Percuso da exposição sobre a evolução das telecomunicações

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    Percursos das Comunicaes em PortugalVENCER A DISTNCIA

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    UM TEMPO VERTIGINOSO

    A viagem no tempo vertiginoso da evoluo

    das telecomunicaes comea com o tel-grafo visual e acaba, por agora, no satlitede ltima gerao. O desejo humano, sempreinsatisfeito, de comunicar mais rpido, maislonge, maior quantidade de informao e deum modo mais eficaz e mvel determinou

    decisivamente a inveno de sistemas de tele-comunicaes cada vez mais sofisticados, aoponto de hoje imagem, voz e texto poderemser enviados de um simples aparelho mvel,o popular telemvel. Apesar desta extra-ordinria revoluo, h quem garanta que

    estamos apenas na infncia do potencial dastelecomunicaes.

    Enlace das linhas telefnicas portuguesas sespanholas na fronteira Marvo Valncia de

    Alcntara em 10 de Maio de 1928

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    MonculodeMarinha,1.meta

    dedoSc.XIX

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    01) TELEGRAFIA VISUAL

    semelhana do que aconteceu com a maiorparte dos pases ocidentais, a modernidadedas telecomunicaes em Portugal comeoucom o telgrafo visual.A telegrafia visual foi desenvolvida nos finais

    do sculo XVIII, em Frana, pelos irmosChappe. O dispositivo assentava num sistemade telgrafos colocados a distncias regularese em pontos de grande visibilidade que medi-ante posies convencionais possibilitavam apassagem de mensagens codificadas. O siste-

    ma de telgrafo de palhetas ou de persianas,diferente do inventado pelos irmos Chappe,foi implantado em Portugal durante a GuerraPeninsular, e constituiu o modo mais eficazde transmitir mensagens no nosso pas nosanos seguintes.Uma caracterstica interessante da telegrafiavisual que ela foi criada e desenvolvida paraassegurar a Defesa do Estado e do territrio,e s muito pontualmente teve aplicao civil.At hoje, o mesmo se passa com quase todos

    os sistemas de comunicaes, da telegrafiaao satlite, passando pela Internet. A funoprimria sempre estratgica e militar, e sposteriormente a tecnologia introduzida nomercado civil.O telgrafo visual revelou desde logo grandes

    limitaes, no funcionando em condiesatmosfricas adversas, como as relacionadascom o nevoeiro, ou de noite. Era preciso inven-tar comunicaes mais eficazes.

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    Grupo fundador da estao telgrafo-postal

    de Portalegre, 1896

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    CENTRAIS TELEFNICAS

    Em 1930, ao mesmo tempo que a rede telefnicase espalhava pelo pas, Portugal recebia a primeira

    central automtica, de sistema Strowger, quepermitiu ligar 7500 linhas, em Lisboa. Em 1932,surgem as primeiras cabinas pblicas do estiloingls, em Lisboa e Porto.A necessidade de centrais automticas especficaspara a realidade portuguesa levou ao estudo e

    T

    elefonedeMesaBram

    o,1879

    T

    elefoneSiemens,tipo

    coluna,1930

    TelefonedePared

    ePeelConner,1904

    ComutadorTelefo

    nicoSiemens,OB2600

    ,

    inciodoSc.XX

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    03) TELEFONIA

    Em 1876, Alexander Bell regista a patente

    de um invento a que d o nome de telefone.Um ano depois, fazem-se as primeiras expe-rincias de comunicao por este meio emPortugal, entre Lisboa e Carcavelos. O entu-siasmo era to grande que, em 1877, o ReiD. Lus assistiu a uma ligao, e, mais tarde,

    foi o primeiro monarca europeu a estar ligado rede pblica.Em 1882, inauguram-se as primeira redes p-blicas, em Lisboa e no Porto, cuja exploraofoi entregue empresa inglesa Edison GowerBell European Ltd. Cinco anos mais tarde, o

    Estado portugus autorizou a cedncia daexplorao das redes Anglo-PortugueseTelephone, que foi a concessionria da redeat 1967, quando finalmente surgiu a empre-sa Telefones de Lisboa e Porto (TLP), quena dcada de 90 foi integrada na PortugalTelecom.A par do telefone, outro sistema de telecomu-nicaes comeou a ganhar popularidade namesma altura.

    criao de uma primeira central, a ATU-52, em 1952,com a capacidade de ligao de 42 assinantes, aque se seguiram centrais cada vez mais evoludas,e com maior capacidade de trfego, todas elas con-

    cebidas por tcnicos nacionais, at chegada dascentrais digitais, j na dcada de 90.Na exposio, alguns exemplares de centrais auto-mticas esto activas, permitindo a visualizaointegral do percurso de uma chamada no circuitodas comunicaes telefnicas.

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    RDIODIFUSO

    A inveno de Marconi permitiu tambm a criaode um dos, ainda hoje, mais populares meios decomunicao e informao do mundo. A emissodo sinal de rdio para o pblico em geral comeouem 1920 e ainda hoje constitui um meio informativoe de entretenimento com penetrao em largos

    sectores da populao, especialmente em lugaresonde a televiso no chega, ou onde no acessvel.As primeiras emisses de rdio em pases domundo ocidental comearam logo em 1922, graasao entusiasmo de uma srie de amadores que

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    04) RDIO

    A rdio, principalmente o circuito criado por

    Marconi, revelou desde logo enormes poten-cialidades, dado que prescindia dos cabos,j que a mensagem transmitida por ondasmagnticas. Esta facilidade era extremamenteimportante para navios, e outros utilizadoresmveis, como so as unidades militares. Em

    Portugal, as primeiras experincias foramrealizadas em 1902. Em 1926, entrava emfuncionamento o Servio RdiotelegrficoInsular e Internacional, que permitiu ascomunicaes com os Aores, a Madeira, oUltramar e quase todos os pontos do mundo,

    desde que estes estivessem ligados s redesinternacionais.A rdio, a par do telefone, s seria superadadcadas mais tarde, com o surgimento de umdos instrumentos que deram incio chamadarevoluo das telecomunicaes.

    conseguiam enviar o sinal para uns escassosquilmetros em seu redor. No entanto, a recepodos ouvintes foi imediata e avassaladora, e o seudesejo de ouvir msica pelo ar levou criaodas primeiras estaes. Por sua vez, o facto de osouvintes estarem de modo permanente em buscade msica e informao fez com que as empresaspercebessem que o meio era um ptimo veculo

    publicitrio. A viabilizao das estaes ficouassegurada, e o modelo de rdio como difusor deentretenimento e informao mantm-se at hoje.Na exposio, poder conhecer e utilizar umestdio de rdio, semelhante aos operados pelasprincipais rdios portuguesas.

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    05) O SATLITE

    Os satlites, aparelhos geoestacionrios

    colocados no espao, permitem a recepoe envio de dados e imagem. A partir dos anos70, foi permitido o seu uso civil e cientfico,dada a rapidez e eficcia com que recebeme enviam mensagens de e para qualquerponto do mundo. O uso generalizado da trans-

    misso via satlite tambm uma resultantedo tratamento digital do sinal.

    A NAVEGAO AREA

    A informao proporcionada pelas redes de satlitespermitiu uma monitorizao e controlo do trfego

    areo a um nvel extremo de exactido. A qualquermomento, possvel saber onde est um avio,em qualquer lado do mundo. Na exposio, poderconhecer uma sala de controlo de navegao area,uma das actividades mais fascinantes e exigentesdo mundo.

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    A TELEVISO

    Os sistemas digitais permitiram igualmente umaevoluo extraordinria da caixa mgica, ou seja, dateleviso, o objecto mais popular em todo o mundo.A televiso percorreu velozmente o caminho que afaz ser hoje por direito prprio o meio por exceln-cia de difuso de imagens e mensagens para todoo mundo. A viabilidade tcnica da televiso foi obtidalogo em 1931, atravs de um sistema criado porum grupo de cientistas no Reino Unido. Em 1936,a popular BBC inglesa comeou a transmitir em alta

    definio, e a partir de 1941, a televiso comeou aser conhecida nos meios urbanos dos pases euro-peus mais desenvolvidos. No entanto, foi s a partirde 1946, com o fabrico em massa de televisoresfamiliares, que o cran mgico comeou a ganharo estatuto que tem hoje. A partir dos anos 60, ateleviso juntou ao seu principal trunfo, a difuso

    de imagens, a capacidade de transmitir em directo,e a juntar, na sua programao, informao e entre-tenimento, fixando um modelo que permaneceinultrapassvel at hoje. A partir da dcada de 80,as redes digitais de satlite e cabo aumentaramainda mais as capacidades da televiso, nomeada-

    mente a de transmitir em tempo real de qualquerlugar do mundo. Foi a derrota final da distncia.Na exposio, poder tomar contacto ao pormenorcom o modo como funciona um estdio de televiso,ficando a perceber como se obtm e difundem asimagens que todos os dias recebe no ecr.

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    06) A ERA DIGITAL

    A partir da dcada de 1980, tudo se precipi-

    tou no mundo das telecomunicaes, a pontode ainda hoje no sabermos bem o que esta acontecer. No fundo, a era digital foi provo-cada pela evoluo da microelectrnica, quepermitiu fabricar computadores e outrasferramentas electrnicas rpidos, fiveis e

    de preos acessveis ao consumidor. A partirdo momento em que estas mquinas se mos-traram capazes de processar quantidadesenormes de informao de modo veloz e eficaz,a porta estava aberta. Nas telecomunicaes,esta tecnologia permitiu fazer trs revolues

    fundamentais. A primeira foi a introduo dafibra ptica nos cabos telefnicos, aumentandodrasticamente a capacidade de transmissodas vias de comunicao. A segunda foi adigitalizao das redes, o popular sistemaRDIS (rede digital com integrao de servios),tornando-as mais fiveis, ligando muitosmais telefones, e capazes de processar infor-mao muito mais rapidamente.

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    A terceira foi, claro, a aplicao da tecnologiacelular no servio mvel terrestre, isto , no

    telemvel. Decerto j no nos recordamos,mas a princpio as redes de telemveis poucoalcance tinham. Hoje, at no metropolitano possvel falar. E, h poucos anos atrs, comu-nicava-se apenas com voz. Actualmente, coma terceira gerao, j se enviam voz, dados eimagem.

    verdade, a evoluo das telecomunicaes vertiginosa, mas os peritos garantem queestamos apenas no comeo.

    A ANACOM

    A Autoridade Nacional das Comunicaes (ANACOM) um dos mais antigos organismos reguladores daEuropa e do mundo, em actividade desde 1989. AANACOM garante a existncia de um ambiente delivre e s concorrncia nos mercados das comuni-caes. Enquanto as telecomunicaes se encon-tram totalmente liberalizadas desde o incio de2000, o sector postal est ainda em processo deliberalizao. Para o efeito, a ANACOM regula eacompanha o funcionamento destes mercados,

    intervindo sempre que detecta entraves con-corrncia e tendo sempre como objectivo a defesados interesses dos consumidores e dos cidados emgeral. No sector da exposio dedicado ANACOM,ter acesso a um conjunto alargado e actualizadode informao sobre as comunicaes em Portugal.

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    EndereoRua do Instituto Industrial, 161200-225 Lisboa

    Tel: 21 393 51 59/08Fax: 21 393 50 06N Verde: 800 215 216Email: [email protected]

    Servio Educativo (Visitas Guiadas)Tel: 21 393 51 59/08

    HorrioSegunda a Sexta das 10h s 18hSbado das 14h s 18h

    AcessosMetro: Estao Cais do Sodr (Linha Verde)Comboio: Estaes de Cais Sodr e Santos

    Preos

    Adultos 2,50 Euros

    Carto jovem, carto estudante,adultos com mais de 65 anos 1,25 Euros

    Crianas at aos 12 anos,

    grupos escolares e colaboradoresda ANACOM, CTT e PT grtis

    Parceiros Institucionais

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    MUSEU DAS COMUNICAES

    O Museu das Comunicaes, parte integrante

    da Fundao Portuguesa das Comunicaes,que tem a Autoridade Nacional de Comunica-es, os Correios de Portugal e a PortugalTelecom como instituidores, um espaocultural activo profundamente empenhado napartilha dos saberes das comunicaes e das

    tecnologias de ponta.

    A exposio permanente traa a histria doscorreios e das telecomunicaes at aosdias de hoje, e dispe tambm de um servioeducativo, que, na sua essncia, pretende

    ser um contributo para a formao de umasociedade do conhecimento em Portugal.

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    A eliminao da distncia e da geografia desde sempre o objectivo principal das tele-comunicaes e do correio. A necessidadede comunicar ao longe levou o homem a apli-

    car o seu engenho na criao de sistemase instrumentos que lhe permitissem enviarmensagens para lugares que de outro modolhe seriam inacessveis.

    Portugal foi envolvido desde o incio na revo-luo das telecomunicaes que ainda hojeest longe de ter um fim. A exposio Vencera Distncia, Cinco Sculos de Comunicaesem Portugal pretende mostrar de que modoos correios e as telecomunicaes se implan-

    taram e desenvolveram no nosso pas.

    A exposio assenta na exibio de peas eelementos iconogrficos, pela primeira vezreunidos no mesmo espao, representativosdo saber e da tecnologia nesta rea do

    engenho humano.

    textoJosVegar

    /designArneKaiser

    /impressoLouresGrfica