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Meio e condições de cultura in vitro Antonio C. Torres [email protected] VI Congresso Brasileiro de Cultura de Tecidos de Plantas

PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

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Page 1: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Meio e condições de cultura in vitro

Antonio C. Torres

[email protected]

VI Congresso Brasileiro de

Cultura de Tecidos de Plantas

Page 2: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Planta organismo autotrófico

• Precisa para crescimento e desenvolvimento:

– Luz

– CO2

– H20

– Elementos essenciais• Os elementos essenciais são obtidos na forma de íons inorgânicos

do solo e entram na biosfera predominantemente pelo sistema

radicular.

Page 3: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Elementos essênciais• Critérios de essencialidade:

– a) sem ele a planta não pode completar o seu

ciclo de vida;

– b) se for parte da molécula de um componente

ou metabólito essencial;• a vida é impossível sem água; a água é um dos principais

metabólitos das plantas e de todos os seres vivos:

– hidrogênio e oxigênio são, então, essenciais.

– C) não podem ser substituídos por outro com

características químicas similares.

Page 4: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

• Hidrogênio, oxigênio e carbono

– Não são considerados nutrientes minerais

porque são obtidos primariamente da água e

do dióxido de carbono.

Observação

Page 5: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Taiz & Zeiger, 2004. Fisiologia Vegetal, 3.ed., p.96

Page 6: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Taiz & Zeiger, 2004. Fisiologia Vegetal, 3.ed., p.97

Page 7: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Elementos benéficosParecem ser essenciais para pequeno número de plantas

• Sódio:

– para planta halófitas• Espécies com adaptação evolutiva a ambientes salinos

• Silício:

– Para gramíneas (arroz, cana-de-açúcar)

Page 8: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Taiz & Zeiger, 2004. Fisiologia

Vegetal, 3.ed., p.104

Page 9: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Classificação dos elementos de acordo com

mobilidade na planta e tendência de

translocação durante deficiências

Móveis Baixa mobilidade na planta

Nitrogênio Cálcio

Potássio Enxofre

Magnésio Ferro

Fósforo Boro

Cloro Cobre

Sódio

Zinco

Molibdênio

Lista de acordo com abundância

na planta

Taiz & Zeiger, 2010.

Quando não presentes em condições adequadas distúrbio no metabolismo com

sintomas mais ou menos característico para cada elemento

Page 10: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Componentes do meio nutritivo

Essenciais:

Água

Sais minerais

Fonte carbono e energia

Vitaminas e

Substâncias reguladoras de crescimento

Opcionais:

Aminoácidos

Amidas

Ácidos orgânicos

Substâncias naturais

Page 11: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Água

• Necessária à vida

• Melhor e mais abundante solvente conhecido

• Faz parte do meio para o movimento de moléculas

dentro e entre células

• Influência estruturas de proteínas e ácidos nucleicos,

polissacarídeos e outros constituintes celulares

• Forma o ambiente onde ocorre reações bioquímicas

• Participa de reações químicas essenciais como

hidrólise e condensação

• Maior parte da massa celular constituída de água (80-

90%) (Taiz & Zeiger, 1998; 2003;2009).

Page 12: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Água

• Componente em maior quantidade

• Fonte potencial de impurezas

• Recomenda-se usar água destilada e deionizada

• Armazenamento:

– Em geral em recipientes de polietileno ou de pirex.

– Não é recomendável o armazenamento por período

prolongado:

• recipientes podem liberar substâncias tóxicas.

Page 13: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Nutrição mineral

• Os meios de cultura incluem em sua

composição:

– Elementos essenciais:

• necessários ao crescimento da planta in vivo

• papel fisiológico distinto no metabolismo da planta

– Alguns elementos não essenciais

• O alumínio faz parte do meio de Heller;

• O iodo, o sódio e o cobalto são componentes do

meio MS.

Page 14: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Nitrogênio

• Planta requer em maior quantidade

• Constituinte de vários componentes celulares,

incluindo:

– Aminoácidos, proteínas, amidas, Ácidos nucleicos,

nucleotídeos, coenzimas

• Tem importância na síntese proteica

• Cultura de tecidos meio enriquecido com

nitrogênio é fundamental para:

• Diferenciação de parte aérea

• Indução da embriogênese somática

Page 15: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

• Pode ser suplementado nas formas de:

• Nitrato (NO3-)

• Nitrito (NO2-)

• Amônio (NH4+)

– Toxicidade em alta concentração

– Necessidade de controlar pH do meio

• Aminoácido

• Amida

• Assimilação do nitrato (NO3-)

– NO3- NO2

- NH4+ glutamina

Nitrogênio-amida

• O nitrato é convertido em uma forma mais energética (nitrito) e

finalmente em forma mais energética (amônio).

• O processo consome o equivalente a 12 ATP para cada

nitrogênio (Bloone et al., 1992).

Page 16: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Metabolismo nitrogênio

• Absorção de NO3

-ocorre somente em pH ácido.

– Sendo acompanhada pelo influxo de H+

na

célula;

– Extrusão de anions para o meio, ocasionando

aumento do seu pH

• Absorção de NH4

+

– Secreta prótons no meio

– Decresce pH do meio, tornando-o mais ácido

Page 17: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Vantagens de usar formas balanceadas de

nitrogênio

• Tende a reduzir o rápido aumento do pH do

meio, quando o nitrogênio é fornecido apenas

na forma de íon nitrato ( Asher & Edwards, 1983)

• A maioria das plantas cresce melhor se tiver

acesso tanto a NH4+ quanto NO3

-

• A absorção e assimilação dessas duas formas

de nitrogênio promovem um balanço cátion-

ânion dentro da planta (Raven & Smith, 1976; Bloon, 1994)

Page 18: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Meio para cultura de tecido

• pH em torno de 5,5-5,8

• Contendo os íons NO3-e NH4

+

• Absorção rápida de amônio pela planta causa

decréscimo do pH por exemplo 4,2-4,6.

– Esse decréscimo de pH causa inibição da

absorção de amônio

– Mas estimula absorção de nitrato com

concomitante aumento de pH

• Em meio não tamponado a absorção eficiente de

nitrogênio depende da presença de ambos íons.

Page 19: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Fósforo

• Adicionado ao meio na forma de H2 PO4-

• Absorção: Processo ativo

• H2PO4- (pH<7)

• H PO4-2 (pH >7) Processo ativo

• incorporado em moléculas orgânicas

• Desempenha papel importante no:

– metabolismo energético

– regulação de processos enzimáticos

– ativação de enzimas

– estrutura dos ácidos nucleicos

– síntese de ATP

• Na organogênese:

– envolvido na diferenciação da parte aérea,

– pode reverter o efeito das auxinas na inibição de brotações

• Sintomas de deficiência: coloração púrpura do tecido

Page 20: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Meio MS

• Concentração H2PO4- 1,25 mM

– Insuficiente em algumas culturas

– Elevar para:

• 1,86 mM (Jones & Murashige, 1974)

• 2,48 mM (Murashige, 1972)

• 3,81mM (Thorpe & Murashige, 1970)

• Concentração elevada de H2PO4-

– Crescimento diminui devido

• redução absorção

• precipitação com macronutrientes como íon Ca++

• precipitação com micronutrientes

Page 21: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Potássio• Adicionado ao meio como NO3

-, H2PO4

-, Cl-

• Absorvido na forma K+

• conserva a carga elétrica na planta

• Principal cátion presente tecidos plantas que

contrabalança ânions orgânicos e inorgânico no

citoplasma

– Quando nitrato é reduzido a amônia e assimilado, íons de

ácido carboxílico (RCO3

-, malato) são produzidos que se

associam ao potássio que é transportado

• Regulação do pH intracelular e manutenção potencial

osmótico das células

• Cofator de enzimas do metabolismo de carboidratos e

proteínas

– Quinase do piruvato, enzima chave da glicólise e respiração

• Deficiência em cultura in vitro:

– vitrificação e decréscimo absorção de fosfato

Page 22: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Cálcio

• Adicionado como: Cl-, NO3-

• Controla estrutura e função da membrana

– Se liga aos fosfolipídios estabilizando a dupla camada de lipídeos

• Atua na divisão celular

• Balanço iônico celular

• Componente importante da lamela média na forma de

pectato de cálcio

• Atua como mensageiro secundário em várias respostas da

planta tanto a sinais ambientais quanto hormonais

– ao se ligar à proteína calmodulina, forma um complexo capaz de se

ligar a diferentes proteínas:

• incluindo quinases, fosfatases, proteínas mensageiras secundárias de

sinalização regulando diversos processos celulares, desde controle da

transcrição e sobrevivência celular a liberação de sinais químicos.

• Cofator de enzimas da hidrólise do ATP

Page 23: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Cálcio- cont

• Regula várias funções celulares

– Bomba de proteínas que regula absorção e movimento de

nutrientes para raiz e através das células da planta

– Na raiz estimula canais de proteínas que regula absorção e

translocação de nutrientes

• Importante na germinação de grãos de pólen

• Estabelecimento polaridade celular

• Apresenta pouca mobilidade na planta

• Nível de cálcio insuficiente leva:– a deterioração da membrana celular

– perda de compostos celulares

– morte celular

• Necrose do ápice caulinar

• Altas concentrações (6 a 9 mM) necessárias no controle da necrose do

ápice caulinar em cultura in vitro

• Na morfogênese Ca+2

induz diversas respostas,

particularmente, associado a auxina e citocinina

Plant Cell v.17, p2142-2155, 2005

Page 24: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Garcia et al. Informações técnicas econômicas agraria, v.107, n.4, 2011 Polouse et al. Plant Cell Tiss Organ Culture, v.88, p.51–59, 2007

Sintomas de deficiência de cálcio in vitro

Necrose de brotaçõesNecrose do ápice caulinar

Page 25: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Magnésio

• Adicionado como sulfato: SO4-

• Constituinte essencial da Clorofila

• Cofator de enzimas envolvidas na:

– Respiração

– Fotossíntese

– Síntese de DNA e RNA

• Quinase Transporte do P

• Envolvido balanço de cátion e neutraliza ânions e

ácidos orgânicos

• Mg+2 móvel, difunde livre na planta

• Propriedade físico-química única:

– Menor raio iônico entre os cátions

– Maior envoltório de hidratação (400 vezes de aumento)

Plant Cell v.21, p.4018-4030, 2009

Page 26: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Enxofre

• Adicionado como SO4- ou amino-ácidos

• Sulfato (SO4-2) Sulfito (SO3

-2) Sulfide (S-2)

• Em geral, absorvido na forma inorgânica de Sulfato (SO4-2),

seguido da redução enzimatica a Sulfeto (S-2) para ser,

então, incorporado em compostos orgânicos.

• Envolvido biossíntese lipídeos e metabolismo energético

• Os compostos principais de enxofre são os amino-ácidos

cistina, cisteina e metionina, fazem parte da estrutura de

proteínas formando pontes S-S dentro e entre cadeias

polipeptídicas

• Atua na ligação entre Fe, Zn e Cu nas metaloproteínas e

enzimas

Page 27: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Micronutrientes

• Mn, Fe, B, Mo, Cu, Cl, Zn, Ni

Page 28: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Manganes

• Adicionado na forma de SO4-

• Ativa várias enzimas do ciclo de Krebs em plantas:

– Descarboxilases

– Desidrogenases

• Tem função provável na definição da estrutura das

proteínas metálicas envolvidas na respiração e

fotossíntese

• Ultraestrutura dos cloroplastos

• Atividade Fotossistema II da FS

Page 29: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Ferro

• Adicionado ao meio na forma de Fe-EDTA, combinando

FeSO4.7H2O com Na2EDTA.

• Envolvido na fotossíntese, respiração, fixação de

nitrogênio, biossíntese hormonal (etileno, ácido

giberélico e ácido jasmônico).

• Participa das reações de oxirredução nos cloroplastos,

na mitocôndria e nos peroxisomos

• Ferrodoxina Transporte de elétrons na fase luminosa

da FS

• Essencial para síntese da clorofila

• Participa das funções enzimáticas catalisadas pela

catalase, peroxidase , nitrogenases

• 75% do Ferro na planta se localiza nos cloroplastos

Page 30: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Boro

• Adicionado ao meio como H3BO3

• Forma complexos com manitol, ácido

polimanurônico e outros constituintes das

paredes celulares

• Envolvido no alongamento celular e no

metabolismo de ácidos nucleicos

• Deficiência causa redução síntese citocinina

• Biossíntese de lignina e carboidrato

• Germinação de pólen e crescimento do tubo

polínico

Page 31: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Molibidênio

• Adicionado na forma de Na2MoO4

• Cofator redutase do nitrato, nitrogenase e

xantina desidrogenase

• Meio deficiente de molibidênio, a

presença de nitrato causa sintoma de

toxidade

Page 32: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Cobre

• Adicionado na forma de CuSO4

• Constituinte de enzimas envolvidas em oxidação

e hidroxilação de grupos fenólicos

• Constituinte da plastocianina

– Importante componente do transporte de elétrons

Page 33: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Cloro

• Adicionado como KCl

• Requerido para reações fotossintéticas envolvendo

evolução de O2 (reação Hill)

• Manutenção do turgor celular

• Balanceamento na troca iônica de cátions livres K+,

Mg++, Na+

Page 34: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Zinco

• Adicionado como ZnSO4

• Participa das reações de oxirredução das plantas

• Constituinte das enzimas:

– anidrase carbônica,

– álcool desidrogenase,

– desidrogenase glutâmica, dentre outras

• Reações de oxirredução

• Envolvido na atividade da enzima para síntese de

triptofano precursor AIA

Page 35: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Outros elementos essenciais

• Hidrogênio:

– Papel importante no metabolismo da planta.

– Com exceção do CO2 todos os compostos orgânicos têm

hidrogênio

• Carbono:

– Forma o esqueleto de todos os compostos orgânicos.

– Adicionado ao meio na forma de compostos orgânicos e

carboidratos

• Oxigênio:

– Similar ao carbono, sendo componente de todos compostos

orgânicos do organismo vivo: carboidratos, lipídios, ácidos

nucleicos.

– O oxigênio livre funciona como aceptor de elétrons na respiração

Page 36: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Níquel

• Componente de enzimas:

– Hidrogenase

– Urease converte uréia em amônio

• Ainda não foi demonstrado seu

benefício em cultura de tecidos

Page 37: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Outros elementos não essenciais

• Iodo: agente redutor (?)

• Cobalto: componente B12

• Alumínio: (?)

Page 38: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Os elementos minerais são adicionados ao meio

de cultura mediante formulações pre-

estabelecidas

• Formulação MS é a mais utilizada (Murashige & Skoog, 1962)

• Formulação B5 (Gamborg, 1968)

• Nitsch (Nitsch, 1951)

• Heller (Heller, 1963)

• Wood Plant Medium (Lloyd, G. & McCown, B., 1980)

• Observar nas referências dos meios se há alteração de

concentrações dos carboidratos, vitaminas, suplementos

orgânicos e substâncias reguladoras de crescimento o que

algumas vezes, não é muito claro

Page 39: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Formulações

Page 40: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS
Page 41: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS
Page 42: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

LLOYD, G.; McCOWN, B. Commercially-feasible micropropagation of

mountain laurel, Kalmia latifolia, by use of shoot-tip culture.

Combined Proceedings International Plant Propagators Society,

Seattle, v.30, p.421-427, 1980

000

Page 43: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Formulações comercial de sais minerais

Page 44: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Nutrição orgânica

• Carboidratos

• Substâncias reguladoras de crescimento

• Vitaminas

• Aminoácidos e amidas

• Outros:

– hexitóis

– purinas e pirimidinas

– ácidos orgânicos

– compostos fenólicos

– extratos naturais

Page 45: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

CarboidratosFonte de Carbono, energia, agente osmótico e modulação da

expressão gênica

• Sacarose– Universalmente usada em cultura tecidos de plantas

– Autoclavagem converte 10 -15% em frutose e glucose

– Explante em cultivo libera enzima que converte a sacarose em frutose e

glucose

– Cultura de calo e suspensão celular e protocolos de propagação

• 2 a 4% de sacarose

– Na micropropagação muitos desconsideram o seu efeito na morfogênese:• A concentração adequada sacarose para um genótipo pode não ser para outro

– Absorção duas rotas:• Sacarose: processo ativo via proteínas carreadoras

• Glicose e frutose: processo ativo via proteína carreadoras

– absorção desses monossacarídeos é seguida da sua fosforilação e canalização para

diferentes rotas metabólicas

• Frutose

• Glucose

Page 46: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Potencial osmótico

• Macro e micronutrientes MS Ѱ = -0,237

• Meio MS + 3% sacarose Ѱ = -0,460

Fonte: George, E.F. 1993. Plant propagation by tissue culture: the technology. Part 1.

Page 47: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Substâncias reguladoras de crescimento

• Auxinas

– AIA, AIB, ANA, 2,4-D

• Citocininas

– BA, Cin, Zea, meta-Topolina

• Ácido giberélico: GA3

• Ácido abscísico

• Etileno

Page 48: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Substâncias reguladoras de crescimentoKogh, Haagen-Smit, Erxleben, 1934

Ácido 3-indolilacético

Page 49: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Efeitos fisiológicos da auxina

• Divisão, crescimento e diferenciação celular

• Regulação da dominância apical

• Fototropismo

• Gravitropismo

• Ativação do câmbio vascular

• Regeneração de raiz em adventícias em estacas

• Desenvolvimento de flores e fruto

• Indução de frutos partenocárpicos

• Prevenção de abscisão

• Abscisão celular

• Herbicida para dicotiledôneas

Page 50: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Ação herbicida de auxinas

• 2,4-D, Picloran, Tordon em concentrações adequadas funcionam

como herbicida.

• Aplicação de auxina em plantas dicotiledôneas causam:

• parada de crescimento caulinar e radicular

• Epinastia das folhas

• Aumento da expansão radial

• Epinastia e o entumescimento do caule são efeitos do etileno

– Auxina induz biossíntese do etileno.

– Etileno induz biossíntese do ABA

• ABA acumula nas folhas e é transportado para toda planta

• ABA causa fechamento estomático: limita assimilação do carbono.

Page 51: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Auxinas naturais e sintéticas

Ilustração: Mercier H. Auxinas. In: Kerbauy, G. Fisiologia Vegetal. 2004, p.219.

Page 52: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Auxinas sintéticas

Page 53: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Funções fisiológicas da citocinina

• Regulam a divisão celular nas partes aéreas e raízes

• Necessária para o crescimento normal do meristema

apical da parte aérea

• Promovem diferenciação celular

• A razão auxina/citocinina regula a morfogênese em

cultura in vitro

• Modificam a dominância apical e promovem o

crescimento de gemas laterais

• Retardam a senescência foliar

• Promovem a mobilização de nutrientes (drenos)

• Promovem o desenvolvimento de cloroplastos

Page 54: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Citocininas

Miller, Skoog, Saltza & Strong 1955. J. Am. Chem. Soc., v.77, p.1392-1393, 1955.

Page 55: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Citocininas

• Derivadas da adenina

– Isoprenoides:

• Processo crescimento envolvendo

continuidade ciclo celular

– Aromática:• Envolvidas no processo de desenvolvimento

• Difenil uréia

Page 56: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Exemplos de citocininas isoprenóides derivadas da adenina

• Isopreno– Processo crescimento envolvendo continuidade ciclo celular

Page 57: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Exemplos de citocininas aromáticas derivadas da adenina

• Envolvidas no processo de desenvolvimento

Page 58: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

1-fenil-3-(1,2,3-thidiazol-5-il) uréia

Fenil

uréia

Thidiazol

Citocininas derivadas da Feniluréia

Não ocorrem naturalmente em plantas

o

Page 59: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Problemas relacionados à aplicação

comercial de protocolos da micropropagação

• Baixa taxa multiplicação de brotações

• Anormalidades fisiológicas

– Parada de crescimento

– Variação epigenética

– Variação somaclonal

– Vitrificação

• Anormalidades morfológicas

• Deficiente enraizamento dos propágulos

Page 60: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Preparo de soluções estoques

• Auxinas dissolvem-se em base:

– Para cada 10 mg de auxina 300µl de NaOH 1N

• Citocininas dissolvem-se em ácido:

– Para cada 10 mg de citocinina 300µl de HCl 1N

• ou seja, 03 gotas da solução 1N HCl, usando pipeta

Pasteur

Page 61: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Etileno

• Selamento dos frascos de cultura

com filme de PVC, que possui boa

adesão a frasco de vidro, provoca

aumento na concentração interna de

etileno, podendo produzir

desenvolvimento de sintomas

típicos de exposição ao etileno, por

exemplo em Solanum tuberosum L.

– Brotações “anormais”

– Folhas pequenas

– Perda da resposta fototrópica

– Entumescimento do caule

– Diferenciação de raízes adventícias ao

longo do caule

Calbo, A.G. & Torres, A.C. 1989. ABCTP Notícias, n.11, p.2-4.

Page 62: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Vitaminas ou melhor mistura orgânica de White

• Tiamina

– Necessária em cultura

de raízes

• Piridoxina

• Ácido nicotínico

• Glicina

Page 63: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Aminoácidos e amidas

L-tirosina: Iniciação de parte aérea em cultura de calo

L-arginina: Enraizamento

L-serina: Embriões haplóides em cultura de micrósporos

L-glutamina e L-asparagina: benéficas embriogênese

somática

Cisteina: agente redutor

Page 64: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Hexitóis: mio-inositol

• Estimula processo de crescimento in vitro

• Papel importante na:

– biossíntese do ciclitol,

– armazenamento de compostos polihídricos como reserva,

– transporte de açúcar,

– nutrição mineral,

– metabolismo de carbohidrato,

– estrutura de membranas,

– rota biossintética de pectina e hemicelulase,

• formação da parede celular

– homeostase de hormônios,

– estresse fisiológico (Loevus & Loevus, 1983)

Page 65: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Purinas

• Adenina ou sulfato de adenina: – Formação de parte aérea

Page 66: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Poliaminas

• Putrescina

• Espermidina

– Benéficos na embriogênese somática e

formação de calo

Page 67: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Ácidos orgânicos

• Malato, succinato, fumarato, ou citrato

– em meio com amônio como fonte de nitrogênio

– Esses compostos atuam como substâncias

quelantes melhorando disponibilidade de macro

e micronutrientes;

– Funcionam como substância-tampão

Page 68: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Compostos fenólicos

• Monohidroxifenóis: (Estimula AIA Oxidase)

– Desenvolvimento parte aérea

• Bihidroxifenóis: (Inibe AIA oxidase)

– Iniciação de raízes

Page 69: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Extrato naturais

• Leite de coco

• Água de coco

• Suco de laranja

• Polpa de banana

• Extrato de levedura

• Proteínas hidrolisadas:

– caseina hidrolisada,

– lacto-albumina hidrolisada.

Page 70: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Fonte: George, 1993

Page 71: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Materiais de suporte

• Ágar: + usado, 0,6 a 1%• Extraído de algas marinhas

• Funde a 100 ⁰C e solidifica a 45 ⁰C

• Não digerido por enzimas da planta

• Pouca reação com componentes do meio

• Concentração inadequada pode estimular vitrificação

• Hidrolisado autoclavado em pH ácido

• Vários graus de pureza

– Capacidade de formar gel aumenta com a pureza

» Nobel > Purified > Bacto

• Gelrite, Phytagel: – Produzidos por Pseudomonas elodea.

– Agentes gelificantes compostos de manose, celobiose e glucuronato

– Concentração usada 0,2%

• Papel de filtro

Page 72: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Fonte: George, 1993

Page 73: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Qualidades físicas do meio

• Gelificado:

– ápices caulinares

– gemas axilares

– iniciação de calo, etc...

• Líquido:

– suspensão celular

– protoplastos

– gemas axilares

– raízes

• Papel de filtro:

– germinação de sementes

– cultura de ovários

Observar: aeração, polaridade, difusão

Page 74: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

pHMedida da concentração de hidrogênio

Explante in vitro tolera mudança de pH na faixa de 4,0-7,2

• pH do meio deverá ser ajustado para:

– 5,7- 5,8 meio gelificado

– 5,0 meio líquido

• Autoclavagem X pH

– Autoclavagem reduz pH

• Preciptação de componentes do meio

• Preciptação do Ferro

• Quantidade de meio: depende tamanho do frasco3 ml 20 ml 50 ml

Page 75: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Esterilização de meio de cultura

• Temperatura: 121°C

• Pressão: 103,4 KPa = 1,05 kg.cm-2

• Período de autoclavagem: 15 a 20 minutos

– Dependendo da quantidade de meio

– Ver tabela da Sigma no material distribuído

• Substâncias que são decompostas pelo

calor e antibióticos:

– Esterilizar a frio por filtração através de membranas

com poros de 0,2 µm

– Usar membrana adequada para filtrar composto

dissolvido em solvente orgânico

Page 76: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Condições de incubação

Page 77: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Condições de incubação

Foto Philips www.lighting.philips.com/.../general-booklet-philips

• Após a desinfestação, o explante

excisado deve ser introduzido em

recipientes contendo meio de cultura.

• Em geral, os frascos contendo os

respectivos meios, com os explantes

inoculados devem ser mantidos em

condições controladas de luz e

temperatura.

• Tenta-se imitar in vitro as condições de

desenvolvimento da espécie in natura.

Page 78: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Considerações sobre as condições de incubação

Espécies com diferentes exigências em termo e fotoperíodo

Devem ser mantidas em câmaras de crescimento distintas

Tomateiro: Cultura de frutos

mantidas em temperatura constante

(27oC) desenvolve frutos

partenocápicos in vitro.

Cultura de frutos expostas ao

termo-período de 27/17oC

desenvolve frutos com semente.

Page 79: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Considerações sobre condições de incubação

• Reatores das lâmpadas: colocados externamente

• Disposição das lâmpadas:

– horizontalmente na parte superior das prateleiras

– lateralmente ás culturas instaladas em suporte vertical

• Trocas gasosas do interior dos frascos com o exterior

Foto: catálogo Philips

Page 80: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Condições de incubação

• Luz

– Qualidade

– Intensidade luminosa

– Fotoperíodo

• Temperatura

– Termoperiodismo

• Umidade relativa

– Alta umidade: usar desumidificador

• Trocas gasosas

– Acúmulo de CO2 e Etileno

Page 81: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Condições de incubação – cont.

• Luz:

– forma de radiação eletromagnética essencial ao

crescimento/desenvolvimento das plantas.

– O espectro eletromagnético vai de comprimentos de

onda () muito curtos (raios cósmicos 10-12 m), até

longos >10-1 m

• Luz visível:

– Porção da radiação eletromagnética percebível olho

de entre 380 a 760 nm

• Essa faixa a radiação eletromagnética está envolvida nos

processos de:

– Fotossíntese

– Fotomorfogênese

– Fotoperiodismo

– Fototropismo

Page 82: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Condições de incubação – cont.

– Fotossíntese, fotomorfogênese, fotopropismo fotoperiodismo

1Å = 0,1 nm

Page 83: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Curvas de sensibilidade da luz

Light sensitivity curve of the human eye Light sensitivity curve of plants

Para o olho humano a luz é a parte

visível do espectro eletromagnético.

Medida em lux

Para o crescimento plantas a luz é

definida micropartículas denominadas

fótons ou quanta. Medida: µmol/s/m2

Fonte: Philips www.lighting.philips.com/.../general-booklet-philips

Page 84: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Espectro de absorçãoMostra a quantidade de energia luminosa captada ou absorvida por

uma molécula ou substância em função do comprimento de onda

Fonte: Taiz & Zeiger

2009

Page 85: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Luz

• Fotossíntese:

– Energia luminosa entre 400 a 700 nm é convertida

em energia química via biossíntese de compostos

orgânicos a partir de CO2 e H2O

Page 86: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Luz – continuação

• Fototropismo:

– Resposta de crescimento direcional da planta induzido

por um estímulo luminoso direcional

• Fotoperiodismo:

– Resposta não direcional do desenvolvimento em resposta

ao estímulo luminoso periódico e não direcional.

Foto: Taiz & Zeiger 2010, p.551

Page 87: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Luz – continuação

• Fotomorfogênese:

– Resposta não direcional do desenvolvimento a um estímulo

luminoso não direcional e não periódico.

• As respostas da fotomorfogênese são induzidas por comprimentos de

onda () nas regiões:

– do Azul (450-492) (Aphalo et al., 2012)

– do Vermelho (622-770) (Aphalo et al., 2012)

– As amplitudes da região azul e vermelho variam de acordo com autores

Aphalo, P. J.; Albert, A.; Björn, L. O.; McLeod, A.; Robson, T. M.; Rosenqvist, E. (eds.) 2012. Beyond the visible: A handbook of best practice in

plant UV photobiology. COST Action FA0906 UV4growth. Helsinki: University of Helsinki, Division of Plant Biology. ISBN 978-952-10-8362-4

(Paperback), 978-952-10-8363-1 (PDF). xxx + 176 pp. https://helda.helsinki.fi/bitstream/.../Handbook_BeyondtheVisible.pdf?...

Page 88: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Importância da luz na diferenciação,

crescimento e desenvolvimento dos explantes

– Culturas de calo de fumo mantidas no escuro• Meio otimizado com alta conc. de citocinina e baixa de auxina

– Não diferenciaram parte aérea

– Culturas similares expostas a baixa intensidade

de luz artificial:

• Formação de brotações (Murashige, 1977)

Page 89: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Parâmetros importantes da luz

• Densidade do fluxo de luz incidente

– Plumbago (Nitsch & Nitsch, 1967);

– Asparagus (Hasegawa et al., 1973);

– Crescimento e iniciação de parte aérea em calo de fumo

(Seibert et al., 1975);

– Ápices caulinares de Gerbera (Murashige, 1977);

– Geranium (Hammerschlag, 1978)

» Unidades usadas: lux (iluminância) e W.m-2 (irradiância)

sendo difícil comparar com unidades atuais medição

• Distribuição espectral

• Fotoperíodo

Page 90: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Instrumentos para medição da luz

• Radiômetro

• Fotômetro

• Espectro-radiômetro

• Quantum-espectômetro, dentre outros

– Várias unidades são usadas para

comparar a qualidade da iluminação

emitida por uma fonte de luz.

Page 91: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Instrumentos para medição da luz-cont.

• Radiômetro: Quantidade de energia radiante

que incide na superfície do detector. – Doses de luz é expressa em energia/área ou seja J.m-2

• A intensidade de luz ou irradiância corresponde

a densidade do fluxo de energia e pode ser

expressa como:

– energia/área/tempo ou seja J.m-2.s-1

– potência/área W.m-2

• 1 W (watt) = 1J.s-1

Page 92: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

• Fotômetro: Iluminação da superfície por luz branca em

unidade de lux ou lumens.m-2.

– Iluminância:

• Expressa a densidade de luz em certa superfície baseada na

sensibilidade do detectado pelo olho humano, considerando fluxo

luminoso/área

– As unidades fotométricas:

• Descrever as condições de iluminação de uma área:

– a iluminação de interiores,

– ajuste na tela da televisão, sendo o olho o primeiro sensor

• Foram usadas no passado em fisiologia vegetal

– Crítica: • Os pigmentos vegetais não possuem a mesma sensibilidade relativa do olho

humano para percepção dos diferentes comprimentos de onda de radiação.

Instrumentos para medição da luz-cont

Page 93: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Instrumentos para medição da luz-cont

• Quantum espectrômetro:

– A luz pode ser considerada como corrente de partículas,

que é a energia radiante na forma de comprimento de onda,

emitida em quantidades indivisíveis discretas denominadas

quanta ou fótons.

– No sistema SI quanta é medido em moles ou em Einstein.

– O valor de um Einstein corresponde à energia de 6,023 x

1023 (número de Avogrado, moléculas por grama de

moléculas) fótons.

– A substância deve absorver um Einstein de energia radiante

por mol para participar de uma reação fotoquímica.

• A unidade densidade de fluxo de fótons é: µmol.m-2.s-1

Page 94: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Conversão de unidade de luz

• Para converter lux (unidade de iluminância) para

irradiância ou densidade de fluxo de fótons, divide lux

pelos fatores abaixo dependendo do tipo de tubo de

luz fluorescente

Unidade Branca

quente

Branca fria GroLux

µmol.m-2.s-1

µE.m-2.s-1

83 80 59

Catálogo Philips

Page 95: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Intensidade luminosaMurashige, 1977. Dados apresentados em Lux, convertidos para µmol.m-2.s-1

• Estádio I:

– Fase inicial de desenvolvimento do explante requer

baixa intensidade luminosa: 12 µmol.m-2.s-1 emitidas

por lâmpada branca-fria.

• Estádio II:

– Fase de multiplicação da parte aérea as

exigências são de 12 a 36 µmol.m-2.s-1

• Estádio III:

– Fase de aclimatação: 36 a 120 µmol.m-2.s-1

Page 96: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Intensidade luminosa. Cont.

Murashige 1977. Dados apresentados em Lux, convertidos para µmol.m-2.s-1

• Gerbera :

– 12 µmol.m-2.s-1: ótima para iniciação de parte aérea;

– 3,6 µmol.m-2.s-1: considerada inadequada;

– 36 µmol.m-2.s-1: repressão na diferenciação de parte

aérea

• Várias espécies herbáceas seguem esse

padrão de diferenciação de parte aérea (Murashige, 1977)

Page 97: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Qualidade da luz : Contraditório

• Indução de parte aérea:

– Região azul do espectro é crítica e a luz vermelha não apresenta

efeito (Murashige, 1977).

– Fumo radiação monocromática de 467 nm foi mais efetiva para

formação de brotações (Seibert, 1975).

– Outros autores salientam importância da luz vermelha na

formação de brotações adventícias em cultura de tecidos de:

• Pseudotsuga menziesii (Kadkade & Jobsen, 1978);

• Petunia hibrida (Economou & Read, 1986);

• Brassica oleraceae “Botrytis” (Bagga et al., 1986).

– Espécies lenhosas ornamentais o uso de lâmpadas de vapor de sódio promoveu

formação de maior numero de brotações em cultura de ápices caulinares

(Norton, 1988).

• Qual tipo de lâmpada de vapor de sódio de baixa ou alta

pressão?

Page 98: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

• Diferenciação de raízes adventícias e laterais

parecem ter exigências diferentes em termos de

qualidade de luz

– Iniciação de raízes adventícias parece ser estimulada pela

luz vermelha:

• Em Helianthus tuberosus a diferenciação de raízes adventícias em

secções de tubérculos foi induzidas quando as culturas foram expostas

à luz vermelha com o ótimo a 660 nm (Letouzé & Beauchesne, 1969).

– Iniciação de raízes laterais pode ser inibida pela luz

vermelha, enquanto a vermelho-distante pode reverter o

efeito (Furuya & Torrey, 1964).

• Em espécies lenhosas ornamentais o uso de

lâmpadas de vapor de sódio promoveu formação de

maior numero de brotações em cultura de ápices

caulinares (Norton, 1988)

– Qual tipo de lâmpada de vapor de sódio de baixa ou alta

pressão?

Page 99: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Fonte: Cathey & Campbell, 1980

Page 100: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

• As lâmpadas recomendadas para iluminação das culturas

in vitro são do tipo fluorescentes:

– Branca-fria,

– Gro-lux ou

– Lâmpadas com emissão balanceada nas regiões do azul (430 nm) e

vermelho (660 nm)

– As taxas de fótons da região azul para a vermelha e da região

vermelha para vermelho-distante e são importantes na

fotomorfogênese (Fugiwara & Kozai, 1995).

• Em algumas situações as lâmpadas fluorescentes podem

ser suplementadas com lâmpadas incandescentes para

garantir adequado suprimento de emissão no final da

região vermelho do espectro.

• O uso somente de lâmpadas incadescentes não é recomendado, pois

emitem fótons nas regiões do vermelho e vermelho-distante e esta

última radiação não é adequada para cultura de tecidos.

Qualidade da luz – cont.

Page 101: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Lâmpadas Espectro Finalidade Substituição

Lâmpadas

Philips

Greenpower

Espectro

completo

Estádio

vegetativo e

floral

A cada 6-9

meses

Lâmpadas

SOLAAR

Espectro

completo

Estádio

vegetativo e

floral

A cada 6

meses

Lâmpadas

Grolux

Espectro

completo

Estádio

vegetativo e

floral

A cada 4

meses

Lâmpadas

Sunmaster

Espectro

completo

Estádio

vegetativo e

floral

A cada 5

meses

Lâmpadas

SodiumLaranja/Verm Estádio floral

A cada 6

meses

Lâmpadas

Metal HalideAzul

Estádio

vegetativo

A cada 9

mesesReferência: Tabela da

Philips traduzida

Observação:

Lâmpada Philips

Greenpower vapor

de sódio

Page 102: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Curvas espectral de energia radiante de lâmpadas usadas em plantas

Fonte: Cathey & Campbell, 1980

Page 103: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Curvas espectral de energia radiante de lâmpadas de alta pressão de

sódio de 400 watt na faixa de comprimento de onda de 400 a 2500 nm

Page 104: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS
Page 105: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS
Page 106: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS
Page 107: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Lâmpada

Page 108: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS
Page 109: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Philips Green Power LedThe Philips GreenPower LED production module is specifically designed for multilayer cultivation in

conditioned environments (such as tissue culture or young plant production). The production module makes

it possible to use light as a tool to control plant growth and development. The module (50-150 µmol/s/m2)

can replace conventional fluorescent lighting reducing energy consumption up to 60%. Several spectrum

versions are available, so the light intensity and color ratio can be selected and reproduced. In this way, it is

possible to tune the light to the specific needs of each crop in all its growth phases.

Fonte: Philips www.lighting.philips.com/.../general-booklet-philips

Page 110: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

The Philips GreenPower LED module HF is specially designed for research. It allows you to

use light as a tool to control plant growth and development. The module’s dimming capability

allows you to set exactly the level of light you require. The Philips GreenPower LED module HF

is available in red, blue and far-red versions. Red and blue are the most important colors for crop

growth, while far-red (barely visible to the human eye) influences the development of specific

plant characteristics. With modules in these three colors, it is now possible to apply the optimum

light recipe at every stage of a crop’s growth.

Page 111: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Description:

Call for a quote.

800.248.7609

The GreenPower LED production module for multilayer applications (50-400 μmol/s/m ) can replace conventional TL

lighting (36 W or 58 W) reducing energy consumption up to 60%. For most applications, the modules with the mix deep

red/blue can be used. Next to energy efficiency, LEDs provide less heat and a more uniform light distribution. This makes

the module also perfectly fit for conditioned environments.

LEDs are used most effectively if the spectrum and light level are exactly tuned to the crop and growth conditions. In the

past years, Philips conducted more than 50 field tests to determine the optimal spectrum and light level for multilayer

production. This results in the GreenPower LED production module reducing energy consumption and creating a more

uniform light distribution.

Optimized lighting

Two spectrum versions are presently available. Next to the most commonly used deep red/blue mix we offer a deep

red/white version if work light is needed.

Consistent quality

The GreenPower LED production module ensures a uniform light distribution across the shelves, which means that every

plant receives the same level and quality of light.

Efficient heat management

Thanks to its LED technology and optimized thermal design, the GreenPower LED production module radiates very little

heat toward the plants. As a result, the layers can be fit closer to eachother if required. Furthermore, no additional cooling

(e.g. air, water) is required for the module to function efficiently.

Page 112: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Philips GreenPower LED module are specially designed for multilayer cultivation and research. They allow you to use light as

a tool to control plant growth and development, and enables you to select intensity and color ratio.

The Philips GreenPower LED module is available in red, blue, white, and far-red versions. Red and blue are the most important

colors for crop growth, while far-red – barely visible to the human eye – influences the development of specific plant

characteristics. With modules in these three colors, it is now possible to apply the optimum light recipe at every stage of a crops

growth.

Tune the light

With the GreenPower LED modules, you can decide for yourself how much red, how much blue and how much far-red light you

want at any given moment. And the module’s dimming capability allows you to set exactly the level of light you require. With

this flexibility, you can truly tune the light to meet the specific needs of each crop.

Consistent quality

The GreenPower LED module’s specially developed optics ensure a uniform light distribution across the shelves, which means

that every plant receives the same level and quality of light.

Efficient heat management

Thanks to its LED technology and optimized thermal design, the GreenPower LED module radiates very little heat toward the

plants. It can accommodate additional forms of cooling (e.g. air, water) for even more efficient heat management.

Reliable solution

The GreenPower LED module is robust, waterproof and safe (low voltage). Combined with its long service life, this means little

or no maintenance.

Page 114: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Referências

• Aphalo, P. J.; Albert, A.; Björn, L. O.; McLeod, A.; Robson, T. M.; Rosenqvist, E. (eds.) 2012. Beyond

the visible: A handbook of best practice in plant UV photobiology. COST Action FA0906

UV4growth. Helsinki: University of Helsinki, Division of Plant Biology. ISBN 978-952-10-8362-4

(Paperback), 978-952-10-8363-1 (PDF). 176 p.

• Aramu, A.O. The role of meta-topolins on the physiology of micropropagated ‘Williams” bananas

(Musa spp. AAA). 2012. Tese de PhD. College of Agriculture, Engineering and Science, University of

KwaZulu-Natal, Pietermaritzburg, South Africa.

• Caldas, L.S.; Ferreira, A.V.; Machado, M.A. Protocolo: um suporte vertical para bancas de lâmpadas em

salas de incubação. ABCTP Notícias, n.17, p.2-4, 1992.

• Caldas, L.S.; Haridassan, P.; Machado, M.A. Meio de cultura. In: Torres, A.C.; Caldas, L.S.; Buso, J.A.

Cultura de tecidos e transformação genética de plantas. V.1. Brasília: Embrapa. 1998.

• Cathey, H.M.; Campbell, L.E. Light and lighting systems for horticultural plants. Horticultural Reviews,

v.2, p.491-537, 1980.

• George, E.F.; Hall, M.A.; Klerk, G-J. De. Plant propagation by tissue culture: the background. v.1. 3rd

ed. Dordrecht: Springer, 2008.

• Philips. Led lighting in horticulture. www.lighting.philips.com/.../general-booklet-philips...

• Taiz, L.; Zeiger, E. Fisiologia Vegetal. 4 ed. Porto Alegre: Artmed. 2009.

• Torres, A.C.; et al. Meio e condições de incubação para cultura de tecidos de plantas. Circular Técnica,

n. 24. Brasília: Embrapa Hortaliças. 2001. 20p.

• Zumtobel . The lighting handbook 4. ed. 2013. In: www.zumtobel.com/PDB/ teaser/EN/lichthandbuch.pdf

• www.researchgate.net/...the...plant.../9fcfd5123585565a33.pdf

Page 115: PLANEJAMENTO E ANÁLISE DE EXPERIMENTOS

Agradeço a atenção