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CURSO EM PDF – DIREITO CIVIL – EXERCÍCIOS - FCC Prof. Dicler Ferreira www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 1 AULA DEMONSTRATIVA APRESENTAÇÃO Queridos alunos, sou o Prof. Dicler Forestieri e atualmente ocupo o cargo de Auditor-Fiscal de Tributos Municipais na Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP), cargo a que este curso é direcionado. Aliás, não sei por que as pessoas falam “Prefeitura Municipal”, pois se é uma Prefeitura, é lógico que é Municipal. Se você conhecer alguma Prefeitura Estadual me avise (rsrsrs). Ingressei na PMSP em 2007 e no último dia 15 de agosto completei quatro anos no cargo. Sobre a função de Auditor-Fiscal só posso falar bem, pois me identifiquei bastante com o que eu faço. Como curiosidade, trabalho no cadastro imobiliário onde trato diretamente com o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana). Antes de ingressar na PMSP fui auditor-fiscal tributário do Estado da Paraíba (ICMS-PB) e lá aprendi a amar a região nordeste do nosso país. Resolvi ir para São Paulo pela proximidade com a família que está no Rio de Janeiro, mas deixei um pedaço do meu coração em João Pessoa. Fui também aprovado em 6º lugar no concurso do ICMS-RS de 2006, mas não cheguei a assumir a função. Enfim, fui aprovado em três grandes concursos da área fiscal e sei o que fazer para ser aprovado, mas também fiquei reprovado em outros sete concursos e também sei o que fazer para não ser aprovado. Pretendo utilizar a experiência adquirida aqui neste curso. Ministro aulas em cursos para concursos desde 2007 e as minhas disciplinas de atuação são: - Direito Penal; - Direito Civil; - Legislação Tributária Municipal. Inclusive, nas duas primeiras disciplinas, já escrevi 4 livros de questões comentadas de provas anteriores pela Editora Ferreira. Os livros de Direito Civil foram em co-autoria com o amigo Raphael Moreth. A seguir lhe apresento meus lindos e belos filhos:

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AULA DEMONSTRATIVA

APRESENTAÇÃO

Queridos alunos, sou o Prof. Dicler Forestieri e atualmente ocupo o cargo de Auditor-Fiscal de Tributos Municipais na Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP), cargo a que este curso é direcionado. Aliás, não sei por que as pessoas falam “Prefeitura Municipal”, pois se é uma Prefeitura, é lógico que é Municipal. Se você conhecer alguma Prefeitura Estadual me avise (rsrsrs).

Ingressei na PMSP em 2007 e no último dia 15 de agosto completei quatro anos no cargo. Sobre a função de Auditor-Fiscal só posso falar bem, pois me identifiquei bastante com o que eu faço. Como curiosidade, trabalho no cadastro imobiliário onde trato diretamente com o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana).

Antes de ingressar na PMSP fui auditor-fiscal tributário do Estado da Paraíba (ICMS-PB) e lá aprendi a amar a região nordeste do nosso país. Resolvi ir para São Paulo pela proximidade com a família que está no Rio de Janeiro, mas deixei um pedaço do meu coração em João Pessoa.

Fui também aprovado em 6º lugar no concurso do ICMS-RS de 2006, mas não cheguei a assumir a função. Enfim, fui aprovado em três grandes concursos da área fiscal e sei o que fazer para ser aprovado, mas também fiquei reprovado em outros sete concursos e também sei o que fazer para não ser aprovado. Pretendo utilizar a experiência adquirida aqui neste curso.

Ministro aulas em cursos para concursos desde 2007 e as minhas disciplinas de atuação são:

- Direito Penal;

- Direito Civil;

- Legislação Tributária Municipal.

Inclusive, nas duas primeiras disciplinas, já escrevi 4 livros de questões comentadas de provas anteriores pela Editora Ferreira. Os livros de Direito Civil foram em co-autoria com o amigo Raphael Moreth.

A seguir lhe apresento meus lindos e belos filhos:

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Tendo como base a disciplina Direito Civil, este curso de exercícios pode ser usado tanto para concursos da área fiscal, como concursos de tribunais, pois iremos resolver questões de todos os tópicos da disciplina, conforme o quadro a seguir:

AULA 0

(Apresentação)

Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (antiga Lei de Introdução ao Código Civil): vigência e revogação da norma, conflito de normas no tempo e no espaço, preenchimento de lacuna jurídica.

AULA 1 Das Pessoas. Pessoa Natural. Capacidade. Personalidade. Ausência. Pessoa Jurídica.

AULA 2 Dos Fatos Jurídicos. Negócio Jurídico. Prescrição e Decadência.

AULA 3 Das Obrigações. Classificação. Transmissão. Adimplemento e Inadimplemento.

AULA 4 Dos Contratos. Disposições Gerais. Contratos em espécie.

AULA 5 Responsabilidade Civil. Teoria Objetiva. Teoria Subjetiva.

AULA 6 Direitos das Coisas. Posse. Propriedade. Direitos Reais sobre coisas alheias.

AULA 7 Direito de Família. Direito das Sucessões

Ao final do curso teremos mais de 300 questões da banca FCC devidamente comentadas e separadinhas por assunto.

Vamos aos trabalhos !!!

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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro

Com o advento da Lei nº 12.376, de 30 de dezembro de 2010, a ementa do Decreto-Lei nº 4.657, de 04 de setembro de 1942, passou a vigorar com a seguinte redação: LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO - LIDB, não devendo mais ser utilizada denominação Lei de Introdução ao Código Civil - LICC.

A alteração da ementa do Decreto-Lei nº 4.657/1942 teve a intenção de aperfeiçoar sua redação, deixando expresso o entendimento, já consolidado, de que a norma se aplica a todo o Direito pátrio, e não apenas ao Código Civil.

A Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro representa o Decreto-Lei 4.657/1942, ou seja, não é parte integrante do Código Civil (Lei 10.406/2002). O CC cuida de tratar das relações de ordem privada, a LIDB não.

As principais características da LIDB são:

- ser um conjunto de normas sobre normas, pois é uma lei que disciplina outras normas jurídicas, assinalando-lhes a maneira de aplicação e entendimento, sendo chamada de lei das leis (lex legum);

- ser aplicável a todos os ramos do direito, não apenas ao Direito Civil; e por ultrapassar em muito o âmbito do Direito Civil, podemos afirmar que os dispositivos deste diploma legal contém normas de sobredireito.

À LIDB foi atribuída a tarefa de disciplinar os seguintes assuntos:

1) vigência e eficácia das normas jurídicas;

2) conflito de leis no tempo;

3) conflito de leis no espaço;

4) critérios de hermenêutica jurídica (interpretação);

5) critérios de integração do ordenamento jurídico; e

6) normas de direito internacional público e privado.

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1. (TRT 2ª Região/Analista Judiciário/Execução de Mandados/ 2008) A respeito da Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, considere:

I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país na data da sua publicação.

II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 45 dias depois de oficialmente publicada.

III. As correções de texto de lei já em vigor consideram- se lei nova.

IV. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.

É correto o que consta APENAS em

(A) I e II.

(B) III e IV.

(C) I e IV.

(D) II e III.

(E) I, III e IV.

Análise das afirmativas:

I. ERRADA. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. A assertiva trata do art. 1º da LIDB:

O art. 1o, caput, da LIDB consagra o princípio da vigência sincrônica:

Art. 1o da LIDB - Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

Pelo princípio da vigência sincrônica entende-se que a obrigatoriedade da lei no país é simultânea, pois ela entra em vigor a um só tempo em todo o país, ou seja, quarenta e cinco dias após sua publicação, não havendo data estipulada para sua entrada em vigor.

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II. ERRADA. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. A assertiva trata do art. 1º, § 1o da LIDB:

§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.

III. CERTA. A assertiva trata do art. 1º, § 3o da LIDB.

Art. 1o da LIDB – [...].

§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.

§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

Se uma lei for publicada com erro substancial acarretando divergência de interpretação, então poderemos observar situações distintas por ocasião da correção de tal erro, dependendo de qual fase se encontra o processo de criação da norma:

1) correção antes da publicação: a norma poderá ser corrigida sem maiores problemas;

2) correção no período de “vacatio legis”: a norma poderá ser corrigida; no entanto, deverá contar novo período de vacatio legis para o texto corrigido;

3) correção após a entrada em vigor: a norma poderá ser corrigida mediante uma nova norma de igual conteúdo.

Segue esquema gráfico:

IV. CERTA. Tendo como base legal o art. 2o, § 1o da LIDB, existem duas formas de revogação de uma lei antiga por uma lei nova.

Art. 2o § 1o da LIDB - A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.

edição sanção publicação vigência

vacatio legis obrigatoriedade

1) correção sem maiores problemas

2) novo prazo de vacatio legis 3) lei nova

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São elas:

1) Revogação expressa ou direta: quando a lei indica os dispositivos que estão sendo por ela revogados.

2) Revogação tácita ou indireta: esta se subdivide em dois tipos.

- Revogação tácita por incompatibilidade; e

- Revogação tácita global (quando uma lei nova regula inteiramente uma matéria tratada por uma lei anterior).

REVOGAÇÃO

Gabarito: B

2. (TCE-RO/Procurador/2010) Em relação à aplicação da lei no tempo, é correto afirmar:

(A) Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia-se a partir de sua publicação oficial.

(B) Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia-se no país quarenta e cinco dias depois de publicada oficialmente.

(C) Exceto disposição contrária, a lei revogada restaura-se ao ter a lei revogadora perdido a vigência.

(D) A vigência da lei começa a partir da sanção presidencial, ou da promulgação da Medida Provisória.

(E) Lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, poderá eventualmente revogar ou alterar a lei anterior.

Análise das alternativas:

(A) ERRADA. Conforme comentários da afirmativa I da questão anterior, salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia-se quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

(B) CERTA. A assertiva trata do art. 1º da LIDB.

- EXPRESSA OU DIRETA - POR INCOMPATIBILIDADE - TÁCITA - GLOBAL

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(C) ERRADA. Exceto disposição contrária, a lei revogada não se restaura ao ter a lei revogadora perdido a vigência. A assertiva trata do art. 2o, § 3o da LIDB que dispõe sobre a repristinação.

Art. 2o, § 3o da LIDB - Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

Através da sua leitura, concluímos que a regra é a não-restauração da norma, ou seja, a impossibilidade de uma norma jurídica, uma vez revogada, voltar a vigorar no sistema jurídico pela simples revogação de sua norma revogadora. O motivo dessa não-restauração de normas é o controle do sistema legal para que se saiba exatamente qual norma está em vigor.

Admite-se, no entanto, a restauração expressa da norma, ou seja, uma norma nova que faça tão-somente remissão à norma revogada poderá restituir-lhe a vigência, desde que em sua totalidade.

A seguir temos um esquema gráfico sobre a repristinação:

Sendo a Lei A revogada pela Lei B e, posteriormente, a Lei B revogada pela Lei C, a Lei A irá “ressuscitar”? Ou seja, irá ocorrer a repristinação?

Resposta: Caso a Lei C disponha expressamente sobre o “renascimento” da Lei A, então é possível a repristinação, caso contrário, a Lei A continua “morta”.

(D) ERRADA. A vigência da lei começa, salvo disposição em contrário, quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, ou da promulgação da Medida Provisória.

(E) ERRADA. Lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga e nem modifica a lei anterior. A

LEI REVOGADA LEI REVOGADORA

revogação revogação

REPRISTINAÇÃO (disposição expressa)

A B C

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assertiva trata do art. 2o, § 2o da LIDB que consagra o princípio da conciliação.

Art. 2o, § 2o da LIDB - A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

De acordo com tal princípio, se uma lei não contraria outra já existente, então eles podem coexistir, não havendo a necessidade de revogação.

Gabarito: B

3. (TRT 15ª Região/Analista Judiciário/Execução de Mandados/ 2009) Denomina-se vacatio legis

(A) o período de tramitação da lei no Congresso Nacional.

(B) o instituto de direito não regulamentado por lei.

(C) o período de vigência da lei temporária.

(D) o intervalo entre a data da publicação da lei e a da sua entrada em vigor.

(E) a situação jurídica dos fatos regulamentados por lei revogada.

Denomina-se vacatio legis o período de tempo que se estabelece entre a publicação e a entrada em vigor da lei. Neste intervalo de tempo a lei não produzirá efeitos, devendo incidir a lei anterior no sistema.

Existem três espécies de leis referentes à vacatio legis:

1) Lei com “vacatio legis” expressa: é a lei de grande repercussão, que, de acordo com o artigo 8.º da Lei Complementar nº 95/98, tem expressa disposição do período de vacatio legis. Como exemplo, temos a expressão contida em lei determinando que a lei "entra em vigor um ano depois de publicada".

2) Lei com “vacatio legis” tácita: é aquela que continua em consonância com o artigo 1.º da Lei de Introdução ao Código Civil, ou seja, no silêncio da lei, entra em vigor no país 45 dias depois de oficialmente publicada ou, no estrangeiro, quando admitida, três meses após a publicação oficial.

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3) Lei sem “vacatio legis”: é aquela que, por ser de pequena repercussão, entra em vigor na data de publicação, devendo esta estar expressa ao final do texto legal.

Segue esquema gráfico:

Gabarito: D

4. (PGM/Teresina-PI/Procurador/2010) Sobre a repristinação é a regra vigente no direito brasileiro:

(A) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

(B) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare.

(C) A lei posterior revoga a anterior quando seja com ela incompatível.

(D) Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

(E) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

O assunto repristinação foi comentado na alternativa (C) da questão 2.

Analisando o assunto chegamos à seguinte conclusão:

REGRA a repristinação não ocorre;

EXCEÇÃO ocorre a repristinação se for de forma expressa.

Gabarito: D

edição sanção publicação vigência

vacatio legis

salvo disposição

em contrário no país

(45 dias) no estrangeiro

(3 meses)

obrigatoriedade

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5. (TCE-PI/Assessor Jurídico/2009) A aplicação de uma norma ou um princípio regulador de um fato jurídico a outro fato jurídico não regulado, mas semelhante àquele, corresponde à aplicação

(A) do costume.

(B ) dos princípios gerais de direito.

(C) da analogia .

(D ) da interpretação extensiva da lei.

(E) da equidade.

Segundo o princípio da indeclinabilidade de jurisdição, o juiz é obrigado a decidir, ainda que não exista lei disciplinado o caso concreto. Dessa forma, diante da ausência de lei regulando determinada situação jurídica, faz-se necessário ao magistrado valer-se dos mecanismos de integração do ordenamento jurídico indicados pelo art. 4o da LIDB.

Art. 4o da LIDB - Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.

MECANISMOS DE INTEGRAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO

1) a Analogia;

2) os Costumes; e

3) os Princípios Gerais do Direito.

Deve ser observada a seqüência apresentada, ou seja, primeiro o magistrado deve fazer uso da analogia, posteriormente dos costumes e, por último, dos princípios gerais de direito.

A Analogia é fonte formal mediata do direito, utilizada com a finalidade de integração da lei, ou seja, a aplicação de dispositivos legais relativos a casos análogos, ante a ausência de normas que regulem o caso concretamente apresentado à apreciação jurisdicional (a que se denomina anomia – falta de norma).

O Costume é a repetição da conduta, de maneira constante e uniforme, em razão da convicção de sua obrigatoriedade.

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Os Princípios Gerais do Direito são postulados que estão implícita ou explicitamente expostos no sistema jurídico, contendo um conjunto de regras. Os princípios gerais de Direito são a última salvaguarda do intérprete, pois este precisa se socorrer deles para integrar o fato ao sistema. De acordo com as lições de Celso Antônio Bandeira de Mello, princípios são vetores de interpretação, que, por sua generalidade e amplitude, informam as demais regras, constituindo a base de todo o ramo do Direito ao qual se aplica.

Gabarito: C

6. (TCE-AL/Procurador/2008) O servidor X contava treze (13) anos de serviço público estadual, quando entrou em vigor nova lei, que aboliu adicionais sobre os vencimentos a cada cinco (05) anos de serviço. Neste caso, X

(A) manterá sem seu patrimônio o equivalente aos dois (02) adicionais pelos dez (10) anos completos e mais 30% (trinta por cento) do adicional pelo período seguinte de cinco (05) anos que estava em curso.

(B) a partir da nova lei, perderá os adicionais que havia conquistado, pois só tem direito adquirido àqueles vencidos, que, eventualmente, estivessem pendentes de pagamento.

(C) continuará adquirindo o direito aos adicionais a cada cinco (05) anos de serviço, que se completarem.

(D) adquirirá apenas mais um adicional, quando se completar o terceiro período de cinco (05) anos.

(E) manterá em seu patrimônio dois (02) adicionais, mas não obterá o terceiro.

Analisando o art. 6o da LIDB, percebemos que a lei, em regra, é irretroativa, devendo ser expedida para disciplinar fatos futuros. Entretanto, a retroatividade da lei pode ocorrer excepcionalmente para fatos pendentes, desde que respeite o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.

Art. 6º da LIDB - A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.

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§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.

§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.

§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.

A diferença entre o ato jurídico perfeito e o direito adquirido é muito difícil de ser estabelecida, mas parte do seguinte conceito básico:

• Ato Jurídico Perfeito – ato que já se consuma segundo a lei de seu tempo

• Direito Adquirido – direito incorporado ao patrimônio do particular

Como exemplo de ato jurídico perfeito o contrato de locação celebrado durante a vigência de uma lei que não pode ser alterado somente porque a lei mudou; ou seja, é necessário que o prazo do contrato termine.

Como exemplo de direito adquirido temos a pessoa que se aposenta e, posteriormente, a lei modifica o prazo de aposentadoria. Tal modificação não irá atingir aquele que já está aposentado.

Na situação narrada pelo enunciado, os dois primeiros adicionais representam direitos adquiridos e não podem ser prejudicados pela retroatividade da lei. Entretanto, os três anos posteriores aos 10 primeiros são perdidos pela retroatividade da lei nova.

Gabarito: E

7. (TCE-RO/Procurador do MP junto ao Tribunal de Contas/2010) Em relação à aplicação da lei no tempo, é correto afirmar:

(A) Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia-se a partir de sua publicação oficial.

(B) Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia-se no país quarenta e cinco dias depois de publicada oficialmente.

(C) Exceto disposição contrária, a lei revogada restaura-se ao ter a lei revogadora perdido a vigência.

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(D) A vigência da lei começa a partir da sanção presidencial, ou da promulgação da Medida Provisória.

(E) Lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, poderá eventualmente revogar ou alterar a lei anterior.

Análise das alternativas:

(A) ERRADA. Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia-se, no país, 45 dias depois de oficialmente publicada (art. 1º da LIDB).

(B) CERTA. Art. 1º da LIDB.

(C) ERRADA. A regra é a não ocorrência da repristinação. É admitida a repristinação, de forma excepcional, quando houver disposição expressa da lei revogadora.

(D) ERRADA. Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia-se, no país, 45 dias depois de oficialmente publicada (art. 1º da LIDB).

(E) ERRADA. A assertiva trata do art. 2o, § 2o da LIDB que consagra o princípio da conciliação. De acordo com tal princípio, se uma lei não contraria outra já existente, então eles podem coexistir, não havendo a necessidade de revogação.

Gabarito: B

8. (PGE-MT/Procurador/2011) É correto afirmar que,

(A) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País, 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente promulgada.

(B) nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 90 (noventa) dias depois de oficialmente promulgada.

(C) se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo de início de sua vigência começará a correr da data da primeira publicação.

(D) não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou a revogue.

(E) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, sempre revoga a anterior.

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Análise das alternativas:

(A) ERRADA. O marco inicial para a contagem do prazo de vacatio legis é a publicação e não a promulgação. Cuidado com isso !!!!!

(B) ERRADA. A alternativa fez a mesma “pegadinha” da alternativa anterior.

(C) ERRADA. O novo marco inicial de contagem do prazo de vacatio é a nova publicação.

(D) CERTA. Conforme o princípio da continuidade comentado na questão 20. Art. 2º da LIDB.

(E) ERRADA. De forma extremamente repetitiva, de acordo com o princípio da conciliação, se uma lei não contraria outra já existente, então eles podem coexistir, não havendo a necessidade de revogação.

Gabarito: D

9. (TJ-PE/Juiz Substituto/2011) No Direito brasileiro vigora a seguinte regra sobre a repristinação da lei:

(A) não se destinando a vigência temporária, a lei vigorará até que outra a modifique ou revogue.

(B) se, antes de entrar em vigor, ocorrer nova publicação da lei, destinada a correção, o prazo para entrar em vigor começará a correr da nova publicação.

(C) as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

(D) salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

(E) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

Esta questão é bastante capciosa, pois várias alternativas possuem conceitos corretos, entretanto, apenas um se refere à repristinação.

(A) ERRADA. A afirmativa trata do princípio da continuidade (comentado na questão 20) e não da repristinação.

(B) ERRADA. A afirmativa trata do reinício do prazo de vacatio e não da repristinação.

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(C) ERRADA. A afirmativa trata da correção do texto de uma lei que já está em vigor e não da repristinação.

(D) CERTA. Essa afirmativa está correta, pois realmente trata da repristinação.

(E) ERRADA. A afirmativa trata do princípio da conciliação e não da repristinação.

Gabarito: D

10. (PGM/Teresina-PI/Procurador/2010) Sobre a repristinação é a regra vigente no direito brasileiro:

(A) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

(B) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare.

(C) A lei posterior revoga a anterior quando seja com ela incompatível.

(D) Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

(E) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

Perceba que a repristinação é um assunto exaustivamente repetido pela banca FCC.

Já sabemos que a regra é a não-restauração da norma, ou seja, a impossibilidade de uma norma jurídica, uma vez revogada, voltar a vigorar no sistema jurídico pela simples revogação de sua norma revogadora. O motivo dessa não-restauração de normas é o controle do sistema legal para que se saiba exatamente qual norma está em vigor.

Excepcionalmente, no entanto, admite-se a restauração expressa da norma, ou seja, uma norma nova que faça tão-somente remissão à norma revogada poderá restituir-lhe a vigência, desde que em sua totalidade.

Gabarito: D

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11. (TRE-RN/Analista Administrativo/2011) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes,

(A) modifica a lei anterior, apenas.

(B) revoga a lei anterior, apenas.

(C) não revoga nem modifica a lei anterior.

(D) derroga a lei anterior.

(E) revoga ou modifica a lei anterior.

Novamente uma questão sobre o princípio da conciliação. De acordo com tal princípio, se uma lei não contraria outra já existente, então elas podem coexistir, não havendo a necessidade de revogação.

Gabarito: C

12. (TRT 14ª Região/Execução de Mandados/2011) A Lei no XX/09 foi revogada pela Lei no YY/10. Posteriormente, a Lei no ZZ/10 revogou a Lei no YY/10. Nesse caso, salvo disposição em contrário, a Lei no XX/09

(A) não se restaura por ter a Lei revogadora perdido a vigência.

(B) só se restaura se a Lei no YY/10 tiver sido expressamente revogada pela Lei no ZZ/10.

(C) restaura-se integralmente, independentemente, de novo diploma legal.

(D) só se restaura se a revogação da Lei no YY/10 for decorrente de incompatibilidade com a Lei no ZZ/10.

(E) só se restaura se a Lei no ZZ/10 tiver regulamentado inteiramente a matéria de que tratava a Lei no YY/10.

Realmente a FCC não se cansa. Ou seja, temos mais uma questão sobre a repristinação.

Diante de tal questão repetirei o esquema gráfico já apresentado na página desta aula.

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Gabarito: A

13. (PGE-RR/Procurador/2011) Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso com o emprego da

(A) analogia, dos costumes e dos princípios gerais do direito.

(B) equidade em quaisquer casos, dos costumes e dos princípios gerais do direito.

(C) analogia, da equidade e dos costumes, apenas.

(D) interpretação, dos costumes, da equidade e dos princípios gerais do direito.

(E) interpretação, da analogia e dos princípios gerais do direito.

Conforme os comentários da questão 5, os mecanismos de integração do ordenamento jurídico são:

MECANISMOS DE INTEGRAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO

1) a Analogia;

2) os Costumes; e

3) os Princípios Gerais do Direito.

Deve ser observada a seqüência apresentada, ou seja, primeiro o magistrado deve fazer uso da analogia, posteriormente dos costumes e, por último, dos princípios gerais de direito.

Gabarito: A

LEI REVOGADA LEI REVOGADORA

revogação revogação

REPRISTINAÇÃO (apenas de houver disposição expressa)

XX YY ZZ

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14. (TRE-RN/Analista Judiciário/2011) A lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. No caso de casamento, tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do

(A) primeiro domicílio conjugal.

(B) último domicílio conjugal.

(C) qualquer domicílio conjugal estabelecido por mais de um ano.

(D) domicílio da mulher anterior ao casamento.

(E) qualquer domicílio conjugal estabelecido por mais de três anos.

Temos aqui uma questão que trata de direito internacional, pois envolve o casamento de pessoas que possuem domicílio em países diferentes.

A solução da questão é o art. 7º, § 3º da LIDB.

Art. 7º, § 3º. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.

Gabarito: A

15. (TRT 18ª Região/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2008) A sucessão do ausente obedece a lei do país

(A) onde foi visto pela última vez. (B) em que se situam seus bens imóveis.

(C) onde ocorreu o desaparecimento. (D) em que era domiciliado o desaparecido.

(E) onde residirem seus filhos.

Temos outra questão de direito internacional baseada no art. 10 da LIDB.

Art. 10 A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.

Gabarito: D

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16. (PGE-PE/Procurador/2004) Estabelecendo a Lei de Introdução ao Código Civil que “quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito” (art. 4º), é correto afirmar que: (A) Somente se admite o costume secundum legem.

(B) É admitido amplamente o costume contra legem. (C) O costume praeter legem desempenha função supletiva da lei. (D) O costume é meio de interpretação do direito, mas não pode ser considerado fonte ou forma de expressão do direito. (E) O costume constitui apenas regra de hermenêutica.

A questão trata das espécies de costumes:

O costume é a repetição da conduta, de maneira constante e uniforme, em razão da convicção de sua obrigatoriedade. No Brasil, existe o predomínio da lei escrita sobre a norma consuetudinária.

Os costumes distinguem-se em:

1) Costume secundum legem - é o que auxilia a esclarecer o conteúdo de certos elementos da lei. Ou seja, o próprio texto da lei delega ao costume a solução do caso concreto. É amplamente aceito pela doutrina.

Ex: art. 569, II do CC: “O locatário é obrigado a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar”

2) Costume contra legem ou negativo – é o que contraria a lei. Provoca divergência na doutrina e pode ser de dois tipos:

- Consuetudo abrogatória – espécie de costume contra legem que se caracteriza por ser uma prática contrária às normas legais.

- Desuetudo – espécie de costume contra legem que consiste na falta de efetividade da norma legal não revogada formalmente.

Um exemplo de costume contra legem ocorre no mercado de Barretos (Estado de São Paulo), onde os negócios de gado, por mais avultados que sejam, celebram-se dentro da maior confiança, verbalmente.

Nos termos do art. 227 do CC, os negócios jurídicos que ultrapassem o valor de dez salários mínimos não admitem prova exclusivamente testemunhal (verbal).

Art. 227 do CC - Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só se admite nos negócios jurídicos cujo valor não

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ultrapasse o décuplo do maior salário mínimo vigente no País ao tempo em que foram celebrados.

Dessa forma, os negócios vultosos (superiores a 10 salários mínimos) de gado no mercado de Barretos representam um costume contra legem, pois deveriam ser celebrados na forma escrita, em decorrência do grande valor, mas são celebrados verbalmente, contrariando a lei.

3) Costume praeter legem ou integrativo – é o que supre a ausência ou lacuna da lei nos casos omissos. É amplamente aceito pela doutrina e está citado no art. 4o da LIDB.

Ex: o costume de emitir cheque “cheque pré-datado”. Tal conduta não possui regulamentação legal.

São condições para a vigência do costume sua continuidade, diuturnidade e obrigatoriedade.

O costume deriva da longa prática uniforme, constante, pública e geral de determinado ato, com a convicção de sua necessidade jurídica. São, pois, condições indispensáveis à sua vigência: continuidade, uniformidade, diuturnidade (constância na realização do ato, não implicando sanção), moralidade e obrigatoriedade.

CARACTERÍSTICAS

DOS

COSTUMES

- CONTINUIDADE

- DIUTURNIDADE

- OBRIGATORIEDADE

Análise das alternativas:

(A) ERRADA. Se admite o costume secundum legem e praeter legem amplamente.

(B) ERRADA. A doutrina diverge sobre este costume.

(C) CERTA. Na falta da lei o costume praeter legem supre a sua falta.

(D) ERRADA. O costume não é meio de interpretação, mas sim meio de integração.

(E) ERRADA. A hermenêutica está relacionada com a interpretação, ao passo que o costume está relacionado com a integração do ordenamento jurídico.

Gabarito: C

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17. (DPE-MT/Defensor Público Substituto/2009) Segundo a Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro,

(A) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país três meses depois de oficialmente publicada.

(B) nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei federal inicia-se três meses depois de oficialmente promulgada, salvo disposição contrária.

(C) a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.

(D) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes, a equidade e os princípios gerais de direito.

(E) salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

Análise das alternativas:

(A) ERRADA. O prazo de três meses é para o estrangeiro.

(B) ERRADA. O marco de contagem do prazo é a publicação e não a promulgação.

(C) CERTA. Conforme o art. 2º, § 1º da LIDB.

(D) ERRADA. Veremos a seguir que a equidade não faz parte desta lista.

(E) ERRADA. A repristinação, em regra, não ocorre no ordenamento jurídico brasileiro.

Gabarito: C

18. (TCE-MG/Procurador do Ministério Público/2007) Considere as seguintes afirmações:

I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

II. A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à sua consumação integral.

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(A) As afirmações I e II são corretas.

(B) Somente a afirmação I é correta.

(C) Somente a afirmação II é correta.

(D) As afirmações I e II são incorretas.

(E) As afirmações I e II são colidentes entre si e nenhuma delas corresponde a regra jurídica em vigor.

As duas afirmativas estão corretas. A primeira está de acordo com o art. 1º da LIDB; a segunda está de acordo com o art. 8º, § 1º da LC 95/98.

A forma de contagem do prazo de vacatio legis é regulada pelo artigo 8o, § 1o da Lei Complementar 95/98, incluindo o dia da publicação e o último dia na contagem do prazo.

Art. 8o, § 1o da LC 95/98 - A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à sua consumação integral.

Para exemplificar, se uma lei for publicada no dia 2 de janeiro, estabelecendo prazo de quinze dias de vacância, ela entrará em vigor em qual dia?

No exemplo apresentado, a contagem do prazo de vacância (vacatio legis) inclui o dia 2 de janeiro e vai até o dia 16 de janeiro (15 dias), entrando a lei e vigor no dia subseqüente (17 de janeiro). Seque quadro:

Contagem do dia do

mês 2 3 4 5 . . . 16 DIA 17

Contagem do vacatio 1 2 3 4 . . . 15 vigência no dia seguinte

Gabarito: A

19. (TRE-PB/Analista Judiciário/Administrativa/2007) No que concerne à vigência e aplicação das leis, de acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil, é correto afirmar que

(A) salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

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(B) não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

(C) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes modifica a lei anterior.

(D) a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida nos Estados estrangeiros se inicia dois meses depois de oficialmente publicada.

(E) as correções a texto de lei já em vigor não consideram-se lei nova.

Análise das alternativas:

(A) ERRADA. A repristinação, em regra, não ocorre no ordenamento jurídico brasileiro.

(B) CERTA. Conforme o art. 2º, caput, da LIDB.

(C) ERRADA. O princípio da conciliação prevê a possibilidade de coexistência das leis.

(D) ERRADA. O prazo correto é de 3 meses.

(E) ERRADA. Em desacordo com o art. 1º, § 4º da LIDB.

Gabarito: B

20. (MPE-PE/Analista Ministerial Processual/2006) Conforme o princípio da continuidade no Decreto-lei 4657/42, que trata da Lei de Introdução ao Código Civil, a lei, salvo determinados casos especiais,

(A) Revogada não se restauram por ter a lei revogadora perdido sua vigência, salvo disposição em contrário.

(B) Entra em vigor na mesma data, em todo o território nacional, sendo simultânea sua obrigatoriedade.

(C) Possui caráter permanente, uma vez que com sua entrada em vigor, produz seus efeitos até que seja revogada por outra, expressa ou tacitamente.

(D) Em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.

(E) Começará a vigorar em todo o país em até 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada.

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Através do art. 2o, caput, da LIDB, o legislador expressou o Princípio da Continuidade.

Art. 2o da LIDB - Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

Dessa forma, em regra as leis possuem efeito permanente, isto é, vigência por prazo indeterminado, excetuando-se as leis com vigência temporária, que possuem data certa para “morrer” (perder a vigência).

Análise das alternativas:

(A) ERRADA. A alternativa trata da repristinação.

(B) ERRADA. A alternativa trata do princípio da vigência sincrônica.

(C) CERTA.

(D) ERRADA. A alternativa trata do princípio da irretroatividade.

(E) ERRADA. A assertiva menciona o prazo de vacatio legis que também tem ligação com o princípio da vigência sincrônica.

Gabarito: C

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LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

1. (TRT 2ª Região – Analista Judiciário – Execução de Mandado – 2008) A respeito da Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, considere:

I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país na data da sua publicação.

II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 45 dias depois de oficialmente publicada.

III. As correções de texto de lei já em vigor consideram- se lei nova.

IV. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.

É correto o que consta APENAS em

(A) I e II.

(B) III e IV.

(C) I e IV.

(D) II e III.

(E) I, III e IV.

2. (TCE-RO – Procurador – 2010) Em relação à aplicação da lei no tempo, é correto afirmar:

(A) Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia-se a partir de sua publicação oficial.

(B) Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia-se no país quarenta e cinco dias depois de publicada oficialmente.

(C) Exceto disposição contrária, a lei revogada restaura-se ao ter a lei revogadora perdido a vigência.

(D) A vigência da lei começa a partir da sanção presidencial, ou da promulgação da Medida Provisória.

(E) Lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, poderá eventualmente revogar ou alterar a lei anterior.

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3. (TRT 15ª - Analista Judiciário – Execução de Mandados – 2009) Denomina-se vacatio legis

(A) o período de tramitação da lei no Congresso Nacional.

(B) o instituto de direito não regulamentado por lei.

(C) o período de vigência da lei temporária.

(D) o intervalo entre a data da publicação da lei e a da sua entrada em vigor.

(E) a situação jurídica dos fatos regulamentados por lei revogada.

4. (PGM – Teresina-PI – Procurador – 2010) Sobre a repristinação é a regra vigente no direito brasileiro:

(A) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

(B) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare.

(C) A lei posterior revoga a anterior quando seja com ela incompatível.

(D) Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

(E) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

5. (TCE/PI – Assessor Jurídico – 2009) A aplicação de uma norma ou um princípio regulador de um fato jurídico a outro fato jurídico não regulado, mas semelhante àquele, corresponde à aplicação

(A) do costume.

(B) dos princípios gerais de direito.

(C) da analogia.

(D) da interpretação extensiva da lei.

(E) da equidade.

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6. (TCE/AL – Procurador – 2008) O servidor X contava treze (13) anos de serviço público estadual, quando entrou em vigor nova lei, que aboliu adicionais sobre os vencimentos a cada cinco (05) anos de serviço. Neste caso, X

(A) manterá sem seu patrimônio o equivalente aos dois (02) adicionais pelos dez (10) anos completos e mais 30% (trinta por cento) do adicional pelo período seguinte de cinco (05) anos que estava em curso.

(B) a partir da nova lei, perderá os adicionais que havia conquistado, pois só tem direito adquirido àqueles vencidos, que, eventualmente, estivessem pendentes de pagamento.

(C) continuará adquirindo o direito aos adicionais a cada cinco (05) anos de serviço, que se completarem.

(D) adquirirá apenas mais um adicional, quando se completar o terceiro período de cinco (05) anos.

(E) manterá em seu patrimônio dois (02) adicionais, mas não obterá o terceiro.

7. (TCE-RO/Procurador do MP junto ao Tribunal de Contas/2010) Em relação à aplicação da lei no tempo, é correto afirmar:

(A) Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia-se a partir de sua publicação oficial.

(B) Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia-se no país quarenta e cinco dias depois de publicada oficialmente.

(C) Exceto disposição contrária, a lei revogada restaura-se ao ter a lei revogadora perdido a vigência.

(D) A vigência da lei começa a partir da sanção presidencial, ou da promulgação da Medida Provisória.

(E) Lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, poderá eventualmente revogar ou alterar a lei anterior.

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8. (PGE-MT/Procurador/2011) É correto afirmar que,

(A) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País, 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente promulgada.

(B) nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 90 (noventa) dias depois de oficialmente promulgada.

(C) se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo de início de sua vigência começará a correr da data da primeira publicação.

(D) não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou a revogue.

(E) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, sempre revoga a anterior.

9. (TJ-PE/Juiz Substituto/2011) No Direito brasileiro vigora a seguinte regra sobre a repristinação da lei:

(A) não se destinando a vigência temporária, a lei vigorará até que outra a modifique ou revogue.

(B) se, antes de entrar em vigor, ocorrer nova publicação da lei, destinada a correção, o prazo para entrar em vigor começará a correr da nova publicação.

(C) as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

(D) salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

(E) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

10. (PGM/Teresina-PI/Procurador/2010) Sobre a repristinação é a regra vigente no direito brasileiro:

(A) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

(B) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare.

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(C) A lei posterior revoga a anterior quando seja com ela incompatível.

(D) Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

(E) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

11. (TRE-RN/Analista Administrativo/2011) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes,

(A) modifica a lei anterior, apenas.

(B) revoga a lei anterior, apenas.

(C) não revoga nem modifica a lei anterior.

(D) derroga a lei anterior.

(E) revoga ou modifica a lei anterior.

12. (TRT 14ª Região/Execução de Mandados/2011) A Lei no XX/09 foi revogada pela Lei no YY/10. Posteriormente, a Lei no ZZ/10 revogou a Lei no YY/10. Nesse caso, salvo disposição em contrário, a Lei no XX/09

(A) não se restaura por ter a Lei revogadora perdido a vigência.

(B) só se restaura se a Lei no YY/10 tiver sido expressamente revogada pela Lei no ZZ/10.

(C) restaura-se integralmente, independentemente, de novo diploma legal.

(D) só se restaura se a revogação da Lei no YY/10 for decorrente de incompatibilidade com a Lei no ZZ/10.

(E) só se restaura se a Lei no ZZ/10 tiver regulamentado inteiramente a matéria de que tratava a Lei no YY/10.

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13. (PGE-RR/Procurador/2011) Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso com o emprego da

(A) analogia, dos costumes e dos princípios gerais do direito.

(B) equidade em quaisquer casos, dos costumes e dos princípios gerais do direito.

(C) analogia, da equidade e dos costumes, apenas.

(D) interpretação, dos costumes, da equidade e dos princípios gerais do direito.

(E) interpretação, da analogia e dos princípios gerais do direito.

14. (TRE-RN/Analista Judiciário/2011) A lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. No caso de casamento, tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do

(A) primeiro domicílio conjugal.

(B) último domicílio conjugal.

(C) qualquer domicílio conjugal estabelecido por mais de um ano.

(D) domicílio da mulher anterior ao casamento.

(E) qualquer domicílio conjugal estabelecido por mais de três anos.

15. (TRT 18ª – Analista Judiciário – Execução de Mandado – 2008) A sucessão do ausente obedece a lei do país (A) onde foi visto pela última vez.

(B) em que se situam seus bens imóveis. (C) onde ocorreu o desaparecimento.

(D) em que era domiciliado o desaparecido. (E) onde residirem seus filhos.

16. (PGE-PE – Procurador – 2004) Estabelecendo a Lei de Introdução ao Código Civil que “quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito” (art. 4º), é correto afirmar que:

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(A) Somente se admite o costume secundum legem.

(B) É admitido amplamente o costume contra legem.

(C) O costume praeter legem desempenha função supletiva da lei.

(D) O costume é meio de interpretação do direito, mas não pode ser considerado fonte ou forma de expressão do direito.

(E) O costume constitui apenas regra de hermenêutica.

17. (DPE/MT – Defensor Público Substituto – 2009) Segundo a Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro,

(A) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país três meses depois de oficialmente publicada.

(B) nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei federal inicia-se três meses depois de oficialmente promulgada, salvo disposição contrária.

(C) a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.

(D) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes, a equidade e os princípios gerais de direito.

(E) salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

18. (TCE/MG – Procurador do Ministério Público – 2007) Considere as seguintes afirmações:

I. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

II. A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à sua consumação integral.

(A) As afirmações I e II são corretas.

(B) Somente a afirmação I é correta.

(C) Somente a afirmação II é correta.

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(D) As afirmações I e II são incorretas.

(E) As afirmações I e II são colidentes entre si e nenhuma delas corresponde a regra jurídica em vigor.

19. (TRE/PB - Analista Judiciário - Administrativa – 2007) No que concerne à vigência e aplicação das leis, de acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil, é correto afirmar que

(A) salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

(B) não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

(C) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes modifica a lei anterior.

(D) a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida nos Estados estrangeiros se inicia dois meses depois de oficialmente publicada.

(E) as correções a texto de lei já em vigor não consideram-se lei nova.

20. (MPE-PE/Analista Ministerial Processual/2006) Conforme o princípio da continuidade no Decreto-lei 4.657/42, que trata da Lei de Introdução ao Código Civil, a lei, salvo determinados casos especiais,

(A) Revogada não se restauram por ter a lei revogadora perdido sua vigência, salvo disposição em contrário.

(B) Entra em vigor na mesma data, em todo o território nacional, sendo simultânea sua obrigatoriedade.

(C) Possui caráter permanente, uma vez que com sua entrada em vigor, produz seus efeitos até que seja revogada por outra, expressa ou tacitamente.

(D) Em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.

(E) Começará a vigorar em todo o país em até 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada.

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GABARITO

1-B

2-B

3-D

4-D

5-C

6-E

7-B

8-D

9-D

10-D

11-C

12-A

13-A

14-A

15-D

16-C

17-C

18-A

19-B

20-C