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10MD e Grupo Lena abandonam Fórum Leiria

Quarta-feira31 Dezembro 2008

Terceira fase do processo de certificação energética de edifícios tem início amanhã. Profissionais dizem estar preparados pág 12

Pedidos para certificação energética de edifícios aumentaram no final do ano

13Colecção de tapetes apresentada

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2Turismo de saúde é aposta para hotelaria

11Estrangeiros investiram 141 milhões em Portugal

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Montemor-o-NovoL’And Vineyards em comercialização

Abertura2 • Público Imobiliário • Quarta-feira 31 Dezembro 2008

Turismo de saúde afigura-se como motor de crescimento da indústria hoteleira e turísticaEstudo da Jones Lang LaSalle identifica oportunidades deste nicho de mercado. Países asiáticos lideram oferta

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Pedro Farinha

“O multi-bilionário sector do turismo de saúde poderá afirmar-se como um dos principais motores de crescimen-to da indústria hoteleira e turística”. Quem o diz é a Jones Lang LaSalle no seu estudo «Focus on Medical Travel – fad or focus for hotel operators and investors?», divulgado recentemente.

A procura de novos nichos de mer-cado está a concentrar, cada vez mais, as atenções de investidores e opera-dores hoteleiros, que procuram renta-bilizar os seus negócios. O turismo de saúde está entre as prioridades destes profissionais, apesar de ainda ser um segmento com pouca expressão no conjunto do mercado.

Actualmente, o turismo de saú-de é liderado pela Ásia, designada-mente por países como a Tailândia, Singapura, Malásia e Índia. “Estes pa-íses estão a desenvolver projectos de primeira classe, dispondo de pesso-al médico altamente especializado e, na sua maior parte, formado no exte-rior”, sublinhou Mark Wynne Smith, CEO da Jones Lang LaSalle Hotels pa-ra a Europa, Médio-Oriente e África, que acrescenta: “Os turistas interna-cionais escolhem estes destinos de-vido à elevada qualidade e relativo baixo custo dos serviços de saúde oferecidos”.

Além destes países, existem ou-tros destinos que estão a emergir neste mercado, como por exemplo a Europa de Leste, Turquia e Dubai. “Só no Dubai, existem pelo menos 120 Spas, health clubs e clínicas, que ofe-recem serviços de saúde e bem-estar. Até 2015, prevê-se que os Emirados Árabes Unidos estarão entre os prin-cipais destinos de Spa no mundo, com uma oferta estimada de 200 hotéis”, revelou Mark Wynne Smith.

Segundo a Jones Lang LaSalle, o fu-turo será muito positivo, uma vez que “à medida que os viajantes se tornem mais criteriosos, continuarão a procu-rar hotéis e resorts que ofereçam um

leque completo de infra-estruturas e comodidades. Os Spas medicinais, as viagens medicinais e de reabilitação para destinos recomendados desem-penharão um papel importante na no-va geração de resorts de spas”.

No entanto, a consultora defende que é necessário levar em linha de conta alguns aspectos para quem pretende investir neste mercado. Assim, “os accionistas deverão asse-gurar que a indústria de turismo de saúde oferece cuidados acessíveis, com preços suportáveis e de elevada

«Focus on Medical Travel»Para Mark Wynne Smith, este tipo

de parcerias são “vitais, na medida em que os viajantes deste tipo de turismo necessitam de segurança e paz de espírito, proporcionadas pe-la compra de um pacote com tudo incluído”.

O mesmo responsável acredita que “o turismo de saúde tem potencial pa-ra se tornar num segmento turístico importante, com oportunidades de investimento a resultarem quer de empreendimentos hoteleiros de gran-

de dimensão adjacentes a hospitais urbanos, quer de oferta especializa-da com pequenas modificações dos produtos existentes. Em qualquer um dos cenários, o aumento de capital para gastar dependerá da dimensão e da oportunidade neste mercado e deverá ser uma ponderação-chave para qualquer investidor”.

Turismo de saúde é liderado pela Ásia

qualidade para cimentar a reputação deste sector emergente e permitir que as pessoas façam escolhas informadas acerca dos seus cuidados de saúde. Há um enorme potencial para parcerias entre cadeias hoteleiras, promotores imobiliários, empresas de aviação, companhias de seguros e entidades financeiras”, pode ler-se no estudo

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Cinco freguesias de Lisboa com 33% da oferta

da Área Metropolitana de Lisboa (AM Lisboa). Assim, o segmento de mer-cado dos fogos usados pode agora ser analisado ao nível das várias freguesias que constituem a AM Lisboa, identi-ficando-se as zonas de mercado que mais contribuem para a evolução do índice desta área metropolitana.

No terceiro trimestre de 2008, atra-vés da análise das taxas de variação homólogas, verifica-se que o valor dos imóveis usados quando comparado com o terceiro trimestre de 2007 bai-xou. Sendo a maior quebra sentida na freguesia de Sacramento em Lisboa. Neste caso a variação homóloga do ter-ceiro trimestre de 2008, registada pelo índice de freguesias de alojamentos usados, apontou para uma redução de -7,8%. Pelo contrário as freguesias do Castelo e de Santa Isabel apresentaram

para igual período, taxas de variação homólogas positivas, acima dos 7%.

Mercado de UsadosNa análise por segmentos de merca-do, quer nos fogos novos como nos usados, observaram-se reduções nas valorizações mensais em Outubro de 2008. No caso do mercado de habita-ções usadas a taxa de valorização des-se mês foi mesmo negativa, baixan-do -0,2%. Na AM Lisboa o segmento de mercado onde foi mais sentida a contracção foi o dos alojamentos usa-dos, com as taxas de valorização em Outubro a contraírem-se, fixando-se em -0,4%. No total do Continente e da AM Lisboa a maior redução foi sentida nos alojamentos usados.

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MercadoPúblico Imobiliário • Quarta-feira 31 Dezembro 2008 • 3

As estatísticas Confidencial Imobiliário/LardoceLar.com dão conta que cerca de 1/3 dos apartamentos usados em oferta em Lisboa, estão concentrados em cinco freguesias da capital, cor-respondendo ao Lumiar, Santa Maria dos Olivais, Benfica, São Domingos de Benfica e Penha de França. Neste con-junto estão reunidos para oferta mais de 10 mil apartamentos em estado de usado, apresentando valores médios na ordem dos 2,2 mil euros/m2.

Existe, no entanto, uma nova fun-cionalidade que permite a realização de análises mais pormenorizadas, cujo detalhe geográfico possibilita identi-ficar as zonas de mercado que mais contribuem para a evolução do índice

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Jardim Vista

EmpreendimentoQuarta-feira 31 Dezembro 2008 • Público Imobiliário • 5

Jardim Vista implementa paisagismo no Formoso Hills

Pedro Farinha

Projecto está situado no concelho de Montemor-o-Novo. Investimento ascende a 44 milhões de euros

A CB Richard Ellis está a comerciali-zar o L’And Vineyards, um projecto imobiliário situado no concelho de Montemor-o-Novo e que representa um investimento de 44 milhões de euros.

“O L’And Vineyards é o primeiro projecto da marca L’And, promovido pelo grupo Sousa Cunhal em parceria com o grupo Lágrimas Hotels. Este al-deamento turístico de 5 estrelas tem como conceito a cultura do vinho, possibilitando a produção própria de

A Jardim Vista foi seleccionada para o desenho e implementação dos jardins do empreendimento Formoso Hills, que se encontra actualmente em fase de construção junto a Almancil, no Algarve.

“Os vastos jardins do condomínio, com mais de 60.000 m², desenhados pelo arquitecto paisagista da Jardim Vista, Paulo Crispim, seguem um traço minimalista, proporcionando grandes áreas de lazer relvadas, pontuadas por oliveiras e ciprestes italianos”, revela a empresa em comunicado.

O mesmo documento adianta que “na parte adjacente à zona subtropi-cal que envolve a piscina está situado um anfiteatro relvado que propor-ciona uma agradável área de banhos de sol, circundada por Palmeiras Washingtonia, Chamaerops e Cicas”.

Além disso, as “mudanças de re-levo exigentes foram compensadas com a utilização de paredes de re-tenção em rocha strata, cujo impacto será suavizado através do emprego de Rosmaninho, Lótus e a colorida Lantana montevidensis”, acrescenta o mesmo comunicado. P.F.

L’And Vineyards comercializado pela CB Richard Ellis

vinho a todos os seus moradores”, po-de ler-se num comunicado da entidade promotora.

Estendendo-se por cerca de 66 hec-tares, este empreendimento tem sete núcleos que compreendem 75 unida-des e uma área central que integra to-dos os serviços Premium (spa, restau-rante, wine club, ténis e padle, campo infantil, catering, gestão e manutenção de unidades de alojamento, babysiting e segurança 24 horas).

De acordo com a CB Richard Ellis, as unidades residenciais deste complexo dividem-se em serviced villas, com ti-pologias entre o T3 e o T6 (moradias com valores de comercialização entre os 350 e os 759 mil euros), e serviced townhouses (moradias em banda T2 com valores de comercialização entre os 135 e os 259 mil euros).

Os projectos de arquitectura estão a cargo de diversos gabinetes, nomea-damente da Promontório Arquitectos, Sergison Bates Architects, João Luís Carrilho da Graça, José Paulo dos Santos e da Architekturbüro Peter Märkli. Já o paisagismo do empreen-dimento tem a assinatura da PROAP – João Ferreira Nunes.

Projecto estende-se por cerca de 66 hectares

Opinião6 • Público Imobiliário • Quarta-feira 31 Dezembro 2008

reabilitação urbana, como seria natural e desejável, mas tal não aconteceu.

Enquanto Presidente da AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas e também da Federação da Construção, há muito que venho reclamando o estatuto de prioridade nacional para a reabilitação urbana.

Há no País mais de 800 mil casas a precisarem de obras profundas e urgentes, uma realidade que contribui para o preocupante estado de degradação e abandono em que se encontram os centros urbanos das nossas principais cidades. São, pois, necessárias medidas urgentes. O Orçamento de Estado para 2009 avança com algumas dessas medidas, mas dificilmente terão eficácia enquanto não se avançar com as alterações necessárias à Lei das Rendas.

De igual modo, são essenciais alterações legislativas, nomeadamente no Código dos Contratos Públicos, em matérias como o ajuste directo ou o mecanismo de protecção contra os preços anormalmente baixos, para que o mercado da construção se possa desenvolver adequadamente, condição fundamental para alicerçar um futuro melhor para o Sector e para o País.

Naturalmente, para que 2009 possa trazer a necessária recuperação à construção, o que, aliás, será decisivo para Portugal enfrentar a crise financeira internacional e as suas consequências na economia, é indispensável que os diferentes projectos de infra-estruturas que estão previstos, tanto os de maior como os de menor dimensão, sigam o seu curso sem qualquer interrupção.

Será fundamental avançar com as estradas e auto-estradas que integram o Plano Rodoviário Nacional,

O bom ano de 2009 está chegar

Construção é fundamental para ultrapassar a crise

Ao contrário do que se perspectivava no início do ano, 2008 não marcou o início de um novo ciclo de crescimento para o Sector da Construção. Os dados disponíveis apontam para o fim da trajectória de

quebra de actividade mas não para o início da retoma. De facto, 2008 ficou-se por uma ligeira melhoria nas

obras de engenharia civil, embora abaixo do que era expectável, a que se junta um crescimento da ordem dos 4% no segmento dos edifícios não residenciais. Ora, a recuperação destes segmentos é, porém, insuficiente para compensar a persistente quebra verificada na componente dos edifícios residenciais, que deverá situar-se muito próxima dos 8%, o que é demasiado, se tivermos em atenção que a construção habitacional vem a cair significativamente há 7 anos.

Na verdade, o País passou de 125 mil fogos novos construídos em 2002 para 60 mil em 2008, algo que dificilmente era previsível no início do ano. Mas há factores que ajudam a explicar a paragem de muitos projectos imobiliários, nomeadamente o aumento sistemático das taxas de juro até quase ao final do ano e as crescentes dificuldades de acesso ao crédito resultantes da crise financeira internacional. Se as casas já construídas não se vendem, é natural que o mercado de construção sofra as consequências.

De facto, se era previsível uma redução de actividade nesta componente, também se perspectivava que a mesma fosse compensada por um forte incremento da

José Eduardo Macedo

O ano que agora acaba foi marcado pelas notícias das vicissitudes do mundo financeiro, com re-percussões no sector imobiliário a criar mui-ta angústia em muito boa gente, ligada ou não

ao sector, gente que vê o futuro próximo com as cores sombrias com que alguns analistas gostam de pintar a realidade.

Como se sabe, o epicentro do tsunami financeiro centrou-se nos Estados Unidos, onde os créditos hipotecários de elevado risco proliferavam a desafiar um previsível aumento dos incumprimentos nos pagamentos poderia gerar, na ressaca, uma elevada desconfiança por parte dos bancos agora “condenados” a reduzir as linhas de crédito para empréstimos à habitação.

Mas o que se passou nos Estados Unidos e noutros países que sofreram também os efeitos do chamado efeito da “bolha imobiliária” não ocorreu em Portugal onde, apesar de tudo, os preços das casas nunca foram excessivamente sobrevalorizados nem para efeitos de garantia de empréstimos.

Os preços do nosso imobiliário são ainda muito competitivos quando comparados com os preços que se praticam na zona económica em que nos situamos e Portugal ainda possui muitas oportunidades de investimento, até pelo facto dos nossos melhores produtos - de qualidade superior - apresentarem preços muito mais baixos do que produtos idênticos noutras latitudes.

Muita gente diz que as crises escondem oportunidades inesperadas, mesmo num quadro de globalização como o que vivemos e que em parte também explica este alastrar global dos próprios receios e das próprias réplicas do “tsunami” financeiro detectado nos Estados Unidos como já ninguém esconde.

Para salvar o estilo de vida do Ocidente, muitos governantes de Estados poderosos deram o liberalismo por não dito e optaram por soluções que antes considerariam impensáveis. Os bancos centrais baixaram os juros sem grandes preocupações quanto à inflação e, gradualmente, o dinheiro começou a ficar mais em conta, entre nós graças à Santa Euribor.

A oportunidade volta a ser a que se oferece em bens de raiz, em produtos imobiliários de qualidade e a preços muito competitivos como são os que continuam

iniciar as obras da rede de alta velocidade ferroviária, começar com o projecto do novo aeroporto de Lisboa e da nova travessia do Tejo, mas também com todas as barragens previstas e com as restantes infra-estruturas para a produção de energias renováveis, com as redes de água e saneamento, com as obras nos portos, com a construção dos novos hospitais, escolas, tribunais e outros edifícios públicos que são necessários.

Estamos a falar de obras que significam desenvolvimento, crescimento económico, mais emprego e mais qualidade de vida para as populações. Não há, por isso, margem para retrocessos e adiamentos na execução dos diferentes projectos.

Se estas obras avançarem, se formos capazes de colocar em marcha um ambicioso programa de reabilitação urbana, se as dívidas do Estado às empresas forem efectivamente pagas, pondo termo aos recorrentes atrasos de pagamento, se os apoios do Estado à banca se traduzirem em crédito mais fácil para as empresas, então certamente que a construção será capaz de dinamizar a economia e estimular o emprego. E é seguramente esse o caminho que Portugal tem de trilhar para vencer a crise.

É com a expectativa de ver o Sector da Construção recuperar de um longo período de quebra de actividade e funcionar como dinamizador do combate à crise internacional que a AICCOPN e o seu Presidente desejam aos seus associados e aos portugueses em geral um Próspero Ano Novo. Presidente da AICCOPN

Reis Campos

a praticar-se em Portugal. Comprar casa, por normal necessidade mas também por investimento, é cada vez mais a opção certa e segura. Não há bem menos volátil do que o bem imóvel.

Bem vistas as coisas, no que toca a este sector chave que é o do imobiliário, o que aconteceu em 2008, nos mercados financeiros do centro do mundo de negócios, pode ter sido uma bênção para 2009, pelo menos em

Portugal. A hora volta a ser a de comprar. É em cenários destes que se descobrem os melhores e os mais seguros negócios. Por isso, neste último dia de 2008, direi que o bom ano de 2009 está a chegar.

presidente da Direcção Nacional da [email protected]

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Escritórios & Comércio10 • Público Imobiliário • Quarta-feira 31 Dezembro 2008

Visite www.imometrica.com para saber mais sobre o Lisbon Prime Índex. Proibida a reprodução.

Participantes

O Lisbon Prime Index acumula 217 mil m2 de escritórios vendidos/arrendados até ao mês de Novembro, esperando-se que o último mês do ano seja melhor que os dois primeiros meses deste últi-mo trimestre, onde no conjunto foram colocados cerca de 8 mil m2.O mês de Novembro registou mais área e mais negócios que o mês de Outubro mas, à semelhança do que tinha acon-tecido naquele mês, a maioria dos ne-gócios foi de média dimensão, não ha-vendo nenhum com mais de mil m2.Dentro da cidade de Lisboa o eixo ribeirinho da Avenida 24 de Julho, Restauradores e Almirante Reis esteve em evidência com mais negócios que o habitual, o que constitui uma boa notícia para a revitalização desta par-

te mais antiga da capital. Os restantes negócios de média dimensão foram, maioritariamente, realizados na zona prime da Avenida da Liberdade até à Avenida da República, o que constitui uma realidade normal dada a escas-sez de oferta de grandes áreas nesta zona.No eixo Miraflores – Porto Salvo o movi-mento mensal foi gerado nos principais parques de escritórios ali existentes, como o Arquiparque e a Quinta da Fonte. A oferta de pequenos e médios escritórios nestes empreendimentos é uma boa aposta que permite a pe-quenas empresas dispor de excelentes condições de trabalho conseguindo va-lores de renda muito competitivos face a outras zonas.

Absorção anual até Novembro acumula 217 mil m2

Empresas defendem desajustamentodo projecto à actual realidade

As empresas de promoção imobiliária Multi Development e Lena Construções anunciaram, no inicio da semana, a in-tenção de desistirem do projecto do Fórum Leiria, que integra um centro comercial a construir na cidade de Leiria e cujo desenvolvimento foi ga-nho mediante um concurso interna-cional realizado pela autarquia local.

O consórcio ganhou o referido con-curso há seis meses e argumenta agora que o atraso na adjudicação, agravado pelas muito “adversas condições eco-nómicas e financeiras da conjuntura nacional e internacional”, acabaram por resultar no “desajustamento do projecto à realidade”. De acordo com o comunicado divulgado pelas empre-sas, numa carta enviada à autarquia de Leiria, o consórcio relembra que a sua proposta, sagrada vencedora, foi adjudicada há já seis meses, tendo expirado há muito o prazo legal de 132 dias findo o qual o adjudicatário pode recusar-se a fazê-lo posteriormente, em caso de não ter sido outorgada a adjudicação. As empresas frisam ainda que o projecto inicial foi apresentado em Julho de 2007, pelo tendo em conta o decurso do tempo, a proposta “ficou desajustada da realidade a um ponto tal” que as empresas que formam o consórcio “deixaram de ter interes-se objectivo na respectiva execução”, pelo que “pretendem desvincular-se, com fundamento legal”, da execução

O mercado de escritórios de Lisboa promete ser um dos mais dinâmicos no balanço do ano 2008, superando a boa performance de 2007, ano em que se atingiu uma absorção recorde de mais de 200 mil metros quadrados, a mais elevada desde que o mercado é monitorizado pelo Lisbon Prime Index (LPI). A confirmá-lo, estão os resultados do terceiro trimestre do ano, período em que o take up de espaços de escritó-rios ascendeu ao valor histórico de 106,000 metros quadrados, de acor-do com dados recentemente revelados pela consultora imobiliária Jones Lang LaSalle ( JLL). No final do 3.º trimestre, o stock de escritórios de Lisboa ascen-dia a 4.271.778 m², dos quais 302.823 m² disponíveis, traduzindo uma ta-xa de disponibilidade na ordem dos 7,09 por cento, abaixo dos 7,37 por cento no trimestre anterior. Mariana Seabra, Directora do Departamento de Escritórios da JLL, acredita que “o mercado de escritórios deverá ser, em 2008, a estrela do sector imobiliário nacional, em termos de performance”, explicando que, com o resultado do 3.º trimestre, nos primeiros nove meses

Multi Development e Grupo Lena desistem do Fórum Leiria

Empresas ocupam 106 mil metros quadrados de escritórios em Lisboa no 3.º trimestre

do projecto.Associado à derrapagem de pra-

zos, a conjuntura não tem sido a mais favorável, já que de acordo com as empresas, as condições económicas e financeiras, quer nacionais quer in-ternacionais, que têm vindo a ter «um impacto vincadamente negativo nos sectores imobiliário e bancário e na actividade do consumo em geral, pre-judicam, a montante, a estratégia de financiamento com capitais próprios e alheios inicialmente pensada e, a jusante, a estratégia comercial agre-

gada à (futura) unidade comercial de dimensão relevante”.

Investimento de 170 milhões A proposta do consórcio Multi Development / Lena Construções concorreu com projectos apresenta-dos pela Chamartin Imobiliária e pelo Grupo Auchan. Num investimento glo-bal de 170 milhões de euros, o projecto vencedor integrava um centro comer-cial de 50 mil metros quadrados de área bruta locável, que concentraria a maior parte deste investimento. Além do complexo de retalho, a proposta integrava um investimento de cerca de 72 milhões de euros em contrapar-tidas para a cidade, com a criação de equipamentos e infra-estruturas de apoio no centro da cidade, junto ao Estádio.

Out Town Usado · OTU

MAI 08 JUN 08 JUL 08 AGO 08 SET 08 OUT 08

20.000 m2

15.000 m2

10.000 m2

5.000 m2

0 m2

15 �/m2

12 �/m2

Área Renda Renda Média Renda Máximo

do ano foi já superado em cerca de 4 por cento o resultado anual de 2007. No seu mais recente Lisbon Office Overview, a JLL avança ainda que esta performance permite colocar o merca-do lisboeta na lista das dez cidades eu-ropeias que, neste período, registaram take ups acima dos 100.000 metros quadrados, ombreando com Berlim, Bruxelas, Frankfurt, Hamburgo, Londres, Madrid, Munique, Paris e Estocolmo.

Operação atípica influencia boa performance A consultora frisa contudo que esta performance foi influenciada pela re-alização de uma operação atípica, no-meadamente a colocação de 62.000 metros quadrados no Office Park Expo, no Parque das Nações, em Lisboa, ao Ministério da Justiça, que aí colocará diversos tribunais e serviços judiciais e que havia já acordado um pré-arren-damento para o espaço. Neste edifício foram ainda colocados 3.000 m² ao El Corte Inglés, perfazendo um total de 65.000 m². Não obstante, nas palavras de Mariana Seabra, continua a ser «pa-tente o dinamismo do mercado, que continua a registar actividade da parte da procura mesmo com as actuais e difíceis condições económicas”.

Devido à operação do Office Park Expo, a zona do Parque das Nações conquis-tou a liderança no âmbito de área ocu-pada, com um take up de 67.358 me-tros quadrados. Seguiu-se a zona do Corredor Oeste, onde a absorção de escritórios ascendeu a 27.500 metros quadrados. As restantes zonas totali-zaram, em conjunto, os 69.704 metros quadrados de take up, verificando-se em algumas um ligeiro decréscimo trimestral dos níveis de ocupação. Ainda assim, precisamente as zonas do Corredor Oeste e do Parque das Nações continuam a ser as que regis-tam maiores taxas de disponibilidade de espaços, com 16,81 e 13,41 por cento da oferta disponível, respectivamente. Todas as restantes zonas apresentam taxas de vacancy entre os 6 e os 3 por cento.Entre Julho e Setembro, foram realiza-das 74 operações de arrendamento de escritórios, lideradas pelo Office Park Expo, seguindo-se os 3.900 metros quadrados ocupados no Art’s Business Centre, enquanto que as restantes ope-rações incluídas no ‘top 10’ dizem res-peito a áreas entre os 1.200 e os 650 metros quadrados.

Público Imobiliário • Quarta-feira 31 Dezembro 2008 • 11

O grupo bancário BBVA anunciou um investimento de 800 milhões de eu-ros na sua nova sede corporativa, um espaço que integrará os 6.500 colabo-radores instalados em Madrid a partir de 2011. O investimento será suporta-do, em parte, pelas mais-valias de 300 milhões de euros que o Grupo espe-ra obter com a venda de outros imó-veis da sua carteira, de acordo com o presidente da entidade, Francisco González. A nova sede terá uma área total de 100.000 metros quadrados e deverá estar completamente finaliza-da em 2013, traduzindo a necessidade de mudança do BBVA “para cumprir os seus objectivos no âmbito do enor-me processo de adaptação de que a banca está a ser alvo”, nas palavras do mesmo responsável. Desenhada pelo atelier de arquitectos Jaques Herzog e Pierre De Meuron e com obras a ini-ciarem-se já no próximo ano, a nova sede permitirá obter poupanças de energia na ordem dos 30 por cento, de água em cerca de 50 por cento e de gestão de resíduos na ordem dos 70 por cento. Além disso, Francisco González frisou que a localização dos colaboradores em mais de uma deze-na de edifícios representava um custo de tempo e uma maior dificuldade e incómodo no trabalho quotidiano.

A Imorendimento, que actua no inves-timento imobiliário e gestão de activos, disponibilizou nova oferta de escritó-rios nas zonas do Chiado e da Lapa, tendo instruído a consultora imobiliária Jones Lang LaSalle ( JLL) para a comer-cialização exclusiva dos espaços. No Chiado, a consultora está a comercia-lizar para este proprietário, o Edifício Alecrim 73, localizado com frente para

BBVA investe 800 milhões de euros na nova sede em Madrid

encontre o seu novo escritóriowww.escritorios.com.pt

EDIFÍCIO LIBERTY EDIFÍCIO ADAMASTOR ARQUIPARQUE II 5 DE OUTUBRO, 70QUINTA DA FONTE TORRES COLOMBO

AV. FONTES PEREIRA DE MELO / MARQUÊS DE POMBALZONA 1: CBD PRIME

Edifício de escritórios com grande centralidade no coração do CBD de Lisboa.Grande funcionalidade de espaço com àreas disponíveis entre 420m² e 850m².Estacionamento em cave e galeria comercial.

Tel. 213 555 [email protected] www.silfiducia.pt

D. DINIS Q55ZONA 6: EIXO DA AUTO-ESTRADA A5 DE MIRAFLORES A PAÇO D’ARCOS

A Quinta da Fonte fica situado em Oei-ras junto à A5 (auto-estrada Lisboa-Cascais), beneficiando as empresas ali sedeadas de uma excelente visibi-lidade de fachada e usufruindo de ex-celentes acessos a Lisboa e Cascais. O Parque de escritórios Quinta da Fonte é composto por 24 edifícios de escritó-rios, Health Club, zonas de restauração, entre outras infra-estruturas de apoio. Oedifício Q55 é constituído por 4 pisos de escritórios com áreas com cerca 1.600 m² por piso e 2 pisos de estacionamen-to em cave com capacidade para 232 lugares. Os escritórios possuem boa luz natural, piso técnico sobre-elevado, sis-tema de ar condicionado e instalações sanitárias privativas.

AV. D. JOÃO II, LOTE 1.12.02ZONA 5: RECINTO DO PARQUEDAS NAÇÕES

O Edifício Adamastor, empreendimen-to de escritórios localizado na Av. D. João II, no Parque das Nações, in-tegra duas torres de escritórios com 14 pisos cada, totalizando cerca de 13.800 m² de área bruta locável. Com um traço arquitectónico do conceituado Regino Cruz, o edifício oferece a máxima modernidade e funcionalidade nos seus escritórios. Oempreendimento oferece também sete lojas no embasamento, bem como um parque de estacionamento em cave com capacidade para 455 viaturas.Os escritórios estão equipados com pavimento sobrelevado, tecto falso metálico, vidros duplos em caixilharia de alumínio com corte térmico, siste-ma de ar condicionado, sistema de detecção e combate de incêndios, instalações sanitárias e copa privati-vas, rede de câmaras de vigilância e núcleo de elevadores de acesso.

AVENIDA LUSÍADAZONA 3: 2ª CIRCULAR

O empreendimento Torres Colombo, promovido pelo consórcio Sonae Sierra, ING Real Estate, Iberdrola e Caixa Ge-ral de Depósitos, é já uma referência no mercado de escritórios de Lisboa. Cada uma das torres totaliza 29.000 m² distri-buídos por 14 pisos, com áreas de 2.000 m² por piso e áreas mínimas de 360 m².As Torres Colombo estão localizadas junto à 2ª Circular com acesso directo ao metro (Linha Azul) e acesso privile-giado a vários eixos rodoviários: A1, A2, IC19, CREL, CRIL, A5, Eixo Norte-Sul.A sua localização, a sua dimensão, a rede de acessos e transportes, a quali-dade e eficiência do espaço, o elevado padrão arquitectónico e os equipamen-tos e sistemas de última geração fazem das Torres Colombo um dos mais exclu-sivos projectos de escritórios da capital.

MIRAFLORESZONA 6: EIXO DA AUTO-ESTRADA A5 DE MIRAFLORES A PAÇO D’ARCOS

O Arquiparque II está localizado em Mi-raflores a poucos minutos do centro de Lisboa, benefeciando de uma enorme acessibilidade e rede de transportes públicos.Visto como um dos mais interessantes “business centre” da Grande Lisboa, o Arquiparque II poderá ser a sua oportunidade de implementar o seu negócio num espaço de prestígio e que vai reunir algumas das principais entidades nacionais e internacionais dos mais variados sectores.Três edifícios de escritórios com seis pi-sos, área locável de 21.400m², 1.225m² disponíveis para retalho e restauração, áreas entre 400m² e 1.600m² num único piso, qualidade de construção, arqui-tectura e acabamentos são outras das principais características do Arquiparque II, que promete vir a ser uma referência no mercado.

AV. 5 DE OUTUBRO, 70ZONA 2: CBD

O Ed. 5 de Outubro 70, está situado no quarteirão delimitado pela Av. Mi-guel Bombarda e pela Av. Visconde Valmor.

O edifício é composto de 8 pisos des-tinados a escritórios, uma loja e esta-cionamento em cave.

Os escritórios já se encontram dividi-dos com divisórias amovíveis, e estão equipados com calhas técnicas, tecto falso com iluminação embutida e vi-dros duplos.

Existe apenas uma fracção por piso, e cada uma está equipada com uma copa e 2 casas de banho.

Tel. 213 114 400 [email protected] www.cbre.pt

Áreas disponíveis: de 255 m² a 2.066 m²Data disponibilidade: imediataPreço arrendamento desde: 9.280 €

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Áreas disponíveis: de 1.587 m² a 6.570 m²Data disponibilidade: imediataPreço arrendamento desde: 13 €/m²

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Áreas disponíveis: de 360 m² a 29.000 m²Data disponibilidade: Março de 2009Preço arrendamento desde: 14.00 €

ONE STEP AHEAD.

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Estrangeiros investiram 141 milhões de euros no imobiliário português

A consultora imobiliária Aguirre Newman revelou que os investidores estrangeiros foram responsáveis por 44 por cento do investimento imobi-liário registado em Portugal, durante os primeiros seis meses do ano. Nesse período, o mercado nacional movi-mentou cerca de 321 milhões de eu-ros, dos quais 141,2 milhões de euros gerados em investimento de origem internacional, sendo os restantes 55 por cento assegurados pelos inves-tidores nacionais. No seu relatório de mercado, a Aguirre Newman fri-sa ainda que os 321 milhões de eu-ros movimentados representam um decréscimo de 20 por cento face ao período homólogo, resultado da con-juntura que actualmente se vive nos mercados nacional e internacional. Depois de uma descida de 6,2 por cen-to em 2006 para 6 pontos percentuais em 2007 da yields de escritórios, a Aguirre Newman estima, para o ano em curso, e de acordo com a actual conjuntura económica, uma maior se-lectividade e menor pressão por par-te dos investidores e a consequente subida da yields. Quanto ao mercado industrial, espera-se também a subida de yields, que em 2007, subiram para os 7,5 por cento.

ruas do Alecrim e das Flores e com uma oferta de 570 metros quadrados de es-critórios em dois pisos. Já na Lapa, o Edifício Almeida Brandão situa-se no n.º 19 da Rua Almeida Brandão, na pro-ximidade do Palácio de São Bento e da Assembleia da República. Este imóvel é composto por cerca de 515 metros qua-drados de escritórios também em dois pisos. Ambos os edifícios são servidos por estacionamento em zonas próxi-mas. De acordo com Mariana Seabra,

Imorendimento disponibiliza nova oferta de escritórios no centro de Lisboa

Directora do Departamento de Office Agency da JLL, «são imóveis de elevada qualidade, com localizações de prestí-gio e com um conjunto de equipamen-tos técnicos modernos e actuais”. Este Departamento da JLL detém actual-mente um portfólio de 22 projectos, correspondentes a uma área locável de 78.000 metros quadrados, entre man-dados exclusivos e co-exclusivos.

Actualidade12 • Público Imobiliário • Quarta-feira 31 Dezembro 2008

Rui Pedro Lopes

É já a partir de amanhã que entra em vigor a terceira fase do processo de certificação energética, que obriga todas as transacções de venda ou ar-rendamento de casas a incluir, obriga-toriamente, este certificado. Segundo o PÚBLICO Imobiliário apurou, os pe-didos para a certificação de edifícios têm “chovido” durante os últimos dias nas diversas entidades que já efectuam este processo.

Pode dizer-se que, à boa maneira portuguesa, promotores e proprietá-rios parecem ter deixado tudo para a última hora. “Começaram a chover pedidos de certificação na nossa em-presa durante a última semana”, re-velou ao PÚBLICO Imobiliário Manuel Carvalhosa, responsável pela FCarq, uma das entidades que já realiza cer-tificações.

Para este especialista, “o problema que se coloca tem a ver sobretudo com algum desconhecimento que a maioria das pessoas ainda tem relativamente a esta questão da certificação energéti-ca, o que fez com que muitos tivessem acordado para a sua obrigatoriedade já perto do final do ano”. Ainda assim, considera que “esta terceira fase será a mais fácil de implementar”, até por-que “o número de peritos que existe no nosso país é suficiente para respon-der a todas as necessidades”.

Mas nem todos parecem defender que o número é suficiente. Vários pro-fissionais da construção notam que são “necessários mais peritos” para que este processo não sofra grandes atrasos.

Alexandre Fernandes, director-geral da ADENE – Agência para a Energia, não concorda e afirma que o número de peritos é suficiente, além de que,

Tendência confirmada junto do mercado. Terceira fase do processo de certificação energética de edifícios tem início amanhã

Final do ano traz aumento dos pedidos de certificação energética de edifícios

neste momento, “estão inscritos nos nossos cursos de certificação várias centenas de candidatos”.

Depois de duas primeiras fases, on-de a implementação foi pacífica, a ter-ceira fase, devido à sua abrangência, promete ser “uma verdadeira revolu-ção, no modo como as pessoas olham para a eficiência energética dos edifí-cios”, constata o economista António Saraiva, em declarações ao PÚBLICO Imobiliário.

O facto de o número de pedidos de certificação ter aumentado durante

os últimos dias não preocupa Manuel Carvalhosa que sublinha que este é um “processo rápido, que pode demo-rar, em média, uma semana”. Assim, e depois do pedido ser efectuado, é marcada uma visita ao local, onde são aferidas todas as condições do imóvel e recolhido todo o material necessário para avaliar do seu grau de eficiência. Posto isto, são feitos os cálculos finais

e os resultados são enviados para o portal da ADENE, que os valida.

O preço das certificações pode va-riar consoante a empresa que presta o serviço, até porque, neste caso, foi dada liberdade ao mercado para fun-cionar. No caso da FCarq, “a nossa tabela está elaborada em função da tipologia que se pretende certificar e do número de horas de trabalho gastos durante esse processo”.

O director-geral da ADENE refere, a este propósito, que “um preço entre

dois e três euros/m² é um valor que encaixa neste procedimento de certi-ficação e que é comparável ao que se pratica na Europa”.

As potencialidades deste novo mer-cado têm chamado a atenção de várias empresas, que se têm especializado na área da certificação. Cálculos recen-tes apontam para que, só no primeiro ano, o negócio da certificação possa atingir os 40 milhões de euros.

Para já, e apesar da terceira fase só se iniciar amanhã, é possível traçar um retrato dos imóveis mais certificados e da sua localização. Segundo Manuel Carvalhosa, “os T2 e T3 são os imóveis que aparecem em maior número pa-ra serem certificados, o que não é de estranhar, uma vez que estas são as tipologias mais frequentes no parque habitacional português”. Por outro la-do, “a Área Metropolitana de Lisboa é a zona do país onde se encontram a maioria dos imóveis já certificados”.

São os promotores e as mediadoras imobiliárias quem mais tem procura-do estes serviços de certificação ener-gética. Os números divulgados pelo responsável da FCarq dão conta de que 50 por cento dos pedidos feitos até ao momento são de promotores, 45 por cento de mediadoras imobiliá-rias e apenas cinco por cento de par-ticulares.

Esta evidência faz realçar uma oportunidade que as empresas de certificação estão a começar a agar-rar. “Estamos a celebrar acordos com várias promotoras e mediadoras imo-biliárias no sentido de prestar um ser-viço de certificação energética aos seus clientes”, afirmou Manuel Carvalhosa, que dá como exemplo o recente pro-tocolo estabelecido com a rede imo-biliária ComprarCasa.

Perguntas e RespostasCertificação energética de edifícios

O que é e que informação contém um certificado energético?Trata-se de um documento inequivocamente codificado que quantifica o desempenho energético e qualifica a qualidade do ar interior de um edifício ou fracção autónoma. O certificado é emitido por um perito qualificado no âmbito do Sistema de Certificaçõa Energética (SCE) no decurso do processo de pedido de licença ou autorização de utilização de um edifício ou, no caso de edifícios existentes abrangidos pelo RSECE, na sequência de auditorias periódicas aos consumos energéticos e/ou à qualidade do ar interior. A partir de 2009, qualquer edifício, novo ou existente, deve possuir um certificado válido, o qual será de

apresentação obrigatória aquando da celebração do respectivo contrato de compra, locação ou arrendamento. O Certificado Energético contém diversas informações, nomeadamente a identificação do imóvel e do Perito Qualificado, etiqueta de desempenho energético, validade do certificado, descrição sucinta do imóvel, descrição das soluções adoptadas, valores de referência regulamentares (para que os consumidores possam comparar e avaliar o desempenho energético do edifício), resumo/síntese de eventuais medidas de melhoria propostas.Tem de se emitir um novo certificado sempre que se transacciona ou arrenda um imóvel?

Não, enquanto existir um certificado válido para o edifício ou fracção, este poderá ser utilizado quantas vezes as necessárias para os efeitos legais previstos, incluindo a apresentação pelo proprietário no acto de celebração de escritura de compra e venda ou arrendamento do imóvel. Finda a validade temporal do certificado, o proprietário deverá diligenciar no sentido da respectiva renovação, mediante a emissão de novo documento, o qual terá outro número identificativo.Qual é a validade temporal de um certificado energético?A validade de um certificado energético depende do tipo de edifício e dos requisitos regulamentares a que está sujeito. Assim, será de 10 anos, para

edifícios ou fracções de habitação e para edifícios ou fracções de serviços que não estejam sujeitos a auditorias periódicas à energia e a QAI, no âmbito do RSECE, e de 2, 3 ou 6 anos, para edifícios ou fracções de edifícios sujeitos a auditorias periódicas à energia ou à QAI, no âmbito do RSECE.Que penalizações existem para o caso do proprietário não dispor de um certificado energético de um edifício?Para além do facto de não poder vender ou arrendar o imóvel, está sujeito à coima prevista no nº 1 do Artigo 14º do D.L. 78/2006 de 4 de Abril, que varia entre os 250 e 3741 euros, no caso de pessoas singulares e entre 2.500 e 44.892 euros, no caso de pessoas colectivas.Quantas classes energéticas

existem?O Certificado Energético e da Qualidade do Ar Interior segue uma escala pré-definida de 7+2 classes (A+, A, B, B-, C, D, E, F e G), em que a classe A+ corresponde a um edifício com melhor desempenho energético, e a classe G corresponde a um edifício de pior desempenho energético. Na etiqueta de desempenho energético está graficamente representado esse gradiente de classes, juntamente com a indicação, numa seta de cor preta, da classe do edifício ou fracção em causa. Nos edifícios novos (com pedido de licença de construção após entrada em vigor do SCE), as classes energéticas variam apenas entre as classes A+ e B-. Os edifícios existentes poderão ter qualquer classe (de A+ a G).

Área Metropolitana de Lisboa é a zona do país onde se encontram a maioria dos imóveis já certificados

Público Imobiliário • Quarta-feira 24 Dezembro 2008 • 13

Actualidade

T3+1

PARANHOS – 230.000€

Impecável, boas áreas, aqtº central, bons acabam. garagem. Refª 11125

SOCIEDADE DE MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA, LDA. - 442 AMI

Tel. 226175689 917 694 251 961 325 131 938 581 737

T2

FOZ – 270.000€

100m² + terraço com 40m2cozinha grande, acabamluxo, Refª 10945garagem.

T3

Novo, excelentes áreas, coz. equip, 2 lug. garagem e arrumos. Refª 11211

Á BOAVISTA – 240.000€

200m², terraço com 60m2suite, 3 lugares de garagem. Refª 10979

F.GUIMARÃES – 325.000€

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MIRAMAR – 200.000€

Novo, 3 frentes, 160m², suite, lareira, garag. ind. 2 carros. Refª 11206

256m² área cob, 4 quartosjardim, garagem 2 carros

Refª 112233 frentes,

Moradia

ALDOAR – 650.000€

T3 DuplexT3

A OAT e o estilista João Rolo estão a apresentar ao mercado uma nova co-lecção de tapetes. “Esta colecção de criações únicas apresenta-nos dois modelos de tapetes perfurados num estilo clássico, inspirados nas formas rendilhadas e pontiagudas dos claus-tros dos mosteiros de Portugal”, indi-ca um comunicado da OAT. Com esta colecção, aquela empresa reforça a

sua aposta “na versatilidade”, que se “reflecte na criação de opções adap-táveis aos seus clientes”. Sergei Mel e Tranzi Opal (100 por cento lã e com 140cm x 200cm) estão disponíveis no Catálogo 2008 e podem ser adquiridos em todos os pontos de venda da OAT Portugal.

OAT e João Rôlo apresentam colecção de tapetes

Pedro Farinha

Iniciativa visa recriar espaço histórico naquela unidade hoteleira das Caldas da Rainha

A FDO Imobiliária está a levar a cabo uma profunda recuperação do Hotel Termal Lisbonense, situado nas Caldas da Rainha. As obras em curso visam o restauro de uma antiga unidade ho-teleira do século XIX, onde o Rei D. Carlos I e a família real permaneciam quando iam a banhos às Termas das Caldas.

Devido à importância histórica do edifício, esta empresa promotora pre-tende recriar um espaço de época no Hotel Lisbonense. “A ideia passa por preencher uma área com objectos ori-ginais e uma decoração alusiva à sua história”, revela a FDO Imobiliária.

FDO promove recolha de objectos históricos para Hotel Lisbonense

Neste sentido, a promotora, com o auxílio da autarquia, está a solicitar o apoio dos habitantes das Caldas da Rainha, designadamente de todos aqueles que “possuam objectos ori-ginais e que pretendam colaborar na iniciativa”, a depositarem esses mes-mos objectos – que serão incluídos naquele espaço de época – no Posto de Turismo da Câmara Municipal das Caldas da Rainha.

Segundo a FDO Imobiliária, o espa-ço em questão estará pronto no dia da abertura do Hotel Lisbonense, previs-ta para o primeiro semestre de 2009, estando a exposição patente durante cerca de seis meses. No final da mos-tra, os objectos serão devolvidos aos proprietários. Além disso, a empre-sa promotora garante que, durante o tempo da mostra, “assumirá o papel de fiel depositária dos objectos histó-ricos em causa”.

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