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complemento da edição 61 da revista EXAME PME
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Bruno Batista
Diretor Executivo CNT
12/12/2012
Estrutura da apresentação
• Objetivos da Pesquisa
• Aspectos metodológicos
• O Sistema Portuário do Brasil
• Avaliação dos aspectos operacionais do transporte marítimo
• Problemas e soluções
Objetivos da Pesquisa
• Analisar o atual Sistema Portuário brasileiro;
• Avaliar as condições operacionais dos portos no país;
• Identificar os gargalos do transporte marítimo brasileiro e propor soluções;
• Compor série histórica de dados do setor aquaviário.
Aspectos metodológicos
Sistema Portuário no Brasil
• 95,9% das exportações em toneladas
• 88,7% das importações em toneladas
• 851,6 milhões de toneladas de cargas movimentadas nos portos e terminais brasileiros em 2011
Vantagens do transporte marítimo:
• Ganhos de escala e menor custo/ton
• Abrangência geográfica – maior diversificação dos bens para consumo
• Maior eficiência energética
Sistema Portuário no Brasil
Sistema Portuário no Brasil
Caracterização dos 13 principais portos brasileiros
Aspectos avaliados:
• Localização (mapa) e área de influência primária;
• Movimentação (2006 a 2011);
• Principais cargas movimentadas;
• Área total, administração e horário de funcionamento;
• Acessos e extensão do cais;
• Profundidade do canal de acesso;
• Número e profundidade dos berços;
• Capacidade de armazenamento e área de pátio; e
• Equipamentos.
13 principais portos brasileiros
Santos - SP Itaguaí - RJ
Paranaguá - PR Rio Grande - RS
Vila do Conde - PA Itaqui - MA
Suape - PE São Francisco do Sul - SC
Vitória - ES Rio de Janeiro - RJ
Aratu - BA Itajaí - SC
Fortaleza - CE
13 principais portos brasileiros
Destaques:
• Maior movimentação e diversidade de cargas: Santos
• Maior profundidade do canal de acesso e de berço: Itaqui
• Maior porto graneleiro da América Latina: Paranaguá
• Maior área total: Suape
• Maior movimentação de granéis sólidos: Itaguaí
Movimentação - Longo Curso
Movimentação - Cabotagem
Investimentos federais em transporte marítimo - OGU
*
Total 2002-2012: R$ 3,1 bilhões
Investimento previsto PIL: R$ 60,6 bilhões até 2017
* 2012 – até outubro
Custo médio de movimentação de contêineres
• Roterdã, Hamburgo e Antuérpia: US$ 110,00
• Portos asiáticos: US$ 75,00
• Brasil: US$ 200,00 (custo 81,8% e 166,7%
superior, respectivamente)
Avaliação dos aspectos operacionais do transporte marítimo
• Entrevistas com 212 agentes marítimos de 15 estados brasileiros
• Atuação nos portos: os agentes atuam em mais de um terminal portuário (79,7%)
• Procedimentos administrativos: diferenciados entre os portos (67,4%), resultando, sobretudo, no excesso de burocracia (54,4%) e aumento dos custos (20,2%)
Principais tipos de navios/cargas agenciadas
Avaliação das dificuldades enfrentadas pelo setor
Operações portuárias
• Itens de maior peso nas despesas nos portos:
Gastos com práticos (88,2%)
Gastos com rebocadores (69,8%)
Gastos com mão de obra avulsa (32,5%)
• Tempo despendido nas operações de carga e descarga:
Terminais públicos de uso geral: lento (54,0%),
Terminais públicos de uso privado:
adequado (55,0%)
Terminais privativos: entre rápido (47,1%) e adequado (47,1%)
Infraestrutura e instalações portuárias
• Adequação da área de retroporto: inadequada (44,8%)
• Espaço físico disponível da retroárea: inadequado (53,3%)
Qualidade da operacionalidade da retroárea:
Conservação da área do retroporto:
Acessos aquaviários
• Principais problemas:
Acessos rodoviários
• Adequação dos acessos: inadequados (61,3%)
• Principais problemas:
Acessos ferroviários
• Adequação dos acessos: inadequados (29,3%) e não existem/não
utilizam acessos ferroviários (44,3%)
• Principais problemas:
Mão de obra e serviços
• Custo dos serviços de praticagem: elevado (87,3%)
• Qualidade dos serviços de praticagem: boa (65,6%)
• Custo dos serviços dos rebocadores: elevado (63,2%)
• Qualidade dos serviços de rebocadores: boa (75,0%) • Qualidade dos serviços dos operadores portuários:
boa (60,4%)
• Quantidade de trabalhadores portuários: adequada (46,7%)
• Qualidade dos serviços dos trabalhadores portuários: regular (47,2%)
Atuação das autoridades públicas
• Atuação e qualidade dos serviços: positivos
• Nível de informação/informatização: negativos
• Tempo de resposta às solicitações:
• Aspectos que deveriam ser melhorados:
Atuação das autoridades públicas
• Burocracia nos portos ao fazer uso dos serviços das autoridades públicas:
Atuação das autoridades públicas
Órgãos que atuam no setor
Total = 16
Implantação do Porto Sem Papel
• Implantado em 57,5% e
• Não implantado em 42,5%
Avaliação nos portos em que o PSP foi implantado:
Avaliação por tipo de carga agenciada
• Tempo de espera por berço de atracação:
Contêineres: sem espera (43,2%)
Granéis sólidos: superior a 48 horas (59,6%)
• Razão da espera:
predominantemente congestionamentos
• Tempo bruto de atracação:
Contêineres e Ro-ro: 12h a 24h (65,4% e 72,2%)
Carga geral solta: 25h a 48h (51,3%)
Granéis sólidos: superior a 60 horas (32,7%)
Problemas e Soluções
Problemas:
• Limitações de espaço nos terminais e nas retroáreas
• Acessos terrestres insuficientes e de qualidade inadequada
Soluções:
• Melhorias na infraestrutura dos acessos terrestres aos portos*
• Construção e adequação de portos e de áreas portuárias*
• Aumento da profundidade dos berços e canais de acesso portuários*
*Programa de Investimentos em Logística - PIL
Problemas e Soluções
Problemas:
• Elevado número de órgãos públicos que atuam nos portos, de forma desconectada
• Falta de mão de obra qualificada
Soluções:
• Redução dos procedimentos burocráticos*
• Revisão da atuação das autoridades públicas
• Investimentos em qualificação da mão de obra
• Estruturação dos CAPs e flexibilização da contratação de oficiais estrangeiros pelas EBNs
*PIL
Problemas e Soluções
Problema:
• Marco regulatório pouco flexível e sem clareza jurídica
• Pesada carga tributária e encargos sociais
Soluções:
• Revisão do tratamento legal dos procedimentos de despacho de cabotagem
• Reestruturação institucional do sistema de gestão e exploração dos serviços portuários*
• Alterações no marco regulatório para que ele seja mais próximo da realidade vigente
*PIL