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Peregrinos da verdade, peregrinos da paz
Vigília de Oração sobre o Espírito de Assis em comunhão com os homens e as mulheres de boa vontade convocados por Bento XVI, para 27 de Outubro de 2011, em Assis, por ocasião do 25 aniversário do histórico encontro realizado em 1986, por vontade do beato João Paulo II.
A oração é o respiro da Igreja, é a sua grande necessidade. Quando organizamos uma jornada de oração não fazemos outra coisa se não manifestar o estado de saúde da Igreja que pode respirar, que respira, que reza. Que sabe que a sua força não vem da terra, mas de Deus». OSCAR ROMERO (†1980), Bispo de San Salvador.
Material: Cruz de São Damião, Bíblia e lamparina de Assis.
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G = guia.
INTRODUÇÃO – Do “Testamento” de S. Francisco G. Irmãos e irmãs, Francisco conta no seu testamento que no início da sua
conversão o Senhor me deu tanta fé nas igrejas, que assim simplesmente rezava e dizia:
T. Adoramos-‐te, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, aqui e em todas as tuas igrejas que estão no mundo, e te louvamos, porque pela tua santa cruz remiste o mundo? [FF].
G. Acolhamos com alegria a lâmpada que une todas as nossas fraternidades em oração por esta especial jornada e iniciemos com o cântico a nossa oração para invocar o dom da paz ...
Durante o canto são trazidos solene e processionalmente uma Bíblia e a lâmpada acesa …
CÂNTICO INICIAL – Faz de mim um instrumento da tua paz.
1. Ó Senhor, faz de mim um instrumento, faz de mim um instrumento da tua paz, / onde há ódio que eu leve o amor, /
onde há ofensa que eu leve o perdão. Onde há dúvida que eu leve a fé / onde há discórdia que eu leve a união / onde há erro que eu leve a verdade / aos aflitos que eu leve a esperança / onde há erro que eu leve a verdade / aos aflitos que eu leve a esperança.
Ref. Ó meu Mestre, dá-‐me um coração grande / que pr'o mundo seja gota de orvalho, / seja voz de esperança, uma boa manhã / para a vida de cada homem, / e com os últimos do mundo / eu caminhe em perfeita alegria, em alegria.
2. O' Senhor, faz de mim o teu canto, faz de mim o canto da tua paz / a quem está triste que eu leve alegria / na
escuridão que eu leve a luz. E' doando que se ama a vida / é servindo que se vive alegre / é perdoando que se
encontra o perdão / é morrendo que se vive para sempre / é perdoando que se encontra o perdão / é morrendo que se vive para sempre.
Ref.
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SAUDAÇÃO INICIAL -‐ da Carta a toda a Ordem, de S. Francisco C. Em nome da suma Trindade e da santa Unidade do Pai e do Filho e do Espírito
Santo. T. Ámen. C.: A paz, a caridade e a fé da parte de Deus Pai e do Senhor nosso, Jesus Cristo,
esteja convosco. T. Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo. G. No passado dia 1 de Janeiro, no final da oração do Angelus, Bento XVI anunciou o
desejo de solenizar o 25º aniversário do histórico encontro realizado em Assis no dia 27 de Outubro de 1986, por vontade do beato João Paulo II. Por ocasião de tal ocorrência, o Santo Padre desejou convocar, para 27 de Outubro, uma Jornada de reflexão, diálogo e oração pela paz e a justiça no mundo, deslocando-‐se como peregrino, à cidade de S. Francisco e convidando novamente a unir-‐se a este caminho os irmãos cristãos das várias confissões, os expoentes das tradições religiosas do mundo e, idealmente, todos os homens de boa vontade.
A Jornada tem como tema: ‘Peregrinos da verdade, peregrinos da paz’. Todo o ser humano é, no fundo, um peregrino à procura da verdade e do bem. Também o homem religioso permanece sempre a caminho em direcção a Deus: daqui nasce a possibilidade, aliás a necessidade de falar e dialogar com todos, crentes ou não crentes, sem renunciar à própria identidade ou cair em formas de sincretismo; na medida em que a peregrinação da verdade é vivida autenticamente, ela abre ao diálogo com o outro, não exclui ninguém e empenha a todos a ser construtores de fraternidade e de paz. A imagem da peregrinação resume portanto, o sentido do evento que se celebra: faz-‐se memória das etapas percorridas, desde o primeiro encontro em Assis, até ao sucessivo em Janeiro de 2002 e, ao mesmo tempo, dirige-‐se o olhar para o futuro, com o propósito de continuar, com todos os homens e as mulheres de boa vontade, a caminhar sobre a via do diálogo e da fraternidade, no contexto de um mundo em rápida transformação. S. Francisco, pobre e humilde, acolhe de novo a todos na sua cidade, tornada símbolo de fraternidade e de paz.
C. Irmãos, em cada seu sermão, antes de comunicar a palavra de Deus ao povo,
Francisco desejava a paz, dizendo: “O Senhor vos dê a paz!”. Esta paz ele anunciava sempre sinceramente a homens e mulheres, a todos quantos encontrava ou vinham ter com ele. Deste modo obtinha, muitas vezes, com a graça do Senhor, levar os inimigos da paz e da própria salvação, a tornarem-‐se eles mesmos filhos da paz e desejosos da salvação eterna. [1Cel 23]
Unamo-‐nos em fraterna oração com os homens de boa vontade reunidos em Assis, peregrinos da verdade e da paz, “para dirigir também os nossos passos nos caminhos da paz” (Lc 1,79).
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INVOCAÇÕES Ref. Laudate, omnes gentes, laudate Dominum. 2v L1. Bendito seja Deus, Pai do Senhor nosso Jesus Cristo: criou o homem e a mulher à
sua imagem e semelhança; depois da queda, misericordioso e benigno, imprimiu em Caim um selo de incolumidade, e colocou o arco-‐íris, como sinal perene, aliança entre si e cada homem sobre a terra.
Ref. L2. Bendito seja Jesus Cristo, Senhor nosso, Unigénito do Pai, anunciado pelos
profetas como Príncipe da paz, nascido de uma Mulher em Belém da Judeia: com o seu sangue reconciliou Abel com Caim, abateu o muro de separação e dos dois povos fez um só; ressuscitado dos mortos comunicou, como primeiro dom aos discipulos, a paz.
Ref. L1. Bendito seja o Espirito Santo, que é Senhor e dá a vida, consolador e fonte de
comunhão: no sinal esplendoroso da pomba consagrou no rio Jordão o Senhor Jesus para anunciar a todos os povos o ano da graça e da reconciliação; no Pentecostes, fogo ardente, resgatou Babel e deu, na pluralidade das línguas, a única verdade, fonte de vida.
Ref.
ORAÇÃO C. Deus nosso Pai, que estendes a todas as criaturas a tua paterna solicitude, faz
com que todos os homens, que têm uma única origem, formem uma verdadeira família, unida na concórdia e na paz. Por nosso Senhor Jesus, na unidade do Espírito Santo.
T. Ámen.
A oração continua com a recitação ou Canto de um salmo e um polisalmo…
REZAMOS O SALMO 67 Ref. Misericordias Domini, in aeternum cantabo. (2v) 1c. Deus se compadeça de nós e nos dê a sua bênção resplandeça sobre nós a luz do seu rosto;
pois na terra se conhecerão os vossos caminhos, * e entre os povos a vossa salvação. Ref.
2c. Alegrem-‐se e exultem as nações, † porque julgais os povos com justiça, * e governais as nações sobre a terra. Ref.
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T. A terra produziu os seus frutos. * O Senhor nosso Deus nos abençoa, Deus nos dê a sua benção * e chegue o seu temor aos confins da terra. Ref.
T. Glória… -‐ Ref. G. Da sabedoria da tradição franciscana, escutemos esta breve meditação de Santo
António, onde o próprio Cristo é apresentado como peregrino...
À ESCUTA...
DOS “SERMÕES” DE SANTO ANTÓNIO DE LISBOA O nosso Deus, o Filho de Deus, aquele que esperávamos, chegou, e no tempo da
tribulação, salvou-‐nos, e como um colono, um estrangeiro, um peregrino habitou a nossa terra e irrigou-‐a com a água da sua pregação. Ele foi como um viajante sem bagagem, isto é, imune de pecado; realizou o seu caminho porque “exultou como um atleta que percorre o caminho” (Sal 18,6); reclinou, por fim, a cabeça sobre a cruz quando disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46), e depois permaneceu encerrado no sepulcro três dias e três noites. Aqui é chamado “homem errante”, com base na avaliação dos judeus que o consideravam um vagabundo e inconstante. Por isso, quando disse: “Tenho o poder de oferecer a minha vida e de a retomar de novo” (Jo 10,18), “muitos deles diziam: Tem um demónio e está fora de si; porque é que lhe dais ouvidos?” (Jo 10,20). Por causa da condição de servo, que tinha assumido, parecia-‐lhes privado do poder de salvar. Mas Ele foi o “homem forte” que, com as mãos trespassadas pelos cravos, venceu o diabo. “Eis que a ti vem o teu rei, manso, montado numa jumenta” (Zc 9,9).
Esconjuramos-‐te, portanto, ó Jesus bendito: faz que também nós nos aproximemos a Jerusalém com o teu temor e com o teu amor. Reconduz-‐nos a ti da aldeia desta peregrinação terrena; repousa-‐te, tu, nosso rei, na nossa alma, para que juntamente com as crianças que escolheste deste mundo, isto é, com os apóstolos, sejamos tornados dignos de te glorificar, de te louvar, de te bendizer na cidade santa, na eterna bem-‐aventurança. Concede-‐no-‐lo tu, a quem seja dada honra e glória pelos séculos eternos. Ámen. E toda a alma fiel responda: Ámen!
Silêncio e depois oração do Polisalmo de São Francisco. G. São Francisco, homem de paz porque em comunhão com “Cristo nossa paz” (Ef
2,13), está de tal forma impregnado da Palavra de Deus, ao ponto de a saber reformular com arte e coração, para dar vida a uma nova oração de louvor …
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REZAMOS O POLISALMO – São Francisco, Ofício da Paixão do Senhor, FF 1c. Povos todos, batei palmas: aclamai a Deus com brados de alegria, porque o Senhor é grande e terrível,
o Rei soberano de toda a terra (Sal 46,2-‐3). 2c. Ele, nosso Pai e nosso Rei desde toda a eternidade,
mandou do alto o seu Filho dilecto: a trazer a salvação ao mundo (Sal 73,12).
1c. Alegrem-‐se os céus, exulte a terra, ressoe o mar e tudo o que ele contém, exultem os campos e quanto neles existe (Sal 95,11-‐12).
2c. Cantai ao Senhor um cântico novo: publicai entre as nações a sua glória; porque o Senhor é grande e digno e louvor (Sal 95,1-‐4).
1c. Dai ao Senhor, ó família dos povos, dai ao Senhor glória e poder; dai ao Senhor a glória do seu nome (Sal 95,7-‐8).
2c. Oferecei-‐lhe os vossos corpos, e carregai a sua santa cruz: realizai plenamente os seus mandamentos (cfr. Lc 14,27).
1c. Trema diante Dele a terra inteira: gritai a todos os povos que o Senhor é Rei.
2c. E subiu ao céu: e está sentado à direita de Deus, Pai santíssimo (Ef 4,10).
1c. Subiu ao mais alto dos céus, ó Deus; e a tua glória se difunda por toda a terra (Sal 56,12).
T. Glória… G. A paz pode ser um conceito, uma ideia, um valor, um fim, um instrumento, um
refém, um slogan …. A Palavra de Deus revela-‐nos que é uma pessoa...
Da Carta de S. Paulo, apóstolo, aos Efésios (2,13-18) Mas em Cristo Jesus, vós, que outrora estáveis longe, agora, estais perto, pelo
sangue de Cristo. Com efeito, Ele é a nossa paz, Ele que, dos dois povos, fez um só e destruiu o muro de separação, a inimizade: na sua carne, anulou a lei, que contém os mandamentos em forma de prescrições, para, a partir do judeu e do pagão, criar em
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si próprio um só homem novo, fazendo a paz, e para os reconciliar com Deus, num só Corpo, por meio da cruz, matando assim a inimizade. E, na sua vinda, anunciou a paz a vós que estáveis longe e paz àqueles que estavam perto. Porque, é por Ele que uns e outros, num só Espírito, temos acesso ao Pai. Palavra do Senhor. T. Graças a Deus. Momento de silêncio e depois, leitura com várias vozes – com fundo musical / instrumental da meditação de Bento XVI.
PALAVRAS DE SUA SANTIDADE BENTO XVI DURANTE O MOMENTO DE ORAÇÃO NA IGREJA PAROQUIAL DE RHÊMES-‐SAINT GEORGES, VAL D’AOSTA -‐ Domingo, 23 de Julho de 2006.
Só uma breve palavra de meditação sobre a leitura que escutámos. Espanta-‐nos […] a beleza da visão ilustrada pelo apóstolo Paulo: Cristo é a nossa paz. Reconciliou uns com os outros, hebreus e pagãos, unindo-‐os no seu Corpo. Superou a inimizade no seu Corpo, sobre a cruz. Com a sua morte superou a inimizade e uniu-‐nos a todos na sua paz. Espanta-‐nos porém, mais do que a beleza desta visão, o contraste cm a realidade que vivemos e que vemos. E não podemos fazer a menos, num primeiro momento, que dizer ao Senhor: “Mas Senhor, o que é que nos diz o teu Apóstolo:”estão reconciliados?”. Nós vemos, na realidade, que não estão reconciliados... Ainda existe guerra entre cristãos, muçulmanos, hebreus, e existem outros que fomentam a guerra e tudo está ainda cheio de inimizade, de violência. Onde está a eficácia do teu sacrifício? Onde está na história esta paz da qual nos fala o teu Apóstolo? Não podemos nós homens resolver o mistério da história, o mistério da liberdade humana de dizer “não” à paz de Deus. Não podemos resolver todo o mistério da relação Deus – homem, do seu agir e do nosso responder. Devemos aceitar o mistério. Todavia existem elementos de resposta que o Senhor nos dá.
Um primeiro elemento – esta reconciliação do Senhor, este seu sacrifício – não ficou sem eficácia. Existe a grande realidade comunhão da Igreja universal, de todos os povos, a rede da Comunhão eucarística, que transcende as fronteiras de culturas, de civilizações, de povos, de tempos. Existe esta comunhão, existem estas “ilhas de paz” no Corpo de Cristo. Existem. E são as forças de paz no mundo. Se olharmos para a história, podemos ver os grandes santos da caridade que criaram “oásis” desta paz de Deus no mundo, que acenderam sempre de novo a sua luz, e eram sempre capazes de reconciliar e de criar paz, novamente. Existem os mártires que sofreram com Cristo, deram este testemunho da paz, do amor que põe um limite à violência.
E vendo que a realidade da paz existe – mesmo se a outra realidade permaneceu – podemos ir mais em profundidade na mensagem desta Carta de S. Paulo aos Efésios.
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O Senhor vence sobre a Cruz. Não venceu com um novo império, com uma força mais poderosa que as outras e capazes de as destruir; venceu não de forma humana, como nós imaginamos, com um império mais forte que o outro. Venceu com um amor capaz de chegar até à morte. Este é o novo modo de Deus vencer: à violência não opõe outra violência ainda maior. A violência opõe precisamente o contrário: o amor até ao fim, a sua Cruz. Este é o modo humilde que Deus tem de vencer: com o seu amor – e só assim é possível – coloca um limite à violência. Este é um modo de vencer que aparece muito lento, mas é o verdadeiro modo de vencer o mal, de vencer a violência e devemos confiar-‐nos a este modo divino de vencer. Confiar-‐nos, quer dizer, entrar activamente neste amor divino, participar neste trabalho de pacificação, para estar em linha com quanto o Senhor diz: “Bem aventurados os pacíficos, os construtores de paz, porque serão chamados filhos de Deus ”. Devemos levar, por quanto seja possível, o nosso amor a todos os que sofrem, […]. Isto é importante: que neste momento podemos levar esta vitória ao mundo, participando activamente na sua caridade.
Hoje, num mundo multicultural e multirreligioso, muitos sã tentados a dizer: “E' melhor para a paz no mundo entre as religiões, as culturas, não falar muito da especificidade do Cristianismo, isto é, de Jesus, da Igreja, dos Sacramentos. Contentamo-‐nos das coisas que podem ser mais ou menos comuns...”. Mas não é verdade. Precisamente neste momento – no momento de um grande abuso e nome de Deus – temos necessidade do Deus que vence sobre a cruz, que vence não coma violência, mas com o seu amor. Precisamente neste momento temos necessidade do Rosto de Cristo, para conhecer o verdadeiro Rosto de Deus, e para levar assim reconciliação e luz a este mundo. Por isso, juntamente com o amor, com tudo quanto podemos fazer por aqueles que sofrem neste mundo, devemos levar também o testemunho deste Deus precisamente através da não-‐violência da sua Cruz.
Voltamos, então, ao ponto de partida. O que podemos fazer, é dar testemunho do amor, o testemunho da fé; é sobretudo elevar um grito a Deus: podemos rezar! Estejamos certos que o nosso Pai escuta o grito dos seus filhos. Na Missa, preparando-‐nos para a santa Comunhão, para receber o Corpo de Cristo que nos une, rezemos com a Igreja: “Livra-‐nos ó Senhor, de todos os males, concede a paz aos nossos dias”. Que esta seja a nossa oração neste momento: “Livra-‐nos de todos os males e dá-‐nos a paz”. Não amanhã ou depois de amanhã: dá-‐nos, Senhor, a paz hoje! Ámen.
Meditação diante da cruz. Pensando também e rezando por todos os ‘crucificados’ do mundo onde falta a paz …
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MEDITAÇÃO DIANTE DA CRUZ G. Levantamo-‐nos e rezamos juntos com as palavras de Francisco diante do Crucifixo
de S. Damião: T. Ó alto e glorioso Deus, ilumina as trevas do meu coração.
Concede-‐me uma fé verdadeira, esperança firme, caridade perfeita e humildade profunda.
Mostra-‐me, Senhor, o recto sentido e conhecimento a fim de que possa cumprir a tua santa vontade. Amen.
G. Manifestamos agora o nosso empenho pela paz que é Cristo. Dez pessoas acendem uma vela da lamparina. De seguida dirigem-‐se ao ambão para ler o compromisso das religiões feito em Assis, no dia 24 de Janeiro de 2002... Canta-‐se o cânone:
Rit. Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi. Quia per Crucem tuam redemisti mundum. Quia per Crucem tuam redemisti mundum.
COMPROMISSO COMUM PELA PAZ 1. Empenhamo-‐nos a proclamar a nossa firme convicção que a violência e o
terrorismo contrastam com o autêntico espírito religioso, e em condenar todo o recurso à violência e à guerra em nome de Deus o da religião, empenhamo-‐nos em fazer quanto é possível para desenraizar as causas do terrorismo. Ref.
2. Empenhamo-‐nos em educar as pessoas no respeito e a estimarem-‐se reciprocamente, para que se possa realizar uma convivência pacífica e solidária entre as várias etnias, culturas e religiões diversas. Ref.
3. Empenhamo-‐nos em promover a cultura do diálogo, para que cresçam a compreensão e a confiança recíproca entre os indivíduos e os povos, sendo estas as premissas da paz verdadeira. Ref.
4. Empenhamo-‐nos em defender o direito de toda a pessoa humana a viver uma digna existência segundo a própria identidade cultural e a formar-‐se livremente uma própria família. Ref.
5. Empenhamo-‐nos em dialogar, com sinceridade e paciência, não considerando aquilo que nos diferencia como um muro intransponível, mas, ao contrário, reconhecendo que a relação com a diversidade dos outros pode ser ocasião de melhor compreensão recíproca. Ref.
6. Empenhamo-‐nos em perdoarmo-‐nos reciprocamente os erros e os preconceitos do passado e do presente, e a ajudarmo-‐nos no esforço comum para vender o egoísmo e o abuso, o ódio e a violência e para aprender do passado que a paz sem a justiça não é verdadeira paz. Ref.
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7. Empenhamo-‐nos em estar do lado de quem sofre na miséria e no abandono, tornando-‐nos voz de quem não tem voz, e operando concretamente para superar tais situações, na convicção de que ninguém pode ser feliz sozinho. Ref.
8. Empenhamo-‐nos em fazer nosso, o grito de quem não se resigna perante o mal e queremos contribuir com todas as nossas forças para dar à humanidade do nosso tempo, uma real esperança de justiça e de paz. Ref.
9. Empenhamo-‐nos em encorajar toda a iniciativa que promova a amizade entre os povos, convencidos que o progresso tecnológico, quando falhe um entendimento solidário entre os povos, expõe a riscos sempre maiores de destruição e de morte Ref.
10. Empenhamo-‐nos em pedir aos responsáveis das nações que façam todos os esforços para que, a nível nacional e internacional, se construa e se consolide, sobre o fundamento da justiça, um mundo de solidariedade e de paz. Ref.
G. Com as palavras de Francisco, peçamos a Deus Pai a graça de seguir os passos de
Cristo, nossa Paz …
ORAÇÃO – S. FRANCISCO DE ASSIS T. Omnipotente, eterno, justo e misericordioso Deus, concede-‐nos, a nós, miseráveis, que por ti façamos o que tu queres, e sempre queiramos o que te apraz, para que, interiormente purificados, interiormente iluminados, e abrasados pelo fogo do Espírito Santo, possamos seguir os passos de teu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, e mediante somente a tua graça, chegar a ti, ó Altíssimo, que, em Trindade perfeita, e em simples Unidade, vives e reinas e tens toda a glória, ó Deus omnipotente, por todos os séculos dos séculos. Ámen.
PAI-NOSSO, ENVIO E SAUDAÇÃO DA PAZ C. Olha Senhor, para estes teus filhos que pedem a paz e se comprometem com a
tua paz e que uma vez mais, rezam como Cristo nossa paz os ensinou: T. Pai-‐nosso … C.·∙ «Glória, honra e paz para quem realiza o bem». Sejamos instrumentos da paz
que vem do alto. Recordemos que não existe paz sem justiça, não existe justiça sem perdão. Selemos com um gesto de paz entre nós, o nosso compromisso pela paz. Levemos paz aos que estão perto e aos que estão longe, ás criaturas e à criação.
T. Senhor, Jesus Cristo, que disseste aos teus apóstolos: Deixo-‐vos a paz, dou-‐vos a minha paz: não olhes aos nossos pecados, mas à fé da tua Igreja, e dá-‐lhe a
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união e a paz. Segundo a tua vontade. Tu que és Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo. Ámen.
C. A paz do Senhor, esteja sempre convosco. T. O amor de Cristo nos uniu. C. Em Cristo, que nos tornou todos irmãos com a sua cruz, saudai-‐vos com um gesto
de reconciliação e de paz.
CÂNTICO – Dá-‐nos a paz Senhor. Dá-‐nos a paz Senhor, dá-‐nos a Tua paz e para sempre o teu amor!
ORAÇÃO CONCLUSIVA – de João Paulo II, Assis, 24/01/2002 C. Pai Santo, no teu Filho Jesus Cristo deste a todas as criaturas a salvação e o
perdão, a redenção e a paz: olha para nós, que consagraste no nome do teu Unigénito, num mundo muitas vezes inquieto e violento, somos mensageiros do feliz anúncio aos pobres, anunciadores de misericórdia e de reconciliação construtores de paz.
Hoje não se endureça o nosso coração como o dos nossos pais no deserto, mas aquecidos pelo fogo do teu Santo Espírito, acolhamos a Palavra de vida com a disponibilidade de Maria, a mãe do Senhor, de Francisco de Assis, e das numerosas testemunhas da fé.
Que a tua Palavra penetre como espada cortante; que nos faça conhecer os caminhos do perdão recíproco, mais do que setenta vezes sete; que nos ensine a construir comunidades de fé abertas à comunhão mais ampla; que nos ensine a ser construtores de paz para que a civilização do amor testemunhe o Reino que é e que vem. Por Cristo Nosso Senhor.
T. Ámen.
BENÇÃO FINAL C. O Senhor esteja convosco. T. Ele está no meio de nós. C. O Senhor vos abençoe e vos proteja. T. Ámen. C. O Senhor vos mostre a sua face e vos acompanhe com a sua misericórdia. T. Ámen. C. O Senhor dirija para vós o seu olhar e vos dê a sua Paz. T. Ámen.
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C. E a bênção de Deus omnipotente, Pai, + Filho e Espírito santo, desça sobre vós e convosco permaneça para sempre.
T. Ámen. C. Ide e levai ao mundo a Paz do Senhor! T. Graças a Deus.
CÂNTICO FINAL – Tu és Santo, Senhor (Louvores de Deus, S. Francisco)
Tu és santo, Senhor Deus único Fazes maravilhas, és forte, és grande Tu és o altíssimo e omnipotente Tu és o Pai santo e Rei do universo Trindade Santa, Senhor dos Senhores Tu Deus vivo, verdadeiro e sumo bem
Tu és amor, caridade, és sapiência Tu és humildade, paciência e beleza Tu és esplendor, Tu és compreensão és a nossa esperança, Tu és a nossa fé Tu és justiça, tu és protecção Tu és a nossa sobreabundante riqueza
Tu és segurança, tu és mansidão Tu és protecção, o cuidado e defesa Tu és fortaleza, tu és o conforto, Alegria e felicidade, a nossa esperança Caridade nossa, tu és nossa doçura Tu és a nossa vida eterna, ó Deus, meu Salvador!
Autoria de: Centro Internazionale Francescano per il Dialogo (CEFID) di Assisi e Commissioni Provinciali CIMP “Giustizia, Pace e salvaguardia del Creato” OFM Conv –
www.lospiritodiassisi.org – http://ilvaloredeldono.blogspot.com