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1– Corrosão e oxidação são a mesma coisa? Não. Oxidação é uma reação química, na qual um material ou elemento se une ao oxigênio, formando um novo composto — um óxido. E nem toda oxidação de metal gera corrosão. Ela só ocorre quando esta reação química provoca a perda de material de uma das partes envolvidas; 2– A ferrugem ataca mais no mar? Sim. Além do sal, o mar também tem cloro natural, o que acelera a corrosão, porque transforma a água em um eletrólito mais eficiente, aumentando sua condutividade elétrica — e eletricidade acentua a corrosão. Isso faz com que a ferrugem apareça e avance bem mais depressa do que na água doce. 3– Onde a corrosão costuma atacar mais? Nas ferragens do convés, especialmente nos guarda-mancebo, âncora e escadinha de popa. Mas partes metálicas submersas, como eixos, rabetas, hélices e lemes, também estão sujeitas à corrosão naturalmente, embora com menos intensidade, já que anodos de sacrifício protegem bem estas peças. 4– Aço inoxidável também enferruja? Sim, dependendo da qualidade do aço e dos cuidados do dono do barco. Alguns fabricantes usam ligas mais baratas, que resistem menos à corrosão — daí o problema. Há, também, o cloro, elemento que faz parte da água salgada, e que é até capaz de perfurar a camada protetora do aço convencional. Por isso, os mais recomendados são os aços com especificação ABNT 316, que têm alto teor de cromo e suportam bem o cloro do mar. Mas — atenção! — não resistem aos cloros químicos nem à água sanitária. Portanto, nada disso na limpeza do barco! 5– Se o inox for riscado ou lixado ele pode enferrujar? Não. A camada de óxidos de cromo que revestem os aços inox volta a se formar automaticamente e muito rapidamente — quando em contato com o ar. Mas é preciso cuidado com os serviços de soldagem em peças de inox. Eles podem alterar a

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1 Corroso e oxidao so a mesma coisa?No. Oxidao uma reao qumica, na qual um material ou elemento se une ao oxignio, formando um novo composto um xido. E nem toda oxidao de metal gera corroso. Ela s ocorre quando esta reao qumica provoca a perda de material de uma das partes envolvidas;2 A ferrugem ataca mais no mar?Sim. Alm do sal, o mar tambm tem cloro natural, o que acelera a corroso, porque transforma a gua em um eletrlito mais eficiente, aumentando sua condutividade eltrica e eletricidade acentua a corroso. Isso faz com que a ferrugem aparea e avance bem mais depressa do que na gua doce.3 Onde a corroso costuma atacar mais?Nas ferragens do convs, especialmente nos guarda-mancebo, ncora e escadinha de popa. Mas partes metlicas submersas, como eixos, rabetas, hlices e lemes, tambm esto sujeitas corroso naturalmente, embora com menos intensidade, j que anodos de sacrifcio protegem bem estas peas.4 Ao inoxidvel tambm enferruja?Sim, dependendo da qualidade do ao e dos cuidados do dono do barco. Alguns fabricantes usam ligas mais baratas, que resistem menos corroso da o problema. H, tambm, o cloro, elemento que faz parte da gua salgada, e que at capaz de perfurar a camada protetora do ao convencional. Por isso, os mais recomendados so os aos com especificao ABNT 316, que tm alto teor de cromo e suportam bem o cloro do mar. Mas ateno! no resistem aos cloros qumicos nem gua sanitria. Portanto, nada disso na limpeza do barco!5 Se o inox for riscado ou lixado ele pode enferrujar?No. A camada de xidos de cromo que revestem os aos inox volta a se formar automaticamente e muito rapidamente quando em contato com o ar. Mas preciso cuidado com os servios de soldagem em peas de inox. Eles podem alterar a quantidade de cromo no local onde houve a fuso do material e provocar corroso.6- Por que o ao inox em contato com o alumnio gera corroso?Por causa da corroso galvnica. Ela ocorre sempre que dois metais diferentes entram em contato em qualquer meio que possa transmitir eletricidade. Como o alumnio menos nobre que o inox, ele ser corrodo. O mesmo vale para os parafusos no ao inox e isso bem comum nos guardamancebos, nos quais a pea de ao, mas as abraadeiras so de alumnio. Evite, portanto, colocar dois metais diferentes em contato direto. Se tiver que faz-lo, coloque um isolante no meio.

7- Alm da gua, o que mais pode causar corroso acentuada num barco?A fuga de corrente eltrica para uma parte metlica submersa ou desprotegida de anodo de sacrifcio. A energia pode dissolver qualquer metal em questo de dias!8 - Existe receita caseira para prevenir a corroso?Sim. Lavar bem as ferragens com gua e sabo depois dos passeios tanto no mar quanto em gua doce. O polimento com cera nutica tambm blinda bem contra a corroso.9- Em qual estgio a ferrugem ainda tem cura?Bem antes de perfurar as partes, claro. Em cascos de ao, se for descoberta ainda cedo, o jateamento seguido de pintura resolve o problema. J, se a ferrugem atacar eixos e propulsores, bem provvel que o funcionamento destes componentes j esteja comprometido portanto, tarde demais. Na grande maioria das peas de ao inox, basta um simples polimento para resolver o problema. Por outro lado, parafusos enferrujados exigem troca por novos, porque no vale a pena tentar salv-los.Produtos que ajudam a prevenir:NXT Generation - Polidor automotivo com um poderoso abrasivo, que d brilho s peas metlicas poucos minutos depois de aplicado. Alm disso, forma uma pelcula protetora e, o que melhor ainda, retira todos os pontos superficiais de ferrugem.WurthMetal Polish - Outro polidor, embora mais lquido. Trata bem os metais, formando uma camada protetora. Mas o resultado melhor nos cromados, pois no deixa as peas com aspecto azulado, como acontece no alumnio.Komatherm 600 - Protetor fabricado pela Brascola, que, segundo o fabricante, garante boa proteo aos metais em geral, desde que aplicado com regularidade como os demais produtos do gnero, por sinal. Sua secagem leva cerca de uma hora, mas a proteo dura outras 300 ou quase duas semanas.CorrosionX HD - Produto bem eficiente, porque estabiliza a corroso algo raro, j que bem difcil conter o processo de ferrugem depois de iniciado. Costuma ser aplicado em carretas nuticas, que sofrem um bocado com o contato constante com a gua.Graxa branca - Ao contrrio da tradicional graxa preta, impermevel e oferece alguma proteo contra o surgimento de corroso em partes metlicas. Mas resseca com rapidez, no isola completamente a superfcie da umidade nem dura tanto quanto os produtos especficos.

ZincosQualquer par de metais em contacto mtuo, se estiver imerso num lquido que conduza a corrente elctrica (lquido que assim toma o nome de electrlito), forma aquilo que se designa por pilha de Volta, dando origem a uma corrente elctrica que provocar a corroso de um dos metais (o mais electronegativo ou aquele que tiver o potencial mais reduzido). Como os navios de metal e as partes metlicas imersas de navios de madeira esto muitas vezes a tocar-se e sempre imersas num excelente electrlito (a gua do mar), a corroso um problema sempre grave e que necessrio reduzir ao mximo, evitando custos elevadssimos com reparaes.Sabemos hoje quais os metais que corroem mais e menos, e assim podemos usar o facto de apenas um deles sofrer corroso a nosso favor: basta colocar propositadamente peas metlicas de um metal que corroa facilmente, em contacto com os metais do navio que queremos proteger e em contacto com a gua do mar Como o zinco um metal relativamente barato, hoje todos os navios tm os chamados zincos, tecnicamente designados como nodos sacrificiais. Se o navio tem casco metlico, os zincos aparecem a espaos regulares, ao longo de toda a parte submersa; se a embarcao feita em madeira, os zincos localizam-se junto da hlice, do leme e de estruturas metlicas que possam existir em contacto com a gua do mar. Periodicamente substituem-se os zincos corrodos por novos zincos, e assim evita-se a corroso de partes caras do navio.

Zincos ao longo da quilha e pormenor de um zinco j bastante corrodo.

O eletrodo de sacrifcio colocado para sofrer corroso porm evitar a corroso de outro metal. Por exemplo, os navios so feitos de ao, e enferrujam. Mas, se uma placa de zinco estiver ligada ao ao do navio (normalmente fica prxima da hlice do navio), zinco enferruja, impedindo que o ao sofra corroso. De tempos em tempos esse eletrodo deve ser substitudo. Os encanamento subterrneos mais antigos (feitos de metal) tambm possuam eletrodos de sacrifcio)Nela aplica-se um revestimento metlico a uma pea, colocando-a como ctodo (polo negativo) em um circuito de eletrlise.Metais de sacrifcio: essa tcnica tambm denominada de galvanoplastia em homenagem ao cientista Luigi Galvani (1737-1798).Protege-se o ferro utilizando um metal que tem o potencial de oxidao maior que odele, como o magnsio e o zinco. Quando o metal usado o zinco, chama-se galvanizao.O metal usado denominado de sacrifcio exatamente porque ele que ser oxidado no lugar do ferro. Esse metal de sacrifcio perde eltrons para o ferro mantendo-o protegido mesmo se a superfcie for arranhada e o ferro ficar exposto ao ar.No o que ocorre com o estanho, que s impede que o ferro entre em contato com o ar. Uma vez rompida essa camada de proteo do estanho, o ferro enferrujar rapidamente.Na galvanoplastia consegue-se, alm da proteo, o melhoramento da pea, pois ela fica com aparncia semelhante de metais mais cobiados como ouro e prata. So exemplos de galvanoplastia a cromeao, a prateao e a dourao.O metal de sacrifcio deve ser trocado de tempos em tempos por causa do desgaste.Um processo semelhante o de ligar placas de magnsio ou zinco s de ferro. Isso feito para proteger os cascos de navios e as estacas das plataformas de petrleo.

Corroso eletrolticaA corroso eletroltica se caracteriza por ser um processo eletroqumico, que se d com a aplicao de corrente eltrica externa, ou seja, trata-se de uma corroso no-espontnea. Esse fenmeno provocado por correntes de fuga, tambm chamadas de parasitas ou estranhas, e ocorre com freqncia em tubulaes de petrleo e de gua potvel, em cabos telefnicos enterrados, em tanques de postos de gasolina etc. Geralmente, essas correntes so devidas a deficincias de isolamento ou de aterramento, fora de especificaes tcnicas. Normalmente, acontecem furos isolados nas instalaes, onde a corrente escapa para o solo. A Figura 4 apresenta furos em tubos de ao-carbono causados por esse tipo de corroso.

Figura 4: Corroso eletroltica em tubos de ao-carbono provocada por corrente de fuga: (a) em parte de um equipamento; (b) em uma tubulao industrial

Navios Graneleiros ( lquidos ) so navios que se destinam aotransporte de carga lquida a granel. Podemos subdividir este tipode graneleiros em : Petroleiros So os que transportam o petrleo em seuestado ( Tankers ) pr-refino;Derivados Claros So os que transportam os subprodutos( Clean P. Carriers ) claros refinados do petrleo ;Derivados Escuros So os que transportam os subprodutos( Dirty P. Carriers ) escuros refinados do petrleo;Gs Liquifeito do Petrleo Transportam o gs, em estado( LPG ) lquido:Produtos Qumicos Transportam qualquer tipo de produtos( Chemical Tankers ) qumicos e/ou petroqumicos;

Navios Graneleiros Combinados : So aqueles que podem fazero transporte combinado de mais de um tipo de granel, ou, para otransporte alternado de granel slido e lquido. Ex.: Minrio-Petrleo ( Ore-Oil ) , Minrio-Gro-petrleo ( Ore-Bulk-Oil ).

http://transportemaritimoglobal.files.wordpress.com/2013/11/tipologia-de-navios_antonio-costa.pdfhttp://www.ancorador.com.br/casa-familia/reforma-construcao/tubos-de-nylon-contra-a-corrosaohttp://transportemaritimoglobal.files.wordpress.com/2013/11/tipologia-de-navios_antonio-costa.pdf

http://www.enautica.pt/publico/professores/jorgetrindade/NaviosTanque/Docs/apont_NaviosPetroleiros.pdfhttp://navegueangra.com.br/index.php/dicas-nauticas/1570-corrosao-as-9-duvidas-mais-comuns-que-quase-todo-mundo-tem-sobre-este-problema100https://sites.google.com/site/scientiaestpotentiaplus/corrosao/corrosao-galvanicahttp://qnint.sbq.org.br/qni/visualizarConceito.php?idConceito=30