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Publicidade Publicidade Semanário Quarta-Feira | 24 de Abril 2019 | Ano XII | N.º 387 REPORTAGEM Com a demolição do lote 10 no Bair- ro da Jamaica, a Câmara do Seixal antecipou para o final deste ano o realojamento das 74 famílias que re- sidem noutros três lotes do bairro. Pág. 7 SOCIEDADE A Feira do Livro no Seixal está de volta com inúmeras atividades e descontos. O Jardim da Quinta da Água, em Corroios, recebe pela pri- meira vez o certame. Pág. 5 SOCIEDADE Comissões de Utentes da Região de Setúbal elaboram caderno reivindi- cativo, num levantamento das difi- culdades sentidas pelos cidadãos a nível de acesso aos serviços públicos. Pág. 8 25 DE ABRIL SEMPRE ! Preço: 0,01 Diretora: Joana Rosa Publicidade Pág. 11 Grândola, vila morena Terra da fraternidade O povo é quem mais ordena Dentro de ti, ó cidade Dentro de ti, ó cidade O povo é quem mais ordena Terra da fraternidade Grândola, vila morena Em cada esquina, um amigo Em cada rosto, igualdade Grândola, vila morena Terra da fraternidade Terra da fraternidade Grândola, vila morena Em cada rosto, igualdade O povo é quem mais ordena À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade Jurei ter por companheira Grândola, a tua vontade Grândola a tua vontade Jurei ter por companheira À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade Esta edição contém um suplemento ENTRE TEJO E SADO DR

Pág. 11...Publicidade Publicidade Semanário Quarta-Feira | 24 de Abril 2019 | Ano XII | N.º 387 reportagem Com a demolição do lote 10 no Bair - ro da Jamaica, a Câmara do Seixal

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Page 1: Pág. 11...Publicidade Publicidade Semanário Quarta-Feira | 24 de Abril 2019 | Ano XII | N.º 387 reportagem Com a demolição do lote 10 no Bair - ro da Jamaica, a Câmara do Seixal

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SemanárioQuarta-Feira | 24 de Abril 2019 | Ano XII | N.º 387

reportagemCom a demolição do lote 10 no Bair-ro da Jamaica, a Câmara do Seixal antecipou para o final deste ano o realojamento das 74 famílias que re-sidem noutros três lotes do bairro.

Pág. 7

sociedadeA Feira do Livro no Seixal está de volta com inúmeras atividades e descontos. O Jardim da Quinta da Água, em Corroios, recebe pela pri-meira vez o certame.

Pág. 5

sociedadeComissões de Utentes da Região de Setúbal elaboram caderno reivindi-cativo, num levantamento das difi-culdades sentidas pelos cidadãos a nível de acesso aos serviços públicos.

Pág. 8

25 de abril sempre!

Preço: 0,01

Diretora: Joana rosa

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Pág. 11

Grândola, vila morenaTerra da fraternidadeO povo é quem mais ordenaDentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidadeO povo é quem mais ordenaTerra da fraternidadeGrândola, vila morena

Em cada esquina, um amigoEm cada rosto, igualdadeGrândola, vila morenaTerra da fraternidade

Terra da fraternidadeGrândola, vila morenaEm cada rosto, igualdadeO povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheiraQue já não sabia a idadeJurei ter por companheiraGrândola, a tua vontade

Grândola a tua vontadeJurei ter por companheiraÀ sombra duma azinheiraQue já não sabia a idade

Esta edição contém um suplemento

ENTRE TEJO E SADO

DR

Page 2: Pág. 11...Publicidade Publicidade Semanário Quarta-Feira | 24 de Abril 2019 | Ano XII | N.º 387 reportagem Com a demolição do lote 10 no Bair - ro da Jamaica, a Câmara do Seixal

Celebremos o 25 de Abril!Pela memória da Revolução, que derrotou o obscurantismo e a

opressão, a limitação dos direitos fundamentais, a marginalização dos trabalhadores, da juventude, das mulheres e do povo da vida política. Porque Abril deu combate firme e consequente a uma herança de repressão, guerra e degradantes condições de vida,

analfabetismo, de salários de miséria.A Constituição da República Portuguesa de 1976, ainda hoje farol e suporte da

ação política, apesar de sucessivas revisões, estas com a mira na sua desnaturação e liquidação, é fruto da Revolução de Abril. Na luta pelo seu cumprimento, aqui estamos. Em benefício do povo e do país, mas também da nossa freguesia e da população que servimos e queremos que seja cada vez mais fraterna e com melhor qualidade de vida.

Abril gerou o poder local democrático e deu asas à sua implantação e força. Mas é com preocupação que vemos a situação das autarquias, alvo de uma avançada legislativa, que altera a Lei das Finanças Locais e que se conjuga, com manifesto prejuízo, com uma Lei Quadro de transferência de competências para as autarquias e para as entidades intermunicipais.

A resposta a todos os desafios é sempre a confiança que temos nas populações e na capacidade de lutar e vencer.

Viva o 45º aniversário do 25 de Abril!Eduardo Rosa

Presidente da Junta de Freguesia de Corroios

ADmINIStrAção, reDAção e PublIcIDADeav. José antónio rodrigues, 452840-078 aldeia de paio pirestelm. 969 856 802 telf. 210 991 683 [email protected] estatuto editorial em:http://jornalcomerciodoseixalesesimbra.wordpress.comFacebook: comércio do seixal e sesimbra

Diretora comercial: Ângela rosaPaginação: Sofia Rosarepórter: Fernando soares reis cp6261colaboradores: agostinho antónio cunha, cláudia cristão co-655a, celino cunha Vieira co-760a, eunice pinto, Fernando Fitas 1843a, João araújo, José carvalho, José Henriques, José Lourenço, José mantas, José sarmento, margarida Vale, maria Vitória afonso, mário Barradas, miguel Boieiro, paulo Nascimento, pinhal dias, rui Hélder

Feio, Vitor sarmento. Impressão: Funchalense – Empresa Gráfica, S.A.rua da capela N. s.ª da conceição, 50 – morelena – pero pinheirotiragem: 15.000 exemplareso «comércio» não se responsabiliza nem pode ser responsa-bilizado pelos artigos assinados pelos colaboradores. todo o conteúdo dos mesmos é da inteira responsabilidade dos res-petivos autores.

Diretora: Joana rosa te-544aregisto do título: 125282 Depósito legal: N.º 267646/07contribuinte N.º 514 867 060Propriedade: Ângela rosaeditor: cruzada de Letras, Lda.

2 | saudações 45º aNiVersáro 25 de aBriL

Quinta do Conde com os Valores de AbrilUma Freguesia de Abril, como é o caso da autarquia da Quinta

do Conde, honra a génese e pauta a atividade pelos "valores de Abril": liberdade, democracia, participação, inclusão, progresso, cultura, dignidade e coesão social.

Respigamos da atividade recente a comemoração do Dia Inter-nacional da Mulher, com o Movimento Democrático de Mulheres, com o MURPI, com o Centro Comunitário da Quinta do Conde e, sobretudo, com muitas quinta-condenses.

Recordamos a profícua atividade cultural no Salão João Favinha com concertos, exposições e debates sobre temas da atualidade e lembramo-nos da memorável tarde cultural da Quinta do Conde na Casa do Alentejo em Lisboa.

Referenciamos as reuniões, densamente participadas, dos dirigentes associati-vos com os autarcas da Freguesia e do Município para preparar coletivamente as iniciativas conjuntas.

Damos resposta aos problemas do dia-a-dia e preparamos novos eventos, aten-tos a todos os estratos da população seja do ponto de vista social, etário ou geográfico.

Nestes eventos pontifica a celebração da "Revolução de Abril", este ano a assi-nalar 45 anos. Fazemo-lo na rua, no Parque da Vila, dia 24 à noite e 25 todo o dia, com o povo, com os membros das associações, com cultura, desporto, recreio e convívio. E encerramos as comemorações com a apresentação do livro “Forte de Peniche – Memória, Resistência e Luta”, e a participação do destacado resistente Álvaro Pato, no dia 10 de maio à noite, na Junta de Freguesia.

Viva o 25 de Abril!Vítor Antunes

Presidente da Junta de Freguesia da Quinta do Conde

SAUDAÇÃO AOS 45 ANOS DO 25 ABRILA Comissão Representativa dos Utentes dos Serviços Públicos da

Saúde da Quinta do Conde, saúda efusivamente os 45 anos do 25 Abril.É notório que uma das grandes conquistas que o 25 Abril de 74

trouxe ao País, é o Serviço Nacional de Saúde.Apesar dos constantes ataques ao seu funcionamento, introduzidos

por sucessivos Governos seja através do subfinanciamento, atribuído ao SNS, seja pelo encerramento de unidades de saúde, hospitais e centros saúde, seja pelo fecho de consultas de especialidades, seja pela má gestão de recursos humanos, tanto efectuada pelas adminis-trações hospitalares como pelas ACES, criando problemas gravíssimos e de diversa índole aos utentes.

O SNS tem sido o garante, apesar desses ataques, do acesso de todas as pessoas, independentemente da sua situação económica e social aos cuidados de saúde preventivos, curativos, de reabilitação, continuados e paliativos.

É necessário, entretanto avançar para melhorar as condições de trabalho existentes, admitir mais médicos de Medicina Geral e Familiar, só na Quinta do Conde cuja população é de cerca de 33.000 habitantes, faltam 8 Médicos de Medicina Geral e Familiar, Assisten-tes Técnicos e Operacionais, colocar em funcionamento o enfermeiro de família e colocar á disposição instalações dignas para os trabalhadores.

A resposta em cuidados domiciliários também não é eficaz.As marcações de consultas na USCP, demora mais de 90 dias.A prática da consulta de Medicina Geral e Familiar é do tipo prescritivo, ou seja, curativo

e medicamentoso e raramente incide em ações de prevenção e promoção da saúde.Não existem consultas de especialidades como Saúde Mental, Oral, Visual ou AuditivaO Governo, em vez da construção de um novo Centro de Saúde na Quinta do Conde,

como foi proposto pela Comissão de utentes, prometeu que iria remodelar as instalações do antigo e que a obra estaria concluída até 31 de Dezembro, segundo o documento enviado pela ARSVT.

Até à data nada foi feito, estando a aguardar pela concretização desta medida 18336 utentes sem médico de família e que representam 55,7 da população.

VIVA O SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE – VIVA 0 25 ABRIL DE 1974Sebastião Lameiras

Presidente da Comissão Representativa dos Serviços Públicos da Saúde da Qtª Conde

Ao falarmos do 25 de Abril de 1974, da Revolução dos Cra-vos, estamos seguramente a falar de um dos mais belos momen-tos da vida e da história do nosso Povo e de Portugal.

Hoje passados que são 45 anos sobre a Revolução dos Cra-vos é importante referenciar que o nosso 25 de Abril não acon-teceu por obra do acaso ou de geração espontânea, pois houve

quem durante perto de meio século de ditadura, ditadura militar entre 1926 e 1933 e uma ditadura fascista cinzentona, repressiva e opressiva até 1974, sim a ditadura fascista existiu, falamos de 48 anos de perseguições, de prisões, de injustas con-denações, de assassinatos, sim assassinatos, mas relevando sempre a luta de um povo que é o nosso povo. Uma palavra também incontornável para todos os capitães e soldados de Abril, que de uma forma corajosa e determinada transformaram o sonho oprimido de todo um pais em realidade, naquela manhã de Abril, devolvendo a alegria de sonhar e acreditar, pois sempre que um homem sonha o mundo pula e avança, mostrando que é possível mudar as nossas vidas para melhor.

Assisti à entrega de um povo por um sonho e uma causa, oferecendo o seu tra-balho de uma forma voluntária para uma melhor qualidade de vida, a uma população que arregaçou as mangas e criou comissões de moradores, construiu coletividades, cooperativas, promoveu sessões de animação cultural, promoveu campanhas de alfabetização, construiu escolas e equipamentos desportivos, entre muitas outras intervenções e realizações.

Penso que nunca será demais recordar para nunca mais esquecer e que fique bem presente na nossa memória coletiva, que foi a revolução dos cravos que nos devolveu a democracia, a liberdade de expressão e pensamento, a liberdade de manifestação, a liberdade de organização politica, a liberdade sindical, trouxe-nos o fim de uma guerra colonial sem sentido, estabelecemos um salário mínimo nacional, promoveu a igualdade de direitos e eleições livres, deu o direito de votar a todos os cidadãos com mais de 18 anos, estabeleceu o direito à justiça, independência e dig-nificação do Poder Judicial, a educação tornou-se também um direito, assim como a cultura, a habitação, o trabalho e o direito à reforma, criou-se um Sistema Nacional de Saúde, onde a saúde passava a ser de facto um direito, assim como o direito à greve, criando-se também o Poder Local Democrático, entre muitos outros direitos.

Por muito que pretendam branquear, distorcer e confundir a história do antes e depois de Abril, compete-nos a nós, temos a obrigação de relembrar a quem viveu e ensinar aquém não entende a razão desta comemoração, a razão de ser daquela linda manhã de Abril.

O porquê de um cravo no cano de cada espingarda.Termino apelando em forma de grito mudo mas elevando bem alto a minha voz,

para que ninguém, mas mesmo ninguém, tenha a ousadia, a prepotência e a veleida-de de “cerrar as portas que Abril abriu”.

António SantosPresidente da União de Freguesias

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| 24 de abril de 2019

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Na passagem dos 45 anos do 25 de Abril, daque-la madrugada, daquele dia inicial inteiro e limpo onde emergimos da noite e do silêncio e livres habitamos a substância do tempo, a minha primeira palavra é de saudação a todos aqueles que construíram o 25 de Abril e transformaram Portugal, devolvendo ao povo

a Liberdade.Comemorar Abril é homenagear os que estiveram na sua génese e

desenvolvimento, mas é também recordar o quanto a Democracia é importante e não pode ser dada como adquirida.

Uma segunda palavra de saudação para todos aqueles que no Seixal se empenharam na construção de um novo concelho, onde Abril foi e é sinónimo de capacidade, de entrega, de aposta na qualidade de vida da população, de recursos qualificados, de respostas adequadas às necessidades dos que aqui vivem e trabalham.

No Seixal o Poder Local Democrático soube sempre interpretar os princípios e valores de Abril, soube lutar por mais e melhor para o Município, em parceria e em cooperação, envolvendo as instituições e a população.

Esta é a data que uniu o povo aos militares e fez soltar o grito da re-volta, o som da liberdade. Aquela que fez de Portugal um país diferente, um país em construção, mas livre e democrático.

Finalmente um convite para que todos participem nas comemorações do 25 de Abril, naquelas que vão decorrer no Concelho, com um pro-grama diversificado, e no desfile na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

Comemoremos juntos os 45 anos da Revolução de Abril, um dos maiores acontecimentos da nossa história, o dia da mudança, da força de um povo!

Joaquim SantosPresidente da Câmara Municipal do Seixal

Comemorar o 45º aniversário do 25 de Abril de 1974 requer reconhecer o enorme salto em frente que as conquistas da Revolução de Abril representa-ram para Portugal: liberdade, democracia, paz, sobe-rania; a melhoria das condições de vida dos trabalha-dores e do povo com a criação ou generalização de

direitos como o salário mínimo, os contratos colectivos de trabalho, férias pagas, protecção na doença, protecção social; o Ensino Públi-co, o Sistema Nacional de Saúde e o Sistema Nacional de Segurança Social; o desenvolvimento económico assente no controlo público dos sectores estratégicos e a promoção do crescimento económico assen-te na produção nacional; o papel do Estado, dos Serviços Públicos e em particular do Poder Local Democrático na transformação do País e da vida dos portugueses, promovendo o combate às desigualdades e o desenvolvimento regional e local.

Comemorar os 45 anos passados sobre o desencadear da Re-volução dos Cravos é reconhecer que muitos sonhos e ambições que floresceram em Abril, não se concretizaram. Portugal continua amar-rado a desigualdades, injustiças, assimetrias sociais e territoriais que permanecem e se agravam. Houve retrocessos: Portugal é hoje mais dependente, menos soberano; muitos portugueses sofrem a precarieda-de, os baixos salários, as pensões e reformas insuficientes.

Comemorar 45 anos do início da Revolução de Abril é honrar os que lutaram, continuando a luta pela Liberdade, pela Democracia, pela Justiça Social, pelo Progresso, enfim, pelo Portugal que Abril anteci-pou.

Rui GarciaPresidente da AMRS

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4 | saudações 45º aNiVersáro 25 de aBriL | 24 de abril de 2019

rosto da LiberdadeoteLo NuNo romÃo saraiVa de carVaLHo (1936)

organizando-o na prática, comandan-do as operações com outros militares, a partir do posto da Pontinha, no Regi-mento de Engenharia nº 1, onde esteve em permanência desde o fim da tarde de 24 de abril até ao dia 26 de abril de 1974.

Após a revolução dos Cravos, foi nome-ado comandante do Comando Ope-racional do Continente – COPCON, integrou o Conselho da Revolução em março de 1975, assumindo o poder de facto a partir de julho do mesmo ano. A 25 de novembro de 1975, deu-se um novo golpe militar no país, que poria termo ao processo revolucionário ini-ciado com o derrube da ditadura. Otelo

foi alvo de acusações políticas de vária ordem, nomeadamente de ter pactua-do com os setores revolucionários, facto que determinou o seu regresso à patente que antes tinha e o seu afastamento da área do poder.

Autor de obras literárias com factos sobre a Revolução e a sua preparação, foi candidato à Presidência da República em 1976 e 1980 pela extrema-esquerda, tendo, da primeira destas duas tentati-vas, somado uma percentagem relativa-mente significativa de votos. Líder do partido Frente de Unidade Popular e membro na organização Forças Popula-res 25 de abril (FP-25), foi submetido a um longo e complexo processo judicial.

Mário Barradas

Militar e político, nasceu em Maputo (à época Lourenço Marques), foi responsável pelo

setor operacional da Comissão Coorde-nadora e Executiva do Movimento dos Capitães, elaborou o plano de opera-ções militares do 25 de Abril de 1974,

No ano em que se comemora o 40º Aniversário do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que está em discussão na Assembleia da República uma nova Lei de Bases da Saúde, é para nós evidente que persiste contra este serviço público um ataque concertado e intencional. Estas acções, com a intoxicação da opi-

nião pública, são desenvolvidas com o propósito de tentar passar a imagem, de um SNS ingovernável e sem soluções.

Alguns desses atos, como a recente chantagem dos principais gru-pos privados da Saúde sobre a ADSE, indiciam formas de pressão concertadas visando criar um clima favorável à adopção de medidas que fragilizem o SNS e esbulhem ainda mais os seus recursos, em favor dos interesses e lucros desses grupos empresariais.

Os meios que deveriam ser aplicados para fortalecer o SNS, são ca-nalizados para os serviços privados de saúde. As clínicas privadas de análises e outros meios complementares de diagnóstico representam já cerca de 80% da oferta, com cada vez menos exames comparticipa-dos. Meses e anos a aguardar por consultas de especialidade nos hos-pitais públicos, empurram cada vez mais utentes para o negócio abutre da medicina privada que predomina, cada vez, mais no nosso país.

Por tudo isto, e muito mais que não cabe nesta breve nota, comemo-rar os 45 anos do 25 de Abril não pode, nem deve, ser desassociado dos 40 anos do SNS que, depois da Liberdade, representa a maior conquista popular que resultou da Revolução, actuando na sua defesa, enfrentando os seus inimigos, exigindo mais investimentos, mais recur-sos técnicos e humanos, verdadeiramente ao serviço da população de forma universal e gratuita.

SÓ CONSEGUIMOS DEFENDER O SNS COM A DEFESA IN-TRANSIGENTE DO 25 DE ABRIL.

José Lourenço Representante da Comissão de Utentes da Saúde do Concelho do

Seixal

25 de Abril SempreCelebrar o 25 de Abril, o Dia da Liberdade, assu-

me-se hoje com um sentido de responsabilidade e de esperança, mas também de reflexão profunda, sobre o passado, o presente e o futuro .

Com a Revolução de Abril, Portugal reencontrou--se na sua real dimensão física, mas também encontrou uma nova pro-jeção no mundo, onde contribuiu para o surgimento de novas nações que hoje compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Reencontrou-se com o que representa a dignidade e o progresso, o desenvolvimento, proteção social e qualidade de vida para a maioria dos cidadãos.

Passaram já quarenta e cinco anos.Durante este tempo alicerçaram-se as instituições do regime de-

mocrático onde o Poder Local Democrático, sobressai como uma das grandes conquistas de Abril.

Foi o poder local – Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia – que mais perto esteve do povo, sentiu as suas aspirações e anseios, escutou as suas propostas e críticas e com ele coopera no encontro de soluções.

Não tenho qualquer dúvida em afirmar que o Poder Local foi o princi-pal motor de mudança e de desenvolvimento no Portugal Democrático.

Um serviço tantas vezes incompreendido e mal tratado pelo Poder Central, mas que nem por isso deixou de ser reivindicativo e atuante, não obstante, as limitações impostas e a escassez de meios inclusive financeiros e humanos.

Celebrar o 25 de Abril é ter consciência de que os ideais da Revo-lução estão presentes e que temos memória, amamos a liberdade e não deixaremos de lutar na defesa das suas principais conquistas.

Viva o 25 de Abril !Manuel Araújo

Presidente da Junta de Freguesia de Amora

O MDM - Núcleo do Seixal, saúda o 25 de Abril, data histórica também para as Mulheres.A REVOLUÇÃO DE ABRIL, foi o abrir de portas à conquista de direitos fundamentais para as mulheres.O MDM- Núcleo do Seixal, celebra o 45º aniversário da revolução no Seixal e em Lisboa no grande

Desfile Popular das comemorações do 25 de Abril, porque mais uma vez exigimos que os direitos das mu-lheres, se cumpram e aprofundem, para pôr fim às violências, discriminações e desigualdades que persistem na vida das mulheres.

Nestes 45 anos de Abril, vamos exigir uma verdadeira política de Igualdade, inseparável da Justiça Social, dos Valores e Direitos de Abril, do Progresso Social e Económico do País.

ABRIL 45 ANOS , UMA REVOLUÇÃO NA VIDA DAS MULHERES!IGUALDADE NA VIDA, o combate do nosso tempo.Viva o 25 de Abril!Vivam as mulheres portuguesas e a sua luta emancipadora.

Corália LoureiroMDM - Núcleo do Seixal

Em 1985 foi preso e, depois de apresen-tar recurso da sentença de condenação, foi libertado após cinco anos, ficando a aguardar julgamento em liberdade, ter-minando com a amnistia aprovada em 1996 pelo parlamento.

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sociedade | 5 | 24 de abril de 2019

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A 14ª edição d’O Livro em Festa traz muitas novidades. Para além da nova localização da feira – que

se mudará para o Jardim da Quinta da Água, em Corroios –, o certame decorre-rá durante mais tempo. Ao longo de três semanas os visitantes podem usufruir de descontos que variam entre os 10 e os 50 por cento, em todos os livros.

Até dia 12 de maio, será possível encontrar livros enquadrados nos mais diversos estilos literários a preços con-vidativos. Falamos tanto de livros mais recentes como de edições mais antigas. Paralelamente, o Livro em Festa ofere-ce um conjunto de atividades a visitan-tes, inclusivamente para aos alunos das

lho já realizado pela Biblioteca Munici-pal do Seixal.

A abertura de O Livro em Festa – Fei-ra do Livro teve lugar no dia 23 de abril, às 21h30, contando com a atuação dos solistas do Coro Geral da Escola de Arte do Independente Futebol Clube Torren-se. Durante três semanas vão decorrer atividades como a apresentação do livro O Burro Tinha Razão, de Álvaro Cunhal pela voz da ilustradora Susana Matos, no dia 24 de abril, às 14h30. Nesse dia, uma hora depois, dá-se a apresentação do livro Os Barrigas e Magriços, também de autoria de Álvaro Cunhal e com ilus-tração de Susana Matos.

No sábado, dia 27, o Grupo de Cava-quinhos da Universidade Sénior do Seixal atua no palco da feira às 15 horas. Ao final dessa tarde, às 18 horas, acon-tecerá a sessão solene comemorativa do 25 de Abril de 1974, na Assembleia de Freguesia de Corroios, seguida de uma declamação de poesia por Domingos Lobo e Manuel Diogo, do Grupo de Poe-sia Universidade Sénior do Seixal. O dia terminará com o concerto do duo musi-cal Ludgero, às 21h30.

A 29 e 30 de abril, em diversas alturas do dia, os alunos do 1º ciclo do ensino básico vão poder ouvir as Histórias na

Nova edição d’o Livro em Festa com muitas novidades

escolas dos vários níveis de ensino. Den-tro das atividades previstas estão: ateliês, horas do conto, dinamização de leitura, apresentação de livros, palestras, música e poesia.

O espaço da feira abre as portas de domingo a quinta feira, das 10 às 22 horas. Às sextas feiras, sábados e véspe-ras de feriados o espaço abre à mesma hora, mas encerra às 23 horas. O even-to decorrerá até dia 12 de maio, sendo organizado pela Câmara Municipal do Seixal, Junta de Freguesia de Corroios e pela editora Página a Página – Divul-gação do Livro e da Leitura. Com o objetivo de criar e incentivar hábitos de leitura, esta feira complementa o traba-

Feira, contadas por Andreia Salgueiro, da editora Alfarroba. No dia 2 de maio, quinta feira, decorrerá o ateliê Ver para Crer, organizado por Andreia Brites. Para o dia seguinte está agendada uma atividade direcionada aos alunos do ensi-no secundário: A Importância da Leitu-ra no Sucesso Empreendedor, a cargo de Alfredo Leite, da editora Mundo Brilhante. A atuação dessa noite será da Escola de Música Tradicional do Centro Cultural e Recreativo Alto do Moinho.

Esta feira será também marcada pelo espetáculo da Tuna da Universi-dade Sénior do Seixal no sábado, dia 4 de maio, às 15 horas. Uma hora depois, será feita a apresentação do livro Uma Flor no Meu Deserto, de Jerónimo Jarmelo. Tendo como orador convidado o escritor Modesto Navarro, este momento será ilustrado musicalmente pelo professor António Pontes e pela turma Artes do Barulho, da Unisseixal.

No dia 11 de maio, sábado, acontecerá a apresentação do livro Foi Como um Rio, de Francisco Ceia. O médico Joaquim Judas será o orador convidado deste evento em concreto. A animação no encerramento desta feira, às 21h30, será da responsabili-dade do duo musical Sons Infinitos.

Cláudia Cristão

Neste ano, a feira do livro do concelho do seixal, Livro em Festa, vai realizar-se até 12 de maio num local diferente do que em edições anteriores: o Jardim da Quinta da água, em corroios.

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o que aconteceu ao 25 de abril?

Provavelmente a primeira grande revolução que existiu, sem mencio-nar o uso do fogo, foi o Cristianismo.

Mudar de uma mentalidade politeísta para a ideia de um só Deus foi duro. E com a agravante de ser como os simples mortais fez com que as autoridades instituídas não aceitassem essa ideia. Além de lhes retirar a autoridade, arrastava as multidões que estavam domadas com " pão e circo ". Os cristão seriam assim os novos protagonistas das arenas e o povo voltaria a bater palmas e entrar em delírio.

A segunda foi o Renascimento. O antro-pocentrismo seria o mote e o motor da nova forma de estar. Deus deixava de ser o cen-tro do mundo para dar lugar ao Homem, o ser que tinha descoberto a capacidade de olhar à roda e perceber que o mundo não era apenas o que os livros ou os antigos ensinavam. Ele encheu-se de brios e soltou a sua coragem. Os portugueses foram os primeiros e deram novos mundo ao mun-do, mostrando que a Terra era redonda e que havia muito mais gentes e terras do que se pensava.

Mais tarde uma colónia inglesa torna--se independente e governa-se como bem entende. É a Revolução Americana que ensina que a mudança é sempre benéfica e que nada fica como era antes. Foi uma grande escola. Pouco tempo depois a Revolução Francesa corta com anos dum regime político que não permitia aberturas nem igualdades. Com o lema " Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", rolam as cabe-ças do rei e da rainha que não souberam acompanhar os tempos. Uma nova era nascia para não mais recuar.

É em França que acontece o Maio de 68, no século XX, uma luta que começa de forma singela e que vai abranger todos os sectores da sociedade. A universidade ensi-na matérias teóricas e práticas e a vida faz--se caminhando, numa senda de liberdade e de igualdade que se pretendia manter. Agora solta-se o " É proibido proibir " para que se estabeleça uma nova ordem social. Fervilha-se de luta e os tempos vindouros são de luz e clarividência. Assim se deseja e cuida.

Portugal continuava afastado da reali-dade. Sem saber aceitar as directivas que lhe eram dirigias, mostrando um orgu-lho antiquado e bafiento, vai seguindo um lento percurso, arrastando consigo as colónias de que não quis abrir mão. É um cancro que vai crescendo lentamente até rebentar para uma Guerra Colonial onde tantas vidas se perderam e outras ficaram sem préstimo. Em nome de algo que já não existia e guiados por quem não sabia evoluir. Os capitães revoltam-se e com uma vontade indómita e única, soltando a coragem que caracteriza as gentes lúcidas, conseguem derrubar o regime moribundo e criar um novo Abril em Portugal.

Nesse dia, 25 de Abril de 1974, a manhã nascia como sempre cheia de sons típicos da Primavera. A azáfama era costumeira e a época era dos cravos, flores simples que em jarras enfeitam salas, mesas, con-sultórios, escritórios e casas particulares. Cor que anima e que perfuma. Lisboa foi palco de algo inesperado: uma revolução

Os mais novos nada sabem do passado pois, felizmente, já nasceram em liberdade e podem usufruir das conquistas dos anti-gos lutadores. Mas esquecem-nos e não é justo. Não são os livros que relatam os factos mas sim quem os viveu. Os novos homens são ainda muito pueris. Muitos têm tudo de mão beijada sem saberem como foi duro tentar sobreviver numa sociedade onde a justiça não imperava. Que sejam dignos, respeitem e honrem quem lhes deu os ensi-namentos e a varinha mágica para viver.

Nunca se proibiu tanto como agora. É uma enorme hipocrisia que se vive. Inventaram-se novas ferramentas para que as pessoas pudessem estar próximas mas acabam por ficar afastadas. Perdeu--se o salutar hábito de conversar, frente a frente, para resolver as contendas. Agora os ataques são em todas a frentes e parece não haver vontade de encontrar o ponto de equilíbrio. É perigoso e, sem se dar conta, estão a perder-se os objectivos que coman-daram todas as operações de monta. Não se pode pensar e expressar a opinião?

Tal como o poeta falava do Quinto Império, é urgente perceber que o 25 de Abril não pode morrer. O trabalho con-tinua por fazer. Não se querem pessoas instaladas na vida mas sim dirigentes com vontade de agir em prol de todos. Não apenas dos da sua cor politica ou do seu clube desportivo. Todos. Uma sociedade é uma miríade e, como tal, aglutina-se para funcionar em pleno. Só assim está apta a funcionar. O trabalho é coletivo e não há justificação para escusar ninguém da sua parte.

Os políticos têm uma missão e devem levá-la até ao fim, com toda a dignidade e rigor. O que vimos? Pessoas que se ausen-tam sem motivo, que se fazem duplicar, que sugam o que é de todos. São depu-tados, colocados no Parlamento para nos defender e servir e não o seu oposto. Não é para se servirem. Quem os elegeu também tem o poder de os derrubar e aniquilar. Sejam realistas e não se debrucem sobre certas fantasias que não interessam a nin-guém. Temas pertinentes e úteis é que são de valor.

Ainda há fé nos bons políticos. Existem mesmo sendo poucos. Lutar contra a maré não é fácil e o sistema absorve os desali-nhados com facilidade. O poder corrom-pe e altera a integridade de tantos. Estes

6 | cuLtura

uma revolução implica mudanças de fundo, alterações que terão consequências tão importantes como desejadas. É uma espécie de massa que vai fermentando até atingir um ponto que se encontra perfeito para ser colocado no forno. Antes de tudo foi necessário fazer a planificação, encontrar os ingredientes certos e ter as mãos que se ofereciam para a mistura correcta. Nem sempre é fácil. são mais os recuos que os avanços mas quando existe vontade e determinação tudo se ajusta numa certa e determinação conjugação.

pacífica, sem sangue nem reféns. Apenas homens que se chegaram à frente sem saber se os seus intentos seriam concreti-zados. Com chaimites e alguma ingenui-dade. Conseguiram. Um deles, Salgueiro Maia, não recuou perante qualquer obstá-culo que surgisse. Firme.

O país acorda outro e os cravos que não se vendiam, por ser dia de revolução e não um como os outros, um qualquer dia de trabalho, enfeitam os canos das várias armas que não foram usadas por não terem sido necessárias. Houve enten-dimento e bom senso. Não que o medo não estivesse ao lado mas a determinação e garra foram bem mais fortes e dominan-tes. Uma estrondosa vitória. O povo festeja nas ruas pois sabe que o passado fica para trás e o que se segue é tão doce e apetitoso já que tem o nome de liberdade.

Foi ela, a Liberdade, que se soltou, que desabrochou para que todos soubessem que podiam pensar, expressar-se, respi-rar, escrever, cantar, enfim, viver sem que a mão da censura lhes apertasse o pesco-ço ou que os torturasse. Finalmente livres para construir um país novo que ansiava por ser grande e com pensamento maior. A entreajuda e a união que permitiu juntar ideais e avançar é agora colocada em práti-ca. Unem-se todos os esforços e prepara-se a sociedade aberta e de iguais oportunida-des para todos. É essa a ideia.

Aposta-se na educação, na mudança de mentalidade, ensina-se que cada dia é novo e que apesar de certas batalhas esta-rem ganhas, a guerra ainda está activa e a luta continua pois nada deve ser tomado como garantido. Festeja-se a liberdade e a nova sociedade vai sendo moldada para que se possa continuar a andar de cabeça erguida e sem medo de olhar pelo ombro. A paz foi conseguida. Primeiro com muita calma e mais tarde com segurança.

Já lá vão 45 anos. Uma vida enorme. Tantas conquistas que foram alcançadas e outras tantas que ainda precisam de ser conseguidas. Libertou-se do jugo, quebra-ram-se as amarras e as vozes soltaram-se denunciando os crimes e as atrocidades que foram cometidas. Formam-se novos partidos políticos e os que estiveram clan-destinos passaram à luz do dia para con-tinuar os seus objectivos. Primeiro com passos de bebés e de seguida com os pés seguros e decididos no caminho a fazer.

| 24 de abril de 2019

DR senhores sabem o que vale um ordenado mínimo? O que custa comprar ou alugar um apartamento modesto para se viver com dignidade? E a demanda de empre-go para pagar as continhas ao fim do mês? Não sabem nada e nem querem saber. Nasceram em berços de ouro e o futuro estava alinhavado mesmo antes de serem gente grande.

Salgueiro Maia morreu sem as honras merecidas pois teve a ousadia de enfrentar os demónios e lutar contra uma realidade concreta. Não se vendeu e a recompensa foi o esquecimento. Políticos de trazer por casa não entendem verdades. Não precisa-mos de vedetas mas de gente a sério que arregace as mangas e faça o seu trabalho. Zeca Afonso morreu sem ter usufruído de tudo a que tinha direito. Foi colocado num local sombrio onde a sua memória não fos-se incómoda. E os anónimos que deram o corpo por um amanhã bem melhor estão relegados a folhas de desaparecimento.

Vivemos tempos conturbados onde a liberdade de expressão volta a ser ensom-brada. Uns sentem-se feridos por ouvirem as verdades porque estão a ser educados dentro de bolhas que não lhes permite estar em contacto com a realidade. Tudo fere e baixa-se o nível de exigência quan-do deveria ser o seu oposto. Não se estão a preparar seres humanos mas simples reba-nhos de seres não pensantes que seguem o que lhes dizem sem contestar. Aceitam sem saberem, tão pouco, de que se trata. Isto não é evoluir. É um caminho perigoso.

As pequenas guerras partidárias lem-bram jogos de tabuleiro e as consequências não estão a ser devidamente avaliadas. As pessoas não são variáveis mas sim seres reais, de carne e osso e não podem ser con-tabilizadas como mais ou menos valias. As vinganças pessoais ferem os próprios e surtem danos colaterais mais graves que os mostrados nos filmes. A honestidade, a integridade e a justiça ficam bem ignora-das já que não têm aqui qualquer função. Um egoísmo atroz toma posse de tudo e agarra-se como uma lapa teimosa.

Onde está a sociedade para que tantos lutaram? Arquivada nas brumas de alguns que têm memória e continuam a pelejar. Não contra os moinhos, que esses servem para dar apenas cor, mas sim contra os monstros verdadeiros que teimam em que-rer fazer voltar tudo atrás e instituir uma maneira de governar onde os tiranos senti-riam vergonha por não se terem lembrado de tantas e tão ridículas limitações para colocar em prática.

Não deixem morrer o que tanto custou a conseguir, continuem a ver a revolução como um modo de vida contínuo. Ela acontece todos os dias, em todos os lugares e com todas as pessoas. As responsabilida-des são de todos e não se deve descartar a opção de ser um representante colectivo. Somos peças do mesmo jogo que mostra um xadrez complexo. Se um dia somos peões num outro poderemos vir a ser bis-pos ou rainhas, desde que tenhamos von-tade de o querer e assumir. É assim que se percebe que a revolução é um estado de espírito.

Margarida Vale

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Em 1974, o concelho do Seixal tinha 40 mil habitantes. Hoje vivem no municí-

pio 170 mil habitantes, sendo um dos con-celhos mais jovens da Área Metropolitana de Lisboa.

A Revolução de Abril foi o início de uma verdadeira transformação na vida das pessoas, no país e no concelho.

No Seixal, estava tudo por fazer. Um concelho com uma história ligada à agri-cultura, à pesca e à seca do bacalhau, e onde se foram sediando diversas indús-trias como o vidro, a cortiça e a siderur-gia.

Um concelho de trabalho, que rece-beu de braços abertos os trabalhadores de vários pontos do país que vieram à procu-ra de emprego.

Com a construção da Ponte 25 de Abril, a Margem Sul tornou-se ainda mais atrativa e local escolhido por muitas famílias para viver.

Quando se deu o 25 de Abril, o par-que habitacional não respondia às neces-sidades das pessoas. Portanto, não é de estranhar que a maioria dos movimentos sociais urbanos que surgiram no período da revolução tenham sido em torno da

questão habitacional. Assim nasceram as numerosas comissões e associações de moradores, que trabalharam em prol da sua localidade. Muitos dos elementos des-tas comissões acabaram por ingressar na vida autárquica.

Com o 25 de Abril de 1974 foram dissol-vidos os corpos administrativos do Estado Novo e nomeadas as comissões adminis-trativas para as câmaras municipais e jun-tas de freguesia, que asseguraram a gestão dos interesses locais até às primeiras elei-ções para as autarquias locais.

A 12 de dezembro de 1976, milhares

de candidatos participaram nas primeiras eleições para as autarquias locais em todo o país. Foi um ato gigantesco de envol-vimento político e de empenhamento na vida coletiva. E os homens e mulheres então eleitos foram os grandes impulsio-nadores e fundadores daquele que é hoje o Poder Local Democrático.

No Seixal, esse legado não se esquece. Somos um município de Abril, que pre-serva e valoriza as memórias e constrói um percurso de desenvolvimento econó-mico e social assente nos pilares da liber-dade e de democracia.

Comemorações dos 45 anos do 25 de abril de 1974

Poder local democrático transformou o concelho do seixal numa referência nacional

| I | 24 de abril de 2019

Por um ensino PúbliCo e universal

valorização da educaçãoQuando se deu a revolução, no conce-

lho do Seixal havia uma creche e jar-dim de infância, 14 escolas primárias, uma escola preparatória e duas escolas secun-dárias. Atualmente, existem no município 34 escolas do 1.º ciclo do ensino básico, 27

delas com educação pré-escolar, sete jar-dins de infância, oito escolas básicas dos 2.º e 3.º ciclos e cinco escolas secundárias com 3.º ciclo do ensino básico.

A educação e a escola pública de qua-lidade, universal e gratuita são o garante

da igualdade de oportunidades de aces-so ao ensino para todos, como consagra a Constituição da República Portugue-sa. A Câmara Municipal do Seixal tem defendido um investimento prioritário na educação, pelo que o concelho continua a

ser uma referência a nível nacional nesta área, designadamente em termos dos pro-jetos educativos que apostam na ligação da escola à comunidade, os quais têm con-tribuído para construir os elevados índices do sucesso educativo dos nossos alunos.

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II | | 24 de abril de 2019

Há 45 anos, a Câmara Municipal do Seixal tinha 202 trabalhadores e

14 viaturas e máquinas. Só 70 por cen-to da população tinha abastecimento público de água e apenas 45 por cen-to era servida por redes de saneamento básico.

Hoje, a autarquia conta com cerca de 1600 trabalhadores e uma frota de veículos moderna, com 238 viaturas – 4 máquinas, 156 ligeiros e 48 pesados (dos quais sete são pesados de passageiros).

Os níveis de cobertura de ambas as redes estão na ordem dos 100 por cento e temos uma água pública de excelente qualidade a baixo custo para os cida-dãos.

Ao longo dos anos, a Câmara Muni-cipal do Seixal tem apostado na quali-

ficação do serviço público municipal, com equipamentos municipais dotados de condições de acessibilidade e de efi-cácia.

Em 2005, foram inaugurados os Ser-viços Operacionais, na Cucena, o que permitiu uma gestão qualificada e mais racionalizada dos recursos humanos e do equipamento e a criação de condi-ções reais para o aumento da produti-vidade.

Em 2010, foram inaugurados os Serviços Centrais, concentrando num mesmo edifício os serviços técnicos e administrativos da autarquia, que antes estavam espalhados por vários edifícios no núcleo urbano antigo do Seixal. Esta mudança significou uma melhor ren-tabilização de recursos, a qualificação

das condições de trabalho para os fun-cionários e melhor prestação de serviço público às populações.

Além disso, os Serviços Centrais dis-põem do Balcão Único de Atendimen-to, onde são prestados vários serviços municipais num único local.

Trata-se de uma estratégia de pro-ximidade dos serviços aos cidadãos, de que são exemplo a rede de Lojas do Munícipe, espalhada pelo concelho, que permite aos munícipes o acesso a serviços municipais mesmo à porta de casa.

Outro exemplo de descentralização é a transferência de competências e recursos para as juntas de freguesia, que no dia a dia estão no terreno e apoiam as intervenções na satisfação das neces-

sidades da população.O projeto de gestão participada da

Câmara Municipal do Seixal é rea-firmado todos os dias em milhares de contactos diretos com os cidadãos, os agentes económicos e sociais e no deba-te público dos grandes projetos para o município, através do Fórum Seixal.

As reuniões da assembleia e da câmara municipal estão abertas à parti-cipação de todos, para que os munícipes possam colocar as suas questões direta-mente aos autarcas do município.

Outras áreas de intervenção são o planeamento e gestão urbanística, a mobilidade, políticas energéticas e ambientais e a segurança e proteção civil dos cidadãos.

Em 1974, a recolha de resíduos só abrangia 40 por cento da popula-

ção. Havia apenas uma viatura de reco-lha de resíduos sólidos urbanos e não existiam contentores.

Ao longo dos anos, a Câmara Muni-cipal do Seixal tem trabalhado para reduzir o tempo de permanência dos resíduos na via pública, promovendo a adequação, em diversos pontos do con-celho, dos sistemas de recolha de resídu-

os sólidos urbanos às realidades locais. Atualmente, existem mais de 2500 con-

tentores de 800 e 1000 litros de capacida-de (os denominados contentores verdes).

Nas novas zonas urbanas de elevada densidade populacional, foram adotados os sistemas semienterrados (vulgo molok) e enterrados e, nas zonas de moradias, é realizada a recolha porta a porta, através da atribuição de um contentor individual a cada habitação.

A manutenção e limpeza dos espaços públicos do município é assegurada dia-riamente através da varredura urbana, recolha de resíduos e limpeza e desmata-ção de terrenos e estradas municipais.

Há 45 anos existiam no concelho do Seixal apenas 5 parques e jardins. Atu-almente, existem mais de 40 parques urbanos e espaços verdes, que permitem o usufruto da natureza em pleno coração do concelho.

Pela importância de que se revestem as áreas de lazer na vida dos munícipes, a intervenção da Câmara Municipal do Seixal tem sido no sentido de manter, requalificar e criar novos espaços verdes e de lazer, com elevados padrões de qua-lidade, sustentáveis, tendo em considera-ção as modernas tipologias do desenho urbano, as características climáticas e a necessidade de uma gestão rigorosa do consumo de água.

serviço PúbliCo aos Cidadãos

mais proximidade e gestão participada

serviços urbanos

melhor espaço público e maior qualidade de vida

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| 24 de abril de 2019 | III

Nos inícios dos anos 70, existiam no concelho do Seixal somente 13 coleti-

vidades e associações não lucrativas. Hoje existem mais de 300.

Mesmo antes do 25 de Abril de 1974, já as coletividades exerciam o direito de livre associação, de reunião, de expressão e de opinião. A prática da democracia e da liberdade era uma realidade na sua vida interna. Foram, por isso, polos importan-tes de resistência antifascista.

As coletividades começaram por ser espaços de recreio e de convívio, mas depressa se tornaram essenciais no ensino da música e da formação de bandas filar-mónicas, de grupos de teatro e realização de tertúlias.

Com a Revolução de Abril, o movimen-to associativo popular conheceu um novo e diversificado crescimento, não só as cole-tividades de cultura, recreio e desporto, mas também associações de âmbito social,

de reformados, de pessoas com deficiência, associações juvenis e de estudantes, asso-ciações ambientais, associações de pais, entre muitas outras.

Em 1974, não existiam associações de reformados no concelho. Hoje, existem 12, 11 delas com centros de dia e convívio, e duas ainda com lares para idosos, constru-ídas pela câmara municipal, que considera que são um fator determinante na promo-ção do bem-estar daqueles que trabalha-ram toda a vida para ajudar a construir o concelho que o Seixal hoje é.

Quanto a associações jovens, existem 29 no concelho, e espaços municipais cria-dos para dar voz aos projetos da juventude, nas mais diversas áreas, como é o caso do Centro de Apoio ao Movimento Associati-vo Juvenil, o Espaço Arte Jovem ou a Ofi-cina da Juventude de Miratejo. Iniciativas como o Março Jovem, À Babuja – Festi-val de Street Art do Seixal, Seixal Férias

ou Drive in Art são já reconhecidas pelo seu êxito entre a juventude e pela parce-ria entre câmara municipal e associações juvenis.

A agenda desportiva, cultural e social é diversificada e com eventos durante todo o ano, para todas as idades, seja com oferta municipal, seja com projetos do movimen-to associativo popular, parceiro insubsti-tuível da autarquia.

Exemplo do trabalho de parceria são iniciativas desportivas e culturais como o Festival de Teatro do Concelho do Seixal, a Mostra Cultural Associativa, a Seixalía-da, os Jogos do Seixal, entre muitas outras.

A Câmara Municipal do Seixal ofere-ce uma programação cultural regular nos auditórios municipais do Fórum Cultu-ral do Seixal e do Cinema S. Vicente, na Biblioteca Municipal e nos núcleos do Eco-museu Municipal, nas galerias municipais e na Oficina de Artes Manuel Cargaleiro.

Mas muitas outras se realizam em todo o concelho, como os Concertos na Fidalga, O Livro em Festa ou o Festival do Maio, este último que decorre este ano pela pri-meira vez, nos dias 10 e 11 maio, no novo Parque Urbano do Seixal, na Mundet.

Ao nível desportivo, o Seixal cumpre o lema do Desporto para Todos, desenvol-vendo projetos e programas onde todos estão incluídos. Escolas, movimento asso-ciativo e instituições participam ativa-mente, contribuindo para que o concelho tenha um dos mais elevados índices de prática desportiva a nível nacional.

Equipamentos desportivos de qualidade e espaços públicos adequados à pratica de várias modalidades permitem a realização de eventos desportivos de referência como o Agita Seixal, o Corta-Mato Cidade de Amora, o Troféu de Atletismo do Seixal ou o Campeonato de Futsal do Concelho do Seixal.

Cultura, desPorto, juventude e assoCiativismo

enorme dinâmica em prol da população

II | | 24 de abril de 2019

Há 45 anos, a Câmara Municipal do Seixal tinha 202 trabalhadores e

14 viaturas e máquinas. Só 70 por cen-to da população tinha abastecimento público de água e apenas 45 por cen-to era servida por redes de saneamento básico.

Hoje, a autarquia conta com cerca de 1600 trabalhadores e uma frota de veículos moderna, com 238 viaturas – 4 máquinas, 156 ligeiros e 48 pesados (dos quais sete são pesados de passageiros).

Os níveis de cobertura de ambas as redes estão na ordem dos 100 por cento e temos uma água pública de excelente qualidade a baixo custo para os cida-dãos.

Ao longo dos anos, a Câmara Muni-cipal do Seixal tem apostado na quali-

ficação do serviço público municipal, com equipamentos municipais dotados de condições de acessibilidade e de efi-cácia.

Em 2005, foram inaugurados os Ser-viços Operacionais, na Cucena, o que permitiu uma gestão qualificada e mais racionalizada dos recursos humanos e do equipamento e a criação de condi-ções reais para o aumento da produti-vidade.

Em 2010, foram inaugurados os Serviços Centrais, concentrando num mesmo edifício os serviços técnicos e administrativos da autarquia, que antes estavam espalhados por vários edifícios no núcleo urbano antigo do Seixal. Esta mudança significou uma melhor ren-tabilização de recursos, a qualificação

das condições de trabalho para os fun-cionários e melhor prestação de serviço público às populações.

Além disso, os Serviços Centrais dis-põem do Balcão Único de Atendimen-to, onde são prestados vários serviços municipais num único local.

Trata-se de uma estratégia de pro-ximidade dos serviços aos cidadãos, de que são exemplo a rede de Lojas do Munícipe, espalhada pelo concelho, que permite aos munícipes o acesso a serviços municipais mesmo à porta de casa.

Outro exemplo de descentralização é a transferência de competências e recursos para as juntas de freguesia, que no dia a dia estão no terreno e apoiam as intervenções na satisfação das neces-

sidades da população.O projeto de gestão participada da

Câmara Municipal do Seixal é rea-firmado todos os dias em milhares de contactos diretos com os cidadãos, os agentes económicos e sociais e no deba-te público dos grandes projetos para o município, através do Fórum Seixal.

As reuniões da assembleia e da câmara municipal estão abertas à parti-cipação de todos, para que os munícipes possam colocar as suas questões direta-mente aos autarcas do município.

Outras áreas de intervenção são o planeamento e gestão urbanística, a mobilidade, políticas energéticas e ambientais e a segurança e proteção civil dos cidadãos.

Em 1974, a recolha de resíduos só abrangia 40 por cento da popula-

ção. Havia apenas uma viatura de reco-lha de resíduos sólidos urbanos e não existiam contentores.

Ao longo dos anos, a Câmara Muni-cipal do Seixal tem trabalhado para reduzir o tempo de permanência dos resíduos na via pública, promovendo a adequação, em diversos pontos do con-celho, dos sistemas de recolha de resídu-

os sólidos urbanos às realidades locais. Atualmente, existem mais de 2500 con-

tentores de 800 e 1000 litros de capacida-de (os denominados contentores verdes).

Nas novas zonas urbanas de elevada densidade populacional, foram adotados os sistemas semienterrados (vulgo molok) e enterrados e, nas zonas de moradias, é realizada a recolha porta a porta, através da atribuição de um contentor individual a cada habitação.

A manutenção e limpeza dos espaços públicos do município é assegurada dia-riamente através da varredura urbana, recolha de resíduos e limpeza e desmata-ção de terrenos e estradas municipais.

Há 45 anos existiam no concelho do Seixal apenas 5 parques e jardins. Atu-almente, existem mais de 40 parques urbanos e espaços verdes, que permitem o usufruto da natureza em pleno coração do concelho.

Pela importância de que se revestem as áreas de lazer na vida dos munícipes, a intervenção da Câmara Municipal do Seixal tem sido no sentido de manter, requalificar e criar novos espaços verdes e de lazer, com elevados padrões de qua-lidade, sustentáveis, tendo em considera-ção as modernas tipologias do desenho urbano, as características climáticas e a necessidade de uma gestão rigorosa do consumo de água.

serviço PúbliCo aos Cidadãos

mais proximidade e gestão participada

serviços urbanos

melhor espaço público e maior qualidade de vida

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IV | | 24 de abril de 2019

desenvolvimento eConómiCo e turismo

aproveitar o potencial e investir no futuroO rio Tejo sempre teve um papel

fundamental na vida do concelho. Em redor da Baía do Seixal, fixaram- -se várias unidades fabris, aproveitando a sua proximidade para fazer o trans-porte f luvial dos produtos. Estas fábri-cas foram grandes impulsionadoras do desenvolvimento económico do Seixal.

Em 1974, o município era, por isso, fortemente industrializado, com fábri-cas de diversos setores: lanifícios, vidros, produtos químicos, cortiça, conservas de peixe e siderurgia.

Atualmente, a matriz industrial mantém-se, a par de uma forte dinâ-mica empresarial. Existem no concelho vários parques económicos, com todas as condições para receber empresas que aqui se queiram sediar.

É o caso da Hovione, uma farmacêu-tica que vai instalar-se no Seixal e criar 200 novos postos de trabalho. Mas tam-bém existem empresas já sediadas que

querem continuar a apostar no Seixal, como a Siemens, que anunciou recen-temente o aumento da produção em 60 por cento e a contratação de mais 100 trabalhadores.

A reconversão da área da antiga Siderurgia Nacional integra o projeto Arco Ribeirinho Sul, que prevê no local a criação de uma plataforma empresa-rial, logística e industrial, mas também centrada na inovação, turismo e servi-ços. Este projeto tem sido internaciona-lizado através da marca Lisbon South Bay.

O turismo é, sem dúvida, uma das mais recentes apostas do município e, como resultado desta estratégia, tem- -se verificado o aumento do número de turistas.

Segundo dados de 2018, recorreram ao Posto Municipal de Turismo 5246 visitantes, sendo que 63 por cento eram turistas nacionais e 37 por cento estran-

geiros, a maioria vindos de França, Rei-no Unido e Alemanha.

Foram ainda realizados 36 circuitos turísticos em 2018 num total de 1591 participantes, e 21 passeios no Tejo, com 906 participantes.

Com uma frente ribeirinha única e requalificada, condições ótimas para desportos náuticos e uma estação náu-tica com condições de acostagem e de fundeadouro e diversos serviços para os nautas, o Seixal tem todo o potencial para se afirmar como destino turístico privilegiado.

Aliás, são cada vez mais as empre-sas marítimo-turísticas que operam no concelho, aproveitando as potencialida-des da Baía do Seixal e das zonas ribei-rinhas.

Surgem também cada vez mais espa-ços de restauração, com uma variada oferta gastronómica e conceitos inova-dores.

O Hotel Mundet é uma unidade hoteleira de 4 estrelas que vai nascer no espaço da antiga fábrica de cortiça. A previsão é de que esteja construído daqui a dois anos. Terá um business center, spa e health club, piscina e bar na cobertura e estacionamento subter-râneo, num investimento de mais de 7,5 milhões de euros.

O próximo investimento a avan-çar será o hotel e porto de recreio do Seixal, dois projetos complementares. Por um lado, o porto de recreio, situado entre o molhe da antiga ponte-cais da Transtejo e o estaleiro da Navaltagus, irá permitir a potenciação da náutica de recreio e da vinda de turistas ao conce-lho. Por outro, o hotel irá permitir que possam ficar e visitar locais de interesse histórico e patrimonial, ir aos restau-rantes locais e usufruir da vista privile-giada sobre o plano de água e sobre o porto de recreio.

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reportagem | 7 | 24 de abril de 2019

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Foi no passado dia 12 de abril que arran-caram os trabalhos

de demolição do lote 10 do bairro da Jamaica, nome pelo qual é mais conheci-do o conjunto de urbaniza-ções de Vale de Chícharos. Depois do realojamento, em dezembro do ano passado, das 187 pessoas que viviam na torre 10, teve início a demolição deste bloco, que deverá estar concluída no prazo máximo de quatro semanas.

De acordo com Joaquim Santos, presi-dente da Câmara Municipal do Seixal, o realojamento das 64 famílias que viviam na torre em questão ocorreu em várias habitações situadas em diversos pontos do concelho. “São pessoas que estão integradas nas suas comunidades, sem nenhum tipo de problema e por isso este é um modelo de sucesso e queremos ago-ra replicar para os outros três blocos.”

Atualmente, a autarquia do Seixal já está a elaborar e coordenar os processos de realojamento das famílias que resi-dem em três torres do bairro da Jamaica, embora a conclusão desta ação estivesse prevista apenas para 2022. Até ao final de 2019, a Câmara quer concluir estes processos, com a garantia de que a popu-

lação já estará a residir nas novas habi-tações que a autarquia vai adquirir com o apoio da Santa Casa da Misericórdia do Seixal.

Inicialmente estava apenas previsto para 2019 o realojamento de um bloco, no qual vivem 38 famílias “mas face ao sucesso do realojamento do primeiro blo-co, a senhora vereadora Manuela Calado propôs que em vez de um avançássemos para três blocos; como temos condições financeiras e materiais para o fazer deci-dimos avançar”, indicou o autarca Joa-quim Santos.

À semelhança do que aconteceu ante-riormente, os próximos realojamentos vão englobar um investimento da Câma-ra Municipal do Seixal e do Governo.

“Num cenário ideal os esfor-ços deveriam ser repartidos, mas neste caso a Câmara vai custear 60% do esfor-ço financeiro e o Governo os restantes 40%”, referiu o presidente da Câmara. “Esperamos que o gover-no consiga ter mais meios para dotar este tipo de polí-ticas com um maior reforço financeiro para que se consi-ga alcançar um maior equi-líbrio entre os esforços das partes”, acrescentou.

No total, a autarquia e ao Estado vão fazer um investimen-to inicial de 15 milhões de euros; cerca de 8 milhões vão ser pagos pela Câma-ra do Seixal. Trata-se de um valor que não inclui as demolições, a reabilitação das casas adquiridas e, eventualmente, o diferencial entre o valor das habitações e os valores estabelecidos pela legislação. “Podemos sempre dizer que os 15 milhões são o valor mínimo que será dispendido pelo Estado e pela autarquia; o valor des-te realojamento será com certeza supe-rior mas no entanto vamos avançar. Não temos nenhum problema desse ponto de vista. Queremos concretizar este investi-mento nesta área prioritária”, concluiu Joaquim Santos.

Cláudia Cristão

demolição no Bairro da JamaicaJá teve início a demolição do lote 10 de Vale de chícharos. a câmara municipal do seixal quer antecipar todo processo, prevendo realojar as 74 famílias que residem noutras três torres até ao final deste ano.

Portugal Culturae reCreio Comemora

59º aniversário

A coletividade assinala o seu ani-versário com uma sessão solene no próximo dia 25 de abril, organizando também o tradicional almoço comemo-rativo da Revolução dos Cravos.

No próximo dia 25 de abril a Associa-ção Portugal Cultura e Recreio realiza o tradicional almoço de comemoração da Revolução dos Cravos e a sessão solene comemorativa do 59º aniversário desta co-letividade, onde atuará o cantor Mário Bar-radas, recordando as canções e os poetas da época. A entrada é livre e as marcações estão abertas para o almoço no bar/res-taurante da coletividade.

Fundado a 1 de abril de 1960 na Quin-ta Manuel André, a Associação Portu-gal Cultura e Recreio foi fundamental na promoção e divulgação da cultura, assim como no entretenimento dos novos habi-tantes que se fixavam nos bairros nascidos em redor do centro do Seixal.

Hoje situado numa sede ampla e com campo polidesportivo na Quinta do Lírio, continua a ter a mesma função social, ten-do uma oferta acentuada de atividades des-portivas e uma escola de música.

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8 | sociedade | 24 de abril de 2019

comissões de utentes da região de setúbal reuniram na Quinta do conde para elaborarem caderno reivindicativo

autarquias e movimento associativo preparam conjunto de iniciativas

Proceder ao levantamento das dificuldades com que os cidadãos se debatem em matéria de acesso aos serviços públicos, à saúde e à mobilidade e colher contributos para a elaboração de uma resolução a remeter aos responsáveis pelas referidas áreas, constituiu o tema de um encontro de comissões de utentes da região de setúbal, realizado na Quinta do conde.

A reunião efetuada a 13 de abril nas instalações da Jun-ta de Freguesia contou com

a participação das estruturas repre-sentativas dos utentes dos trans-portes da Margem Sul e Montijo e das comissões de utentes do Seixal, Almada, Quinta do Conde e Baixa da Banheira. Visou, assim, a tomada de uma posição face à degradação dos serviços prestados às populações naqueles importantes domínios da vida dos cidadãos.

De acordo com o projeto de reso-lução saído do aluído encontro, os utentes defendem a manutenção e o reforço de profissionais na urgên-cia pediátrica do Hospital Garcia de

Orta e a reabertura das valências encer-radas nos restantes hospitais da região. Defendem também o completo apro-veitamento do hos-pital do Montijo, a construção do hospital no Seixal e um efetivo investi-mento nos cuidados de saúde primários, dotando-os dos res-

petivos recursos humanos e de infra--estruturas que sirvam efetivamente as populações.

De acordo com o documento, é ainda reclamado mais investimento na rede de transportes ferroviários, rodoviários e f luvial, valorizando a mobilidade na Área Metropolitana, em ordem a potenciar a redução do preço dos passes sociais recentemen-te ocorrida.

Segundo o projeto de resolução que será submetido à apreciação de todas as estruturas dos utentes da Margem Sul do Tejo, é ainda defen-dida a reabertura das estações de correios encerradas nos últimos anos e a manutenção de todos os centros

O encontro ocorrido a 9 de abril, na Junta de Freguesia, reuniu mais de duas dezenas

de agremiações sediadas na locali-dade, as quais perspetivaram, entre outras iniciativas, as comemorações da Revolução de Abril, a Festa da Família e das Tradições, os Santos Populares e o Festival do Caracol.

A distribuição gratuita de stands e tasquinhas pelas várias associações

de cauda, abrindo assim a possibilida-de dos habitantes da localidade poderem usufruir de eventos na área da música clássica, logo, diver-sificando o leque de atividades e expres-sões artísticas que até agora lhes era oferecido.

Presente no encontro, Sérgio Marcelino, vere-ador da Câmara Municipal de Sesimbra responsável pelo pelouro das infra-estruturas, congratulou-se com a adesão registada, o espírito de entreajuda nele evidenciado e com as preocupações manifestadas pelos intervenientes. “Este é um excelen-te exemplo do trabalho que todos devemos protagonizar, porque é um trabalho que nos cabe a todos”, sus-tentou.

de distribuição pos-tal em funciona-mento, tal como o cumprimento dos tempos de entrega de correspondência.

A eliminação das taxas modera-doras e a redução das taxas bancárias como a garantia de serviços mínimos para manutenção de conta sem custos para os utentes são outras das reivin-dicações expressas na citada reso-lução, a qual reclama igualmente a redução do valor das tarifas domésti-cas de eletricidade e gás.

Na opinião das estruturas que ela-boraram o documento, “estas são algumas das matéria que preocu-pam os cidadãos que utilizam esses serviços, razão pela qual integram o conjunto de reivindicações que as comissões de utentes consideram prementes, tendo em vista a defesa dos serviços públicos e o seu papel para o desenvolvimento do país, para a coesão nacional e para a vida dos portugueses”.

Antecedendo o início dos traba-

que manifestaram interesse em tomar parte nos referidos eventos promovidos em parceria com o movimento asso-ciativo, constituiu um momento de especial significa-do. Trata-se de um modo de proporcio-nar às instituições associativas a anga-riação de receitas tendentes à manu-

tenção das suas regulares atividades.No decurso da reunião, Vítor

Antunes, presidente da autarquia quintacondense, salientou o traba-lho de pareceria que tem sido levado a cabo com as coletividades, subli-nhando ainda o investimento que a Junta tem efetuado nos domínios da promoção, fruição e divulgação da cultura. Nesses aspetos, destaca--se a recente aquisição de um piano

A reunião registou ainda a presen-ça de vários técnicos do município sesimbrense que sensibilizaram os dirigentes associativos da freguesia para a importância da divulgação das suas iniciativas nos meios que a edilidade possui para o efeito, em ordem a que os leitores desses meios possam tomar conhecimento dos acontecimentos que ocorrem na Quinta do Conde.

lhos, Vítor Antunes, presidente da autarquia quintacondense, na sua qualidade de anfitrião, saudou a rea-lização do encontro na mais jovem freguesia do concelho de Sesimbra, e do trabalho desenvolvido ao longo dos anos pela comissão dos utentes da saúde tendente à elevação das condições de acesso aos cuidados de saúde primários. O autarca deu ainda conta de algumas necessidades sentidas pela população local, entre elas uma escola secundária e um lar de idosos, equipamentos que há três anos foram objeto de aprovação pela Assembleia da República de projetos de recomendação ao Governo, mas que este teima em ignorar.

preparar os aspetos organizativos de um conjunto de acontecimento festivos programados para os próximos meses, assumiu-se como o tema de uma reunião entre a Junta de Freguesia da Quinta do conde, a câmara municipal de sesimbra e as coletividades locais.

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ageNda | 9

JAzz: Arte De ImProvISAção e crIAtIvIDADe

Até ao dia 27 de abril é possí-vel visitar a exposição bibliográfi-ca “Jazz: Arte de Improvisação e Criatividade” a decorrer na sala de leitura da Biblioteca Munici-pal de Sesimbra, no piso 1, en-quadrada no Dia Internacional do Jazz, celebrado a 30 de abril.

Este género musical, cujas in-f luências se devem à cultura africana, esteve muito associado à luta pela liberdade e à abolição da escravatura.

A criação do Dia Internacional do Jazz, levada a cabo pela Unesco, surgiu para lembrar a importância deste género musical, assim como o seu contributo na promoção de diferentes culturas e povos. Para esta exposição, a Biblioteca Municipal selecionou um conjunto de documen-tos de modo a que conheça um pouco mais sobre o jazz e os seus intér-pretes.

erA umA vez… Que erA umA vez!

SóNIA ArAúJo trAz eSPetáculo INFANtIl Ao SeIXAl

tIAgo betteNcourt AtuA em SeSImbrA

Autor de várias músicas de referência na música portu-guesa, Tiago Bettencourt atua no Cineteatro Municipal de Sesimbra a 27 de abril, sábado, às 21h30. Neste concerto, o ar-tista vai apresentar o seu sexto disco, A Procura. Lançado em 2017, o álbum tem uma sonori-dade que junta a música pop, a acústica trovadoresca e as eletrónicas discretas.

Temas inesquecíveis como Carta e Laços, são canções que o artista compôs e interpretou na banda Toranja. A simplicidade dos seus poe-mas e melodias tem marcado a carreira a solo que o cantor português começou a construir em 2006.

Depois de cinco álbuns editados, Tiago lançou o álbum A Procura, um disco em que colaborou com artistas como Márcia e Vanessa da Mata. Para ouvir as canções deste álbum e tantos outros sucessos do cantor pode adquirir os ingressos na bilheteira do Cineteatro Municipal e no Spot Jovem, na Quinta do Conde.

DR

10.º Fórum PArA A cIDADANIA AborDA o tráFIco De SereS humANoS

O edifício da Câmara Muni-cipal do Seixal vai receber a 30 de abril, terça feira pelas 14h15, a décima edição do Fórum para a Cidadania, centrado no tema do tráfico de seres humanos. Esta iniciativa está integrada nas comemorações do 45º aniversá-rio do 25 de Abril e no âmbito do Dia Municipal da Comunidade Migrante e contará com Manuela Calado, vereadora do Pelouro da Educação, Desenvolvimento Social, Juventude e Gestão Urbanística da Câmara Municipal do Seixal, e Ro-mualda Fernandes, vogal do conselho diretivo do Alto Comissariado para as Migrações. Depois do visionamento da curta-metragem “Terra Amarela”, terá lugar a mesa de comunicações: Tráfico de Seres Hu-manos: Dimensões e Respostas, pretendendo-se dar a conhecer as di-mensões do fenómeno no contexto global e nacional. As inscrições para este fórum devem ser feitas até dia 26 de abril através do mail: [email protected].

DR A Animateatro convida a as-

sistir à peça “Era uma vez…que era uma vez!” no dia 5 de maio, domingo, às 16 horas. O Cinema S. Vicente, em Paio Pires, é o pal-co escolhido para a apresentação desta peça.

O musical produzido pela cooperativa cultural GATEM – Espelho Mágico, de Setúbal, en-globa cinco histórias tradicionais contadas e recontadas através dos tempos em locais diversos. Há a história de uma lebre muito veloz, de um leão e um pequeno ratinho, de um corvo e de uma raposa matreira e de um meni-no que fazia tudo ao contrário. Todas as histórias espelham um convite aos sonhos que moram no teatro.

A adaptação livre dos textos “A lebre e a tartaruga”, ” O Leão e o rato”, “O corvo e a raposa” (Esopo e La Fontaine) e “João Pateta” (Guerra Junqueiro) está a cargo de Céu Campos e Miguel Assis. Já o elenco é composto por Jéssica Ricardo, Céu Campos, Cláudio Pinela e Miguel Assis (que também assegura a encena-ção da peça).

DR

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Com uma carreira televisiva consolidada na área da apresen-tação, Sónia Araújo estreia o es-petáculo “Sónia e as Profissões”, no qual se apresenta como can-tora, atriz e bailarina. A 27 de abril, pelas 16 horas, Sónia traz este espetáculo à zona ribeirinha do Seixal.

Nesta vertente artística, Sónia Araújo faz-se acompanhar por um elenco de atores e bailarinos que, através da música e dança, preten-dem transmitir aos mais pequenos a importância das profissões. Com canções divertidas, o elenco quer transmitir a verdadeira essência da amizade e da entreajuda. Destinado a um público infantil e juvenil, este espetáculo está integrado nas comemorações do 45.º aniversário do 25 de Abril. A entrada para este evento é livre.

DR

DR

| 24 de abril de 2019

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10 | Lazer

A imaginação fértil de June, uma menina muito criativa, ganha vida com a história que imagina de um magnífico parque de di-versões cheio de escorregas, rodas gigantes, jardins e animais falantes. A pequena June diverte-se a inventar estas histórias e lugares onde todos vivem em paz e harmonia.

Anos mais tarde, June apercebe-se de que o parque de diversões se transformou num sítio cada vez mais desorganizado e em “de-cadências inventiva”, devendo-se ao seu des-cuido. Assim, com a ajuda de alguns bons amigos, June renova todas as brincadeiras, devolvendo ao lugar a grandiosidade e di-versão dos seus tempos áureos de infância. Filomena Cautela, Vasco Palmeirim e Nuno Markl emprestam as suas vozes às persona-gens deste filme.

Salvador Sobral, vencedor do Festival da Eurovisão em 2017, lançou o seu novo álbum, Paris, Lisboa. A inspiração para este título assenta destas duas cidades que foram marcantes no processo de construção do disco. Espelha também uma homenagem do cantor ao filme Paris, Texas, um clássi-co de Wim Wenders que marcou Salvador Sobral.

O novo álbum é composto por 12 can-ções, das quais sete são cantadas em por-tuguês. O artista apresenta dois duetos: um com António Zambujo, numa nova versão de “Mano a Mano” e outro com Luísa So-bral, numa canção de autoria da própria, “Prometo Não Prometer”. O sucessor de Excuse Me, álbum de 2016, é produzido por Joel Silva, tendo o selo da Valentim de Carvalho.

cinema

Sudoku

Sopa de letraS

21-03 a 20-04

21-06 a 23-07

21-04 a 21-05

21-04 a 21-05

24-07 a 23-08

24-09 a 23-10

24-08 a 23-09

24-10 a 22-11

23-11 a 21-12

22-12 a 20-01

21-01 a 19-02

20-02 a 20-03

dr

SOLUÇÃO

25 De AbrIl

música

PArIS, lISboA

Carneiro

Touro

Gémeos

Caranguejo

Leão

Virgem

Balança

Escorpião

Sagitário

Capricórnio

Aquário

Peixes

LisBoa poVo ditaduracraVos armas capitaesreVoLucao caetaNo zecaspiNoLa LiBerdade carmogeNerais graNdoLa taNQues

dr

PArQue DAS mArAvIlhAS

Amor: Está hipersensível. Procure não fazer julgamentos precipitados. Seja imparcial!Saúde: Tente fazer uma alimentação mais equilibrada.Dinheiro: Não corra riscos desnecessários, seja prudente.Números da Semana: 1, 9, 11, 28, 31, 34

Amor: Irá viver momentos escaldantes com a pessoa que ama. Comece o seu dia feliz, pense no Bem!Saúde: Não coma demasiados doces.Dinheiro: Não gaste mais do que as suas possibilidades.Números da Semana: 8, 26, 33, 54, 68, 76

Amor: A sua sensualidade e beleza vão partir muitos co-rações.Saúde: Vigie a sua alimentação.Dinheiro: Esta é uma ótima altura para tentar reduzir os seus gastos.Números da Semana: 14, 27, 30, 34, 36, 38

Amor: Partilhe os seus sentimentos e decisões com a pes-soa que ama. Seja paciente e compreensivo com as pessoas que vivem a seu lado!Saúde: Com disciplina e controlo melhorará certamente.Dinheiro: Uma pessoa amiga vai precisar da sua ajuda.Números da Semana: 13, 19, 24, 29, 35, 36

Amor: Passeie mais com os seus familiares. Não basta dar aos filhos a alimentação e educação. Dê-lhes o seu exemplo de honestidade, trabalho e dignidade!Saúde: Estabilidade física e espiritual.Dinheiro: Não é o momento ideal para investimentos.Números da Semana: 2, 4, 7, 12, 16, 17

Amor: A relação com os seus amigos estará agora muito evidenciada.Saúde: Poderá ter problemas de intestinos.Dinheiro: Não seja pessimista e lute por atingir todos os seus objetivos.Números da Semana: 8, 16, 33, 38, 42, 46

Amor: Esqueça um pouco o trabalho e dê mais atenção à sua família. Procure intensamente sentimentos sólidos e duradouros, espalhando em seu redor alegria e bem-estar!Saúde: Poderá andar muito tenso.Dinheiro: Período positivo e atrativo.Números da Semana: 18, 25, 29, 33, 36, 39

Amor: Um amigo irá declarar-lhe uma paixão por si. Seja grato a Deus que lhe dá tanta felicidade e procure espalhar a seu redor alegria e paz!Saúde: Cuide melhor da sua alimentação.Dinheiro: Pode ter uma nova proposta de trabalho.Números da Semana: 14, 26, 28, 31, 37, 42

Amor: Uma nova amizade ou uma relação mais séria po-derá surgir. Enfrente a vida tal como ela se lhe apresenta.Saúde: A sua emoção será a causa de alguns transtornos físicos. Dinheiro: A vida profissional está em alta.Números da Semana: 2, 25, 29, 30, 34, 42

Amor: O amor é um sentimento belo, não faça dele uma obrigação. A luz de Deus enche o mundo, procure recebê--la e sentir em si os seus benefícios!Saúde: Cuidado com as quedas.Dinheiro: Tudo estará a correr pelo lado mais favorável.Números da Semana: 5, 15, 20, 28, 35, 39

Amor: Procure dar um pouco mais de atenção às crianças da sua família.Saúde: Evite gorduras na sua alimentação porque o coles-terol tem tendência a subir.Dinheiro: A sua situação económica manter-se-á estável.Números da Semana: 19, 24, 26, 38, 39, 42

Amor: Não viva obcecado com a ideia de perder a pessoa que tem ao seu lado, aproveite antes todos os momentos que tem para estar com o seu companheiro.Saúde: Não se desleixe e cuide de si.Dinheiro: As suas economias estão a descer, tenha cuidado.Números da Semana: 3, 9, 15, 18, 27, 29

24 de abril a 2 de maio

| 24 de abril de 2019

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desporto | 11

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o atleta de downhill alcançou a vitória desta etapa da taça de portugal. contando com o apoio do Jornal comércio do seixal e sesimbra, “mangelo” prepara-se agora para o campeonato da europa de downhill, que decorrerá em pampilhosa da serra.

| 24 de abril de 2019

miguel santos vence 4ª prova da taça de portugal

Miguel Santos, conhecido como “Mangelo”, ganhou a 4ª prova da Taça de Portugal de Downhill.

Realizada em Boticas, a competição decorreu nos dias 13 e 14 abril. O desportista que conta, entre outros apoios, com o patrocínio do Jor-nal Comércio do Seixal e Sesimbra, concluiu a final da prova em sensivelmente duas horas

e 24 minutos, sagrando-se vencedor.“Mangelo” parte para a 5ª e última prova

da Taça com apenas 10 pontos de diferen-ça em relação a José Sousa, desportista que tem, até ao momento, mais pontos conquis-tados em todas as provas da Taça de Portu-gal. Assim, a última prova será decisiva para ser encontrado o vencedor da Taça.

O atleta prepara-se agora para partici-par, entre 2 e 5 de maio, no Campeonato da Europa de Downhill. Esta competição decorrerá, pelo segundo ano consecutivo, em Pampilhosa da Serra, no território das Aldeias do Xisto, trazendo os melhores atle-tas europeus de BTT Downhill a Portugal.

Cláudia Cristão

Circuito Tonificação geral TRXExecutar 20 repetições dos exercícios (1 ao 4) fazendo intervalos de 10 segundos entre cada exercício, no final do exercício número 4, completou uma ronda. o objectivo é durante 20 minutos fazer o maior número de rondas.

1 – Agachamento trX 2 – remada trX 3 – bicep curl trX 4 – crunch trX

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12 | puBLicidade | 24 de abril de 2019