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( - SEPARATA DO BGPM Nº 050 de 11 de julho de 2002 -) Página: ( - 996 - ) RESOLUÇÃO CONJUNTA Nr 001/2002-PMMG-CBMMG-IPSM Aprova o Plano Diretor para Reformulação do Sistema de Saúde, implanta o novo modelo de gestão do Sistema de Saúde, e constitui e nomeia o Conselho Gestor do Sistema de Saúde PMMG-CBMMG-IPSM. O CORONEL PM COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos VI e XI, do artigo 6º do Regulamento de Competências e Estrutura da Polícia Militar (R-100), aprovado pelo Decreto Estadual nº 18.445, de 15 de abril de 1977, o CORONEL BM COMANDANTE-GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS, no uso de suas atribuições previstas no parágrafo 1º, do artigo 12 e no art. 31 da Lei Complementar nº 54, de 13 de dezembro de 1999, e o CORONEL PM QOR DIRETOR-GERAL do INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES MILITARES DE MINAS GERAIS (IPSM), em face do previsto no inciso V, artigo 9º, da Lei nº 11.406, de 28Jan94, e considerando os termos do Convênio celebrado entre as três Instituições regulando cooperação para a assistência à saúde dos militares e seus dependentes, RESOLVEM: Art 1º Fica aprovado o Plano Diretor para Reformulação do Sistema de Saúde PMMG-CBMMG-IPSM (SISAU), conforme anexo único a esta Resolução Conjunta. Art 2º A gestão do SISAU será compartilhada com o Conselho Gestor do Sistema de Saúde (CONGES) , a fim de propiciar agilidade administrativa, unificação de meios para o mesmo fim e controle de custos. Parágrafo Único: O poder decisório e as atribuições no SISAU serão distribuídos e compartilhados em três níveis gerenciais: I - Nível Central – Diretoria de Saúde (DS); II - Nível Regional – Gerências Regionais do Sistema de Saúde (GRSau); III - Nível Local – Rede de Cuidados Primários Art 3º : O CONGES será constituído pelo Diretor de Saúde (DS), pelo Diretor Técnico de Saúde (DTS), Diretor de Recursos Humanos do CBMMG (DRH), pelo

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( - SEPARATA DO BGPM Nº 050 de 11 de julho de 2002 -)

Página: ( - 996 - )

RESOLUÇÃO CONJUNTA Nr 001/2002-PMMG-CBMMG-IPSM

Aprova o Plano Diretor para Reformulação do Sistema deSaúde, implanta o novo modelo de gestão do Sistema deSaúde, e constitui e nomeia o Conselho Gestor do Sistemade Saúde PMMG-CBMMG-IPSM.

O CORONEL PM COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS

GERAIS, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos VI e XI, do artigo 6º do

Regulamento de Competências e Estrutura da Polícia Militar (R-100), aprovado pelo Decreto

Estadual nº 18.445, de 15 de abril de 1977, o CORONEL BM COMANDANTE-GERAL DO

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS, no uso de suas atribuições previstas

no parágrafo 1º, do artigo 12 e no art. 31 da Lei Complementar nº 54, de 13 de dezembro de

1999, e o CORONEL PM QOR DIRETOR-GERAL do INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS

SERVIDORES MILITARES DE MINAS GERAIS (IPSM), em face do previsto no inciso V,

artigo 9º, da Lei nº 11.406, de 28Jan94, e considerando os termos do Convênio celebrado

entre as três Instituições regulando cooperação para a assistência à saúde dos militares e

seus dependentes,

RESOLVEM:

Art 1º Fica aprovado o Plano Diretor para Reformulação do Sistema de

Saúde PMMG-CBMMG-IPSM (SISAU), conforme anexo único a esta Resolução Conjunta.

Art 2º A gestão do SISAU será compartilhada com o Conselho Gestor do

Sistema de Saúde (CONGES) , a fim de propiciar agilidade administrativa, unificação de

meios para o mesmo fim e controle de custos.

Parágrafo Único: O poder decisório e as atribuições no SISAU serão

distribuídos e compartilhados em três níveis gerenciais:

I - Nível Central – Diretoria de Saúde (DS);

II - Nível Regional – Gerências Regionais do Sistema de Saúde (GRSau);

III - Nível Local – Rede de Cuidados Primários

Art 3º: O CONGES será constituído pelo Diretor de Saúde (DS), pelo Diretor

Técnico de Saúde (DTS), Diretor de Recursos Humanos do CBMMG (DRH), pelo

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( - SEPARATA DO BGPM Nº 050 de 11 de julho de 2002 -)

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Coordenador das Atividades de Saúde do CBMMG e pelo Diretor de Assistência e Benefícios

(DAB) do IPSM.

Parágrafo Único: O Conselho Gestor terá as seguintes atribuições:

I - Propor políticas de saúde do SISAU;

II - Propor o planejamento estratégico das ações a serem implementadas;

III - Aprovar a incorporação e a realização de novos procedimentos no SISAU;

IV – Aprovar, anualmente, o plano atuarial do SISAU;

V - Aprovar reajustes de valores previstos nas tabelas do SISAU.

Art 4º O CONGES será empossado através de ato público, fazendo registrar

em livro próprio suas deliberações. Presidirá suas reuniões o Coronel mais antigo.

Parágrafo 1º: O CONGES se reunirá ordinariamente até o quinto dia útil de

cada mês. Os serviços de secretaria ficarão sob a responsabilidade da Seção de Infra-

estrutura (SINFRA) da DS.

Parágrafo 2º: Extraordinariamente, o CONGES se reunirá a pedido formal de

quaisquer de seus membros, com fundamentação circunstanciada.

Art 5º.A DS providenciará, de acordo com o cronograma estabelecido no

Plano Diretor, a reformulação do Regulamento do SISAU, com vistas a sua adequação.

Art 6º A DS nomeará as Gerências Regionais do SISAU.

Art 7º Esta Resolução Conjunta entra em vigor na data de sua publicação e

revoga as disposições em contrário.

Belo Horizonte, 28 de junho de 2002.

(a) ÁLVARO ANTÔNIO NICOLAU, CORONEL PMCOMANDANTE –GERAL DA PMMG

(a) OSMAR DUARTE MARCELINO, CORONEL BMCOMANDANTE-GERAL DO CBMMG

(a) ROBERTO REZENDE, CORONEL PM QORDIRETOR-GERAL DO IPSM

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AAANNNEEEXXXOOO ÚÚÚNNNIIICCCOOO ÀÀÀ RRREEESSSOOOLLLUUUÇÇÇÃÃÃOOO CCCOOONNNJJJUUUNNNTTTAAA NNNººº 000000111///222000000222---PPPMMMMMMGGG---CCCBBBMMMMMMGGG---

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ÍNDICE

1. OBJETIVOS 7

2. SITUAÇÃO ATUAL 7

3. REFORMULAÇÃO DO SISTEMA 8

3.1. NOVO MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE - PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS 8

3.2. ESTRATÉGIA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA 9

3.3. NOVO MODELO DE GESTÃO 9

3.4. CONSTITUIÇÃO DO CONSELHO GESTOR PMMG-CBMMG-IPSM 9

3.5. REFORMULAÇÃO DA DIRETORIA DE SAÚDE 10

3.5.1. LOCALIZAÇÃO 10

3.5.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 10

3.5.3. ATRIBUIÇÕES 11

3.6. IMPLANTAÇÃO DE GERÊNCIAS REGIONAIS 13

3.6.1. LOCALIZAÇÃO 13

3.6.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 13

3.6.3. ATRIBUIÇÕES 13

3.7. IMPLANTAÇÃO E REFORMULAÇÃO DAS UNIDADES SUBORDINADAS À DIRETORIA DE SAÚDE14

3.7.1. CENTRO DE ADMINISTRAÇÃO DE SAÚDE 15

3.7.2. JUNTA CENTRAL DE SAÚDE 15

3.7.3. CENTRO FARMACÊUTICO 15

3.7.4. CENTRO ODONTOLÓGICO 15

3.7.5. HOSPITAL DA POLÍCIA MILITAR 15

3.8. ORGANIZAÇÃO DA REDE PRÓPRIA DE CUIDADOS PRIMÁRIOS - IMPLANTAÇÃO DOS NÚCLEOS

DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE 16

3.8.1. LOCALIDADES PRIORITÁRIAS PARA IMPLANTAÇÃO 16

3.8.2. ÁREA DE ABRANGÊNCIA E POPULAÇÃO ALVO 17

3.8.3. ADSCRIÇÃO 17

3.8.4. LOGÍSTICA 17

3.8.5. RECURSOS HUMANOS 18

3.9. ORGANIZAÇÃO DA REDE DE CUIDADOS PRIMÁRIOS NAS LOCALIDADES ONDE NÃO HOUVER

SERVIÇOS PRÓPRIOS 19

3.9.1. ÁREA DE ABRANGÊNCIA E POPULAÇÃO ALVO 19

3.9.2. ADSCRIÇÃO 19

3.9.3. RECURSOS HUMANOS 19

3.10. ORGANIZAÇÃO DAS REDES DE CUIDADOS SECUNDÁRIOS E TERCIÁRIOS 19

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Página 5 de 27 Anexo Único à Resolução Conjunta nº 001/2002-PMMG-CBMMG-IPSM

3.10.1. REDE DE CUIDADOS SECUNDÁRIOS 20

3.10.2. REDE DE CUIDADOS TERCIÁRIOS 20

3.10.3. ESTABELECIMENTO DOS SUB-SISTEMAS DE ENCAMINHAMENTO E RETORNO 20

4. FASES DE REFORMULAÇÃO 21

4.1. 1ª FASE - REFORMULAÇÃO DA DIRETORIA DE SAÚDE E DAS UNIDADES SUBORDINADAS E

IMPLANTAÇÃO DAS GERÊNCIAS REGIONAIS 21

4.1.1. PRÉ – CONDIÇÕES 21

4.1.2. METAS 21

4.1.3. DURAÇÃO DA FASE 21

4.1.4. RESPONSÁVEIS 21

4.2. 2ª FASE – ORGANIZAÇÃO DA REDE PRÓPRIA DE CUIDADOS PRIMÁRIOS - IMPLANTAÇÃO DOS

NÚCLEOS DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE 21

4.2.1. PRÉ – CONDIÇÕES 22

4.2.2. METAS 22

4.2.3. DURAÇÃO DA FASE 22

4.2.4. RESPONSÁVEIS 22

4.3. 3ª FASE – ORGANIZAÇÃO DA REDE DE PRESTADORES NAS LOCALIDADES ONDE NÃO HOUVER

SERVIÇOS PRÓPRIOS 22

4.3.1. PRÉ – CONDIÇÕES 22

4.3.2. METAS 22

4.3.3. DURAÇÃO DA FASE 23

4.3.4. RESPONSÁVEIS 23

4.4. 4ª FASE – ORGANIZAÇÃO DA REDE DE CUIDADOS SECUNDÁRIOS E TERCIÁRIOS 23

4.4.1. PRÉ – CONDIÇÕES 23

4.4.2. METAS 23

4.4.3. DURAÇÃO DA FASE 23

4.4.4. RESPONSÁVEIS 23

5. CRONOGRAMA 23

6. MONITORAMENTO 24

7. ATENDIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA DURANTE A FASE DE

IMPLANTAÇÃO 25

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LISTA DE FIGURAS E TABELAS

Figura 1: Organograma da Diretoria de Saúde. 10

Figura 2: Organograma das Gerências Regionais 13

Figura 3: Organograma da Diretoria de Saúde e Unidades subordinadas 15

Figura 4: Organograma do Centro de Administração de Saúde 15

Tabela 1: Localidades prioritárias para a implantação de NAIS 16

Tabela 2: Cronograma da reformulação do Sistema de Saúde 24

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1. OBJETIVOS

As ações previstas no plano têm por objetivo reformular o Sistema de Saúde

PMMG-CBMMG-IPSM, tendo como referência a máxima resolubilidade frente às

necessidades de saúde, a agilidade administrativa, a otimização do uso dos recursos e o

controle rígido de custos, com o intuito de contribuir para a melhoria da qualidade de vida

dos usuários.

A idéia é que o Sistema de Saúde se estruture de forma a:

• Atender de forma integral e equânime às necessidades de saúde dos

usuários.

• Estabelecer uma unicidade administrativa na estrutura de gestão do

sistema.

• Descentralizar as ações de saúde, através das gerências regionais.

• Regionalizar e hierarquizar os serviços de saúde.

• Implantar uma rede própria de cuidados primários.

• Redimensionar e adequar a rede credenciada complementar de serviços

de saúde.

• Estabelecer sub-sistemas de encaminhamento e retorno de pacientes.

2. SITUAÇÃO ATUAL

O Sistema de Saúde PMMG-CBMMG-IPSM encontra-se hoje vulnerável aos

interesses do mercado de saúde, notadamente das indústrias de serviços, de equipamentos,

de medicamentos e de alimentos, cujo marketing exacerba o consumo, nem sempre

necessário, de seus produtos.

A maioria dos usuários não está vinculada aos serviços de saúde e há livre

acesso a qualquer prestador, desde que seja credenciado. O atendimento à demanda

espontânea da população é priorizado, em detrimento das ações de prevenção a doenças e

de promoção da saúde.

Observa-se a centralização dos serviços próprios em Belo Horizonte e em

especial no Hospital Militar. As Seções de Assistência à Saúde das Unidades estão sub-

dimensionadas, tanto em aspectos logísticos, quanto em recursos humanos, não tendo

capacidade para cumprir todas as suas atribuições.

Por outro lado, inexiste uma unicidade administrativa, identificando-se com

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freqüência a multiplicação de meios destinados ao mesmo objetivo. O planejamento

estratégico das ações é ineficiente, e não se evidencia o compartilhamento deste entre as

instituições e órgãos integrantes do sistema.

3. REFORMULAÇÃO DO SISTEMA

3.1. NOVO MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE - PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS

A organização do novo modelo de atenção deverá ter como referência os

princípios relacionados a seguir.

1-Integralidade – É a abordagem de todas as necessidades de saúde do

indivíduo, estendendo as ações à comunidade onde este se insere. O mero atendimento a

demandas espontâneas da população deve ser progressivamente substituído por ações

organizadas de oferta de serviços. Programas verticais de atenção à saúde, que visam a

abordar doenças específicas, devem ser abandonados.

Para isso, há que se redefinir a extensão da responsabilidade dos profissionais

assistentes, estendendo ou desencadeando ações que visem à promoção da saúde no

âmbito da coletividade.

2-Equidade – Significa tratar adequadamente as desigualdades, investindo-se

mais onde a carência é maior.

É importante que não haja qualquer restrição de acesso aos serviços, sob pena

de se perder a oportunidade de implementação de ações de promoção e prevenção à

saúde.

3-Regionalização e hierarquização – Compreende a distribuição dos serviços,

de acordo com o eixo político-administrativo. Devem ser consideradas aqui as diversidades

regionais e, por conseqüência, as diferentes necessidades de saúde das respectivas

populações.

Vinculada a este conceito está a hierarquização, que consiste na organização dos

serviços por níveis de atenção, que devem variar de acordo com a qualificação de seus

recursos humanos e com a complexidade tecnológica envolvida na atenção dispensada.

Propõe-se, genericamente, a organização do sistema em três níveis de atenção: primário,

secundário e terciário, ressaltando-se que o conceito de nível primário não se refere à

simplificação das ações no tocante a qualificação e complexidade tecnológica, e sim à

adequação das mesmas.

4- Referência e contra-referência – A organização do sistema, segundo este

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princípio, implica o inter-relacionamento entre os níveis de atenção, criando assim vários

sub-sistemas de encaminhamento e retorno, permitindo que o paciente seja sempre

atendido o mais próximo possível de seu domicílio.

5-Descentralização – Consiste na redistribuição do poder e das

responsabilidades pelas diversas instâncias gestoras do sistema. Este princípio está

intimamente ligado ao conceito de regionalização.

6-Unicidade administrativa – Refere-se ao comando único, evitando a

multiplicidade de meios destinados ao mesmo fim e a implementação de medidas

incoerentes e contraditórias em diferentes locais de execução.

3.2. ESTRATÉGIA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA

Conceitualmente, a estratégia da atenção primária consiste na apropriação,

recombinação, reorganização e reorientação de todos os recursos disponíveis no setor de

saúde, com o intuito de atender às necessidades múltiplas e desiguais de determinada

população. Isto significa identificar os problemas que com maior frequência acometem a

saúde desta população e propiciar a máxima resolubilidade, por meio da oferta de tecnologia

apropriada e da capacitação adequada dos profissionais de saúde.

A adoção da estratégia da atenção primária depende necessariamente do

reordenamento do sistema, de acordo com os princípios antes apontados, especialmente da

organização de ampla rede de cuidados primários, que se constituirá no ponto de entrada do

sistema.

3.3. NOVO MODELO DE GESTÃO

Faz-se necessário redefinir o processo de gerenciamento do sistema. Pretende-

se a adoção de modelo de gestão compartilhada por meio da constituição do Conselho

Gestor PMMG-CBMMG-IPSM, a fim de propiciar máxima agilidade administrativa, unificação

de meios para o mesmo fim e controle dos custos. O poder e as atribuições serão

redistribuídos em três níveis gerenciais: central, regional e local. O nível central será

constituído pela Diretoria de Saúde da PMMG e órgãos diretamente subordinados. No nível

regional, a gestão do sistema ficará a cargo de gerências de saúde a serem implantadas nas

sedes dos centros de apoio administrativo das RPM. Já a rede de cuidados primários se

encarregará deste processo no nível local.

3.4. CONSTITUIÇÃO DO CONSELHO GESTOR PMMG-CBMMG-IPSM

O Conselho Gestor PMMG-CBMMG-IPSM será constituído pelo Diretor de Saúde

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Página 10 de 27 Anexo Único à Resolução Conjunta nº 001/2002-PMMG-CBMMG-IPSM

(DS), pelo Diretor Técnico de Saúde (DTS), pelo Diretor de Recursos Humanos do CBMMG

(DRH), pelo Coordenador das Atividades de Saúde do CBMMG e pelo Diretor de Assistência

e Benefícios (DAB) do IPSM e terá as seguintes atribuições:

• Propor políticas de saúde da PMMG-CBMMG-IPSM.

• Propor o planejamento estratégico das ações a serem implementadas.

• Aprovar a incorporação e a realização de novos procedimentos no Sistema

de Saúde PMMG-CBMMG-IPSM.

• Aprovar anualmente o plano atuarial do Sistema de Saúde PMMG-

CBMMG-IPSM.

• Aprovar reajustes de valores previstos nas Tabelas PMMG-CBMMG-IPSM.

3.5. REFORMULAÇÃO DA DIRETORIA DE SAÚDE

3.5.1. LOCALIZAÇÃO

A Diretoria de Saúde deverá permanecer em sua sede atual.

3.5.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

O cargo de Diretor de Saúde será exercido por um Coronel do Quadro de Oficiais

da Polícia Militar (QOPM), com assessoria técnica de um Coronel do Quadro de Oficiais de

Saúde (QOS).

Haverá duas Coordenadorias, uma de atenção à saúde e outra administrativa sob

a responsabilidade, respectivamente, de um Tenente Coronel do QOS e de um Tenente

Coronel do QOPM. A Coordenadoria de Atenção à Saúde será composta por três sessões:

Assistência à Saúde, Vigilância à Saúde e Regulação. Já a Coordenadoria Administrativa

contará com quatro sessões: Atendimento ao Cliente, Infra-estrutura, Negociação e

Assessoria Jurídica (Figura 1). Figura 1: Organograma da Diretoria de Saúde.

DIRETOR TÉCNICOCEL QOS

ASSISTÊNCIA À SAÚDE VIGILÂNCIA À SAÚDE REGULAÇÃO

COORDENADORIA DE ATENÇÃO À SAÚDETEN CEL QOS

ORIENTAÇÃO AO USUÁRIO INFRA-ESTRUTURA NEGÓCIOS ASSESSORIA JURÍDICA

COORDENADOR ADMINISTRATIVOTEN CEL QOPM

DIRETOR DE SAÚDECEL QOPM

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3.5.3. ATRIBUIÇÕES

3.5.3.1. DIRETOR DE SAÚDE

• Gerenciamento das ações, no nível tático, no âmbito do Sistema de Saúde

PMMG-CBMMG-IPSM.

3.5.3.2. DIRETOR TÉCNICO DE SAÚDE

• Assessoria técnica ao Diretor de Saúde, no exercício de suas atribuições.

3.5.3.3. COORDENADORIA DE ATENÇÃO À SAÚDE

• Coordenação das ações referentes à assistência à saúde, à vigilância

sanitária e à regulação dessas ações.

3.5.3.3.1. ASSISTÊNCIA À SAÚDE

• Gerenciamento da assistência à saúde do usuário.

• Coordenação do processo de regionalização e hierarquização dos

serviços.

• Gestão da oferta e utilização de serviços.

• Estudo da necessidade de incorporação tecnológica e de novos

procedimentos.

3.5.3.3.2. VIGILÂNCIA À SAÚDE

• Planejamento estratégico das ações de saúde.

• Gestão dos riscos populacionais.

• Elaboração e coordenação dos programas de saúde.

• Vigilância epidemiológica e sanitária.

• Monitoramento dos indicadores epidemiológico-sociais e de resolubilidade

do Sistema de Saúde.

• Reformulação e coordenação do Programa de Controle Médico e Saúde

Ocupacional (PCMSO).

3.5.3.3.3. REGULAÇÃO

• Elaboração de medidas de controle que assegurem o cumprimento integral

das ações programadas.

• Elaboração de instrumentos de avaliação que propiciem a aferição da

efetividade das ações implementadas.

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• Estudo da viabilidade da incorporação tecnológica e de novos

procedimentos.

• Elaboração de padrões mínimos de qualidade assistencial visando a

subsidiar a seleção, a negociação, o credenciamento e a contratação de

serviços.

• Monitoramento dos indicadores físico-financeiros.

3.5.3.4. COORDENADORIA ADMINISTRATIVA

• Coordenação das ações referentes à orientação ao usuário, a infra-

estrutura, a negócios e à Assessoria Jurídica.

• Chefia do Estado Maior da Unidade

3.5.3.4.1. ORIENTAÇÃO AO USUÁRIO

• Orientação ao usuário por meio do tele-atendimento.

• Concessão de autorizações para procedimentos.

• Coordenação das ações de apoio a deslocamentos, transferências e

remoções para fins de atenção à saúde.

• Comunicação social.

3.5.3.4.2. INFRA-ESTRUTURA

• Gerenciamento do emprego dos recursos humanos no âmbito dos serviços

próprios de atenção.

• Gerenciamento do apoio logístico aos serviços próprios de saúde.

• Elaboração do planejamento orçamentário e atuarial.

• Coordenação da execução financeira do sistema de saúde.

3.5.3.4.3. NEGÓCIOS

• Definição de estratégias negociais.

• Coordenação e apoio aos processos de contratação e credenciamento dos

prestadores de serviços.

• Estudo de viabilidade de convênio e parcerias no mercado de saúde.

3.5.3.4.4. ASSESSORIA JURÍDICA

• Assessoria jurídica ao Diretor de Saúde, no exercício de suas atribuições.

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NAIS PROMOÇÃO DA SAÚDE CONTROLE E AVALIAÇÃO

CONTRATOS

PROCESSAMENTO DE CONTAS

COORDENADOR ADMINISTRATIVO

GERENTE REGIONALOFICIAL SUPERIOR QOS

3.6. IMPLANTAÇÃO DE GERÊNCIAS REGIONAIS

3.6.1. LOCALIZAÇÃO

As gerências regionais de saúde serão implantadas em todos os Centros de

Apoio Administrativo das sedes de Regiões Policiais Militares, à exceção das 7ª e 8ª RPM.

Estas terão uma única gerência regional, sediada na Capital.

3.6.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

As gerencias regionais terão estrutura correspondente à definida para a Diretoria

de Saúde. Sob sua responsabilidade ficarão os territórios correspondentes às respectivas

RPM. O cargo de gestor regional será exercido por um oficial superior do QOS e estarão

subordinados a ele as seções de promoção da saúde, de controle e avaliação e a

coordenação administrativa, que reunirá as sub-seções de contratos e processamento de

contas de assistência à saúde (Figura 2).

Figura 2: Organograma das Gerências Regionais

3.6.3. ATRIBUIÇÕES

3.6.3.1. GERENTE REGIONAL

• Representação do Diretor de Saúde no nível regional.

• Coordenação das ações de promoção da saúde e das medidas de controle

e avaliação nos níveis regional e local.

• Coordenação e monitoramento do processo de regionalização e

hierarquização dos serviços em sua área de responsabilidade.

• Coordenação e monitoramento do cuidado integral à saúde da população

nos limites da RPM sob sua responsabilidade.

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3.6.3.1.1. PROMOÇÃO DA SAÚDE

• Coordenação no nível regional dos programas de saúde, das campanhas

sanitárias e das ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças,

tendo como referência as diretrizes estabelecidas pela seção de vigilância

à saúde do nível central.

• Elaboração do planejamento regional, selecionando as ações prioritárias.

• Vigilância sanitária e epidemiológica da população sob sua

responsabilidade.

3.6.3.1.2. CONTROLE E AVALIAÇÃO

• Verificação da coerência entre as ações propostas e as efetivamente

realizadas, tendo como referência o planejamento estratégico e a

programação loco-regional estabelecida.

• Avaliação de desempenho dos prestadores da região sob sua

responsabilidade.

• Verificação, no âmbito da rede de prestadores de serviço credenciados, da

coerência entre as ações efetivamente realizadas e as respectivas

cobranças.

3.6.3.2. COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA

• Orientação ao usuário.

• Recebimento e apuração de sugestões e reclamações.

• Recebimento, análise e encaminhamento de solicitações de reembolso e

restituições.

3.6.3.2.1. CONTRATOS

• Gerenciamento dos processos de credenciamento e convênio, bem como

dos contratos com os prestadores da área sob sua responsabilidade.

3.6.3.2.2. PROCESSAMENTO DE CONTAS

• Processamento das contas de assistência à saúde da área sob sua

responsabilidade.

3.7. IMPLANTAÇÃO E REFORMULAÇÃO DAS UNIDADES SUBORDINADAS À

DIRETORIA DE SAÚDE

Em função das mudanças propostas, os órgãos subordinados à Diretoria de

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CENTRO DE ADMINISTRAÇÃO DE SAÚDE HOSPITAL DA POLÍCIA MILLITAR CENTRO ODONTOLÓGICO CENTRO FARMACÊUTICO JUNTA CENTRAL DE SAÚDE

DIRETORIA DE SAÚDE

NAIS PROMOÇÃO À SAÚDE CONTROLE E AVALIAÇÃO

GERENTE REGIONAL

RECURSOS HUMANOS

ORÇAMENTO E FINANÇAS

ADMINISTRAÇÃO CONTRATOS PROCESSAMENTO DE CONTAS

COORDENADOR ADMINISTRATIVO

CHEFE DO CENTRO DE ADMINISTRAÇÃO DE SAÚDETEN CEL QOPM

Saúde deverão ser reformulados, estando prevista a implantação do Centro de

Administração de Saúde (Figura 3).

Figura 3: Organograma da Diretoria de Saúde e Unidades subordinadas

3.7.1. CENTRO DE ADMINISTRAÇÃO DE SAÚDE

Será implantada Unidade no âmbito das 7ª e 8ª RPM, semelhante aos Centros de

Apoio Administrativo (CAA) das Regiões Policiais Militares, reunindo as funções de

administração de pessoal e de execução orçamentária e financeira das Unidades de Saúde

da RMBH, além das atribuições inerentes às gerencias regionais de saúde, descritas

anteriormente. A chefia do Centro será exercida por um Ten Cel do QOPM. (Figura 4).

Figura 4: Organograma do Centro de Administração de Saúde

3.7.2. JUNTA CENTRAL DE SAÚDE

A Junta Central de Saúde (JCS) permanece como instância pericial máxima do

sistema e referência para o serviço de saúde ocupacional.

3.7.3. CENTRO FARMACÊUTICO

Ao Centro Farmacêutico (CFARM) caberá a coordenação da dispensação de

materiais, medicamentos e suplementos alimentares, bem como o apoio ao desenvolvimento

de políticas específicas de seu setor junto à gerência do sistema.

3.7.4. CENTRO ODONTOLÓGICO

O Centro Odontológico (CODONT) deverá constituir-se em referência secundária

e terciária, no âmbito da saúde bucal.

3.7.5. HOSPITAL DA POLÍCIA MILITAR

Ao Hospital da Polícia Militar (HPM) será reservado o papel de referencia regional

e macro-regional para cuidados terciários. Para cumprir esta nova atribuição, o HPM deverá

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ser redimensionado e replanejado no que se refere a recursos humanos, materiais,

logísticos e tecnológicos.

3.8. ORGANIZAÇÃO DA REDE PRÓPRIA DE CUIDADOS PRIMÁRIOS -

IMPLANTAÇÃO DOS NÚCLEOS DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE

Serão implantados os Núcleos de Atenção Integral à Saúde (NAIS), com o

objetivo de prestar atenção integral e equânime à saúde dos usuários.

Os NAIS deverão ser constituídos de forma a oferecer serviços plenamente

resolutivos frente às principais necessidades dos usuários. A composição tecnológica

poderá variar de acordo com aspectos epidemiológico-sociais da população a ser assistida,

desde que não haja ociosidade dos recursos empregados.

3.8.1. LOCALIDADES PRIORITÁRIAS PARA IMPLANTAÇÃO

As localidades definidas para a implantação de serviços próprios de cuidados

primários serão, preliminarmente, os municípios mineiros que contem com mais de

novecentos usuários (Tabela 1). A cobertura nas demais localidades obedecerá à mesma

estratégia aqui estabelecida, embora empregando serviços credenciados para a execução

das ações.

Cidade População aser Atendida

Cidade População aser Atendida

Governador Valadares 5666 Varginha 1149Manhuaçu 1342 Poços de Caldas 1020Ipatinga 2618 Contagem 9421Teófilo Otoni 2103 Sete Lagoas 2206Bom Despacho 2196 Betim 2824Passos 1542 Ibirité 1092Divinópolis 2103 Ribeirão das Neves 3152Diamantina 1902 Vespasiano 1241Montes Claros 5415 Santa Luzia 3762Juiz de Fora 8899 Belo Horizonte 48578Barbacena 4019 Sabará 1661São João Del-Rei 945 Uberlândia 3952Ubá 983 Araguari 1015Uberaba 3918 Ituiutaba 980Lavras 2543 Patos de Minas 2378Pouso Alegre 1275 Unaí 948População Total 132848Percentual 71,04%

Tabela 1: Localidades Prioritárias para a Instalação de NAIS

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3.8.2. ÁREA DE ABRANGÊNCIA E POPULAÇÃO ALVO

A área de abrangência é o território de responsabilidade definido para cada

serviço de saúde integrante do sistema. Já a população-alvo refere-se ao conjunto de

indivíduos sob responsabilidade de cada serviço de saúde.

No caso dos serviços próprios, toda a extensão territorial dos municípios

prioritários para a implantação deverá ser coberta. O número de núcleos a serem

implantados dependerá da dimensão da população existente e da peculiar dispersão de

suas residências. O ideal é que cada núcleo tenha no mínimo 900 e no máximo 7.200

usuários e que sua área de abrangência não ultrapasse o raio de 30 quilômetros de sua

sede.

3.8.3. ADSCRIÇÃO

Deverá ser implementada paulatinamente, obedecendo-se metas pré-

estabelecidas e tendo como referência o local de residência do usuário.

O objetivo do cadastramento é a obtenção de dados referentes à saúde dos

indivíduos, hábitos, condição sócio-econômica e ambiental, bem como possíveis exposições

a riscos, com o intuito de selecionar as ações prioritárias a serem implementadas no âmbito

de cada NAIS. Espera-se o cadastramento espontâneo de aproximadamente 30% da

população-alvo. Este processo deverá ser complementado por meio de visitas domiciliares e

aos locais de trabalho dos beneficiários.

A segunda etapa do processo de adscrição é o estabelecimento do vínculo do

usuário com o serviço de saúde. O vínculo depende da identificação do indivíduo com o

sistema, e da decorrente relação de confiança e fidelidade com os profissionais que venham

a assisti-lo. Ficam estabelecidas as seguintes metas para adscrição da clientela: 50% da

população no primeiro ano e 100 % no segundo ano de funcionamento dos serviços de

saúde.

3.8.4. LOGÍSTICA

A localização dos NAIS deverá ser estabelecida de acordo com as necessidades

locais, adequação técnica de construções já existentes, possibilidade de adaptações e

viabilidade econômica e financeira de novas edificações. Deverão ser considerados

aspectos relativos à acessibilidade, áreas de suprimento, estacionamento, circulação interna

e externa, condições ambientais, iluminação e ventilação, tratamento de resíduos sólidos e

líquidos e segurança e proteção contra incêndio.

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Os NAIS deverão ser dimensionados de acordo com as metas pré-estabelecidas

para adscrição da clientela. Entretanto, o atendimento à demanda não programada e à

população não adscrita ao serviço deverá ser garantido, com o intuito de consolidar o

vínculo dos indivíduos com o sistema de saúde.

O horário de funcionamento dos NAIS deverá ser planejado de acordo com as

condições locais, visando a atender às necessidades eletivas da população adscrita. Os

atendimentos em caráter de urgência ou emergência deverão ser realizados por instituições

dotadas de unidades de pronto atendimento, que serão apontadas como referência para tais

situações. Cada NAIS contará com rede definida de cuidados secundários e terciários, para

atender aos casos em que houver necessidade de emprego de recursos de maior

complexidade. O encaminhamento a estes serviços deverá obedecer ao princípio da

referência e contra-referência, de modo que os indivíduos sejam preferencialmente

assistidos pelo serviço ao qual estejam adscritos.

Cada gerência regional deverá apresentar projeto pormenorizado explicitando

suas necessidades para análise e aprovação do Conselho Gestor. Este definirá, de acordo

com a as prioridades apontadas e a disponibilidade orçamentária e financeira, o cronograma

final de implantação das unidades.

3.8.5. RECURSOS HUMANOS

A alocação dos recursos humanos obedecerá à seguinte relação para

composição das equipes:

• um clínico geral para cada 600 adultos

• um pediatra para cada 600 crianças

• um dentista para cada 1200 usuários

Cada NAIS deverá contar, inicialmente, com pelo menos uma equipe composta

por um clínico geral, um pediatra, um dentista. A incorporação de novas equipes obedecerá

a real necessidade, em função do cumprimento das metas de adscrição da clientela, de

modo a assegurar que não haja ociosidade. Já a alocação de especialistas nos NAIS poderá

ser avaliada, levando-se em consideração o perfil da população adscrita e a disponibilidade

de serviços de cuidados secundários na região. A inclusão de profissionais de outras áreas

deverá ter como referência critérios epidemiológico-sociais e as seguintes proporções:

• um psicólogo para cada 3600 usuários

• um enfermeiro para cada 3600 usuários

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• um nutricionista para cada 5000 usuários

Deverá ser alocado, em cada sede de Batalhão da Policia Militar e do Corpo de

Bombeiros Militar, um médico responsável pela execução do Programa de Controle Médico

e Saúde Ocupacional – PCMSO – dos militares vinculados a estas Unidades, e por todas as

demais funções atinentes à medicina do trabalho exercidas nas atuais Seções de

Assistência a Saúde (SAS).

3.9. ORGANIZAÇÃO DA REDE DE CUIDADOS PRIMÁRIOS NAS LOCALIDADES

ONDE NÃO HOUVER SERVIÇOS PRÓPRIOS

Os municípios que concentram menos de 900 usuários não serão assistidos, no

nível primário, por serviços próprios. Entretanto, é fundamental que a lógica de organização

e funcionamento dos serviços seja a mesma definida anteriormente. Será feito o

credenciamento de profissionais para atender aos usuários nos respectivos consultórios, que

deverão se constituir na referência para o cuidado primário dos beneficiários do sistema.

3.9.1. ÁREA DE ABRANGÊNCIA E POPULAÇÃO ALVO

Para cada profissional deverá ser definida a respectiva área de abrangência e, em

decorrência, a população alvo. Pretende-se o credenciamento de, no máximo, três

profissionais por área de atuação, por município, de modo a não dispersar os usuários em

muitos serviços.

3.9.2. ADSCRIÇÃO

O processo de adscrição deverá ter como referência os mesmos pressupostos e

metas estabelecidas para a implantação dos serviços próprios, quais sejam, 50% da

população alvo no primeiro ano e 100% no segundo ano após o credenciamento.

3.9.3. RECURSOS HUMANOS

A rede de cuidados primários deverá ser constituída por meio da contratação de

serviços privados de profissionais com formação em medicina geral de adultos, medicina

geral de crianças e odontologia geral. Os contratados deverão estar de acordo e obedecer

ao regulamento do sistema.

3.10. ORGANIZAÇÃO DAS REDES DE CUIDADOS SECUNDÁRIOS E TERCIÁRIOS

O acesso aos serviços de cuidados secundário e terciário deverá ocorrer a partir

da rede de cuidados primários. Os serviços mais complexos serão distribuídos pelos demais

níveis do sistema, de acordo com o perfil epidemiológico da população e a respectiva

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concentração demográfica.

3.10.1. REDE DE CUIDADOS SECUNDÁRIOS

A rede de cuidados secundários refere-se aos ambulatórios de especialidades e

policlínicas. Aqui deverão estar alocados os especialistas e os serviços de apoio diagnóstico

e terapêutico.

Preliminarmente, em todas as localidades, à exceção de Belo Horizonte, os

cuidados secundários serão realizados por prestadores privados.

No caso da Capital, pretende-se a implantação de duas policlínicas plenamente

resolutivas, uma na região central e outra na região norte da cidade, visando a facilitar o

acesso da população encaminhada dos serviços próprios de cuidados primários. No caso

dos serviços próprios, os seguintes parâmetros assistenciais devem ser utilizados para

alocação de recursos no nível secundário de atenção:

• um médico especialista para cada 2.500 usuários

• um dentista especialista para cada 5.000 usuários

3.10.2. REDE DE CUIDADOS TERCIÁRIOS

A rede de cuidados terciários refere-se, em geral, às unidades de internação. O

número de leitos hospitalares a ser contratado deverá ter como referência a estimativa de

que 1% da população, mensalmente, requer cuidados em regime de internação.

O HPM ocupará a posição de referência regional e macro-regional, devendo, para

tanto, ser replanejado e reestruturado, descentralizando-se as ações ligadas aos cuidados

primários e secundários.

3.10.3. ESTABELECIMENTO DOS SUB-SISTEMAS DE ENCAMINHAMENTO E

RETORNO

O estabelecimento de sub-sistemas de encaminhamento e retorno visa à

integração dos diversos níveis de atenção e à consolidação do processo de regionalização e

hierarquização dos serviços de saúde.

É recomendável, especialmente no que diz respeito aos prestadores privados,

que os mesmos não atuem em mais de um nível do sistema, de forma a coibir o estímulo à

utilização de tecnologia inapropriada e dispendiosa para a resolução de problemas

relativamente pouco complexos.

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4. FASES DE REFORMULAÇÃO

O processo de reformulação será dividido em quatro fases. A primeira diz respeito

à reformulação da Diretoria de Saúde e Unidades subordinadas e à implantação das

gerências regionais. A segunda refere-se à organização da rede própria de cuidados

primários. Já a terceira fase trata da organização da rede de cuidados primários nas

localidades onde não houver serviços próprios. A quarta fase reporta-se à rede de cuidados

secundários e terciários.

Ressalta-se que estas fases não devem ser desenvolvidas necessariamente de

forma subseqüente, mas sim cumprindo-se cada objetivo de acordo com a melhor

oportunidade.

4.1. 1ª FASE - REFORMULAÇÃO DA DIRETORIA DE SAÚDE E DAS UNIDADES

SUBORDINADAS E IMPLANTAÇÃO DAS GERÊNCIAS REGIONAIS

Os responsáveis, tão logo sejam designados, terão o prazo de 30 dias para a

apresentação dos projetos técnicos.

4.1.1. PRÉ – CONDIÇÕES

• Designação do Conselho Gestor PMMG-CBMMG-IPSM

4.1.2. METAS

• Reformular a Diretoria de Saúde

• Reformular as unidades subordinadas

• Implantar as gerências regionais

4.1.3. DURAÇÃO DA FASE

• 180 dias

4.1.4. RESPONSÁVEIS

• Diretor de Saúde

• Comandantes designados para a direção das unidades subordinadas

• Gestores designados para cada regional

4.2. 2ª FASE – ORGANIZAÇÃO DA REDE PRÓPRIA DE CUIDADOS PRIMÁRIOS -

IMPLANTAÇÃO DOS NÚCLEOS DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE

A organização da rede própria de cuidados primários constitui o centro da

reformulação do sistema, uma vez que a verdadeira mudança no processo de atenção à

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saúde se dará nesse nível. Estima-se o prazo de 30 dias para apresentação do projeto

técnico, a partir do cumprimento das pré-condições aqui estabelecidas. Não há necessidade

de que todas as gerências regionais sejam implantadas, para que aquelas que já tenham

cumprido suas pré-condições iniciem os trabalhos referentes a esta fase.

4.2.1. PRÉ – CONDIÇÕES

• Implantação da gerência regional

• Reformulação da Diretoria de Saúde

4.2.2. METAS

• Implantar serviços próprios de saúde em todos os municípios que contem

com mais de 900 usuários

• Promover adscrição de 50% da população-alvo ao final do primeiro ano de

funcionamento dos serviços

• Promover a adscrição de 100% da população-alvo ao final do segundo ano

de funcionamento dos serviços

4.2.3. DURAÇÃO DA FASE

• 2 anos

4.2.4. RESPONSÁVEIS

• Gestores Regionais

4.3. 3ª FASE – ORGANIZAÇÃO DA REDE DE PRESTADORES NAS LOCALIDADES

ONDE NÃO HOUVER SERVIÇOS PRÓPRIOS

Esta fase complementa a anterior, consolidando a rede de cuidados primários e

definindo os pontos de entrada do sistema. Estima-se o prazo de 90 dias para apresentação

do projeto técnico, a partir do cumprimento das pré-condições aqui estabelecidas.

4.3.1. PRÉ – CONDIÇÕES

• Implantação da gerência regional

• Reformulação da Diretoria de Saúde

4.3.2. METAS

• Organizar a rede de cuidados primários em todos os municípios que

contem com menos de 900 usuários

• Promover adscrição de 50% da população-alvo ao final do primeiro ano de

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funcionamento dos serviços

• Promover a adscrição de 100% da população-alvo ao final do segundo ano

de funcionamento dos serviços

4.3.3. DURAÇÃO DA FASE

• 3 anos

4.3.4. RESPONSÁVEIS

• Gestores Regionais

4.4. 4ª FASE – ORGANIZAÇÃO DA REDE DE CUIDADOS SECUNDÁRIOS E

TERCIÁRIOS

A quarta e última fase do processo de reformulação consolida o processo de

regionalização e hierarquização dos serviços, garantindo a continuidade de atenção nos

diversos níveis do sistema. O desenvolvimento desta fase deve se dar de forma

concomitante às 2ª e 3ª, iniciando-se nos municípios que alcançarem a meta de adscrição

de 50% da população-alvo aos NAIS, estendendo-se, a partir destes, para a toda a região.

4.4.1. PRÉ – CONDIÇÕES

• Implantação dos Núcleos de atenção Integral à Saúde

• Adscrição de 50% da população-alvo de cada NAIS

4.4.2. METAS

• Organização da rede de cuidados secundários

• Organização da rede de cuidados terciários

• Estabelecimento dos sub-sistemas de encaminhamento e retorno

4.4.3. DURAÇÃO DA FASE

• 3 anos

4.4.4. RESPONSÁVEIS

• Gestores Regionais

5. CRONOGRAMA

Tendo em vista a complexidade do processo de reformulação e as diversas

variáveis intervenientes, o cronograma será flexível, de modo a permitir adequações frente a

eventuais dificuldades encontradas (Tabela 2). Assim os objetivos serão alcançados, não de

modo normativo e etapista, mas de forma estratégica e contínua.

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AÇÕES 2002 2003 2004

Aprovação do Projeto Já cumprido

Elaboração do Plano Diretor Já cumprido

Reformulação da DS eUnidades subordinadas

Implantação das GerenciasRegionais

Implantação dos NAIS

Organização da rede ondenão houver NAIS

Organização das redes decuidados secundários eterciários

Tabela 2: Cronograma da Reformulação do Sistema de Saúde

6. MONITORAMENTO

O grau de cumprimento dos objetivos deverá ser aferido por meio de indicadores

epidemiológico-sociais e físico-financeiros, que propiciem a avaliação, respectivamente, do

impacto na saúde dos usuários e da modificação efetiva no modelo de atenção. Propõe-se a

adoção preliminarmente dos seguintes indicadores:

• Indicadores epidemiológico-sociais:

o Taxa de mortalidade geral

o Distribuição proporcional de óbitos por faixa etária

o Distribuição proporcional de óbitos por causa específica

o Taxa de mortalidade em menores de um ano de idade

• Indicadores físico7-financeiros

o Taxa de cobertura geral da população

o Taxa de invasão

o Taxa de evasão

o Índice de consultas ambulatoriais por usuário/ano

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o Índice de internações hospitalares por usuário/ano

o Índice de exames complementares por consultas ambulatoriais

o Índice de encaminhamentos

o Índice de retornos

o Custo per capita

o Custo médio por procedimento

7. ATENDIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA DURANTE A FASE DE

IMPLANTAÇÃO

Ressalta-se aqui a importância do acolhimento das demandas espontâneas e das

alternativas de adscrição para os usuários que ofereçam resistência ao vínculo com

determinado profissional ou serviço.

Estima-se que o processo de adscrição se dê de forma gradual. Com o fim de

estimular a vinculação, será facultado aos órgãos gestores oferecer benefícios aos usuários

já adscritos aos NAIS, paralelamente à adoção de medidas restritivas de acesso direto à

rede credenciada. Por analogia, nas localidades onde não houver serviços próprios, tais

benefícios poderão ser estendidos aos usuários adscritos aos profissionais credenciados

para o atendimento primário.

É importante ressaltar que somente após a implantação e organização da rede de

cuidados primários, bem como da efetiva adscrição de pelo 50% da população alvo, haverá

restrição no acesso à atual rede credenciada.

Belo Horizonte, de abril de 2002.

(a) ÁLVARO ANTÔNIO NICOLAU, CORONEL PM (a) OSMAR DUARTE MARCELINO, CORONEL BM COMANDANTE GERAL RESP PELO CMT GERAL DO CBMMG

(a) ROBERTO REZENDE, CORONEL PM QORDIRETOR GERAL DO IPSM