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COLETA DE DADOS PARA ESTUDOS DE TRÁFEGO Para a completa caracterização do sistema de tráfego de uma região, são necessários diversos levantamentos e pesquisas. Conceitos: Levantamentos: É o trabalho para obter informações mediante consulta ao acervo de órgãos e empresas e a profissionais que trabalham na área, bem como a utilização de técnicas de engenharia apropriadas. Pesquisas: É o trabalho de coleta de informações ou dados por meio de procedimentos sistematizados, empregando pessoas treinadas (pesquisadores). PROCESSO DA PESQUISA DE TRÁFEGO A figura 1 a seguir apresenta um esquema básico do processo da pesquisa de tráfego. Descrição das Etapas: Etapa 1:Conhecimento do Problema Objetivo do Projeto; Características do fenômeno; Recursos disponíveis. Na primeira etapa, trata-se de conhecer a necessidade do técnico que solicitou a pesquisa para poder planejá-la adequadamente, definindo-se de forma adequada quais serão os objetivos a serem alcançados. Para isso, deve-se ter conhecimento do fenômeno que direciona o que se pretende medir. Dessa forma pode-se ter uma garantia da propriedade e suficiência dos dados colhidos. Observações: Objetivo do Projeto Escolha do método Planejamento: amostra, horário, formulários etc. Operação Tabulação Análise (opcional) Características do fenômeno Recursos disponíveis

Pesquisas de Tráfego

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Pesquisas de Tráfego

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  • COLETA DE DADOS PARA ESTUDOS DE TRFEGO Para a completa caracterizao do sistema de trfego de uma regio, so necessrios diversos levantamentos e pesquisas. Conceitos: Levantamentos: o trabalho para obter informaes mediante consulta ao acervo de rgos e empresas e a profissionais que trabalham na rea, bem como a utilizao de tcnicas de engenharia apropriadas. Pesquisas: o trabalho de coleta de informaes ou dados por meio de procedimentos sistematizados, empregando pessoas treinadas (pesquisadores). PROCESSO DA PESQUISA DE TRFEGO A figura 1 a seguir apresenta um esquema bsico do processo da pesquisa de trfego. Descrio das Etapas: Etapa 1:Conhecimento do Problema

    Objetivo do Projeto; Caractersticas do fenmeno; Recursos disponveis.

    Na primeira etapa, trata-se de conhecer a necessidade do tcnico que solicitou a pesquisa para poder planej-la adequadamente, definindo-se de forma adequada quais sero os objetivos a serem alcanados. Para isso, deve-se ter conhecimento do fenmeno que direciona o que se pretende medir. Dessa forma pode-se ter uma garantia da propriedade e suficincia dos dados colhidos. Observaes:

    Objetivo do Projeto

    Escolha do mtodo

    Planejamento: amostra, horrio, formulrios etc.

    Operao

    Tabulao

    Anlise (opcional)

    Caractersticas do fenmeno

    Recursos disponveis

  • A propriedade dos dados diz respeito colher o dado certo. Exemplo: para se verificar a periculosidade de um trecho de via, deve-se obter a velocidade pontual dos veculos e no a velocidade mdia no espao. A suficincia da amostra define os dados em termos qualitativos (Exemplo condies de operao do trfego) e quantitativos (tamanho da amostra). Etapa 2: Escolha do Mtodo Numa segunda fase parte-se para a definio do mtodo a ser adotado. E, este mtodo deve ser selecionado em funo dos objetivos do tcnico, dos recursos econmicos disponveis, da preciso desejada, do tempo requerido para o desenvolvimento para a pesquisa e das vantagens e desvantagens de cada mtodo. Etapa 3: Planejamento A terceira etapa refere-se ao planejamento da pesquisa. uma fase muito importante. Pode-se comprometer a qualidade dos resultados. Este planejamento envolve: Definio do dado a ser colhido, sua unidade e sua preciso (tipo de dados, unidade e preciso). Definio das condies gerais, ou seja, local, horrio, data e amostra. Definio da ficha (formulrio) de campo a ser usada e das informaes que dever conter; definio dos mapas auxiliares que sero utilizados. Definio dos recursos materiais e humanos necessrios Definio da atribuio e posio dos pesquisadores (atribuies e posio em campo) Definio das condies de controle condies de normalidade Observaes: Pr-pesquisas, ou pesquisas piloto, so importantes, principalmente no caso de.pesquisas no convencionais; Treinamento dos pesquisadores com o objetivo de ter conhecimento do problema e aprendizado dos procedimentos. Etapa 4: Operao Na quarta etapa, entra-se na operao propriamente dita: distribuio do material, esquema de transporte, posicionamento do pessoal em campo, superviso, revezamento e fechamento. Etapa 5: Tabulao e Anlise (opcional) Na quinta e ltima etapa passa-se tabulao dos dados: Verificao do preenchimento dos formulrios (vistorias); Verificao da consistncia dos dados; Estipulao da estratgia de tabulao; Tabulao propriamente dita; Reunio e condensao do material; Clculos estatsticos; e, Edio dos produtos finais.

  • Pesquisa de Fluxo de Trfego O objetivo da pesquisa de fluxo de trfego (contagem) determinar a quantidade, a direo e a composio do fluxo de veculos ou pedestres que utilizam uma seo ou interseo do sistema virio, numa unidade de tempo (normalmente o perodo bsico de referncia uma hora). Utilizao de dados de fluxo: a. Verificao da demanda que solicita uma via ou interseo ( e de seus padres de variaes): os dados de fluxo permitem saber quantos veculos passam, o movimento que fazem (ir em frente, virar esquerda ou a direita) e a composio do fluxo (autos, nibus, caminhes, etc); b. Comparao desta demanda com a capacidade que a via oferece, para aferir o grau de solicitao presente, que so os denominados estudos de capacidade e servem para avaliar a situao do sistema virio disponvel; c. Anlise dos dispositivos de controle necessrios a uma dada interseo ou trecho de via, como o caso de instalao de um semforo, uma placa de PARE; d. Clculo dos tempos de verde necessrios a implantao de um semforo; e. Classificao das vias segundo a funo (via de trnsito rpido, arterial, coletora e local); f. Anlise de acidentes por meio de comparao com outros dados tais como velocidade pontual; g. No caso de fluxo de pedestres so imprescindveis para o dimensionamento das caladas e logradouros pblicos, passarelas, tempos de travessia,. Em intersees semaforizadas, de anlise de acidentes envolvendo pedestres. Relembrando: O fluxo (volume) uma das trs caractersticas fundamentais dos aspectos dinmicos do trfego, ao lado da velocidade e da densidade. Variaes no fluxo:

    Variaes dentro da hora Fator de pico horrio FPH = (Volume total da hora) / (4 x V15max)

    Variaes ao longo do dia Variao semanal Variao mensal Variao anual

    Observao: Normalmente, o trfego de um dia til equivale aproximadamente 5% da mdia semanal entre os dias teis, o que demonstra que no existe grande diferena entre eles. Embora as caractersticas variem de cidade para cidade, existe uma tendncia universal de se aceitar que os fluxos de trfego da 3a, 4a e 5a feira so aproximadamente iguais, enquanto que o da 2a feira ligeiramente inferior mdia deles e o de 6a feira ligeiramente superior. No sbado geralmente os volumes so menores que os dias teis e o domingo o dia de menor trfego (em vias normais). I - CONTAGEM DE VECULOS Metodologias de Contagem:

  • 1. Mtodos que utilizam contadores manuais 2. Mtodos que utilizam contadores mecnicos 3. Mtodos que utilizam contadores automticos 3.1 Mtodos que utilizam fotografias 3.2 Mtodos que utilizam filmagem 3.3 Mtodos que utilizam processamento de imagens

    I.1. Contagens Manuais

    As contagens manuais so realizadas quando os dados desejados no podem ser obtidos por equipamento de contagem automtica ou mecnica ou quando o custo de instalao de tais equipamentos se torna mais onerosa do que levantar os dados manualmente. Os dados obtidos a partir dessas contagens podem ser: movimentos de converso em interseo, classificao de veculos por tipo, contagem de veculos relativa ao nmero de eixos, estudos de ocupao (nmero de ocupantes de um veculo) e contagem de pedestres. As contagens so realizadas por pesquisadores de campo que registram os dados nas formas apropriadas. Para os baixos volumes devem ser feitas anotaes no formulrio. Contadores operados manualmente, os quais eliminam a necessidade dos pesquisadores de desviarem sua ateno da via so recomendados para volumes maiores. Estes contadores so geralmente montados em pranchetas. Para a contagem de movimentos de converso, quatro grupos de trs contadores (por cada grupo) so frequentemente montados em prancheta de modo que os dados oriundos de cada grupo nos contadores so transferidos para formulrios intervalos desejados geralmente 15 minutos. Os pesquisadores de campo podem contar de 1000 a 1500 veculos/hora com um erro menor que 1% em situaes de contagens simples. I.1. Contagens Automticas 1. Como a Contagem Volumtrica? A contagem Volumtrica consiste em quantificar o volume de veculos que trafega por um determinado trecho da rodovia, durante um determinado intervalo de tempo. Para a realizao das contagens, necessria a implantao de um conjunto de instalaes e aparelhos que exeram distintas funes de captao, transmisso, deteco processamento e registro dos volumes de fluxo de trfego. Loop Magntico ou Lao Indutor o sensor de veculos que embutido no pavimento. Ele um quadrado ou retngulo com os vrtices cortados, feito por um fio contnuo, formando uma bobina com cerca de 3 ou 4 espiras. As extremidades do loop esto ligadas a linha de transmisso atravs de uma conexo colocada dentro de um tubo de PVC, com as extremidades vedadas com resina epoxi. As dimenses dos loops dependem das caractersticas dos tais como: largura da pista e tipo da instalao. O loop selado utilizando-se ligante betuminoso, resina epoxi ou outra substncia selante apropriada.

  • Loop Magntico Detetores e Aparelho Contador A alterao do campo magntico provocada pela passagem de um veculo (massa de ferro) sobre o loop gera uma variao de indutncia que convertida em um pulso eletrnico pelo detetor instalado no aparelho contador, fazendo com que este registre a sua passagem. O sinal, registrado na memria do aparelho e ao final de um intervalo de tempo pr-estabelecido, em geral, 60 minutos, gravado em um cartucho. O aparelho contador fica acomodado em uma caixa metlica junto com os detetores e bateria. Quando aberta, ela permite livre acesso aos diversos componentes do aparelho para sua manuteno rotineira.

    Detetores e Aparelho Contador

    2. Como a Contagem Classificatria?

    A contagem Classificatria consiste em quantificar e classificar por tipo de veculos o volume que trafega por um determinado trecho da rodovia, durante um determinado intervalo de tempo. Para realizao das contagens, necessria a implantao de um conjunto de instalaes e aparelhos que exeram distintas funes de captao, transmisso, deteco, processamento e registro de volumes de fluxo de trfego.

    Equipamentos para Estudos de Volume Contagem Automtica

  • Os equipamentos usados em estudos automticos de volume de veculos normalmente consistem de dois elementos (1) um dispositivo sensor ou detector para registrar a passagem ou presena de veculos ou eixos e (2) um contador para acumular o nmero de veculos ou eixos detectados em intervalos de tempo fixo. Os erros com contadores automticos so geralmente menores do que 2%. Tabela 1: Equipamentos de Deteco

    Tipo e Nome Agente de Deteco Permanente Fita Fotoeltrico Magntico Anel de induo Radar Ultrasnico Infravermelho

    Contato eltrico Luz Campo eltrico Campo eltrico Sinal de rdio Som Calor

    Temporrio Tubo pneumtico Fita

    Presso Contato eltrico

    Contagens Manuais x Contagens Automticas

    Contagens manuais Principal vantagem fcil operao Principal desvantagem invivel para pesquisas prolongadas

    Contagens automticas Principal vantagem contagens prolongadas Principal desvantagem no separao de movimentos II - CONTAGEM DE PEDESTRES A contagem manual s possvel para baixos volumes de pedestres e em locais onde o deslocamento deles definitivo e previsvel. No caso de grandes concentraes e/ou circulao muito esparsa, a programao de contagens manuais se torna muito difcil, quase impossvel e o mtodo a ser filmagem ou fotografias que embora registrem todos os dados, requerem muito trabalho de tabulao (recuperao) destes dados. Resumindo: Contagens Manuais

  • Essas contagens so necessrias em estudos, onde os dados desejados no podem ser obtidos por contagens mecnicas. Para pequenos volumes a simples marcao em formulrios adequados suficiente. Para altos volumes, pode-se usar pequenos aparelhos operados manualmente. Quando muitos desses aparelhos pequenos so necessrios, os mesmos so montados fixos em pranchetas. As contagens manuais se fazem necessrias nos seguintes casos: - determinao dos movimentos de viradas (contagens direcionais) - contagens de classificao por tipo de veculo - contagens de passageiros - contagens de pedestres - contagens em auto-estradas (faixas mltiplas com altos volumes de trfego) As contagens manuais oferecem resultados com at 95% de preciso e so mais caras que as contagens mecanizadas. Resumindo: Contagens Automticas Os processos mecnicos so usados quando h necessidade de contagens durante longos perodos, como o caso de postos de contagens permanentes. H um dispositivo apropriado para cada classe de via, situao de trfego e condies do meio ambiente. Geralmente um dispositivo mecnico utiliza duas funes: primeiro detectar e perceber o trfego; segundo, registrar os dados de trfego. Usualmente um detector envia um impulso eltrico que ampliado e enviado diretamente a um registrador acumulativo e a um diagrama para seu registro. Algumas instalaes permanentes tm s o dispositivo para perceber (detector) localizado na estao de contagem e envia o impulso na central para seu armazenamento. A transmisso se realiza por meio de fios telefnicos, rdios ou outros meios, dependendo dos requisitos, disponibilidade e custos. Tipos de detectores e registradores: - detectores pneumticos - contato eltrico - fotoeltrico - radar - magntico - ultrassnico - infra vermelho Tipos de dispositivos de registros: - indicador visual - fita impressora - carta graficadora - fita para computadores - fotografia

    MTODOS DE CONTAGENS VOLUMTRICAS COMENTRIOS

  • CONTADORES MECNICOS PERMANENTES So instalados para obter contagens de longa durao. Tais contagens so utilizadas para obtermos fatores de ajustamentos (correo) de pequenas contagens, ou para pesquisa da chamada ensima hora de projeto, ou para a obteno de curvas de crescimento de trfego. Clulas fotoeltricas so os meios mais usuais para detectar veculos em duas faixas e baixos volumes de trfego, entretanto, quando so necessrias contagens de altos volumes, vias de mltiplas faixas, necessita-se de outros tipos de detectores (a presso, magnticos, radar, sonoros, etc) que podem distinguir os veculos em cada uma das faixas. Devido manuteno elevada requerida por esses contadores e os clculos cansativos em funo do grande volume de dados, o uso desses contadores tem diminudo. Contudo, o desenvolvimento de contadores que perfuram fitas e o aumento do uso de computadores, para reduo e anlise de dados, vem anulando esta tendncia.

    MTODOS DE CONTAGENS VOLUMTRICAS COMENTRIOS

    CONTADORES PORTTEIS So usados para obter contagens temporrias de pequena durao. Em geral, este aparelho consiste de um contador operado eletricamente, por impulsos de ar, providos de um tubo pneumtico que atravessa a via. Normalmente existem dois tubos que cruzam a via, de modo que o contador deve somar, a cada dois impulsos, uma contagem. Se existem muitos caminhes com mais de dois eixos so introduzidos erros. Nesse caso, um fator de correo pode ser obtido atravs de uma amostragem de classificao. Os contadores podem ser modificados para obter impulsos de outros tipos de detectadores, que podem dar um pulso para cada eixo ou um simples pulso por veculo.

    CONTADORES REGISTRADORES Fornecem um registro permanente do volume, escrevendo os totais numa fita de papel, ou desenhando um grfico, ou perfurando uma fita de papel, que analisada mais tarde pelos computadores.

  • CONTADORES NO REGISTRADORES Tem um marcador visvel que deve ser lido por um observador, nos momentos desejados.

    UTILIZAO DE FILMADORAS Consiste em se instalar uma Filmadora de Vdeo em posio estratgica, filmando todos os veculos que passam num determinado ponto da via.

    MTODOS DE CONTAGENS VOLUMTRICAS COMENTRIOS

    As contagens mecanizadas devem ser aferidas por contagens manuais, porque as mesmas apresentam algumas falhas. Dependendo do tipo de aparelho, pode apresentar poucas falhas, ou muitas falhas. Por exemplo, existem aparelhos que classificam os veculos em grandes, mdios e pequenos. No distingue, portanto, o tipo de veculo (automvel, nibus ou caminho). Outros classificam os veculos em 10 categorias, porm, no distinguem se so autos, ou caminhes, por exemplo. Alguns aparelhos exigem canalizaes obrigando os veculos a reduzirem as velocidades (o ideal conhecer a velocidade do veculo na rodovia). De maneira geral, dentre os aparelhos atualmente existentes, nenhum deles consegue distinguir: Os diferentes tipos de carros de passeio; nibus de caminhes rgidos, sejam de 2 eixos, ou de 3 eixos; moto de 3 rodas de automvel; micro-nibus de caminho simples; micro-nibus de Van; trator agrcola de caminho simples; caminho trator (somente cavalo mecnico) de caminho simples, ou Van. Da mesma forma no detecta: eixo erguido do caminho (registra como sendo um caminho com um eixo a menos que o real, por exemplo: o 3S3 com o seu eixo erguido ser contado como sendo 3S2); moto transitando no centro da pista de rolamento (entre os dois laos indutivos);

    MTODOS DE CONTAGENS VOLUMTRICAS COMENTRIOS

    veculo que passa no centro da pista de rolamento (veculo que passa no acostamento ser detectado pelo fato de que os sensores sero estendidos at ao mesmo); porm, j est sendo estudado uma forma de vir a detectar tal veculo ( a menos da moto, que nunca ser possvel). Em rodovia de pista simples, quando o veculo estiver realizando ultrapassagem, significa que o mesmo estar acionando sensores da faixa de sentido contrrio; porm ir ativar primeiro o sensor 2 e depois o 1, o que identifica sentido de deslocamento oposto ao real (portanto, est ultrapassando). Assim sendo, o mesmo ser adequadamente identificado, porm, esse um problema que resolvido no programa de visualizao de informaes. O veculo que pra em cima dos sensores no prejudica a leitura e o mesmo identificado adequadamente. Apenas a identificao da velocidade ficar prejudicada, a no ser que essa parada seja ocasionada pelo congestionamento da via, fazendo com que diversos veculos apresentem to baixa velocidade

  • PERODOS DE CONTAGENS VOLUMTRICAS

    a) CONTAGENS DE FINS DE SEMANA Cobrem um perodo normalmente das 18 horas de sexta feira s 6 horas de segunda feira.

    b) CONTAGENS DE 24 HORAS Contagens que se iniciam zero hora e termina s 24 horas. Se uma contagem tiver incio, por exemplo, ao meio dia de uma sexta feira para terminar ao meio dia do sbado, sero encontrados valores distorcidos da realidade, uma vez que o trfego das manhs de segunda e das tardes de sexta so diferentes dos padres normais, sem considerar que o trfego de sbado diferente dos demais dias da semana. Logo, as contagens de 24 horas devem ter incio zero hora de um determinado dia da semana da qual se pretende identificar o trfego. c) CONTAGENS DE 16 HORAS Normalmente das 6 s 22 horas. Esse perodo contm a maioria do fluxo dirio. d) CONTAGENS DE 12 HORAS Normalmente das 7 s 19 horas. So feitas normalmente nas reas comerciais ou industriais, onde neste perodo, tem-se a maioria de todo o trfego dirio. e) CONTAGENS DE HORA DE PICO Variam conforme o tamanho da rea, proximidades dos centros geradores de trfego e tipo de via. Em geral so feitas nos perodos das 7 s 9 horas e das 16 s 18 horas, ou das 17 s 19 h. Deve-se evitar condies especiais, a menos que o propsito da contagem seja a de obter os dados relativos a essas condies, por exemplo: - acontecimentos especiais (frias, esportes, exibies, feiras, etc) - condies anormais climticas difceis de ocorrer - fechamento temporrio de vias, afetando o volume padro - acidentes ou condies anormais do prprio trnsito

    VELOCIDADE Relembrando: Velocidade de Projeto ou Velocidade Diretriz a velocidade selecionada para projeto geomtrico e que condicionar todas as caractersticas de operao da via ( alinhamentos horizontais e verticais, raios de curvatura, superlargura, superelevao, distncia de visibilidade, largura das faixas de rolamento ) das quais depende a operao segura e confortvel dos veculos. a mxima velocidade para qual a estrada est ou ser projetada. Velocidade de Operao a mais alta velocidade de percurso que o veculo pode realizar, em uma dada estrada, sob condies favorveis de tempo e de trfego sem exceder a velocidade diretriz utilizada na definio geomtrica. Velocidade de Operao de Fluxo Livre a mais alta velocidade de Operao de um carro de passageiro em uma seo de uma via durante densidades de trfego muito baixas. Velocidade Instantnea a velocidade de um veiculo ao passar em um ponto especfico da via.

  • Velocidade Mdia Instantnea a mdia das velocidades instantneas individuais ou de componentes especificados em um dado ponto da via durante um perodo de tempo. Tambm chamada de Velocidade Mdia de Tempo. Velocidade Geral de Viagem a distncia total percorrida dividida pelo tempo total gasto, incluindo todas as demoras no trfego. Velocidade Mdia Geral de Viagem a soma das distncias percorridas por todos os veculos ou de uma classe especificada de veculos em uma dada seo da via durante um perodo de tempo determinado, dividida pela soma de todos os tempos gerais de viagem. III - PESQUISA DE VELOCIDADE PONTUAL O objetivo desta pesquisa o de determinar qual velocidade que os veculos passam por um determinado ponto ou seo da via: , portanto, uma medida de velocidade instantnea. Este tipo de velocidade fundamental na Engenharia de Trfego para a anlise das condies de segurana na circulao, pois reflete o desejo dos motoristas, no sentido imprimirem ao veculo a velocidade que julgam adequadas para as condies geomtricas, ambientais e de trfego no local. O estudo das velocidades pontuais dos veculos num ponto da via leva a procura da mdia correspondente situao a qual denominada de velocidade mdia no tempo que igual mdia aritmtica simples das velocidades pontuais de cada veculo observado; leva tambm, tentativa de caracterizao completa do fenmeno, atravs da construo de grficos ilustrativos e de clculos de parmetros estatsticos. Utilizao dos dados: a. Estudo de locais crticos (alvo de reclamaes da populao) ou de altos ndices de acidentes; b. Determinao da velocidade de segurana nas aproximaes de intersees e nas curvas; c. Determinao dos elementos para projeto geomtrico da via; d. Estabelecimento de limites de velocidade;; e. Determinao de locais de ocorrncia de velocidade excessiva, para fins de implantao de fiscalizao; f. Verificao de tendncias nas velocidades, atravs de levantamentos peridicos; g. Dimensionamento e posicionamento de dispositivos de sinalizao; h. Clculo do tempo de limpeza (amarelo) dos semforos; i. Determinao da distncia de visibilidade e das zonas de no ultrapassagem; j. Estudos antes e depois para avaliao da eficcia de um determinado projeto de trfego; k. Como auxlio ao policiamento. Metodologias: Manual cronmetro. Automtico radar e outros equipamentos. IV - PESQUISA DE VELOCIDADE E RETARDAMENTO Tem o objetivo de medir a velocidade e os retardamentos de uma corrente de trfego ao longo de uma via, a fim de se conhecer a facilidade ou dificuldade da mesma para percorr-la.

  • A medida da velocidade refere-se velocidade mdia no espao, igual distncia percorrida dividida pelo tempo mdio gasto, e difere da velocidade mdia no tempo, objeto da pesquisa de velocidade pontual. A medida desta velocidade , normalmente, indireta, feita atravs do tempo de percurso ao longo do trecho analisado, colhido por meio de amostras. Paralelamente, so anotados tambm os tempos perdidos, resultantes das paradas dos veculos, que fornecem os chamados retardamentos. Pode ser realizada tanto para o trfego geral quanto para veculos especficos como os automveis ou nibus. Utilidade dos dados: a. Anlise de desempenho de rotas b. Avaliao do impacto de alteraes em uma rota c. Estudos de capacidade e nveis de servio em uma rota d. Levantamentos dos tempos de percurso nos links do sistema e. Estudos antes e depois para avaliao da eficcia de um determinado projeto de trfego; Metodologias: 1. Mtodo das placas anotao, na entrada e na sada do trecho em estudo, da placa dos veculos e da hora de passagem. 2. Mtodo do veculo teste com cronmetro percorrer a rota em estudo com um veculo-teste, dentro do qual vo um ou dois pesquisadores munidos de cronmetro. Um cronmetro para o tempo de percurso e outro para medir os retardamentos. 3. Aerofotogrametria Obteno de vrias fotos sucessivas do local, a intervalos de tempo pr-determinados REFERNCIAS As informaes desse item foram retiradas basicamente do: Plano Nacional de Contagem de Trnsito DNIT (www.dnit.gov.br/menu/rodovias/contagem/plano_contagem). Manuais de pesquisas disponibilizados no Site da BHTRANS