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plano de comunicação para uma escola do terceiro setor que trabalha com crianças especiais
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1 INTRODUÇÃO
Em meio a uma economia turbulenta, uma globalização que gera riquezas concentradas
e diante de tamanha impotência do Estado, surgem propostas alternativas de gestão social.
A desigualdade socio-econômica é um problema que afeta atualmente a maioria dos
países, principalmente os menos desenvolvidos, tendo como causa a distribuição desigual de
renda de um país. No Brasil a desigualdade social é considerada um problema histórico e
ocupa a oitava posição do indíce de desigualdade social e econômica no mundo
(http://pt.wikipedia.org).
O surgimento de organizações não governamentais (ONGs), mais recentemente
conhecidas como empresas do terceiro setor, tem o objetivo principal de gerar serviços de
caráter público. As ONGs são organizações que não fazem parte do Estado, nem a ele estão
vinculadas, mas que se revestem de caráter público, uma vez que se dedicam às causas e
problemas sociais, ambientais, politicos, religiosos, culturais, enfim, parcelas da sociedade
desassistidas pelo poder público, sem objetivar retorno financeiro. Um exemplo notório
dessas organizações não-governamentais é a Evolução Clínica-Escola, que se tornou
imprescindível na vida de mais de 70 famílias por ela assistidas.
Preocupada com uma ação social transformadora e baseada em valores como
solidariedade e confiança mútua, entidades como a Evolução Clínica-Escola não contam com
um modelo de gestão adequado, uma vez que se defrontam no dia-a-dia com a escassez de
recursos, tanto físicos como financeiros. A necessidade emergencial de parcerias que
proporcionem a geração de renda e a sustentabilidade da organização reproduz um clima de
incerteza diária comprometendo o cumprimento efetivo dos seus objetivos.
7
2 JUSTIVICATIVA DA ESCOLHA
Nos últimos anos o modelo de exclusão e cronificação1 que antes era visto nos
manicômios e imperava como forma de tratamento passou a ser contestado pela sociedade,
levando a idealização e implementação de novas formas de tratamento para que a pessoa,
portadora de transtornos de comportamento, pudesse exercer seu papel de cidadão, voltando
assim, ao universo familiar e comunitário. Lancetti (2001), nos coloca que em alguns desses
estabelecimentos, os familiares eram impedidos de ver o interno durante os primeiros dias até
meses de internação.
Para Silvia ET AL (2001), “a substituição do enclausuramento nos hospitais
psiquiátricos pelo cuidado comunitário das pessoas que sofrem com transtornos mentais é a
meta fundamental da organização de serviço de saúde”.
Dentro desta reconstrução de paradigmas surge o papel da Evolução Escola-Clínica.
Esta organização não governamental possibilita a inclusão social dos portadores de sofrimento
psíquico à comunidade e à família, oferecendo uma equipe capacitada de profissionais para
receber e lidar com esse público.
Uma instituição imprescindível na comunidade em que atua - em novembro de 2000
obteve o reconhecimento como entidade de utilidade pública - mas, ao mesmo tempo, por ser
uma organização não governamental, enfrenta diversas dificuldades, como serão citadas no
decorrer deste trabalho. Essas dificuldades, frente aos seus pontos fortes e o potencial de
amplitude de ação, despertaram o interesse da equipe e foram decisivos para a realização do
Trabalho de Conclusão de Curso, com a elaboração de um Plano de Comunicação Integrada
adequado e eficaz para a Escola-Clínica Evolução.
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1 Substantivo relativo a crônico, adjetivo que significa "que dura muito tempo, entranhado, persistente". (dicionário Aurélio). Segundo a psicóloga Vanda C. Pignataro Pereira, a cronificação pode ser interpretada como um resultado indesejável advindo de uma terapêutica seja como algo intrínseco à doença ou até como algo que vai além dela (quando o individuo torna-se objeto, ou seja, sem voz, vez, desejos, escolhas, direitos e deveres, gerando assim profundas relações de dependência com a instituição).
3 ANÁLISE DA SITUAÇÃO
As organizações voluntárias, independentes do estado e de caráter filantrópico, têm sua
existência comprovada há vários séculos. Embora na sua feição moderna, somente após a II
Guerra Mundial foram denominadas de organizações não governamentais (ONGs), na
nomenclatura do sistema de representação das Nações Unidas, por possuírem relevância
suficiente para justificar sua presença formal nos diversos órgãos internacionais, mesmo não
sendo governamentais.
A filosofia que permeia a ação destas organizações é o desejo humano de ajudar outras
pessoas, sem que, necessariamente, se obtenha algo em troca. Tal concepção baseia-se no
conceito de gestão social, o qual, segundo Tenório (1998), caracteriza-se por "um
gerenciamento mais participativo, dialógico, no qual o processo decisório é exercido por meio
de diferentes sujeitos social”. Ainda segundo Tenório (2003, p.11):
As ONGs caracterizam-se por serem organizações sem fins lucrativos, autônomas, isto é, sem vínculo com o governo, voltadas para o atendimento das necessidades de organizações de base popular, complementando a ação do Estado. Têm suas ações financiadas por agências de cooperação internacional, em função de projetos a serem desenvolvidos, e contam com o trabalho voluntário.
Conforme artigo de João Helder Diniz2, com origem ou sustentação no entorno da
gestão social, a estrutura organizacional das ONGs foi construída tendo como referência as
seguintes orientações institucionais originais:
a. As fortes orientações ideológicas, caracterizadas principalmente pelas concepções
do Welfare State (Estado de Bem Estar Social) que surgiram com a cooperação
internacional, logo após a II Guerra Mundial;
b. As orientações religiosas, principalmente vinculadas à Igreja Católica e às Igrejas
Evangélicas;
c.As idéias desenvolvimentistas, baseadas no modelo de desenvolvimento preconizado
pela cooperação internacional;
d. O voluntariado, com a utilização de mão-de-obra não remunerada para execução das
atividades básicas da organização;
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2 João Helder Diniz é Mestre em Administração de Empresas pela UFPE - Universidade Federal de Pernambuco e é gerente de Desenvolvimento Econômico da ONG Visão Mundial (World Vision), sendo responsável pela execução de programas de microfinanças urbano e rural, comércio justo, educação profissional e implantação de empresas comunitárias.
e. A informalidade da ação, onde não se dava importância para o planejamento prévio
das atividades, tampouco para a organização administrativa dos processos
desenvolvidos;
f. A independência em relação ao Estado e ao mercado, ou seja, o distanciamento e
autonomia em relação à imposição governamental e principalmente à manipulação das
empresas lucrativas;
g. A igualdade e participação democrática na gestão dos processos administrativos,
com ampla participação dos stakeholders, doadores, militantes e funcionários, nos
processos de tomada de decisão e execução dos programas;
h. O caráter reivindicativo e denunciador, caracterizado por uma postura crítica e
propositiva em relação às políticas públicas e à ação governamental.
Portanto, as ONGS constituíram-se em organizações não funcionais e distintas, que não
se adequavam aos modelos clássicos de organização e às teorias gerenciais, essencialmente
desenvolvidos para organizações de caráter público ou privados.
Na América Latina foi a partir da década de 70 que essa estratégia se firmou, mediante
ações com base em políticas sociais de desenvolvimento comunitário e trabalhos de auto-
ajuda, assistência e serviços nos campos de consumo, da educação de base, e da saúde. Um
dos principais problemas que as ONGs enfrentavam era a falta de financiamento, bem como,
uma indefinição no que tange a fixação de objetivos e metas.
Na década de 80, as ONGs passaram a enfrentar desafios que superavam formas de
gestão: Índices mais altos de inflação, democratização do governo, agravamento da pobreza,
crescimento do setor informal da economia e principalmente o descrédito do Banco Mundial,
desconfiado do destino dos recursos alocados em programas de desenvolvimento social.
Estes tipos de problemas foram arrastados até a década de 90, quando as ONGs
passaram ainda a enfrentar um aumento vertiginoso do Terceiro Setor, fragmentando as
doações e diminuindo os financiamentos, que começaram a ser direcionados pelo Banco
Mundial a regiões da África e Leste Europeu.
Nas duas últimas décadas, uma onda de mudanças constantes e de transformações nas
esferas política, social, econômica e cultural, ocorreu em todo o mundo, obrigando as ONGs a
experimentarem sucessivos ajustes organizacionais na sua estrutura e prática de intervenção
na sociedade. Tais ajustes organizacionais são entendidos como mudanças ocorridas na
estrutura e no contexto organizacional das ONGs, as quais indicam uma tendência de
reprodução das modernas práticas gerenciais próprias das empresas lucrativas.
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Os ajustes organizacionais levam a uma transição ideológica das ONGs, do conceito de
gestão social para o conceito de gestão estratégica. Esta transição tem provocado alterações
conceituais nas orientações institucionais originais das ONGs, tornando-as mais funcionais
dentro de uma lógica imposta principalmente pelas regras atuais do mercado.
Em virtude dessa tendência, percebe-se a comunicação organizacional como grande
aliado às ONGs. A comunicação pode, e deve ser utilizada no Terceiro Setor como forma de
captação de recursos.
“Junto a investidores potenciais, a comunicação organizacional da ONG precisa identificar, inicialmente, que parceiros e patrocinadores poderiam expressar interesse em ter a marca da sua organização associada à causa social na qual atua a ONG” (FREIRE, 2003).
Não há dados precisos sobre o número de Organizações não governamentais na Bahia.
De acordo com dados da ABONG (Associação Brasileira de Organizações não
Governamentais), a Bahia conta com 25 organizações filiadas à entidade. Contudo, sabe-se
que esse dado é irrisório, e não condiz com a realidade.
3.1 Terceiro Setor
Apesar das ONGs terem chegado ao Brasil há mais de 20 anos, o termo Terceiro Setor é
recente. Apenas na última década o termo ganhou força, sendo utilizado para caracterizar uma
atuação não estatal que visa o interesse público, englobando associações com fins públicos,
porém, de caráter privado.
A designação “terceiro setor” engloba vários termos, entre eles: sociedade civil sem fins
lucrativos, grupo, organização da sociedade civil, organização não governamental (ONG),
setor de caridade, atividade filantrópica, centro, instituto, rede, liga, núcleo, lar, instituição,
fraternidade, serviço.
Com a aprovação do Código Civil, em vigor desde janeiro de 2002, ficou estabelecido
que os nomes juridicamente corretos fossem associação e fundação, cada uma delas com
características distintas. Poucos anos antes, em 1999, aprovou-se a Lei 9.790 – Organizações
da Sociedade Civil de Interesse Pública, também conhecida como Lei do Terceiro Setor.
11
3.2 Tendências e Avanços do Terceiro Setor
Diante da incapacidade do estado Brasileiro em propor estratégias, programas e metas
para superar as profundas desigualdades sociais, as perspectivas de crescimento para o
terceiro setor tornaram-se evidentes. Por outro lado, sua participação na implementação de
políticas públicas se vê ameaçada pela ausência de credibilidade de muitas entidades, pela
falta de apoio da mídia e de um marco legal satisfatório.
Outra questão que se coloca é a possibilidade de conflitos com a esfera estatal e com as
empresas privadas, em razão do crescimento da prestação de serviços por organizações sem
fins lucrativos, cuja competitividade e eficiência só vêm aumentando. De modo geral,
algumas tendências podem ser verificadas nos próximos anos, como será visto a seguir:
3.2.1 Profissionalização: Tendência e Avanços
Pelo fato de desenvolver atividades tão heterogêneas e de se relacionar com públicos
diversos, o terceiro setor tem enorme necessidade de profissionalização técnica e
administrativa. A tendência é que, cada vez mais, sejam exigidos rigor e transparência na
prestação de contas, no que diz respeito tanto aos aspectos contábeis, quanto aos resultados
das ações. Parte significativa do trabalho das ONGs está direcionado às áreas onde o estado
não está presente. Apesar de oferecerem uma impressão caótica, começam a aparecer algumas
diretrizes que tornarão as ONGs mais eficientes. O aperfeiçoamento da comunicação é outro
aspecto importante, uma vez que a avaliação e o monitoramento dos projetos devem atingir
diferentes públicos: empresas patrocinadoras, voluntários, governo e beneficiários.
3.2.2 O Marco Legal: Tendência e Avanços
No ano de 1999, foi publicada a lei 9.790/99, denominada marco legal do terceiro setor,
criada graças ao empenho e à experiência acumulada pelo conselho da comunidade solidária.
Esta lei disciplina, entre outros aspectos, os requisitos para que uma entidade sem fins
lucrativos (associação ou fundação) possa receber do governo federal a qualificação de
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Instituiu também a
possibilidade dessas organizações celebrarem "termos de parceria" com o poder público para
a execução de determinados projetos.
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OSCIP são ONGs que obtêm um certificado emitido pelo poder público federal após
comprovar o cumprimento de certos requisitos. Um deles é a criação de um Estatuto
devidamente registrado, e que atenda em áreas típicas do setor público, cujo interesse social
mereça ser financiado pelo Estado ou entidade privada.
A grande novidade é que essa legislação delimita o perfil desejável para entidades do
terceiro setor. Ao indicar as atividades em que as entidades podem atuar, traz a possibilidade
das ONGs participarem do planejamento de projetos de interesse público. Outras exigências
são a prática de boa governança, a existência de normas de controle e prestação de contas e a
possibilidade de realização de auditoria externa independente.
Apesar dos avanços, as leis que disciplinam, fomentam e controlam a atuação das
entidades do terceiro setor, “seu marco legal”, são ainda incipientes no Brasil, pela própria
novidade da matéria. Há um trajeto a ser cumprido para o seu aperfeiçoamento, que passa pela
reforma da legislação atual. Um dos problemas é a superposição: a lei das OSCIP convive
com as "leis de incentivos fiscais", com os "atestados de utilidade pública" e com os
"certificados de fins filantrópicos". Todos visam assegurar isenção ou imunidades no
pagamento de tributos ao poder público, gerando conflitos de interpretação.
A Escola-Clínica Evolução já possui um estatuto próprio, mas ainda não se enquadra
como OSCIP. Em Salvador, apenas as Obras Sociais Irmã Dulce possui esta nomenclatura.
3.2.3 Articulação: Tendência e Avanços
A tendência é o fortalecimento do papel articulador das instituições do terceiro setor, em
âmbito nacional e internacional: a consolidação de uma agenda voltada para o social, o
aperfeiçoamento das entidades (em especial no que diz respeito à melhoria de sua gestão), a
institucionalização das redes de comunicação e o amadurecimento de propostas para políticas
públicas alternativas.
Dos encontros globais, o grande destaque tem sido o Fórum Social Mundial, de Porto
Alegre, proposto como alternativa aos encontros das potências econômicas, em especial o
fórum econômico mundial, de Davos, na Suíça. Uma das principais características do fórum
social mundial é seu aspecto plural: no segundo encontro, realizado em 2002, havia 35 mil
participantes cadastrados como "ouvintes" e outros 15 mil "delegados", representantes de
entidades e movimentos da sociedade civil de 131 países. O fórum é fruto de uma organização
que reúne entidades e personalidades, dentre os quais a ONG de origem francesa Attac e o
líder Brasileiro do terceiro setor Oded Grajew.
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Se estas são as tendências nas quais as instituições do terceiro setor têm obtido maior
sucesso, é provável que a principal dificuldade nas articulações futuras seja canalizar o anseio
dos interessados em participação efetiva. Como observou Silvio Caccia Brava, "A questão
central das ONGs não é fazer atenção direta à pobreza. A questão central é fazer a mediação
entre a demanda social e a formulação de políticas públicas".
3.2.4 Interação com o Estado: Tendência e Avanços
A interação do terceiro setor com o Estado se dá em três níveis principais: prestação de
serviços, pressão política sobre o Estado, e apoio, com sugestões e exemplos alternativos de
ação.
Na prestação de serviços, as ONGs levam vantagem aos olhos da administração pública.
Têm um quadro técnico especializado em temas locais e custam menos, pois não visam o
lucro no sentido empresarial. Trata-se de uma tendência já em curso. Com freqüência, órgãos
públicos contratam ONGs quando necessitam de um determinado gerenciamento social, por
exemplo, na remoção de favelas de áreas degredadas, mananciais ou invasões.
O terceiro setor pode e deve aumentar sua capacidade de exercer pressão sobre o poder
instituído: na execução de determinadas ações, na implementação dos direitos da cidadania e
na definição das prioridades orçamentárias. Trata-se de um processo de natureza política, que
se dá em a população adquirir consciência das obrigações devidas pelo Estado ao cidadão -
mesmo que tais ações sejam implantadas por ONGs.
Por fim, o terceiro setor tem a missão de criar soluções para as áreas desamparadas pelo
Estado como, por exemplo, a Associação de Pais e Amigos de Crianças e Adolescentes com
Distúrbios de Comportamento – Evolução, mantenedora do Instituto de Educação Especial e
Pesquisa sobre Psicose Infanto-Juvenil - INESPI.
3.2.5 Avaliação dos Resultados: Tendência e Avanços
O trabalho das ONGs tem avaliação consistente nas áreas em que há parceria com
políticas públicas. As grandes entidades, como a Fundação Abrinq e o Instituto Ayrton Senna,
também têm demonstrado maior preocupação em avaliar o impacto de seus projetos. Da
mesma forma, as agências internacionais exigem relatórios quanto aos resultados dos recursos
aplicados. Essas avaliações, porém, têm sido feitas de modo disperso, não sistematizado.
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Talvez seja este o principal desafio do terceiro setor nos próximos anos: combater o
desperdício de recursos e a sobreposição de atividades. É preciso, portanto, questionar a
gestão das ONGs no sentido de capacitá-las, sob pena de os recursos não serem mais
canalizados.
3.2.6 Riscos: Tendência e Avanços
Progressivamente, a capacidade de pressão e mobilização social das ONGs, de
reivindicação e proposição de novos caminhos tem se enfraquecido, cedendo lugar à pressão
pela profissionalização da sua estrutura e das ações desenvolvidas, adquirindo um caráter
mais de prestação de serviços ao estado e ao mercado. Muitas vezes, tal profissionalização
representa apenas uma inserção, sem análise crítica, nas modernas práticas administrativas
sendo absorvidos, inclusive, os jargões administrativos das empresas privadas, sem, contudo,
esta postura representar avanços significativos na prática social das ONGs.
O aumento da dependência em relação aos recursos governamentais, às fontes
multilaterais e às empresas lucrativas, pode gerar nas ONGs a perda crescente de sua
autonomia em relação ao Estado e ao mercado, fazendo com que as mesmas constituam-se
meramente prestadoras de serviços ou intermediadoras na relação doadora e beneficiária.
A capacidade crítica, denunciadora e propositiva das ONGs, tem dado lugar a uma
postura de negociação dos recursos necessários à sobrevivência organizacional, tendo na
maioria das vezes que concordar com a agenda de trabalho imposta pelos financiadores. A
tendência predominante entre as ONGs é a setorização das ações de advocacy (defesa de
direitos e cidadania), tornando-as responsabilidade apenas de um setor ou departamento da
organização, sem influência sobre o todo.
Assim, quanto maior o nível de dependência financeira e das alianças estratégicas
constituídas com o Estado e o mercado, menor será o caráter reivindicativo e denunciador. Os
valores originais das ONGs (altruísmo, ajuda mútua, solidariedade, direito à livre expressão e
organização, etc.) estão sendo progressivamente substituídos por valores de mercado
(competição, excelência empresarial, profissionalismo, individualismo, pragmatismo, foco
nos "clientes", eficiência, eficácia e efetividade). Em contraponto, as ONGs buscam fortalecer
o sentido de missão institucional e a vivência dos valores organizacionais professados, como
forma de garantir a preservação de sua identidade enquanto ONG e, consequentemente, de sua
sobrevivência organizacional.
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4 ANÁLISE DO MACROAMBIENTE
4.1 Fatores Político Legais
4.1.1 A Legislação
Apesar de ter sido criada para elaborar projetos, gerar recursos e mobilizar pessoas, a lei
9.790/99 ainda não atingiu tais objetivos. Porém muitas associações ultrapassaram todas as
dificuldades, e com muita dignidade têm prestado serviços à população menos assistida e
vítimas da exclusão social.
Filantropia se define por ser uma ação continuada de doar dinheiro ou outros bens a
favor de instituições ou pessoas que desenvolvam atividades de grande mérito social. É a base
de sobrevivência do Terceiro Setor. Através de ações concretas de cidadania, muitas empresas
do segundo setor recorrem a ações filantrópicas para consolidar uma imagem institucional
positiva, diferenciando-se da acirrada concorrência.
O Voluntariado têm sido considerado também um diferencial importante quando o
assunto é empregabilidade. Funcionários que participam como voluntários do terceiro setor
são considerados indivíduos capazes de se dedicar a atividade sem cunho financeiro, além de
ter qualidades destacadas como a disciplina, motivação e capacidade de interação social.
A maior parte do quadro de profissionais das ONGs são preenchidas por voluntários,
que assumem um compromisso que requer disciplina e responsabilidade, sem espaço para
altruísmo. Mesmo permeados por um sentimento de solidariedade social, muitas entidades
começaram a ter problemas trabalhistas com a questão de vínculo empregatício, uma vez que
os voluntários muitas vezes cumpriam cargas horárias fixas e diárias de trabalho.
Para regulamentar tal situação, foi promulgada a Lei 9.608/98, publicada no Diário
Oficial da União em 19/02/1998, que dispõe sobre as condições de exercício do trabalho
voluntário. Esta Lei considera que
O serviço voluntário é uma atividade sem remuneração, prestada por pessoa física à uma entidade de fins não lucrativos, seja ela pública ou privada. Esta atividade somente pode ser exercida através da celebração do termo de adesão entre a entidade e o voluntário, no qual devem constar o objeto e as condições de seu exercício.
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Em 22 de outubro de 2003 foi acrescentado a esta Lei o artigo 3º. Neste artigo se inseriu
uma nova Lei de número 10.748, denominada de Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro
Emprego para Jovens. Este artigo prevê que jovens entre 16 e 24 anos, integrante de uma
família com renda per capita inferior a ½ salário mínimo – preferencialmente egresso de
unidades prisionais ou cumprindo medida socioeducativa – receba um auxílio financeiro de
no máximo R$ 150,00. O candidato a beneficiário desta Lei precisa cumprir várias exigências,
mas esta é uma Lei ainda muito discutida pelas empresas do Terceiro Setor.
Abraçar uma causa não pode ser visto como um meio para se atingir um objetivo, ou
para se ter absolvição de alguma ação malfadada, é necessário realmente querer fazer a
diferença.
A Organização das Nações Unidas define o trabalho voluntário como: “O voluntário é o
jovem ou o adulto que, devido ao seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte
do seu tempo, sem remuneração alguma a diversas atividades, organizada ou não, de bem-
estar social ou outros campos” (Centro de Voluntariado de São Paulo, op.cit. p.13).
Estas forças estão ligadas às leis, taxas e regulamentações que podem viabilizar ou não
os projetos traçados pela instituição. A Lei 9.790/99 que regulariza o Termo de Parceria que
são as “Organizações da Sociedade Civil do Interesse Público”, e a lei do Voluntariado
9.608/98, que fundamenta a ação dos voluntários, como uma atividade espontânea e não
remunerada, são alguns exemplos de leis que norteiam as ações das organizações sem fins
lucrativos.
Existem instituições que fundamentam e regularizam algumas ações rotineiras destas
instituições, como por exemplo, a ABCR, Associação Brasileira de Captadores de Recursos.
Esta entidade reúne pessoas ligadas à Captação de Recursos no Terceiro Setor, sua principal
ferramenta de ajuda às causas que abraçam. É a entidade que defende elevados padrões de
ética e valores para uma atividade que pode e deve ser nobre. Para isso ela desenvolveu um
Código de Ética que disciplina a prática profissional, promove condutas éticas elevadas a
serem seguidas por seus associados e para todos aqueles que se propõem a captar recursos no
campo social. Estabelece princípios e valores como integridade, transparência, respeito à
informação e honestidade em relação à intenção do doador.
O Código de Ética possuem capítulos que cobrem a legalidade, a remuneração, à
confidencialidade e lealdade aos doadores, também defende a transparência nas informações,
os direitos do doador, e muitas outras ações que eram pontos de conflito administrativo dentro
das organizações. São basicamente normas de conduta para aqueles profissionais responsáveis
pela captação de recurso dentro do Terceiro Setor.
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Outros exemplos de forças públicas que interferem nas ações de qualquer empresa, seja
ela pública ou privada, são os Códigos de Ética de cada profissional ligado a ela, bem como a
legislação vigente no país, sempre comprometida com o progresso das condições de
sustentabilidade da organização.
4.2 Fatores Sócio-Culturais
Durante várias décadas o modelo hospitalocêntrico predominou como forma de
tratamento aos portadores de transtorno mental, segundo o conselho Nacional de Saúde. Além
de ser pouco eficaz e de favorecer o isolamento e a segregação, o modelo hospitalocêntrico é
também uma das causas do baixo acesso da população ao atendimento, porque concentra os
recursos financeiros (ainda hoje, 89% dos recursos do SUS para psiquiatria) e atende um
número pequeno de pacientes.
Os leitos hospitalares convencionais tendem a manter os pacientes internados por
longos períodos (mais da metade dos leitos ficam ocupados por pessoas internadas há vários
meses ou anos), e por isso participam pouco da oferta efetiva de serviços. Este modelo passou
a ser contestado também por intensificar o sofrimento mental, a perda do direito de cidadania
e do convívio familiar.
Vários questionamentos surgiram quanto ao tratamento dessas pessoas, com isso levou a
idealização de novas formas substitutivas ao regime manicomial. Mas ainda é uma abordagem
nova, e por isso enfrenta as dificuldades inerentes aos períodos de transição. Os portadores de
transtorno mental, comportamental, ainda são excluídos socialmente, estigmatizados como
pessoas violentas, perigosas, sem condições de reabilitação.
Neste contexto de novos modelos de instituições que supram de fato as necessidades
dessas pessoas especiais juntamente com a família, é que surge a Escola Clinica Evolução,
uma associação de pais e amigos de portadores de distúrbio de comportamento.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em
parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), divulgada no mês de
agosto de 2008, aponta para o crescimento no número de associações e fundações sem fins
lucrativos. Atualmente, segundo o levantamento, são mais de 338 mil ONGs e fundações em
todo o país. A distribuição dessas organizações tende a acompanhar a da população. No
Sudeste estão 42,4% das entidades e 42,6% dos brasileiros. No Nordeste estão 23,7% das
instituições e 27,7% da população. No Sul, em terceiro lugar, encontram-se 22,7% das
18
entidades e 14,6% da população. No Centro-Oeste estão 6,4% das associações e 7,1% da
população. No Norte estão 4,8% das organizações e 8% dos brasileiros.
Ou seja, esse crescimento mostra que a sociedade não espera mais soluções empresariais
ou governamentais para os seus anseios e necessidades, ela os cria e luta pra mantê-los. Por
outro lado mostra também a outra face da moeda desta mesma sociedade, que se utiliza da boa
fé destas iniciativas, como uma maneira de captar recursos ilicitamente, como é o caso das
ONGs fraudulentas.
Concomitante a esse crescimento vem o questionamento sobre o papel do voluntário.
No atual contexto social, econômico e político, o papel das ONGs está sendo repensado, o
trabalho voluntário não cabe mais da maneira que outrora por diversos fatores, e um deles é o
alto índice de desemprego frente à demanda de subsistência pessoal. Como um desempregado
poderá dedicar-se ao trabalho voluntário? Como organizações com responsabilidades tão
sérias podem depender somente deste modelo filantrópico?
Na Evolução Escola-Clínica existem mães de alunos que colaboram com algumas
ações, como limpeza, cantina e há também grupos de alunos de faculdade de pedagogia,
psicologia, educação física, dentre outros, que executam trabalhos de estágio, mas não é uma
rotina e nem por muito tempo.
Em cumprimento a Lei do Voluntariado a Evolução também recebe voluntários de
Penas Judiciárias alternativas, mas ainda assim existe uma carência de voluntários pelo
significado fiel a palavra. A presidente da Instituição no ano de 2008, Ângela Augusta Costa
Vidigal, afirmou que “É muito difícil manter alguém comprometido por muito tempo sem
nenhum retorno financeiro, por isso, entre outros motivos, a Clínica Escola Evolução conta
principalmente com o trabalho profissional e remunerado de uma equipe multidisciplinar”.
4.3 Fator Religioso
Quando o assunto é religião, é certo que nenhuma entidade enquadrada no Terceiro
Setor pode impor suas convicções religiosas ao favorecido como um sistema de troca pela
assistência recebida, uma vez que atitudes como esta vão contra a Constituição Brasileira, que
dita no inciso VII do artigo 5º: “(...) Ninguém será privado de direitos por motivo de crença
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.”
19
Reafirmando isso, Angela Vidigal, afirma que a instituição não mistura assunto de
filantropia com religiosidade. E que apesar de uma maioria pertencer a uma determinada
religião, este item não compõe sequer a ficha de inscrição do aluno.
4.4 Fator Econômico
O Brasil tem um mercado livre e uma economia exportadora. Medido por paridade de
poder de compra, seu produto interno bruto ultrapassa 1,8 trilhão de dólares, tornando-o a
nona maior economia do mundo em 2007, segundo o FMI, e a décima maior economia,
segundo o Banco Mundial, fazendo-a a segunda maior das Américas, atrás apenas dos Estados
Unidos da América (Database, 2008).
O terceiro setor faz mais do que buscar atender às necessidades da sociedade que o
governo e a iniciativa privada não conseguem. Ele é uma força econômica que gera, cada vez
mais, renda e emprego.
Segundo pesquisa do The Johns Hopkins Center for Civil Society Studies (Gazeta
Mercantil, 2002) - realizada em 35 países, incluindo o Brasil - o setor emprega 39,5 milhões
de pessoas ou cerca de 6,8% da população em idade de trabalhar. As organizações sem fins
lucrativos já empregam 46% das vagas oferecidas pelo setor público no mundo. No Brasil,
segundo o Instituto de Estudos da Religião (ISER), o setor emprega 1,2 milhões de pessoas.
"O terceiro setor é um grande empregador, muito maior do que as pessoas imaginavam",
diz Lester Salamon, catedrático da Universidade Johns Hopkins, especialista em terceiro setor
- formado pelas organizações privadas sem fins lucrativos que geram bens e serviços voltados
à promoção sócio-econômica e cultural.
Em uma outra pesquisa, realizada pela InterScience, sobre a construção da imagem
corporativa apontou os três maiores destaques, que são: qualidade de produtos e serviços
(80%), respeito ao cliente (74%) e ética (67%). (Um sensível olhar sobre o terceiro setor,
2006, p.146). Dentro desta tendência, as empresas privadas estão aumentando seus
investimentos e consequentemente seu envolvimento com o terceiro setor. Dados do Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea - (INTERSCIENCE, 2003, p.32) apontam que
(...) mais da metade das empresas do Brasil (59%) realiza algum trabalho social, e que em 2002 juntas chegaram a um investimento de R$ 4,7 bilhões (Rits, jun. 2002)”. “(...) As perpectivas para um futuro próximo são otimistas: 39% das empresas analisadas admitiram que pretendem ampliar seus investimentos sociais em breve.
20
Por outro lado se as Organizações do Terceiro Setor não conquistam a sustentabilidade
elas correm o risco de trabalharem por sazonalidade econômica: a economia está bem, as
empresas dedicam verbas assistenciais, as pessoas estão empregadas logo podem doar, mas
em épocas de crise, a primeira verba a ser cortada é ao do assistencialismo. E um dos
objetivos da Escola Clinica Evolução é não depender de assistencialismo. Nesse contexto, a
comunicação passa a ter importância vital para o terceiro setor, a partir do momento em que,
agrega valores corporativos ao que antes era percebido apenas como doação e profissionaliza
suas ações.
4.5 Fator Tecnológico
O aparecimento de uma nova tecnologia provoca numa sociedade mudanças profundas
em todas as esferas – psíquica, física e sócio-econômica. Esse fenômeno pode ser observado
ao longo de toda a história da humanidade, desde o Homo erectus ao Homo sapiens. Foi assim
com as civilizações orais, e posteriormente as escritas, com os telégrafos visuais, a invenção
da imprensa, a difusão do livro e o surgimento dos jornais, a eletricidade trazendo evoluções
como o telégrafo, o telefone, o rádio, a televisão, os satélites, computadores e novas mídias,
como a Internet, revelando a evolução do pensamento humano.
A evolução das tecnologias nada mais é que a evolução do pensar humano, num esforço
para criar formas de vencer obstáculos, sendo o tempo e o espaço as dificuldades mais
urgentes de serem vencidas.
Pesquisas atuais indicam que no Brasil, 97% das casas possuem aparelho de televisão,
mais de 90% têm rádio, enquanto 49,7% contam com telefone fixo, e 68% telefone celular.
Houve um aumento na presença de computadores nos domicílios, passando de 16,6% em
2005 para 19,6% em 2006. As regiões Sul e Sudeste ficam acima da média nacional, com
25% dos domicílios tendo acesso ao equipamento. Já as regiões Norte e Nordeste se
encontram bem abaixo, com 10% e 8,5%, respectivamente. (UNESCO, 2008)
Vivemos uma revolução silenciosa. Tamanha é a dimensão da transformação que a
tecnologia vem provocando em toda sociedade, especialmente no mundo organizacional.
A tecnologia é tão importante para as organizações não-governamentais quanto para
qualquer empresa na economia interligada de hoje. No entanto, diferentemente da maioria das
empresas, as ONGs muitas vezes não têm os recursos e o conhecimento para acessar as
tecnologias capazes de torná-las organizações mais eficazes, eficientes e sustentáveis no
atendimento àqueles que vivem à margem da vida moderna.
21
Se, um dia, levar a informática às comunidades de baixa renda chegou a ser considerada
uma ação supérflua, artigo de luxo, aumenta hoje entre os brasileiros a compreensão de que é
um meio para a promoção da melhoria da qualidade de vida, garantia de maior liberdade
social, geração de conhecimento e troca de informações.
A internet pode ser um instrumento muito interessante para reunir e compartilhar
informações relevantes ao meio social. A tecnologia traz a democratização da informação e a
inclusão digital, sendo algumas vezes pouco divulgada ou de difícil acesso ao usuário comum.
Entre as estratégias da inclusão digital de grandes empresas, bancos, governo federal,
dentre outras, estão projetos e ações que facilitam o acesso de pessoas de baixa renda às
Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A inclusão digital volta-se também para o
desenvolvimento de tecnologias que ampliem a acessibilidade para usuários com deficiência
física ou mental.
A inclusão digital pode reduzir o ritmo da exclusão social e promover a integração das
pessoas carentes na sociedade, reduzindo a injustiça social brasileira, bem como pode tornar
uma pessoa com deficiência física total completamente autônoma, não só em suas atividades
cotidianas como também no ambiente de trabalho.
Dessa forma, toda a sociedade pode ter acesso a informações disponíveis na Internet, e
assim produzir e disseminar conhecimento. A inclusão digital insere-se no movimento maior
de inclusão social, um dos grandes objetivos compartilhados por diversos governos ao redor
do mundo nas últimas décadas.
A Escola-Clínica Evolução por exemplo, utiliza o web site como forma de divulgação
do seu trabalho. Através do endereço eletrônico: http://www.evolucao.org.br/index.htm é
possível captar doações e esclarecer a sociedade sobre os projetos e pesquisas sobre os
portadores de transtorno de comportamento. Mas essa divulgação ainda é sub-utilizada, visto
que no seu quadro de funcionários não há um profissional com domínio de ferramentas de
tecnologia. Percebe-se então, a importância de um plano estratégico de ações que vise orientar
e treinar os funcionários desta Instituição no manuseio dos equipamentos, a fim de se ter um
melhor aproveitamento dos programas disponíveis, otimizando os dados e as informações do
dia-a-dia da Evolução Escola-Clínica.
22
5 ANÁLISE DO MICROAMBIENTE
A situação financeira de uma instituição é a principal responsável pela imagem que é
projetada para a sociedade, e é desta imagem que depende a confiabilidade do público para
com a empresa. Um consumidor não comprará um produto que não conhece ou não confia, do
mesmo modo que ninguém auxiliará uma ONG – com a doação de dinheiro ou de serviços –
se não tiver uma boa impressão dos serviços por ela prestados, sua idoneidade e os resultados
conquistados. Uma boa imagem se inicia dentro da própria instituição, através dos
profissionais e voluntários envolvidos.
Uma ONG para sobreviver não necessita apenas de dinheiro, mas de pessoal
qualificado, abrigo, infra-estrutura, material didático, remédios, alimentação, etc. Desta forma
entram em questão os facilitadores, que muitas vezes aparecem como parceiros, doadores, ou
até mesmo voluntários.
Segundo Eder Polizei “o microambiente refere-se aos influenciadores mais próximos da
empresa/conceito e dos impactos mais imediatos no plano de maketing” (2005, p.22).
Os públicos-alvo ou stakeholders são os indivíduos diretamente ligados a instituição e
que influenciam suas ações e o reflexo delas no ambiente externo. Se as pessoas que são
atendidas não estiverem satisfeitas, haverá problemas com o trabalho social, assim como se a
comunidade do entorno não estiver satisfeita, poderá boicotar seu trabalho, e principalmente,
se os financiadores não estiverem satisfeitos, haverá problemas na captação de recursos e no
estabelecimento de parcerias duradouras.
Interna e externamente podemos pensar em vários grupos de pessoas que podem ser
influenciados pelo trabalho de uma ONG:
Beneficiários diretos, familiares, colegas de escola
ou de trabalho dos beneficiários;
Empresas situadas próximas ao local de
desenvolvimento das atividades e /ou próximas ao local de residência dos
beneficiários;
Funcionários, voluntários e conselheiros;
Empresas parceiras e seus funcionários;
Doadores;
Fornecedores e seus funcionários;
Governos locais;
23
Outras organizações do terceiro setor que prestam
serviços complementares ao da sua ONG.
5.1 Apresentação da ONG Evolução Escola-Clínica
Empresa: Associação de pais e amigos de crianças e adolescentes com distúrbios de
comportamento – Evolução Escola–Clínica; CNPJ Nº 15.184.823/0001-91; Rua Alberto
Fiúza, nº 500 – Imbuí – Salvador – BA.
A associação de pais e amigos de crianças e adolescentes com distúrbios de
comportamentos, Evolução Escola-Clínica, pessoa jurídica de direito privado, é uma entidade
civil, sem fins lucrativos, políticos ou religiosos, fundada em 23 de julho de 1984, regendo-se
por um Estatuto, mantenedora do Instituto de Educação Especial e Pesquisa sobre Psicose
Infanto-Juvenil – INESPI.
O motivo da criação da Escola-Clínica foi à necessidade e a preocupação de pais de
crianças e adolescentes portadores de distúrbios severos de comportamentos em oferecer um
suporte pedagógico e clínico aos seus filhos. A Evolução Escola-Clínica atua nas áreas de
educação e saúde e está sediada no bairro do Imbuí, na cidade do Salvador.
Em novembro de 2000, a instituição obteve o reconhecimento como entidade de
utilidade pública, e desde então foca suas atividades no desenvolvimento de ações que visam
à inclusão social dos portadores de necessidades especiais.
A associação atende famílias com portadores de deficiência intelectual, com a presença
do comportamento autista e outros transtornos invasivos do desenvolvimento. No contexto
atual, a associação atende, aproximadamente, 80 alunos, com idades entre 10 a 37 anos, em
meio período ou integral, oferecendo acompanhamento clínico e pedagógico, assim como,
serviços de apoio e terapia familiar.
As salas de aula são organizadas por faixa etária e de acordo com o desenvolvimento
intelectual e motor de cada aluno, contendo em cada classe uma média de 10 alunos.
A relação entre os profissionais da Evolução se dá de forma harmoniosa e respeitosa.
Dentro de uma interdisciplinaridade, a equipe busca sempre proporcionar aos seus alunos um
ambiente acolhedor e harmonioso interligando atividades físicas, educativas e de
sociabilidade.
24
Verbas
Por ser uma associação filantrópica, a Evolução Escola-Clínica atende diferentes
camadas sociais. Ela estipula uma taxa mensal de contribuição, no valor de R$ 600,00 para
alunos de meio turno e R$ 900,00 para alunos de tempo integral. Porém, apenas 40% dos
alunos atendidos possuem condições financeiras de arcar com esta mensalidade.
Os outros 60% se dividem entre: alunos filhos de servidores públicos, onde a prefeitura
paga o valor de R$ 32,00 per capita (PLANSERV); filhos de funcionários do Banco do Brasil,
que através do convênio paga o valor mensal de R$ 135,00 (CASSI); filhos de funcionários
ativos e inativos da Petrobras que através do PAE (Plano de Assistência aos Excepcionais),
pagam mensalmente um valor em torno de R$200,00.
As Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) enviam grupos de crianças à Escola-Clínica
Evolução e pagam um auxílio mensal, correspondente pelo grupo de 6 crianças, em torno de
R$ 1.000,00. Existe também uma parceria com uma organização não governamental (ONG)
italiana, com filial em Salvador, a Ágata Esmeralda que envia aproximadamente R$ 100,00
por criança de até 13 anos de idade. A maioria dos alunos pertence a uma camada social
menos favorecida, e por isso não conseguem contribuir com nenhum valor previamente
fixado.
Muitas mães de alunos ajudam como voluntárias na limpeza e organização do espaço, o
que vem a somar em meio a um trabalho mantenedor, além de contribuir com o
desenvolvimento dos alunos.
A Escola-Clínica Evolução aceita, ainda, doações em dinheiro através de conta bancária.
Contudo, essa conta só é divulgada em momentos esporádicos.
Apresenta um faturamento bruto anual em torno de R$ 366.000,00, contabilizando um
saldo (receita versus despesas) em torno de R$ -2.955,65. Não existe verba para a
comunicação. Apenas os recursos captados através de parcerias e patrocínios.
Objetivo geral da instituição
Disponibilizar um atendimento especializado e de qualidade aos portadores de
transtorno de comportamento, através do desenvolvimento de atividades funcionais,
recreativas, pedagógicas e clínicas.
25
Objetivos específicos da instituição
- Proporcionar precipuamente, tratamento, treinamento assim como, orientação,
socialização dos portadores de transtorno de comportamento, associando-se noções de
conteúdos pedagógicos voltados para o mesmo fim;
- Defender os interesses de portadores de distúrbios de comportamento (autistas,
psicóticos, hipercinéticos e outros) extensivo a seus familiares;
- Desenvolver estudos e pesquisas sobre os portadores de distúrbios de comportamento;
- Despertar na população em geral o exercício de cidadania na sua relação com
portadores de distúrbios de comportamento;
- Proporcionar condutas funcionais que possibilitem a inserção dos portadores de
distúrbios de comportamento nos seguimentos das atividades sociais;
- Estimular a integração e a solidariedade entre os seus associados e familiares;
- Promover o desenvolvimento e aprimoramento moral, educativo, esportivo, recreativo,
artístico, cívico e cultural dos portadores de distúrbios de comportamento por todos meios
lícitos e possíveis.
Missão
Atender crianças e adolescentes com deficiências mentais graves, oferecendo tratamento
clínico e pedagógico, respeitando suas individualidades, orientando e estimulando para que
possam viver de modo mais autônomo, integrando-os a família e a comunidade.
Visão proposta
Ser uma organização não governamental auto-sustentável, e referência na Bahia, como
uma instituição voltada para a educação, moral e cívica de crianças e adolescentes com
deficiências mentais e distúrbios de comportamento.
Valores
Respeito, valorização do indivíduo, transparência, profissionalismo, competência,
parceria e ética.
26
Projetos institucionais
A Evolução Escola-Clínica tem alguns projetos para melhorar o ambiente de seus
alunos. Mas para executá-los ela precisa do apoio de empresas, de profissionais liberais e da
comunidade. Os principais projetos são:
Construção de cobertura da quadra de esportes a fim de possibilitar o uso de um
espaço coberto para atividades recreativas, eventos e festas do calendário cultural;
Construção de uma piscina com dimensões maiores da já existente (20m comprimento
por 10m de largura) possibilitando o uso da atividade de maior aceitação pelos alunos;
Compra de uma máquina de prensar garrafas plásticas para ajudar na auto-sustentação
da empresa realizando campanhas na comunidade;
Projeto horta e floricultura: ampliar o espaço reservado tanto para atividades
ocupacionais e profissionalizantes dos alunos como também promover feiras e venda dos
produtos na comunidade;
Construção de mais duas salas para ampliação do número de atendidos;
Iniciar o trabalho de inclusão informatizada;
Construção de um espaço próprio para o funcionamento de uma padaria. Observa-se
que o material de construção já foi doado em fevereiro de 2009 pela empresa Ferreira Costa e
o maquinário pelo programa Fome Zero;
Estratégias de Captação de Recursos.
Serviços
A Evolução Escola-Clínica oferece aos seus alunos serviços especializados no
tratamento de transtornos neuropsiquiátricos, como autismo e hipercinesia: doenças graves,
crônicas e que comprometem o desenvolvimento normal de uma criança. Dificuldade na
comunicação, nos relacionamentos sociais, resistência ao contato físico e a afetividade são
algumas características identificadas em crianças com autismo.
As aulas visam o desenvolvimento motor e psíquico, além de estimular a capacidade
de raciocínio dos alunos. Assim, as turmas são divididas de acordo com a idade, a estatura e o
grau de deficiência de cada um, para facilitar o aprendizado.
A ação da Evolução, no entanto, precisa ser vista como algo que vai além do
atendimento as crianças. É necessário que a família esteja integrada ao tratamento, entenda-o
e acima de tudo, receba apoio para enfrentar com coragem a difícil tarefa que é ter uma
27
criança especial em casa. Assim, a Evolução Escola-Clínica oferece aos pais serviços como:
terapia familiar, psicologia, hidroginástica, massagem corporal, assistência social e cursos de
artes. Além desses serviços, consultorias para escolas e creches, palestras e cursos de
capacitação, por vezes, são ministrados pela equipe interdisciplinar.
Tratamentos oferecidos: Psicopediatria, Psicomotricidade, Fonoaudiologia,
Psicoterapia, Hidroterapia, Hidrobiofilia (atividade realizada na piscina que através de jogos e
atividades lúdicas tem por objetivo estimular o domínio da linguagem corporal da criança),
Terapias corporais e Ludoterapia (psicoterapia realizada através do lúdico, da brincadeira, que
tem por objetivo facilitar a expressão da criança).
Hidrobiofilia Psicomotricidade Fonoaudiologia
Estrutura
Para conseguir disponibilizar todos os serviços, a Escola-Clínica Evolução possui uma
sede ampla, com aproximadamente 10.000 m2 de área total.
Sua estrutura física é composta por treze salas, todas com banheiro próprio, sendo 10
salas de aula e 03 consultórios; 02 refeitórios; 02 cozinhas; brinquedoteca; piscina; área verde;
horta; canteiro de flores ornamentais e mini zoológico. Tudo isso planejado de forma
adequada às necessidades especiais dos alunos, visando sempre o seu bem estar.
Somado a esta estrutura a Evolução mantêm um Clube de Mães. Uma casa paralela a
escola onde as mães de alunos que muitas vezes ficavam ociosamente aguardando o término
do horário escolar, agora recebem aulas de artesanato gratuitas, através de uma parceria com o
SESC (Serviço Social do Comércio).
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Sala de aula Piscina Horta
Funcionários
Para dar suporte a toda estrutura oferecida, a Escola-Clínica Evolução conta com uma
equipe técnica multidisciplinar, formada por profissionais com conhecimentos específicos
para atender as crianças. Eles atuam nas áreas de pedagogia, psicologia, psicoterapia,
psiquiatria, fonoaudiologia e educação física. O quadro diretivo da instituição muda a cada
dois anos, através de votação feita pelos pais dos alunos.
Os funcionários da Evolução buscam na transdisciplinaridade, uma interação máxima
entre as disciplinas, porém respeitam suas individualidades, trabalhando de forma única e
integrada.
Sua equipe técnica é formada pelo seguinte quadro:
EQUIPE ESCOLA CLINICA EVOLUÇÃO – ANO 2009
Presidente Célia Santos Carvalho Vice-presidente Evanil Santana Pinto1ª Secretária Ana Lúcia Santos Pereira2ª Secretária Maria Antonieta Santos da Silva1ª Tesoureira Maria Angélica Mendonça CunhaConselho Fiscal José Carlos de Alcântara PintoConselho Fiscal José Gonçalves de CarvalhoConselho Fiscal Jaciara Cavalcante de SouzaSuplente Cleonice Brito PereiraSuplente Mônica Cristiana Ferreira de AssisSuplente Luzia Costa de AraújoCoordenador Técnico Jaciara Cavalcanti de Souza Assistente Social Geisa Andrade de SouzaProfessores de Educação Física
Cristiano Marcos de Souza LimaLeonardo Silva Pinheiro
29
Continua
Psicóloga Ana Selma dos Santos SouzaPsiquiatra Márcia Andrade PinhoCoordenadora Pedagógica Marcya Gleyse Chianca de BritoRecreadores Alice Martins Sena
Daniela Antunes de MenezesDomingas Bispo de JesusEnio da Silva DiasFrancisco Carlos Fernandes NovaesLuciene Jesus de SouzaMarcelo de Araújo Santos MachadoRaimunda dos Santos
Auxiliares de Serviços Gerais
Ana Lívia Silva de JesusEdnalva Rodrigues RochaEdnilson de Jesus SantosJosé Antônio Santos de JesusMaria Antonia Soares da SilvaMarinalva Farias dos SantosSandra Maria Santana SantosValdir Soares CamposGerson de Jesus Lisboa
Limpeza Anete Maria de Matos (Auxiliar de Serviços Gerais – A.S.G.)Motorista Juarez Costa de Oliveira (A.S.G.) Porteiro Pedro de Jesus Lisboa (A.S.G.)Cozinheira Raimunda Maria Santana Santos (A.S.G.)Auxiliar de Escritório Wellington Barbosa da Silva
Rosineide Barbosa do CarmoManutenção Simião Bispo da Silva (A.S.G.) * (A.S.G. Auxiliar de serviços Gerais)
Voluntários
Grupos de Faculdade são recebidos freqüentemente pela instituição em caráter de
estágio obrigatório para conclusão de curso, e são cadastrados como voluntários com ações
determinadas e com supervisão de um membro da Escola.
São exemplo de universidades:
UNEB
EDUCAÇÃO FISICA UCSAL
PSICOLOGIA UFBA SERVIÇO SOCIAL UNITINSFONOAUDIOLOGIA UNIJORGE
30
Também fazem parte do Programa de Voluntariado o CEAPA-BA - Central de Apoio e
Acompanhamento às Penas e Medidas Alternativas da Bahia.
O CEAPA é um Projeto implantado pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do
Estado da Bahia em parceria com o Ministério da Justiça e o Conselho Arbitral da Bahia, que
tem como objetivo dar suporte ao Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública
na fiscalização e acompanhamento das penas e medidas alternativas.
Os beneficiários atendidos passam por uma entrevista psicossocial onde é possibilitado
um espaço para reflexão sobre o ato infracional cometido, bem como, são avaliadas condições
pessoais, sociais e habilidades para o cumprimento da pena ou medida. A partir dessa
avaliação é indicada, dentre as instituições integrantes da Rede Social, a mais adequada,
considerando o perfil do beneficiário e as demandas institucionais.
Fornecedores
A Evolução Escola-Clínica não possui parceria com fornecedores. Até mesmo a
Secretaria de Educação, neste ano de 2009, não enviou material escolar, como era de costume.
Nem mesmo a merenda escolar chegou à quantidade suficiente para abastecimento da
Instituição.
Concorrência Direta
Toda análise de mercado exige entre outras coisas uma identificação dos
“concorrentes”. No terceiro setor é mais comum o termo “organizações congêneres”, já que as
organizações não concorrem para dominar o mercado, mas trabalham juntas na solução dos
problemas sociais existentes. A análise dos pontos fortes e fracos de cada uma das
organizações congêneres é muito importante para evidenciar as nossas possibilidades de
mercado.
Dentro do contexto baiano existem algumas ONGs que já possuem um reconhecimento
público da sua imagem enquanto instituição sem fins lucrativos, e que conseqüentemente são
concorrentes quando o assunto é captação de recursos.
A Escola-Clínica Evolução trabalha uma vertente própria que são as crianças portadoras
do autismo e debilidade mental, neste campo atual as organizações congêneres são:
31
APAE
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais Salvador é uma instituição
filantrópica, sem fins lucrativos, que tem como missão “Promover saúde, educação,
capacitação para o trabalho e a inclusão social das pessoas com deficiência mental”.
Foi fundada em 3 de outubro de 1968, por um grupo de pais, preocupados com o
atendimento as crianças com deficiência mental.
A APAE divide suas atividades em duas unidades. Nas instalações da Pituba, localizada
na Rua Rio Grande Sul, 545 - Salvador, foram colocados o Centro Educacional Especializado
(Ceduc), para alunos de 2 a 16 anos, a Administração, o Centro de Estudos e Difusão de
Tecnologia (Cedit), o Laboratório de Análises Clínicas (Labac) e o Centro Médico (Cemed).
O prédio da Jequitáia, localizado na Av Jequitáia, 343 - Água de Meninos, Salvador, passou a
funcionar como o Centro de Formação e Acompanhamento Profissional (Cefap), destinado
aos aprendizes a partir dos 16 anos. Hoje, a APAE conta também com mais três casas
alugadas, onde funcionam o Centro de Diagnóstico e Pesquisa (Cedip), a Central de Captação
de Recursos e o anexo que abriga os serviços de Fisioterapia (Estimulação Precoce, RPG,
Terapia Ocupacional e Psicologia), uma área de lazer para os alunos do Ceduc, o Núcleo de
Apoio às Mães do Ceduc e o Núcleo de Apoio às Mães do Cedip.
A APAE atende a uma clientela formada pelos 700 alunos e aprendizes do Ceduc e do
Cefap. Em 40 anos de trabalho, o objetivo da Instituição continua sendo o mesmo: atender a
pessoa com deficiência mental com serviços de qualidade e o firme propósito de torná-lo
cidadão, respeitando seus direitos e deveres.
AMA
Associação de Amigos do Autista. A AMA foi fundada em 1983, em São Paulo, por um
grupo de pais de Autistas - e antes de completar um ano de fundação já tinha uma escola, que
funcionava no quintal de uma igreja batista. Este espaço era cedido pelo pastor Manuel de
Jesus Thé, pai de César, portador de Síndrome de Asperger, síndrome que se difere do
autismo clássico por não apresentar retardo global no desenvolvimento cognitivo ou de
linguagem.
Por sua natureza de pesquisa na área do autismo e por haver uma população carente para
ser atendida, a Instituição - beneficente e sem fins lucrativos - também luta para manter-se
financeiramente.
32
Na época da fundação da AMA, sendo o autismo ainda pouco conhecido, tornava-se
muito difícil conseguir ajudas e arrecadar fundos. Através de campanhas na televisão foi
possível esclarecer o real papel da ONG.
A AMA Já realizou encontros regionais e nacionais, cursos e congressos e continua
trazendo profissionais estrangeiros altamente qualificados que dão apoio técnico a todo o
trabalho realizado pela Instituição, no Brasil.
Ao longo de sua história a AMA conquistou reconhecimento como Instituição de
utilidade pública (Utilidades Públicas: Municipal - Decreto n. 23.103 - 20/11/86, Estadual -
Decreto n. 26.189 - 06/11/86 e Federal - D.O.U.24/06/91). Recebeu, da sociedade, prêmios
pelo trabalho realizado, como o "Prêmio Bem Eficiente", da Kanitz e Associados (1997 e
2005) e o "Prêmio Direitos Humanos", da Unesco e Poder Executivo Federal (1998), entregue
à AMA pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Existe uma unidade que atende aqui em
Salvador na Rua Macedo Aguiar, 98 – Pituaçu.
ABRE
(Associação Bahiana de Recuperação do Excepcional) localizada na Rua Frederico
Costa 89/93, Brotas, trabalha, há mais de 20 anos, na habilitação e reabilitação de crianças e
adolescentes, em situação de risco, portadores de deficiência mental e/ou distúrbios de
conduta através de: educação especial, terapias e tratamentos, assistência social, esporte e
recreação (capoeira, futebol, natação e patinação), arte (projeto de Recuperação através da
arte), cursos profissionalizantes (tecelagem, serigrafia, jardinagem, restauração artística de
móveis e penteado étnico) e campanhas informativas (prevenção à deficiência e contra o
abuso sexual).
Concorrência Indireta
Os concorrentes indiretos da Evolução Escola-Clínica são todas as organizações não
governamentais, associações, grupos, etc., que necessitem de doações e voluntariado para
suas atividades, ou que desviem a atenção para o que não seja o papel, importância e serviço
prestado por ela na comunidade e sociedade.
O conceito de concorrência é amplamente usado pelas empresas, e embora não seja
utilizado pelo Terceiro Setor, Philip Kotler - sustenta que as organizações sem fins lucrativos
podem e devem utilizar-se dos conceitos de marketing para a realização de seus propósitos.
33
Isto não significa que as organizações passarão a definir sua atuação a partir de critérios
estranhos à sua missão. Pelo contrário, significa que uma organização sem fins lucrativos será
bem sucedida se começar seu planejamento de marketing por compreender as percepções,
necessidades e desejos dos públicos que pretende atingir e concentrar-se em promover sua
satisfação. Salvador por exemplo representa a capital do Nordeste com o maior número de
ONGs. Abaixo alguns exemplos:
- Projeto Águia Dourada: organização não-governamental, sem fins lucrativos, cujo
objetivo é desenvolver atividades educativas com crianças e jovens do bairro de Pituaçú, Boca
do Rio e adjacências. Mercado de atuação: Salvador.
- CIPÓ Comunicação Interativa: organização civil sem fins lucrativos, que tem como
objetivo promover a formação de crianças, adolescentes e jovens de classes populares, através
do uso qualificado e criativo das tecnologias da informação e da comunicação. Mercado de
atuação: São Paulo e Salvador.
5.2 PFOA
Pontos Fortes
a) Variedade de profissionais com alto conhecimento técnico;
b) Equipe interdisciplinar;
c) Utilização de técnicas modernas no tratamento de distúrbios mentais, como a
hidrobiofilia e a ludo terapia;
d) Tradição (ONG com mais de 20 anos de atuação);
e) Estrutura física: sede própria e ampla, com aproximadamente 10.000 m2 de área total.
Pontos Fracos
a) Falta de Recursos (saldo negativo na relação receita versus despesas);
b) Ausência de programas educativos personalizados;
c) Falta de profissionalização da estrutura de gestão;
d) Inexistência de um planejamento estratégico;
e) Estrutura física sem manutenção;
f) Pouco reconhecimento por parte da comunidade e sociedade;
g) Não sistematização do trabalho direcionado aos pais dos alunos;
34
h) Falta de investimento em comunicação e informática;
i) Ausência de um programa de captação de renda e auto-sustentabilidade;
j) Não há parcerias sólidas;
k) Localização desfavorável (pouca visibilidade por situar-se em rua sem saída).
Oportunidades
a) Incremento no número de empresas privadas que buscam apoiar ações de
responsabilidade social;
b) Crescimento do número de estudantes que buscam desenvolver seus trabalhos
universitários em organizações não governamentais, gerando mais um caminho para a
divulgação e o apoio;
c) Área de atuação pouco explorada;
d) Recursos públicos disponíveis para ONGs.
Ameaças
a) Corte de verba por parte do Estado para escolas especiais. A justificativa é que o MEC
(Ministério da Educação) pretende implantar, nas escolas em que os alunos não
necessitam de cuidados especiais, um programa de inclusão para alunos portadores de
necessidades especiais;
b) Crise econômica que gera inadimplência dos alunos e escassez de doações por parte da
comunidade, pessoas físicas e jurídicas;
c) Falta de apoio governamental no que tange o âmbito institucional;
d) Credibilidade quando o assunto é ONGs;
e) Auto-resistência na profissionalização e adoção de ações estratégicas;
f) Crescente aumento no número de associações e instituições sem fins lucrativos;
g) Falta de conhecimento da sociedade sobre o tema abordado pela ONG.
5.3 Ações emergenciais
Alteração da identidade visual;
35
Projeto de reciclagem de conhecimentos para os
públicos interno e externo, através de palestras, cursos e treinamentos;
Parcerias com instituições públicas e privadas;
Planos de gestão;
Estruturação e atualização do site;
Criação de um material institucional de divulgação;
Programa interdisciplinar entre os colaboradores;
Trocas de experiências com ONGs do mesmo
segmento;
Programas de captação de recursos.
36
6 PLANO DE COMUNICAÇÃO INTEGRADA
6.1 Diagnóstico
A comunicação existente entre a organização, seja ela instituição pública ou privada, é
representada pelo conjunto sinérgico da comunicação interna, comunicação institucional e
comunicação de marketing. A comunicação de marketing abrange propaganda, publicidade,
promoção, merchandising, marketing direto, dentre outros, já a comunicação institucional
abrange ações que visam divulgar informações aos públicos de interesse como: objetivos,
práticas, políticas e ações institucionais da organização.
Dentro de um mercado cada vez mais competitivo, atrair e reter a atenção de clientes ou
investidores é uma tarefa árdua e de grande complexidade. Com o crescimento desenfreado
do comércio, a era da informação, a globalização e as demandas de um mercado cada vez
mais consumista, torna a comunicação empresarial um desafio de proporções maiores do que
as dependências internas de uma empresa, ainda mais se o assunto for à imagem empresarial.
E quando o assunto é organização sem fins lucrativos, a dificuldade de reconhecimento da
imagem é ainda maior, haja vista a falta de recursos humanos e financeiros.
Criar uma estrutura de comunicação integrada que reúna formas viáveis de comunicação
para uma ONG, seja ela com seus clientes, funcionários, voluntários, patrocinadores, mídia ou
sociedade de forma geral, garante a sobrevivência de uma instituição como a Escola-Clínica
Evolução.
Para que uma organização atinja seus objetivos estratégicos é preciso que seus
colaboradores estejam comprometidos com estes. Isto é reforçado por Kotler (2006, p. 701)
através da afirmação: “o marketing interno requer que todas as pessoas da organização
aceitem os conceitos e objetivos do marketing e se envolvam na escolha, na prestação e na
comunicação do valor para o cliente”.
Através de contatos feitos da equipe deste projeto com a presidente da Evolução,
detectamos uma ação imediata, sugerida pela própria presidente, de alteração da identidade
visual. A marca existente não está condizente com o nome da Escola-Clínica Evolução. A
borboleta simboliza a transformação, a liberdade e a alegria em suas cores. A borboleta
desenhada na marca está enclausurada em um quadrado, impossibilitando o vôo e a evolução
da mesma, além de apresentar-se apenas na cor azul.
37
A fim de proporcionar o desenvolvimento de um trabalho eficaz na divulgação da
imagem e captação de recursos, a Evolução Escola-Clínica precisa da implantação de um
plano integrado de comunicação para o público interno (direção, coordenação, equipe técnica,
equipe de educadores, estagiários, voluntários e alunos), bem como para o público externo
(voluntários/doadores, parentes de alunos, visitantes e possíveis investidores, pessoas
jurídicas, órgãos estatais e secretarias do Estado). A ONG não possui um trabalho freqüente
de comunicação integrada, ou seja, não se comunica regulamente com nenhum público
específico e não dispõe de verba destinada para a comunicação.
Internamente, a comunicação é precária. Possui dois murais onde ficam dispostas
algumas informações administrativas e dirigidas aos pais dos alunos. Não existe uma pessoa
específica que coordena esse mural, muito menos, uma padronização no modo e no conteúdo
do que é divulgado.
Externamente, a comunicação com os parceiros se dá, principalmente, através do envio
de FAX com relatório de alunos, encaminhamentos, monitoramentos e etc. Com a
comunidade já houve uma divulgação no "Portal do Imbuí", um site com conteúdo voltado
para a comunidade do Imbuí, o qual não existe mais.
Foram produzidos, quando houve um trabalho de comunicação e mudança da marca por
estudantes de uma faculdade UCSAL (Universidade Católica do Salvador), uma cartilha sobre
o que é o autismo e um folder institucional. Apenas parte deste material foi distribuída nas
imediações da Instituição, porém, a maioria, ainda se encontra arquivado na ONG. A
divulgação de eventos, por vezes realizados na própria comunidade ou dentro da Instituição, é
feita, exclusivamente, por um carro de som, patrocinado por um vereador, que trafega
somente na Rua Alberto Fiúza,no bairro do Imbuí.
A Evolução Escola-Clínica possui um site na internet (www.evolucao.org.br), que não é
atualizado com freqüência, e-mail ([email protected]) e telefone (3231-1502)
Dispõe de uma extensa área física, contudo, a localização não facilita a sua visibilidade
(situa-se em uma rua sem saída). Não utiliza a comunicação de forma adequada e não fideliza
seus diversos públicos.
A Evolução Escola-Clínica, além de problemas com sua comunicação, possui também
alguns problemas de ordem administrativa (falta de profissionalização e equipamentos), que
aliados à falta de recursos financeiros interferem no crescimento da organização. Possui um
potencial de crescimento, pois apresenta para a comunidade através de um trabalho sólido e
eficaz, um serviço especializado e, em alguns pontos, exclusivo.
38
Integrar a comunicação de forma planejada e organizada é o principal diferencial para
instituições que buscam destaque e reconhecimento público. A fim de proporcionar melhores
oportunidades para a Escola-Clínica, buscou-se elaborar um planejamento de comunicação
integrada que desperte a atenção de investidores e voluntários para a Instituição.
Missão Corporativa: atender crianças com deficiências mentais graves, oferecendo
tratamento clínico e pedagógico, respeitando suas individualidades, orientando e estimulando
para que possam viver de modo autônomo, integrados à família e a comunidade.
6.2 Problemas
Ausência de um trabalho de comunicação integrada;
Falta de programas para a captação de recursos;
Profissionalização da área administrativa.
6.3 Públicos-alvo
Público interno (direção, coordenação, equipe técnica, equipe de educadores,
estagiários, voluntários e alunos).
Público externo (voluntários/doadores, parentes de alunos, visitantes e possíveis
investidores (pessoas jurídicas, órgãos estatais e secretarias do Estado).
6.4 Objetivo geral de comunicação
Divulgar através de campanhas e eventos, o trabalho desenvolvido pela Evolução
Escola-Clínica, de forma a gerar um reconhecimento do público, objetivando assim um
comprometimento deste com a instituição, através de novas parcerias, aumento no quadro de
voluntariados e patrocinadores.
6.5 Objetivos específicos de comunicação
Conscientização do público externo e interno: esclarecimento sobre os distúrbios de
comportamento, o trabalho da ONG e sua área de atuação, bem como esclarecimento
sobre temas gerais pertinentes ao trabalho da ONG;
Estruturar a sinalização interna e externa;
39
Estreitar o relacionamento com a comunidade (Imbuí);
Estreitar relacionamento com ONGs do mesmo segmento;
Aumentar a visibilidade da ONG junto à sociedade;
Intensificar a comunicação com os diversos públicos;
Auxiliar na captação de recursos para a ONG;
Estruturar e atualizar a comunicação virtual (site na internet);
Aumentar o quadro de voluntários;
Fidelizar os doadores e parceiros;
Criar portfólio institucional.
6.6 Objetivos de marketing
Prestar a sociedade serviços de educação e saúde, com vistas a atrair novos parceiros
e investidores;
Estabelecer com seus clientes internos e externos uma relação de transparência e
confiabilidade.
6.7 Estratégias de comunicação e marketing
Marketing Direto: Estabelecer um relacionamento direto com os públicos-alvo da
Escola-Clínica Evolução, de modo a gerar uma resposta imediata, estabelecendo uma relação
direta.
A) Criar Portfólio institucional com o objetivo de apresentar, a futuros parceiros, a
Instituição e seu trabalho desenvolvido junto aos portadores de transtorno de
comportamento, bem como, apresentar suas carências e deficiências. Também
objetivará construir e reforçar a imagem institucional junto a seus públicos de
interesse;
B) Mailing: selecionar e cadastrar dados, por segmento de atuação de clientes,
voluntários, doadores, colaboradores, parceiros e investidores, de forma a facilitar
futuros contatos e para viabilizar as ações seguintes;
C) Ferramentas de comunicação: Buscar desenvolver instrumentos de comunicação
direta com os clientes como mala direta on-line, folhetos, convites para eventos, house
40
organs e etc, atualizando seus públicos quanto às ações recentes e eventos realizados
pela Instituição;
D) Telemarketing: selecionar e cadastrar por finalidade e ação nomes de clientes,
parceiros e investidores de forma a facilitar futuros contatos. O telemarketing por ser
uma ação mais invasiva buscará agir como um mediador entre a Instituição e seu
cliente, principalmente quando o assunto for captação de recursos.
Venda Pessoal: envolver o cliente direto com uma comunicação individualizada, de
forma mais persuasiva e direta.
A) Envolver o cliente através de uma comunicação mais individualizada, com ações
presenciais junto à comunidade. Uma comunicação “cara a cara”, que
proporcionará uma interação maior e facilitará a persuasão que a captação de
parceiros e voluntários exige;
B) Oferecer vantagens em troca de parcerias, como ter o nome da Instituição
divulgada em eventos da empresa, troca de mailing list entre os seus parceiros e
voluntários, etc.
Relações Públicas: gerar no público geral, ou na opinião pública, boa vontade em
relação à organização, concentrando-se no relacionamento criado com funcionários, parceiros,
investidores, voluntários e sociedade em geral (imprensa, órgãos do governo, entidades,
associações, sindicatos etc.). Neste público podem-se incluir também organizações que
desenvolvem trabalhos semelhantes, a título de troca de experiências e ajuda mútua.
A) Formar, manter ou resgatar a boa imagem da Instituição perante a sociedade, com
objetivos que diferem dos comerciais;
B) Manter relações com a imprensa, com o objetivo de divulgar projetos da
organização;
C) Fazer comunicações e promover eventos institucionais;
D) Buscar estreitar relações com órgãos públicos e grupos de interesse direto e com
compatibilidade ética e social da Escola-Clínica Evolução.
41
Mix de Marketing
Produto/Serviço: tratamento de transtornos neuropsiquiátricos, como autismo e
hipercinesia: doenças graves, crônicas e que comprometem o desenvolvimento normal de uma
criança.
A) Buscar uma forma de auto-sustentabilidade para a Escola-Clínica Evolução, de
forma a evitar uma dependência direta das doações esporádicas, sem nenhuma
forma de garantia;
B) Manter atualizado as técnicas de tratamento e ensino para crianças e jovens
portadores de síndrome de autismo e outras deficiências, através de palestras e
debates com profissionais da área.
Promoção:
A) Realizar eventos sociais com seus diversos públicos, informando a
comunidade local sobre a Instituição e seu trabalho;
B) Integrar a comunidade aos trabalhos desenvolvidos pela Escola-Clínica
Evolução, bem como participá-los da metas planejadas para a Instituição.
Praça:
A) Aumentar o reconhecimento do trabalho social desenvolvido pela Escola-
Clínica Evolução para a sociedade geral, começando com as comunidades
vizinhas e adjacentes;
B) Facilitar o conhecimento do público quanto à localização da sede da
Instituição, utilizando como forma a sinalização.
Um bom posicionamento no mercado é vital para uma marca e estabelecer uma
imagem clara na mente do consumidor, posicionando o produto de forma objetiva só é
possível com um trabalho integrado entre as áreas de comunicação e marketing. Mas depende
também de uma afinidade entre objetivos, metas e captação de recursos, especialmente
quando o assunto é ONG.
Focar nos resultados é o grande desafio quanto se trabalha com questões sociais ainda
tão desconhecidas na sociedade em geral.
42
7 PLANO DE AÇÕES
7.1. Programa “Imagem Institucional”
Tipologia:
Portfólio Institucional e VT Institucional
Público-alvo:
Público interno (direção, coordenação, equipe técnica, equipe de educadores,
estagiários, voluntários e alunos) e público externo (voluntários/doadores, parentes de alunos,
visitantes e possíveis investidores (pessoas jurídicas, órgãos estatais e secretarias do Estado).
Período:
Portfólio: Março e Abril de 2010
VT Institucional: Dezembro de 2010
Objetivo:
Facilitar a apresentação da Evolução Escola-Clínica junto a seus públicos, contribuindo
na criação da imagem institucional e na captação de recursos.
Justificativa:
A Evolução não possui um documento de apresentação da organização, o que gera, por
parte do público, um desconhecimento das suas ações e características enquanto ONG. O
portfólio e o VT são ferramentas de comunicação com função informativa e persuasiva,
indispensável para qualquer organização, principalmente para as ONGs que precisam
constantemente captar recursos de terceiros.
Através destes instrumentos de divulgação, a Instituição tornará a sua imagem
conhecida e poderá, por exemplo, participar de programas de captação de recursos, bem como
se apresentar de forma fidedigna e transparente para possíveis investidores. No portfólio
constarão informações como: histórico, quem é a Instituição, quais os serviços oferecidos, sua
missão, visão, dentre outras.
O VT institucional por sua vez integrará este programa, abrindo as portas da Evolução e
mostrando os trabalhos desenvolvidos por seus alunos, equipe técnica, equipe de educadores,
43
estagiários, voluntários, doadores, bem como agenda de eventos e o dia-a-dia de toda sua
equipe, traduzindo através das imagens a atuação da Instituição na sociedade.
Descritivos e mecânica:
Durante o ano serão coletadas informações a serem utilizadas pelo profissional
responsável pela criação do portfólio, que primeiramente criará um esboço do material que
será apresentado à Evolução, sendo este ajustado de acordo com os interesses e necessidades
da instituição. Eventos realizados, bem como doações, visitas e o dia-a-dia da Escola-Clínica
serão registrados através de fotografias e filmagens. Ao final do ano um VT institucional será
produzido e disponibilizado para visualização em eventos, no site, no site de relacionamento
Orkut, visitas na organização, e em visitas para captação de recursos junto ao possível
investidor. Para finalização do material (portfólio e VT), a Evolução buscará o apoio de
empresas/organizações interessadas no seu patrocínio.
7.2. Programa “Site Evoluído”
Tipologia:
Página na internet personalizada e atualizada.
Público-alvo:
Sociedade em geral
Período:
Imediato
Objetivo:
Reformular o site da Evolução Escola-Clínica, com recursos modernos e informações
atualizadas.
Justificativa:
Um site na internet não é mais um artigo de luxo, ele se tornou uma necessidade básica
para organizações de um mundo globalizado. Com o aumento da interatividade, segurança e
velocidade, aliado à redução dos preços cobrados pelo acesso à rede, a internet deixou de ser
um mero instrumento de pesquisa para tornar-se uma ferramenta de comunicação muito
44
poderosa. Ter uma página na internet tornou-se indispensável também para organizações não
governamentais em geral. Esta ferramenta possibilita projetar a imagem de sua organização na
internet disponibilizando o acesso de pessoas do mundo todo e, com isso abrindo novos
caminhos para arrecadação de doações. Deve ser utilizada de forma inteligente
correspondendo positivamente aos objetivos da Instituição.
Descritivos e mecânica:
O site será reformulado de modo a conter informações atualizadas sobre a Evolução
Escola-Clínica como: histórico, missão, visão, objetivos, quadro de funcionários, voluntários,
localização, estrutura, informação sobre distúrbios de comportamento, números de contato da
instituição, cursos, agenda de eventos como debates, fóruns, chats, dentre outras. Também
disponibilizará um espaço para doações com informação de conta corrente e agência da
Escola-Clínica Evolução, recursos modernos de animação, Google Earth (mapa de
localização), jogos e VT institucional.
7.3 Programa “Bem localizado”
Tipologia:
Sinalização interna e externa
Público-alvo:
Público externo (parentes de alunos, comunidade e possíveis investidores) e público
interno (direção, coordenação, equipe técnica, equipe de educadores, estagiários e
voluntários).
Período:
Imediato
Objetivo:
Estruturar a sinalização interna e externa tornando a imagem da Evolução Escola-
Clínica mais conhecida e acessível para seus públicos facilitando a localização.
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Justificativa:
A sinalização correta em vias públicas que antecedem à Escola-Clínica é um guia
facilitador de acesso, bem como um meio de comunicação, a partir do momento em que leva
ao conhecimento da comunidade a imagem da Evolução. A sinalização interna da sede da
Escola-Clínica melhor distribui os setores e departamentos, criando uma linguagem visual
única, o que facilita a circulação das pessoas na Instituição.
Descritivos e mecânica:
Será feita uma parceria com a Central do Outdoor, uma vez que esta empresa possui
uma cota para apoio de ONGs e causas sociais. A Central do Outdoor disponibilizará 10 (dez)
placas de outdoor, fazendo o percurso desde a entrada do bairro do Imbuí pela Av. Paralela e
pela orla, até a sede da Evolução Escola-Clínica, orientando quanto ao acesso de pessoas à
Instituição. Também será criado um totem indicativo triface, a ser colocado no início da
ladeira, onde está situada a Evolução Escola-Clínica. A sinalização interna será reformulada,
substituindo as placas já existentes por placas modernas e padronizadas, sendo todas
confeccionadas em placas de PVC, material de custo acessível e resistente.
7.4. Programa “Amigos da Evolução”
Tipologia:
Ação externa
Público-alvo:
Público externo (voluntários/doadores, proprietários de bares e restaurantes do Imbuí,
visitantes e possíveis investidores).
Período:
Dezembro de 2009 e Janeiro de 2010.
Objetivo:
Estreitar o relacionamento entre a comunidade do Imbuí e a Evolução Escola-Clínica,
bem como arrecadar recursos como: livros, material escolar, alimentos, material de limpeza,
dentre outros.
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Justificativa:
A maioria dos alunos da Evolução Escola-Clínica é, financeiramente, desfavorecida, e a
ONG, muitas vezes, depende da contribuição de doadores e voluntários para manter um
ambiente educacional favorável para o bom aprendizado dos alunos. Ações como esta podem
servir para criar uma consciência de responsabilidade social, e proporcionará um
estreitamento na relação da Evolução com a comunidade em que está inserida, levando ao
conhecimento de todos os seus programas e a sua relevância social.
O período em que esta ação será realizada (oportunamente em datas como Natal e
Réveillon) facilita a aceitação e a participação do público em geral, já que nesta ocasião todos
se abrem para reflexões que dizem respeito ao seu papel enquanto ser humano e social.
Descritivos e mecânica:
Para a realização desta ação será utilizado um ou mais carros de som, cedidos por
voluntários, que durante 15 dias farão uma divulgação da campanha pelas ruas do bairro,
informando o dia da coleta das doações em cada rua. Também haverá divulgação através de
notas enviadas à imprensa, do site oficial da Instituição e comunidades de relacionamento
como o Orkut. Uma parceria estabelecida com os proprietários dos bares e restaurantes do
Imbuí, permitirá uma ampliação do alcance da ação a partir do momento que atingirá tanto a
comunidade local, como os visitantes de outros bairros, que frequentam a região. Sugere-se
que além da exposição de cartazes nos locais, seja entregue junto à conta dos clientes um
folheto informativo sobre a Instituição, suas ações e o programa “Amigos da Evolução”.
Outro ponto a ser negociado como forma de agregar valor ao parceiro e à Escola, é que
toda a porcentagem extra que o bar/restaurante do Imbuí obtiver durante uma semana, seja
revertida para a Evolução Escola-Clínica. Desta forma, intenciona-se reunir recursos
emergenciais à manutenção da instituição, e divulgar de forma direta e efetiva sua imagem e
aumentar o quadro de voluntários junto ao cadastro.
7.5. Programa “Muito obrigado!”
Tipologia:
Café da manhã
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Público-alvo:
Voluntários, parceiros, parentes de alunos, funcionários, enfim, todos que de alguma
forma contribuíram para o crescimento e ganho social da organização.
Período:
Início de cada ano letivo - fevereiro
Objetivo:
Fidelizar os doadores e parceiros, mostrando transparência em suas ações através da
prestação de contas e agradecer aos contribuintes pelas doações e outras formas de ajuda.
Justificativa:
Dentro do quadro de crescimento do número de voluntários e parceiros, é de crucial
importância a realização de um evento de agradecimento pela dedicação e fidelidade à
Evolução Escola-Clínica. É importante também prestar conta do destino dado às suas
doações, porque quando o assunto é ONG, transparência é fator fundamental na sobrevivência
e manutenção do seu quadro de doações e voluntários.
Descritivos e mecânica:
O café da manhã será realizado na sede da Evolução Escola-Clínica. Durante o evento,
haverá uma exposição com a avaliação das metas da Instituição, bem como as futuras metas a
serem alcançadas, dando início a um novo desafio. Esta exposição visa demonstrar o destino
das próximas doações, de modo a não estacionar o crescimento da Instituição. Ainda neste
evento serão distribuídos através de sorteios, brindes produzidos no Clube de Mães mantidos
pela própria Instituição, que oferece cursos de artesanato e qualificação profissional, como
forma direta de agradecimento das mães pela atenção dispensada à Instituição e indiretamente
a seus filhos.
7.6. Programa “Reciclar conhecimentos é Evoluir”
Tipologia:
Palestra, curso ou treinamento.
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Público-alvo:
Público interno (direção, coordenação, equipe técnica, equipe de educadores,
estagiários, e voluntários) e público externo (parentes de alunos, comunidades e possíveis
investidores).
Período:
Trimestral, a ser realizada nos meses de março, julho e novembro.
Objetivo:
Informar, atualizar e esclarecer assuntos sobre temas diversos que influenciam no
desenvolvimento pessoal e intelectual de cada indivíduo que compõe a Evolução Escola-
Clínica, levantando novas visões e proporcionando novos aprendizados através de ciclos de
palestras, cursos e treinamento.
Justificativa:
Um dos quesitos básicos para o crescimento pessoal e intelectual do indivíduo é o
conhecimento. O conhecimento é um fator de suma importância, pois quanto mais se usa mais
se tem, e quanto mais se tem mais se pode ter. O desconhecimento de muitas pessoas sobre os
distúrbios de comportamento, entre eles o autismo, acaba por disseminar a discriminação e o
preconceito, gerando um afastamento completo de possíveis investidores e amigos desses
indivíduos portadores da síndrome.
Ainda hoje, o autismo é apenas parcialmente conhecido pelos médicos e totalmente
ignorado por grande parte da população. Por se tratar de um investimento de baixo custo, a
difusão do conhecimento, pode ser utilizado indefinidamente, com a possibilidade de servir de
base catalisadora para a aprendizagem de outros assuntos até mesmo em níveis mais elevados.
O investimento em informação é uma iniciativa chave a longo prazo, já que o seu
processo de transmissão e retransmissão é contínuo e eficiente. O treinamento e o uso
adequado das ferramentas disponíveis, bem como o entendimento sobre o ambiente em que a
Instituição está inserida, o planejamento das ações e o esclarecimento sobre as causas e os
efeitos desta síndrome, tornam-se temas de grande importância a serem abordados de forma
transparente para todos os públicos da Instituição, contribuindo de forma positiva para o
desenvolvimento humano, social e institucional.
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Descritivos e mecânica:
As palestras, cursos ou treinamentos serão realizados na sede da Evolução Escola-
Clínica, em uma sala já existente, e contará com a presença de um palestrante (contratado ou
voluntário) específico para cada tema abordado. O tempo definido para cada palestra, curso
ou treinamento é de no máximo uma hora. No mês de março os temas abordados serão ligados
ao empreendedorismo, inclusão digital, atendimento ao público, motivação e etc. Em julho o
tema em destaque será o esclarecimento sobre os distúrbios do comportamento, e contará com
a presença de especialistas da área de saúde. No mês de novembro, o desenvolvimento
sustentável, a economia e administração brasileira, assim como, o balanço das ações do ano
corrente e a elaboração do plano estratégico da Instituição serão levados ao público
participante do evento, para que todos possam realizar um intercâmbio de idéias e
experiências.
O evento será divulgado através de informativos fixados nos murais da Evolução, notas
de divulgação enviadas à imprensa, convite a ser enviado à comunidade local e possíveis
investidores, cartazes a serem colocados nos murais dos bares distribuídos por todo o bairro,
site da Instituição e site de relacionamento Orkut, envio de mala direta além do telemarketing.
No evento os convidados receberão folhetos, folders ou tablóides que falarão sobre os temas
abordados, além de participarem de um coffee break, possibilitando uma integração entre os
participantes.
Espera-se a presença de no mínimo 30 pessoas para cada palestra curso ou treinamento.
O público-alvo deste programa será estimulado a discutir temas em questão como
empreendedorismo, atendimento ao público, comunicação integrada, motivação, e temas
recentes sobre a administração, economia brasileira, desenvolvimento sustentável, síndrome
do comportamento – autismo e outras síndromes – e etc. Sugere-se que no convite seja
solicitada a participação do público-alvo através de doações (monetária, alimento, vestuário,
material escolar).
7.7. Programa “O poder do exemplo”
Tipologia:
Workshop
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Público-alvo:
Coordenação, equipe técnica, equipe de educadores, estagiários e voluntários da
Evolução e de ONGs do mesmo segmento.
Período:
Bimestral, nos meses de abril e outubro.
Objetivo:
Estreitar relacionamento com ONGs do mesmo segmento, estabelecendo um processo
de troca de experiências no que tange a metodologia de educação sócio-comunitária aplicada,
projetos/programas eficientes, eficazes e tendências.
Justificativa:
Algumas ONGs têm estímulos para exercer atividades e planejar ações, porém muitas
vezes o caminho errado põe a perder todo o esforço e dedicação exercidos. Assim, ONGs
mais experientes e que obtêm sucesso em suas ações demonstrarão como conseguiram
planejar, executar e colher bons frutos. Como conceitualmente a função de uma ONG é ajudar
a comunidade, as ONGs modelos convidadas, como APAE e Obras Assistenciais Irmã Dulce,
teriam, neste evento, a satisfação de compartilhar o segredo do sucesso com a Escola-Clínica
Evolução e demais convidadas, iniciando assim um processo de informação, estímulo e
evolução.
Descritivos e mecânica:
Inicialmente todos os participantes serão convidados a conhecer a Instituição, e a partir
daí, serão dirigidos ao espaço aberto e coberto da Evolução Escola-Clínica, onde acontecerá
um workshop de idéias. As ONGs convidadas indicarão os pontos positivos e negativos da
estrutura física e institucional da Evolução, expondo na seqüência as ações que deram certo
em suas ONGs e dicas de como planejar e estruturar melhor a Instituição. Ao final do
workshop, os convidados visitarão uma exposição de cartazes feitos pelos próprios alunos da
Evolução Escola-Clínica com a seguinte frase: “Ajudar é evoluir – Dê você também a sua
contribuição”, na qual poderão contribuir com uma quantia em dinheiro. Folhetos também
serão entregues contendo informações de conta bancária e outras formas para futuras doações.
O evento será divulgado através do site oficial, notas de divulgação enviadas à imprensa e
mailing list.
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7.8. Programa “Identificando amigos fiéis”
Tipologia:
Ação de fidelização através de mailing list.
Público-alvo:
Público interno (coordenação, equipe técnica, equipe de educadores, estagiários,
voluntários e alunos) e público externo (voluntários/doadores, visitantes e possíveis
investidores).
Período:
Ao longo de cada ano.
Objetivo:
Criar cadastros de pessoas da coordenação, equipe técnica, equipe de educadores,
estagiários, voluntários e alunos, mantendo-o sempre atualizado, bem como cadastros de
voluntários/doadores, visitantes e possíveis investidores, através do site, e eventos realizados
na Instituição como palestras, cursos, treinamentos e workshop.
Justificativa:
O estímulo e a lealdade à instituição, bem como uma humanização do contato com seus
clientes e comunidade em geral, proporcionam uma troca de valores que possibilita um ganho
social para ambas as partes. Com estes cadastros será possível a escola manter um mailing list
atualizado, tornando-se este imprescindível no desenvolvimento de estratégias de
telemarketing e comunicação dirigida, ferramentas que dão suporte ao marketing de
relacionamento e que detectam as necessidades e as oportunidades de captação de novos
recursos. Com os dados cadastrais a organização pode interagir, fidelizar e manter contato
com todos os seus públicos.
Descritivos e mecânica:
A cada início de ano todo o público interno atualizará seu cadastro diretamente com a
pessoa responsável do setor de administração. No ato da matrícula, os alunos novos, através
de seu responsável, preencherão uma ficha cadastral e os alunos veteranos atualizarão seus
dados já cadastrados. Voluntários/doadores, visitantes e possíveis investidores que se
52
apresentarem na Escola-Clínica, seja para fazer qualquer tipo de doação ou apenas para
visitar, também preencherão uma ficha cadastral simples, porém com informações de suma
importância para a organização como: nome, endereço, profissão, e-mail, telefones para
contato, dentre outros.
Através do mailing serão enviados boletins eletrônicos (News) mensais, com
informações sobre a Instituição e o seu trabalho, matérias esclarecedoras sobre as síndromes
de comportamento, eventos, balanços, destaques do mês, entre outros assuntos, com o
objetivo de esclarecer, divulgar, agradecer, aproximar e fidelizar seus doadores e parceiros.
7.9 Programa “Universidade parceira”
Tipologia:
Contratação de funcionários
Público-alvo:
Estudantes de universidades e faculdades de Salvador.
Período:
Imediato
Objetivo:
Aumentar o quadro de voluntários contratando estagiários da área de comunicação e
informática.
Justificativa:
A carência de recursos financeiros para contratar profissionais, experientes na área de
comunicação e informática, que possam contribuir de forma positiva para a execução das
ações do plano de comunicação, faz com que a comunicação da Evolução Escola-Clínica
torne-se vulnerável a pouca confiabilidade e desconhecimento da Instituição por parte do
público em geral. Isso porque, a credibilidade de uma ONG é percebida pela forma como ela
se comunica com os seus públicos. A desatualização do site, a não organização e não
atualização do mural, o relacionamento distante com a imprensa, formadores de opinião,
comunidade, investidores e etc, atrofiam o desenvolvimento da Instituição e por tal motivo
deve ser encarado como prioridade por parte da ONG. Seus funcionários deverão estar cientes
53
de sua importância enquanto difusores da imagem positiva da Evolução, e para isso deverão
contar com um profissional especializado, que possa intermediar o desenvolvimento de
habilidades fundamentais para o crescimento da Instituição.
Descritivos e mecânica:
O estagiário de comunicação será responsável pela criação e atualização de todas as
ferramentas de comunicação como: release, textos do portfólio, textos do material de
divulgação dos programas, relacionamento com a imprensa, atualização e disparo do mailing,
bem como, uso da marca, auxílio na organização dos eventos institucionais, estabelecer
parcerias com mídias e etc. Sugere-se a contratação de um estudante de Relações Públicas.
O estagiário de informática será responsável pela atualização do site, treinamento do
quadro de funcionários no que diz respeito ao uso das tecnologias e programas disponíveis,
manutenção dos equipamentos de informática e etc.
A contratação será intermediada por programas de estágio como o CIEE, tendo os
estagiários uma carga horária de 05 (cinco) horas/dia. O contrato será renovado a cada seis
meses, tendo a Instituição o compromisso de sempre manter os estagiários dentro da estrutura
organizacional da Evolução Escola-Clínica.
7.10 Programa “Divulgando a Evolução”
Tipologia:
Divulgação da Evolução Escola-Clínica para a sociedade em geral.
Público-alvo:
Sociedade em geral.
Período:
Ao longo de 2010.
Objetivo:
Aumentar a visibilidade da ONG junto à sociedade através dos meios de comunicação
de massa.
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Justificativa:
São poucas instituições que oferecem serviços como o da Evolução Escola-Clínica, em
contrapartida, existem muitas famílias que enfrentam o preconceito ou a falta de recursos para
educar indivíduos com distúrbios de comportamento. Através de uma divulgação eficaz será
possível apresentar à sociedade o papel e a importância da Evolução Escola-Clínica e, desta
forma, ampliar sua arrecadação, parcerias e atuação.
Descritivos e mecânica:
Através de parcerias com meios de comunicação como TVs, rádios e jornais, conseguir
inserções de entrevistas em programas e telejornais locais, entrevistas e spots institucionais
em programas e propaganda de rádio, entrevistas e banners institucionais em jornais
impressos. Em contrapartida incluir a marca dos parceiros em materiais de divulgação, vídeos
institucionais, site, uniformes, citação em todas as entrevistas e eventos que a ONG participar.
Utilizar os meios de comunicação simultaneamente para que um reforce o outro ampliando
seu alcance. Aproveitar o mês de aniversário da Instituição para facilitar o enfoque
institucional.
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8 AÇÃO REALIZADA
8.1 Programa de Identidade Visual
Tipologia:
Alteração de Identidade Visual da Escola-Clínica (ver pág. 72).
Público-alvo:
Sociedade em geral.
Período:
Abril de 2009.
Objetivo:
Alterar a marca da Evolução.
Justificativa:
A marca existente não está condizente com o nome da Escola-Clínica Evolução. A
borboleta simboliza a transformação, a liberdade e a alegria em suas cores. A borboleta
desenhada na marca está enclausurada em um quadrado, impossibilitando o vôo e a evolução
da mesma, além de apresentar-se apenas na cor azul.
Descritivos e mecânica:
Através de parceria com o diretor de criação Jader Felix foi alterada a marca da
Evolução, sem qualquer ônus, de acordo com as considerações destacadas pela presidente da
Escola-Clínica, que solicitou um desenho de uma borboleta em movimento, livre e colorida.
Após aprovação da mesma, a nova marca passou a estar inserida nas ações acima planejadas.
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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em meio ao grande universo de ONGs e a crescente dificuldade em mobilizar recursos
para as suas atividades, é indiscutível a importância da comunicação integrada, como forma
de alcançar objetivos estratégicos de marketing, bem como consolidar sua imagem
institucional perante seus públicos-alvo, na busca de crescentes evoluções organizacionais.
Estruturar a comunicação para que lhe traga resultados favoráveis, possibilita a
consolidação de uma imagem institucional positiva, gera credibilidade, e, por conseqüência,
aumenta o rol de novos voluntários. Esses quesitos são de suma importância para qualquer
instituição, principalmente quando se trata de organizações não-governamentais.
A Evolução Escola-Clínica desenvolve um trabalho social de fundamental importância
para a comunidade em que está inserida, porém precisa obter um reconhecimento desta, no
que se refere às suas atividades. Para isso, a divulgação direcionada a seus públicos-alvo de
material fotográfico, histórico da instituição, ações planejadas e executadas, eventos
realizados, dentre outros, tornam a instituição conhecida e receptora de recursos.
Elaborar um plano de comunicação integrada tem como objetivo principal auxiliar a
Escola-Clínica no que tange a divulgação da imagem institucional, reconhecimento do
público e criação de novas estratégias para a captação de recursos, justificando que ações de
comunicação podem trazer sustentabilidade e visibilidade para esta organização.
De forma indireta, ações de divulgação de imagem, ações que envolvam a comunicação
como forma de integrar beneficiários, voluntários e colaboradores ao ambiente da
organização, ou que proporcionem conhecimento e informação, transformam o público
interno em multiplicadores das ações da instituição da qual fazem parte, e por conseqüência
contribuem para que esta, alcance seus objetivos.
Por tudo isso, as ações aqui propostas têm a captação de recursos, a divulgação da
imagem, o aumento do número de parceiros como objetivos principais e imprescindíveis para
a continuidade e concretização dos inúmeros projetos de crescimento almejados pela
Evolução Escola-Clínica.
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