12
Secretaria de Educação Municipal - SEMED Escola Agrícola Rainha dos Apóstolos Professora Sandra Nazar !arcia Polari Dia Nacional da Consciência Negra "#$%&$"%'( A)azonas - Manaus

Pesquisa - Dia internacional da Consciência Negra

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Um breve trabalho escolar abrangendo a importância e uma introdução sobre o dia da Consciência Negra.

Citation preview

Secretaria de Educao Municipal - SEMEDEscola Agrcola Rainha dos Apstolos Professora Sandra Nazar Garcia Polari

Dia Nacional da Conscincia Negra

28/09/2014Amazonas - Manaus

Professora Sandra Nazar Garcia Polari

Trabalho para obteno de nota dos alunos do 6 ao 9 ano da escola Agrcola Rainha dos Apstolos, orientada pela professora Sandra Nazar Garcia Polari, graduada em Geografia.

28/09/2014Amazonas - Manaus

SumrioIntroduo2Justificativa2Objetivos2Geral2Especfico2Desenvolvimento3Concluso8Referncias9

Introduo

O contedo do trabalho apresenta o dia nacional da conscincia negra e seu contexto histrico. Alm disso, h a predominncia da miscigenao e da cultura trazida pelos negros na poca colonial.

Justificativa

O trabalho proposto, alcanando qualidade e profundidade necessrias, poder contribuir para a conscientizao dos alunos perante a conscincia negra, alm disso, explicar de uma forma dinmica a miscigenao. O tema ser objeto de anlise para que possamos compreender o contexto histrico relatado pelo mesmo.

Objetivos

Geral

Conscientizar os alunos sobre o contexto histrico da luta dos negros no Brasil e apresentar a cultura que foi fundido no Brasil.

Especfico

Conhecer a cultura afro-brasileira, respeitar as diferenas entre as etnias e demonstrar as culturas que os negros deixaram no passado.

Desenvolvimento

No dia 20 de novembro comemora-se o Dia Nacional da Conscincia Negra, em homenagem morte de Zumbi, lder do Quilombo dos Palmares (uma localidade situada na Serra da Barriga, onde escravos se refugiavam Quilombo era uma sociedade clandestina feita pelos negros). Com o tempo, o local atingiu mais de vinte mil habitantes, por causa das fugas dos escravos. Os escravos serviam para fazer os trabalhos pesados que o homem branco no realizava, eles no tinham condies dignas de vida, eram maltratados, ficavam amarrados dia e noite em troncos, eram castigados, ficavam sem gua e sem comida, suas casas eram as senzalas, onde dormiam no cho de terra batida.O dia da conscincia negra uma forma de lembrar o sofrimento dos negros ao longo da histria, desde a poca da colonizao do Brasil, tentando garantir seus direitos sociais. Na poca da escravido os negros no tinham direito ao estudo ou a aprender outros tipos de trabalho que no fossem os braais, ficando presos a esse tipo de tarefa. Por isso, muitos deles, mesmo libertos, continuaram na mesma vida por no terem condies de sustento. A data marcada pela luta contra o preconceito racial, contra a inferioridade da classe perante a sociedade. Alm disso, enfatizam sobre o respeito enquanto pessoas humanas, alm de discutir e trabalhar para conscientizar as pessoas da importncia da raa negra e de sua cultura na formao do povo brasileiro e da cultura do nosso pas.Na poca histrica, muitas pessoas eram contra essa forma de tratar os negros e vrias tentativas aconteceram ao longo da histria para defender seus direitos. Em 1871 a Lei do Ventre Livre libertou os filhos de escravos que ainda iriam nascer; em 1885 a Lei dos Sexagenrios deu direito liberdade aos escravos com mais de sessenta anos. Mas Princesa Isabel foi a responsvel pela libertao dos escravos, quando assinou a Lei urea, em 13 de maio de 1888, dando-os direito de ir embora das fazendas em que trabalhavam ou de continuar morando com seus patres, como empregados e no mais como escravos.

O lder do Quilombo dos Palmares

Em 1600 os negros fugidos ao trabalho escravo nos engenhos de acar de Pernambuco fundam na serra da Barriga, o quilombo de Palmares, a populao no para de aumentar, chegando a ser 30 mil pessoas. Para os escravos, Palmares a Terra prometida.Zumbi foi o grande lder do quilombo dos Palmares, respeitado heri da resistncia antiescravagista. Pesquisas demonstram que nasceu em 1655, sendo descendente de guerreiros angolanos. Em 1662, em um dos povoados do quilombo, foi capturado quando garoto por soldados e entregue ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo. Criado e educado por este padre, o futuro lder do Quilombo dos Palmares j tinha aprecivel noo de Portugus e Latim aos 12 anos de idade, sendo batizado com o nome de Francisco. Padre Antnio Melo escreveu vrias cartas a um amigo, exaltando a inteligncia de Zumbi (Francisco). Em 1670, com quinze anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo. Em meados de 1675 na luta contra os soldados portugueses comandados pelo Sargento-mor Manuel Lopes, Zumbi revela-se grande guerreiro e organizador militar. Tornou-se um dos lderes mais famosos de Palmares. "Zumbi" que significa: a fora do esprito presente. Baluarte da luta negra contra a escravido, Zumbi foi o ltimo chefe do Quilombo dos Palmares.O nome Palmares foi dado pelos portugueses, em razo do grande nmero de palmeiras encontradas na regio da Serra da Barriga, ao sul da capitania de Pernambuco, hoje, estado de Alagoas. Os que l viviam chamavam o quilombo de Angola Janga (Angola Pequena). Palmares constituiu-se como abrigo no s de negros, mas tambm de brancos pobres, ndios e mestios extorquidos pelo colonizador. Os quilombos, que na lngua banto significam "povoao", funcionavam como ncleos habitacionais e comerciais, alm de local de resistncia escravido, j que abrigavam escravos fugidos de fazendas. No Brasil, o mais famoso deles foi Palmares.O Quilombo dos Palmares existiu por um perodo de quase cem anos, entre 1600 e 1695. No Quilombo de Palmares (o maior em extenso), viviam cerca de vinte mil habitantes. Nos engenhos e senzalas, Palmares era parecido com a Terra Prometida, e Zumbi, era tido como eterno e imortal, e era reconhecido como um protetor leal e corajoso. Zumbi era um extraordinrio e talentoso dirigente militar. Explorava com inteligncia as peculiaridades da regio. No Quilombo de Palmares plantavam-se frutas, milho, mandioca, feijo, cana, legumes, batatas. Em meados do sculo XVII, calculavam-se cerca de onze povoados. A capital era Macaco, na Serra da Barriga.Foi atribudo a Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista, a tarefa de destruir Palmares. Para o domnio colonial, aniquilar Palmares era mais que um imperativo atribudo, era uma questo de honra. Em 1694, com uma legio de 9.000 homens, armados com canhes, Domingos Jorge Velho comeou a empreitada que levaria derrota de Macaco, principal povoado de Palmares. Segundo Paiva de Oliveira, Zumbi foi localizado no dia 20 de novembro de 1695, vtima da traio de Antnio Soares. O corpo perfurado por balas e punhaladas foi levado a Porto Calvo. A sua cabea foi decepada e remetida para Recife onde, foi coberta por sal fino e espetada em um poste at ser consumida pelo tempo.O Quilombo dos Palmares foi defendido no sculo XVII durante anos por Zumbi contra as expedies militares que pretendiam trazer os negros fugidos novamente para a escravido. O Dia da Conscincia Negra celebrado em 20 de novembro no Brasil e dedicado reflexo sobre a insero do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.

A cada novo 20 de novembro, Zumbi se espraia, amplia o seu territrio na conscincia nacional, empurra para os subterrneos da histria seus algozes, que foram travestidos de heris" (Sueli Carneiro).

A criao desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientizao e reflexo sobre a importncia da cultura e do povo africano na formao da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa histria, nos aspectos polticos, sociais, gastronmicos e religiosos de nosso pas. um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaos culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.Um ponto muito abrangente para ser notado dentro da Conscincia Mineira, so os cinco pases africanos que mais forneceram escravos para o Brasil. O Brasil recebeu cerca de 37% de todos os escravos que foram trazidos para a Amrica. A maioria veio da frica Austral e so conhecidos geopoliticamente como Bantus. Bantu um grupo etnolingstico que se espalhou rapidamente desde a atual regio de Camares em direo ao sul, atingindo tanto o litoral oeste quanto o leste da frica. Como esta expanso foi recente, as diferentes naes Bantu tm muitos aspectos tnico-culturais, lingsticos e genticos em comum, apesar da grande rea pela qual se espalharam. Os Bantus trazidos para o Brasil vieram das regies que atualmente so os pases de Angola, Repblica do Congo, Repblica Democrtica do Congo, Moambique e Tanznia. Esses povoaram massivamente o estado do Rio de Janeiro, Minas Gerais e a zona da mata do Nordeste. H vrios pontos histricos que so citados dentro da cultura brasileira. Muitas riquezas conquistadas entre os sculos 16 e 19, foram provenientes da mo de obra escrava. Por quase 400 anos, essa se tornou nossa maior fora de trabalho. No sculo 16, foram os ndios. Os primeiros carregamentos de cana de acar que saram de Pernambuco rumo Europa, por exemplo, foi resultado do esforo indgena.Porm, alguns fatores levaram os donos de engenho trocar os ndios pelos negros que comeavam a desembarcar no Nordeste.

Em 1539, Duarte Coelho, donatrio de Pernambuco, solicitou iseno do imposto que devia pagar pela importao de peas africanas (Jos Roberto Pinto de Ges - professor de Histria do Brasil da Universidade Estadual do Rio de Janeiro)

Foram trs os motivos que levaram os portugueses a fazer a troca. De 1540 a 1560, a populao indgena diminuiu consideravelmente devido s mortes ocasionadas seja por guerras ou por epidemias. Em contrapartida, com a criao de novos engenhos por conta da expanso da produo aucareira, houve um aumento substancial da necessidade de mo de obra. Por fim, os portugueses no poderiam deixar de aproveitar a boa relao de negcios que se estabeleceu entre eles e os dirigentes africanos que comandavam o comrcio de escravos do outro lado do Atlntico j no fim do sculo 15: A captura e o embarque de milhes de pessoas que vieram como escravos para as Amricas no teria sido possvel se no tivessem existido slidos interesses ligados ao trfico transatlntico em ambas as margens do oceano, pondera o professor Jos Roberto Pinto de Ges.

Os africanos foram trazidos para substituir os ndios no trabalho escravo

Em pouco tempo, o trfego negreiro, a despeito de todas as dificuldades encontradas nas viagens, tornou-se uma das transaes mais rentveis do Brasil colnia. No perodo, houve uma intensa movimentao pelo Atlntico de navios negreiros, tambm conhecidos como tumbeiros devido ao alto ndice de mortes que ocorriam durante as viagens, partindo das costas oeste e leste do continente Africano e desembarcando escravos nos portos de Recife, Salvador e Rio de Janeiro, principalmente.Essa enorme circulao de pessoas foi um dos maiores deslocamentos populacionais de toda a histria da humanidade. Entre os sculos 16 e 19, mais de 12,5 milhes de africanos foram levados para a Amrica e Europa. Desses, cerca de 10,7 milhes chegaram vivos ao fim da travessia, contabiliza o historiador Manolo Florentino, professor do Instituto de Filosofia e Cincias Sociais da Universidade Federal Fluminense.

Caractersticas dos negros vindos para o Brasil

O Brasil foi o pas americano que mais importou mo de obra africana. Entre os sculos XVI e meados do XIV, vieram cerca de quatro milhes de homens, mulheres e crianas, o equivalente a mais de um tero de todo comrcio negreiro nas Amricas, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica.Os portos de Guin e Congo, na costa ocidental, at 1700, eram os maiores exportadores de negros, mas durante o sculo 18, os navios negreiros saam com mais frequncia de Angola. Os portugueses preferiam fazer seus negcios na costa oeste da frica porque conheciam bem o mercado escravista dessa regio desde antes do descobrimento do Brasil. Entretanto, durante muitos anos, para driblar a lei e os ingleses, os traficantes em vez de se dirigirem aos portos conhecidos da frica Ocidental, desviavam a rota para Moambique, do outro lado, na costa leste do continente, banhada pelo Oceano ndico. De l, saiam escravos que eram trazidos para o Brasil e registrados como angolanos.

A Miscigenao

Os milhes de africanos que vieram para o Brasil sempre foram considerados como se pertencessem a um s povo, com uma cultura que, ainda por cima, era considerada inferior. Ainda hoje, os pesquisadores no sabem identificar com exatido quais foram (e para onde se dirigiam) as milhares de etnias africanas que chegaram ao Brasil. Para confundir ainda mais, quando chegavam, os escravos recebiam o nome do porto de seu embarque. Os principais eram da Costa da Mina, de Luanda, de Benguela (Angola) e de Cabinda (Congo). Como consequncia, os escravos passavam a ser chamados de Joana Mina ou Francisco Cabinda, por exemplo.

85% dos negros brasileiros tm um ancestral africano, enquanto a herana gentica de um antepassado escravo de 47%. O restante dos negros brasileiros, em sua linhagem paterna, apresentou a gentica de sua ancestralidade europeia.

As estatsticas feitas pelos pesquisadores mostram claramente a influncia dos negros na miscigenao da nossa cultura hoje presente.O material gentico analisado pelos pesquisadores Srgio Pena e Maria Ctira Bortolini revelou que a proporo de escravos oriundos da faixa litornea que hoje compreende pases como Senegal, Guin- Bissau, Serra Leoa, Libria, Costa do Marfim, Togo, Benim, Nigria, Camares, Gabo, as duas Repblicas do Congo e Nigria pode ter sido de duas a quatro vezes maiores do que supunham os pesquisadores americanos. Mesmo com a correo dos clculos, no total, o nmero dos escravos vindos de Angola (considerada como parte da regio centro-oeste africana), antiga colnia portuguesa que conseguiu sua independncia somente em 1975, ainda supera o de qualquer outra regio.Com relao cultura, nas antigas comunidades, havia a liberdade para os negros se manifestarem, tudo de acordo com os costumes de suas terras natais. Nos engenhos de acar, eles desenvolveram a capoeira: uma forma de expresso dos negros, ainda que fosse uma luta com caractersticas de dana, era praticada para ser usada contra os inimigos (senhores de engenho). Alm disso, pode-se no s abranger sobre a capoeira, mas tambm sobre a culinria que outra caracterstica marcante da cultura afro no Brasil alm dos diferentes temperos dados culinria brasileira. Eles tiveram a capacidade de mesclar coisas da cozinha indgena com a europeia e transformar em comida brasileira. Alguns pratos so o vatap, o acaraj, o bob, a feijoada, o azeite de dend e algumas especiarias como o coco, o prprio caf, a banana e a pimenta malagueta.

Concluso

O dia nacional da conscincia negra, comemorada no dia 20 de novembro, em homenagem ao Zumbi, um grande lder do Quilombo, que era uma sociedade clandestina feita pelos negros. Suas influencias militares foram to exorbitantes, que a populao alcanou mais de vinte mil habitantes, porm, no foram s suas influencias mais tambm da fuga dos escravos, que eram maltratados e tinham pssimas condies de vida, como a falta de gua e comida em sua habitao, chamada senzala, onde dormiam no cho de terra batida. A data, alm de coincidir com a data da morte de Zumbi, tambm um dia para lembrar-se do sofrimento dos negros ao longo da histria, desde a colonizao do nosso pas. A data marcada pela luta contra a inferioridade da classe em relao sociedade e a luta contra o racismo.Com a data da conscincia negra, podemos abranger sobre a miscigenao e a cultura que os negros trouxeram. Hoje, cerca de 85% dos negros brasileiros tm um ancestral africano, alm disso, h tambm ancestrais africanos em caboclos.

Referncias

Retrato gentico do Brasil http://leiturasdahistoria.uol.com.br/ESLH/Edicoes/51/artigo263555-1.asp

Cultura negrahttp://negros-no-brasil.info/mos/view/Cultura_Negra/

Conscincia Negrahttp://www.planalto.gov.br/seppir/20_novembro/apres.htm

Dia nacional da Conscincia Negrahttp://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/dia-nacional-da-consciencia-negra.htm