22,1 22,1 22,1 22,1 22,1 22,1 22,1 22,1 22,1 22,1 22,1
B2 6,8 6,8 7,2 7,2 6,8 6,8 7,2 7,2 6,8 6,8 7,2 7,2
Total 33,4 34,9 35,3 35,3 34,9 34,9 35,3 35,3 47,9 34,9 48,3 35,3
Pintura:
A1
A2
B1
B2
Total
Montagem:
A1
A2
B1
B2
Total
RCCP (sem off set) / Capacidade padrão = 5d . 8h . 0,90 = 36 h/sem.
47,9 48,3
51,1 51,4
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Horas
Semanas
Metalúrgica CEFET
Visão geral do uso da capacidade instalada dos recursos críticos
FUNDIÇÃO USINAGEM PINTURA MONTAGEM CAPACIDADE
MPS & RCCP
1. Por que não foi possível atender ao MPS original?
2. Como resolver os estouros identificados?
( ) alterar o MPS original. Como?
( ) incrementar a capacidade atual. Como?
( ) terceirizar parte da produção. Como?
( ) deixar de atender parte da demanda. Qual?
Detalhe cada uma das opções anteriores.
3. Quais poderiam ser as conseqüências de cada uma
delas?
CORRÊA, 304
Questionário sobre MPS
1. Por que é necessário o MPS se o S&OP, de certa modo, também faz a ligação
entre estratégia e planejamento em sistemas de MRP2?
2. Apresente três significados para a sigla RCCP.
3. Quais características diferenciam o RCCP do CRP? (C. 147 + 297)
4. Quais são as dicas para se identificar os recursos críticos de produção? (C. 300)
5. Explique o que é antecedência ou off set. (C.301-302)
6. Quais são as diferenças entre “ordens planejadas”, “ordens firmes planejadas” e
“ordens liberadas”? Como acontece a transição entre esses três diferentes
status de uma ordem? (C. 212-213)
7. O que são e por que se utilizam os time fences ? (C. 211-213)
8. Em que o time fence se diferencia do time bucket ? (C. 297)
9. No que são diferentes os tipos de produção (ou estratégias de resposta à
demanda) MTO e MTS em termos do uso do MPS? (C. 224-232)
10. O que são itens-fantasmas e para que são utilizados? (C. 235)
CITEPE-01-2012-ANALISTA LOGÍSTICA PLENO-Q43
Na elaboração do Planejamento de
estoques, um dos itens utilizados é
o Planejamento Mestre da Produção
(PMP).
Estão envolvidas todas as áreas que
têm um contato mais direto com a
manufatura, tanto no sentido de
fornecer subsídios para a tomada
de decisões, como no sentido de
usar as informações do PMP.
Com base no PMP, associe as áreas
abaixo com os respectivos tipos de
informação.
I - Finanças
II - Marketing
III - Produção
IV – Compras
P - Plano de Vendas
Q - Contratação de Pessoal
R - Limites de Capacidades
S - Lead Time de Fornecedores
T - Gastos Horas Extras
As associações corretas são:
(A) I – T , II – P , III – R , IV – S
(B) I – T , II – Q , III – S , IV – R
(C) I – R , II – P , III – Q , IV – S
(D) I – R , II – Q , III – S , IV – P
(E) I – P , II – S , III – R , IV – T
PROMINP-LOGÍSTICA-OUTUBRO 2010–Q44
Em uma indústria, uma das ferramentas de planejamento que forma a
base para a comunicação entre a área de vendas e a de produção é o
programa-mestre de produção. Esse programa é conhecido como
Master Production Scheduling – MPS – e sua função é
(A) prover o gerente no movimento dos estoques.
(B) mapear o fluxo operacional da organização.
(C) analisar a conformidade de um processo industrial em relação às
exigências mercadológicas.
(D) relacionar os subconjuntos de peças e componentes necessários à
produção de uma unidade de um determinado produto.
(E) informar a quantidade de itens que deverão ser produzidos e o
momento em que serão necessários.
PROMINP-LOGÍSTICA-ABRIL 2007-Q38
O Programa Mestre de Produção (MPS – Master Production
Schedule) é uma fase importante do planejamento e controle
da produção. Para a manufatura, o MPS é:
(A) uma declaração da quantidade e do momento em que os
produtos finais devem ser produzidos.
(B) o estudo de longo prazo da posição da empresa, em relação à
rede de suprimentos.
(C) o planejamento da distribuição física dos bens produzidos
entre os canais de distribuição.
(D) a gestão das compras de materiais incluindo a avaliação de
fornecedores e monitoramento das entregas.
(E) a avaliação da força de trabalho para adequação da
capacidade de produção.
Fontes de consulta
1. CORRÊA, GIANESI e CAON. Planejamento, programação e
controle da produção. São Paulo: Atlas, 2009. 5ª edição.
- CAPÍTULO 6: todo.
- CAPÍTULO 8: RRP páginas 299 a 307.
2. FERNANDES e GODINHO FILHO. Planejamento e controle da
produção: dos fundamentos ao essencial. São Paulo: Atlas,
2010.
– CAPÍTULO 5: todo