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Questão n.1. Na madrugada de 05 de agosto de 2007, por volta das 3h, Roberto, dono de uma pizzaria delivery, ao fechar seu estabelecimento, juntamente com seus funcionários, foi abordado por Claudinei que, mediante o emprego de grave ameaça exercida com emprego arma de fogo, o obrigou a entregá-lo todo o dinheiro, bem como todos os cheques constantes no caixa da pizzaria. Finda a conduta, ainda com emprego de ameaça, Claudinei empreendeu fuga. Ato contínuo, após virar a esquina entrou em um carro conduzido por um agente, posteriormente identificado como Lelinho (fls.XY), e que ambos saíram do local como calmamente como se nada tivesse ocorrido. Entretanto, a mulher de Roberto, Silvana, que a tudo assistira de sua janela, pois o casal residia na sobreloja da pizzaria, telefonou para a Delegacia de Polícia narrando o ocorrido, tendo sido Claudinei e Lelinho presos em flagrante delito. Dos fatos narrados, os agentes restaram condenados às sanções incursas no artigo 157, § 2°, incisos I e II, do Código Penal. Inconformado com a decisão, Lelinho interpôs recurso de apelação com vistas à desclassificação do delito de roubo majorado para o delito de favorecimento real, sob o argumento de que sua participação fora de mera importância e voltada, exclusivamente, a auxiliar Claudinei em sua fuga. Sendo certo que, restou demonstrado no curso da ação penal que os agentes atuaram com unidade de desígnios acerca do delito de roubo mediante divisão de tarefas (fls. XX) responda de forma objetiva e fundamentada: deve o pleito defensivo ser provido? Ainda, diferencie o delito de favorecimento real e a(s) modalidade(s) de concurso de pessoas no delito antecedente. R. Não, pois no curso da ação penal, ficou demonstrado que os agentes atuaram com a mesma intenção acerca do delito de roubo mediante divisão de tarefas. E também, não será provida, porque o apelante agiu com coautoria destipificando o favorecimento real (Art. 349 e art. 29 do CP). Quanto à diferença entre o favorecimento real e concurso de pessoas, relata Fernando Capez, que o favorecimento real exige que o agente preste o auxílio ao criminoso fora dos casos de coautoria. Já no concurso de pessoas se foi prestado ou prometido antes ou durante a execução do crime, o agente será considerado coparticipante do delito praticado.

PENAL SEMANA 5

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SEMANA 5

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Page 1: PENAL SEMANA 5

Questão n.1.

Na madrugada de 05 de agosto de 2007, por volta das 3h, Roberto, dono de uma pizzaria delivery, ao fechar seu estabelecimento, juntamente com seus funcionários, foi abordado por Claudinei que, mediante o emprego de grave ameaça exercida com emprego arma de fogo, o obrigou a entregá-lo todo o dinheiro, bem como todos os cheques constantes no caixa da pizzaria. Finda a conduta, ainda com emprego de ameaça, Claudinei empreendeu fuga. Ato contínuo, após virar a esquina entrou em um carro conduzido por um agente, posteriormente identificado como Lelinho (fls.XY), e que ambos saíram do local como calmamente como se nada tivesse ocorrido. Entretanto, a mulher de Roberto, Silvana, que a tudo assistira de sua janela, pois o casal residia na sobreloja da pizzaria, telefonou para a Delegacia de Polícia narrando o ocorrido, tendo sido Claudinei e Lelinho presos em flagrante delito. Dos fatos narrados, os agentes restaram condenados às sanções incursas no artigo 157, § 2°, incisos I e II, do Código Penal. Inconformado com a decisão, Lelinho interpôs recurso de apelação com vistas à desclassificação do delito de roubo majorado para o delito de favorecimento real, sob o argumento de que sua participação fora de mera importância e voltada, exclusivamente, a auxiliar Claudinei em sua fuga. Sendo certo que, restou demonstrado no curso da ação penal que os agentes atuaram com unidade de desígnios acerca do delito de roubo mediante divisão de tarefas (fls. XX) responda de forma objetiva e fundamentada: deve o pleito defensivo ser provido? Ainda, diferencie o delito de favorecimento real e a(s) modalidade(s) de concurso de pessoas no delito antecedente.

R. Não, pois no curso da ação penal, ficou demonstrado que os agentes atuaram com a mesma intenção acerca do delito de roubo mediante divisão de tarefas. E também, não será provida, porque o apelante agiu com coautoria destipificando o favorecimento real (Art. 349 e art. 29 do CP). Quanto à diferença entre o favorecimento real e concurso de pessoas, relata Fernando Capez, que o favorecimento real exige que o agente preste o auxílio ao criminoso fora dos casos de coautoria. Já no concurso de pessoas se foi prestado ou prometido antes ou durante a execução do crime, o agente será considerado coparticipante do delito praticado.

Questão n.2.

Antunes, advogado da empresa reclamada Beta Metalúrgica Ltda., no curso de reclamação trabalhista onde se discute o pagamento de adicional de insalubridade, solicitou para si uma quantia em dinheiro do sócio da empresa, com pretexto de influir junto ao perito nomeado pelo Juiz do Trabalho para que fosse apresentado laudo favorável à reclamada. Antunes alegou ainda que o dinheiro também se destina ao perito judicial. A conduta de Antunes caracteriza o tipo penal de: (TRT 2R (SP) - 2012 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Juiz do Trabalho)

a)exploração de prestígio; b) favorecimento pessoal; c) favorecimento real; d) fraude processual; e) patrocínio infiel.

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Questão n.3.

Rogério, conhecido traficante do Morro do Bem-te-vi, foge da cadeia e busca auxílio para sair do Estado com seu irmão, Rafael. Este tenta ajudá-lo a fugir, levando-o no portamalas do carro, mas ambos são presos na divisa com Minas Gerais. Rafael praticou o crime de: (FEC - 2012 - PC-RJ - Inspetor de Polícia - 6º Classe) a) a) favorecimento pessoal, mas é isento de pena por ser irmão de Rogério. b) b) favorecimento pessoal. c) c)favorecimento real, mas é isento de pena por ser irmão de Rogério. d) d)favorecimento real. e) e) fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança