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PEROXISSOMOPEROXISSOMOSS
Docente: Profa. Dra. Maria Tercília Vilela de Azeredo Docente: Profa. Dra. Maria Tercília Vilela de Azeredo OliveiraOliveiraColaboração: Ana Carolina Borella Anhê / Priscila Colaboração: Ana Carolina Borella Anhê / Priscila Pasqüetto MendonçaPasqüetto Mendonça
HistóricoHistórico→ 1930 - Catalase→ 1950 - Urato Oxidase→ 1957 - Thomson e Klipfel: Sedimentação diferencial→ 1963 - não localizada nos lisossomos, mas em “partículas desconhecidas”→ Baudhuin e colaboradores: D-aminoácido oxidase→ 1965 - De DuveCaracterísticas bioquímicas + catalase de H2O2
PEROXISSOMO
→ 1954 Rhodin (MET) microcorpos
Baudhuin, Beaufay e De Duve
Microcorpos = Peroxissomos
EstruturEstruturaa
- maioria dos eucariontes- geralmente esférico- única membrana- diâmetro 0,2 - 1 µm
- nº variável- matriz granular
Enzimas urato-oxidase
Composição Composição QuímicaQuímicaApresentam cerca de 40 enzimas na
matriz do peroxissomo:
- D-aminoácido oxidase
- Acil-oxidase
- L-oxidase ácida
- Urato oxidase
- Catalase (40%)
Técnicas citoquímicas para identificação de peroxissomos
Reação Peroxidásica
MOBenzidina
+H2O2
Peroxidase
(catalase)
2 H2O
+O2
Benzidina oxidadaBenzidina oxidada(composto insolúvel)
“Esfregaço Sanguíneo”- Observar reação positiva nos neutrófilos (células escuras)- As hemáceas não respondem positivamente à técnica
METDAB
(diamino-benzidina
)+
H2O2
Peroxidase
(catalase)
2 H2O
+O2
DAB oxidada + Ósmio(composto insolúvel e
elétron denso)
Reação Peroxidásica
Fígado de Rato
Aspectos Aspectos FuncionaisFuncionais1. Degradação do H2O2
2. Metabolismo de lipídios- β-Oxidação de AG
- Síntese de colesterol
3. Degradação do ácido úrico
4. Ciclo do ácido glioxílico
5. Fotorrespiração
Degradação do Degradação do HH22OO22
(Fígado / Rim vertebrados)(Fígado / Rim vertebrados)
H2O2 2 H2O + O2
catalase
Formam:H2O2
(↑ toxicidade: oxidação de aa)
Acil-oxidaseD-aminoácido oxidaseUrato oxidase
Degrada H2O2 no peroxissomo
1. Degradação do H1. Degradação do H22OO22
Fígado de rato submetido à reação imunocitoquímica para a evidenciação da
catalase
2. Metabolismo de 2. Metabolismo de LipídiosLipídiosa) β-Oxidação de ácidos graxos
b) Biossíntese de colesterol
a) a) -Oxidação de ácidos -Oxidação de ácidos graxosgraxos- Microrganismos eucariontes (leveduras/fungos):
Peroxissomo (responsável por toda a degradação)
- Células vegetais: peroxissomos (predominantemente) e mitocôndrias (indícios)
- Células animais: Peroxissomos e mitocôndrias
Peroxissomos
Degradação de cadeias de ácidos
graxos (AG) longas e muito longas
(encurtamento)
Mitocôndrias
Degradação de ácidos graxos (AG) de cadeias longas, médias e pequenas
(degradação completa)
-Oxidação de ácidos graxos-Oxidação de ácidos graxosReações semelhantes, cadeias enzimáticas s
b) Biossíntese de b) Biossíntese de ColesterolColesterol → → Síntese de hormônios esteróides: Síntese de hormônios esteróides:
progesterona; estrógenos; progesterona; estrógenos; testosterona; aldosterona.testosterona; aldosterona. → → Em células hepáticas (mamíferos) Em células hepáticas (mamíferos) → oxidação de colesterol (no oxidação de colesterol (no peroxissomos e no retículo) leva à peroxissomos e no retículo) leva à produção de ácidos biliaresprodução de ácidos biliares
Ocorre nos peroxissomos Ocorre nos peroxissomos (maioria das enzimas)(maioria das enzimas) e e
no Retículo no Retículo endoplasmático endoplasmático
(algumas reações)(algumas reações)
Acetil-CoA(substrato inicial)
Acetoacetil-Coa
HMG-CoA
Mevalonato
Isopentenil-PP
Farnesil-PP
Lanosterol
COLESTEROLCOLESTEROL
Acetil-CoA
Acetoacetil-Coa
HMG-CoA
HMG-CoA
Mevalonato
Farnesil-PP
Esqualeno
Lanosterol
COLESTEROLCOLESTEROL
PEROXISSOMO
RETÍCULO
CITOSOL
ENDOPLASMÁTICO
Biossíntese de ColesterolBiossíntese de Colesterol
3. Degradação do Ácido 3. Degradação do Ácido ÚricoÚrico
Ácido Úrico
Alantoína
Alantoato
Uréia
Amônia
Urato oxidaseExcretada por alguns mamíferos e répteis (alantoína)Participação de enzimas: peroxissomos, mitocôndrias e citossol
A urato oxidase está ausente no homem, primatas, aves e alguns répteis → excretam
ácido úrico
Sementes oleaginosas
Peroxissomos apresentam todas as enzimas do Ciclo do ácido
Glioxílico
Glioxissomos
4. Ciclo do Ácido Glioxílico (variante do Ciclo do Ácido cítrico ou de Krebs)
Converter lipídios de reserva em carboidratos
Enzimas do ciclo do ácido glioxílico
Germinação da semente
5. Fotorrespiração(folhas de plantas com metabolismo C3)
- Enzimas: mitocôndrias, cloroplastos e peroxissomos
- Rubisco (Ribulose bifosfato carboxilase-oxidadase): atividade carboxilase e oxigenase (presente nos cloroplastos)
- Fotorrespiração:
- recupera os átomos de carbono desviados do ciclo de Calvin pela atividade de oxigenase da Rubisco
- associação morfológica entre cloroplastos, peroxissomos e mitocôndrias em células de planta C3 Participação conjunta no processo
Fotorrespiração
Por que só ocorre em plantas C3?
Porque as plantas C4 (cana-de-açúcar, sorgo) e CAM (Metabolismo Ácido das Crassuláceas – plantas suculentas):
- Armazenam CO2
- RuBisCo não tem atividade oxigenase
células da bainha perivascular – cloroplasto menos desenvolvido (com
Rubisco)
cloroplasto desenvolvido (sem Rubisco)
- 1964: Novikoff & Skin RE- 1985: Lazarrow & Fujiki Peroxissomos pré-existentes
Biogênese
Crescimento e Fissão
Importação de proteínas
+Transferência de
fosfolipídios do RE- Membrana do peroxissomo → Retículo endoplasmático Liso
Por que os peroxissomos se dividem ?- Reposição de organelas- Divisão celular- Resposta a estímulos externos
(Dietilhexilfalato/herbicidas)
após encerrado o estímulo: autofagiaAutofagia de peroxis-
somos de hepatócito de rato tratado temporariamente com dieta contendo dietilhexilftalato (DEHP)
Transferência de peroxissomos para as células filhas de Saccharomyces cerevisiae.
- Não possuem DNA proteínas da matriz e da membrana: citosol (genoma nuclear)- Importação PTSs (Sinais de Endereçamento aos Peroxissomos) Receptores (membrana dos peroxissomos)
Importação de proteínas
Seqüências sinais: - PTS1:
extremidade C-terminal /enzimas
sintetizadas no citosol
peroxissomo
- PTS2: extremidade N-
terminal /enzimas
sintetizadas no RE
peroxissomo
Tipos de peroxissomos
Nome Ocorrência Principais enzimas Função
Glioxissomo- Algas- Sementes oleaginosas- Plantas superiores
- Isocitrato sintetase- Glioxilato sintetase- Malato sintetase
- Ciclo do ácido glioxílico
Peroxissomos de
PlantasPlantas com Fotorrespiração
- Ácido glicólico oxidase
- Fotorrespiração- β-oxidação de AG
Peroxissomos de
Animais
Principalmente fígado e rim de vertebrados
- Urato-oxidase- Catalase- D-aminoácido oxidase
- β-oxidação de AG- Síntese de colesterol- H2O2 → 2 H2O + O2
Defeito na importação de proteínas
“peroxissomos vazios”
- Graves anomalias no cérebro, rim e fígado- Maioria das crianças morrem no 1º ano
Doenças peroxissomais
Grupo 1 defeito generalizado na biogênese dos peroxissomos
Síndrome cérebro-hepato-renal de Zellweger (CHRS)
Síndrome cérebro-hepato-renal de Zellweger (CHRS)
Síndrome cérebro-hepato-renal de Zellweger (CHRS)
Extrema fraqueza muscularAparência facial característica
Síndrome cérebro-hepato-renal de Zellweger (CHRS)
Calcificação nas articulações
Cistos renais
Grupo 2 defeito em uma simples enzima peroxissomal
- Ligada ao cromossomo X- Função prejudicada da enzima AGCML-CoA sintetase - Acúmulo de AG de cadeias muito longas no SNC, córtex da adrenal e células testiculares
Doença de Schilder (Adrenoleucodistrofia-ADL)
Doenças peroxissomais
Doença de Schilder (Adrenoleucodistrofia-ADL)
Doença de Schilder (Adrenoleucodistrofia-ADL)
- Filme: “O óleo de Lorenzo”
Hiperoxalúria tipo I(Autossômica recessiva)
Deficiência da enzima alanina: glioxalato aminotransferase
Formação de pedras no rim e progressiva disfunção renal
Ecografia de cálculos renais
Acatalassemia(Autossômica recessiva) – “Benigna”
deficiência da catalase
gangrena oral e ulcerações
“Nos últimos anos, o conhecimento acerca desta organela tem evoluído
rapidamente. Dessa forma os peroxissomos são alvo de intensa investigação e novas informações
certamente serão acrescentadas ao conhecimento atual.”
Lourenço & Felisbino