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GESTÃO E PLANEAMENTO DA PRODUÇÃO
ADMINISTRAÇÃO DE PROJECTOS
A administração de projectos abrange 3 fases: o planeamento, a programação e o controlo.
Projecto É um grupo de actividades únicas que devem ser completadas num tempo específico utilizando os recursos adequados.
Planeamento de um projecto Compreende a definição dos objectivos, a criação de uma equipa de trabalho, a definição do próprio projecto e o estabelecimento de critérios de desempenho
em termos de tempo e custo.
Programação do projecto Abrange definição das necessidades dos recursos e antecipação do desenvolvimento de tarefas, a fim de se atingir os objectivos propostos. As técnicas para
programar projectos incluem gráficos de Gantt e técnicas de rede tais como CPM (Critical Path Method) e o PERT (Program Evolution and Review Technique),
as quais mostram ligações de precedência e ajudam a optimizar os recursos.
Controlo de projecto São actividades projectadas para medir o status das actividades componentes e, sempre que necessário, proceder à revisão e adaptação das mesmas.
REDES DE PERT
Surgem pela necessidade de proceder ao encadeamento e interligação das actividades que conduzem ao objecto final, determinando-se depois o tempo de
duração dessas actividades.
A representação gráfica dos resultados deste trabalho é simples e corresponde ao que se designa de Rede de Pert.
Considerações sobre as Redes de Pert.
1) Permite não só programar as actividades, mas também controlá-las, à medida que são sendo realizadas, de forma a que sejam respeitados os prazos
para elas estabelecidos e, no caso de eventuais falhas, permite a tomada de decisões correctivas.
2) Permite fazer estimativas probabilísticas quanto ao período de execução das actividades com mais interesse.
3) A avaliação e controlo das actividades refere-se a várias grandezas, isoladamente ou em conjunto:
• Grandeza tempo ---� Pert Tempo
• Grandeza custo ---� Pert Custo
• Grandeza qualidade ---� Pert Qualidade
GENERALIDADES SOBRE REDES
Existem nas redes de Pert um conjunto de conceitos necessários à sua implementação; posteriormente iremos verificar outras regras necessárias ao
desenho.
Projecto (ou Programa) É um conjunto de actividades (tarefas ou operações) que concorrem para a realização de determinado objectivo, de tal modo que se conhece, para cada
actividade, o seu tempo de duração e a sua ordenação e encadeamento.
Ex: A montagem de um computador, desde a instalação e configuração do Hardware até à instalação do Software.
Actividade É cada uma das componentes de um projecto, podendo ser uma tarefa ou uma operação. Uma actividade tem sempre duração e normalmente implica sempre
o consumo de recursos.
Ex. montar computadores, montar as placas de rede em cada computador, etc. .
Acontecimento (ou Evento ou Etapa)
Situação específica que identifica o início ou o fim de uma actividade. Os acontecimentos não têm duração nem consomem recursos.
Ex. começar a montar os computadores, terminar de ligar os computadores.
Rede Representação gráfica do projecto em que se mostra a sequência cronológica e as inter-relações de todas as actividades que compõem um projecto.
METODOLOGIA DE TRATAMENTO DE UMA REDE DE PERT
O PERT é uma representação gráfica de um programa na qual se apresenta a sequência lógica da interdependência das actividades, tendo por fim alcançar
um determinado objectivo.
1. Elaborar uma lista das actividades significativas do programa;
2. Elaborar uma lista de restrições (estabelecer a interdependência das várias actividades);
3. Desenhar a rede (o comprimento dos arcos é independente da duração das actividades – a rede é um esquema lógico);
4. Numerar os acontecimentos da rede;
5. Estimar ou calcular o tempo de duração das actividades;
6. Calcular as datas “mais cedo” e determinar o prazo de execução do programa;
7. Procurar o caminho crítico e utilizar uma das três soluções possíveis:
• Encurtar a duração de certas actividades críticas, mas não esquecendo a necessidade de utilizar mais recursos.
• Decompor determinadas actividades em tarefas mais elementares.
• Mudar se possível a lógica de trabalho.
8. Refazer o cálculo das datas “mais cedo”, com as novas durações e determinar o novo prazo de execução do programa. Se ele não nos servir,
recalcularemos o caminho crítico até chegamos ao momento em que, estando feitas todas as reduções, poderemos chegar a um prazo inferior, igual ou superior
ao que nos foi imposto. Neste último caso, é necessário reformular todo o trabalho. Caso o prazo final esteja em conformidade com o tempo imposto, teremos
que calcular os restantes itens:
• As datas “mais tarde”;
• As folgas totais;
• O caminho crítico;
• As restantes folgas;
• Desenhar o cronograma;
• Actualizar a rede e o cronograma;
ACTIVIDADES NUMA REDE DE PERT
Actividade Uma actividade deverá ser identificada e possuir duração.
As actividades possuem duas propriedades importantes:
1) Uma actividade só poderá ser representada uma única vez na rede.
2) Duas actividades não podem possuir origem e destinos iguais.
Representação gráfica da actividade A com 10 dias de duração.
Actividade anterior (antecedente)
É uma actividade que deve ser completada antes que a actividade seguinte se possa iniciar. Uma actividade posterior (consequente) é uma actividade que só
pode iniciar após o termo da antecedente.
A actividade B tem como antecedente a actividade A.
Actividades paralelas São aquelas actividades que decorrem em simultâneo.
As actividades B e C são actividades paralelas.
Actividade independente É uma actividade que para se iniciar não requer nenhuma actividade anterior.
As actividades A, B e C são independentes e em simultâneo são também paralelas.
Actividades Fictícias São artifícios usados para dar um traçado coerente à rede. As actividades fictícias não consomem tempo (a duração é 0) ou recursos e poderão ser desenhadas
a tracejado.
Estas actividades surgem na rede para garantir uma das propriedades das actividades.
Ex.: As actividades B e C dependem de A e a actividade D depende de C e de B. Como as actividades B e C não podem ter origem e destinos iguais é
necessário a utilização de uma actividade fictícia.
METODOLOGIA DE DESENHO DE UMA REDE PERT
1º Identificar as actividades por letras ou letras seguidas de números;
2º Determinar para cada actividade, numa tabela de precedências, a(s)
actividade(s) anterior(es), posterior(es), a sua duração e a sua ordem;
3º Desenhar linhas de ordem e identificar as actividades;
4º Desenhar a rede, assumindo que os círculos representam acontecimentos e as setas representam actividades;
5º Numerar os acontecimentos sequencialmente da esquerda para a direita e de cima para baixo;
6º Acrescentar a cada actividade a sua duração.
Consideremos um pequeno projecto de publicidade de um produto, sendo necessário estudar o mercado e efectuar cartazes e folhetos; após a criação dos
cartazes e folhetos é necessário colá-los e distribui-los, sendo que em simultâneo com a criação dos cartazes e folhetos é efectuada publicidade na rádio.
A tabela de Actividades, descrições, durações e pre cedências.
Actividade Descrição Duração (dias) Precedentes
A Estudo do problema 10 ---
B Elaborar cartazes 5 A
C Elaborar folhetos 5 A
D Colar/distribuir 10 B , C
E Publicidade na Rádio 10 A
A rede de pert desenhada.
DETERMINAÇÃO DO CAMINHO CRÍTICO (CPM)
Após o traçar da rede PERT podemos finalmente proceder à determinação da duração do projecto. Para tal considera-se o caminho mais desfavorável para a
realização do programa - caminho crítico - ou seja, o caminho por onde passam as actividades de maior duração - actividades críticas. A duração do programa
será igual à soma das actividades críticas que o constituem. Da definição anterior depreende-se que, se todas as durações das actividades de um caminho
crítico permanecerem constantes e se houver atraso apenas em uma delas, o atraso final na realização do projecto será igual ao atraso parcial.
TEMPO CRÍTICO Para calcular o tempo crítico é necessário calcular os tempos: mais cedo de início – DCI (Data mais Cedo de Inicio) ou ES (Early Start) e mais cedo de fim –
DCF (Data mais Cedo de Fim) ou EC (Early Conclusion).
Somam-se para cada nó (acontecimento), os tempos dos vários percursos que neles concorrem e adopta-se o maior (no sentido das setas). O maior valor que
chega ao último nó será o tempo crítico do projecto.
EC = ES + t
O (t) representa a duração da Actividade (A), entre dois nós.
CAMINHO CRÍTICO Para determinar o caminho crítico é necessário calcular os tempos: mais tarde de início – DTI (Data mais Tarde de Início) ou LS (Last Start) e DTF (Data mais
Tarde de Fim) ou LC (Last Conclusion).
Iguala-se no último nó o tempo mais tarde, ao tempo mais cedo. No sentido contrário às setas (da direita para a esquerda) subtrai-se a duração das actividades,
registando-se os menores valores obtidos.
Os nós que possuem folgas iguais a zero, ou seja onde o (LS=ES) e (LC=EC), representam as actividades críticas, que constroem o caminho crítico. Como
iremos ver durante a realização dos exercícios existe a possibilidade de existirem vários caminhos críticos.
LC = EC (no último nó)
LS = LC - t
O (t) representa a duração da Actividade (A), entre dois nós.
Folga
Folga de um evento é a diferença entre o tempo mais tarde e o tempo mais cedo do evento . Da análise das folgas dos eventos, construi-se o caminho
crítico que passará pelos nós que têm folgas nulas. Graficamente as actividades que representam o caminho crítico (ou seja as actividades críticas) podem
ser representadas por um traço mais grosso que as demais.
Folga 1 = LS – ES Folga 2 = LC – EC
Do cálculo dos tempos mais cedo, concluímos que o tempo crítico (o maior valor a chegar ao nó final) é de 25 dias. O projecto irá demorar 25 dias a ser
realizado.
No último nó o LC (tempo mais tarde de fim) é igual ao EC (tempo mais cedo de fim).
Efectuámos agora o cálculo dos tempos mais tarde de início (LS) e os tempos mais tarde de fim (LC), sendo que quando chegam ao nó dois ou mais valores
iguais é atribuído ao LC o valor mais baixo. Esta situação acontece no nó 2, onde chega 15 de (2,5) e 10 de (2,4) e (2,3).
Neste momento é necessário calcular as folgas para chegarmos ao caminho crítico.
As folgas são calculadas da seguinte forma:
Folga 1 = LS – ES Folga 2 = LC – E C
Sequência Ref Descrição Prec. Temp ES LS EC LC Folgas
1 2 A Estudo --- 10 0 10
2 3 B E. Cartazes A 5 10 15
2 4 C E. Folhetos A 5 10 15
3 4 X -------------- B 0 15 15
4 5 D Colar e dist. B,C 10 15 25
2 5 E P. na Rádio A 10 10 20
Sequência Ref Descrição Prec. Temp ES LS EC LC Folgas
1 2 A Estudo --- 10 0 10
2 3 B E. Cartazes A 5 10 15
2 4 C E. Folhetos A 5 10 15
3 4 X -------------- B 0 15 15
4 5 D Colar e dist. B,C 10 15 25 25
2 5 E P. na Rádio A 10 10 20 25
Sequência Ref Descrição Prec. Temp ES LS EC LC Folgas
1 2 A Estudo --- 10 0 0 10 10
2 3 B E. Cartazes A 5 10 10 15 15
2 4 C E. Folhetos A 5 10 10 15 15
3 4 X -------------- B 0 15 15 15 15
4 5 D Colar e dist. B,C 10 15 15 25 25
2 5 E P. na Rádio A 10 10 15 20 25
Sequência Ref Descrição Prec. Temp ES LS EC LC Folgas
1 2 A Estudo --- 10 0 0 10 10 0 0
2 3 B E. Cartazes A 5 10 10 15 15 0 0
2 4 C E. Folhetos A 5 10 10 15 15 0 0
3 4 X -------------- B 0 15 15 15 15 0 0
4 5 D Colar e dist. B,C 10 15 15 25 25 0 0
2 5 E P. na Rádio A 10 10 15 20 25 5 5
Do cálculo efectuado, concluímos que as actividades A, B, C e D são actividades críticas.
Pelo facto do caminho crítico passar por uma actividade crítica, iremos ter dois caminhos críticos.
1 – 2 – 3 – 4 – 5 e 1 – 2 – 4 – 5
Para alguns autores o caminho crítico também pode ser apresentado da seguinte forma:
A – B – X – D e A – C – D