59
Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

Page 2: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO CALOR.

Page 3: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

• TE – INDICE DE TEMPERATURA EFETIVA

Page 4: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

CONFORTO TÉCNICO

17..5..2-“nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salasde controle, laboratórios, escritórios, salas dedesenvolvimento ou análise de projetos, dentreoutros, são recomendadas as seguintes condiçõesde conforto:”

Page 5: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

• NR 17 • b) temperatura efetiva: 20 a 23ºC.• c) velocidade do ar < 0,75 m/s• d) umidade relativa do ar > 40%

Page 6: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

TEMPERATURA EFETIVA

• Velocidade do ar

• temperatura de bulbo seco

• temperatura de bulbo úmido

• umidade relativa do ar

Page 7: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

NR 15 - ANEXO Nº 3

A sobrecarga térmica (IBUTG) está relacionada com o ambiente (exposição) e com a atividade física do trabalhador (metabolismo).

Page 8: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

IBUTG leva em conta

• o calor radiante

• a temperatura de bulbo seco

• temperatura de bulbo úmido

• regime de trabalho

• as taxas de metabolismo por tipo de atividade.

Page 9: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

IBUTG

A exposição ao calor deve ser avaliada através do “Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo” (IBUTG) definido pelas equações que seguem:

Page 10: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

Ambientes internos ou externos sem carga solar:

IBUTG = 0,7 TBN + 0,3 TG

Page 11: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

Ambientes externos com carga solar:

IBUTG = 0,7 TBN + 0,2 TG + 0,1 TBS

Page 12: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

TERMÔMETRO DE BULBO ÚMIDO NATURAL – TBN

• Termômetro de mercúrio comum

• Bulbo recoberto com material absorvente

• Escala de 10 a 50 °C, subdivisões de 0,1°C

• Tubo de Erlenmeyer de 125 ml com água

Page 13: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

TERMÔMETRO DE GLOBO (TG)

• Termômetro de mercúrio comum

• Escala de 0 a 150 °C, subdivisões de 0,1°C

• Esfera oca de cobre, pintada por fora de preto

• Termômetro instalado no centro da esfera

Page 14: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;
Page 15: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

TERMÔMETRO DE BULBO SECO (TBS)

• Termômetro de mercúrio comum

• Escala de 10 a 100 °C, subdivisões de 0,1°C

Page 16: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

NR 15 - ANEXO Nº 3

• LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA NR 15 - ANEXO Nº 3 EXPOSIÇÃO AO CALOR, EM REGIME DE TRABALHO INTERMITENTE COM PERÍODOS DE DESCANSO NO PRÓPRIO LOCAL DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO.

Page 17: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

NR 15 - ANEXO Nº 3

• Em função do IBUTG obtido, o regime de Em função do IBUTG obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no: Quadro I, Anexo 3, NR-15

Obs: NR 15

Page 18: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

TIPOS DE ATIVIDADES

COMO DETERMINAR OS TIPOS DE ATIVIDADES ?

• LEVE

• MODERADA

• PESADA

Page 19: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

• Tipo de atividade Kcal/h

• Obs: anexo

Page 20: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

LIMITES DE TOLERÂNCIA

PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR EM REGIME DE TRABALHO INTERMITENTE, COM PERÍODO DE DESCANSO EM OUTRO LOCAL.

Page 21: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

LOCAL DE DESCANSO

• Local de descanso é o ambiente termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve.

Page 22: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

• Os limites de tolerância, para trabalho com descanso em outro local, são dados pelo Quadro 2 .

Page 23: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

QUADRO 2, Anexo 3, NR-15M= Taxa de metabolismo média ponderada para 60 min.

M (KCAL/H) MÁXIMO IBUTG (°C)

175 30,5

200 30,0

250 28,5

300 27,5

350 26,5

400 26,0

450 25,5

500 25,0

Page 24: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

TAXA DE METABOLISMO MÉDIA PONDERADA (M)

• M = ( Mt . Tt + Md . Td ) / 60

• Mt = taxa de metabolismo no local de trabalho• Tt = soma do tempo, em min, no local de trabalho• Md = taxa de metabolismo no local de descanso• Td = soma de tempo, em min, no local de descanso

Page 25: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

IBUTG MÉDIO PONDERADO (IBUTG)

• IBUTG = ( IBUTGt x Tt + IBUTGd x Td ) / 60

• IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho • Tt = tempo, em minutos, no local de trabalho• IBUTGd - valor do IBUTG no local de descanso • Td = tempo, em minutos, no local de descanso

Page 26: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

METABOLISMO

• CONSULTAR O QUADRO 3 - TAXAS DE • METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE • – DA NR-15, ANEXO 3.

Page 27: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

E SE OS VALORES DE METABOLISMO MÉDIO FICAREM ENTRE DOIS VALORES ?

Page 28: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

• Tabela expandida Fundacentro

• Interpolação

• Maior valor da tabela

Page 29: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

INTERPOLAÇÃO

Dados: Quadro 2M LT

250 28,5300 27,5

Qual seria o valor do LT para M = 280 ?

Page 30: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

INTERPOLAÇÃO

50 (300 – 250) : - 1 (27,5 – 28,5)20 (300 – 280) : x x = 20 . (-1) / 50x = - 0,4Valor interpolado = 27,5 – (-0,4) = 27,9

Page 31: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

USAR A TABELA EXPANDIDA DA FUNDACENTRO

• CONSIDERAR O MAIOR VALOR DA TABELA• Exemplo: • Valor encontrado = 220 kcal/h

Page 32: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

CONSIDERAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO DE CALOR

INDICE DE AVALIAÇÃO

A exposição ao calor deve ser avaliada pelo índice de IBUTG

Page 33: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

LOCAL DA MEDIÇÃO

CICLO DE AVALIAÇÃO

Ciclos de exposição de 60 minutos da jornada de trabalho.

Page 34: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

LOCAL DA MEDIÇÃO

• As medições devem ser efetuadas no local onde labora o trabalhador .

Page 35: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

REGIÃO DA MEDIÇÃO

Altura da medição = região do corpo mais atingida.Quando a região não for definida, o conjunto deve ser montado à altura do tórax do trabalhador exposto.

Page 36: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

EXPOSIÇÃO A DUAS OU MAIS SITUAÇÕES TÉRMICAS DIFERENTES

Determinar o IBUTG médio ponderado definir os valores de IBUTG representativos das diferentes situações térmicas considerar o ciclo mais crítico da exposição.

Page 37: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

CICLO CRITICO

A exposição ao calor deve ser avaliada pelo índice de IBUTG, em avaliada pelo índice de IBUTG, em ciclos de exposição de 60 minutos da jornada de trabalho.

Page 38: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

PERÍODO DESCANSO NO PRÓPRIO LOCAL

• Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.

Page 39: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

Local de descanso = ambiente termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve.

Page 40: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, sendo Tt + Td = 60 minutos corridos.

Page 41: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

CALIBRAÇÃO

• O equipamento eletrônico que mede IBUTG deve possuir certificado atualizado de calibração, de acordo com as instruções do fabricante.

Page 42: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

ESTABILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

As leituras das temperaturas devem ser iniciadas após a estabilização dos instrumentos na situação térmica que está sendo avaliada.

Page 43: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

INSTALAÇÃO DOS INSTRUMENTOS

• TBn – Tg – TBs devem ser posicionados paralelos à fonte emissora de calor.

Page 44: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

• Norma NHO 06 da FUNDACENTRO

• NR 15 Anexo 3

Page 45: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

EXERCÍCIO PRÁTICO

• Trabalho com descanso no próprio local:• Verificar se o Operador de Forno labora em

condições salubres ou insalubres, de acordo com o seguinte ciclo: 3 minutos para carregar o forno; 4 min esperando na boca do forno e 3 minutos descarregando o forno. O ciclo se repete de 60/60 min da jornada.

Page 46: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;
Page 47: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

Resolução

• Etapa 1 – Realizar as medições • Resultados obtidos: • Tg=34 °C Tbn=24 °C e Tbs = 27ºC• Etapa 2 – Definir o tipo de atividade • Definida atividade: MODERADA (Quadro 1 -

Anexo 3, NR-15)

Page 48: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

Resolução

• Etapa 3 – Definir o ciclo da atividade• O ciclo é de 3 + 4 + 3 = 10 minutos• Etapa 4 – Calcular quantas vezes o ciclo se • repete em 60 minutos• O ciclo se repete 6 vezes em 60 minutos.

Page 49: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

Resolução

• Etapa 5 – Calcular o tempo de trabalho• Tempo de trabalho = 6 min/ciclo x 6 ciclos = 36

min• Etapa 6 – Calcular o tempo de descanso • Tempo de descanso: 4 min/ciclo x 6 ciclos = 24

min• Ciclo de avaliação: 36 min + 24 min = 60 min

Page 50: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

Resolução

• Etapa 7 – Cálculo do IBUTG• IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg • Para: Tbn = 24 ºC e Tg = 34 ºC• IBUTG = 0,7 x 24 + 0,3 x 34 = 27 ºC

Page 51: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

Resolução

• Etapa 8 – Verificar o regime do Operador, para • IBUTG = 27ºC, Atividade Moderada.• Verificar Quadro I, do Anexo 3 da NR-15,

Page 52: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

TIPO DE ATIVIDADEREGIME DE TRABALHO INTERMITENTE COM DESCANSO NO PROPRIO LOCAL DE TRABALHO

LEVE MODERADA PESADA

Trabalho contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0

45 min. De trabalho15 min. De descanso

30,1 a 30,6 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9

30 min. de trabalho30 min. de descanso

30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9

15 min. de trabalho45 min. de descanso

31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0

Não é permitido o trabalho, sem a adoção de medidas adequadas de controle

acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0

Page 53: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

Consultando o Quadro I , concluímos que:

• O regime de trabalho deverá ser de 45 min de trabalho e 15 min de descanso.

Page 54: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

Etapa 9 – Concluir sobre a insalubridade ou não.

• Conclusão

O ciclo de trabalho realizado de 36 min e 24 min de descanso, em 60 min, é compatível com o ciclo permitido de 45 min de trabalho e 15 min de descanso, donde se conclui que o operador labora em condições salubres.

Page 55: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

MEDIDAS DE CONTROLE

• ISOLAMENTO NA FONTE• USO DE BARREIRAS TÉRMICAS• DISTANCIAMENTO LOCAL TRABALHO – FONTE• PROJETO DE VENTILAÇÃO/EXAUSTÃO

Page 56: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

OUTRAS MEDIDAS DE CONTROLE

• REDUÇÃO DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO • REVEZAMENTO DE PESSOAS• HIDRATAÇÃO

Page 57: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

ACLIMATAÇÃO DOS TRABALHADORES

• “O aumento da tolerância adquirida para trabalho em ambientes quentes é chamada de aclimatização” (NIOSH,1973).

Page 58: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

ROUPAS PROTETORAS

• MAIS USADAS PARA PROTEÇÃO DE ACIDENTES• SITUAÇÕES DE APROXIMAÇÃO AO FOGO

Page 59: Perícia judicial de insalubridade e periculosidade;

RESUMINDO

AS MEDIDAS DE CONTROLE SE APLICAM MAIS A PROGRAMAS DE HIGIENE INDUSTRIAL E DE PREVENÇÃO CONTRA ACIDENTES E DOENÇA PROFISSIONAL, SENDO POUCO EFICAZES NA NEUTRALIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE.