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1 1 Planejamento de Sistemas Energéticos / Elétricos Prof. Bruno Henriques Dias Introdução à Engenharia Elétrica Universidade Federal de Juiz de Fora

Planejamento de Sistemas Energéticos / Elétricos · Execução de estudos para definição da Matriz Energética e planejamento da expansão do setor elétrico ... Vantagens da

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1 1

Planejamento de Sistemas Energéticos

/ Elétricos

Prof. Bruno Henriques Dias

Introdução à Engenharia Elétrica

Universidade Federal de Juiz de Fora

2

Áreas

Telecomunicações

Eletrônica Robótica e

Automação

Sistemas de

Potência Energia

Elétrica

Engenharia Elétrica

3

Energia e Desenvolvimento

A Energia é fator de alto impacto no desenvolvimento

O IDH leva em consideração, entre outros fatores,

o nível de eletrificação dos países

4 4

Energia e Desenvolvimento

High

██ 0.950 and over

██ 0.900–0.949

██ 0.850–0.899

██ 0.800–0.849

Medium

██ 0.750–0.799

██ 0.700–0.749

██ 0.650–0.699

██ 0.600–0.649

██ 0.550–0.599

██ 0.500–0.549

Low

██ 0.450–0.499

██ 0.400–0.449

██ 0.350–0.399

██ under 0.350

██ not available

6

Energia e Desenvolvimento

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Conceito que surgiu na década de 80, na ONU ,que visa

o compromisso entre Necessidade de Desenvolvimento e

Proteção ao Meio Ambiente.

“Desenvolvimento Sustentável: é aquele que satisfaz as

necessidades das gerações presentes, sem afetar a

capacidade das gerações futuras de também satisfazerem

suas próprias necessidades ”

Maria Paula Burattini

7

Energia e Desenvolvimento

Protocolo de Kyoto - redução de gases de efeito estufa

através de metas para os países

Mecanismos de Desenvolvimento Limpo

Mercado de Créditos de Cabono

Europa Brasil

$$$

Creditos Carbono

8 8

Sistemas de

potência

Engenharia Elétrica

9 9

Engenharia Elétrica

Geração

10 10

Engenharia Elétrica

Geração

11 11

Engenharia Elétrica

Geração

12 12

Engenharia Elétrica

Geração

13 13

Engenharia Elétrica

Geração

14 14

Engenharia Elétrica

Transmissão

15 15

Engenharia Elétrica

Transmissão

16

Engenharia Elétrica

Distribuição

17

Engenharia Elétrica

Distribuição

18

Engenharia Elétrica

Distribuição

19 19

6,9kV – 30kV 230kV – 750kV 69kV – 138kV 13,8 kV-23,1kV

110V-220V Rede Básica

Sistema Elétrico de Potência

20

Consumidor Cativo: adquire energia da Distribuidora a cuja

rede esteja conectado, sujeitando-se a tarifas regulamentadas.

Consumidor Livre: adquire energia de qualquer Distribuidora,

com legislação específica. Existe pré-requisito de tensão e

consumo.

Distribuidor: fornece EE ao consumidor final. Deve conceder

livre acesso a todos os consumidores de sua zona de atuação,

mesmo não comprando energia dessa distribuidora.

Transmissão: A entrada de novos agentes de transmissão, que

não precisam ser membros da CCEE, ocorre por meio de

licitação para construção de novas linhas.

Geração: Geradores Públicos, Privados, PIE,

e Auto-produtores

Sistema Elétrico de Potência

21

Quem controla o setor?

Organização do Setor: Novo Modelo

CNPE – Conselho Nacional de Política Energética.

Homologação da política energética, em articulação com as demais políticas públicas.

Órgão interministerial, coordenado pelo ministro do MME.

CMSE – Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.

Monitoramento das condições de atendimento e recomendação de ações preventivas

para garantir a segurança do suprimento.

MME – Ministério de Minas e Energia.

Formulação e implementação de políticas para o setor energético, de acordo com as

diretrizes do CNPE

EPE – Empresa de Pesquisa Energética.

Execução de estudos para definição da Matriz Energética e planejamento da expansão

do setor elétrico (geração e transmissão)

ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.

Regulação e fiscalização, zelando pela qualidade dos serviços prestados,

universalização do atendimento e pelo estabelecimento de tarifas para consumidores

finais.

ONS – Operador Nacional do Sistema.

Coordenação e controle da operação da geração e da transmissão no sistema elétrico

interligado

CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

Administração de contratos, liquidação do mercado de curto prazo, Leilões de

Energia.

© ONS

22

Quem controla o setor?

Organização do Setor: Novo Modelo

CNPE – Conselho Nacional de Política Energética.

Homologação da política energética, em articulação com as demais políticas públicas.

Órgão interministerial, coordenado pelo ministro do MME.

ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.

Regulação e fiscalização, zelando pela qualidade dos serviços prestados,

universalização do atendimento e pelo estabelecimento de tarifas para consumidores

finais.

ONS – Operador Nacional do Sistema.

Coordenação e controle da operação da geração e da transmissão no sistema elétrico

interligado

CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

Administração de contratos, liquidação do mercado de curto prazo, Leilões de

Energia.

23

Quem controla o setor?

Organização do Setor: Novo Modelo

CMSE – Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.

Monitoramento das condições de atendimento e recomendação de ações preventivas

para garantir a segurança do suprimento.

MME – Ministério de Minas e Energia.

Formulação e implementação de políticas para o setor energético, de acordo com as

diretrizes do CNPE

EPE – Empresa de Pesquisa Energética.

Execução de estudos para definição da Matriz Energética e planejamento da expansão

do setor elétrico (geração e transmissão)

24

Brasil: Dimensões Continentais

Sistema Elétrico de Potência

25

Sistema Elétrico de Potência

26 Fonte: ONS

© ONS

Sistema Elétrico de Potência

27 27

Problemas de Otimização

Problema 1: Plan. Expansão da Transmissão

Qual a melhor maneira de fazer?

Desejo ampliar o sistema de transmissão em

determinado trecho.

Qual o melhor caminho?

Quantas linhas construir?

O que quero melhorar (otimizar)?

28 28

230 kV 750 kV

Problemas de Otimização

29 29

Sistema Garver

Características do Sistema:

• 6 barras

• 45 circuitos candidatos (15x3)

• 6 circuitos existentes

• Demanda total = 760 MW

1

2

3

4

5

6 scombinaçõe104 915

Problemas de Otimização

30 30

Sistema Garver

Problemas de Otimização

31 31

Problemas de Otimização

Sistema Equiv. Da Região Sul do Brasil

32 32

Problemas de Otimização

Sistema Equiv. Da Região Sul do Brasil

Características do Sistema:

• 46 barras

• 158 circuitos candidatos (79x2)

• 66 circuitos existentes

• Demanda total = 6880 MW

79 373 =10 combinações

33

Brasil: Sistema Hidrotérmico

Planejamento da Operação

34

Matriz de Energia Elétrica Brasileira

Fonte: EPE – BEN 2008

Planejamento da Operação

35

Planejamento da Geração

Como gerar energia e calcular o preço?

Planejamento da Operação

Dado que o sistema está suprindo a carga,

quanto custa gerar um MWh adicional?

36

Custo Marginal da Operação

Formação de Preços

© CCEE

37

Custo Marginal da Operação

Formação de Preços

© CCEE

350

SE/CO

180

250

120

90 Geração

Efetiva

860 MWh

Custo de Geração

[ R$/MWh ]

Custo de Geração

[ R$/MWh ]

350

320

120

Geração

Efetiva

450 MWh

SUL

CMO

95,00

[R$/MWh]

CMO

6,48

[R$/MWh] GH5 = 6,00

GH4 = 6,20

GH3 = 6,25

GT2 = 95,00

GT1 = 130,00

130 95 6,25 6,20 6,00 R$/MWh

GH8 = 6,25

GH7 = 6,48

GT6 = 100,00

100 6,48 6,25 R$/MWh

38

Custo Marginal da Operação

Formação de Preços

© CCEE

Custo de Geração

[ R$/MWh ]

Custo de Geração

[ R$/MWh ] Geração

Efetiva

515 MWh Geração

Efetiva

400 MWh

120

80

GH13 = 6,20

GH12 = 6,25

140 GH11 = 6,30

100 GT10 = 7,10

90 GT9 = 80,00

CMO

80,00

[R$/MWh]

CMO

7,00

[R$/MWh]

100

120

GH18 = 6,00

GH17 = 6,20

80 GH16 = 6,25

160 GH15 = 7,00

100 GT14 = 120,00

NORTE NE

80 7,10 6,30 R$/MWh 6,25 6,20

120 7,00 6,25 R$/MWh 6,20 6,00

39

Formação de Preços

• O PLD é baseado no Custo Marginal de Operação (CMO), com

algumas diferenças

– Primeira diferença: simplificações no despacho

– Segunda diferença: limites mínimo (PLD Min) e máximo (PLD

Máx)

• O PLD é limitado por um preço limite e um mínimo

(atualmente R$534,30/MWh e R$17,59/MWh)

• O cálculo é realizado em todo último dia útil da semana,

considerando informações previstas de disponibilidade e carga

SE/CO

CMO

95,00

[R$/MWh]

LimitesPLD: mín 12,20 R$/MWh ,

máx 727,52 R$/MWh

Preço de Liquidação das Diferenças

PLD

95,00

R$/MWh

CMO

6,48

[R$/MWh]

SUL

PLD

12,20

R$/MWh

NORTE

CMO

80,00

[R$/MWh]

PLD

80,00

R$/MWh

NE

CMO

7,00

[R$/MWh]

PLD

12,20

R$/MWh

40 40

minimizar o

custo de

combustível

esvaziando os

reservatórios

manter os

reservatórios

cheios e usar

geração

termoelétrica

baixas

baixas

altas

altas

déficit

vertimento

Conseqüências

operativas

Afluências

FuturasDecisão

operação econômica

operação econômica

Planejamento da Operação

41 41

Problemas de Otimização

Problema 2: Planejemento da Operação (Geração)

Preciso atender a uma carga.

Qual o horizonte considerar?

Quais usinas vou ligar ou desligar?

Qual a melhor forma de fazer (otimizar)?

42 42

Geração

Térmica

Geração

Hidráulica

Reservatório

Subestação Casa de Força

Vertedouro

Vazão

Turbinada

Vazão

Vertida

Vazão

Defluente

Barragem

Geração Hidráulica

43 43

Geração Hidráulica

44 44

Geração Hidráulica

45 45

Geração Hidráulica

ITAIPU – Abril 1981

46 46

Geração Hidráulica

47 47

Desvantagens da Geração Hidráulica:

Inundações de grandes áreas

Construção cara e demorada

Vantagens da Geração Hidráulica:

Energia limpa e renovável

Baixo custo de operação (água)

Armazenamento de água potável (reservatórios)

Operação dependente das condições meteorológicas

Geração Hidráulica

48 48

Sistema Elétrico de Potência - GeraçãoTermoelétrica

320 MW

CICLO COMBINADO

1/3 do fornecimento do Ceará

2 TURBINAS GN

1 TURBINA VAPOR

Geração Termelétrica

49 49

Desvantagens da Geração Térmica:

Poluição Ambiental ( Emissão de Poluentes )

Alto custo de Operação ( Consumo de Combustível )

Vantagens da Geração Térmica:

Baixo Impacto Geográfico

Implantação próximas aos centros de consumo

Construção mais rápida e barata em relação as UHEs

Maior Risco Cambial ( Importação de GN )

Geração Termelétrica

50 50

51 51

Geração Hidráulica

52

SISTEMA INTERLIGADO DE GERAÇÃO

CT/MO

Jaguari

Paraibuna

I.Solteira

P.Primavera

Capivara

Chavantes Jurumirim

Á.Vermelha

T.Irmãos

Promissão

Barra Bonita

Caconde

Marimbondo

São Simão

Itumbiara Emborcação

Bocaina

Três Marias

Miranda Nova Ponte

Camargos

Furnas

Peixoto

Ibitinga

Bariri

Limoeiro

Avanhandava

E.Cunha

Itaipu

Ilha Grande

S.Grande

Canoas II Rosana

Taquaruçu

Canoas I

Jupiá

P.Colômbia

Cachoeira Dourada

Estreito

Itutinga

Funil

Jaguara

Igarapava V.Grande

C.Branco I

C.Branco II

Cemig

Furnas

Tietê

Cesp

Paranapanema C. Dourada Itaipu Futuras

53

TIPOS DE RESERVATÓRIOS

CT/MO

Usinas com reservatório de regularização

Usinas a fio d’água

54

SISTEMA INTERLIGADO DE GERAÇÃO

CT/MO

Jaguari

Paraibuna

I.Solteira

P.Primavera

Capivara

Chavantes Jurumirim

Á.Vermelha

T.Irmãos

Promissão

Barra Bonita

Caconde

Marimbondo

São Simão

Itumbiara Emborcação

Bocaina

Três Marias

Miranda Nova Ponte

Camargos

Furnas

Peixoto

Ilha Grande

Itutinga

Funil Estreito

Jaguara

Igarapava V.Grande

P.Colômbia

Jupiá

Itaipu

C.Branco I

C.Branco II Cachoeira Dourada

Ibitinga

Bariri

Rosana

Avanhandava

Taquaruçu

Canoas I

Canoas II

S.Grande

E.Cunha

Limoeiro

Cemig

Furnas

Tietê

Cesp

Paranapanema C. Dourada

Itaipu

Futuras

55 55

Vantagens de um sistema interligado:

Operação mais econômica;

Aproveitamento da diversidade hidrológica entre bacias;

Ajuda mútua em casos de emergência;

Aumento da confiabilidade do sistema.

Desvantagens de um sistema interligado:

Problemas locais podem ser transformar em globais;

Aumento do nível da corrente de curto circuito;

Complexidade de representação do sistema (número de variáveis).

SISTEMA INTERLIGADO DE GERAÇÃO

56

Outras Fontes de Energia

Sistema Elétrico de Potência

57

Fontes de Energia

Eólica

58 58

59 59

60

Fontes de Energia

Eólica

Vantagens:

Desvantagens:

• Depende do vento

• Depende de Localização

• Necessário Backup

• Energia Limpa

• Pouco Impacto Ambiental

61

Fontes de Energia

Solar

62

Fontes de Energia

Solar

Vantagens:

Desvantagens:

• Alto Custo

• Baixa Eficiência

• Depende do Sol

• Grandes áreas

• Fonte de Energia Limpa

• Mais conveniente em Sistemas Isolados

63

Fontes de Energia

Biomassa

Usina de Biomassa

Casca de Cupuaçu

64

Fontes de Energia

Biomassa

Vantagens:

• Energia Limpa

• Renovável

• Aproveita resíduos ( ex: bagaço, animal )

• Safra da Cana - Estação Seca (maio a novembro)

65 65

Problemas de Otimização

Problema 3: Planejemento da Operação (Geração)

Outras Fontes de Energia

Como colocá-las no sistemas?

Qual a melhor localização?

Quanto gerar (quantidade ótima)?

66 66 66

Geração Distribuída

67 67

Links Interessantes

Empresa de Pesquisa Energética (EPE)

www.epe.gov.br

CCEE

www.ccee.org.br

Operador Nacional do Sistema - ONS

www.ons.com.br

Agência Nacional de Energia Elétrica

www.aneel.gov.br

68 68

Problemas interessantes em Engenharia Elétrica

Conclusão

69 69

Problemas interessantes em Engenharia Elétrica

Conclusão

70 70

Problemas interessantes em Engenharia Elétrica

Conclusão

71 71

Problemas interessantes em Engenharia Elétrica

Conclusão

72 72

Conclusão

Envolve diversas áreas (para todos os gostos)

Otimização (PO/PM): cálculo dos preços, escolha do

portfólio ótimo

Estatística: previsão de carga, preços

Economia: Regulação econômica, Tarifação

Engenharia: Geração, Distribuição, Transmissão,

Regulação técnica

Oferece problemas em constante transformação

(Regras mudam o tempo todo)

73 73

Conclusão

Qual é o nosso maior desafio?

74 74

Obrigado!

© NASA

A ENERGIA

75

Bruno Dias: [email protected]

Perguntas?