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Outubro/2015 – Edição 18 LISTA SUJA - PGR DEFENDE A CONSTITUCIONALIDADE DO CADASTRO Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou parecer pela constitucionalidade da divulgação do cadastro de empregadores que tenham sido autuados em ação fiscal, caracterizadora de trabalho em condições análogas às de escravo, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Segundo a Procuradoria-Geral, ainda que a Portaria Interministerial 2/2011 tenha sido revogada pela Portaria Interministerial 2/2015, a norma foi abolida por outra de igual hierarquia, o que caracterizaria perpetuação do vício originalmente suscitado na Portaria 2/2011. Portanto, independentemente da norma que regulamenta o cadastro, a divulgação da Lista Suja deve ser declarada constitucional. A PGR sustenta ainda que o mérito da ação sequer deve ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pois a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), autora da ação, não comprovou sua representatividade nacional (requisito para que a entidade de classe possa propor ação direta de inconstitucionalidade), mas apenas alegou que as empresas associadas a ela atuam em todo país, “com previsão estatutária de criação de filiais em todo território nacional.” Segundo o Procurador-Geral a possibilidade de instituição de filiais em todo o país não é suficiente para atender ao requisito de representatividade nacional, o qual exige que a entidade de classe esteja situada em, pelo menos nove Estados da Federação. Fundamentos da PGR Em relação à revogação da Portaria Interministerial nº 2/2011 pela Portaria Interministerial nº 2/2015, ambas do MTE, o órgão sustenta que: O argumento da Advocacia-Geral da União (AGU), no sentido de que a Portaria Interministerial 2/2011 teria sido expressamente revogada pela Portaria Interministerial 2/2015, o que acarretaria prejudicialidade do pedido por perda de objeto, não está totalmente correto; A norma foi revogada por outra de igual hierarquia, o que caracterizaria perpetuação do vício originalmente suscitado e; Deveria ser aberto prazo para que a parte autora pudesse aditar a inicial (incluir a Portaria Interministerial 2/2015 no pedido de inconstitucionalidade) e somente na hipótese de inércia dela, é que o processo deveria ser extinto por prejudicialidade. Quanto a constitucionalidade da divulgação da Lista Suja, a PGR sustenta que: “Prejuízos de ordem moral que a empresa incluída no cadastro possa ocasionalmente experimentar não são justificativa plausível para sigilo dessas informações. Estas se revestem de inegável interesse público, seja como instrumento de prevenção desses gravíssimos ilícitos, que atentam contra as liberdades mais fundamentais do ser humano, seja para que outras empresas avaliem a conveniência de contratar com aquelas, a fim de não alimentar o ciclo desumano de exploração encontrado pela fiscalização do trabalho nesses casos.” “É adequado e democrático o acesso público a tais informações, mediante criação de cadastros nacionais que garantam exercício da cidadania, seja para facilitar a cobrança de providências no cumprimento das normas trabalhistas, seja a fim de dar credibilidade e transparência às ações do poder público, seja ainda para que a sociedade conheça a verdadeira extensão dessa prática.” A inclusão no cadastro é precedida de fiscalização e lavratura de auto de infração por auditores fiscais do trabalho e é dada, ao empregador, a oportunidade de defesa no processo administrativo. Portanto, o nome da empresa é inserido no cadastro somente após trânsito em julgado da decisão administrativa, não havendo que se falar em ofensa ao princípio do devido processo legal. Fonte: pgr.jusbrasil.com.br A

PGR DEFENDE A CONSTITUCIONALIDADE DO CADASTRO - … · o que caracterizaria perpetuação do vício ... (25), no último dia do festival (27), trabalhadores da mesma empresa foram

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Outubro/2015 – Edição 18

LISTA SUJA - PGR DEFENDE A CONSTITUCIONALIDADE DO CADASTRO

Procuradoria-Geral da República (PGR)

apresentou parecer pela constitucionalidade

da divulgação do cadastro de empregadores

que tenham sido autuados em ação fiscal,

caracterizadora de trabalho em condições análogas

às de escravo, pelo Ministério do Trabalho e

Emprego (MTE).

Segundo a Procuradoria-Geral, ainda que a Portaria

Interministerial 2/2011 tenha sido revogada pela

Portaria Interministerial 2/2015, a norma foi

abolida por outra de igual hierarquia, o que

caracterizaria perpetuação do vício originalmente

suscitado na Portaria 2/2011. Portanto,

independentemente da norma que regulamenta o

cadastro, a divulgação da Lista Suja deve ser

declarada constitucional.

A PGR sustenta ainda que o mérito da ação sequer

deve ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal

(STF), pois a Associação Brasileira de

Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), autora da

ação, não comprovou sua representatividade

nacional (requisito para que a entidade de classe

possa propor ação direta de inconstitucionalidade),

mas apenas alegou que as empresas associadas a

ela atuam em todo país, “com previsão estatutária

de criação de filiais em todo território nacional.”

Segundo o Procurador-Geral a possibilidade de

instituição de filiais em todo o país não é suficiente

para atender ao requisito de representatividade

nacional, o qual exige que a entidade de classe

esteja situada em, pelo menos nove Estados da

Federação.

Fundamentos da PGR

Em relação à revogação da Portaria Interministerial

nº 2/2011 pela Portaria Interministerial nº 2/2015,

ambas do MTE, o órgão sustenta que:

O argumento da Advocacia-Geral da União (AGU),

no sentido de que a Portaria Interministerial

2/2011 teria sido expressamente revogada pela

Portaria Interministerial 2/2015, o que acarretaria

prejudicialidade do pedido por perda de objeto, não

está totalmente correto;

A norma foi revogada por outra de igual hierarquia,

o que caracterizaria perpetuação do vício

originalmente suscitado e;

Deveria ser aberto prazo para que a parte autora

pudesse aditar a inicial (incluir a Portaria

Interministerial 2/2015 no pedido de

inconstitucionalidade) e somente na hipótese de

inércia dela, é que o processo deveria ser extinto

por prejudicialidade.

Quanto a constitucionalidade da divulgação da Lista

Suja, a PGR sustenta que:

“Prejuízos de ordem moral que a empresa incluída

no cadastro possa ocasionalmente experimentar

não são justificativa plausível para sigilo dessas

informações. Estas se revestem de inegável

interesse público, seja como instrumento de

prevenção desses gravíssimos ilícitos, que atentam

contra as liberdades mais fundamentais do ser

humano, seja para que outras empresas avaliem a

conveniência de contratar com aquelas, a fim de não

alimentar o ciclo desumano de exploração

encontrado pela fiscalização do trabalho nesses

casos.”

“É adequado e democrático o acesso público a tais

informações, mediante criação de cadastros

nacionais que garantam exercício da cidadania, seja

para facilitar a cobrança de providências no

cumprimento das normas trabalhistas, seja a fim de

dar credibilidade e transparência às ações do poder

público, seja ainda para que a sociedade conheça a

verdadeira extensão dessa prática.”

A inclusão no cadastro é precedida de fiscalização e

lavratura de auto de infração por auditores fiscais

do trabalho e é dada, ao empregador, a

oportunidade de defesa no processo administrativo.

Portanto, o nome da empresa é inserido no cadastro

somente após trânsito em julgado da decisão

administrativa, não havendo que se falar em ofensa

ao princípio do devido processo legal.

Fonte: pgr.jusbrasil.com.br

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Outubro/2015 – Edição 18

MTE DIZ QUE LANCHONETE TINHA TRABALHO ANÁLOGO À ESCRAVIDÃO NO ROCK IN RIO

Órgão fez balanço de irregularidades no festival. Ambulantes dormiam no chão em alojamento.

gentes do Ministério do Trabalho e

Emprego no Rock in Rio constataram

irregularidades trabalhistas nas

empresas terceirizadas que atuaram durante os

sete dias do Rock in Rio. Entre os problemas,

segundo o órgão, estava até regime de trabalho

análogo a escravidão na lanchonete Batata no

Cone. Ao todo, 17 funcionários estariam nesses

condições.

De acordo com Hércules Ramos, coordenador da

operação, os trabalhadores não tinham acesso a

saneamento básico, tinham documentos retidos

por parte da empresa e até mesmo contração de

dívida por parte dos trabalhadores que não

conseguiram vender todas as mercadorias.

Segundo o ministério, os trabalhadores pagavam

de R$210 a R$400 reais para garantir um posto

de trabalho de ambulante no evento. Muitos

vieram com a promessa de lucrar cerca de

R$1000 por dia, mas acabaram contraindo uma

dívida que não conseguiam pagar, já que, cada

vez que voltavam sem vender uma batata,

tinham que pagar R$12 por unidade. De acordo

com as investigações, o preço da batata era de

R$14 para o público, e o lucro para cada

trabalhador era de R$2.

De acordo com os auditores, trabalhadores da

empresa de limpeza Garrana foram encontrados

dormindo dentro da Cidade do Rock, no centro

administrativo do Rock World, organizador do

evento. Depois desse flagrante, na última sexta-

feira (25), no último dia do festival (27),

trabalhadores da mesma empresa foram

achados novamente dormindo em condições

adversas, dentro da cabine de recepção da

tirolesa que, durante a noite, divertiu quem

passava pela Cidade do Rock. Os fiscais avisam

que também irão investigar as contratações de

artistas no evento.

O G1 procurou a Batata no Cone, mas não obteve

resposta até as 15h50. A organização do Rock in

Rio informou que contrata mais de 250

empresas terceirizadas, que envolvem cerca de

16 mil pessoas trabalhando no evento. " A

organização desconhecia os fatos narrados e

está colaborando com a fiscalização para que as

condições de trabalho dos seus empregados

sejam respeitadas, agindo com rapidez para que

as empresas contratadas corrijam qualquer

irregularidade", acrescentou, em nota.

Fonte: G1. Rio de Janeiro

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Outubro/2015 – Edição 18

BNDES OFERECE LINHA DE FINANCIAMENTO DESTINADA À MODERNIZAÇÃO DE

EQUIPAMENTOS E ADEQUAÇÃO A NR12

OBNDES reativou este mês a linha Finame

Moderniza BK, destinada à modernização

de equipamentos. A linha é voltada para

empresas de todos os portes e faturamentos, e vai

ao encontro da necessidade da indústria de

adequação à NR 12. O banco colocou à disposição

R$ 500 milhões. O crédito estará disponível até 31

de março de 2016. O Programa BNDES Finame de

Modernização de Máquinas e Equipamentos está

substanciado na Circular 37/2015, publicada pelo

BNDES em 14 de setembro, podem pleitear

financiamentos tanto os proprietários das

máquinas quanto os prestadores de serviços de

modernização. A forma de financiamento é

indireta, feita por meio de agente financeiro.

Os itens financiáveis são serviços de engenharia e

aquisição de peças e componentes (o valor das

peças e componentes não poderá ultrapassar 40%

do cobrado pelos serviços de engenharia e deverá

respeitar o conteúdo nacional de 60%).

De acordo com o coordenador de Inteligência de

Mercado da Fiero, Elmir Marques, a linha de

crédito é uma excelente oportunidade para o

industrial rondoniense em investir na

modernização de sua empresa. “O financiamento

facilita a incorporação de novas tecnologias que

otimizem a performance das indústrias, gerando

um aumento na capacidade de produção e da

produtividade para a economia nacional”,

explicou.

Condições de financiamento:

- Taxa de juros: TJLP (6,5% a.a.) + Remuneração

BNDES (2,0% a.a.)+Taxa de Intermediação

Financeira (0,1% a.a. para MPMEs e 0,5% a.a. para

as demais)+Remuneração Agente Financeiro (a

negociar);

- Participação do BNDES no financiamento: até

70% para MPMEs e até 50% para demais, com

possibilidade de ampliação para até 90% a taxa de

juros mais alta (baseada na SELIC);

- Limite do financiamento: mínimo de R$ 250 mil e

máximo de R$ 20 milhões;

Serão admitidos financiamentos em valor mínimo

de R$ 100 mil nas operações destinadas à

conversão da máquina ou equipamento sem

dispositivo de segurança para adequação aos

requisitos de segurança do trabalho estabelecido

pela Associação Brasileira de Normas Técnicas –

ABNT e pela Norma Regulamentadora nº 12 (NR

12) do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, e

suas alterações.

- Prazos: até 48 meses no caso da empresa ser

proprietária da máquina ou até 18 meses no caso

do prestador de serviço de modernização.

O prazo de vigência deste Programa está previsto

até 31 de março de 2016.

Para solicitar o financiamento o interessado

deverá dirigir-se a Instituição Financeira

Credenciada, com a especificação técnica do bem a

ser financiado. A instituição informará qual a

documentação necessária, analisará a

possibilidade de concessão do crédito e negociará

as garantias.

Fonte: Site http://alec.org.br/novo/noticias/bndes-reativa-linha-

finame-moderniza-bk-500-milhoes-a-disposicao/

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Outubro/2015 – Edição 18

MINISTÉRIO PÚBLICO LANÇA GAME PARA EDUCAR SOBRE TRABALHO ESCRAVO

MPT-PB (Ministério Publico do Trabalho

na Paraíba), em parceria com a Facisa

(Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas),

de Campina Grande, apresentou na Brasil Game

Show um game para alertar o público sobre as

condições de trabalho escravo no país.

Chamado de “Trabalho Livre” o jogo foi lançado

no dia 5 de outubro e divulgado durante a BGS, a

maior feira do setor no Brasil, que acontece até o

dia 12 de outubro, em São Paulo. O título foi

desenvolvido por alunos da Facisa e , em quatro

fases, ensina o jogador sobre situações de

trabalho escravo.

Em um dos estágios, por exemplo, o objetivo é

resgatar, em um canavial, pessoas que

acumularam dívidas com seus patrões ao serem

contratadas, e todo salário delas é destinado a

pagar estes débitos.

“A parceria começou quando o MPT percebeu que

tinha uma cena de desenvolvimento de jogos em

Campina Grande. Eles entraram em contato com a

gente, porque acham que os games são uma boa

forma de conscientizar a população”, disse à

Folha Rodrigo Motta, coordenador do Projeto.

O game é gratuito e, para joga-lo, basta acessar a

pagina do Ministério Público da Paraíba. Por

enquanto, está disponível apenas no navegador

do computador ou notebook. No entanto,

segundo Motta, o próximo passo é leva-lo para

aparelhos móveis.

Segundo ele, a versão para celulares com sistema

operacional Android deve estar disponível em

novembro. A para iOS virá nos meses seguintes.

O ministério Público na Paraíba também negocia

com a OIT (Organização Internacional do

Trabalho) para traduzir o game em outras

línguas, além de colocar novas fases, que contem

situações de trabalho escravo em outros países,

dando um alcance global para o jogo. “A gente vai

colocar uma fase nova a cada dois meses” diz

Motta. “Queremos inserir no game trabalho

escravo em realidades de outros países, que a

gente não conhece, para termos um jogo

globalizado” afirma.

Fonte: Folha de São Paulo

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Outubro/2015 – Edição 18

QUE DIREITOS INCIDEM NO ACIDENTE A CAMINHO DO TRABALHO? *Resposta de Sônia Mascaro Nascimento, sócia do escritório Mascaro Nascimento Advocacia Trabalhista e

diretora do Núcleo Mascaro

cidente do trabalho é o que se dá em

decorrência do exercício do trabalho a

serviço da empresa e que cause a morte ou a

perda ou ainda a redução da capacidade para o

trabalho, seja ela permanente ou temporária (artigo

19 da Lei 8.213/91).

Além disso, o acidente ocorrido a caminho de casa

para o trabalho, ou vice-versa, também é

considerado acidente do trabalho. Mesmo que o

trabalhador utilize transporte próprio.

Se ficar incapacitado para o trabalho por mais de 30

dias, o trabalhador acidentado terá direito ao

recebimento do auxílio-doença acidentário pelo

INSS.

O trabalhador terá direito também à estabilidade no

emprego por 12 meses. Essa estabilidade passa a

contar a partir do término do recebimento desse

auxílio. Em situações que o deixem incapacitado de

forma permanente, ele poderá requerer

aposentadoria por invalidez.

Por fim, o trabalhador poderá ter direito ainda a

uma indenização, tanto por danos materiais como

morais, a ser paga pelo empregador. Para que haja o

direito à indenização, contudo, é preciso que: o

empregador tenha tido culpa no acidente, ou que

tenha criado um risco extraordinário para que isso

ocorresse.

Embora não seja muito comum que uma dessas

duas condições citadas ocorra no acidente a

caminho do trabalho, o Tribunal Superior do

Trabalho já reconheceu o direito à indenização, por

exemplo, em um caso em que a empresa exigiu o

comparecimento do trabalhador em reunião em

outra cidade e não forneceu transporte para o

deslocamento.

O Tribunal entendeu haver direito à indenização,

uma vez que a empresa criou um risco ao

trabalhador fora de sua normalidade.

Fonte: Revista Exame.com

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Outubro/2015 – Edição 18

EMPRESA TERÁ DE PAGAR CRÉDITOS TRABALHISTAS A EMPREGADO DE TERCEIRIZADA

Primeira Turma do Tribunal Superior do

Trabalho manteve a responsabilidade

subsidiária da Klabin S.A. pelo pagamento das

verbas rescisórias devidas a um motorista

contratado pela Engecram Indústria da Construção

Civil Ltda. para prestar serviços àquela empresa no

interior do Paraná.

O empregado transportava terra e entulho na

construção de pontes e estradas em propriedades

rurais da Klabin, cuja principal atividade é a

produção de papel e celulose. Após a prestadora o

dispensar, ele pediu na Vara do Trabalho de

Telêmaco Borba (PR) o reconhecimento da

responsabilidade subsidiária da Klabin quanto aos

créditos trabalhistas, "já que seu serviço a

beneficiava diretamente". Dessa forma, a indústria

produtora de papel seria responsável pelo

pagamento das verbas rescisórias caso a Engeclam

não o fizesse.

A juíza de primeiro grau julgou procedente a ação,

mas indeferiu o pedido sobre a responsabilidade

subsidiária. A sentença aplicou ao caso a Orientação

Jurisprudencial 191 da Subseção I Especializada em

Dissídios Individuais (SDI-1) do TST, para não

responsabilizar a Klabin, uma vez que houve

contrato de empreitada de construção civil entre as

indústrias com vistas à realização de obra certa –

abertura e reforma de estradas.

O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR)

reformou a sentença, para reconhecer a

responsabilidade subsidiária da Klabin e afastar a

incidência da orientação jurisprudencial

mencionada. Para o TRT, o contrato com a

prestadora, vigente por mais de 20 anos, não

pretendia a entrega de determinada obra, mas, sim,

a prestação contínua de serviços de conservação,

revestimento, construção e manutenção de

estradas, acessos e aceiros.

TST

A Presidência do TST, em decisão monocrática, não

conheceu do agravo de instrumento da indústria de

papel e celulose, ao concluir que o acórdão do TRT-

PR está em conformidade com o item IV da Súmula

331.

Segundo essa jurisprudência, o inadimplemento das

obrigações trabalhistas, por parte do empregador,

implica a responsabilidade subsidiária do tomador

dos serviços.

A Klabin apresentou à Primeira Turma agravo

contra a decisão da Presidência. O relator, ministro

Walmir Oliveira da Costa, votou pelo não

provimento e reafirmou as conclusões do Regional.

"É forçoso reconhecer que se trata de agravo

contendo tese contrária à jurisprudência iterativa e

notória do TST", disse.

O ministro ainda apresentou diversos acórdãos da

Primeira Turma que reconhecem a

responsabilidade subsidiária da Klabin em

contratos de trabalho feitos pela Engecram. Mesmo

com a reincidência, Walmir Oliveira da Costa

decidiu não aplicar multa, mas alertou na decisão

sobre a possibilidade de penalidade processual em

caso de novo recurso da Klabin.

A decisão foi unânime.

Fonte: http://www.tst.jus.br/

Processo: AIRR-264-16.2013.5.09.0671

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Outubro/2015 – Edição 18

EMPREGADO CONSEGUE REVERTER JUSTA CAUSA APÓS SER DISPENSADO POR APARENTAR EMBRIAGUEZ

C.S.E. - Mecânica e Instrumentação Ltda.

não conseguiu em recurso julgado pela 7ª

Turma manter a dispensa por justa causa

de um ex-funcionário por embriaguez.

Contratado como supervisor

de movimentação de cargas

em plataforma de petróleo,

ele foi demitido sob a

justificativa de que se

apresentou

"consideravelmente

embriagado" para o serviço.

O supervisor trabalhou por

dois anos para a C.S.E,

prestadora de serviços nas

áreas de construção,

montagem, manutenção

para diversas empresas,

como Petrobras e Odebrecht, e permanecia em

alto mar em escalas de plantão de 14 dias em

plataforma marítima de exploração de petróleo.

Em um dos seus retornos para a plataforma, foi

impedido de entrar no helicóptero da empresa

sob a alegação de estar alcoolizado.

Embriagado

Na reclamação trabalhista ele afirmou que ficou

quatro meses sem receber salário, quando

finalmente foi dispensado por justa causa. Em

defesa, a empresa alegou que o trabalhador já

havia ficado embriagado outras vezes no serviço

e que tal situação, por ser o local de alta

periculosidade e de interesse da defesa nacional,

é fundamento suficiente para a justa causa

aplicada.

O juiz de origem avaliou que apesar de alegar ter

havido outro episódio de embriaguez, o

supervisor não sofreu nenhuma sanção da

empresa, representando desproporção entre a

conduta da C.S.E e a sanção final aplicada. Mas

para a empresa, a gradação de penalidades não é

necessária quando se trata de falta grave. Disse

ainda que o empregado tinha

pleno conhecimento de que

se chegasse embriagado para

serviço, seria demitido por

justa causa.

Os desembargadores do

Tribunal Regional do

Trabalho da 1ª Região

mantiveram a sentença. Eles

ainda reforçaram que se era

a segunda vez que o

empregado comparecia ao

trabalho embriagado, seria o

caso de ser encaminhado

para tratamento, dada a possibilidade de ser

portador de alguma doença.

O desembargador convocado André Genn de

Assunção Barros, relator do recurso da empresa

ao TST, disse que a avaliação da "falta grave",

como argumentou a C.S.E, teria que passar pelo

conhecimento do grau de embriaguez do

trabalhador, ou mesmo se ele apresentava apenas

cheiro de álcool, por exemplo, o que não estava

declarado no processo.

Para Barros, seria preciso analisar as provas do

processo, procedimento vedado pela Súmula 126

do TST, para se confirmar a alegação da empresa

de que o autor se apresentou "consideravelmente

embriagado" no dia do embarque, a ponto de ficar

impedido de prestar serviços.

O voto do relator foi acompanhado por

unanimidade na 7ª Turma. Fonte: http://www.tst.jus.br/noticias

A O juiz de origem avaliou que apesar de alegar ter havido

outro episódio de embriaguez, o supervisor não sofreu nenhuma

sanção da empresa, representando desproporção entre a conduta da C.S.E e a

sanção final aplicada. Mas para a empresa, a gradação de

penalidades não é necessária quando se trata de falta grave.

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Outubro/2015 – Edição 18

EMPREGADO NÃO VAI RECEBER HORAS IN ITINERE POR TRABALHAR EM OUTRA CIDADE

BRF - Brasil Foods S.A. não terá de pagar o

tempo gasto no percurso de casa para o

trabalho (horas in itinere) de um operador

de produção de Santa Helena (GO). Ele gastava

uma hora no percurso de 60 km entre a sua

cidade e a empresa, localizada em Rio Verde, em

transporte fornecido pela BRF em parceria com o

município de Santa Helena. O empregado

recorreu, mas a Sétima Turma do Tribunal

Superior do Trabalho não conheceu do seu

recurso.

Função Social

A Primeira Vara do Trabalho de Rio Verde havia

lhe deferido a verba, mas o Tribunal Regional do

Trabalho da 18ª Região (GO) reformou a sentença

entendendo que a empresa não pode ser onerada

com o pagamento das horas in itinere. Isso

porque a BFR "desempenha importante função

social na geração de empregos para a população

vizinha à Rio Verde", especificamente para Santa

Helena, sendo que Rio Verde tem trabalhadores

suficientes para atender a sua demanda, o que

"suplanta o pagamento de deslocamento".

O TRT18 também ponderou que a verba relativa

às horas in itinere, ainda que paga aos

empregados residentes em Rio Verde, para os de

Santa Helena "representa uma benesse, tendo em

vista que o custo da empresa é muito maior para

trazer esses empregados de localidades mais

distantes".

Difícil acesso

O empregado alegou ao TST que o fato de a

empresa ter firmado acordo com o município de

Santa Helena para contratação de trabalhadores

locais não a exime de pagar os direitos

legalmente previstos. No entanto, o relator que

examinou o recurso, ministro Cláudio Brandão,

observou que a decisão regional "não consignou

expressamente que o local de trabalho era de

difícil acesso".

O relator esclareceu que o TST considera

necessário para o deferimento das horas in

itinere que o empregador forneça transporte aos

seus empregados e, também, que o local de

trabalho seja de difícil acesso ou não servido por

transporte público regular (Súmula 90), o que

não foi registrado pelo Tribunal Regional.

Levando em conta as peculiaridades do caso e o

quadro fático deficiente verificado no processo, o

relator não conheceu do recurso.

A decisão foi unânime. Fonte: http://www.tst.jus.br/noticias

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Outubro/2015 – Edição 18

ROSSETTO RECEBE CARGO DE MINISTRO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL Titular da nova pasta apresenta seus objetivos: manutenção dos direitos trabalhistas e sustentabilidade do

sistema previdenciário

anter os direitos trabalhistas e garantir a

sustentabilidade do sistema

previdenciário são os principais objetivos

do ministro do Trabalho e Previdência Social,

Miguel Rossetto. No dia 6 de outubro, os ex-

ministros da Previdência Social, Carlos Eduardo

Gabas, e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias,

transmitiram o cargo ao titular da nova pasta,

criada pela fusão dos dois ministérios.

Durante a cerimônia, Rossetto salientou as

conquistas dos cidadãos e cidadãs brasileiros, nos

últimos anos, como uma marca do fortalecimento

da democracia. Ele citou, por exemplo, a redução

da desigualdade entre as regiões e o aumento das

taxas de crescimento: “Conseguimos materializar

esse momento em emprego e renda, criamos um

sentimento de pertencimento forte no povo

brasileiro”. Rossetto disse que “avançar no

equilíbrio fiscal é retomar um novo ciclo de

crescimento econômico e social e,

consequentemente, de geração de empregos e

proteção social”.

O ministro acrescentou que irá se empenhar para

contribuir com a retomada desse crescimento:

“Iremos buscar alternativas consensuais junto à

sociedade, às representações sindicais e ao

Congresso Nacional, por meio de um diálogo forte

e permanente”.

Além da fusão dos antigos ministérios, foram

criadas duas secretarias especiais na nova pasta:

de Trabalho, comandada por José Lopez Feijóo; e

de Previdência Social, tendo à frente o ex-ministro

da Previdência, Carlos Gabas. Ele garantiu que

continuará trabalhando para preservar o sistema

previdenciário brasileiro, considerado um dos

melhores do mundo..

Fonte: http://www.mte.gov.br/noticias

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Outubro/2015 – Edição 18 PLENO DO TST ALTERA REDAÇÃO DA SÚMULA 392 E CANCELA AS OJS 419 E 315

DA SBDI-1

pleno do Tribunal Superior do Trabalho

decidiu dia 27 de outubro, por unanimidade,

alterar a redação da Súmula 392 a fim de

adequá-la à jurisprudência atual e iterativa do TST.

A mudança também atende ao entendimento do

Supremo Tribunal Federal acerca da competência da

Justiça do Trabalho para processar e julgar ações de

indenização por dano moral e material decorrentes

de acidente de trabalho, ainda que propostas pelos

sucessores do trabalhador falecido.

Na mesma sessão foi decidido, por unanimidade, o

cancelamento das OJs 315 e 419 da Subseção I da

Seção Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-

1), que tratava do enquadramento sindical de

trabalhadores em empresas agroindustriais e de

motoristas em empresas com atividade

predominantemente rural.

Súmula 392

A Comissão de Jurisprudência e Precedentes

Normativos decidiu propor a alteração na redação

da Súmula 392 diante da sua adequação ao

entendimento do Supremo Tribunal Federal, que no

julgamento do processo RE 600.091/MG, com

repercussão geral reconhecida (Tema 242),

declarou a competência da Justiça do Trabalho para

processar e julgar ações em que os herdeiros de

empregado falecido em decorrência de acidente de

trabalho pleiteiam indenização por danos morais e

materiais.

O voto do relator, ministro Dias Toffoli, registrou

ainda que o fato de os autores serem sucessores do

trabalhador é irrelevante para fins de fixação de

competência, pois a causa de pedir permanece

sendo o infortúnio ocorrido durante a relação

laboral.

A Comissão destaca ainda que o TST tem adotado o

entendimento de que a competência para processar

e julgar ações indenizatórias decorrentes de

acidente de trabalho propostas por sucessores do

trabalhador falecido é da Justiça do Trabalho,

inclusive antes do julgamento do RE 600.091/MG

pelo STF.

Veja abaixo a nova redação da súmula.

Dano moral e material. Relação de trabalho.

Competência da justiça do trabalho. Nos termos do

art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a

Justiça do Trabalho é competente para processar e

julgar ações de indenização por dano moral e

material decorrentes da relação de trabalho, inclusive

as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele

equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes

ou sucessores do trabalhador falecido.

OJ 419

O Pleno acatou proposta da comissão de

jurisprudência pelo cancelamento da OJ por

entender que a tese hoje escolhida por esta

orientação jurisprudencial teve à época de sua

aprovação tão somente que aplicar a prescrição que

beneficiava os rurícolas, não se discutindo a questão

do enquadramento sindical. Este fato causa nos dias

de hoje "uma instabilidade jurídica muito grande (...)

com inúmeros conflitos intersindicais de

representatividade", observou o presidente da

comissão, ministro João Oreste Dalazen.

OJ 315

A comissão em seu parecer entendeu pelo

cancelamento sob o fundamento de que a OJ 315

conflita abertamente com a Súmula 117 do TST,

mediante a qual se acata o conceito de categoria

diferenciada, desprendido da Consolidação das Leis

do Trabalho (CLT), para efeito de não admitir que

motorista de Banco seja considerado bancário.

Diante disso entenderam inexistir "jurisprudência

digna" para que se compreenda que motorista de

empresa rural deveria ser considerado rurícola. O

presidente da comissão complementou seus

argumentos com fundamentos propostos para o

cancelamento da OJ 419. Fonte: http://www.tst.jus.br/noticias

O

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Outubro/2015 – Edição 18

eSOCIAL: MAIS DE 34 MIL EMPREGADORES JÁ SE CADASTRARAM Foram mais de 15 mil empregados domésticos inscritos. Guias de recolhimento unificado estarão disponíveis

em 26 de outubro

Portal eSocial recebeu, até a manhã do dia

02 de outubro, o cadastro de 34.281

empregadores e de 15.593 empregados,

uma média de de 38 registros de

empregadores, por minuto.

O Serviço Federal de Processamento de Dados

(Serpro), no entanto, está preparado para receber

de 100 a 150 registros por segundo. O

cadastramento de empregadores e de seus

empregados domésticos no Portal eSocial iniciou

nessa quinta-feira (1º).

As guias de recolhimento unificado – que vão

reunir todos os tributos e encargos num único

boleto, inclusive o Fundo de Garantia por Tempo

de Serviço (FGTS) – estarão disponíveis em 26 de

outubro. Esse boleto atende às disposições da Lei

Complementar Nº 150/2015 (Lei das

Domésticas), que tornou obrigatório o pagamento

do FGTS, do Salário-Família, além de outros

direitos trabalhistas, que já estavam em vigor, aos

empregados domésticos. A Proposta de Emenda à

Constituição (PEC) que estendeu tais direitos aos

empregados domésticos foi aprovada em abril de

2013 e regulamentada em junho deste ano.

A partir de agora, os empregadores devem

recolher 8% de FGTS incidindo sobre o salário,

férias, 13º salário, horas extras, trabalho noturno

e outros adicionais. Em guia única, deverão ser

recolhidos também 8% de INSS, 0,8% de seguro

contra acidentes e 3,2% de indenização

compensatória do FGTS, esta última a ser

movimentada pelo empregador ou pelo

empregado, de acordo com o tipo de rescisão

contratual.

Com isso, o empregador passará a contribuir, em

tributos e FGTS, com o equivalente a 20% do

salário de seu empregado.

Na guia também estarão incluídas a contribuição

previdenciária a cargo do empregado,

descontadas do seu salário, que pode variar de

8% a 11%, de acordo com o salário, e eventual

retenção de Imposto de Renda na fonte – de

acordo com a tabela salarial da Receita Federal. O

recolhimento do IR só ocorrerá se o salário do

trabalhador doméstico for superior a R$ 1.903,98.

A primeira guia deve ser paga em 6 de novembro.

eSocial – O sistema é uma ação conjunta do

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Receita

Federal, Caixa Econômica Federal, Instituto

Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério da

Previdência (MPS), para unificar o envio de

informações dos empregadores brasileiros em

relação aos seus empregados. Quando for

implantado em sua totalidade, será estendido aos

demais empregadores, pessoas físicas e jurídicas,

trazendo diversas vantagens em relação ao

sistema atual, se tornando uma única fonte de

informações para o cumprimento das diversas

obrigações trabalhistas, previdenciárias e

tributárias atualmente existentes.

Fonte: Assessoria de Imprensa/MTE

O

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Outubro/2015 – Edição 18

MATÉRIA AFETADA AO TRIBUNAL PLENO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ACIDENTE DO TRABALHO. COBRADORA DE ÔNIBUS. Roubo com uso de arma de fogo. Responsabilidade civil objetiva do empregador. Art. 927, parágrafo único, do Código Civil. Incide a responsabilidade civil objetiva do empregador, levando em consideração o risco da atividade econômica, quando o empregado sofre danos, em razão da execução do contrato de emprego, nos termos do artigo 927, parágrafo único, do Código Civil. No caso, a trabalhadora levou um tiro na mão direita durante assalto ao veículo no qual trabalhava. O acidente ocorreu quando exercia a atividade de cobradora de ônibus, situação ensejadora de risco acentuado, já que circulava pelas ruas do município recolhendo importâncias em dinheiro dos passageiros em proveito do contratante. Além de configurado o exercício de atividade de risco – circunstância apta a ensejar a responsabilidade objetiva do empregador -, resultou caracterizada a culpa por omissão, decorrente da inobservância do dever geral de cautela, que incumbe a todo empregador. Sob esses fundamentos, o Tribunal Pleno, por unanimidade, conheceu dos embargos, por divergência jurisprudencial, e, no mérito, negou-lhes provimento. Ressalva parcial de fundamentação dos Ministros João Oreste Dalazen e Cláudio Mascarenhas Brandão. TST-E-RR-184900- 63.2007.5.16.0015, Tribunal Pleno, rel. Lélio Bentes Corrêa, 29.9.2015.

HORAS EXTRAORDINÁRIAS. CONTRATAÇÃO APÓS ADMISSÃO. SÚMULA 199, I, DO TST. NÃO CONTRARIEDADE. Não contraria o item I da Súmula 199 do TST, o reconhecimento de pré-contratação de horas extras nas hipóteses em que o ajuste tenha ocorrido poucos meses após a admissão do empregado se, conforme consignado no acórdão regional, o pagamento das horas extras pré-contratadas era, na verdade, mera contraprestação pelo serviço prestado pela reclamante, e que, ainda, a prorrogação de jornada foi uma constante no curso do contrato, sem que, contudo, nenhuma justificativa tenha sido apresentada para a permanente necessidade de elastecimento de trabalho, o que levou o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, inclusive, à conclusão de que a intenção do empregador era burlar a aplicação da referida súmula. Sob esses fundamentos, a SBDI-1, por maioria, não conheceu do recurso de embargos. Vencidos os Ministros Marcio Eurico Vitral Amaro, relator e Ives Gandra Martins Filho. TST-E-ED-RR 286-82.2010.5.09.0088, SBDI-1, rel. Min. Márcio Eurico Vitral Amaro, red. p/ acórdão Min. José Roberto Freire Pimenta, 1º.10.2015.

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Outubro/2015 – Edição 18

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 698, DE 23 DE OUTUBRO DE 2015 Altera a Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009, para dispor sobre operações de financiamento habitacional com desconto ao beneficiário concedido pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS para aquisição de imóveis no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida construídos com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial - FAR.

Lei nº 13.180, de 22 de Outubro de 2015 Dispõe sobre a profissão de artesão e dá outras providências.

DECRETO Nº 8.538, DE 6 DE OUTUBRO DE 2015 Regulamenta o tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para as microempresas, empresas de pequeno porte, agricultores familiares, produtores rurais pessoa física, microempreendedores individuais e sociedades cooperativas de consumo nas contratações públicas de bens, serviços e obras no âmbito da administração pública federal.

Lei nº 13.171, de 21 de Outubro de 2015 Dispõe sobre o empregador rural; altera as Leis nºs 8.023, de 12 de abril de 1990, e 5.889, de 8 de junho de 1973; e dá outras providências.

Lei nº 13.176, de 21 de Outubro de 2015 Acrescenta inciso IX ao art. 964 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, para outorgar privilégio especial, sobre os produtos do abate, ao credor por animais.

Lei nº 13.172, de 21 de Outubro de 2015 Altera as Leis nºs 10.820, de 17 de dezembro de 2003, 8.213, de 24 de julho de 1991, e 8.112, de 11 de dezembro de 1990, para dispor sobre desconto em folha de pagamento de valores destinados ao pagamento de cartão de crédito.

1. Ressalta-se a realização do II WORKSHOP DE LEGISLAÇÃO TRABALHISTA RURAL, que terá como objetivo analisar, debater e propor alterações na legislação trabalhista que envolve nosso setor. O evento será realizado no dia 19 de novembro de 2015, na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil CNA, na SGAN Quadra 601, Módulo K – Edifício Antônio Ernesto de Salvo – Brasília-DF – Auditório, das 09h00 às 18h00. Na oportunidade trataremos os seguintes temas:

Saúde e segurança do trabalho Trabalho escravo Cotas para deficientes Menores aprendizes Segurado especial eSocial Terceirização Jornada de trabalho e horas de percurso Prorrogação de jornada em atividades insalubres Negociado sobre o legislado

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Outubro/2015 – Edição 18

2. Por oportuno, reitera-se o convite à Vossa Senhoria para participar da 4° Reunião da Comissão Nacional de Relações de Trabalho e Previdência Social de 2015 , que será realizada no próximo dia 18 de novembro, das 9:30 às 17h, na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, situada à SGAN Quadra 601, Módulo K, sala do conselho no 1º subsolo do Edifício Antônio Ernesto de Salvo - Brasília – DF.

3. Tendo em vista a relevância da matéria, seguem os links com as normas publicadas neste mês, para

conhecimento – basta clicar no endereço virtual indicado. Insta esclarecer que o link apenas ficará disponível por uma semana.

LEI Nº 13.180, DE 22 DE OUTUBRO DE 2015. Dispõe sobre a profissão de artesão e dá outras providências; http://www.cna.org.br/email/Juridico/Anexo_lei_artesão.docx

CIRCULAR SUP/AOI Nº 37/2015BNDES - Programa BNDES sobre o Financiamento de Modernização de Máquinas e Equipamentos Instalados no País – BNDES Finame Moderniza BK; http://www.cna.org.br/email/Juridico/Anexo_BNDS_circular_nr_12.pdf

Orientações eSocial – Simples Doméstico; http://www.cna.org.br/email/Juridico/Anexo_cartilha_eSocial.docx

Inteiro teor da decisão monocrática do TST sobre a questão da “flexibilização das horas in itinere por norma coletiva” Min. Ives Gandra; http://www.cna.org.br/email/Juridico/Anexo_Decisão_Ives_Possivel_alteração_da_jurisprudencia_Horias_in_itinere.docx

Inteiro teor da decisão que julgou a ADI nº 5.209 DF que dispõem regras para inclusão em pessoas jurídicas no Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo. http://www.cna.org.br/email/Juridico/Anexos_ADI_5209.pdf

Congresso Rural – Painéis de debate sobre o trabalho infantil no campo e enquadramento sindical do trabalhador no agronegócio. http://www.cna.org.br/email/Juridico/Anexo_CONGRESSO_RURAL_Campinas_2º_e_4º_paineis.docx

II Seminário Internacional de Direito do Trabalho – Debates sobre aspectos do direito do trabalho contemporâneo. Promovido pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) http://www.cna.org.br/email/Juridico/Anexo_II_-_Seminario_Internacional_de_Direito_do_Trabalho.docx

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Outubro/2015 – Edição 18

Este é um informativo exclusivo da Comissão Nacional de Relações do Trabalho e Previdência Social, dúvidas ou sugestões entre em contato:

Presidente Elimara Aparecida Assad Sallum

Coordenador Cristiano Barreto Zaranza

Assessores Técnicos: Eduardo Queiroz – [email protected]

Frederico Melo – [email protected] Rodrigo Hugueney – [email protected] Rodrigo Valente – [email protected]

Vânia Ataides – [email protected]

Membros da Comissão Nacional de Relações do Trabalho e Previdência Social:

Alessandra C. V. Seródio Piperno/ FAERJ [email protected]

Aurélio Pires/ FAEB [email protected]

Breno Gilberto Bonuti Bizzi/FAESP [email protected]

Caio Túlio Dantas Bezerra/ FAERN [email protected]

Carlo Daniel Coldibelli Francisco/FAMASUL [email protected]

Carlos Augusto Albuquerque/ FAEP [email protected]

Clemerson José Argenton Pedrozo/ FAESC [email protected]

Emerson de Macedo Galvão/FAEMA [email protected]

Francisca Ivonisa Holanda de Oliveira/FAEC [email protected]

Francisco de Paula Gomes/ FAERR [email protected]

Francisco Maurício Barbosa Simões /FAEMG [email protected]

Guilherme Teles Gebrim/ FAPEDF [email protected]

Iacira Leite Sedrim/ FAEPA (PA) [email protected]

José Thomaz de Mello Neto/ FAEAC [email protected]

Klauss Dias Kuhnen/ FAEP [email protected]

Lucicleia Rocha dos Santos / FAEAP [email protected]

Luiz Claudio Faria Cruz / FAET [email protected]

Maria Christina Alvarenga de Araujo/ FAES [email protected]

Mário Antonio Pereira Borba/ FAEPA (PB) [email protected]

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Outubro/2015 – Edição 18

Muni Lourenço Silva Junior/ FAEA

[email protected]

Nestor Hein/ FARSUL [email protected]

Noel Montenegro Loreiro/ FAEAL [email protected]

Rosirene Pereira Souza Fleury Curado/ FAEG [email protected]

Alberto Vieira de Atayde/ FAEPA (PB) [email protected]

Álvaro Arthur Lopes de Almeida/ FAEAL [email protected]

Ana Cecília de Freitas Pires Pereira/FAMASUL [email protected]

André Ferrarim/FAMATO [email protected]

Andreia Barbieri Zanluchi/ FAESC [email protected]

Augusto César de Andrade/ FAEG [email protected]

Cecília Claudinéia Stafuza/ FAMATO [email protected]

Derly Girardi/ FARSUL [email protected]

Eleutério Czornei/ FAEP [email protected]

Fabrício Miranda Sizo/ FAEPA (PA) [email protected]

Fernanda Fernandes/FAEB [email protected]

Fernando Augusto Francisco Alves/FAESP [email protected]

Francisco Rocha de Andrade/ FAEAP [email protected]

Frederico Leite Matos Costa/ FAERN [email protected]

Julio da Silva Rocha/FAES [email protected]

Lourival da Costa Santos/ FAEMA [email protected]

Marcos Anderson Pinheiro Nogueira/ FAEA [email protected]

Mariana Maia Ehrenberger/FAEMG [email protected]

Mauro Marcello Gomes de Oliveira/ FAEAC [email protected]

Rodolfo Tavares/FAERJ [email protected]

Wilson Barros de Moura/ FAEMG [email protected]