Percursos Visuais..Entroncamento 1926 - 1974

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2007

Escola Superior de Design

Ana Paula Gonalves Correia

Percursos Visuais: Entroncamento 1926-1974

DOCUMENTO PROVISRIO

2007

Escola Superior de Design

Ana Paula Gonalves Correia

Percursos Visuais: Entroncamento 1926-1974

Projecto apresentado Escola Superior de Design do IADE para cumprimento dos requisitos necessrios obteno do grau de Mestre em Design e Cultura Visual, ramo de especializao em Design de Produo Visual sob a orientao cientfica do Doutor Eduardo Corte Real e sob coorientao do Professor Victor Simes.

Dedico este trabalho ao Gil que me acompanhou neste percurso ...

o jripresidente Prof. Droutor Alberto Maria Ferreiraprofessor associado da Escola Superior de Design do IADE

Especialista Alberto Maria Ferreiraprofessor associado da Escola Superior de Design do IADE

Prof. Droutor Alberto Maria Ferreiraprofessor associado da Escola Superior de Design do IADE

Especialista Alberto Maria Ferreiraprofessor associado da Escola Superior de Design do IADE

Prof. Droutor Alberto Maria Ferreiraprofessor associado da Escola Superior de Design do IADE

agradecimentos

Comeo por agradecer minha amiga Guida pelo desafio. Ao Gil que tem dado todo o apoio, tem tido pacincia e est sempre presente. A todos os elementos da Cmara Municipal do Entroncamento, que cederam prontamente todas as informaes solicitadas. Ao professor Victor Simes, por toda a disponibilidade manifestada, e sem o qual no teria sido possvel realizar este trabalho.

palavras-chave

pgina web, entroncamento , histria

A pgina web Percursos Visuais: Entroncamento 1926-1974 rene

resumo

e disponibiliza um conjunto de informaes e imagens referentes cidade do Entroncamento no perodo compreendido entre 1926-1974. Este trabalho apresenta o processo utilizado na concepo e estruturao da pgina web, adaptando os conhecimentos necessrios organizao de contedos de forma a interagir e a comunicar com futuros utilizadores.

Keywords

web page, Entroncamento, history

This web page Visual trails: Entroncamento 1926 - 1974 gathers and

abstract

offers a group of data is information and images referring to the city of Entroncamento in the period between 1926 1974. This work presents the process used in the design and struturation of the web page, adapting the knowledge needed in the organization of the contents as a way to interact and communicate with future users.

ndice... 1. Introduo. 2. Definio dos objectivos da pgina web 3. Tipo de pgina web 4. Mensagem chave .. 5. Pagina web Percursos Visuais: Entroncamento 1926-1974.. 5.1 5.2 Layout Contedos..

8 15 16 17 18 19 21 24 25

6. Testes

7. Concluso. 26 Bibliografia.. 27 Apndices Figura 1 Mapa da pgina web Figura 2 Cabealho da pgina web Figura 3 Layout: pagina principal Figura 4 Layout: pginas de contedos Figura 5 Layout: barras de navegao Figura 6 Layout: escala de cores Figura 7 Pgina principal Figura 8 Histria Figura 9 Caminhos de Ferro Figura 10 Oficinas Figura 11 Bairros Figura 12 - Bairro da Estao Figura 13 Bairro do Boneco Figura 14 Bairro Vila Verde Figura 15 Bairro Cames Figura 16 - Fontanrio Figura 17 - Lampio Figura 18 Bairro Afonso Henriques Figura 19 Escola Cames 33

Figura 20 Armazm de Vveres Figura 21 - Actividades Autrquicas Figura 22 - Jos Duarte Coelho Figura 23 Mercado Municipal Figura 24 Fontanrio Monumental Figura 25 Chafariz das Vaginhas Figura 26 Jardim Parque Figura 27 - Igreja Figura 28 refeitrio dos Indigentes Figura 29 C.T.T. Figura 30 Sede da Junta Figura 31 Bairro Frederico Ulrich Figura 32 Bairro da Liberdade Figura 33 - Hospital Figura 34 Edifcio da P.S.P. Figura 35 Joaquim Marques Agostinho Figura 36 - Herldica Figura 37 Manuel P. Gonalves Figura 38 Memorial ao Infante D. Henrique Figura 39 Eugnio Dias Poitout Figura 40 - Viaduto Figura 41 Cine Teatro Figura 42 - Biblioteca Figura 43 Actividades Econmicas Figura 44 - Industria Figura 45 Antnio Silva & Filhos Figura 46 Fbrica Baia Figura 47 Joo Henriques Figura 48 Casa Adelino Barbosa Figura 49 Madeiras Progresso Figura 59 - Valura Figura 51 Malhas Ilda

9

Figura 52 J. M. Agostinho e Filhos Figura 53 - Sonorte Figura 54 - Compal Figura 55 - Comrcio Figura 56 S.C.F.A. Figura 57 Filial do Polcia Figura 58 Pastelaria Ribatejo Figura 59 Instituies Militares Figura 60 Sector Militar Figura 61 Polcia Figura 62 Cultura/Lazer Figura 63 - Imprensa Figura 64 A Voz Rpublicana Figura 65 O Entroncamento Figura 66 Notcias do Entroncamento Figura 67 O Entroncamento Figura 68 - Desporto Figura 69 - Parafuso Figura 70 - Unio Figura 71 Onze Unidos Figura 72 Ferrovirios Figura 73 Clube Columbfilo Figura 74 Clube de Campismo Figura 75 - Associaes Figura 76 - Bombeiros Figura 77 Assistncia Social Anexo 1. Levantamento dos elementos a constar nos textos da pgina web 1. Histria........................................................................................................... 1.1 Resenha Histrica.. 1.2 Caminhos-de-ferro. 1.3 Oficinas 36 37 38

10

1.4 Bairros.. 1.4.1 Bairro da Estao.. 1.4.2 Bairro do Boneco.. 1.4.3 Bairro Vila Verde.. 1.4.4 Bairro Cames.. 1.4.4.1 Fontanrio do Bairro Cames.. 1.4.4.2 Lampio do Bairro Cames.. 1.4.5 Bairro Afonso Henriques.. 1.5 Escola Cames... 1.6 Armazm de Vveres.... 2 Actividades Autrquicas .. 2.1 Jos Duarte Coelho.......... 2.1.1 Mercado Municipal 2.1.2 Fontanrio Monumental.. 2.1.3 Parque Jardim.. 2.1.4 Chafariz das Vaginhas 2.1.5 Igreja.. 2.6 Refeitrio dos Indigentes.. 2.1.7 Edifcio dos Correios 2.1.8 Sede da Junta.. 2.1.9 Edifcio da P.S.P. . 2.1.10 Bairro Frederico Ulrich 2.1.11 Bairro da Liberdade 2.1.12 Hospital 2.2 Joaquim Marques Agostinho 2.2.1 Herldica 2.3 Manuel Pedrosa Gonalves 3.3.1 Infante D. Henrique. 2.4 Eugnio Dias Poitout... 2.4.1Cine-teatro. 2.4.2 Viaduto.. 2.4.3 Biblioteca..

39 39 40 40 41 42 43 43 44 46 47 47 47 49 50 51 51 52 52 53 53 54 54 55 55 56 57 58 58 59 59 60

11

3 Actividades Econmicas 3.1 Industria.. 3.1.1Antnio Silva & Filhos 3.1.2 Fbrica Bahia.. 3.1.3 Joo Henriques.. 3.1.4 Valura .. 3.1.5 Casa Adelino Barbosa .. 3.1.6 Malhas Ilda.. 3.1.7 Jos Marques Agostinho & Filhos. 3.1.8 Sonorte... 3.1.9 Compal 3.1.10 Madeiras Progresso 3.2 Comrcio 3.2.1 Cooperativa dos Ferrovirios 3.2.2 Filial do Polcia 3.2.3 Pastelaria Ribatejo. 4 Instituies Militares.. 4.1 Sector Militar. 4.2 Polcia 5 Cultura e Lazer... 5.1 Desporto......... 5.1.1 Parafuso; ......... 5.1.2 Unio ......... 5.1.3 Onze Unidos......... 5.1.4 Ferrovirios .......... 5.1.5 Clube de Columbofilia ........... 5.1.6 Clube de Campismo ............ 5.2 Imprensa: ....... 5.2.1 A Voz Republicana; ......... 5.2.2 O Entroncamento; .... 5.2.3 Notcias do Entroncamento; ......... 5.2.4 O Entroncamento. .........

60 60 60 60 61 61 62 62 62 63 64 64 65 65 66 67 67 67 68 69 69 69 70 70 70 71 71 71 71 72 73 74

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5.3 Associaes: ......... 5.3.1 Comisso Assistncia; .......... 5.3.2 Bombeiros Voluntrios; .......... 5.3.3 Grupo n 84; ......... Anexo 2: Imagens ilustrativas dos textos Figura 1: Entroncamento nos anos 30 Figura 2: Mapas de evoluo do Entroncamento Figura 3: Estao de Caminhos de Ferro do Entroncamento Figura 4: Oficinas da C.P Figura 5: Bairro da Estao Figura 6: Bairro do Boneco Figura 7: Bairro Vila Verde Figura 8: Bairro Cames Figura 9: Lampio do Bairro Cames Figura 10: Fontanrio do Bairro Cames Figura 11: Escola Cames Figura 11.a: Elementos da Escola Cames Figura 12: Armazm de Viveres Figura 13: Jos Duarte Coelho Figura 14: Mercado Municipal do Entroncamento Figura 15: Fontanrio Monumental Figura 16: Chafariz das Vaginhas Figura 17: Jardim Parque Figura 18: Igreja Figura 19: Proteco aos Indigentes Figura 20: Estao de Correios Figura 21: Sede da Junta Figura 22: Joaquim Marques Agostinho Figura 23: Herldica Figura 24: Bairro da Liberdade

75 75 76 76

13

Figura 25: Bairro Frederico Ulrich Figura 26: Edifcio da P.S.P Figura 27: Manuel P. Gonalves Figura 28: Memorial ao Infante D. Henrique Figura 29: Eugnio Dias Poitout Figura 30: Filas na passagem de nvel Figura 31: Construo do viaduto Figura 32: Cine teatro Figura 33: Biblioteca Municipal Figura 34: Instalaes Militares. Figura 35: 1 numero da Voz Republicana Figura 36: Cabealhos da Voz Republicana Figura 37: 1 numero do jornal O Entroncamento Figura 38: 1 numero do jornal Notcias do Entroncamento- 1933 Figura 39: 1 numero do jornal O Entroncamento - 1946

1. Introduo

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A quantidade de informao difundida por sistemas multimdia aumenta diariamente e facilmente se transforma em poluio visual quando no bem organizada em termos conceptuais e grficos. Planear uma pgina web, organizando os contedos de maneira a informar e a interagir com o utilizador, permitindo a comunicao atravs da web, tem caractersticas diferentes das utilizadas nos restantes meios de informao. Assim, so necessrios conhecimentos especficos que contribuam para o processo de organizao1 da informao - imagens, textos, vdeos, animaes -organizados atravs das mais diversas formas - cores tipologias, grafismos - que permitam ao futuro utilizador construir um modelo mental2 de resposta, facilitando as suas interaces. No projecto da construo da pgina web, foram utilizados os vrios princpios relacionados com a ergonomia, usabilidade, tcnicas de layout, tipologia, cores, associados aos sistemas multimdia, que se encontram dispersos em vrios estudos3.

2. Definio dos objectivos da pgina web1

Bailey,

Samantha

in

Unraveling

the

mysteries

of

metadata

and

taxonomies

http://www.boxesandarrows.com/view/unraveling, acedido entre Maro e Junho de 2007. () a arte e cincia de organizar informaes de forma a que sejam fceis de encontrar, gerir e utilizar. uma disciplina (arquitectura de informao) desenvolvida em torno do utilizador e a facilidade de uso o aspecto mais importante da interaco com as informaes.2 3

Norman, Donald, The Design of Everyday Things. Reissue edition, 1990 Nielsen, Jacob, Useit.com: Jacob Nielsen`s Website, www.useit.com, acedido entre o ms de

Maro e Junho de 2007. Bastien & Scapin, Critrios ergonmicos para Avaliao de Interfaces Homem-Computador www.labiutil.inf.ufsc.br, acedido entre o ms de Maro e Junho de 2007. Weinman, Lynda. Lyndas Home Page. www.lynda.com acedido entre o ms de Maro e Junho de 2007.

15

A pgina web Percursos Visuais:: Entroncamento 1926-1974 pretende divulgar a histria da cidade do Entroncamento no perodo compreendido entre 1926-1974. 1 Tem como objectivo tornar pblico e facilitar o acesso, recorrendo s novas tecnologias, a um conjunto de imagens fotogrficas, registos grficos, informaes que fazem parte de coleces particulares, livros, artigos, publicaes, entre outros registos que constituem a memria da histria do Entroncamento. O projecto encerra em si a disponibilizao da cultura histrica e visual, incentivando o pblico a recordar e a valorizar a sua prpria cidade. Nem sempre o que se pretende comunicar vai de encontro s reais necessidades e expectativas do utilizador verificando-se a necessidade de identificar os potenciais utilizadores de forma a estruturar o projecto no sentido de que este corresponda s suas necessidades. As informaes recolhidas junto a possveis utilizadores da pgina web, atravs da realizao de questionrios, permitiram definir um conjunto de necessidades a serem satisfeitas, delineando os reais objectivos do projecto. Concluiu-se, atravs da anlise da informao recolhida, que os possveis utilizadores constituem um grupo bastante heterogneo: classe etria variada, ambos os sexos, nveis de literacia e infografia diferenciados, diferentes profisses, reflectindo assim interesses tambm bastante diversificados na procura de informao. Quando confrontados com questes relacionadas com a histria da cidade, verificou-se que possuem um conhecimento igualmente diferenciado dos vrios domnios da temtica. Ao serem questionados sobre os temas de interesse para possvel pesquisa numa pgina web surgiram cinco grupos temticos: Histria;

1

Os contedos da pgina web, encontram-se em anexo. Foram elaborados atravs da pesquisa

em livros, publicaes, revistas, actas camarrias, registos orais. As fotografias foram cedidas pela Cmara Municipal do Entroncamento, pelo jornal O Entroncamento e um grande nmero fazem parte de esplio particular. Os registos grficos foram retirados de publicaes que se encontram na Biblioteca Nacional e no Arquivo Histrico da C.P., entre outros

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Actividades Autrquicas; Actividades Econmicas; Instituies Militares; Cultura e Lazer. Partindo deste pressuposto o projecto foi elaborado com o objectivo de fornecer todo um conjunto de informaes histricas sobre a cidade do Entroncamento.

3. Tipo de pgina web Existem numerosos tipos de pginas web, com finalidades diferenciadas, generalizando, temos: Portais: sitio web que rene produtos e servios de informao de determinada rea de interesse e, tambm de interesse geral. Oferecem por exemplo, servios gratuitos de correio electrnico, conversa, notcias, informaes sobre o tempo, cotaes de aces, assim como facilidades para procurar outros stios.1 Institucionais: servem como ponto de contacto entre uma instituio e os seus clientes, fornecedores, entre outros. Concentra-se mais em dados institucionais que em produtos ou servios. Servem principalmente para divulgar os seus trabalhos, informar a respeito de eventos etc. o tipo de pgina web mais comum na Internet. 2 Comerciais: tm como objectivo fins comerciais, so usados geralmente para comrcio electrnico, recrutamento de funcionrios etc. Existe a comercializao de produtos e servios com pagamentos, atravs da compra directa pela pgina, entre outros.

1

Associao para a Promoo e Desenvolvimento da Sociedade da Informao, in Glossrio da Idem

Sociedade de Informao p.872

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Educativo: Tem fins educativos, oferece cursos on-line, conhecimentos especficos. Pode haver a comercializao de produtos, mas a sua finalidade bsica a educao. Outros: entretenimento, comunidades, promocionais, entre outros De acordo com os objectivos estipulados para a pgina web e com as

necessidades mencionadas anteriormente estipula-se que a pgina web Percursos Visuais: Entroncamento 1926-1974 seja do tipo educativo. Oferece conhecimentos especficos sobre a histria da localidade a estudantes, investigadores da histria, professores, possveis turistas, entre outros.

4. Mensagem chave Todos os elementos que se encontram numa pgina web transmitem aos utilizadores mensagens, que devem ser escolhidas de modo a serem transmitidas de uma forma clara ou a refor-las. O conjunto de elementos presentes na pgina iro funcionar a nvel sintctico os elementos visuais que a compem constituem o todo perceptvel, semntico - estabelecendo uma relao de cada elemento com o seu significado, pragmtico dimenso lgica de cada elemento associado ao uso segundo o seu significado1. Existe uma relao directa na escolha dos elementos visuais, quer sejam figuras, tipologia dos textos, cores, que geram um processo de significao com o pblico-alvo. Assim a escolha do ttulo Percursos Visuais :: Entroncamento 1926-1974, associada a uma fotografia da estao dos caminhos-de-ferro dos anos 30,

1

Em Semitica de acordo com a diviso feita por C.W.Morris, os signos so estudados em trs

nveis: sintctico (analisa a estrutura dos signos, o modo como se relacionam, as suas possveis combinaes, entre outros); semntico (analisa as relaes entre os signos e os respectivos significados); pragmtico (estuda o valor dos signos para os utilizadores, as reaces destes relativamente aos signos, o modo como os utilizam, entre outros).

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colocados no cabealho1 permitem que a pgina web seja rapidamente identificada pelo utilizador, evitando dvidas e falsas interpretaes.

5. Pagina web Percursos Visuais: Entroncamento 1926-19742 A utilizao de critrios de ergonomia e de usabilidade devem ser uma constante ao longo da construo da pgina web. Devem sempre que possvel ser testados, verificando se a mesma se encontra de acordo com as expectativas e necessidades dos utilizadores. A ergonomia analisa a interaco existente entre seres humanos e outros elementos de um sistema, ou seja, todas as situaes onde h relacionamento entre o homem e o seu trabalho. A ergonomia utiliza os conhecimentos adquiridos e as capacidades humanas, confrontando-os com as limitaes dos sistemas, actividades, ferramentas de modo a torn-los mais seguros, eficientes e confortveis para o uso do ser humano. Foi desenvolvido um conjunto de critrios ergonmicos3, que segundo os seus autores Scapin e Bastien4, contribuem para o aumento da sistematizao dos resultados das avaliaes de usabilidades das interfaces. Usabilidade quando aplicada na interaco homem-computador, refere-se normalmente simplicidade e facilidade com que uma interface, programa ou pgina web pode ser utilizado. Segundo Jacob Nielsen5 a usabilidade uma qualidade que avalia em que medida uma interface fcil de usar.

1 2 3

Figura 2 Figuras 7 a 77 Bastien & Scapin, Critrios ergonmicos para Avaliao de Interfaces Homem-Computador Idem. Jacob Nielsen considerado uma das principais referncias no campo da web usability.

www.labiutil.inf.ufsc.br, acedido entre o ms de Maro e Junho de 2007.4 5

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Considerando as indicaes dos vrios autores, os objectivos do projecto, o conhecimento do pblico a que se destina e a definio dos contedos, foi elaborado um diagrama da pgina web 1que permitiu a organizao dos mesmos. Foi considerada uma estrutura de navegao pouco extensa (2, 3 nveis) 2. O utilizador normalmente procura informao para navegao e orientao nos primeiros nveis. O acesso aos primeiros nveis de um site est mais ligado aos modelos mentais da maioria das pessoas3. Ao encontrar no primeiro nvel um assunto que lhe interesse inicialmente, o utilizador decide navegar at outras camadas, segundo e ou terceiro nvel a fim de encontrar um contedo mais especfico. Este tipo de estrutura simples permite reduzir a carga cognitiva e perceptiva4 do utilizador e respeita o nvel de experincia oferecendo uma interface simples e de fcil manipulao. O sistema de navegao global e local, foi definido atravs da apresentao de cartes (card-sorting)5a um grupo de possveis utilizadores, que determinaram as categorias, nmero de opes e os nveis hierrquicos, estipulados para a navegao entre os vrios temas. Foi definida uma barra de navegao global6 constituda pelos itens principais7, que estar presente no topo de todas as pginas com o objectivo de

1 2 3

Figura 1 Figura 5 Depth vs. Breadth in Human factors International www.humanfactors.com , acedido em Junho

de 2007. Larson, Kevin e Czerwinski, Mary. Web Page Implication of Memory, Stucture and Scent for information Retrieval. Microsoft Research, http://research.microsoft.com/users/marycz/chi981.htm acedido em Abril de 2007.4

Bastien & Scapin, Critrios ergonmicos para Avaliao de Interfaces Homem-Computador Lamantia, Joe, Analyzing Card Sort Results with Spreadsheet Template. Boxes and Arrows,

www.labiutil.inf.ufsc.br, acedido entre o ms de Maro e Junho de 2007.5

www.boxesandarrows.com/arquives/analysing_card_sort_results_with_a_spreadsheet_template.p hp, acedido ente maro e Junho de 2007.6 7

Figura 3 Bastien & Scapin, Critrios ergonmicos para Avaliao de Interfaces Homem-Computador -

www.labiutil.inf.ufsc.br, acedido entre o ms de Maro e Junho de 2007.

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garantir o acesso imediato s principais reas do site, abreviando as aces do utilizador1. A barra de navegao local2 complementa a anterior, fornecendo um conjunto de links especficos rea do web site em que o utilizador se encontra.

5.1

Layout A imagem visual de uma pgina web rene no seu todo textos, imagens,

grafismos, entre outros, que tm como objectivo transmitir mensagens, que devem ser compreendidas pelos utilizadores. A organizao dos contedos deve ser estruturada aliando a esttica funcionalidade, segundo critrios bem definidos que caracterizam os elementos visuais convencionados. As cores, a tipografia, os textos, fundos, a composio ritmo, peso, proporo, hierarquia, simetria, equilbrio - entre outros elementos, so factores a considerar na elaborao de um layout. Vrios autores elaboraram guias e orientaes3 que aliados aos critrios ergonmicos, contribuem quer para uma boa percepo da mensagem que se pretende transmitir e quer para a fidelizao do utilizador. Assim, na elaborao do layout da pgina Percursos Visuais :: Entroncamento 1926-1974 foram considerados os seguintes elementos:1

Nielsen, Jacob, Useit.com: Jacob Nielsen`s Website, www.useit.com, acedido entre o ms de Figura 4 Parizotto, Rosamelia, in Guia de Estilos para Servios de Informao em Cincia e Tecnologia

Maro e Junho de 2007.2 3

via Web. Florianpolis:1997 programa de Ps Graduao em Engenharia de produo Universidade Federal de Santa Catarina. Nielsen, Jacob, Useit.com: Jacob Nielsen`s Website, www.useit.com, acedido entre o ms de Maro e Junho de 2007. Weinman, Lynda. Lyndas Home Page. www.lynda.com acedido entre o ms de Maro e Junho de 2007. Bastien & Scapin, Critrios ergonmicos para Avaliao de Interfaces Homem-Computador -

21

Elaborao de uma grelha (grid) 1que serve de estrutura a todas as pginas, permite no s a identificao rpida pelo utilizador como uniformidade na composio do layout. Os elementos visuais foram organizados de forma equilibrada optando-se por uma composio simtrica2, criando um efeito visual coerente. Definiu-se no topo de todas as pginas o cabealho, constitudo por uma fotografia da estao de caminhos-de-ferro do Entroncamento, dos anos 30, com o ttulo Percursos Visuais :: Entroncamento 1926-1974, criando um padro esttico facilmente reconhecido, no induzindo futuros utilizadores em erro. O ttulo acentua o perodo da histria retratado3. Esta imagem definiu a escolha das cores que so aplicadas nos elementos compositivos do layout da pgina. Os tons escolhidos jogam com a temtica do passado, na inteno de mostrar o caminho a percorrer ao longo das pginas, confrontando os utilizadores com as memrias visuais da histria da cidade. A barra de navegao global situa-se logo abaixo do cabealho, criando um nvel de hierarquia4 distinta devido sua importncia.5 Posicionada esquerda encontra-se a barra de navegao local, presente em todas as pginas de contedos, excepo da pgina principal. Foram utilizadas trs6 tons de castanho, nos botes dos menus e sub menus que fazem parte das tonalidades existentes no cabealho, criando uniformidade nos elementos visuais7. Os botes da barra de navegao global e local mudam de cor quando ocorre a passagem do selector. Quando seleccionados adoptam a nova cor at1 2 3

Figura 3 e 4 Figura 3 Figura 2 Segundo Nielsen os utilizadores de um modo geral lem as pginas de acordo com um

4

padro de movimentos que desenham um F: duas linhas horizontais da esquerda para a direita e uma linha vertical, de cima para baixo esquerda.5 6

Figura 3 Nielsen, Jacob, Useit.com: Jacob Nielsen`s Website, www.useit.com, acedido entre o ms de Figura 6

Maro e Junho de 2007.7

22

que exista outra seleco. Quando a seleco feita na barra de navegao local, o boto da barra de navegao global que lhe corresponde, altera tambm a colorao, permitindo ao utilizador situar-se na pgina, evitando recuos ou avanos desnecessrios1. A pgina principal2 de Percursos Visuais: Entroncamento 1926-1974, tem uma apresentao grfica distinta das restantes. Partilha alguns componentes comuns do layout cabealho, barra de navegao global e rea de contedos, tendo em considerao as recomendaes de usabilidade e ergonomia, no entanto sobressai claramente das restantes por apresentar imagens no lado esquerdo e direito da mesma. facilmente identificada pelos utilizadores, como pgina principal e permite visualizar a existncia dos vrios contedos evitando esforos inteis. A tipografia em material impresso e a utilizada nos monitores dos computadores partilham um conjunto de regras. Existem contudo vrios factores, nomeadamente, os requisitos tcnicos que nem sempre permitem a sua utilizao da mesma forma: a baixa resoluo dos monitores, a rea utilizvel de um monitor e o controle da visualizao dos documentos, consoante o harware, sistema operativo, browser, entre outros. Estes factores, determinam uma ateno especial na escolha das tipologias a usar de forma a minimizar efeitos negativos3. Determinaram a escolha das fontes utilizadas: sans tipo ,verdana4, corpo 10, caixa alta e baixa, que apresentam uma maior legibilidade em detrimento das fontes serif que so mais apropriadas informao impressa. O texto justificado, apresentado a negro, contrastando com o fundo branco da pgina permitindo uma melhor leitura5. O itlico foi introduzido, sempre que ocorreram citaes ou outros que se1 2 3

Figura 5 Figura 3 Web Style Guide Tipography www.webstyleguide.com/type/index.html, acedido entre o ms Parizotto, Rosamelia, in Guia de Estilos para Servios de Informao em Cincia e Tecnologia

de Maro e Junho de 2007.4

via Web. Florianpolis:1997 programa de Ps Graduao em Engenharia de produo Universidade Federal de Santa Catarina.5

Figura 6

23

justificassem. O corpo do texto foi alojado no centro das pginas, funcionando como eixo de simetria dos restantes elementos: sua esquerda situa-se a barra de navegao local, direita as imagens representativas dos textos. O conjunto de elementos descritos permite que todas as pginas tenham uma relao visual umas com as outras, fazendo parte de um todo, criando uma unidade esttica geral.

5.2 Contedos A pgina web Percursos Visuais :: Entroncamento 1926-1974, no tem um objectivo comercial, no entanto, deve oferecer um contedo de valor1 que permita fidelizar o utilizador. Entende-se como contedo de valor qualquer informao que tenha utilidade para o utilizador. O internauta2, na sua viagem pela Internet, normalmente, actua com o objectivo de retirar informaes por interesse, por lazer ou por curiosidade. de todo importante, considerar estas indicaes de acordo com os objectivos definidos para a pgina web. Nos questionrios realizados para a definio do pblico-alvo, foi possvel, definir vrios contedos que se revelaram importantes numa possvel pesquisa realizada pelos utilizadores. Na elaborao dos contedos foram consideradas todas as informaes possveis, que contribuam para aumentar o conhecimento do utilizador. Foram1

Os contedos da pgina web, encontram-se em anexo. Foram elaborados atravs da pesquisa

em livros, publicaes, revistas, actas camarrias, registos orais. As fotografias foram cedidas pela Cmara Municipal do Entroncamento, pelo jornal O Entroncamento e uma parte delas faz parte de esplio particular. Os registos grficos foram retirados de publicaes que se encontram na Biblioteca Nacional e no Arquivo Histrico da C.P., entre outros.2

Associao para a Promoo e Desenvolvimento da Sociedade da Informao, in Glossrio da

Sociedade de Informao

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verificadas as pginas concorrentes, que apresentam poucas ou nenhumas informaes sobre a temtica e actualizaram-se os contedos, oferecendo informaes novas. Os textos foram elaborados de forma objectiva e sempre acompanhados de imagens ilustrativas da temtica.

6. Testes

Antes de lanar o projecto on-line muito importante submet-lo a testes sucessivos, de modo a avaliar questes tcnicas e de usabilidades j referidas. Aps o desenvolvimento do site devero ser realizadas as adaptaes ou alteraes necessrias implementao do layout estabelecido. Dever ser dada ateno a uma srie de requisitos para evitar a realizao de um site pouco apelativo ou mesmo sem interesse para os utilizadores. Assim, tendo em ateno as consideraes estabelecidas1 ser dada ateno aos seguintes requisitos: organizao dos elementos segundo as informaes apresentadas; comunicao em funo das informaes apresentadas; uso de elementos visuais; uso das cores; tipologia escolhida; presena de contedo de valor; possibilidade de fidelizao do utilizador; critrios ergonmicos aplicados; usabilidade aplicada.

7. Concluso

1

Nielsen, Jacob, Useit.com: Jacob Nielsen`s Website, www.useit.com, acedido entre o ms de

Maro e Junho de 2007. Weinman, Lynda. Lyndas Home Page. www.lynda.com acedido entre o ms de Maro e Junho de 2007.

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Imaginar e projectar uma pgina web, organizando os seus contedos de modo a interagir e a comunicar com o utilizador, no se resume a fazer um arranjo grfico com textos e imagens. Na elaborao deste projecto verificou-se a necessidade de adquirir conhecimentos especficos relacionados com a ergonomia, usabilidade, tcnicas de layout, tipologia, cores, associados aos sistemas multimdia, que se encontram dispersos em vrios estudos, criando a possibilidade de executar uma pgina web funcional e atractiva de modo a fidelizar possveis utilizadores. Concluiu-se que, projectar uma pgina web pressupe uma equipa multidisciplinar que auxilie nas vrias fases da sua construo: planeamento, testagem e concretizao do projecto.

Bibliografia

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Apndices Imagens da pgina web (encontram-se em ficheiro anexo) Figura 1 Mapa da pgina web Figura 2 Cabealho da pgina web Figura 3 Layout: pagina principal Figura 4 Layout: pginas de contedos Figura 5 Layout: barras de navegao Figura 6 Layout: escala de cores Figura 7 Pgina principal Figura 8 Histria Figura 9 Caminhos de Ferro Figura 10 Oficinas Figura 11 Bairros Figura 12 - Bairro da Estao Figura 13 Bairro do Boneco Figura 14 Bairro Vila Verde Figura 15 Bairro Cames Figura 16 - Fontanrio Figura 17 - Lampio Figura 18 Bairro Afonso Henriques Figura 19 Escola Cames Figura 20 Armazm de Vveres Figura 21 - Actividades Autrquicas Figura 22 - Jos Duarte Coelho Figura 23 Mercado Municipal Figura 24 Fontanrio Monumental Figura 25 Chafariz das Vaginhas Figura 26 Jardim Parque Figura 27 - Igreja Figura 28 refeitrio dos Indigentes Figura 29 C.T.T.

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Figura 30 Sede da Junta Figura 31 Bairro Frederico Ulrich Figura 32 Bairro da Liberdade Figura 33 - Hospital Figura 34 Edifcio da P.S.P. Figura 35 Joaquim Marques Agostinho Figura 36 - Herldica Figura 37 Manuel P. Gonalves Figura 38 Memorial ao Infante D. Henrique Figura 39 Eugnio Dias Poitout Figura 40 - Viaduto Figura 41 Cine Teatro Figura 42 - Biblioteca Figura 43 Actividades Econmicas Figura 44 - Industria Figura 45 Antnio Silva & Filhos Figura 46 Fbrica Baia Figura 47 Joo Henriques Figura 48 Casa Adelino Barbosa Figura 49 Madeiras Progresso Figura 59 - Valura Figura 51 Malhas Ilda Figura 52 J. M. Agostinho e Filhos Figura 53 - Sonorte Figura 54 - Compal Figura 55 - Comrcio Figura 56 S.C.F.A. Figura 57 Filial do Polcia Figura 58 Pastelaria Ribatejo Figura 59 Instituies Militares Figura 60 Sector Militar Figura 61 Polcia

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Figura 62 Cultura/Lazer Figura 63 - Imprensa Figura 64 A Voz Rpublicana Figura 65 O Entroncamento Figura 66 Notcias do Entroncamento Figura 67 O Entroncamento Figura 68 - Desporto Figura 69 - Parafuso Figura 70 - Unio Figura 71 Onze Unidos Figura 72 Ferrovirios Figura 73 Clube Columbfilo Figura 74 Clube de Campismo Figura 75 - Associaes Figura 76 - Bombeiros Figura 77 Assistncia Social

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Anexo 1 - Levantamento a constar nos textos da pgina web. 1 Histria 1.1 Resenha Histrica1 O Entroncamento nasceu, cresceu e desenvolveu-se em redor de dois locais antigos: o Casal das Vaginhas e o Casal das Gouveias que, remontam ao ltimo quartel do sc. XVI2. Existiam inicialmente trs aglomerados distintos: a aldeia da Ponte da Pedra, o lugar das Vaginhas e o Casal das Gouveias. Nessa poca, o actual Entroncamento era denominado Charneca das Vaginhas. Em 14 de Setembro de 1859 foi celebrado pelo Estado, contrato definitivo para a construo e explorao das linhas frreas do Norte e do Leste. Construiuse, assim, uma pequena estao - o Apeadeiro da Ponte da Pedra. Este facto histrico constituiu o germe do actual Entroncamento3. Em 1864, aps a inaugurao do troo de linha compreendido entre Santarm e Abrantes e o troo da linha do Norte do Entroncamento a Soure, ficava assim assegurada a existncia do Entroncamento, no apenas como n ferrovirio mas como um pequeno ncleo populacional - os pioneiros do Caminho de Ferro, oriundos de vrias regies do pas e do estrangeiro (inicialmente eram tcnicos estrangeiros que estavam incumbidos e tinham a maior responsabilidade sobre a abertura do Caminho de Ferro, nomeadamente franceses, espanhis e ingleses) - cerca de 50 barracas, alguns barraces e as antigas casas de adobe, nas Vaginhas, bem como a capela de So Joo Baptista4. No ano de 1882 ergueram-se as primeiras 24 casas de alvenaria. Foi o comeo da povoao propriamente dita. Embora pequena, nascia assim a povoao pertencente a duas freguesias e1 2 3

Figura 1 e 2 Livro de registos paroquiais da Parquia da Atalaia, 1647 A Hora Jornal Ilustrado. Edio especial do XXIII Aniversrio do Concelho do Entroncamento, 24 de Novembro de

1968 pp.4

Leal, Henrique; Rosa, Luduvico; Matos, Francisco in Uma Vila Sobre Carris Seminrio da Histria d`Arte em Portugal

na segunda metade do sec. XIX e na primeira do sc. XX, pp. 11

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a dois concelhos, porque a via-frrea assim o determinara: a poente das linhas, situava-se na freguesia de Santiago, concelho de Torres Novas, a nascente da via, o territrio pertencia freguesia de Nossa Senhora da Assuno da Atalaia, concelho de Vila Nova da Barquinha. A pequena aldeia foi crescendo, devido ao desenvolvimento dos transportes ferrovirios e s respectivas estruturas de apoio aqui construdas oficinas, bairros, escolas e escritrios. A instalao de aquartelamentos militares, a partir de 1916, determinada pela situao geogrfica e as acessibilidades ferrovirias, aumentou ainda mais a importncia estratgica deste lugar em pleno desenvolvimento e, consequentemente, aumentou tambm a populao. Aos ferrovirios vieram juntar-se os militares e respectivas famlias Em 25 de Agosto de 1926 a povoao foi elevada a freguesia, em 1932 a vila e, em 24 de Novembro de 1945 foi promovida a concelho. Aos 20 dias do ms de Junho de 1991 o Entroncamento elevado a cidade. Entre estas datas, o percurso foi de emancipao progressiva dos concelhos a que tinha pertencido, libertando-se, em primeiro lugar, de Torres Novas e depois da Barquinha. Ser, no mesmo sculo, aldeia, vila e cidade talvez seja um destino pouco comum na histria das terras portuguesas. 1.2 Caminhos de Ferro1 Em 14 de Setembro de 1859 foi celebrado pelo Estado, contrato definitivo para a construo e explorao das linhas-frreas do Norte e do Leste. Foi este facto histrico que contribuiu para as instalaes ferrovirias que, posteriormente deram origem ao Entroncamento2. A Empresa dispunha, neste concelho, de muitas linhas-frreas, cuja extenso aproximada era de 70 km. A manuteno dos servios ferrovirios atraiu imensos empregados, com a criao de vrias oficinas e escolas provocando assim um crescente aumento demogrfico. Ao mesmo tempo que crescia a importncia da estao, foi1 2

Figura 3 Leal, Henrique; Rosa, Luduvico; Matos, Francisco in Uma Vila Sobre Carris Seminrio da Histria d`Arte em Portugal

na segunda metade do sc. XIX e na primeira do sc. XX, p. 11

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surgindo, no Entroncamento, um entreposto ferrovirio muito importante mas igualmente com profundos problemas habitacionais e outros1 deste derivados. Desta forma, a C.P. empreendeu a construo de vrios bairros como o Bairro do Boneco, o Bairro Vila Verde, o Bairro Social Ferrovirio e o Bairro Cames. Este ltimo tinha uma escola privativa onde era ministrado o ensino primrio por professores pagos pela C.P (considerada na poca uma das melhores da Pennsula Ibrica, era frequentada por crianas aparentadas ou no com trabalhadores da referida Companhia)2 No campo da Assistncia Social, a Companhia possua duas colnias de frias (Mangualde e Praia das Mas) destinadas aos filhos dos ferrovirios; o Dispensrio de Profilaxia e Higiene; uma ampla e higinica Cantina e um bom Armazm de Vveres que abastecia cerca de 4 000 ferrovirios e as respectivas famlias. Estes, entre outros, foram os importantes contributos dos Caminhos de Ferro Portugueses, para o desenvolvimento da cidade que hoje o Entroncamento. 1.3 Oficinas da C.P.3 Em 1972, a C.P. detinha, no Entroncamento vrias oficinas que contriburam ao longo da sua existncia para a fixao da populao e para o desenvolvimento da cidade. Assim, vejamos as principais unidades daquela companhia: Oficinas de fabrico e reparao de molas; Oficinas de grande reparao de material motorizado; Oficinas de vages (consideradas, poca, as melhores da Pennsula); Oficinas de rodas (apetrechadas de tomos gigantescos onde so reparados todos os rodados de locomotivas, automotoras, carruagens, vages, etc.); Oficinas de locomotivas a vapor; Oficinas de serrao (destinadas preparao de madeiras para os mais1 2

Martins, Jaime in Boletim da C.P. n 24 Junho 1931 Rosrio, Paula Gama in Entroncamento Do mito do progresso realidade do presente Cmara Municipal do

Entroncamento, 2006, p.433

Figura 4

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diversos servios da Companhia); Oficinas de moblias; Oficinas de creosotagem (onde so preparadas todas as travessas para as linhas frreas); Um sector de Manuteno destinado a assegurar a conservao do material existente e finalmente uma seco de Via e Obras e Cantes de Obras Metlicas (destinados reparao de pontes e obras de telecomunicaes). Oficinas de reparao de material Disel-elctrico; Estaleiro de reperfilagem de carris. Este sector era, em 1972, considerado do mais moderno que se encontrava na Europa. 1.4 Bairros Ferrovirios O caminho-de-ferro, com a construo de quilmetros e quilmetros de vias, foi o grande empregador da segunda metade do sculo XIX, dando origem a uma nova classe profissional, o ferrovirio. A concentrao de trabalhadores foi mais forte nas localidades charneira da rede ferroviria, que acolheram os camponeses e artesos deslocados das suas terras de origem e agora destinados construo de linhas de caminho de ferro, conduo de comboios e manuteno de material. semelhana do que se fazia no estrangeiro, mormente em Inglaterra e Frana, foram construdas casas para os trabalhadores ferrovirios, decalcandose alguns modelos1. 1.4.1 Bairro da Estao2 Este conjunto de habitaes era uma das zonas habitacionais para funcionrios dos caminhos-de-ferro, no entanto, no tinha cariz de bairro. No se sabe ao certo a data da sua edificao, mas, segundo testemunhos orais datam, do incio do sc. XX.1 2

, Poitout, Manuela in Os bairros Ferrovirios no Entroncamento, revista Foguete, n 5 , 2001, p. 6 Figura 5

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Ainda hoje so visveis as 25 habitaes deste bairro, que se destinavam ao pessoal afecto traco, incluindo os dos escritrios. Todas as casas so de dois pisos. As habitaes tm quatro compartimentos, dois no rs-do-cho e dois no primeiro andar, com um pequeno quintal. Durante anos, at meados dos anos 30 do sculo passado, estas casas estiveram separadas da Rua Latino Coelho por um alto muro de quase trs metros de altura, que depois foi demolido para dar lugar a gradeamentos de beto armado. Em termos arquitectnicos, verifica-se a quem est do lado do edifcio de passageiros, uma interessante perspectiva de chamins recortadas e rendilhadas e de janelas encimadas por beirados portuguesa ou pequenos alpendres1 1.4.2 Bairro do Boneco2 Bairro dos Reformados, situado na estrada para Torres Novas, veio a ser conhecido pela designao popular de Bairro do Boneco. Com a configurao de um ptio rectangular, semelhana das vilas operrias, consta, no total, de dezoito habitaes, distribudas como se segue: no lado direito, casas de um s piso, e no lado esquerdo casas de dois pisos, sendo cada piso para inquilinos diferentes. Janelas e portas tm molduras de tijolo, as chamins so em tijolo burro. Os topos apresentam, a nvel do sto, um culo ou olho-de-boi, tambm emoldurado com tijolo. Com a construo da Vila Verde e do segundo Armazm de Vveres, ficou o Bairro do Boneco entre os dois. Apresenta, actualmente, um aspecto muito envelhecido Neste pequeno bairro residiram maquinistas e pessoal da Via e Obras, pouco de oficinas, mas a sua designao de Bairro dos Reformados atesta o carcter diferenciado deste conjunto habitacional, que proporcionava a continuidade da residncia aps a reforma. Segundo testemunhos orais datam do final da primeira dcada do sc. XX.3

1 2 3

Poitout, Manuela in Os bairros Ferrovirios no Entroncamento, revista Foguete, n 5 , 2001, p. 7 Figura 6 Poitout, Manuela in Os bairros Ferrovirios no Entroncamento, revista Foguete, n 5 , 2001, p. 7

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1.4.3 Bairro Vila Verde1 Em 1919, foi inaugurada a primeira fase da Vila Verde: 20 moradias, 10 geminadas formando 5 grupos, e 10 isoladas, a maior parte (16) com quatro compartimentos, uma com cinco, outra com seis e as duas restantes com sete. Em 1930 foram acrescentados 3 grupos de 2 casas e 6 casas isoladas, assim como um dormitrio para funcionrios solteiros da Via e Obras, perfazendo um total de 32 habitaes. So casas simples, com o seu alpendre entrada, gradeamentos rsticos, um pequeno jardim na frente e quintal nas traseiras, que, geralmente, se destinava a horta. Havia uma concepo de bairros para trabalhadores (cuja tipologia se foi mantendo) em que predominava a construo tradicional e onde o quintal desempenhava um espao importante, corno complemento de subsistncia. Este bairro no se destinou a operrios. Nele habitaram factores2, chefes de estao e pessoal dos escritrios. O nome de Vila Verde apenas atribudo primeira fase construda, aparecendo a segunda com a designao de Bairro do Castanho. Na verdade, a designao de Bairro do Castanho deve ter tido uma utilizao restrita, porque, para a populao entroncamentense, toda aquela linha de casas que se estende desde o Bairro do Boneco at ao Bairro Cames sempre foi conhecida por Vila Verde3.

1.4.4 O Bairro Cames4 A seguir Vila Verde, j num dos extremos do Entroncamento, foi construdo o Bairro Cames, em 1926,com todas as caractersticas de bairro. Fechado sobre si mesmo, com ruas internas, isoladas da povoao pela situao1 2 3 4

Figura 7 Classe profissional na carreira de funcionrios da C.P. Poitout, Manuela in Os bairros Ferrovirios no Entroncamento, revista Foguete, n 5 , 2001, p. 7 Figura 7

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geogrfica perifrica, no acessvel devido ao controlo exercido na entrada, pode dizer-se que tinha todas as condies dos modernos condomnios fechados 1. So trinta e duas as habitaes, quatro isoladas e catorze grupos de duas casas, dezoito delas com quatro compartimentos, dez com cinco e, quatro com seis. Arquitectonicamente, o Bairro Cames e a Vila Verde fogem regra da uniformidade de mdulos habitacionais repetidos. Aqui, vemos agrupamentos de casas diferentes, mas com caractersticas comuns, acentuadas pelos beirados, alpendres, gradeamentos e espaos para jardim. As pilastras dos cunhais eram pintadas a cores que variavam de casa para casa entre elas o ocre, azul ultramar e rosa. Os elementos decorativos introduzidos no Bairro Cames, que se traduziram por um prtico de entrada, um lampio e uma fonte (estes dois ltimos j inexistentes) acentuaram ainda mais o carcter de inovao e criatividade inerentes a este projecto. O Bairro Cames bonito, tranquilo, habitado por pessoas distintas, correspondia, nos seus tempos ureos, ao padro da cidadejardim que lhe serviu de modelo.2 A C.P., ao promover a construo de habitaes e equipamentos sociais, integrados no padro da cidade-jardim, seguia um modelo das empresas francesas ferrovirias da poca, que tambm j estava a ser implantado na Inglaterra. Lus da Cunha e Cottinelli Telmo foram os responsveis pela estrutura urbana e pelo edifcio escolar adjacente. Era uma inovao no campo das realizaes ferrovirias, pela sua amplitude, o que levou os projectistas a um estudo aprofundado de todas as componentes envolvidas3.

1 2 3

Martins, Jaime in Dos bairros para o pessoal da C.P., Boletim da C.P., n 24 Junho de 1931, pp.97-100 Poitout, Manuela in Cottinelli Telmo na C.P. A sua obra no Entroncamento , Revista Foguete, n 4, 2003, p. 2 Telmo, Cottinelli in Construes escolares e bairros operrios escola e Bairro Cames no Entroncamento , revista

mensal Arquitectura, n 4 Abril de 1927, pp.50-56

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1.4.4.1 Lampio do Bairro Cames1 O lampio foi uma construo destinada a iluminar e a decorar o cruzamento de duas ruas do bairro Cames. Trata-se, de um pilar de alvenaria que suporta um lampio de ferro e na sua base existem bancos e caixas para flores. O revestimento destes bancos, assim como a base das esferas e a parte superior dos degraus que se recortam nas quatro faces do pilar, fez-se com tijolo rebatido As esferas foram fundidas com argamassa de cal hidrulica. Para se avaliar das dimenses desta construo, compara-se a parte envidraada do lampio com a altura dum homem. A silhueta deste pilar-lampio elegante, harmonizando-se esta construo perfeitamente com as que a rodeiam. O elemento bola, repete-se nos muros das casas do bairro e que, sendo vulgarmente empregado, no com as dimenses que tem neste caso, uma bela forma pura de remate. O desenho aqui apresentado interessante e sugestivo e deve-se ao arquitecto Cottinelli Telmo2.

1.4.4.2 Fontanrio do Bairro Cames3 O fontanrio era composto por dois arcos ogivais de granito trabalhado a pico, cruzados, que abrigam um pilar central, oitavado, forrado de azulejo azul e branco, disposto em xadrez, ligado, aos quatro pilares dos arcos por divisrias de pedra rematando em volutas. Nas quatro faces maiores do pilar central existiam torneiras a que correspondiam poiais com grelhas de ferro: para apoio de vasilhas e, nos pilares das ogivas, bancos. Na gravura, para no se encobrir a parte central, no est representado o meio1 2 3

Figura 9

in Pilar lampio, revista mensal Arquitectura, n 5 Maio de 1927, p.76 Figura 10

43

arco central de c, figurando apenas o banco de onde ele nasce1. Foi tambm um projecto de Cottinelli Telmo.

1.5 Escola Cames2 A Escola Cames foi construda pelos Caminhos de Ferro, para uso dos filhos dos empregados da respectiva empresa. Lus da Cunha e Cottinelli Telmo foram os responsveis pela estrutura urbana e pelo edifcio escolar. Era uma inovao no campo das realizaes ferrovirias, pela sua amplitude, o que levou os projectistas a um estudo aprofundado de todas as componentes envolvidas, nomeadamente a pedaggicodidctica. Os dirigentes que tutelaram e impulsionaram estas construes eram, ao tempo, o Eng. Ferreira de Mesquita, Director-Geral da C.P. e o professor Eng. Vicente Ferreira, Chefe de Diviso de Construo. A Escola foi projectada em 1923 e inaugurada em 1 de Janeiro de 1928.A Escola Cames tem uma situao boa, pelo seu isolamento, independncia e paisagem. Rodeada por um muro onde se abrem o porto principal e janelas gradeadas, com o seu sabor rstico, conventual mas no pesado tem, pela frente, um jardim e uma horta e, por trs, um recreio vasto com alpendres, lavabos e W.C. Compe-se de dois pavimentos: o primeiro destinado propriamente aos trabalhos escolares; no segundo h habitaes independentes para quatro professores. As entradas para estas esto nos extremos do edifcio, e a comunicao entre os dois pavimentos pode ser cortada, evitando-se assim promiscuidades. A planta de leitura fcil: um vestbulo, ladeado por uma sala para os professores e outra de leitura, d acesso a uma galeria bem iluminada para onde deitam as portas das quatro aulas; defronte do vestbulo trs salas comunicando por meio de arcos e constituindo um hall-vestirio; nos extremos da galeria, lavabos, W. C. e escadas para o andar superior. O hall poder ser utilizado para exibies de qualquer natureza: conferncias,1

Telmo, Cottinelli in Construes escolares e bairros operrios escola e Bairro Cames no Entroncamento , revista

mensal Arquitectura, n 4 Abril de 1927, pp.542

Figura 11

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projeces, exposies de trabalhos, etc. ( )2 pavimento () pode descrever-se assim: o andar foi dividido em quatro pores, por uma linha mdia transversal e dois corredores paralelos longitudinais, soluo para a independncia entre as duas habitaes de cada lado, entre si, e as de um e outro lado. A orientao duma escola dada pela orientao das suas aulas () Para evitar os inconvenientes do excesso de calor e da luz que cega", alis atenuveis com estores e boa ventilao, adopta-se com preferncia a orientao SE, que , afinal, a da Escola Cames. A capacidade de cada aula de 40 alunos nmero que permite uma boa fiscalizao por parte do professor e umas dimenses de aula tais, que a este no seja necessrio levantar demasiadamente a voz, nem aos alunos mais afastados da pedra empregar esforos que provocam a miopia e outras desorganizaes visuais. () O problema da iluminao foi resolvido pelo processo mais vulgar: iluminao unilateral esquerda. () A quantidade de luz ()O problema da ventilao foi resolvido pelo processo natural: a abertura dos batentes () A largura de 2m,50 da galeria que serve as aulas corresponde ao estabelecido, que de 2m,50 a 3m para corredor servindo quatro aulas. A rea total dos recreios (incluindo as partes cobertas pelos alpendres) de 1:000 metros quadrados, aproximadamente, o que d 6 metros quadrados por aluno () 1

classificada como "uma obra isolada e irrepetvel num percurso onde se revelariam extremamente raras outras oportunidades para a concretizao de um semelhante investimento no projecto"2. O mesmo autor acentua a beleza do vestbulo de entrada, na sua concepo inicial: "Os azulejos que revestiam as colunas esquina das e as paredes, com o seu padro de forte contraste, provocavam uma multiplicao de reflexos que criava um efeito de labirinto. A vibrao da cor e da luz no espao era ainda sublinhada pelo colorido dos pavimentos e pelas decoraes pintadas no tecto e nas paredes, igualmente concebidas por Cottinelli Telmo. Essas decoraes seriam como se segue: "Do azulejo para cima, as paredes e o tecto so estucados a branco e decorados segundo a maquette com cores vivas, geralmente as primrias, pelo processo de1

Telmo, Cottinelli in Construes escolares e bairros operrios escola e Bairro Cames no Entroncamento , revista

mensal Arquitectura, n 4 Abril de 1927, pp.542

Martins, Paulo in Cottinelli Telmo, O Caminho de Ferro Revisitado 1996, pp.126-134

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estampilha". Os escritos da poca avaliam a Escola Cames como a melhor do Pas. Os pilares do porto de acesso so rematados por mochos, smbolos da sabedoria. Estas esculturas foram executadas pelo escultor Vale, sob desenho de Cottinelli Teimo, responsvel, tambm, pela carranca da fonte interior. Serviu de escola a filhos de ferrovirios e no ferrovirios, aos profissionais da empresa (ensino nocturno), a aprendizes, a estudantes liceais e, num tempo mais recente, a crianas e jovens deficientes.

1.6 Armazm de Viveres C.P.1 As condies em que se encontrava a funcionar o antigo armazm eram bastante precrias, no permitindo um regular funcionamento dos seus servios, nem podendo oferecer ao pblico as comodidades indispensveis. O espao de que se dispunha para o movimento existente era j muito reduzido e muito mais o seria no futuro, atendendo ao desenvolvimento que se tem notado nestes ltimos anos, das transaces dos Armazns de Vveres. Alm de acanhadas, as instalaes existentes, pela sua disposio, impediam qualquer melhoria que se pretendesse fazer no sentido de se poupar tempo, e portanto dinheiro, aos empregados e ao Pblico. Escusado seria pois dizer que as condies higinicas tambm deixavam muito a desejar. A mudana da localizao do Armazm de Vveres do Entroncamento deu lugar demolio das velhas e arruinadas construes onde estava instalado e permitiu a consecuo duma antiga aspirao. De facto, custa da rea por eles ocupada fez-se a ampliao do ptio da estao que servia para estacionamento de veculos que circulam pela via ordinria e eram utilizados pelos passageiros dos servios afluentes ao caminho-de-ferro2. Foi este executado duma maneira geral, parte sob o ponto de vista de arquitectura exterior, com as mesmas caractersticas dos armazns construdos1 2

Figura 12 Silva, M. J. Dias, in Novo Armazm de Viveres do Entroncamento, Boletim da C. P, n 129 - 12 ano Maro de 1940

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anteriormente, mas com algumas modificaes que a prtica aconselhou serem indispensveis. O Armazm de Viveres projectado por Cottinelli Telmo em 1935, est situado na estrada para Torres Novas, junto aos bairros ferrovirios do Boneco e da VilaVerde. Foi inaugurado em Dezembro de 1939. Era um espao moderno, espaoso, funcional, considerado na poca o melhor do pas entre os seus congneres ferrovirios. 2 Actividades Autrquicas 2. 1 Jos Duarte Coelho1 Foi um dos grandes impulsionadores da cidade do Entroncamento. Fez parte da primeira Junta de Freguesia e foi o segundo presidente da Cmara Municipal do Entroncamento. Fundou a Corporao dos Bombeiros Voluntrios do Entroncamento, mandou construir o Edifico dos Paos do Concelho e foi presidente de vrias associaes humanitrias, entre elas a Casa de Proteco aos Indigentes. Tomou posse do cargo da presidncia da Cmara, em 1947. Natural da Ribeira de Santarm veio para o Entroncamento onde trabalhou como funcionrio da C.P. e onde devotou toda a sua energia para o bem-estar da cidade. Enquanto presidente da Junta de Freguesia, cargo que ocupou de 1926 a 1945, realizou as seguintes obras: construo do Jardim Parque Dr. Jos Pereira Caldas; construo do cemitrio; construo do edifcio do Mercado Dirio, com 26 estabelecimentos; construo do edifcio de proteco aos Indigentes; construo de duas escolas primrias; montagem da rede elctrica com extenso de 16 km; montagem da rede de abastecimento de gua; construo dos fontanrios artsticos no Largo das Vaginhas, na Rua Elias Garcia e do actual

1

Figura 13

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largo 24 de Novembro de 1945; construo do edifcio da sede da Junta de freguesia (actual edifcio dos Paos do Concelho)

2.1.1 Edifcio do Mercado Municipal1 O edifcio, aquando da sua construo, foi delineado de forma simples, com linhas sbrias, uma vez que se destinava a fins utilitrios. Foi mandado construir pela Junta de Freguesia. O estilo dominante do edifcio enquadra-se, perfeitamente, nas obras do Estado Novo. Dentre a vasta obra produzida pela Junta de Freguesia, avultam aos nossos olhos deslumbrados, o sumptuoso edifcio do Mercado Dirio de construo metlica e linhas arquitectnicas, a um tempo simples e impressionantes, jeito pela Casa Dargent de Lisboa; (..). 2 No "Contracto para a construo do Mercado no Entroncamento", celebrado entre a Junta de Freguesia do Entroncamento e a Casa Dargent, pode ler-se a memria descritiva onde se caracteriza o estilo do monumento em questo: O projecto a que se refere a presente memoria descritiva consta de um edifcio destinado a Mercado que a Junta de Freguesia do Entroncamento vae mandar construir na referida vila, para utilizao das suas freguesias: Este edifcio, de forma rectangular, tem quatro frentes ficando a principal voltada ao longo da estrada da Barquinha, com um desenvolvimento de vinte e um metros, e as laterais com um desenvolvimento de trinta e sete metros e meio. A superfcie coberta da construo, na sua totalidade mede setecentos e oitenta e sete e meio metros quadrados. Todo o sistema desta construo tem a sua base de segurana numa ossatura metlica composta de montantes fixados por chumbadores aos blocos de fundao em beton. Sobre estes montantes sero urdidas todas as ligaes de frechaes e linhas de contraventamento, onde devero desenvolver as asnas metlicas dos corpos cobertos revestidos por chapa ondulada de fibrocimento.1 2

Figura 14 A Obra da Junta de Freguesia in revista Terras de Portugal, n 45 Abril de 1933, p.11

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A parte propriamente - edifcio - destina-se a estabelecimentos, os quais so em nmero de vinte e seis, independentes uns dos outros, medindo de fundo dois metros e sessenta centmetros, e perfazendo uma superfcie de trezentos e quinze metros quadrados. Interiormente fica, portanto, uma grande rea com trinta metros por quinze, ou seja de quatrocentos e cinquenta metros quadrados, que se destina aos lugares de venda. A sua iluminao fica assegurada por um lanternim no corpo central da cobertura e na diferena de plano havida entre este corpo e os laterais. O p direito das lojas em todo o permetro do edifcio ser de trs metros e cinquenta centmetro. O cunho de severidade procurado nas linhas arquitectnicas da fachada principal, oculta a singeleza e economia deste sistema de construo e caracteriza-o para o fim a que destinado. No corpo central desta fachada ficaro dois estabelecimentos mais apropriados para em comum utilizarem um servio comercial permanentemente no vestbulo que lhe ficar privativo depois do levante da praa. O s portes confeccionados em ferro de serralharia artstica interceptam os interiores do mercado no lado posterior dos estabelecimentos. As fachadas laterais e posterior so de grande simplicidade, em harmonia com a fachada principal, mais cuidada, como no podia deixar de ser, e imposta pelo principio de economia e simplicidade decorativa, de boa proporo e equilbrio das diferentes partes da construo.1 O projecto do edifcio do Mercado Dirio do Entroncamento foi entregue pela Casa L. Dargent, ou Construtora Moderna, Lda., a algum dos arquitectos que trabalhavam para estas firmas, mas cujo nome se desconhece. Foi inaugurado no dia 11 de Novembro de 1930. 2.1.2 Fonte Monumental2 O chafariz foi edificado pela A Construtora Moderna, Lda, de Pedrouos.1 2

Batista, Lus M. Preto in O edifcio do Mercado Municipal, hoje, Centro Cultural do Entroncamento 2005, pp. 14-16 Figura 15

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Esta obra foi inaugurada no dia 15 de Novembro de 1931, graas aos esforos da Junta de Freguesia e do seu presidente Jos Duarte Coelho. O projecto de autoria do Eng Henrique Sequeira. O presidente da Junta refere: Construiu-se o chafariz () do largo da Feira Mensal de Gados () projecto do () engenheiro Sequeira () tudo por arrematao da Empresa Construtora de Pedrouos, cuja boa vontade nos tem premitido () a realizao da nossa obra1. O chafariz tinha bebedouros para os animais que o rodeavam, excepto ao lado sul. No plano superior, a que se acedia por degraus, encontravam-se as torneiras, viradas para os quatro pontos cardeais. O chafariz foi destrudo nos anos 70 aps a queda do estado novo. Desconhecem-se as razes 2.1.3 Jardim Parque2 Foi mandado construir pela junta de freguesia do Entroncamento. A sua construo foi iniciada em Janeiro de 1934, em terreno cedido pela ilustre Casa Cadaval, tendo sido concludo e inaugurado em Maro de 1935. O jornal O Sculo de 28 de Maio de 1935 faz referncia a esta obra da junta de freguesia nos seguintes termos: () compe-se () de uma torre de 18 metros de altura, que serve de miradouro e de depsito de gua. Num dos pavimentos, fica a Casa das Avencas e noutro o pavilho de venda de refrigerantes, dces, etc. No lado oposto funcionam as instalaes higinicas e o gabinete para senhoras e, do lado norte, montou-se um dispositivo para cinema, music-hall, etc.. Ao centro do parque, ergue-se um coreto de linhas modernas, de cimento armado, e, por duas entradas laterais, estabeleceu-se o acesso a um subterrneo, onde funciona a estufa-fria cujas linhas arquitectnicas inspiradas no estilo oriental, so elegantssimas. De uma grande taa, corre gua em abundncia, para um lago, em que h tamboretes e colunas, com as suas1 2

In Terras de Portugal, p.11 Artigo intitulado A Obra da Junta de Freguesia. Figura 17

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bancadas de flores formando tudo um conjunto dos mais atraentes. Uma gruta denominada de Abrao, caprichosamente ornamentada, completa o conjunto de recintos destinados diverso, aos quais h acrescentar o que se destina especialmente infncia, onde as crianas encontram inmeras distraces prprias da sua idade.1 2.1.4 Chafariz das Vaginhas2 O Chafariz das Vaginhas foi projectado por encomenda da Junta de Freguesia do Entroncamento. O projecto de Cottinelli Telmo, o trabalho de clculo e distribuio de ferro do engenheiro Sousa Nunes, no seu tempo Chefe de Diviso de Via e Obras e a construo ficou a cargo do engenheiro Sequeira. O chafariz foi construdo em cimento armado, tem um depsito com capacidade de 6000 litros, o qual est assente sobre trs colunas. Sob o depsito, ao centro, figura um tronco de cone encimado por uma esfera e sobre esta dois trites. Foi inaugurado em 23 de Junho de 19333.

2.1.5 Igreja Matriz4 A 7 de Novembro de 1937 o Cardeal Patriarca de Lisboa, na sua primeira visita ao Entroncamento (que ainda no era parquia), lanou a primeira pedra daquela que seria a Igreja Matriz do Entroncamento. As obras comearam no dia 2 de Fevereiro de 1938. Para a sua construo foi constituda uma Corporao Fabriqueira, de modo a angariar fundos. O seu custo foi de cerca de 600 contos. Desta Corporao faziam parte o Pe. Martinho Gonalves Mouro, D. Antnio da Cunha e Lus Falco de Sommer. Contriburam tambm as Sras. D. Branca Falco de1 2

O jornal O Sculo de 28 de Maio de 1935, p. Figura 16 3 Poitout, Manuela in Revista Foguete- Cottinelli Telmo na C.P. A sua obra no Entroncamento n 4 2003, pp. 2 4 Figura 18

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Sommer d`Andrade, D. Fernanda Falco Sommer de Melo e D. Maria Isabel Falco Trigoso. A C.P., o Estado Novo e o Sr. Cardeal Patriarca tambm deram a sua contribuio. A igreja foi construda em terreno cedido para o efeito pela Quinta da Ponte da Pedra, na pessoa da D. Maria Isabel Falco Trigoso. O projecto foi concebido pelo Dr. Ruy d'Andrade, arquitecto amador, tendo sido o autor oficial o arquitecto Raul Caeiro. Dirigiram as obras o arquitecto Antnio Lino e o Eng. Amrico Macedo1. 2.1.6 Proteco aos indigentes2 Foi mandado construir pela Junta de Freguesia, tendo sido inaugurada em 9 de Maio de 1943. Tinha como finalidade servir refeies dirias, almoos e jantares a todos os necessitados que ali comparecessem. As refeies eram servidas por um grupo de senhoras que prestavam voluntariado, revezando-se diariamente. A instituio vivia de uma pequena quotizao e do auxlio do estado. A casa Sommer contribua todos os meses de Maio com um donativo. O presidente da direco, seu fundador e dinamizador era Jos Duarte Coelho3. 2.1.7 Edifcio dos Correios4 No mbito dos projectos de modernizao e implementao de novas estruturas, o Estado Novo iniciou o processo de construo dos edifcios dos C.T.T, entre outros. Os projectos tipo, que garantem a autonomia das trs funcionalidades dos edifcios atendimento ao pblico, servios tcnicos e casa do gerente - prevem1

A Hora Jornal Ilustrado. Edio especial do XXIII Aniversrio do Concelho do Entroncamento, 24 de Novembro de

19682 3

Figura 19 A Hora Jornal Ilustrado. Edio especial do XXIII Aniversrio do Concelho do Entroncamento, 24 de Novembro de

1968 pp.4

Figura 20

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duas hipteses de alados, um moderno e outro regionalista. Estes projectos eram sujeitos aos pareceres de Raul Lino1 que considerava este estilo, por um lado apropriado ao gnero de servio a que so destinados e, por outro lado, extemporneos, quando aplicado na proximidade da tradicional. O edifcio dos C.T.T do Entroncamento enquadra-se no modelo regionalista, usa tijoleira vista, beirado portugus, varandas e janelas de arco redondo. inaugurado em 1943 e sofreu obras de ampliao na dcada de 90, segundo a traa original. Foi a segunda sede dos Correios no Entroncamento2. 2.1.8 Sede da Junta3 Em Outubro de 1936 a Junta de Freguesia do Entroncamento iniciou a construo de um edifcio que servisse de sede mesma. Devido a carncias de toda a ordem motivadas pelo conflito que o mundo atravessava 2 Guerra Mundial (1939-1945) o edifcio s viria a ser concludo em 28 de Julho de 1946. A essa data j existia o Conselho do Entroncamento 24 de Novembro de 1945 o edifcio passou a ser a sede da Cmara Municipal. O projecto foi de autoria do Eng. Henrique Sequeira. O projecto grandioso para a poca, seria alm de sede da Junta de Freguesia, abrigaria tambm a Corporao de Escuteiros, Bombeiros e registo Civil4. 2.1.9 Edifcio da P.S.P5 O edifcio da P.S.P. foi inaugurado a 16 de Maio de 1948. As caractersticas do edifcio vo de encontro ao estabelecido na poca pelo estado novo. Os projectos tipo propostos nos aspectos construtivos, opta-se1

Raul Lino e Rogrio de Azevedo foram contratados pela DGEMN (Estado Novo) para elaborar os Projectos tipo

Regionalizados .2

O Sculo, Numero Extraordinrio Comemorativo do Duplo Centenrio da Fundao e Restaurao de Portugal

Setembro de 1940, pp. 61-773 4

Figura 21 A Hora Jornal Ilustrado. Edio especial do XXIII Aniversrio do Concelho do Entroncamento, 24 de Novembro de

19685

Figura 26

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pelo beto armado, pelo bloco de beto e pela alvenaria de pedra rija, procurando conciliar eficcia e economia, e os aspectos da linguagem, nem de estilo clssico, nem de estilo moderno, apenas de acordo com os critrios de proporo e do equilbrio.

2.1.10 Bairro Frederico Ulrich1 A existncia de diferentes categorias de casas econmicas, permitia uma hierarquizao social bem marcada na estrutura urbana. No caso do Entroncamento podemos exemplificar esta hierarquia relativamente aos Bairros Salazar e ao Bairro de casas econmicas Frederico Ulrich, este destinado s classes mais desfavorecidas. O Bairro Frederico Ulrich praticamente concludo em 1955, composto por 120 moradias, geminadas duas a duas, algumas com dois pisos. Cada habitao tem casa de jantar, 3 quartos, cozinha e w.c. Foi construdo pela Cmara Municipal em parceria com o estado, includo no programa de habitao social do Estado Novo que tinha como apologia habitao individual para todos2.

2.1.11 Bairro Liberdade3 O programa de habitao social do Estado Novo fez a apologia da habitao individual, em oposio aos imveis colectivos, j comuns em outros pases europeus, que eram considerados como um perigo para a ordem social e contrrio maneira de ser do povo portugus. As casas econmicas eram promovidas pelo Estado em colaborao com as Cmaras Municipais, entre outros.1 2

Figura 25 O Sculo, Numero Extraordinrio Comemorativo do Duplo Centenrio da Fundao e Restaurao de Portugal

Setembro de 1940, pp. 61-773

Figura 24

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A

interveno

do

Estado

neste

programa

habitacional

consistiu,

fundamentalmente, na concesso de facilidades na aquisio de terrenos, iseno de impostos e emprstimos com taxas de juro baixas, amortizveis a longo prazo As tipologias habitacionais eram as casas individuais, com jardim e quintal, como so exemplos, o bairro da Liberdade (Dr. Oliveira Salazar) inaugurado em 1955. Constitudo por 102 moradias cuja organizao obedece a uma malha ortogonal onde se dispem as casas individuais geminadas de dois pisos, tendo cada uma delas no andar trreo hall, sala de jantar, cozinha e no 1 andar 2 quartos e w.c.. Todas possuem um pequeno jardim que as separa da rua bem como um quintal nas traseiras do edifcio1. 2.1.12 Santa Casa da Misericrdia A construo do Hospital do Entroncamento foi possvel devido aco de Jos Duarte Coelho mais os elementos de uma Comisso Administrativa da Mesa da Misericrdia que iniciaram os preparativos para a construo do edifcio. Assim, foi construdo o Hospital, apetrechado com o mais moderno material. Subsidiado pelo estado, pela Cmara Municipal e pela aco benemrita de Jacinto Marques Agostinho e pela ilustre Casa Sommer, a obra custou no total 526 contos. O Hospital foi inaugurado a 27 de Novembro de 1955, dia em que se realizou um Cortejo de Oferendas, cujos resultados financeiros permitiram que a 2 de Janeiro do ano seguinte a Santa Casa abrisse as portas do seu Hospital para iniciar a sua benemrita e necessria aco. 2.2 Joaquim Marques Agostinho2 Exerceu o cargo de administrador do Concelho da Barquinha, no qual a freguesia do Entroncamento estava integrada, antes da criao do prprio1

O Sculo, Numero Extraordinrio Comemorativo do Duplo Centenrio da Fundao e Restaurao de Portugal

Setembro de 1940, pp. 61-772

Figura 22

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concelho. Demonstrando bastante capacidade para o cargo, foi indicado por Jos Duarte Coelho para a 1 presidncia do municpio. Logo aps a elevao da vila a sede de concelho, uma das primeiras medidas a ser implementada, foi a criao do Braso de Armas. Face gnese da vila teria de simbolizar o mais expressivamente a criao de uma terra nascida no caminho de ferro. Nos poucos anos que Jacinto Marques Agostinho esteve na presidncia de destacar a sua actividade no campo privado, no qual atravs da sua firma Jacinto Marques Agostinho & Filhos, devidamente modernizada, possibilitou a criao de novos postos de trabalho, ajudando assim a fortalecer a economia local. Tambm se destacou por ter um esprito aberto, mesmo nas mais generosas iniciativas. Foi somente presidente cerca de dois anos, por questes de sade, no ano de 1947 foi forado a abandonar o cargo, acabando por falecer a 12 de Dezembro de 19491.

2.2.1 Braso2

Uma vez criado o Concelho e elevada a Vila a esta categoria administrativa, compete-lhe por direito, Braso de armas, Selo e Bandeira. Trata-se evidentemente de smbolos: signo, espcie de emblema ou representao de alguma coisa moral, por imagens ou por representaes de coisas naturais3 . Assim, e como o smbolo uma criao do Homem ... 4, havia necessidade de criar algo absolutamente indito: um braso inteiramente novo, com peas novas que nunca tenham sido aplicadas em herldica, mas que simbolizem de uma forma especial a criao duma povoao nascida do progresso, do sistema e meios de comunicao que os tempos modernos nos1

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Figura 23 Alleau, Ren A Cincia dos Smbolos Edies 70 Lisboa, 1976 pp.27 4 Lima, Mesquitela Antropologia do Simblico Editorial Presena Lisboa, 1983 Cap.III pp.37

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trouxeram. Trata-se ento de algo relacionado com os Caminhos de Ferro, pois o Entroncamento surgi graas a eles, da ser considerado como uma Vila sobre Carris. Elegeu-se como smbolo o mais apropriado, o disco de sinalizao que, pela sua forma circular, era o mais indicado para o preenchimento do centro do escudo. A sua figurao significativa de frente, o sinal de paragem do comboio, eminentemente apropriado para representar uma localidade que, por ser um entroncamento, implicava a paragem de todos os passassem. As armas de negro, com um disco de sinalizao, fechado de vermelho, orlado de prata, hasteado a ouro, entre dois perfis de carril. Coroa mural de prata de quatro torres. A bandeira esquartelada de vermelho e branco, tendo no centro o escudo das armas. Listel de prata com os dizeres entroncamento, em caracteres de negro. Haste e lana dourada. Cordes e borla de prata e vermelho. O selo circular com as peas do escudo soltas e sem a indicao dos esmaltes, tendo volta as palavras Cmara Municipal do Entroncamento comboios que por ela

2.3 Manuel Pedroso Gonalves1 Sucedeu a Jos Duarte Coelho no dia 12 de Janeiro de 1960. A par das funes que exercia como presidente era tambm chefe da Manuteno Militar e professor de Matemtica no Externato Mouzinho de Albuquerque. Durante a sua presidncia procedeu ao projecto de ampliao de dois edifcios escolares, foram denominadas 25 ruas e colocados os nmeros de polcia na maioria dos arruamentos da vila, foi ampliado o cemitrio. O jardim parque passou a ter iluminao e procedeu execuo de um monumento ao Infante D. Henrique, comemorativo do 5 aniversrio da sua morte.

1

Figura 27

57

A 1 de Agosto de 1961, por motivos da sua vida profissional, pediu exonerao do cargo de presidente ficando a partir desta data a ocupar o cargo o vice-presidente Raul Matos Torres.1

2.3.1 Infante D. Henrique2 O governo da nao quis comemorar condignamente o V centenrio da morte do Infante D. Henrique ao qual o nosso municpio aderiu. O busto de autoria de Ablio Meireles, foi erguido por subscrio pblica com patrocnio da Cmara Municipal. 2.4 Eugnio Dias Poitout3 Tomou posse do cargo de presidente da Cmara Municipal em 15 de Janeiro de 1962, tendo sido reconduzido ao mesmo em 1966. A sua aco ultrapassou o que os mais optimistas poderiam esperar. Num curto espao de tempo realizou obras extraordinrias para o desenvolvimento da urbe. Durante a presidncia que ocupou durante dois mandatos, procedeu s obras de ampliao das escolas primrias, do bairro novo e do jardim parque. Iniciou a construo da parte nova do Bairro da Liberdade, num total de 100 moradias. Foi a atravs do esforo desenvolvido por Eugnio D. Poitout, que foi possvel a instalao da Escola Tcnica de Tomar plo do Entroncamento, que durante a sua existncia teve como instalaes, sempre, provisrias a escola primria junto ao Bairro da liberdade. Contribuiu para a construo do cine teatro. Inaugurou a biblioteca municipal.1

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Figura 28 Figura 29

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A obra de grande vulto que realizou, com grande importncia para a vida da vila foi a construo do viaduto, ligando a vila que se encontrava separada pelas linhas de caminho de ferro. Realizou o projecte para o parque do Bonito, entre outras obras de grande importncia para a evoluo da localidadeAntes de ocupar o cargo de presidente, dirigiu colectividades desportivas e recreativas, os escuteiros locais, fez parte dos corpos gerentes da imprensa local, nomeadamente do jornal O Entroncamento, e foi durante onze anos presidente da Junta de Freguesia do Entroncamento.1

2.4.1 Cine -Teatro2 Esta sala de espectculos foi inaugurada no dia 24 de Novembro de 1965. O espectculo inaugural foi realizado pela Companhia Nacional de Teatro, com a pea vicentina Farsa de Ins Pereira, precedida por uma evocao vicentina de David Mouro Ferreira. A sala de espectculos foi construda pela sociedade formada por Albano Gonalves Nabo, Rodrigo da Silva e Jos Reprezas Godinho. Alm de possibilitar ao pblico do Entroncamento espectculos teatrais realizados por algumas das melhores companhias nacionais, tais como as de Laura Alves, Henrique Santana, Ribeirinho, entre outros, apresentava normalmente espectculos trissemanais de cinema, tanto nacionais como estrangeiros. 2.4.2 Viaduto Eugnio Dias Poitout3 Uma das grandes obras realizadas pela gide de Eugnio Dias Poitout, foi o viaduto sobre as linhas dos caminhos de ferro.1

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Figura 32 Figura 31

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At dcada de 60 , existia uma passagem de nvel que cortava a estrada nacional n 3 sempre que o transito ferrovirio assim o exigia. Era um problema que implicava graves consequncias tanto para a ligao interna da vila como para o enorme transito de longo curso que por aqui forosamente tinha que passar. O transito chegava a estar interrompido por perodos que atingiam com grande frequncia 45 minutos ou mais. A obra do viaduto iniciou-se em 1966 tendo sido concluda em 1970. 2.4.3 Biblioteca Municipal1 A Biblioteca Municipal do Entroncamento foi fundada em 29 de Maio de 1965. Instalada na Rua 5 de Outubro teve desde o incio a valorosa colaborao da Fundao Calouste Gulbenkien, que em harmonia com a cmara municipal, no deixaram de prestar o seu apoio para a cultura popular.

3 Actividades econmicas 3.1 Industria 3.1.1Antnio Silva & Filho, Ld Formada na dcada de 20, dedicava-se no s ao comercio de cortia, mas tambm extraco de casca de sobreiro, ao fabrico de Vinagres, venda de azeite dos seus lagares, bem como de vinhos e seus derivados e ainda de cascas de sobro para curtimentos de couro, entre outros. Tinha sede social na rua D. Carlos sendo constituda pelo proprietrio Antnio Silva e Arnaldo Silva, seu filho e scio.2

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Figura 33 A Hora Jornal Ilustrado. Edio especial do XXIII Aniversrio do Concelho do Entroncamento, 24 de Novembro de

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3.1.2 Fbrica de Refrigerantes Bayia Pirolito Anterior dcada de 40, no local onde hoje se encontra o edifcio da Cmara Municipal do Entroncamento, existia uma fbrica de refrigerantes propriedade dos irmos Freire. Um dos produtos comercializados eram os famosos e j desaparecidos Pirolitos, um refrigerante de garrafa com uma espcie de sobre-tampa de plstico, mas que deixava passar o lquido. A bebida era pois consumida, aos pirolitos. Com a construo da Junta, a fbrica Bahia passou as suas instalaes para a zona antigamente referenciada de Poo Novo (ao p do Largo 24 de Novembro). Da que a fbrica tenha sido conhecida como a fbrica dos Pirolitos do Poo Novo. A fbrica hoje j no existe, desconhecendo-se a data e as razes da sua extino.1 3.1. 3 Construtora Joo Henriques Com sede na Rua 31 de Dezembro, foi exemplo flagrante da persistncia e vontade firme do seu nico proprietrio Joo Henriques. Iniciou a sua actividade como estucador de grande qualidade, possua grande vontade de ser independente. Tomou de empreitada alguns trabalhos, entre eles o Quartel da Escola Prtica de Engenharia, Hotel Astria de Monfortinho, Cinemas de Castelo Branco, Abrantes, Alcanena, Caixa Geral de depsitos da Covilh, escola Industrial de Setbal entre outros. Conseguiu mais tarde concretizar o seu sonho criando a Construtora que tem o seu nome. Esta casa levou a efeito vrias obras de grande vulto em estradas e edifcios como por exemplo a Direco da Arma de Engenharia, Comisso Administrativa das Novas Instalaes para as Foras Armadas, Companhia Unio Fabril e vrias Cmaras Municipais. 3.1.4 Sociedade de Construes Valura

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Batista, Lus Miguel Preto, in O Edifcio do Mercado Municipal, Hoje, Centro Cultural do Entroncamento, p. 58

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Foi fundada em 1945, propriedade de Vasco Esteves Ramires e Antnio Ferreira, tinha a sede e armazns no Entroncamento na Praa Marechal Carmona. Possua armazns de depsito de materiais e de venda ao pblico distribudos pelo pas. Na dcada de 60 tinham ao seu servio 200 operrios e dez empregados de escritrio, tendo iniciado a sua actividade com dez operrios verifica-se o incremento e o sucesso que a empresa registou num curto espao de tempo. A companhia dedicava-se a obras de construo civil, sendo uma das mais conceituadas do pas, tendo sido a responsvel, na poca pela construo da Companhia Nacional de Electricidade, da Hidroelctrica do Zzere, pela Sonorte, entre outros.1 3.1.5 Casa Adelino Barbosa Fundada em 1918, fornecia os mais diversos materiais, desde material hospitalar at construo civil. O seu estabelecimento encontrava-se bem fornecido de ferragens, produtos de drogaria, mobilirio, artigos electrodomsticos, materiais de construo, vidros, loias, azulejos, mosaicos, cimentos, entre outros. Esta casa situava-se na Rua 5 de Outubro e o seu material encontrava-se exposto nas suas amplas montras, ocupando uma rea de 600 m 2, empregando na dcada de 70 cerca de 30 funcionrios.2 3.1.6 Fbrica das Malhas Ilda Fundada em 7 de Maro de 1953 pelo Sr. Arlindo Freitas Gonalves. Utilizavam ls e fibras artificiais de excelente qualidade, na confeco dos seus artigos. Conquistou logo de incio o mercado nacional, sendo construdo um novo

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edifcio na Rua 31 de Janeiro, ocupando uma rea superior a 800 m 2 .Em 1968 tinha mais de 40 empregados.3 Fechou a portas em 2004 3.1.7 Jos Marques Agostinho, Filhos & C. Estabeleceu-se no Entroncamento em 1900, iniciando a sua actividade no negcio de compra e venda de peles, ls, cereais, vinhos e seus derivados. Com o decorrer dos anos o negcio foi prosperando e a partir de 1929 com a entrada dos filhos para a sociedade, passaram a ser agentes centrais da Shell, representavam a banca. Introduziram os seus produtos vinhos e derivados - no Ultramar e no estrangeiro. Construram e iniciaram a fabricao do ainda comercializado Vinagre Cristal, assim como do famoso espumante Magos. Eram detentores da estao de servio e posto de abastecimento de gasolina e leos, ainda hoje a funcionar. Criaram filiais no Porto, vora, Santarm, Beja entre outros. Em 1968, registavam 250 empregados de escritrio e oficinas, 3 caixeirosviajantes, hoje denominados vendedores para a venda de vinhos e seus derivados, 6 comissionistas com o mesmo fim e 3 viajantes para a representao dos produtos Shell. Possuam 9 camies de mercadorias e 9 fourgonettes para transporte de abastecimento a clientes.2 Ainda hoje se encontra a laborar.

3.1.8 SONORTE, S. A. R. L Tendo comeado as suas actividades no Porto, deslocou-se para o Entroncamento em 1961. As instalaes ocupavam uma rea de 8 000 m2 e o terreno um total de 100 000 m2.3 2

Idem A Hora Jornal Ilustrado. Edio especial do XXIII Aniversrio do Concelho do Entroncamento, 24 de Novembro de

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A sociedade dedicava-se especialmente construo metlica pesada, incluindo reservatrios, tubagens, pontes rolantes, estruturas metlicas pesadas entre outros. Possua tambm uma seco de mobilirio metlico Rena. Especializada em trabalhos de alumnio, exportando os seus produtos para as plataformas petrolferas, sendo uma das fbricas mais conceituadas do pas.1 3.1.9 Compal Companhia Produtora de Conservas Alimentares, S.A.R.L. Fundada em 1952, dedicava-se conservao e transformao de frutos e produtos hortcolas, bem como desidratao e fabrico de sumos naturais e polpas de frutos a que destinava grande parte da sua actividade. A sua fbrica instalada no Entroncamento, ponto intermdio entre as zonas de Abrantes, Chamusca e Goleg, beneficiava da fertilidade dos referidos produtos. A Compal no limitava a sua aco ao mercado nacional, mas tambm a mercados estrangeiros. Assim, conquistou os mercados de Inglaterra, Noruega e Canad entre outros. As provncias ultramarinas beneficiaram tambm dos excelentes processos de desidratao da empresa, que faziam chegar os produtos dos nossos campos, em boas condies de consumo. Circunstncias de mercado e de conjuntura, conjugadas com a falta de recursos para o seu desenvolvimento, exigiram o reforo de capitais, procurandose para o efeito sinergias mais vastas com um grande grupo empresarial, verificando-se, em 1963 a integrao da Compal, no maior grupo econmico portugus da altura, a CUF, facto que permitiu de imediato o reforo de capitais da empresa, o recurso ao crdito e a construo de uma unidade fabril em Almeirim, onde gradualmente se concentrou toda a actividade produtiva.2 3.1.10 Empresa de Madeira Progresso1 2

Idem A Hora Jornal Ilustrado. Edio especial do XXIII Aniversrio do Concelho do Entroncamento, 24 de Novembro de

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Fundada em 1920, explora nessa altura os ramos industriais de serrao e caixotaria. No entanto a partir de 1940, a sua actividade industrial foi acrescida com o ramo de carpintaria, acentuando bastante o seu desenvolvimento. Conquistou gr