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Plano de Estruturação do Parque da Pedra Branca Levantamento, Mapeamento e Caracterização Sócio-Econômica da População Residente BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental

Plano de Estruturação do Parque Estadual da Pedra Branca

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Plano de Estruturação do Parque Estadual da Pedra Branca

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Plano deEstruturação

do Parqueda Pedra Branca

Levantamento,Mapeamento eCaracterização

Sócio-Econômicada População Residente

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EDITORIA

Coordenação Editorial

Conselho Editorial

Assessoria de Comunicação

Projeto e diagramação

Foto da capa

Impressão

[email protected](21) 2570-0926

Tiragem exemplares

Autoriza-se a reprodução total ou parcial desta edição, desde que citada a fonte.

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SumárioAPRESENTAÇÃO ...............................................................................................................................................11

1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS ..................................................................................................................... 13

2. LEVANTAMENTO, MAPEAMENTO E CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA DA POPULAÇÃO RESIDENTE ................................................................................................................................................... 13

2.1. Mapeamento digital das ocupações no interior do PEPB ......................................................................... 14

2.1.1. Procedimentos metodológicos adotados ............................................................................................. 14

2.1.2. Resultados obtidos .............................................................................................................................. 15

2.1.2.1. Análise temporal das ocupações, por sub-bacia hidrográfica: período de 1999 a 2004 ............... 17

a) Bacias da Vertente Leste-Sul: ............................................................................................................. 17

b) Bacias da Vertente Norte: ................................................................................................................... 17

c) Bacias da Vertente Oeste: ................................................................................................................... 17

2.2. Caracterização do perfil sócio-econômico da população residente no PEPB ........................................... 24

2.2.1. Procedimentos metodológicos adotados ............................................................................................. 24

2.2.2. Resultados obtidos .............................................................................................................................. 25

2.2.2.1. População da vertente leste-sul (Gráficos 2.1) ............................................................................. 25

2.2.2.2. População da vertente norte (Gráficos 2.2) ................................................................................... 28

2.2.2.3. População da vertente oeste (Gráficos 2.3) ................................................................................... 29

3. IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE SINALIZAÇÃO NOS LIMITES E LOCAIS ESTRATÉGICOS NO PEPB ............................................................................................................................................................... 33

3.1. Indicação dos locais de posicionamento das placas .................................................................................. 33

3.2. Critérios de seleção e ordenamento das mensagens ................................................................................. 34

3.2.1. Sinalização Externa à Unidade de Conservação – SE ........................................................................ 34

3.2.1.1. Placa de identificação da direção e distância dos limites ............................................................. 34

3.2.1.2. Para placas ao longo das divisas (cota 100 m) para identificação dos limites da unidade de con-servação ........................................................................................................................................ 35

3.2.1.3. Sinalização Interna à unidade de conservação – SI ...................................................................... 37

a) Para placas de sinalização a partir dos limites do PEPB (cota 100 m) .............................................. 37

b) Para placas de sinalização dentro do PEPB (acima cota 100 m), em trilhas e caminhos. ................. 37

3.2.2. Mapa digital da localização dos pontos de alocação das placas de sinalização (mapas em anexo – formato A0) ......................................................................................................................................... 43

3.2.2.1. Localização das placas de sinalização através do uso de SGI ...................................................... 43

3.2.2.2 – Relatório fotográfico ................................................................................................................... 43

3.2.2.3 – Relatório fotográfico ................................................................................................................... 49

4. PROPOSTA E IMPLANTAÇÃO DE AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA AS COMUNIDADES RESIDENTES ................................................................................................................................................. 55

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4.1. Estruturação e implementação de reuniões comunitárias ......................................................................... 55

4.1.1. Primeira reunião comunitária de educação ambiental ........................................................................ 55

4.1.1.1. Principais resultados obtidos ........................................................................................................ 55

4.1.2. Segunda reunião comunitária de educação ambiental ........................................................................ 55

4.1.2.1. Principais resultados obtidos ........................................................................................................ 55

4.1.3. Terceira reunião comunitária de educação ambiental ......................................................................... 56

4.1.3.1. Principais resultados obtidos ....................................................................................................... 56

4.2. Elaboração e distribuição de material didático (folder, cartazes e cartilha) ............................................. 56

4.3. Estruturação e implementação de mini-curso de capacitação comunitária .............................................. 56

4.3.1. Escopo das atividades ......................................................................................................................... 56

4.3.1.1. Introdução e objetivos ................................................................................................................... 56

4.3.1.2. Público alvo .................................................................................................................................. 56

4.3.1.3. Duração e data de início ............................................................................................................... 57

4.3.1.4. Módulos educativos e seu conteúdo ............................................................................................. 57

4.4. Relatório fotográfico dos eventos realizados ............................................................................................ 57

a) Primeira Reunião Comunitária na Sede do PEPB (Taquara) ............................................................. 57

b) Segunda Reunião Comunitária na Sede do PEPB (Taquara). ............................................................ 58

c) Terceira Reunião Comunitária na Associação de Moradores do Rio de Prata (Campo Grande). ...... 58

d) Curso de capacitação da população – módulo educativo referente à prevenção dos efeitos das chuvas de verão sobre as encostas e rios e purificação dos corpos d’ água. ................................................... 59

5. LEVANTAMENTO FUNDIÁRIO .................................................................................................................. 61

5.1. Considerações Iniciais .............................................................................................................................. 61

5.2. Levantamento e mapeamento das terras públicas estaduais no interior do PEPB .................................... 62

5.2.1. Procedimentos adotados ...................................................................................................................... 62

5.2.2. Identificação e localização das propriedades do Estado ..................................................................... 63

5.3. Identificação e avaliação cartorial das propriedades particulares ............................................................. 64

5.3.1. Procedimentos adotados ...................................................................................................................... 64

5.3.2. Identificação e localização das propriedades particulares (mapeamento) .......................................... 64

5.4. Considerações finais .................................................................................................................................. 65

6. VALORAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS AMBIENTAIS E PROPOSTA DE AUTO-SUSTENTABILIDADE DO PARQUE ESTADUAL DA PEDRA BRANCA (PEPB) .......................................................................... 67

6.1. Infraestrutura geral do PEPB .................................................................................................................... 67

6.1.1. Infraestrutura física e de equipamentos .............................................................................................. 67

6.1.2. Infraestrutura operacional ................................................................................................................... 70

6.2. Principais atividades em desenvolvimento ............................................................................................... 70

6.2.1. Caminhadas ecológicas ....................................................................................................................... 70

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6.2.2. Cursos e Oficinas de Educação Ambiental ......................................................................................... 70

6.2.3. Projeto “Floresta em Movimento” ...................................................................................................... 70

6.2.4. Levantamento da Avifauna .................................................................................................................. 70

6.2.5. Pareceres Técnicos .............................................................................................................................. 72

6.2.6. Projetos de Sinalização Educativa sobre o PEPB ............................................................................... 72

6.3. Os usuários atuais e futuros do PEPB ....................................................................................................... 74

6.3.1. Escolas da Rede Pública e Privada ..................................................................................................... 74

6.3.2. Trilheiros e Caminhantes em Geral ..................................................................................................... 74

6.3.3. Pesquisadores e Estudantes Universitários ......................................................................................... 74

6.4. Definição de Indicadores Ambientais ....................................................................................................... 74

6.4.1. Número de visitantes/mês ................................................................................................................... 74

6.4.1.1. Número de visitantes no Pau da Fome (sede) em 2004 ................................................................ 75

6.4.1.2. Número de visitantes no Camorim (subsede) em 2005 ................................................................ 79

6.4.2. Percentual de área desmatada/ano/bacia hidrográfica ......................................................................... 82

6.4.3. Número de edificações/ano/bacia hidrográfica ................................................................................... 82

7. PROPOSIÇÃO DE NOVAS AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE DO PARQUE ESTADUAL DA PEDRA BRANCA (PEPB) ........................................................................................................................................... 85

7.1. Seminários de Discussão e Avaliação dos Trabalhos em andamento ....................................................... 85

7.2. Criação de um Conselho Gestor do Parque .............................................................................................. 85

7.3. Criação de Novas Sub-sedes ..................................................................................................................... 85

7.4. Criação de um Centro de Pesquisas e Investigações Científicas e de uma Biblioteca ............................. 85

7.5. Realização de Novos Projetos de Reflorestamento ................................................................................... 85

7.6. Projeto de Revitalização de Trilhas ........................................................................................................... 86

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................................. 93

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APRESENTAÇÃO

O presente relatório constitui-se no produto final do Plano de Estruturação do Parque Estadual da Pedra Branca, em atendimento ao edital CVT no 007/2002 FEEMA/BID, realizado no âmbito dos Programas Complementares – PAC do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara – PDBG.

Ele é composto de sete capítulos contendo, cada um, os principais resultados obtidos nas atividades previstas no termo de referência destinado a elaboração do referido plano.

O capítulo 1 apresenta os principais objetivos do Plano de Estruturação, bem como as dificuldades encontradas durante a sua realização.

Do capítulo 2 constam: o levantamento, mapeamento e caracterização sócio-econômica da população residente no interior do Parque Estadual da Pedra Branca, com base em dados obtidos em gabinete (análise de imagem de satélite) e em campo (avaliação amostral da população).

O capítulo 3 apresenta o sistema de sinalização proposto para 100 pontos localizados no interior e periferia pró-xima ao Parque, enfocando aspectos educativos e de localização. Todas as informações geradas se constituíram num banco de dados, conforme poderá ser visto, detalhadamente, em sua metodologia.

O capítulo 4 contempla algumas ações de educação ambiental implementadas junto às comunidades residentes no interior do Parque, bem como sugestões de novas ações voltadas, principalmente, à conservação do meio am-biente local e das placas de sinalização implantadas.

O capítulo 5 aborda a questão fundiária, naquilo que foi possível de ser avaliado, em decorrência dos entraves (em sua grande maioria, burocráticos) encontrados no decorrer do desenvolvimento dos trabalhos.

O capítulo 6 apresenta a infra-estrutura atualmente existente no Parque Estadual da Pedra Branca e a valoração geral dos bens e serviços disponíveis.

O capítulo 7 propõe ações que conduzam à auto-sustentabilidade da unidade de conservação.

Por fim, foram apresentadas, no capítulo 8, as referências bibliográficas utilizadas no decorrer dos trabalhos e, ao final do presente relatório, os documentos considerados relevantes, apresentados como anexo.

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do crescimento da população de toda a cidade do Rio de Janeiro e de seu gradual avanço para as áreas ele-vadas do município. De certa forma, esse avanço foi facilitado pela imposição das características físicas da cidade, particularmente de seu relevo: presença de es-treitas baixadas, circundadas por maciços litorâneos (COSTA, 1986).

Segundo COSTA (1997), o processo de ocupação das partes mais altas da cidade do Rio de Janeiro é cen-tenário, e aponta como um dos grandes catalisadores do processo de industrialização, principalmente após 1945, quando começou a tornar crítico o já saturado espaço urbano carioca. De forma paralela, grandes movimentos migratórios dos estados nordestinos e das regiões mais pobres de Minas Gerais, desembarcaram no Rio de Janeiro. Essa massa de imigrantes, profis-sionalmente desqualificada e sem recursos financei-ros, começou a se dirigir para as áreas mais pobres. Espremida entre o mar e a montanha, a população avançou em direção às suas elevações, constituindo núcleos de excluídos (cortiços, favelas, cabeças de porco entre outros).

MARICATTO (1996) apud COSTA (2002), levantou que entre 1940 e 1980, a população urbana da cidade do Rio de Janeiro, passou de 26,3% para 68,7% e uma parcela considerável dessa população viu seus salá-rios serem achatados, ao mesmo tempo em que come-çou a sentir o déficit de moradias e a pressão sobre o preço dos aluguéis dos imóveis. A conseqüência foi o aumento da população ilegalmente estabelecida. Essa mudança contribuiu para o adensamento dos núcleos de excluídos já estabelecidos ou criou novos núcle-os populacionais ilegais, na medida em que o poder público declarou-se impossibilitado de equacionar o problema no curto prazo. Ainda COSTA (2002), acrescenta que desta forma, os novos espaços ocupa-dos foram-se ampliando, em detrimento do compro-metimento crescente de seus recursos naturais, e as áreas elevadas, passaram a receber o novo contingen-te populacional, começando a perder suas florestas e a ver seus recursos hídricos vulneráveis. As áreas escolhidas para invasão, de alguma forma, configu-ram-se, hoje, como espaços legalmente protegidos: são encostas íngremes, muitas delas consideradas de risco de deslizamentos e margens de rios. Ambas se encontram sob proteção legal, ou por Parques ou pelo Código Florestal. Elas se constituem em locais ex-tremamente atraentes às ocupações ilegais. As terras urbanas pertencentes ao poder público tornaram-se

1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

Nos últimos meses, o Parque Estadual da Pedra Bran-ca vem passando por transformações significativas, no que diz respeito ao manejo de seus recursos naturais.

Localizado no centro da segunda maior metrópole brasileira, congrega a maior floresta urbana do mun-do, estando esta ameaçada pela forte pressão antrópi-ca exercida pelo seu entorno, desencadeando sérias conseqüências sócio-ambientais. Trata-se de uma uni-dade de conservação urbana em área de franca expan-são populacional advinda das baixadas (interiorana e litorânea).

Apesar de seus trinta anos de existência, o Parque ainda não possui plano de manejo que contemple as diretrizes básicas de conservação ambiental e de con-dução de atividades em seu interior.

Vários estudos de cunho acadêmico e prático já fo-ram desenvolvidos, no sentido de contribuir para o seu efetivo manejo. Procurando preencher algumas lacunas apresentadas pelos estudos até então reali-zados buscou-se, através do Plano de Estruturação, gerar novos conhecimentos, bem como propor ações à luz das novas informações geradas, que levem ao efetivo manejo da maior (e segunda mais importante) área protegida do município do Rio de Janeiro.

Assim sendo, as atividades que foram realizadas e que fazem parte do presente relatório, estão ligadas a três questões básicas, cuja solução/implementação são fundamentais à conservação e sobrevivência da flora e fauna do Parque, quais sejam: levantamento fundiário, cadastro dos ocupantes de seu interior (as-sociado ao perfil sócio-econômico) e colocação de placas orientadoras, associada à educação ambiental.

Estamos certos que os resultados e produtos aqui apresentados estão longe de esgotar o conhecimento pleno, necessário à resolução dos diversos problemas que atingem o Parque da Pedra branca, mas acredita-mos ser mais uma contribuição ao processo manuten-ção dos remanescentes de Mata Atlântica da região, assim como no manejo participativo, através da inser-ção comunitária, do seu meio físico-biótico.

2. LEVANTAMENTO, MAPEAMENTO E CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA DA POPULAÇÃO RESIDENTE

A questão da ocupação populacional recente no maci-ço da Pedra Branca está inserida no contexto histórico

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alvos de constantes invasões, por não haver resistên-cia por parte do proprietário, que em muitos casos, se trata do Estado, Município ou a própria União, para impedir a ocupação. Essa situação se constitui em fato comum às áreas de proteção ambiental localiza-das nos centros urbanos, ou próximas a eles.

Ao observar o comportamento de Unidades de Con-servação (UC) localizadas em áreas urbanas, COSTA (2002), afirma que praticamente todas passam por esse problema, que consiste na pressão populacional sobre seus limites, na busca de espaço para fixar re-sidência. A diferença reside na capacidade de suporte de cada uma à pressão exercida. Esta é a situação do Parque Estadual da Pedra Branca. Se comparado ao Parque Nacional da Tijuca, a ocupação é bem me-nor. Contudo, as áreas contíguas aos bairros de maior densidade ou crescimento populacional, tais como, Campo Grande, Realengo, Bangu e Senador Cama-rá (vertentes norte e oeste do parque), vêm sofren-do forte pressão das ocupações irregulares sobre as encostas já bastante degradadas. Como mostram os estudos realizados em 1997 (UERJ EM QUESTÃO, 1998), quando COSTA aplicou questionários nas co-munidades dentro e no interior do PEPB e percebeu que Jacarepaguá, Bangu, Campo Grande e Barra da Tijuca – moravam, indevidamente, cerca de três mil pessoas, residentes em mais de mil casas, onde, já na-quela época, era visível no PEPB que:

“(...) o principal problema é a favela Pau da Fome que está situada dentro do parque, com 120 casas. As favelas Santa Maria, São Sebastião e Frederico Faulhaber estão avançando consideravelmente, so-mando mais de 70 casas. ‘A favela Cosme Damião, com 1.100 casas, só não avançou graças ao reflores-tamento feito pela Prefeitura’ (...)”.

2.1. MapeaMento digital das ocupações no interior do pepB

Desde a sua criação, em 1974, o Parque Estadual da Pedra Branca vem apresentando uma população cres-cente em seu interior. Não se têm dados concretos so-bre o total de residências existentes naquela época, estima-se que fosse menos de 10% do total de resi-dências registrado em 2004. De acordo com COSTA (1997), provavelmente mais concentradas em suas partes mais baixas e menos íngremes. Assim sendo, torna-se fundamental a atualização criteriosa e pre-cisa do número de edificações (ocupações residen-ciais e não-residenciais: sítios, chácaras e comércio

em geral), a partir do uso de dados de sensoriamento remoto, bem como a caracterização da população re-sidente.

A contagem aproximada das ocupações foi realizada em micro-bacias hidrográficas, conforme mostra o mapa 2.1. A partir dele foi possível fazer uma aná-lise temporal do avanço da ocupação no interior do Parque, comparativamente aos dados encontrados por COSTA (2002), obtidos a partir das ortofotos digitais de 1999, conforme será detalhado no item subseqüen-te. Estas informações são de suma importância para subsidiar ações de controle do avanço das ocupações, bem como dos impactos dele decorrentes, a curto, médio e longo prazos, por parte da Administração.

2.1.1. Procedimentos metodológicos adotados

Na presente análise, os dados de ocupação da área em estudo, foram obtidos e analisados respeitando a di-visão do maciço da Pedra Branca, por vertentes e ba-cias hidrográficas. Para tanto, contou com: pesquisas bibliográficas (artigos, periódicos, acervo público); trabalho de fotointerpretação das ortofotos digitais na escala de 1:10.000 (Instituto Municipal de Urbanis-mo Pereira Passos – IPP, 1999) e de imagem orbital do satélite SPOT-5 (02/02/2004, comp. 2,5m color, id: 722/396), bem como a leitura de mapas temáticos pré-existentes, construídos por COSTA (2002).

Nos casos onde a identificação não foi possível (casas encobertas pela vegetação), bem como para as fei-ções que apresentaram dúvidas quanto a sua natureza, checou-se através de levantamentos de campo, entre os meses de fevereiro a setembro de 2004, utilizando o Sistema de Posicionamento Global – GPS (Global Positioning System) e altímetro eletrônico. Em etapa posterior, foi utilizado um Sistema de Informação Ge-ográfica – SIG, por intermédio do Software ArcView GIS 3.2 (ESRI), através do qual foi possível vetorizar e disponibilizar as feições de interesse.

Convém ressaltar que os valores a seguir apresentados podem apresentar pequena margem de erro conside-rando que, em campo, as aferições de altimetria (que indicam a cota exata do parque, qual seja, 100 m) e de localização de algumas edificações foram feitas com equipamentos que, por si só, apresentam o chamado “erro de efeméride” (EPS). Paralelamente, em alguns locais onde o acesso foi inviabilizado, a exemplo da trilha do Pico da Pedra Branca (mantida fechada pela administração), não foi possível obter a confirmação

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de algumas ocupações.

Outro fato que se deve levar em conta é que algumas edificações identificadas na imagem de satélite podem se constituir em mais de uma construção (casas con-tíguas). Para que tal dúvida fosse descartada haveria a necessidade de efetuar vistorias em todas as edifica-ções mapeadas, o que seria inviável no presente pro-jeto, com os recursos obtidos para a sua realização.

Mesmo admitindo-se essas possíveis falhas, o impor-tante é que, com os dados obtidos, será possível dis-tinguir aquelas áreas onde a progressão da ocupação está aumentando de forma mais significativa e subsi-diar as ações de fiscalização e controle do avanço da ocupação.

2.1.2. Resultados obtidos

A partir do mapeamento realizado, foi possível ob-servar que a concentração populacional no maciço da Pedra Branca se apresenta crescente da porção oeste para leste, nas encostas voltadas para o maciço da Ti-juca (mapa 01).

Considerou-se como vertente leste-sul as encostas voltadas para a baixada de Jacarepaguá e maciço da Tijuca. Nela, o contingente populacional encontra-se irregularmente distribuído pelas sub-bacias, sendo que aquelas que estão voltadas para o maciço da Tiju-ca (pertencente à Região Administrativa de Jacarepa-guá) são as mais densamente ocupadas. Em 1999, ha-via um total de 357 edificações, valor ampliado com a chegada de 21 novas edificações, somente dentro da área do Parque, até o ano de 2004, totalizando 378 (crescimento de 5,88%). Destacam-se as sub-bacias dos rios Grande e Pequeno que, juntas, comportam 132 edificações (56% do total da vertente), seguida da sub-bacia do rio do rio Camorim, com 10,6%, eviden-ciando o reflexo da expansão da cidade em direção a zona oeste.

A vertente norte é a área do Parque que sofre a maior pressão populacional. Nela, é possível notar a presen-ça de ocupação ao longo de toda sua periferia, volta-da para os bairros já densamente ocupados de Ban-gu, Realengo, Senador Camará e Sulacap. Segundo COSTA (2002), no ano de 1996, a vertente já sofria a pressão de mais de 10.000 casas em sua periferia (en-tre as cotas 50 e 100m), distribuídas de maneira densa e desigual. No ano de 1999, havia 133 edificações, e 18 novas registradas até 2004, somente dentro da área do Parque, totalizando 151 edificações (crescimento

de 13,53%). Inúmeras causas podem estar relaciona-das a esse fato, dentre elas destacam-se: (a) a natureza do quadro físico, principalmente a topografia da área (encostas mais suaves e regulares), (b) a vegetação menos densa (não recebe a umidade do mar) e, em al-guns locais, a sua inexistência, tornando essa vertente mais favorável à ocupação humana; (2) a demanda por espaços residenciais, associada à falta de uma política de planificação urbana da cidade, particular-mente na zona oeste, considerada a área de expansão populacional de toda a cidade do Rio de Janeiro.

Na vertente oeste, nota-se um quadro diferenciado das demais: é semelhante à vertente norte no quantitativo da ocupação populacional e diferente na distribuição desta, pois apresenta ocupação periférica bem mais reduzida. Segundo COSTA (2002) isso, de certa for-ma, se deve as características urbano-rurais que essa região ainda apresenta, num processo de transforma-ção nitidamente marcante que a área vem sofrendo, nas últimas décadas. É importante assinalar que o perfil dos residentes reforça essa afirmativa, onde se verificou que a busca pelas encostas elevadas do Par-que, traduz-se na demanda por novas áreas de lazer e descanso, diferentemente do que ocorre nas demais vertentes do maciço, conforme será mostrado no pró-ximo capítulo. Ainda nesta mesma vertente, encontra-se uma estrada cortando o maciço de NE-SW, trata-se da estrada das Taxas, que liga os bairros de Campo Grande a Guaratiba, e vem propiciando um grande avanço da ocupação para o interior do Parque. Este fato pode ser comprovado através da análise do mapa 01, onde se nota a presença de 263 edificações no ano de 1999 e o surgimento de novas 23 edificações (so-mente dentro da área do Parque) até o ano de 2004, totalizando 286 edificações (crescimento de 8,75%).

Em termos gerais, pode-se dizer que o PEPB apresen-tava em 1999 um total de 753 edificações, tendo re-cebido até o ano de 2004, mais 62 novas edificações, totalizando 815 edificações, crescimento médio, para o período de 8,23% de edificações.

A figura 2.1 mostra um mapa de síntese das ocupações (edificações) por micro-bacias, no interior do PEPB.

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Figura 2.1 – Mapa esquemático das ocupações por edificações, no interior do PEPB.

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2.1.2.1. Análise temporal das ocupações, por sub-ba-cia hidrográfica: período de 1999 a 2004

Analisando a ocupação por sub-bacias, ao longo dos anos de 1999 e 2004, algumas considerações impor-tantes podem ser destacadas.

Convém lembrar que os valores utilizados no presen-te item, para edificações dentro de sub-bacias, para os anos de 1999 a 2004, se referem, exclusivamente, aquelas presentes dentro do PEPB, ou seja, acima da cota 100 metros.

a) Bacias da Vertente Leste-Sul:

Como foi visto no item anterior, esta vertente foi a que apresentou menor crescimento populacional no período estudado (1999-2004), na ordem de 5,88%. No presente item, identifica-se como se apresenta este crescimento nas principais sub-bacias hidrográficas da vertente (figuras 2.1.1 a 2.1.5).

Em primeiro lugar, destaca-se que, de acordo com as taxas de crescimento das edificações, a sub-bacia de Vargem Pequena, que apresentava 7 edificações em 1999, foi acrescida de 2 novas edificações até o ano de 2004, totalizando 9 edificações (crescimento de 22,22%). Em segundo lugar, destaca-se a sub-bacia do rio Camorim, onde em 1999 havia 36 edificações, sendo acrescida de 4 edificações até o ano de 2004, totalizando 40 edificações (crescimento de 11,11%). Em terceiro lugar, a sub-bacia Teixeiras (ocupações Boiúnas e Santa Maria), que em 1999, registrava 27 edificações, tendo surgido mais 2 edificações até o ano de 2004, totalizando 29 edificações (crescimento de 7,4%). Em quarto lugar, a sub-bacia do rio Peque-no, contando em 1999 com 76 edificações e acres-cida de 4 edificações até o ano de 2004, totalizando 80 edificações (crescimento de 5,26%) e participação no toda da vertente de 21,2%. Em quinto lugar, mais responsável pela maior parte das edificações dentro da vertente (34,9%), está a sub-bacia do rio Grande, que em 1999, comportava 128 edificações e foi acres-cida de 4 edificações até o ano de 2004, totalizando 132 edificações (crescimento de 3,12%). As demais sub-bacias apresentaram valores pouco expressivos de incremento populacional.

b) Bacias da Vertente Norte:

Ao contrário da vertente leste-sul, a vertente norte foi a que apresentou maior crescimento populacional no

período estudado (1999-2004), na ordem de 13,53%. Analisando as figuras (2.1.6 a 2.1.10) pode-se notar a distribuição espacial desta ocupação ao longo das principais sub-bacias.

Entre as sub-bacias que apresentaram maior cresci-mento percentual de edificações, destacam-se: a do rio Tibagi (ocupações: Tibagi; Santo André; Divisa e Sandá), essas comunidades, juntas, em 1999, compor-tavam 31 edificações e foram acrescidas de mais 10 edificações até o ano de 2004, totalizando 41 edifi-cações (crescimento de 32,25%). Em segundo lugar, aparece a sub-bacia do rio das Tintas (ocupação: Car-dosos), onde em 1999 foi verificada a presença de 24 edificações, e teve acréscimo de mais 4 edificações até o ano de 2004, totalizando 28 edificações (crescimen-to de 16,7%). Em terceiro, segue a sub-bacia Viegas (ocupações: Viegas; Registro e Caminho do Gago), essas comunidades apresentavam em 1999, um total de 24 edificações, tendo recebido até o ano de 2004, mais 2 edificações, totalizando 26 edificações (cres-cimento de 8,33%). A sub-bacia do rio Piraquara, em 1999 contava com 16 edificações e passou a contar com 17 edificações em 2004 (crescimento de 6,25%). A sub-bacia do rio Caranguejo (ocupações: Teixeiras e rua A), que em 1999 contava com 22 edificações e em 2004 passou a contar com 23 edificações (cresci-mento de 4,5%). As demais sub-bacias apresentaram valores pouco expressivos de incremento populacio-nal.

c) Bacias da Vertente Oeste:

Esta vertente apresentou crescimento intermediário, como visto anteriormente, em relação às demais ver-tentes, contando, em 1999, com 263 edificações. Teve um acréscimo de 23 novas edificações até o ano de 2004, totalizando 286 edificações (crescimento de 8,75%).

Analisando as principais sub-bacias (figuras 2.1.11 a 2.1.13), verifica-se a localização dos principais ve-tores. A maior taxa de crescimento foi verificada na sub-bacia do rio Lameirão (ocupações: Gago e Ca-minho do Gago), onde 1999, contava com 18 edifica-ções, recebendo mais 4 edificações até o ano de 2004, totalizando 22 edificações (crescimento de 22,22%). Com expressivos 51,75% do total de edificações da vertente oeste, está a sub-bacia do rio dos Caboclos (ocupação: Estrada das Taxas), que em 1999 contava com 132 edificações e recebeu acréscimo de 16 novas edificações até o ano de 2004, totalizando 148 edifi-

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Figura 2.1.2 - Sub-bacia do rio Camorim: ocupação – Camorim.

Figura 2.1.1 - Sub-bacia do rio da Vargem Pequena: ocupação – Vargem Pequena.

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Figura 2.1.4 - Sub-bacia do rio Pequeno: ocupação – Rio Pequeno.

Figura 2.1.3 - Sub-bacia Teixeiras: ocupações – Boiúnas e Santa Maria.

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Figura 2.1.6 - Sub-bacia do rio Tibagi: ocupações – Tibagi; Santo André; Divisa e Sandá.

Figura 2.1.5 - Sub-bacia do rio Grande: ocupações – Pau da Fome e Quilombo.

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Figura 2.1.8 - Sub-bacia Viegas: ocupações – Viegas; Registro e Caminho do Gago.

Figura 2.1.7 - Sub-bacia do rio das Tintas: ocupação – Cardosos.

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Figura 2.1.10 - Sub-bacia do rio Caranguejo: ocupações – Teixeiras e rua A.

Figura 2.1.9 - Sub-bacia do rio Piraquara: ocupação – Piraquara.

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Figura 2.1.12 – Sub-bacia do rio dos Caboclos: ocupação - Estrada das Taxas.

Figura 2.1.11 - Sub-bacia do rio Lameirão: ocupações – Gago e Caminho do Gago.

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cações (crescimento de 12,12%). Em terceiro lugar em taxa de crescimento está a sub-bacia de Guaratiba, que, em 1999, contava com 31 edificações e recebeu mais 3 edificações até o ano de 2004, totalizando 34 edificações (crescimento de 9,68%). As demais sub-bacias apresentaram valores pouco expressivos de incremento populacional e suas informações poderão ser vistas no mapa 2.1 em anexo.

2.2. Caracterização do perfil sócio-econômico da população residente no PEPB

De acordo com COSTA (2002), a importância em se traçar características gerais da população residente no interior do PEPB, visa não somente o controle do efetivo demográfico em seu interior - já que a ocu-pação humana, nesta categoria de Unidade de Con-servação, é proibida - mas também, tornar possível a

Figura 2.1.13 - Sub-bacia Guaratiba: ocupação – Barra de Guaratiba.

compreensão dos aspectos importantes do cotidiano dessas comunidades. Isso servirá, não apenas para nortear a implementação de medidas de controle das principais ações de degradação ambiental que a Uni-dade de Conservação vem sofrendo por parte dessa população, que tanto necessita de ações de curtos e médios prazos, mas também, direcionar os trabalhos de educação ambiental que, inclusive, já estão sendo implantados, através de mini-cursos, oficinas, treina-mentos em geral, visando a formação e capacitação de uma mão-de-obra local, comprometida com as ques-tões inerentes ao seu local de residência – o Parque.

2.2.1. Procedimentos metodológicos adotados

As técnicas aplicadas para construir a caracterização do perfil sócio-econômico da população residente no PEPB, seguiu a mesma metodologia proposta por

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COSTA (1997), quando da realização do levantamen-to de seus ocupantes e o cadastramento das residên-cias, através de levantamentos de campo, realizados no período de setembro de 1995 a dezembro de 1996. O atual levantamento foi realizado no período de fe-vereiro a setembro de 2004 e não teve a intenção de fazer um cadastramento das residências e sim uma análise (em alguns aspectos, comparativa ao período anterior), através da aplicação de um questionário, do perfil sócio-econômico da população residente no PEPB. Procurou-se manter a representatividade das amostras de cada micro-bacia e sua respectiva verten-te, no conjunto de residências de todo o Parque (cerca de 15% do total de residências foram consultadas – o valor total das edificações foi levantado por técnicas de sensoriamento remoto aéreo e orbital, posterior-mente aferidos em campo). Assim, para cada unidade considerada (micro-bacia), foram aplicados números diferentes de questionários, cuja distribuição em cam-po foi feita pelo sistema de amostragem em área. O conteúdo do questionário foi debatido com a equipe responsável e, posteriormente, aferido nas primeiras três visitas a campo, permitindo chegar à versão fi-nal.

Os valores foram computados tendo como unidade espacial de avaliação, a sub-bacia hidrográfica, con-forme mencionado. Esse critério obedece à tendência atual de considerá-la a melhor unidade de planeja-mento e gestão territorial/ambiental, em consonância com as diretrizes inicialmente adotadas pelo IEF/RJ, para o manejo de determinados parâmetros ambien-tais das Unidades de Conservação sob sua adminis-tração, dentre eles o crescimento populacional no seu interior.

O questionário se apresenta estruturado em três par-tes, de maneira a proporcionar o conhecimento das características daquele segmento da sociedade, con-tribuindo para as atividades de estruturação do Parque e implementação de ações de educação ambiental.

Os principais aspectos levantados foram:

a) O perfil sócio-econômico do morador e sua família (destacando a classe social e o nível de escolarida-de);

b) As condições de infra-estrutura em que condições vivem;

c) Como se estabelece a relação do morador com o ambiente próximo, qual seja: como se relacionam

com a natureza, como encaram o fato de estarem den-tro de uma Unidade de Conservação e suas expectati-vas com relação à proteção de seus recursos naturais.

2.2.2. Resultados obtidos

Pelo fato da área da Unidade de Conservação apre-sentar-se relativamente extensa e compor uma di-versidade geo-ambiental significativa, a análise dos questionários aplicados foi realizada por vertentes, congregando todos os dados levantados, por amos-tragem, nas micro-bacias trabalhadas. Quando neces-sário, foi dado ênfase a determinadas sub-bacias ou comunidades.

2.2.2.1. População da vertente leste-sul (Gráficos 2.1)

Dentre as sub-bacias hidrográficas que compõem a vertente leste-sul, destacam-se as seguintes comuni-dades e o respectivo número de questionários aplica-dos:

Rio Grande - comunidades Quilombo (6) e Pau da • Fome (16): 22Rio Pequeno: 9• Rio Camorim: 9• Rio Sacarrão - comunidade de Vargem Pequena: 7• Vale dos Teixeiras – comunidades da Boiuna, • Catonho e Sulacap: 10

A partir dos 57 (cinqüenta e sete) questionários apli-cados à população residente, representando 15,07% do total de edificações da presente, vertente verificada em 2004 (378 edificações), foi possível obter valiosas informações.

Seguindo a estrutura do questionário aplicado, onde se buscou inicialmente, caracterizar o perfil sócio-econômico do morador (citado no item anterior), foi possível constatar que há uma distribuição eqüitativa de moradores quanto a faixa etária: 35% dos morado-res têm menos de 20 anos de idade, seguido de 34% entre 20 e 40 anos de idade e 31% com mais de 40

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anos de idade. Quando se compara esse resultado aos percentuais de escolaridade, constata-se que 54% dos entrevistados não completaram o 1o grau (atual ensi-no fundamental). Apesar disso, entre as três vertentes do Parque, esta é a que apresenta maior grau de es-colaridade. Há um expressivo percentual de adultos entrevistados na faixa etária - superior a 20 anos - (65%) e somente 32% concluiu o ensino fundamental, ou seja, o grau de escolaridade é baixo. O que mais chama a atenção é que a grande parte está emprega-da em atividades do setor formal da economia, onde 50% declararam ganhar até (3) três salários mínimos1 , sendo que, em 55% dos entrevistados, há somente 1 (uma) pessoa economicamente ativa. Foi constatado que somente 44% dos moradores utilizam a área do Parque, sendo que destes, 57% utilizam para ativida-des de lazer, seguido de 32% com atividades agrícolas 2. Quanto ao tempo que residem no local, apenas 28% estão no Parque há mais de 30 anos, ou seja, antes da sua criação (1974). O que chama mais atenção é o fato da maioria residir no local há menos 10 anos (49%). Isso mostra que houve um grande desloca-mento, principalmente nas décadas de 80 e 90, para as encostas do Parque. Quando perguntados sobre o seu local de origem, 56% dos entrevistados afirmam vir de bairros do próprio município do Rio de Janeiro, normalmente, adjacentes aos limites do Parque. Esse quadro é diferente daquele apresentado nas décadas de 40 a 80 (citado anteriormente), quando este con-tingente provinha de estados do nordeste brasileiro. Quando questionados sobre os motivos para mudar-se para dentro dos limites do Parque, 20% responderam que estavam fugindo do aluguel e 28%, buscando um local mais tranqüilo, menos violento para morar. A fuga do aluguel foi bem constatada ao verificar que 78% das casas são “próprias”, mas apenas 34% dos moradores afirmam ter algum de tipo de documenta-ção (não houve conferência) que comprove a forma de aquisição das mesmas. Apenas 26% dos entrevis-tados afirmam pagar impostos, dentre estes, 43% ale-gam pagar IPTU, seguido de 35% pagando o ITR (não 1 O salário mínimo utilizado para o cálculo foi o estabelecido pelo Governo Federal - R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais).2 Embora não tenha sido, numericamente contabilizada, foi ob-servado, através de técnicas de sensoriamento remoto (imagem de satélite e fotografia aérea) e aferido em campo, que a principal atividade agrícola desenvolvida no Parque é a lavoura da banana - cuja maior extensão territorial se dá nessa vertente. Ela é exerci-da por agricultores que residem fora de seus limites. Os supostos “donos da terra” arrendam parte de suas propriedades para que terceiros a explorem economicamente.

houve conferência). Constatou que 66% da população amostrada são posseiros, que para lá foram fugindo do aluguel. Isso mostra a grave situação fundiária da área. A maioria (79%) mora em casas de alvenaria, construídas de maneira bastante precária, sob o ponto de vista geotécnico.

COSTA (1997) relatou que as moradias se localizam em áreas bastante degradadas, algumas situadas em locais de risco geológico-geomorfológico, em en-costas de forte gradiente. No intuito de verificar se havia intenção de ampliação da moradia, verificou-se que 70% dos entrevistados pretendem fazer algum tipo de benfeitoria e 40% busca a ampliação, seguido de 35%, que quer fazer algum tipo de acabamento. A condição de morar com certa tranqüilidade é, para uma parcela significativa dos entrevistados (62%), a principal razão da permanência no local. Em torno de 26% permanecem no local pelos laços familiares que criaram e se sentem presos a eles.

No que diz respeito a infra-estrutura sanitária, verifi-cou-se que o destino dado ao lixo tem variado em fun-ção da localização da residência. Em determinados locais, a proximidade de vias urbanas oficiais permite a coleta sistemática dos resíduos domésticos (66%). É a maior taxa de coleta em relação às outras vertentes, (nas vertentes norte e oeste o percentual é de 43%). As residências situadas nas bacias dos rios Camorim, Morgado, Teixeiras e parte da bacia do rio Grande são os exemplos mais significativos. Particularmente as casas localizadas na bacia do rio Grande, só se be-neficiam parcialmente dos serviços, porque parte da comunidade que a ela pertence, está localizada mui-to próxima da atual sede do PEPB. Em outros locais - por serem encostas íngremes, sem vias de acesso apropriadas a esse tipo de serviço urbano - os mo-radores utilizam alternativas altamente impactantes ao meio ambiente tais como: jogar o lixo diretamente nos rios ou nas encostas dos vales (4%) ou queimá-lo na encosta, deixando no local o produto final da queima, que é carreado pelas chuvas até o leito dos rios. Por sua vez, a captura da água é realizada direta-mente nas nascentes dos rios, em 80% dos casos, daí a importância em manter a integridade quantitativa e qualitativa deste recurso.

Quanto aos efluentes domésticos (esgoto) estes são, em sua maioria (76%), lançados em fossas e sumi-douros, devido à falta de uma rede oficial de coleta e tratamento, comprometendo a qualidade da água sub-terrânea e os solos da região, a médio e longo prazo.

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Foi relatado pelos entrevistados (83%) que a qualida-de da água está própria para o consumo. A bacia do rio Camorim possui um dos principais reservatórios de abastecimento de água do município do Rio de Ja-neiro: Represa do Camorim, estando suas águas vul-neráveis a esse tipo de contaminação, além daquela decorrente do lançamento in natura (22%) no sistema de drenagem contribuinte. Verificou-se, ainda, entre os entrevistados, que dentre os principais problemas de infra-estrutura, destacam-se como os mais graves: a insuficiente rede de transportes (33%), dificultando, muitas vezes, o deslocamento de alunos às suas es-colas, particularmente em dias de chuva; o precário fornecimento de energia elétrica (23%) e as condições de insalubridade (20%). Quanto à questão energética, pode-se dizer que, na prática, a luz elétrica é obtida através de ligações clandestinas, os chamados “ga-tos”, nitidamente identificáveis em vários locais, a exemplo da comunidade do Pau da Fome, na bacia do rio Grande. No que diz respeito ao abastecimento de gás, verifica-se que 74% dos entrevistados utilizam gás proveniente do botijão, não havendo registro de moradia que utilize somente lenha. O que ocorre, em 12% dos casos, é o uso da lenha como complemento no cozimento de certos alimentos mais demorados.

Quanto ao ensino, foi constatado a partir das entre-vistas realizadas, que há escolas próximas às comu-nidades do interior do Parque, dentre essas, 76% são públicas. Para os entrevistados que possuem filhos em idade escolar ou mesmo adultos que estão estudan-do, constatou-se que apenas 37% utilizam as escolas próximas – o baixo percentual, em parte, se deve as distâncias entre as moradias e as escolas, já que não contam com bons serviços de transporte (visto an-teriormente) e a necessidade das famílias em contar com a ajuda dos mais novos nas atividades geradoras ou complementadoras de renda. Do percentual que utiliza as escolas próximas, somente 36% declararam haver alguma atividade de educação ambiental, en-focando o meio ambiente próximo. Mesmo assim, as atividades se limitam a visitas ao Parque (44%), aqui definida como “ação ecológica”, seguida de cursos (28%). Esses percentuais são indicativos da necessi-dade de implantação de atividades voltadas ao prepa-ro das escolas que atendem tais comunidades, para a educação ambiental.

Quanto a questão ambiental, solicitou-se aos entre-vistados que respondessem, de forma livre, o que entendiam por meio ambiente. Convém ressaltar que

mais da metade da população entrevistada ainda não concluiu o ensino fundamental. Para efeito de aná-lise (construção gráfica), foi preciso transformar as respostas em um modelo numérico, classificando-as, de acordo com a equipe responsável, em: satisfató-ria (quando se abordou os elementos humanos e na-turais), parcialmente satisfatória (quando apenas um foi abordado) e não satisfatória (quando nenhuma das idéias foi abordada). Obteve-se um percentual de 53% de respostas não satisfatórias. Foi perguntado aos entrevistados se tinham ciência de estar residindo em uma área legalmente protegida, (74%) declarou que “sim”. COSTA (1997) registrou menos de (50%) de ciência - um indicativo de que as ações já em vigor, estão surtindo efeito. Entre estes que declaram ter ci-ência, viu-se que (40%) sabe de 1 a 10 anos, seguido de (25%) que sabe de 10 a 20 anos e (30%) que sabe de 20 a 30 anos, ou seja, desde da criação legal do Parque (1974). Os entrevistados foram questionados sobre a representatividade do Parque em suas vidas. Cerca de 52% não souberam responder e 35% respon-deram que significa medidas de proteção da natureza, seguido de (9%) que declararam ter receio da uma possível remoção.

Mesmo cientes de sua situação de irregularidade e conscientes de que degradam o meio ambiente local, foi verificada a constante preocupação dos próprios moradores, com relação à resolução dos principais problemas ambientais. Quando foram questionados sobre que medidas deveriam ser tomadas para a pre-servação do meio ambiente próximo a sua casa, ouviu-se de 33% dos entrevistados, que se deveria aumentar a fiscalização, seguidos de reflorestamento (11%) e o controle de queimadas (11%), principalmente nas encostas parcialmente degradadas dos rios Pequeno, Teixeiras e Boiúna.

Por fim, os entrevistados consideram importante à preservação do meio ambiente local, porém, a grande maioria desconhece maneiras de trabalhar interativa-mente com os órgãos e instituições competentes e/ou interessados na melhoria da qualidade de vida da população. Aqueles que apresentaram sugestões, in-dicaram que a forma mais eficaz é o desenvolvimento de atividades informativas, como palestras e cursos (25%) e atividades de apoio ao Parque (25%), onde as comunidades participem diretamente de algumas atividades reparadoras dos danos provocados, princi-palmente à floresta, a exemplo da aplicação de um sistema de mutirão para re-introdução de espécies da

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Mata Atlântica nas áreas fortemente degradadas.

2.2.2.2. População da vertente norte (Gráficos 2.2)

Dentre as sub-bacias hidrográficas que compõem a vertente norte, destacam-se as seguintes comunidades e o respectivo número de questionários aplicados:

Rio Caranguejo: 5• Rio Piraquara: 8• Rio Tibagi - comunidades Tibagi, Santo André e • Sandá: 9.

Os resultados obtidos nos 22 (vinte e dois) questio-nários aplicados à população residente, representando 14,57% do total de edificações da presente vertente, verificadas em 2004 (151 edificações), apresentam aspectos diferenciados quanto ao perfil de seus mo-radores, comparativamente àqueles que residem nas vertentes leste-sul e oeste.

No que diz respeito ao perfil sócio-econômico do re-sidente, pode-se constatar que 42% dos entrevistados têm menos de 20 anos de idade sendo este, um forte indicativo da construção de novas moradias no local. Segue-se a isso, 30% com faixa etária entre 20 e 40 anos e 28% com mais de 40 anos. Comparando com os dados de escolaridade, constata-se que 63% não têm sequer o ensino fundamental completo. De forma semelhante à vertente leste-sul, também se encontra um expressivo percentual de adultos (58% com mais de 20 anos), com ensino fundamental não concluído. O grau de escolaridade é baixíssimo, refletindo-se na situação trabalhista dos moradores. De maneira semelhante a vertente leste-sul, a maior parte está empregada em atividades do setor formal da econo-mia, onde 82% dos entrevistados declararam ganhar até (3) três salários mínimos. É o maior percentual de população de baixa renda de todo Parque. Em 57% dos casos - diferentemente do que ocorre na vertente leste-sul - há 2 (duas) pessoas economicamente ati-vas, por moradia. Foi constatado que somente 45% dos moradores utilizam a área do Parque, sendo que destes, 50% utilizam para atividades de lazer, seguido de 42%, com atividades agrícolas. Quanto ao tempo que residem no local, aqueles estão no interior do Par-que há mais de 30 anos, representam 23% dos entre-vistados. Como ocorre na verte leste-sul, o percentual dos que residem há menos de 10 anos, é mais elevado (41%). Quando perguntados sobre o seu local de ori-gem, 68% afirmaram vir de bairros do próprio muni-cípio do Rio de Janeiro, normalmente, adjacentes aos

limites do Parque (a exemplo do bairro de Realengo). Quando questionados sobre os motivos da vinda para o interior dos limites do Parque, constatou-se que 38% o fizeram para fugir do aluguel e 19% por opor-tunidade de emprego. A fuga do aluguel foi, de certa forma confirmada, ao verificar que 100% das casas são “próprias” e, de maneira idêntica às da vertente leste-sul, não possuem escritura (54%) de suas casas. Algumas apresentam título provisório de posse, o que demonstra o caráter de “invasão” das terras. Cerca de 95% dos entrevistados afirmam não pagar impos-to e os outros 5%, sequer sabem informar se pagam ou não. Isso mais uma vez mostra a grave situação fundiária da área. Dos moradores entrevistados, 90% declararam, explicitamente, que são posseiros. Suas casas são predominantemente de alvenaria (95%) e construídas em terrenos acidentados, em áreas de risco de ocorrência de movimentos de massa. A fim de verificar se há intenção de ampliação da moradia, verificou-se que 64% dos entrevistados pretendem fazer algum tipo de benfeitoria, onde 50% buscam a ampliação, seguido de 43% querendo fazer reformas e acabamentos. A situação de residência no Parque tem sido vista pelos moradores como boa, onde 50% dos entrevistados declararam não ter intenção de sair do Parque. Destes, 91% afirmam que é pela tranqüili-dade que ali encontraram.

Quanto a infra-estrutura sanitária, verificou-se que é bastante precária, apresentando-se mais crítica do que a encontrada nas moradias da vertente leste-sul. Gran-de parte dos resíduos sólidos é queimada (57%), segui-do de 43% que é recolhido por lixeiro (COMLURB) e de maneira idêntica à vertente leste-sul, o recolhi-mento varia de acordo com a proximidade das vias de acesso. Os efluentes domésticos correm in natura para os cursos d’água (58%). Trata-se do maior percentu-al de esgoto a céu aberto encontrado nas residências, dentre as três vertentes analisadas (cerca de 22% na vertente leste-sul e 11% na vertente oeste). A falta de uma rede oficial de coleta e tratamento compromete, sobremaneira, os solos e corpos de água da região. Cerca de 42% das residências lançam seus efluentes domésticos em fossas sépticas. Quanto aos desliza-mentos, apenas 27% dos entrevistados declararam ter ciência da ocorrência de casos recentes (últimos 4 anos). Por sua vez, a água é capturada diretamente nas nascentes dos rios, em 54% dos casos analisados. Foi relatado pelos moradores (95%) que a qualidade da água é própria para o consumo. Quando questionados sobre quais seriam os principais problemas encon-

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trados, foi a precariedade no abastecimento de água (44%), que mais se destacou, devido a pouca disponi-bilidade natural deste recurso. A região apresenta uma rede hidrográfica com poucos canais e baixo volume de água, reduzida cada vez mais pelos constantes des-matamentos e queimadas (facilmente encontrados na comunidade Piraquara), onde a falta de investimento governamental para solução dos problemas, coloca a população em estado crescente de vulnerabilidade.

A falta de transportes (14%) e de energia elétrica (9%) são os demais problemas mais citados. De maneira semelhante à vertente leste-sul, pode-se dizer que a luz elétrica é obtida através de ligações clandestinas, os chamados “gatos”, mesmo assim, foi declarado por 73% dos entrevistados que a energia provém de fon-tes oficiais. No que diz respeito ao abastecimento de gás, verificou-se que 95% dos entrevistados utilizam gás proveniente de botijão e apenas 5%, faz uso da lenha.

Seguindo ainda a estrutura proposta, buscou-se carac-terizar a relação do morador com o meio ambiente próximo. No que diz respeito ao ensino, 87 % dos en-trevistados declararam que existem escolas próximas, sendo que 95% delas são públicas. Para os entrevis-tados que possuem filhos em idade escolar ou mesmo adultos que estão estudando, constatou-se que apenas 29% utilizam as escolas próximas. O baixo percentu-al, em parte, se deve as dificuldades de acesso à es-cola. Do percentual que utiliza as escolas próximas, somente (26%) declararam haver alguma atividade de educação ambiental, enfocando o meio ambiente próximo. Mesmo assim, as atividades se limitam a vi-sitas ao Parque (33%), seguidas de (17%) de pesqui-sas sobre o tema. Esses percentuais são indicativos da necessidade de implantação de atividades voltadas a compreensão/solução das questões ambientais locais.

Os entrevistados foram questionados sobre o que en-tendiam por “meio ambiente”. Obteve-se 54% de res-postas não satisfatórias (explicado no item anterior), seguido de 41% de respostas parcialmente satisfató-rias. Quanto a idéia de se ter ciência de estar residindo em uma área legalmente protegida, 77% declarou ter ciência, contra 13% registrado por COSTA em 1997. A referida autora afirma que “a degradação ambien-tal em que essa vertente se encontra, traduzida por encostas desmatadas e ocupadas por capim colonião, a ausência de fiscalização, por parte da Fundação Ins-tituto Estadual de Florestas do Estado do Rio de Ja-neiro – IEF/RJ, contribui para agravar essa situação”.

Entre os que declaram ter ciência de que vivem em área legalmente protegida, constatou-se que 69% sa-bem, há mais de 10 anos.

Por último, os entrevistados foram questionados so-bre a representatividade do Parque em suas vidas Cerca de 81% dos entrevistados não souberam res-ponder e 14% responderam que significa medidas de proteção da natureza. Convém ressaltar que, à seme-lhança dos que residem na vertente leste-sul, todos os declarantes exercem suas atividades profissionais fora dos limites do Parque, não havendo nenhuma identi-dade profissional com a Unidade de Conservação. As principais medidas sugeridas para a preservação do meio ambiente local foram: o reflorestamento (50%) e o aumento da fiscalização (17%) contra ações de degradação. Entretanto, quando lhes foi solicitado su-gestões de ações conjuntas, envolvendo a população e os órgãos competentes na gestão da área, 35%, sequer soube formular uma resposta e 32% indicaram que a forma mais eficaz é o desenvolvimento de atividades informativas, tais como: palestras e cursos, a exemplo do que já vem sendo realizado em algumas comuni-dades (“Gari Comunitário” e “Mutirão de Reflores-tamento”, iniciativas promovidas pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, em alguns bairros, como Bangu e Realengo). Cerca de 14% dos entrevistados sugeriram a contratação de mão-de-obra local, para desenvolver determinadas atividades de proteção am-biental e melhoria da qualidade de vida.

2.2.2.3. População da vertente oeste (Gráficos 2.3)

Dentre as sub-bacias hidrográficas que compõem a vertente oeste, destacam-se as seguintes comunidades e o respectivo número de questionários aplicados:

Rio da Prata: 16• Caminho da Bica: 5• Rio Lavras - comunidade Estrada das Taxas: 9• Rio Morgado - comunidade Toca Grande: 4• Grota Funda: 3•

A partir dos 37 (trinta e sete) questionários aplicados à população residente, representando 12,94% do to-tal de edificações da presente vertente, verificadas em 2004 (286 edificações), foi possível destacar similari-dades e diferenças entre as vertentes oeste e as demais (norte e leste-sul).

Analisando o perfil dos moradores analisados, foi possível percebe que as idades são variáveis, quais sejam: 34% têm menos de 20 anos de idade, seguido

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de 32% entre 20 e 40 anos e 34% com mais de 40 anos - percentuais semelhantes aos encontrados na verten-te leste-sul. Quanto à escolaridade, constatou-se que 64% não têm o ensino fundamental completo – se-melhante à vertente norte. Uma parcela significativa está empregada em atividades do setor formal, onde 76% dos entrevistados declararam ganhar até (3) três salários mínimos. No que se refere a indivíduos eco-nomicamente ativos, os valores se apresentam bem distribuídos: entre 1 (uma) e 2 (duas) pessoas ativas por moradia. Foi constatado que 62% dos moradores utilizam a área do Parque, sendo que destes, 66% uti-lizam para atividades agrícolas. Comparativamente às demais vertentes, esta apresentou maior percentual (vertente leste-sul: 32%, e vertente oeste: 42%), se-guidos de 17% para outras atividades de trabalho e somente 13% para o lazer (contra 57% na vertente leste-sul e 50% na vertente norte). O tempo de resi-dência no local é o maior apresentado - comparati-vamente às demais vertentes: 76% residem na área há mais de 30 anos, contra 18% com menos 10 anos. Isso, de certa forma, nos leva a inferir que o ritmo de crescimento que a região vem sofrendo, ao con-trário do que era previsto, é menor do que nas demais vertentes. Quando perguntados sobre o seu local de origem, 54% dos entrevistados afirmaram ter nasci-do no mesmo local que se encontram hoje. Trata-se do maior percentual de nascidos no local (ocupação mais antiga): vertente leste-sul, com 14% e vertente norte, com 5%. Já entre aqueles que vieram de fora, (26%) buscavam a tranqüilidade que o local oferece – a vertente leste-sul também apresenta como atrati-vo, a tranqüilidade do local (28%), fato não registrado na vertente norte, sendo o atrativo maior, a fuga do aluguel. Em relação à condição das moradias, cons-tatou-se que 84% das casas são “próprias”, de ma-neira semelhante às demais vertentes (leste-sul 78% e norte 100%). Também não possuem escrituras de suas casas (51%), configurado o caráter de “invasão” das terras. Cerca de 46% dos entrevistados afirmam não pagar imposto. Destes, 64% paga o IPTU, segui-do de 36% que paga o ITR. Em consonância com as demais vertentes, esses percentuais caracterizam a si-tuação fundiária da área, onde se constatou que 83% dos entrevistados que ali moram são “posseiros” (na vertente leste-sul verificou-se 66% de posseiros e na vertente norte, 90%). São casas predominantemente de alvenaria (94%), construídas em terrenos aciden-tados. A fim de verificar se há intenção de ampliação da moradia, verificou-se que 38% dos entrevistados

pretendem fazer algum tipo de benfeitoria. A situação é mais grave na verte leste-sul (70%) e na vertente norte (64%). A intenção de ampliação das moradias é um forte indicativo de que, se não houver uma fis-calização mais eficiente haverá a ampliação da área construída sobre os recursos naturais do Parque. A si-tuação de morar no seu interior tem sido vista pelos moradores de forma muito confortável, onde 84% dos entrevistados, não têm intenção de sair. Destes, 64% afirmam que é pela tranqüilidade que ali encontram, seguido de 36% que se sentem presos às origens.

No que diz respeito a situação sanitária, constatou-se que 54% dos entrevistados responderam que o lixo vem sendo queimado, seguido de 43% que disse que ele é recolhido por lixeiro. Da mesma forma como ocorrem nas demais vertentes, o recolhimento varia de acordo com a proximidade das vias de acesso, fato que privilegia a vertente leste-sul (com 66% dos en-trevistados confirmando o recolhimento). Pela decla-ração dos moradores, os efluentes domésticos correm (11%) in natura para os cursos d’água ou são armaze-nados em sumidouros e fossas sépticas (89%). Con-traditoriamente, a água tem a sua captura realizada di-retamente nas nascentes dos rios, em 97% dos casos. Foi relatado pelos entrevistados (97%) que a qualida-de da água está própria para o consumo. Se a prática do despejo de efluentes domésticos em sumidouros e fossas não for controlado tecnicamente, corre-se o risco da contaminação do lençol freático, em médio prazo, comprometendo a qualidade da água que abas-tece essas comunidades. Quanto à ocorrência de des-lizamentos recentes (últimos 4 anos), cerca de 24% dos entrevistados declarou ter ciência. Os valores se apresentam com pouca variação em relação às demais vertentes (leste-sul com 35% e norte com 27%), o que pode ser justificado pela não ocorrência de grandes eventos chuvosos, em curto espaço de tempo nos úl-timos 4 anos. COSTA (2002) ressalta que, a vertente leste-sul, em fevereiro de 1996, foi fortemente afeta-da por chuvas concentradas, provocando grandes per-das materiais e humanas, como na comunidade Pau da Fome.

Sobre os principais problemas de infra-estrutura ge-ral, os entrevistados (51%) declararam que a falta de transportes é o principal, sendo a mesma reclamação dos entrevistados (33%) na vertente leste-sul, seguido da inexistência de um sistema regular de coleta de lixo (23%). Quanto à energia elétrica, foi declarado, por 90% dos entrevistados, que provém de fontes oficiais.

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Trata-se da vertente que apresenta a maior taxa de consumo de energia elétrica oficial (na vertente leste-sul, 71% e na vertente norte, 73%). No que diz res-peito ao abastecimento de gás, verificou-se que 89% dos entrevistados utilizam gás proveniente do botijão e 11% utilizam proveniente da lenha. A prática do uso de lenha como energia para acelerar o cozimento de certos alimentos, é percentualmente, semelhante a da vertente leste-sul (12%).

Quanto a questão da proximidade de escolas, apenas 23% dos entrevistados afirmou haver escolas por per-to. Trata-se da vertente menos assistida por escolas próximas ao Parque (56% na verte leste-sul e 87% na vertente norte). Dentre essas escolas, 100% são pú-blicas. Para aqueles que possuem filhos em idade es-colar ou mesmo adultos que estão estudando, apenas 42% utilizam as escolas próximas. Dos que utilizam as escolas próximas, quando questionados sobre a existência de atividades de educação ambiental enfo-cando o meio ambiente próximo, 56% não souberam responder. Isso é mais um forte indicativo de que o acompanhamento escolar não é realizado com freqü-ência pelos pais.

Quando se questiona sobre o que se entende por “meio ambiente”, 65% das pessoas deram respostas não sa-tisfatórias, seguido de 24% de respostas parcialmente satisfatórias e apenas 11%, satisfatórias, contrapon-do o percentual de respostas satisfatórias encontradas nas vertentes leste-sul (15%) e norte (5%). Foi possí-vel perceber uma maior informação na vertente leste-sul e uma total ignorância do assunto na verte norte, exatamente onde a floresta se faz menos presente e a pressão urbana é grande. Questionou-se quanto a idéia de se ter ciência de estar residindo em uma área legalmente protegida e 76% declararam ter ciência, dentre estes, 43% sabe há menos de 10 anos. Isso é um indicativo de que nos últimos 10 anos as ações de divulgação tiveram maior alcance. Cerca de 46% sabe há mais de 20 anos. Os entrevistados foram questio-nados sobre a representatividade do Parque em suas vidas, e 76% não souberam responder. Cerca de 17% responderam que significa medidas de proteção da natureza, seguido de 7% que vêem como ameaça, a remoção – o receio de ser removido surge de forma semelhante à vertente leste-sul. Na vertente norte não houve o registro desse temor, possivelmente, pelo pouco contato dessa população com a administração do Parque.

As principais medidas sugeridas para a preservação

do meio ambiente local foram: o aumento da fiscali-zação (45%) – tal sugestão se manteve presente em quase todas as entrevistas, nas diferentes vertentes (17% na vertente norte e 33% na vertente leste-sul) Isso mostra que essas comunidades se sentem inca-pacitadas de iniciar ações que visem à manutenção dos recursos naturais. O reflorestamento vem em se-gundo lugar (14%), seguido do controle das queima-das (8%). Na questão que envolve sugestões de ações conjuntas com a população e os órgãos competentes na gestão da área, aconteceu um fato semelhante ao da representatividade do Parque. Cerca de 33% dos entrevistados não souberam responder. A incapacida-de em propor sugestões ficou evidenciada não somen-te na vertente oeste, mas também na vertente norte (35%) e na vertente leste-sul (27%). Sugeriram apoio ao Parque (27%), a realização de palestras e cursos (11%) e a contratação de mão-de-obra local (16%), idéia que esteve presente em quase todas as comuni-dades. Aponta para um interesse, mesmo que modesto da população destas comunidades, em ser incorpora-da aos grupos de trabalho local, concretizando assim, a proposta de manejo participativo.

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3. IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE SINALIZAÇÃO NOS LIMITES E LOCAIS ESTRATÉGICOS NO PEPB

Esta etapa do projeto consistiu na seleção de locais mais adequados à implantação de um sistema de si-nalização (100 placas), no interior e periferia próxima ao Parque Estadual da Pedra Branca, bem como na sugestão do conteúdo de cada placa, de acordo com a sua finalidade (sua natureza), conforme será mostrado a seguir.

3.1. indicação dos locais de posicionaMento das placas

Para a eficácia do sistema de sinalização visual do Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB) é funda-mental a observação de diversos aspectos para ga-rantir a padronização, a legibilidade e a visualização, independente do grau de abrangência e do número de atrativos a serem destacados.

Deve-se também tomar cuidado quanto à distribuição das 100 placas de sinalização no PEPB, de modo a evitar a obstrução visual de paisagens e monumentos sem, no entanto, deixar de garantir a legibilidade das informações, para usuários de veículos motorizados e pedestres.

O projeto de sinalização visual (etapa do projeto exe-cutivo), que é listado a seguir, contém as devidas ex-plicações sobre o conteúdo das placas, assim como o suporte de informações (etapa de localização em co-ordenadas UTM), facilitando assim a localização, na etapa de colocação das placas.

De forma a propiciar sua melhor compreensão, as placas de sinalização foram descritas, segundo a sua natureza, da seguinte maneira: Placa de Sinalização Externa (SE) à Unidade de Conservação – na zona de amortecimento do PEPB e Placa de Sinalização In-terna (SI) à Unidade de Conservação – no interior do PEPB. Cada uma delas será explicada segundo: tipos de mensagens e localização geográfica.

Nas Placas de Sinalização Externas à UC (E), os si-nais e mensagens devem ser compostos de elementos simples, ordenados para apresentar a informação de uma forma clara, principalmente ao motorista e pe-destre, influenciado pela sinalização ou outras formas de comunicação localizadas nas vias de acesso públi-co.

A compatibilização com as normas de trânsito das Pla-

cas Externas (E) deve respeitar à padronização, tipos de placas, alfabeto padrão, código cromático e signo direcional das placas de trânsito, seguindo, portanto, a definição do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, direcionadas aos usuários de veículos motorizados.

Deverá ser utilizado, em todas as situações de sina-lização, um alfabeto padrão, exceto naquelas em que não houver legislação específica, como o caso da si-nalização rodoviária ou viária, de responsabilidade do DNER, DER ou DETRAN.

As Placas de Sinalização Internas à UC (I), devem conter desenhos de sinais cuidadosamente elaborados e convenientemente localizados, para servir como elemento de efetiva compreensão da mensagem, por parte dos visitantes do PEPB. Signos direcionais, que façam parte da trilha, evitam que os visitantes saiam dela, enquanto sinais, localizados estrategicamente, mantém o fluxo de visitantes se movendo em uma só direção e sobre uma determinada trilha.

Ainda nas Placas Internas (I), as mensagens podem se constituir em um elemento interpretativo, importante na maioria das áreas naturais, dando aos visitantes a oportunidade de explorá-las, enquanto se minimiza a necessidade de pessoal (visita guiada) na área. Uma figura ou objeto pode ilustrar o caminho a ser seguido numa trilha – silhueta de uma seta para direcionar o caminho certo - ou de uma cachoeira, facilmente re-conhecível, em uma área de muitos recursos hídricos, podendo facilitar o deslocamento dos visitantes de um ponto a outro, prendendo sua atenção no objeti-vo primordial da área. Estes sinais são especialmen-te importantes naqueles lugares onde o visitante tem que escolher uma rota, por exemplo, em bifurcações de trilha, ou como indicadores de áreas perigosas ou de difícil acesso. Com um mínimo de palavras, estas figuras podem indicar rumos, destinos e distâncias, tomando-se cuidado no direcionamento e posiciona-mento dos signos direcionais e outros sinais simila-res.

Todo administrador de Unidade de Conservação en-frenta o problema de destruição de sinalização. Há, entretanto, algumas sugestões contra danos e vanda-lismos que podem ajudar, embora o problema conti-nue crescendo à medida em que aumenta a quantidade de visitantes:

a) executar peças de sinalização com materiais que sejam facilmente limpos;

b) usar elementos facilmente substituíveis em áreas

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de muito uso;c) manter os sítios bem limpos e organizados: isto

tende a diminuir o vandalismo;d) se uma área ou sítio é fechada, explicar a razão:

aviso do tipo “proibido entrar” encoraja muitas pessoas a desobedecê-lo. Em troca, deve-se colocar um aviso que determine o uso de outra rota, devidamente sinalizada;

e) reforçar a idéia de que a fauna e a flora das Unidades de Conservação devem ser preservadas e fazem parte do patrimônio público, ou seja, pertencem à todos, portanto é um bem comum que deve ser conservado e protegido (trabalho de educação ambiental). As pessoas ficam menos propícias a estragar e a desrespeitar o que lhes pertence;

f) quando um sinal for danificado por atos de vandalismo, não deve ser convertido em exemplo em exposição, pois pode ser interpretado como sendo um ato correto e corriqueiro. Em alguns casos, a melhor solução é remover o sinal. Por exemplo, se uma placa recebe um constante ataque por parte de vândalos, não deve ser recolocado um outro novo no mesmo local, até que se avaliem as suas causas de sua constante degradação e se realmente é viável ambientalmente e economicamente efetuar a sua reposição no mesmo local.

As Placas de Sinalização Internas deverão ter o ele-mento interpretativo e educativo do ambiente, exa-tamente para que não seja preciso o uso de painéis, cujos custos de fixação, materiais, tamanho e design são elevados, além de não ser possível, muitas vezes, incluir toda informação. Além disso, os trabalhos de campo realizados possibilitaram concluir que, uma série de placas em trilhas e caminhos certamente dire-ciona os visitantes para uma seqüência de pontos ou para um local específico. As mensagens proibitivas e de alerta são necessárias e podem se repetir em vários pontos chaves que constem de um roteiro realizado por um guia (eco)turístico, ou até mesmo sem a ne-cessidade da presença do mesmo.

O Sistema de Sinalização Visual deverá ser constituí-do de um conjunto de mensagens visuais, organizadas segundo uma linguagem gráfica e aplicada num con-junto de suportes, através de um projeto gráfico, que visa organizar e disciplinar a execução do projeto de sinalização visual. Além dos elementos gráficos serão pensados os elementos físicos (suportes para a apli-cação do projeto gráfico), códigos de mensagens (có-digo cromático e pictográfico) e da assinatura institu-

cional (símbolos dos órgãos governamentais e da UC – PEPB, associados ao nome e logomarca da ONG que executou o projeto, no presente caso, o Instituto Terra de Preservação Ambiental).

3.2. critérios de seleção e ordenaMento das Mensagens

O ordenamento/detalhamento das mensagens e locali-zação das placas em campo (uso de GPS e citação de pontos notáveis), seguiu os seguintes critérios:

3.2.1. Sinalização Externa à Unidade de Conservação – SE

(Zona de Amortecimento)

3.2.1.1. Placa de identificação da direção e distância dos limites

TOTAL: 37 PLACAS

Os elementos da Sinalização Externa à UC (SE) deve-rão ser convenientemente posicionados, evitando-se a interferência da vegetação, postes, cercas e outros obstáculos que possam prejudicar a sua visualização ou dificultar o seu entendimento.

Todas as placas que forem colocadas ao longo das estradas e rodovias deverão indicar a existência e a identificação da UC, a sua direção e a distância a ser percorrida até o(s) seu(s) acesso(s). Deverá ser soli-citada a sua implantação ao DNER, DER Estadual ou Departamento de Trânsito Municipal, de acordo com a categoria da rodovia ou via a ser sinalizada, em conformidade com a legislação do CONTRAN/DENATRAN.

A definição das situações que demandarão a instala-ção do Sistema de Sinalização Externa à UC (SE), deverá considerar os locais adequados, tais como: Rodovias, Estradas e Ruas Pavimentadas que deverão ser acordados entre a Administração da Unidade de Conservação e o órgão responsável pela via.

Apresentam-se, a seguir, sugestões de definição de mensagens da Sinalização Externa (SE) e Sinaliza-ção Interna (SI) à UC, assim como a localização ge-ográfica das placas. Cabe ressaltar que as mensagens nelas contidas poderão sofrer ajustes e modificações, em função das necessidades da Administração da UC (Direção do PEPB e IEF/RJ).

LOCALIZAÇÃO:

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Bacia do Rio Grande – Estrada do Pau da Fome - Ta-quara

1) Placa de proximidade do Parque – entroncamen-to entre Estrada do Rio Grande e Estrada do Pau da Fome (próximo à ponto final de ônibus 601, Igreja Nossa Sra. da Conceição e Praça do Rio Grande) – distância: a 1 km do Parque. UTM 662595-7464874.

2) Placa de identificação de proximidade da sede do PEPB – cota 50 m – estrada do Pau da Fome - UTM 66133-7463783.

Condomínio Calhariz (Caminho do Calharins) próxi-mo ao Caminho do Quilombo - Taquara

1) Placa de proximidade do Parque – acesso final do caminho do Calharins (fim do Condomínio Calhariz na cota 80 a 90 m) - UTM 660956-7463285.

Bacia do Rio Camorim – Estrada do Camorim - Ja-carepaguá

1) Placa de identificação de proximidade da sub-sede do PEPB - cota 100 m (antes da entrada oficial da subsede Parque) – estrada do Camorim - primeiro poste de luz antes da casa do Sr. “Pel” - voluntário do Parque e morador da comunidade Vila do Camorim. UTM 0660742-7458945.

2) Placa indicativa de direção e distância da proximi-dade da subsede do PEPB - na área de baixada – 20 m de altitude – entrada da estrada do Camorim – indican-do a sub-sede do PEPB – UTM 0662616-7459027.

3) Placa de identificação de proximidade do PEPB – 20 m de altitude - 21 m de distância da Estrada do Camorim - bifurcação da estrada do Camorim com a estrada do Caçambé (que irá dar no condomínio Camorim – cerca de 10 minutos de carro) – UTM 0662304-7459020.

4) Placa da cota 100 m de altitude – proximidade da sede do Parque - na entrada do condomínio do Camo-rim (estrada do Caçambé) – UTM 662065-7459935.

Estrada do Rio Piraquara – Rua do Governo - Rea-lengo

1) Placa de identificação da proximidade do PEPB – portão de ferro – 70m de altitude – UTM 659379-7466810.

Estrada do Catonho - Rua Além do Horizonte e Rua

Caratuva - Sulacap

1) Placa de indicação do PEPB – rua Além do Hori-zonte, cota 100m – próxima à Adega Bar Pertinho do Céu (cota 125m) - UTM 665092/7467239.

2) Placa de indicação do PEPB - rua Caratuva (Serra do Valqueire) – cota 100 m - UTM 666099/7467066.

Estrada do Boiúna - Estrada do Pereiro, Rua Curumau e Rua Peri Mirim – Sulacap

1) Placa de indicação do PEPB – Estrada do Pereiro – cota 100 m – UTM 663691/7466155.

2) Placa indicativa da proximidade do PEPB – Estra-da da Boiúna com Rua Curumaú – cota 80 m – casa nº 2.100, lote 36 (cota 100 m) – UTM 664032/7465782.

3) Placa de indicação do PEPB – Rua Peri Mirim – Sí-tio Recanto – lado esquerdo de quem sobe – cota 100 m – UTM 663030/7466262.

4) Rua Peri Mirim – de indicação do PEPB, cota 121m/130m –– UTM 662979/7466320 – Sede Cam-pestre Coligação dos Policiais Civis do Rio de Janei-ro.

Estrada dos Teixeiras e Rua Jardim Novo - Sulacap

1) Estrada dos Teixeiras - Placa de indicação do PEPB, cota 100m – UTM 661658/7466111.

Bacia do Rio da Prata - Estrada das Tachas - Guara-tiba

1) Cota 20 m, no início na estrada das Tachas - pla-ca indicativa da proximidade do PEPB - UTM 647643/7457179.

Estrada da Grota Funda - Guaratiba

1) Entre Estrada da Grota Funda e Av. das Américas (subida do Recreio para Guaratiba) - Placa de indica-ção do PEPB, cota 140 m – UTM 651537-7454905.

3.2.1.2. Para placas ao longo das divisas (cota 100 m) para identificação dos limites da unidade de conser-vação

As placas servirão para informar ao transeunte a na-tureza daquele território. Devem estar localizadas em vias de acesso principais (ruas, estradas e rodovias, seguindo o padrão de trânsito) que estejam dentro da cota altimétrica de 100 m (limite do PEPB). Em al-

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guns casos, esta sinalização, além da identificação do limite da Unidade (cota 100 m), poderá conter avisos de advertência, do seguinte tipo: “Limite da área de proteção ambiental” e/ou “Acesso somente a pessoas autorizadas”, etc.

MENSAGENS:

ABAIXO SEGUE 1 (UM) EXEMPLO:

(1) Padrão Placa: Símbolos do Governo do Estado do Rio de Janeiro + da Secretaria Estadual do Meio Am-biente e Desenvolvimento Sustentável – SEMADS + do Instituto Estadual de Florestas – IEF-RJ + do PEPB + Sigla da FEEMA + Nome da UC + Altitude e lei de criação

LOCALIZAÇÃO:

Bacia do Rio Grande – Estrada Pau da Fome - Ta-quara

1) 100 m de altitude – placa indicativa da cota 100m. Acesso pelo nº 3025, em frente casa 4 (próximo à Ja-queira) – UTM 7463261-660143.

2) 100 m de altitude – placa indicativa da cota 100m. Antes da entrada principal da sede (guarita) - UTM 660023-7463287.

Bacia do Rio Pequeno - Caminho do Rio Pequeno - Taquara

1) Placa indicativa sobre limite do PEPB (cota 100m). UTM 660225/7464765.

Bacia do Rio Pequeno - Comunidade Santa Maria/Vale da Bênção - Taquara

1) Placa indicativa sobre limite do PEPB (cota 100m) na estrada Santa Maria - próxima ao Hospital de Tu-berculose Santa Maria – UTM 662221/7465171.

Bacia da Serra do Barata – Estrada dos Teixeiras - Taquara

1) 100 m de altitude – placa do limite do Parque – Es-trada dos Teixeiras (final - próximo à Rua Dr. Antônio Martins) – UTM 661658-7466111.

Bacia do Rio Piraquara – Rua Aurora – Realengo

1) 100 m de altitude – placa do limite do Parque - casa da Sra. Domalea Nascimento Rodrigues – UTM 0659577-7466693.

Bacia do Rio da Prata - Estrada das Tachas - Guara-tiba

1) Placa indicativa do limite do PEPB (cota 100 m) lado direito (de quem sobe) em baixo da man-gueira ao lado de cerca de arame farpado – UTM 650368/7460663.

Rio da Prata – Caminho do Morro dos Caboclos – Campo Grande

1) Placa indicativa do limite do PEPB (cota 100 m) - Caminho Morro dos Caboclos - rio da Prata – UTM 651824/7463342.

2) Placa informativa PEPB, entroncamento estrada Velha Grota Funda e Av. das Américas (na altura do no. 24.300) – cerca de 140 m de altitude à esquerda da estrada de quem sobe – casa no. 2.440 da Estrada Velha da Grota Funda. UTM 651745/7454525.

3) Placa informativa da proximidade do PEPB, en-troncamento da Estrada da Grota Funda com a Av. das Américas - 140m de altitude (a direita da estrada de quem sobe - alojamento azul das obras de contenção de encosta da Prefeitura) - UTM 651537/745406.

Estrada Velha do Grumari – Estrada do Pombal - Mor-ro do Piabas - Grumari

1) Placa informativa da proximidade do PEPB, iní-cio da Estrada do Grumari – 6 m de altitude - UTM 651525/7452976.

2) Placa indicativa do limite do PEPB (cota 100) à 430m de distância do início da Trilha do Piabas (des-cida para Grumari) - UTM 650373/7451753.

Vargem Pequena – Rio Vargem Pequena – Estrada da Boca do Mato

1) Placa indicativa de proximidade do Parque – estra-da da Boca do Mato (próximo da Av. dos Bandeiran-tes – Vargem Pequena), próximo a casa nº 829 – 13 m de altitude – UTM 659206/7457974.

Vargem Grande – Rio Morto – Estrada do Sacarrão

1) Placa indicativa de proximidade do Parque – iní-cio da estrada do Sacarrão – 8 m de altitude – UTM

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654679/7458040.

2) Placa de indicação do PEPB – cota 100 m – estrada do Sacarrão - UTM 7459866-656419.

Vargem Grande – Rio Paineiras – Estrada do Mucu-íba

1) Placa indicativa de proximidade do Parque – próxi-ma a AMBEP, na estrada do Mucuíba – cota 30 m de altitude – UTM 654445/7459273.

Vargem Grande – Estrada da Toca Grande e Estrada do Morgado

1) Placa indicação de proximidade do Parque – Estra-da dos Bandeirantes (início da Estrada do Morgado, em frente ao Haras Pégasus) – cota 10 m de altitude - UTM 653798-7458219.

2) Placa indicação de proximidade do Parque – Es-trada da Toca Grande - próxima à entrada do Sítio da Cachoeira – cota 30 m de altitude – UTM 653411-7458540.

3) Placa de indicação do PEPB (depois da bifurcação na Estrada da Toca Grande à 90 m de altitude) – cota 100 m de altitude – UTM 653107-7458915.

Barra de Guaratiba – Rua da Bica

1) Placa indicação de proximidade do Parque – Rua da Bica (ao fim Capela Nª Srª da Saúde – cota 100 m de altitude – UTM 647282-7448809).

3.2.1.3. Sinalização Interna à unidade de conservação – SI

Placa interpretativa e informativa dos atributos geo-ambientais relevantes (TOTAL: 63 PLACAS)

a) Para placas de sinalização a partir dos limites do PEPB (cota 100 m)

As placas também poderão ser colocadas próximas à(s) entrada(s) principal(is), tais como a sede, subsede (acima da cota altimétrica de 100 m - limite do PEPB) – podendo estar também incorporada a um pórtico ou outro elemento construtivo da Unidade (áreas e de-pendências internas), em locais visíveis e de acesso dos transeuntes ao Parque. As placas próximas às en-tradas do PEPB, devem indicar a natureza do acesso, para pedestres e motoristas, dia e horário de funcio-namento e mensagens de condições de uso e visitação

adequadas a cada situação, do seguinte tipo: “Acesso somente com autorização”; “Não é permitido: Instru-mento musical ou aparelhos sonoros, bebidas alcóoli-cas, acesso de animais domésticos, caçar, pescar, re-tirar plantas, tomar banho nos rios, fazer fogueiras ou churrascos, piquenique e camping, bicicletas, motos e cavalos.”.

ABAIXO SEGUE 1 (UM) EXEMPLO:

(1) Padrão Placa: Símbolo da Unidade + Nome da Unidade + Horário e dias de abertura e fechamento + Lei de criação + Mensagem: “Não é permitido...”.

LOCALIZAÇÃO:

Bacia do Rio Grande – Estrada Pau da Fome

1) Placa no portão de entrada da Sede do PEPB (gua-rita de acesso à 125 m de altitude) - UTM 659862-7463159.

Bacia do Rio Camorim – Estrada do Camorim

1) Placa no portão de entrada da Subsede do PEPB (guarita de acesso à 125 m de altitude) – UTM 660412-7458987.

Bacia do Rio Piraquara – Estrada do Rio Piraquara

1) Placa no portão de entrada da futura Subsede PEPB (próxima à adutora à 100 m de altitude) – UTM 659128-7466600.

b) Para placas de sinalização dentro do PEPB (acima cota 100 m), em trilhas e caminhos.

As placas das trilhas e caminhos que tiverem cunho indicativo, proibitivo, de interpretação e educação ambiental, serão do seguinte tipo: “Preserve a nature-za, ela faz parte de sua vida”; “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “Não jogue pontas de cigarro, elas podem causar incêndio”; “Provocar incêndio é crime ambiental”; “Jogue lixo em locais apropriados – tempo de decomposição: vidro – 1 milhão de anos,

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lata – 80 a 100 anos, plástico – 30 a 40 anos, pontas de cigarro: 10 a 20 anos”; “Trilha fechada para per-mitir a regeneração da vegetação” ou “Trilha inter-rompida por desmoronamentos”; “É crime ambiental poluir cursos d´água, desmatar, caçar e matar animais silvestres e espécies raras e em extinção, promover construção sem autorização – Lei Federal nº 9.605 de 1998”; “Respeite e colabore na conservação do nosso Parque. Não é permitido danificar, pichar, escrever ou riscar pedras, placas e árvores.”.

ABAIXO SEGUEM 5 (CINCO) EXEMPLOS:

(1) Padrão Placa: Símbolo da Unidade + Lei de cria-ção + Mensagem: “Preserve a natureza...”.

LOCALIZAÇÃO:

Bacia do Rio Grande – Comunidade do Pau da Fome

1) Entrada da comunidade Pau da Fome – cota 100 m – UTM 659814-7463245. Placa indicativa e in-terpretativa: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de

1974”; “Jogue lixo em locais apropriados – tempo de decomposição: vidro – 1 milhão de anos, lata – 80 a 100 anos, plástico – 30 a 40 anos, pontas de cigarro: 10 a 20 anos”.

Condomínio Calhariz e Trilha do Quilombo (próximo à Sede do PEPB)

1) No entroncamento entre a trilha do rio Grande e a trilha do Quilombo, placa indicando o início da trilha do Quilombo – UTM 660000-7462916. Placa infor-mativa, proibitiva e interpretativa: “Trilha do Qui-lombo. Respeite e colabore na conservação do nosso Parque. Não é permitido danificar, pichar, escrever ou riscar pedras, placas e árvores.”.

2) Ponto de captação de água, onde a trilha cruza ria-cho - 328 m de distância, 165m de altitude – UTM 660094-7462793. Placa interpretativa e proibitiva: “É crime ambiental poluir cursos d´água, desmatar, ca-çar e matar animais silvestres e espécies raras e em extinção, promover construção sem autorização – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

3) Entrada de provável propriedade particular, com bambu - 400 m de distância - 175 m de altitude, co-locar placa informativa de restrição de ocupação por estar em Unidade de Conservação – UTM 660101-7462824. Placa indicativa e interpretativa: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadu-al nº 2377 de 28 de junho de 1974”.

4) Placa indicativa do caminho correto da trilha do Quilombo à 600 m de distância, bifurcação à direita - 205 de altitude – UTM 660285-7462629. Placa in-dicativa: “Trilha fechada para permitir a regeneração da vegetação”

5) Placa indicativa do caminho correto da trilha do Quilombo à 920 m de distância, bifurcação, virar à esquerda - 285 de altitude – UTM 659913-746375. Placa interpretativa: “Preserve a natureza, ela faz par-te de sua vida”.

Bacia do Rio Camorim – Trilha do Camorim (Subse-de do PEPB)

1) Caminho do Leopoldo, no interior do condomí-nio a 132 m de altitude – UTM 0661968/7459938. Placa interpretativa e proibitiva: “É crime ambiental poluir cursos d´água, desmatar, caçar e matar animais silvestres e espécies raras e em extinção, promover construção sem autorização – Lei Federal nº 9.605 de

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1998”.

2) Caminho do Leopoldo, no interior do condomínio a 220 m de altitude - em platô perto da casa No. 51 - dona Elaine – UTM 0661866 / 7460173. Placa in-terpretativa e proibitiva: “Qualquer ato que provoque incêndio é crime ambiental - Lei Federal nº 9.605 de 1998”

3) Mirante do Camorim – 353 m de distância do iní-cio da trilha – 175 m de altitude – UTM 0660238-7458754. Placa interpretativa e proibitiva, podendo conter desenho técnico sobre o local (para adultos e crianças): “Não jogue pontas de cigarro, nem solte balões, eles podem causar incêndio”; “Qualquer ato que provoque incêndio é crime ambiental - Lei Fede-ral nº 9.605 de 1998”.

4) Placa interpretativa a 712 m de distância do início da trilha. Deve conter placa com seta indicativa para continuação da trilha do Camorim – 230 m de altitude – UTM 659940-7458859. Placa indicativa (para não entrar na bifurcação à direita): “Trilha fechada para permitir a regeneração da vegetação”

5) Placa com seta indicativa para direção correta da trilha do Camorim - 1.060 m de distância e 265 m de altitude do início da trilha – UTM 659714-7458919. Placa indicativa (para não entrar na bifurcação à di-reita): “Trilha fechada para permitir a regeneração da vegetação”

6) Placa com seta indicativa para direção correta da trilha do Camorim - 1.099 m de distância e 270 m de altitude do início da trilha – UTM 659701-7458955. Para não entrar na bifurcação para um sítio existente à esquerda de quem está indo ao açude (presença de cerca de arame farpado) – o caminho ao lado da cer-ca segue até Vargem Pequena. Placa indicativa (para não entrar à esquerda): “Trilha fechada para manu-tenção”.

7) Placa interpretativa - a 1.811 m de distância e 370 m de altitude do início da trilha (perto de poste antigo de luz de ferro) – UTM 659425-7459229. Placa in-terpretativa e proibitiva: “Respeite e colabore na con-servação do nosso Parque. Não é permitido danificar, pichar, escrever ou riscar pedras, placas e árvores.”.

8) Placa interpretativa (educação ambiental) no mar-co a 2.010 m de distância e 390 m de altitude do início da trilha – UTM 659315-7459318. Placa interpretati-va, informativa e proibitiva: “Cachoeira do Camorim – Não é permitido banho (Lei Estadual nº 2377 de 28

de junho de 1974)”.

9) Placa interpretativa - 2.323 m de distância e 410 m de altitude do início da trilha – UTM 659290-7459622. Placa interpretativa: “Preserve a Mata Atlântica - pre-sença de Embaúba” (próximo à bananeiras).

10) Açude do Camorim - 3.117 m de distância e 430 m de altitude do início da trilha - UTM 659343-7460152. Placa indicativa, interpretativa e proibitiva: “Açude do Camorim, não é permitido banho – Repre-sa construída em 1906 - É crime ambiental poluir cur-sos d´água, desmatar, caçar e matar animais silvestres e espécies raras e em extinção - Lei Federal nº 9.605 de 1998.”.

Trilha do Rio Piraquara

1) Trilha do Piraquara a 105-110 m de altitude (proxi-midade da antiga represa) – UTM 659136-7466524. Placa interpretativa e proibitiva: “É crime ambiental poluir cursos d´água, desmatar, caçar e matar animais silvestres e espécies raras e em extinção – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

2) Trilha do Piraquara a 120 m de altitude – 640m de distância – UTM 659115-7466474. Placa interpretati-va e proibitiva: “Respeite e colabore na conservação do nosso Parque. Não é permitido danificar, pichar, escrever ou riscar pedras, placas e árvores”.

3) Trilha do Piraquara a 125 m de altitude – UTM 659101-7466439. Placa informativa (da trilha prin-cipal e de fechamento de bifurcação à esquerda): “Acesso fechado para permitir a regeneração da ve-getação”

4) Trilha do Piraquara a 168m de altitude – UTM 659019-7466359. Placa proibitiva: “Não é permitido banho. É crime ambiental poluir cursos d´água, des-matar, caçar e matar animais silvestres e espécies ra-ras e em extinção - Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

5) Trilha do Piraquara a 195 m de altitude - 1.475m de distância – UTM 658948-7466299. Placa indicativa (bifurcação à direita): “Acesso fechado para permitir a regeneração da vegetação”.

6) Trilha do Piraquara a 210 m de altitude – 1.547m de distância – UTM 658860-7466267. Placa interpre-tativa: “Preserve a Mata Atlântica - presença de Pau Brasil em estágio inicial de regeneração”

7) Trilha do Piraquara a 210 m de altitude – 1.510m de distância – UTM 658868-7466255. Placa indicati-

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va (bifurcação à direita): “Acesso fechado para per-mitir a regeneração da vegetação”.

8) Trilha do Piraquara a 230 m de altitude – 1.692 m de distância – UTM 658778-7466222. Placa inter-pretativa e proibitiva: “Respeite e colabore na con-servação do nosso Parque. Não é permitido danificar, pichar, escrever ou riscar pedras, placas e árvores.”.

9) Trilha do Piraquara a 310 m de altitude – 1.937 m de distância – UTM 658396-7465931. Placa indicati-va: “Fim da trilha do Piraquara - Acesso fechado para permitir a regeneração da vegetação.”.

Bacia do Rio Piraquara – Rua Mantiqueira – Realen-go

1) Entrada da comunidade do Rio Piraquara - cota 135 m – casa Sra. Roseli – – UTM 0659525-7466588. Placa interpretativa e proibitiva: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “Provocar incêndio e pro-mover construção sem autorização é crime ambiental – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

Comunidade São Jorge – Rio Caranguejo – Realengo

1) Entrada da comunidade São Jorge - cota 100 a 110 m – UTM 660116-7466475. Placa interpretativa e proibitiva: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “Provocar incêndio e promover construção sem autorização é crime ambiental – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

2) Caminho da Comunidade São Jorge - cota 150 m – UTM 660088-7466288. Placa interpretativa e probi-tiva: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, pre-serve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “Provocar incêndio e promover construção sem auto-rização é crime ambiental – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

Bacia do Engenho Velho - Vale dos Teixeiras – Estra-da dos Teixeiras – Comunidade do Vale dos Teixeiras

1) Placa indicativa sobre PEPB na estrada dos Teixei-ras – cota 190 m - próxima a casa nº 2.000 (Sr. Carlos José Paiva) – UTM 661268-7466402. Placa informa-tiva e proibitiva: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “Provocar incêndio e promover construção sem autorização é crime ambiental – Lei Federal nº

9.605 de 1998”.

Bacia do Rio Pequeno - Comunidade Santa Maria e Vale da Bênção - Taquara

1) Caminho da Comunidade Santa Maria - cota 130 m – UTM 661986/7465450. Placa informativa e proi-bitiva: “É crime ambiental poluir cursos d´água, pro-vocar incêndio, desmatar, caçar e matar animais sil-vestres ou espécies raras e em extinção – Lei Federal nº 9.605 de 1998”; “Preserve o Parque Estadual da Pedra Branca – PEPB – ele é seu! – Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”.

Bacia do Rio Pequeno - Caminho do Rio Pequeno - Taquara

1) Caminho do Rio Pequeno - 120m/h – UTM 660099/7464731. Placa interpretativa e proibitiva: “É crime ambiental poluir cursos d´água, desmatar, caçar e matar animais silvestres e espécies raras e em extinção, promover construção sem autorização – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

2) Caminho do Rio Pequeno à 130 a 138 m de altitude - próxima a barraca do Sr. Antônio de Oliveira Corrêa – UTM 660003/7464691. Placa interpretativa: “Jogue lixo em locais apropriados – tempo de decomposição: vidro – 1 milhão de anos, lata – 80 a 100 anos, plásti-co – 30 a 40 anos”.

3) Caminho do Rio Pequeno à 145m de altitude - Pro-priedade do Santo Daime - casa “Igreja do Culto Eclé-tico da Fluente Luz Universal Virgem da Luz” - UTM 659658/7464488. Placa interpretativa e proibitiva: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “Provocar incêndio e promover construção sem autorização é crime ambiental – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

Rio da Prata – Caminho do Morro dos Caboclos - Campo Grande

1) Caminho do Morro dos Caboclos à 320 m de alti-tude – 949 m de distância – UTM 652216/7462000. Placa informativa e proibitiva: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “Provocar incêndio e promover construção sem autorização é crime ambiental – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

2) Caminho do Morro dos Caboclos à 360 m de alti-tude – 1.157 m de distância - UTM 652271/7461737. Placa proibitiva: “É crime ambiental poluir cursos d´água, provocar incêndio, desmatar, caçar e matar

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animais silvestres ou espécies raras e em extinção – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

Caminho do Morro dos Caboclos - Caminho do Cêdro - Campo Grande

1) Caminho do Cêdro - cota 100 m - poste luz Nº 6144-47 – UTM 653815/7459668. Placa informativa, interpretativa e proibitiva: “É crime ambiental poluir cursos d´água, provocar incêndio, desmatar, caçar e matar animais silvestres ou espécies raras e em ex-tinção – Lei Federal nº 9.605 de 1998”; “Preserve o Parque Estadual da Pedra Branca – PEPB – ele é seu! – Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”.

Estrada das Tachas - Guaratiba

1) À 5 km de distância do início da Estrada das Ta-chas, à 183 m de altitude – UTM 650662/7461058. Placa informativa, interpretativa e proibitiva: “É cri-me ambiental poluir cursos d´água, provocar incên-dio, desmatar, caçar e matar animais silvestres ou es-pécies raras e em extinção – Lei Federal nº 9.605 de 1998”; “Preserve o Parque Estadual da Pedra Branca – PEPB – ele é seu! – Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”.

2) À 235 m de altitude – próximo a entrada do sítio do Sr. Roberto Nascimento, no. 253 (chegando a estrada do Morro dos Caboclos) – UTM 650822/7461634. Placa interpretativa e proibitiva: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “Qualquer ato que provo-que incêndio e promover construção sem autorização é crime ambiental – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

Estrada da Grota Funda - Guaratiba

1) Cota 100 m - UTM 651039/7154923 - portão de madeira casa 508 e lado direito de quem sobe casa 509 - colocar placa informativa do limite (cota 100) do PEPB. Placa interpretativa e proibitiva: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadu-al nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “Provocar incên-dio e promover construção sem autorização é crime ambiental – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

Estrada Velha do Grumari – Trilha do Morro do Pia-bas - Grumari

1) Mirante à 70m de altitude - 151m de distância, na trilha do Morro do Piabas – UTM 650985/7452582. Placa interpretativa e proibitiva: “É crime ambiental

poluir cursos d´água, provocar incêndio, desmatar, caçar e matar animais silvestres ou espécies raras e em extinção – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

2) Trilha do Morro do Piabas – chão de pedras e lama à 90m de altitude, 292 m de distância, casa com data de construção de 1947 – UTM 650908/7452532. À esquerda variante e à direita placa rústica deve ser substituída. Placa informativa (do caminho correto para Grumari) e proibitiva: “Trilha para Grumari - É crime ambiental poluir cursos d´água, provocar in-cêndio, desmatar, caçar e matar animais silvestres ou espécies raras e em extinção – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

3) Várias bifurcações à 95 m de altitude - 340 m de distância - seguir chão de cimento e pedra - mirante UTM 650886/7452514. Placa indicativa (do caminho correto para Grumari) e proibitiva: “Trilha para Gru-mari - Provocar incêndio e promover construção sem autorização é crime ambiental – Lei Federal nº 9.605 de 1998”

4) Limite do PEPB (cota 100 m) próxima de uma casa à 123 m de altitude - 479m de distância - UTM 650856/7452502. Placa indicativa: “O Parque Esta-dual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”.

5) Riacho à 950 m de distância – 150 m de altitu-de – UTM 650619/7452327. Placa interpretativa e proibitiva: “É crime ambiental poluir cursos d´água, provocar incêndio, desmatar, caçar e matar animais silvestres ou espécies raras e em extinção – Lei Fede-ral nº 9.605 de 1998”.

6) Entre 154 m e 180 m de altitude - 1.109 m de distância (casa portão de ferro à direita) – UTM 650472/7452208. Placa interpretativa e proibitiva: “Não jogue lixo na natureza. É crime ambiental po-luir cursos d´água, desmatar, caçar, matar animais sil-vestres ou espécies raras e em extinção e promover construção sem autorização – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

Vargem Pequena – Rio Vargem Pequena – Estrada da Boca do Mato

1) Estrada da Boca do Mato – início da trilha para a represa do Camorim que passa pelo Sítio do Sr. Ro-berto (rua Frei Tibúrcio) - UTM 659415/7457868. Placa interpretativa e proibitiva: “É crime ambiental poluir cursos d´água, provocar incêndio, desmatar, caçar e matar animais silvestres ou espécies raras e

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em extinção – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

Vargem Grande – Rio Morto – Estrada do Sacarrão

1) Construção da CEDAE (caixa d´água e encana-mentos) à 120 m de altitude – UTM 656536/7460036. Placa interpretativa e proibitiva: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “É crime ambiental poluir cursos d´água, provocar incêndio, desmatar, caçar e matar animais silvestres ou espécies raras e em extin-ção – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

2) À 280 m de altitude, próxima a casa de D. Elza Ma-ria Knup de Ponsen (atrás da casa, início da trilha do Sacarrão) – UTM 657648/7460327. Placa indicativa e proibitiva: “Trilha do Sacarrão - Provocar incêndio e promover construção sem autorização é crime am-biental – Lei Federal nº 9.605 de 1998”

Vargem Grande – Rio Paineiras – Estrada do Mucu-íba

1) Cota 135 m de altitude - próximo a casa “Solar duas vidas”, lote 1 – UTM 655435/7460237. Placa indicativa e proibitiva: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “É crime ambiental poluir cursos d´água, provocar incêndio, desmatar, caçar e matar animais silvestres ou espécies raras e em extinção – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

2) Cota 150 m de altitude - próxima à entrada de uma casa à direita de quem sobe lote 7 – UTM 655514/7460324. Placa interpretativa e proibitiva: “Provocar incêndio e promover construção sem au-torização é crime ambiental – Lei Federal nº 9.605 de 1998”

Vargem Grande – Estrada da Toca Grande – Comuni-dade da Toca Grande e Estrada do Mor gado

1) Cota 170 m de altitude – Estrada da Toca Gran-de - medidor de luz nº 460292 (casa abandonada – lote 4) – UTM 652682-7459015. Placa informativa e proibitiva: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “É crime ambiental poluir cursos d´água, provocar incêndio, desmatar, caçar e matar animais silvestres ou espécies raras e em extinção – Lei Fede-ral nº 9.605 de 1998”.

2) Cota 170 m de altitude – Estrada do Morgado (en-

troncamento com a trilha do Morgado, próxima a casa nº 55 do Sr. Julio Gama) – UTM 652220-7457935. Placa informativa e proibitiva: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “É crime ambiental poluir cursos d´água, provocar incêndios, desmatar, caçar e matar animais silvestres ou espécies raras e em extin-ção – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

Barra de Guaratiba – Trilha das Praias do Inferno, do Meio, Funda e Perigoso:

1) Cota 125 m de altitude – rua da Bica - próximo da casa nº 373 da Sra. Eliane Campos da Silva – UTM 647394-7448815. Placa informativa e proibitiva: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “Provocar incêndio e promover construção sem autorização é crime ambiental – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

2) Cota 150 m de altitude – casa de portão azul (entre Caminho da Bica e Travessa da Vendinha) - trilha das Praias – UTM 647489-7448772. Placa informativa e proibitiva: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “Provocar incêndio e promover construção sem autorização é crime ambiental – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

3) Cota 240 m de altitude – bifurcação na trilha das Praias (virada do divisor – vista do mar) – UTM 647878-7448917. Placa interpretativa e proibitiva: “É crime ambiental poluir cursos d´água, provocar incêndio, desmatar, caçar e matar animais silvestres ou espécies raras e em extinção – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

4) Cota 180 m de altitude. Várias bifurcações (praia do Inferno – 1a. bifurcação à esquerda, praia do Peri-goso – 2a. bifurcação à esquerda e praias funda e do meio – 2a. bifurcação à esquerda e à direita, respec-tivamente) – UTM 648093-7448968. Placa indicati-va (bifurcações) e interpretativa: “Praia do Perigoso, Praia Funda e Praia do Meio. Leve o lixo com você, não suje a natureza! Tempo de decomposição: vidro – 1 milhão de anos, lata – 80 a 100 anos, plástico – 30 a 40 anos”.

5) Cota 140 m de altitude. Nova bifurcação (indi-car trilha praia do Meio à direita) – UTM 648214-7448985. Placa indicativa (bifurcação) e proibitiva: “Praia do Meio. Qualquer ato que provoque incêndio é crime ambiental – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

Page 43: Plano de Estruturação do Parque Estadual da Pedra Branca

42 | BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental

Levantamento, Mapeamento e Caracterização Sócio-Econômica da População Residente

BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental | 43

Placas de Sinalização na Zona de Amortecimento (até a Cota 100 m)

Bacia do Rio Grande - Estrada do Pau da Fome (Ta-quara) - 1a

6) Cota 108 m de altitude. Nova bifurcação da Praia Funda à esquerda e Praia do Meio à direita – UTM 648245-7448915. Placa indicativa (bifurcação) e in-terpretativa: “Praia Funda e Praia do Meio. Leve o lixo com você, não suje a natureza!”.

7) Cota 100 m de altitude e à 1250 m de distância. Fim da trilha à 1.700 m de distância – UTM 648280-7448917. Placa indicativa e interpretativa: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadu-al nº 2377 de 28 de junho de 1974”.

8) Cota 100 m de altitude, caminho do Picão (entre caminho do Perigoso e caminho das Estrelas), próxi-mo à casa nº 31 do Sr. Carlos Augusto. UTM: 647036-7447804. Placa indicativa, interpretativa e proibitiva: “O Parque Estadual da Pedra Branca é seu, preserve! Lei Estadual nº 2377 de 28 de junho de 1974”; “É cri-me ambiental poluir cursos d´água, desmatar, caçar, matar animais silvestres ou espécies raras e em ex-tinção e promover construção sem autorização – Lei Federal nº 9.605 de 1998”.

3.2.2. Mapa digital da localização dos pontos de alocação das placas de sinalização (mapas em anexo – formato A0)

3.2.2.1. Localização das placas de sinalização através do uso de SGI

Todas as 100 placas, indicadas no relatório de me-dição nº 6, passaram pela fase final de mapeamento, através do software Arcview GIS 3.2, utilizando a mesma base digital para a localização das ocupações no PEPB. Conforme mencionado no relatório de me-dição nº 5, cada ponto de sinalização está constando de um Banco de Dados Geográfico – BDG (com ge-ocódigo ou identificador – “Id” – na tabela de atribu-tos do mapa gráfico), com as seguintes informações: a referência geográfica (coordenadas em UTM) e o conteúdo da sinalização (observações).

Para complementar e dar suporte na fase de colocação das placas de sinalização foi montado um banco de dados fotográfico demonstrativo do local onde deverá ser instalada a sinalização, permitindo à administra-ção do Parque, atualizar e monitorar a manutenção de cada placa. Algumas fotos também fazem parte do acervo do BDG, conforme poderá ser visualizado nos mapas em anexo.

3.2.2.2 – Relatório fotográfico

DE

E.M.

PAU DA FOME

R.PE.

SALLES

BARBOSA

ESTR.DO

RUA MIN.

AV.JéLIO

LARGO DO

PASSAREDOR.EDUARDO

R.PROF.S.AGOSTINHO

MENDICUTE

CONDOMÖNIO R.FERNANDOJ.DA SILVA

RIO GRANDE

RIO GRANDE

FRANCIS HIME

DA CONCEIÇÃOIGR.DE N.SRA.

R.JAYME FLORÒNCIO

Bacia do Rio Pequeno - Caminho Pequeno (Taquara) - 2

Bacia do Rio Grande - Estrada do Pau da Fome (Ta-quara) - 1

Page 44: Plano de Estruturação do Parque Estadual da Pedra Branca

Plano de Estruturação do Parque da Pedra Branca

44 | BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental | 45

Bacia do Rio Pequeno - Santa Maria (Taquara) - 2a

Bacia do Rio Piraquara - Rua Aurora (Realengo) - 3

Bacia do Rio da Prata - Caminho do Morro dos Cabo-clos (Campo Grande) - 3 a

Bacia do Rio da Prata - Caminho do Morro dos Cabo-clos (Campo Grande) - 3 b

Bacia do Rio da Prata - Caminho do Morro dos Cabo-clos (Campo Grande) - 3 c

Bacia do Rio da Prata - Estrada das Tachas (Guarati-ba) - 4 a

Page 45: Plano de Estruturação do Parque Estadual da Pedra Branca

44 | BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental

Levantamento, Mapeamento e Caracterização Sócio-Econômica da População Residente

BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental | 45

N

CA

MI

HO

DO

RUA

RIO

VALE DO

VALE DO

CALHARIZ

PEDRA DO

CALHARIZ

CALHARINS

Bacia do Rio da Prata - Estrada das Tachas (Guarati-ba) - 4 b

Barra de Guaratiba - Rua da Bica - 5

Calharins - Caminho do Quilombo (Taquara) - 6

Estrada Velha de Grumari - Estrada do Pombal / Pia-bas (Grumari) - 7

Estrada da Grota Funda (Guaratiba) - 8

Estrada do Boiúna / Curumaú (Sulacap) - 10

Page 46: Plano de Estruturação do Parque Estadual da Pedra Branca

Plano de Estruturação do Parque da Pedra Branca

46 | BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental | 47

Estrada do Boiúna / Peri Mirim (Sulacap) - 10 c

Estrada do Boiúna / Peri Mirim (Sulacap) - 10 b

Estrada do Boiúna / Pereiro (Sulacap) - 10 a Estrada do Camorim (Jacarepagua) - 9

Estrada do Camorim (Jacarepagua) - 9 a

Estrada do Camorim (Jacarepagua) - 9 b

Page 47: Plano de Estruturação do Parque Estadual da Pedra Branca

46 | BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental

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Estrada do Camorim (Jacarepagua) - 9 c

Estrada do Catonho (Sulacap) - 11

Estrada do Catonho (Sulacap) - 11 a

Estrada do Rio Piraquara (Realengo) - 3 d

Estrada dos Teixeiras / Jardim Novo (Sulacap) - 12

Estrada Velha do Grumari / Estrada do Pombal / Pia-bas (Grumari) - 13

Page 48: Plano de Estruturação do Parque Estadual da Pedra Branca

Plano de Estruturação do Parque da Pedra Branca

48 | BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental | 49

Vargem Grande / Estrada da Toca Grande e Morgado - 16

Vargem Grande / Estrada da Toca Grande e Morgado - 16 a

Vargem Grande / Estrada da Toca Grande e Morgado - 16 b

Pau da Fome (Taquara) - 14

C

N

R.

C.

CA

MI

HO

DO

DO

RUA

RUA

RUA

RIO

M.A.

M.A.

M.A.

DIQUE

GRANDE

VALE DO

ESTRADA

RUA 1

CALHARIZ

CALHARIZ

CALHARINS

CALHARINS

LOTEAMENTO

DA PEDRA BRANCADA PEDRA BRANCA

Pau da Fome (Taquara) - 14 a

Serra do Viegas / Rio do Registro (Travessa Florinda) - 15

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Vargem Grande / Rio Paineiras - Estrada do Macuiba - 16 e

Vargem Grande / Rio Morto - Estrada do Sacarrão - 16 d

Vargem Grande / Rio Morto - Estrada do Sacarrão - 16 c

Vargem Pequena - Estrada da Boca do Mato - 17

3.2.2.3 – Relatório fotográfico

Placas de Sinalização internas à unidade de conserva-ção - SI (acima da cota 100 m)

Bacia do Engenho Velho (Vale dos Teixeiras) - 1

Page 50: Plano de Estruturação do Parque Estadual da Pedra Branca

Plano de Estruturação do Parque da Pedra Branca

50 | BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental | 51

Bacia Rio Pequeno - Caminho do Rio Pequeno (Ta-quara) - 4, 4 a, 4 b e 4 c

Bacia Rio Pequeno - Comunidade Sta. Maria e Vale da Benção - 4 c

Bacia Rio Camorim (Estrada do Camorim) - 2

Bacia Rio Camorim (Trilha Camorim - Subsede) - 2, 2 i, 2 g, 1, 2 a, 2 b, 2 c, 2 d, 2 e, 2 f, e 2 h

Bacia Rio Grande (Estrada do Pau da Fome) - 3

Bacia Rio Grande - Pau da Fome (Comunidade) 3 a

Page 51: Plano de Estruturação do Parque Estadual da Pedra Branca

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Caminho Morro dos Caboclos - Caminho do Cedro (Campo Grande) - 7

Condomínio Calhariz - Trilha do Quilombo - 9, 9 a, 9 b, 9 c e 9 d

Bacia Rio Piraquara - Estrada do Rio Piraquara - 5

Barra Guaratiba - Trilha das Praias do Inferno; Meio; Funda e Perigoso - 6, 6 a, 6 b, 6 c, 6 d, 6 e, 6 f, 6 g

Bacia do Piraquara - Rua Mantiqueira (Realengo) - 5 a Comunidade São Jorge - Rio Carangueijo (Realengo)

8 e 8 a

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Plano de Estruturação do Parque da Pedra Branca

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Estrada das Tachas (Guaratiba) - 11 e 11 a

Estrada da Grota Funda (Guaratiba) - 10

Estrada Velha do Grumari - Trilha Morro Piabas (Gru-mari) - 12, 12 a, 12 b, 12 c, 12 d e 12 e

Rio da Prata - Morro dos Caboclos (Campo Grande) - 13 e 13 a

Trilha do Rio Piraquara - 14, 14 a, 14 b, 14 c, 14 d, 14 e, 14 f, 14 g e 14 h

Vargem Grande - Estrada da Toca Grande (Comuni-dade) e Morgado - 15 e 15 a

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Levantamento, Mapeamento e Caracterização Sócio-Econômica da População Residente

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Vargem Pequena - Rio Vargem Pequena (Estrada da Boca do Mato) - 17

Vargem Grande - Rio Morto (Estrada do Sacarrão) 16 e 16 a

Vargem Grande - Rio Paineiras (Estrada do Macuíba) - 16 b e 16 c

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Levantamento, Mapeamento e Caracterização Sócio-Econômica da População Residente

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4. PROPOSTA E IMPLANTAÇÃO DE AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA AS COMUNIDADES RESIDENTES

Esta etapa do projeto se traduz na implementação de ações efetivas de educação ambiental, em continui-dade e consonância às atividades que já vêm sendo desenvolvidas pela administração do Parque. Os prin-cipais procedimentos adotados para tornar viável a realização das ações educativas foram:

Levantamento das principais representações sociais do PEPB, na área selecionada para a realização das ações de EA;

Reunião (em 28/11/2003) com a Diretora do PEPB (Neila Maria Osório Cortes) e os responsáveis pelas ações de EA no PEPB, com objetivo de definir as pri-meiras ações de EA com as comunidades locais;

Definição e implementação das ações estabelecidas.

Definidas as principais ações, estas foram estrutura-das e colocadas efetivamente em prática, conforme será mostrado nos subitens a seguir.

4.1. estruturação e iMpleMentação de reuniões coMunitárias

Foram realizadas no decorrer do desenvolvimento do projeto, três reuniões comunitárias:

4.1.1. Primeira reunião comunitária de educação ambiental

A primeira reunião comunitária foi realizada na sede do Parque, no dia 18/01/2004. Participaram da reu-nião: (a) as representações sociais relativas às comu-nidades do PEPB; (b) os técnicos do Instituto Terra responsáveis pelas atividades de EA; (c) a Diretora do PEPB, num total de 27 participantes (ver fotos no item 4.4)

A reunião teve a seguinte pauta:

Quem somos dentro da comunidade ?

O Parque e a sua importância para as comunidades locais

As condições legais das ocupações existentes no inte-rior da área protegida;

O papel da comunidade na conservação do Parque;

O sistema de sinalização do Parque;

Atividades educativas a serem implementadas com as comunidades.

4.1.1.1. Principais resultados obtidos

Dentre os principais resultados obtidos nas discussões realizadas destacam-se:

A necessidade de ter os moradores locais participando ativamente das

principais ações conservacionistas aos recursos do PEPB;

A preocupação que os próprios moradores devem ter, em conjunto com a administração, com o controle do avanço da ocupação, já que é terminantemente proi-bido construir no interior do Parque. Além do que, foi ressaltado que isso certamente irá não somente comprometer os recursos naturais da área e a própria qualidade de vida dos próprios moradores.

A importância da atuação da população local na con-servação das placas de sinalização e denúncia de ações de vandalismo que porventura ocorram no local.

4.1.2. Segunda reunião comunitária de educação ambiental

A segunda reunião comunitária também foi realizada na sede do Parque, no dia 20/03/2004. Participaram da reunião: (a) as representações sociais relativas às comunidades do PEPB; (b) os técnicos do Instituto Terra responsáveis pelas atividades de EA; (c) a Dire-tora do PEPB, num total de 18 participantes (ver fotos no item 4.4).

A reunião teve a seguinte pauta:

Que ações básicas podem ser implementadas pelos moradores para efetivamente conservar os recursos do Parque;

Apresentação de uma proposta de criação de um Pro-jeto “Voluntários do Parque”.

4.1.2.1. Principais resultados obtidos

Dentre os principais resultados obtidos nas discussões realizadas destacam-se:

A aprovação, por unanimidade, da criação, por parte da administração do PEPB, de um projeto de volunta-riado, como início das ações coletivas de conservação dos recursos naturais (gestão participativa);

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Plano de Estruturação do Parque da Pedra Branca

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Aprovação da realização de um mini-curso para capa-citação dos moradores locais em práticas sustentáveis de conservação ambiental.

4.1.3. Terceira reunião comunitária de educação ambiental

O sucesso das duas reuniões comunitárias realizadas nos meses de janeiro e março de 2004, aliada à plena aceitação do projeto voluntariado, por parte de todos os participantes, conduziu a equipe envolvida, à pre-paração da terceira reunião comunitária, realizada no dia 03/09/2004, na Associação de Moradores do Rio da Prata de Campo Grande. Participaram da reunião: (a) as representações sociais relativas às comunidades do Rio da Prata (incluindo o presidente da associação de moradores) e arredores; (b) os técnicos do Insti-tuto Terra responsáveis pelas atividades de EA e (c) palestrante convidado e guia de turismo regional pela EMBRATUR – Flávio Melo, num total de 35 partici-pantes (ver fotos no item 4.4).

Essa reunião teve os mesmos objetivos das reuni-ões anteriores, qual seja, difundir para outras áreas, a exemplo de Campo Grande e bairros adjacentes, informações sobre as características do Parque e a importância de sua conservação, bem como a pro-posta de criação do projeto “Voluntários do Parque”, ganhando novas adesões (população residente ou não no parque e sua periferia) de pessoas que queiram, de alguma forma, participar das ações de proteção e/ou recuperação de áreas do parque.

4.1.3.1. Principais resultados obtidos

Encaminhamento formal à presidência do IEF/RJ, do pedido de implantação de uma sub-sede do Parque, no vale do rio da Prata de Campo Grande, para fins de controle do acesso de visitantes e invasores.

Aprovação, por unanimidade, da proposta de criação do Projeto “Voluntários do Parque”, a semelhança do que foi aprovado na 2ª reunião realizada na sede do PEPB.

4.2. elaBoração e distriBuição de Material didático (folder, cartazes e cartilha)

Durante o desenvolvimento das atividades acima mencionadas foram confeccionados e distribuídos folders e cartazes informativos sobre o parque e a ne-cessidade de sua proteção.

Ao final dos trabalhos, foi confeccionada uma carti-lha educativa, dirigida ao público infantil, intitulada “Dicas da Drica”, contendo informações gerais sobre o parque e como proceder para ajudar a protegê-lo. A Cartilha aguarda aprovação final por parte da Comis-são de Fiscalização, para que possa ser reproduzida e distribuída.

4.3. estruturação e iMpleMentação de Mini-curso de capacitação coMunitária

A necessidade de efetiva inserção comunitária nos tra-balhos participativos de proteção aos recursos naturais do parque, conduziu a equipe de educação ambiental do projeto, juntamente com a administração da uni-dade de conservação, à estruturação e implementação do “Curso Comunitário de Práticas Sustentáveis no PEPB”, conforme escopo apresentado a seguir.

4.3.1. Escopo das atividades

4.3.1.1. Introdução e objetivos

Nos últimos meses, o Parque Estadual da Pedra Bran-ca vem passando por transformações significativas, no que diz respeito ao manejo de seus recursos natu-rais. O planejamento participativo, envolvendo vários atores sociais, tem sido a tônica principal das ações conservacionistas que estão sendo implementadas pela atual administração. As comunidades do inte-rior e entorno próximo são os alvos principais dessas ações, que envolvem trabalhos interativos de melho-ria da qualidade de vida da população residente, pa-ralelamente à mitigação dos impactos que vêm sendo causados ao meio ambiente local.

É neste contexto que foi proposto o presente curso, que tem por objetivo capacitar, através práticas con-servacionistas, os moradores de comunidades locali-zadas no interior da unidade de conservação, para que se tornem aliados à preservação da área bem como, tenham assegurada, a melhoria de sua qualidade de vida.

4.3.1.2. Público alvo

O público alvo foi constituído pela população residen-te na comunidade Monte da Paz, localizada próximo à sede administrativa do Parque, no bairro da Taquara.

Atualmente são cerca de 150 famílias que vivem no interior da área protegida, sob condições de riscos de diferentes naturezas (principalmente doenças e des-

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Levantamento, Mapeamento e Caracterização Sócio-Econômica da População Residente

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lizamentos, durante as chuvas de verão) e que vêm desenvolvendo ações nocivas ao meio ambiente local, a exemplo do lançamento de esgotos “in natura”, nos rios.

4.3.1.3. Duração e data de início

O curso foi ministrado em módulos (num total de quatro) com duração de três dias (com carga horária de 4 horas diárias), sendo ministrado em três sábados consecutivos.

A data de início do curso foi dia 13 de novembro de 2004, com as atividades a seguir discriminadas.

4.3.1.4. Módulos educativos e seu conteúdo

Foram quatro módulos, envolvendo atividades de na-turezas distintas:

Controle de vetores da Leishmaniose

a) Conteúdo programáticoCaracterísticas da doença• Principais focos de ocorrência na área do PEPB• Medidas de prevenção e controle•

b) Data de realizaçãoDia 13/11/2004 (sábado) - de 8:00 às 12:00 h•

c) PalestranteMédico veterinário Fábio Alves Gomes

Prevenção dos efeitos das chuvas de verão sobre as encostas e rios

a) Conteúdo programáticoAs chuvas e o sistema de alerta na cidade do Rio • de JaneiroOs processos erosivos nas encostas dos maciço da • Pedra BrancaAs inundações nas bacias hidrográficas do PEPB• Medidas preventivas contra os efeitos decorrentes • das chuvas

b) Data de realizaçãoDia 20/11/2004 (sábado) – de 8:00 às 12:00 h•

c) PalestranteGeólogo João Marcos de Siqueira•

Purificação dos corpos hídricos

a) Conteúdo programáticoO sistema de drenagem do PEPB• A contaminação de águas superficiais• A purificação da água potável•

O tratamento de águas residuais e de esgoto, por • métodos alternativos

b) Data de realizaçãoDia 20/11 (sábado) – de 14:00 às 18:00 h•

c) PalestrantesGeógrafa Nadja Maria Castilho da Costa• Monitor Ambiental da Comunidade do Camo-• rim, Sr. Péricles de V. Antônio (conhecido como “Peu”)

Controle de vetores da Dengue

a) Conteúdo programáticoCaracterísticas da doença• Principais focos de ocorrência na área do PEPB• Medidas de prevenção e controle•

b) Data de realização27/11 (sábado) – de 8:00 às 12:00 h•

c) PalestranteBiólogo Ambiental Jair Rosa Duarte•

4.4. relatório fotográfico dos eventos realizados

Todos os eventos realizados nesta etapa do projeto foram documentados através de atas de reunião, bem como através do relatório fotográfico, a seguir apre-sentado.

Palestrantes da primeira reunião comunitária do projeto de estru-turação, contando com a presença da administração (diretora) do PEPB.Sede – Pau da Fome (Multiuso). Foto obtida em 18/01/2004.

a) Primeira Reunião Comunitária na Sede do PEPB (Taquara)

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Plano de Estruturação do Parque da Pedra Branca

58 | BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental BID / FEEMA / Instituto Terra de Preservação Ambiental | 59

Público presente na primeira reunião comunitária. Sede – Pau da Fome (Multiuso). Foto obtida em 18/01/2004.

Palestrantes da segunda reunião comunitária do projeto de estru-turação, realizada na sede do PEPB, com a presença da diretora e de integrantes do Núcleo de Pesquisa e Educação Ambiental do PEPB. Sede – Pau da Fome (Multiuso). Fotos obtidas em 20/03/2004.

b) Segunda Reunião Comunitária na Sede do PEPB (Taquara).

Público presente na segunda reunião comunitária.Sede – Pau da Fome (Multiuso). Foto obtida em 20/03/2004.

Público presente na segunda reunião comunitária.Sede – Pau da Fome (Multiuso). Foto obtida em 20/03/2004.

Palestrantes (equipe do plano de estruturação, presidente da AMRP e guia de turismo convidado Flávio de Melo) na terceira reu-nião comunitária do projeto de estruturação, realizada na AMRP.Foto obtida em 03/09/2004.

c) Terceira Reunião Comunitária na Associação de Moradores do Rio de Prata (Campo Grande).

Público presente na terceira reunião comunitária.Sede da AMRP (Campo Grande).Foto obtida em 20/03/2004.

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Levantamento, Mapeamento e Caracterização Sócio-Econômica da População Residente

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Palestrante (Sr. João Marcos) do mini-curso na sede do PEPB (Centro de Visitantes da sede – Pau da Fome). Foto obtida em 27/11/2004.

Apresentação de vídeo informativo sobre o PEPB(cedido pelo IEF/RJ).Sede da AMRP (Campo Grande). Foto obtida em 20/03/2004.

d) Curso de capacitação da população – módulo edu-cativo referente à prevenção dos efeitos das chuvas de verão sobre as encostas e rios e purificação dos corpos d’ água.

Palestrante (Sr. Péricles Antônio) na sede do PEPB (Centro de Vi-sitantes da sede – Pau da Fome). Foto obtida em 27/11/2004.

Público presente no Centro de Visitantes da sede – Pau da Fome. Moradores da comunidade Pau da Fome e Monte da Paz. Foto obtida em 27/11/2004.

Material demonstrativo e educativo. Foto obtida em 27/11/2004.

Faixa de chamada para os mini-cursos promovidos à comunidade Pau da Fome na sede do PEPB. Foto obtida em 20/11/2004.

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Levantamento, Mapeamento e Caracterização Sócio-Econômica da População Residente

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5. LEVANTAMENTO FUNDIÁRIO

5.1. considerações iniciais

A questão fundiária de Unidades de Conservação é um grave problema em todo o país. Muitas áreas pro-tegidas foram criadas sem um estudo prévio sobre o regime jurídico das propriedades de seu interior, como é o caso do Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB). De acordo com AZEVEDO (2002):

A conseqüência (...) foi a criação de muitas Unida-des de Conservação sem nenhuma preocupação com o regime jurídico das propriedades privadas de uma política consistente de demarcação e arrecadação de terras devolutas e de critérios para incorporação des-sas áreas ao patrimônio imobiliário do poder público, a criação dessas unidades sem a correspondente im-plementação trouxe duas conseqüências:

a existência dos chamados ‘parques de papel’, ou seja, unidades de conservação criadas mas sem ne-nhuma manifestação de territorialidade, compostas por vários imóveis particulares com os mais variados usos; e/ou

a imposição ao poder público de pesadas indeniza-ções pela falta de uma política de aquisição dessas áreas (...)”.

A Lei 9985/00, Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC prevê em seu artigo 11, Pará-grafo 1º, que “Os Parques são de posse e domínios públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei.”. Ou seja, 100% das propriedades localizadas no interior do Parque teriam obrigatoria-mente que ser públicas. A presente investigação vem no sentido de contribuir com essa regularização, atra-vés da tentativa de identificação das propriedades no interior do Parque.

Vale ressaltar que uma Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral só será efetivamente implemen-tada quando houver uma regularização das proprie-dades imobiliárias contidas em seu interior. No caso específico do PEPB a situação ainda é agravada pelo fato de populações carentes (em sua grande maioria posseiros) ocuparem parte das encostas, muitas de-las alegando que ali estão antes da data da criação da referida Unidade. Informações verbais obtidas junto setor jurídico do IEF/RJ garantem que a população residente à época da sua criação, foi desapropriada e devidamente indenizada, sendo que muitos dos mo-

radores receberam a indenização e permaneceram no local.

Essas irregularidades por certo dificultam o manejo da Unidade de Conservação, pois se torna difícil con-ciliar a proteção integral da natureza com a função dada à propriedade, pelos particulares.

Nesse sentido, é preciso realizar a regularização fun-diária, que consiste “na solução das situações domi-niais e possessórias não no sentido de reconhecê-las e mantê-las intocáveis (...) mas com o objetivo de in-corporar as terras ocupadas a justo título ou não ao patrimônio do órgão gestor da unidade” (WWF, 1994 apud Brito, 1995).

Diversas podem ser as situações das propriedades localizadas na Unidade de Conservação, tais como: propriedades do Estado, propriedades de particulares, ou serem terras devolutas. Ainda podem contar com a presença de posseiros, entretanto estes só possuem di-reito a usucapião se comprovarem estar ali em época anterior à data de criação do Parque.

A fim de facilitar o entendimento dos procedimentos realizados, este relatório foi dividido em duas partes: às referentes às propriedades do Estado e às referentes às propriedades particulares.

No tocante aos possuidores, tentou-se, por meio de entrevistas durante os trabalhos de campo, identificar a quanto tempo ali ocupavam. Entretanto, muitos se recusavam a responder, outros alegavam estar ali há muito tempo sem saber precisar desde quando, e al-guns diziam que seus pais já moravam ali quando de seu nascimento.

Como este trabalho preocupava-se com a regulari-zação fundiária, entendemos que era inútil continuar com as entrevistas, por diversas razões dentre elas:

As entrevistas em nada auxiliariam na regularização da propriedade, uma vez que esta só seria adquirida tanto pelo Estado, quanto pelo particular, através de uma sentença judicial transitado em julgado.

Percebeu-se que os moradores mostravam-se pouco confortáveis com esse tipo de questionamento e mui-tos recusavam-se a responder, ou claramente omitiam informações. Vale esclarecer que, na realidade, nos faziam um favor ao nos receber em suas casas para tais entrevistas.

Tais entrevistas sequer auxiliariam numa futura ação discriminatória, vez que os relatos só teriam validade

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se feitos em juízo competente e também comprova-dos.

No tempo contratado inicialmente para realização des-ta etapa do projeto seria impossível esgotar o número de áreas ocupadas, portanto seria gerado um produto amostral de dados claramente inverídicos.

Por ser a propriedade um direito garantido na Consti-tuição Federal e sendo os contratados, partes não in-teressadas em futura ação expropriatória, não havia legitimidade dos contratados em incomodar a posse dessas pessoas através de questionamentos.

Portanto, no tocante aos possuidores, faz-se necessá-rio o ajuizamento das ações discriminatórias a fim de que estes venham, em juízo, defender eventual direito de usucapião que possuam.

5.2. levantaMento e MapeaMento das terras púBlicas estaduais no interior do pepB

É extremamente importante que o Estado identifique as suas propriedades no interior do Parque, para que o processo de regularização fundiária seja efetivamente realizado.

5.2.1. Procedimentos adotados

Com a finalidade de identificar as propriedades públi-cas estaduais no interior da Unidade de Conservação foram realizados contatos junto aos seguintes órgãos públicos:

Procuradoria da República (na pessoa do Dr. Procura-dor Luis Cláudio Pereira Leivas)

Procuradoria do Estado (na pessoa do Dr. Procurador Paulo Silveira Martins Leão Júnior),

Departamento de Herança Jacente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (na pessoa do Sr. Mar-cos, sala 1099),

Superintendência de Patrimônio Imobiliário do Esta-do do Rio de Janeiro (na pessoa do Dr. ASSAD),

PROCURADORIA DE PATRIMÔNIO E DO MEIO AMBIENTE (na pessoa da Drª. Procuradora Ana Cristina Bacos),

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrá-ria,

Instituto de Terras do Estado do Rio de Janeiro (na pessoa do Dr. Nelson Luis Pacheco Lima)

Conseguir.

O 1º contato realizado foi com o Dr. Procurador da República Dr. Leivas, que nos direcionou no sentido de procurar alguns órgãos específicos em que poderí-amos tentar conseguir resposta sobre a existência de propriedade estadual no interior do PEPB. Seu nome foi ventilado em virtude de ter atuado no processo nº 92.004900042, em curso na 1º Vara Federal do Rio de Janeiro, realizando um parecer (às fls. 684/699) sobre as propriedades pertencentes à União no interior do PEPB.

O 2º contato foi com a ex-administradora do Parque, Zuleica Maria Moreira no sentido de resgatar infor-mações acerca da situação fundiária do Parque. Ela nos forneceu contatos telefônicos de algumas empre-sas públicas, que foi útil na etapa de levantamento das propriedades particulares. Também nos informou que, em razão do Instituto Estadual de Florestas estar provisoriamente alocado à Av. Presidente Vargas, 670 - 18ª andar, não conseguiríamos informações ali por conta dos materiais estarem arquivados.

O primeiro contato realizado na Procuradoria do Es-tado foi com o Dr. Procurador Paulo Silveira Martins Leão Júnior, que disponibilizou para análise in locum, os autos do maior processo de desapropriação no inte-rior do PEPB que estavam, à época, na Procuradoria há muito tempo. O Ministério Público Federal mani-festou-se para que o Estado falasse no processo e, para tal, o procurador-geral enviou um ofício (nº 24/2003 de 27/06/03) ao Instituto Estadual de Florestas (IEF) para informar quais são as propriedades estaduais no PEPB, não havendo nenhuma resposta.

Analisando o processo nº E- 12/004787/77 (1ª VARA FEDERAL - 92.004.9004-2) verificou-se tratar de ação de desapropriação do Estado do Rio de Janeiro, em face do espólio de Emílio de Biase. Nesse proces-so havia um parecer do Procurador-Geral da Repúbli-ca, às fls. 684, indicando como propriedades estaduais no interior do PEPB:

“I - Bens do Estado

a) o cume do Morro do Cavado, que integra a gle-ba maior denominada Fazenda Modelo de Guaratiba, adquirida por Escritura Lavrada no Tabelião Evaristo (3º ofício de notas) em 02/08/1907, objeto da trans-crição número 34.868, Livro 3-R., folhas 366, do 1º ofício do RGI aberta em 22 seguinte;

b) as cachoeiras Manoel Carlos e dependência, adqui-

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ridas para o abastecimento da Fazenda Modelo por Escritura Lavrada no Tabelião Evaristo (3º ofício de notas) Livro 782, folhas 46 v, em 09/08/1907, tam-bém objeto de transcrição no 1º ofício do RGI em data imediatamente posterior, a qual já tive acesso em ou-tro procedimento.”.

De posse de tal informação, entrou-se em contato com a Superintendência de Patrimônio Imobiliário do Estado do Rio de Janeiro, a fim de averiguar ou-tras propriedades estaduais. O Dr. Assad levou-nos ao Cadastro de Imóveis do Estado, onde não constava nenhuma propriedade do Estado no interior do Parque Estadual da Pedra Branca.

Foi sugerido que entrássemos em contato com o In-cra, para saber se há proprietários que pagam Imposto Territorial Rural no interior do parque. Contudo, este órgão só fornece informações mediante fornecimento do número de matrícula do imóvel junto ao INCRA.

Já o contato realizado com o Departamento de He-rança Jacente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, também não logrou êxito, uma vez que não existe em seus registros, propriedades no interior do Parque da Pedra Branca.

Após a ida a SUPATI (Superintendência de Patrimô-nio do Estado do Rio de Janeiro), optou-se por voltar novamente à Procuradoria do Estado, a fim de saber de que forma proceder diante de tal situação. Atendi-dos pela Drª. Procuradora, Chefe da Procuradoria de Patrimônio e Meio Ambiente, esta solicitou que fos-se feito um ofício, por escrito, explicando o projeto e pedindo que o Estado informasse a respeito das ações envolvendo o Parque Estadual da Pedra Branca, espe-cialmente se o Estado é proprietário de algum imóvel no interior do Parque. Tal ofício foi feito

e o pedido protocolado, no Protocolo Geral da Procu-radoria Geral do Estado em 29/03/04.

Entretanto, teve-se nova surpresa com o encaminha-mento do referido ofício ao IEF.

No dia 16/08/04, foi informado pelo funcionário José Luis (que trabalha no protocolo) do IEF/RJ, que o Do-cumento de nº 395/04 da Procuradoria Geral da Re-pública, não havia sido encaminhado ao IEF. Foi pe-dido, insistentemente, que se concedesse a permissão de olhar no livro de registro, o que foi negado, com a justificativa que o ônus de provar que o documento havia sido encaminhado para lá não era dele e sim da requerente.

Diante desse quadro, dirigiu-se à Procuradoria, onde foi obtida, em 20/08/04, através da funcionária An-dréa de Freitas, uma cópia do recebimento do ofício pelo IEF, assinado por um funcionário da referida ins-tituição.

Em 26/08/04, voltando novamente ao Protocolo do IEF, a funcionária Bárbara, da Presidência do IEF, informou que o documento havia sido encaminhado à Diretoria de Conservação da Natureza (DCN). No mesmo dia, a funcionária Patrícia Pinna da DCN, in-formou que não estava conseguindo achar o ofício. Dias depois, voltando novamente a DCN, teve-se nova surpresa diante da afirmativa que o ofício não havia sido encontrado. A Procuradoria do Estado, até a presente data (novembro de 2005), aguarda respos-ta do seu pedido. Na realidade é notório que existem poucas informações sobre os proprietários do Parque no IEF, entretanto a Procuradoria do Estado precisa de uma resposta do IEF, ainda que negativa, para re-correr a outros meios de obtenção desses dados. La-mentavelmente essa resposta ainda não aconteceu.

Em última tentativa, foi feito contato com o Instituto de Terras do Estado do Rio de Janeiro (ITERJ), onde também foi protocolado um ofício. Este acabou por gerar um processo, que tramitou por diferentes órgãos públicos já contatados anteriormente pela equipe, tais como: a Superintendência de Patrimônio Imobiliário do Estado do Rio de Janeiro e a própria Procuradoria de Patrimônio e Meio Ambiente, chegando a conclu-são de que “O ITERJ não tem informação de imóvel próprio estadual no interior do Parque Estadual da Pe-dra Branca.”.

Terminada a instrução administrativa, o ITERJ, atra-vés de pareceres de diferentes órgãos públicos estadu-ais, chegou a mesma conclusão que os contratantes, qual seja, não há informação sobre as propriedades estaduais no interior do Parque Estadual da Pedra Branca.

5.2.2. Identificação e localização das propriedades do Estado

No curso deste trabalho, após exaustivas idas a órgãos estaduais competentes, constatou-se que o Estado do Rio de Janeiro não tem como afirmar se existem ou não imóveis de sua propriedade no interior do Parque Estadual da Pedra Branca.

Sequer as propriedades indicadas em autos de pro-cesso de desapropriação como estaduais puderam ser

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comprovadas como tais.

5.3. identificação e avaliação cartorial das propriedades particulares

Com relação às propriedades particulares outro gran-de problema foi encontrado. Os proprietários, em sua maioria, não gostam e/ou não querem falar de seus domínios. Em muitas empresas visitadas simples-mente foi dito que não havia imóveis no interior do Parque, sem sequer saber, com exatidão, os limites do PEPB.

Diante de tal situação adotou-se os procedimentos descritos a seguir.

5.3.1. Procedimentos adotados

A única forma de se ter certeza sobre a propriedade de uma área é através de Certidão dada pelo Registro Geral de Imóveis.

Segundo o renomado professor CARLOS FERREI-RA DE ALMEIDA, “Registro público é o assento efetuado por um oficial público e constante de livros públicos, do livre conhecimento, direto ou indireto, por todos os interessados, no qual se atestam fatos ju-rídicos conformes com a lei e referentes a uma pessoa ou a uma coisa, fatos entre si conectados pela refe-rência a um assento considerado principal, de modo a assegurar o conhecimento por terceiros da respecti-va situação jurídica, e do qual a lei faz derivar, como efeitos mínimos, a presunção do seu conhecimento e a capacidade probatória”. (1966:97). É através do registro que se faz a prova da propriedade. Além dis-so, em decorrência de sua característica intrínseca da publicidade, as informações contidas no registro tor-nam-se oponíveis em relação a terceiros, ganhando, portanto, eficácia erga omnes.

Justamente essa publicidade, densificada constitucio-nalmente através do disposto no artigo 5º, XXXIII, garante que deve ser fornecida certidão para qualquer parte que a solicite, independentemente de identifica-ção.

Assim sendo, a melhor solução é realizar um levan-tamento nos Cartórios de Registro de Imóveis, da ca-deia sucessória e situação dominial dos imóveis loca-lizados no interior do PEPB, nos termos do art.1245 do Código Civil.

Entretanto, a obtenção de cada certidão tem um cus-to monetário, o que inicialmente inviabilizou a sua

realização, já que envolveria a liberação de recursos elevados.

O caminho encontrado foi pedir ao Instituto Estadual de Florestas que encaminhasse ofícios aos cartórios do 4º, 8º e 9º RGIs, uma vez que este teria gratuidade nas certidões.

Foi resgatada uma lista inicial com mais de 300 pro-prietários limítrofes ao Parque para, a partir de seus registros, conseguir identificar os proprietários vizi-nhos e, assim sucessivamente, a fim de realizar um mosaico das propriedades espacializadas no interior do Parque.

Em reunião realizada em 04/10/04, junto ao Instituto Estadual de Florestas, com o Sr. Alberico Mendon-ça, foi exposta a situação, mas nenhuma resposta foi obtida. Sendo assim, foi protocolado um ofício em 15/10/04, pedindo que o IEF se pronunciasse acerca do interesse na proposta. Todavia, até hoje data, ne-nhuma resposta foi recebida. Pela impossibilidade de ser posta em prática este procedimento, não foi pos-sível atualizar a relação de proprietários anteriormen-te mencionada. Outros contatos foram tentados, mas também não lograram êxito.

Todo esse processo foi longo e envolveu trâmites bu-rocráticos que dificultou o andamento dos trabalhos, frustrando os resultados esperados.

Apesar disso, foram contatadas as principais empre-sas privadas e concessionárias de serviço público, na tentativa de se conseguir alguma informação. Entre-tanto, como já relatado, a maioria não disponibilizou tal material.

5.3.2. Identificação e localização das propriedades particulares (mapeamento)

De todas as empresas contactadas, apenas FURNAS e LIGTHT, concessionárias de energia elétrica, se pro-nunciaram no sentido de fornecer informações sobre os proprietários sob a faixa de servidão das linhas de transmissão, no interior do PEPB. FURNAS encami-nhou uma lista dos prováveis proprietários (sem loca-lização das propriedades) e a LIGHT, apresentou as plantas cadastrais com traçado das linhas e respecti-vos proprietários.

De posse deste material, os dados foram plotados nas bases digitais com os limites do Parque e gerado um mapa indicativo de prováveis proprietários particula-res nas imediações das linhas de transmissão.

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É preciso ressaltar que, tais informações - tanto a lis-tagem dos antigos proprietários, fornecida há alguns anos atrás, pelo IEF, como as listagens cedidas pelas concessionárias referenciadas - constituem-se em do-cumentos importantes para efetivamente se

realizar o estudo da cadeia sucessória dos imóveis, e assim, resolver de fato a questão fundiária do PEPB.

5.4. considerações finais

Sugere-se que seja posta em pratica a metodologia apresentada para verificação das propriedades parti-culares, a fim de que sejam levantados os dados ne-cessários, uma vez que as partes contratadas não pos-suem meios legais para adquirir tais informações.

A partir do levantamento dos reais proprietários dos imóveis junto aos cartórios, deve ser criado um ca-dastro dos proprietários, das famílias e dos imóveis do PEPB.

Após a criação do cadastro será possível lançar em mapas, todas as propriedades, tomando como base as informações das certidões cartoriais e usando fer-ramentas de SGI (Sistemas Geográficos de Informa-ções). Isso conduzirá a criação um Banco de dados gráficos, georreferenciados, de todos os imóveis do interior do PEPB.

Paralelamente, é preciso que o Poder Público conti-nue ajuizando ações discriminatórias, instrumento ju-rídico que o ente público discriminador dispõe para apurar e separar as terras devolutas das terras parti-culares, dentro de uma determinada área, no caso o PEPB (nos termos Lei 6383, de 07/12/73).

Vale ressaltar que através da ação discriminatória o Poder Público saberá se a área objeto da ação é parti-cular ou não. Após a constatação de que o imóvel per-tence à particular, faz-se necessário ajuizamento de ações de desapropriação, como por exemplo, o Pro-cesso nº 92.00490042, em curso na 1ª Vara Federal do Rio de Janeiro.

Com relação aos Posseiros, é necessário que estes comprovem tempo de ocupação da área superior a 30 anos, uma vez que as posses adquiridas após a criação do Parque, não serão objetos de ação de usucapião.

Em última análise, após a criação e consolidação do Banco de Dados Geográficos sobre as propriedades existentes no interior da gleba, poderá ser feita uma análise mais apurada e concretamente resolver a si-

tuação fundiária da maior unidade de conservação do município do Rio de Janeiro.

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6. VALORAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS AMBIENTAIS E PROPOSTA DE AUTO-SUSTENTABILIDADE DO PARQUE ESTADUAL DA PEDRA BRANCA (PEPB)

Grande parte das informações aqui apresentadas fo-ram obtidas e avaliadas junto à administração do PE-PB1 , congregados nos seguintes itens:

A infraestrutura atualmente disponível no PEPB, tan-to para os trabalhos de controle dos impactos ambien-tais, quanto à implementação de atividades educati-vas, de restauração ambiental (reflorestamento) e de sinalização (colocação de placas informativas sobre o PEPB);

As principais atividades em desenvolvimento, prin-cipalmente àquelas voltadas à educação ambiental e ecoturismo, e os atores responsáveis por sua imple-mentação;

Os usuários atuais e futuros e sua ligação com os ad-ministradores do PEPB;

Proposição de alguns indicadores ambientais, a partir dos quais será possível dimensionar as novas ações que poderão gerar renda e conduzir à auto-sustentabi-lidade do Parque.

6.1. infraestrutura geral do pepB

O Parque Estadual da Pedra Branca foi criado há 30 anos, porém só nos últimos 10 anos é que efetiva-mente passou a existir uma infraestrutura logística e operacional de controle e fiscalização dos impactos ambientais, embora já ocorressem algumas atividades educativas e de restauração ambiental, a exemplo do Projeto de Reflorestamento implementado pela Pre-feitura, na vertente Norte do Parque, na década de 1990.

Em meados da década de 90, a sede administrativa do Parque ainda se localizava fora dos limites da Unida-de de Conservação2 , transferindo-se para o interior da gleba ao final da mesma década, para estrada do Pau da Fome, no 4002, no bairro da Taquara.

6.1.1. Infraestrutura física e de equipamentos

Atualmente, além da sede administrativa do Pau da Fome, o PEPB dispõe de duas sub-sedes: Camorim e 1 Dados obtidos a partir de novembro de 2003 e revisados em agosto de 2005.2 Localizava-se no centro da Taquara, numa rua transversal à Es-trada dos Bandeirantes.

Piraquara, estando esta última em fase de construção, com término previsto para dezembro de 2005. Recen-temente (julho de 2005), um posto de fiscalização foi implantado no vale do rio de Prata de Campo Grande, com o objetivo de controlar o acesso de visitantes ao local.

Abaixo são apresentadas a infraestrutura física e os equipamentos atualmente disponíveis na sede do Pau da Fome, na sub-sede do Camorim e no Pórtico do Rio de Prata.

a) Sede do Pau da Fome (Taquara)

Localiza-se na vertente nordeste do Parque, no final da Estrada do Pau da Fome. Abrange três edificações onde se localiza: o centro de controle de ingressos de visitantes; o Núcleo de Prevenção de Incêndios Flo-restais (NUPIF); o centro de exposições, que dispõe de material destinado à educação ambiental; o escri-tório da administração; o minhocário; o bromeliário e o auditório multiuso, destinado à realização de mini-cursos e palestras. O site do IEF dispõe de informações mais detalhadas a respeito, incluindo ilustrações.

Os equipamentos básicos disponíveis para os traba-lhos administrativos são: 01 (um) computador PC, 01 (um) drive cd-rom LG 52 X Max, 01 (um) monitor Samsung, 01 (uma) impressora Lexmark X89. 01 (um) fax e 01 (um) aparelho telefônico.

b) Subsede do Camorim (Barra da Tijuca)

Localiza-se na vertente sul do Parque, no final da Estrada do Camorim, no bairro da Barra da Tijuca. Abrange apenas uma edificação, onde está instalado o centro de controle de ingressos de visitantes. Possui um aparelho telefônico acompanhado de um fax.

c) Pórtico do Rio da Prata (Campo Grande)

Inaugurado em 28/06/2005, localiza-se na estrada da Batalha, S/N e conta com uma pequena construção, onde fica a fiscalização de controle de acesso ao local. Notícia (6.1.1.c) em http://www.semads.rj.gov.br/no-ticia_dinamica1_ 1Fotos.asp?id_noticia=1160.

d) Subsede Piraquara (Realengo)

Em construção. Notícia (6.1.1.d) veiculada pela inter-net em 17/03/2005.

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ief inaugura novo posto de fiscalização no parque da pedra Branca

28/06/2005

Para comemorar os 31 anos da maior floresta urbana do mundo, o IEF (Instituto Estadual de Florestas) inaugurou hoje de manhã uma guarita na vertente de Campo Grande do Parque Estadual de Pedra Branca, na Zona Oeste do Rio. Do evento, que contou com plantio de mudas de es-pécies nativas de Mata Atlântica, participaram moradores da comunidade Rio da Prata. A guarita, uma nova porta de entrada e de fiscalização do parque, fica na Estrada da Batalha, s/nº, em Campo Grande.

O presidente do IEF, Mauricio Lobo, destacou a importân-cia desse novo posto para se coibir, na região, a ação de devastadores.

Não poderíamos comemorar esses 31 anos de uma forma melhor! Estamos dando um abraço no parque. Só va-mos poder conservar esse patrimônio fabuloso que é o Parque Estadual da Pedra Branca a partir da conscienti-zação das pessoas sobre como preservá-lo – disse Lobo, explicando que o parque já conta com dois postos de fiscalização em Pau-da-Fome e Camorim, ambos em Jacarepaguá, e que, até o final do ano, um quarto posto será inaugurado em Piraquara, Realengo.

Também estiveram presentes ao evento o diretor da construtora EMCCAMP, Sérgio Ribeiro; o presidente da Associação de Moradores e Amigos do Rio da Prata, Belfort José Oliveira; o coordenador da Pastoral das Águas e Meio Ambiente do local, Alex Prado; a diretora de Conservação da Natureza do IEF, Silvana Monte-lima; e a administradora do Parque da Pedra Branca, Neila Cortes.

A construção da guarita foi possível graças a recursos oriundos de um termo de compromisso ambiental assi-nado entre o IEF e a EMCCAMP por conta da construção de um loteamento no entorno do parque. A constru-tora também se comprometeu a instalar 15 placas educativas na região.

Além dessa inauguração, o instituto levou para a Praça Elza Pinho Osborne, a um quilômetro da guarita, o programa “Floresta em Movimento”. Nele os moradores de Rio da Prata tiveram a oportunidade de ver uma exposição sobre a flora e a fauna do Parque da Pedra Branca, floresta que cobre 11% de todo o território da

cidade do Rio.

Amanhã, o IEF dá prosseguimento às comemorações pelo aniversário da unidade de conservação com o lançamento da cartilha “Manual de Agrofloresta”. O evento ocorrerá, às 9h, no Horto Central Florestal da Pedra Branca, na Rua Rodrigues Caldas, s/nº, em Jacarepaguá, próximo ao Pavilhão Agrícola da Colônia Juliano Moreira, onde tam-bém haverá um plantio feito por 35 alunos de escolas da rede pública da região.

(notícia 6.1.1.c)

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revitalização entra na segunda fase

17/03/2005

fonte: Jornal do Brasil

Projeto pretende dar vida nova ao Parque da Pedra Branca, a maior floresta em área urbana do mundo.Um projeto de revitalização vai transformar o Parque Estadual da Pedra Branca - a maior floresta em área urbana do mundo - em mais uma boa opção de lazer na cidade. Iniciada em 2001, a primeira fase das ações foi responsável pela construção do centro de visitantes e dos núcleos de prevenção de incêndios florestais e de educação ambiental, além de um anfiteatro.A segunda fase do projeto, a ser retomada no próximo mês, prevê a construção da nova sede do 3º Núcleo Piraquara, em Realengo, além da instalação de cercas divisórias e de sinalização dos limites da cota 100, além de 30 placas indicativas e educativas - que servirão de orientação aos visitantes que se dirigirem aos acessos já existentes nos núcleos do Pau da Fome e de Camorim.Na área de 12.500 hectares, que abrange diferentes bairros da Zona Oeste, está localizado o Pico da Pedra Branca, ponto culminante da cidade com 1.024 metros de altitude. De acordo com a Fundação Instituto Estadual de Floresta (IEF), 17 mil pessoas visitaram o Parque Estadual da Pedra Branca em 2004. Um número pequeno diante das dimensões e dos atrativos que o local oferece. Uma campanha educativa vai conscientizar moradores e visitantes sobre a importância ambiental do parque para a região.Queremos transformar as pessoas em gestores ambientais, trabalhando em conjunto na fiscalização e conservação do parque - diz o presidente da IEF, Maurício Lobo, lembrando que a integridade do parque está ameaçada pela ocupação irregular, a mineração ilegal e o cultivo indiscriminado de bananeiras.O núcleo do Pau da Fome, na Taquara, possui uma programação especial voltada para o ecoturismo e a educação ambiental. No Centro de Exposição Permanente, os visitantes têm a oportunidade de conhecer de perto a diversidade da flora e da fauna da floresta. No local é possível assistir a vídeos educativos sobre a fundação e preservação do parque.Um outro atrativo são as trilhas, que, repletas de surpresas, proporcionam aos turistas passeios divertidos a lugares históricos da região. Um dos atrativos da Trilha do Rio Grande, por exemplo, é um aqueduto construído no século 19.As visitas guiadas são formadas por grupos pequenos, com no máximo 20 pessoas, que são orientadas por biólogos e técnicos ambientais do próprio parque.É importante lembrar que o parque adota princípios básicos de conduta que devem ser seguidos para a preservação da floresta. É proibido jogar lixo no chão e tomar banhos nas cachoeiras - alerta a administradora do Núcleo do Pau da Fome, Neila Cortes.O Parque Estadual da Pedra Branca fica aberto à visitação de terça a domingo, das 9h às 16h30. O agendamento de visitas (guiadas e gratuitas) pode ser feito pelo telefone 2446-4557.Recanto preservado - Filmadoras e máquinas fotográficas são acessórios indispensáveis para quem deseja conhecer o Parque Estadual da Pedra Branca. As paisagens deslumbrantes, dignas de cartão-postal, não devem ser guardadas apenas na lembrança.A fauna local possui mais de 500 espécies, algumas em extinção, entre aves, mamíferos, répteis, anfíbios e peixes. Não é difícil os visitantes se depararem com micos e preguiças equilibrando-se sobre os galhos das árvores ou cobras atravessando as trilhas.A Trilha do Rio Grande é uma boa opção para os aventureiros de primeira viagem. O percurso semicircular, de 800 metros de extensão, é todo sinalizado e foi planejado para visitantes de todas as idades.Nas caminhadas mais longas, é proibida a participação de crianças e pessoas com problemas de saúde - explica o guia Leonardo Furtado.Criada após a reforma do Núcleo Pau da Fome, a trilha é de fácil acesso e baixo nível de dificuldade, com a travessia durando, em média, de 30 a 40 minutos. As principais atrações são o aqueduto construído em 1904, as represas da Figueira e da Padaria, além de bromélias e árvores típicas da Mata Atlântica. Com mais de 200 espécies vegetais, a exuberante flora do parque está repleta de bromélias e orquídeas.O Parque Estadual da Pedra Branca possui três guaritas de acesso: uma na Taquara, no Núcleo do Pau da Fome; em Realengo, no Núcleo Piraquara; e em Jacarepaguá, no Núcleo Camorim.

(notícia 6.1.1.d)

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6.1.2. Infraestrutura operacional

O Parque conta com:

Um administrador, que responde pela gestão da UC;

Dois técnicos administrativos, que dão respaldo as ações da administração. Constituem-se em funcioná-rios cooperativados da Cooperativa de Trabalho (GE-OCOOP);

Sete técnicos na equipe do Núcleo de Educação Am-biental e Pesquisa do PEPB (dois biólogos, um co-municólogo, um estudante de biologia e três de nível médio). Sendo que um foi cedido pela Secretaria de Agricultura, um pelo Corpo de Bombeiros e cinco são cooperativados da Cooperativa de Trabalho (GE-OCOOP);

Cinco guardas florestais, pertencentes ao quadro do Instituto Estadual de Florestas - IEF/RJ;

Três funcionários destinados à conservação/limpeza do Parque e dois fiscais da Divisão de Fiscalização do IEF/RJ que dão apoio à administração;

Quatro vigias que foram cedidos pela SuperVia - Concessionária de Transporte Ferroviário S/A (Em-presa criada pelo consórcio vencedor da privatização da FLUMITRENS - Companhia Estadual de Trens Urbanos);

Um Núcleo de Prevenção de Incêndios Florestais (NUPIF), constituído por um oficial e três soldados do Corpo de Bombeiros;

Doze vigias de patrimônio da empresa terceirizada Hopevig Vigilância e Segurança Ltda;

6.2. principais atividades eM desenvolviMento

A administração do Parque tem procurado desen-volver várias atividades voltadas não somente à vi-sitação, mas principalmente ao desenvolvimento de ações de educação ambiental. A seguir são apresenta-das, de maneira resumida, as principais atividades em desenvolvimento:

6.2.1. Caminhadas ecológicas

Os técnicos responsáveis pela Educação Ambiental conduzem grupo de visitantes e escolas públicas e privadas (visitas guiadas) pelas principais trilhas do Parque.

Destaca-se a trilha interpretativa do Rio Grande e ar-

redores, que recebem diariamente um número cres-cente de visitantes, conforme será mostrado no item 6.3 sobre “Usuários Atuais do Parque”.

O objetivo é agregar valores para tornar os recursos naturais, atrativos para a educação ambiental formal e para os visitantes em geral.

6.2.2. Cursos e Oficinas de Educação Ambiental

Trata-se de um conjunto de trabalhos voluntários, ministrados por técnicos e especialistas em meio am-biente que, gratuitamente promovem ações de educa-ção ambiental. Durante o ano de 2004 foram ministra-dos os seguintes cursos e oficina:

Curso de Planejamento e Manutenção de Trilhas – ministrado pelos professores voluntários: Flávio “Zen” Mello (médico veterinário e especialista em manejo de trilhas) e Vivian Castilho da Costa (MSc em Geografia e especialista em impactos ambientais em trilhas);

Oficina de Plantio de Mudas de Mata Nativa – minis-trado pela administração do Parque;

Curso de Reciclagem de Material – ministrado por Adilson da ONG “Acuca”;

Caminhada na sede Pau da Fome com os alunos do Instituto Benjamin Constant.

6.2.3. Projeto “Floresta em Movimento”

O projeto foi lançado em 15 de outubro de 2004 e está vinculado ao Programa de Educação Ambiental e Práticas Sustentáveis do PEPB. É uma ação de edu-cação ambiental itinerante que será feita no entorno do Parque, através de um veículo da marca Sprinter equipado com telão, DVD, notebook e demais com-plementos. O objetivo é levar às escolas e moradores de comunidades do entorno próximo, informações sobre as características do Parque e práticas conser-vacionistas.

Notícia (6.2.3) veiculada na internet em 25/02/2005 no site da Coordenadoria Estadual da Juventude (http://www.juventude.rj.gov.br/noticia_detalhe2.php?ver=69).

6.2.4. Levantamento da Avifauna

Vem sendo realizado o levantamento da avifauna do Parque, visando agregar informações ao Plano Dire-

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floresta eM MoviMento chega às escolas

25/02/2005

fonte: Secretaria de Comunicação Social

Aproximar as escolas da rede pública de uma das principais discussões da atual agenda planetária: o uso responsável dos recursos naturais. Este o objetivo do programa Floresta em Movimento, coordenado pelo IEF (Instituto Estadual de Florestas), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, cuja primeira edição deste ano foi realizada hoje, no Ciep Ulisses Guimarães, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio.Cerca de 150 alunos da 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental conheceram um pouco da fauna encontrada nos parques, por meio de animais empalhados (preguiça, gavião, morcegos, paca e cobras). O coordenador do projeto, Andrei Veiga, fez uma palestra contando a história da unidade de conservação, a maior da capital, e depois exibiu um vídeo institucional no qual são mostradas as belezas do local.- Descobrimos que apenas 1% da população conhece o Parque da Pedra Branca. Esse projeto é uma forma de divulgar um dos espaços mais valiosos, ambientalmente falando, da cidade. Começamos aqui pela Zona Oeste, mas pretendemos levar essa idéia às demais regiões do estado. Teremos uma edição por semana – explicou Veiga.O Floresta em Movimento foi oficialmente criado em setembro, em solenidade no Palácio Guanabara. Em novembro, houve uma edição piloto do programa, na Escola Finlândia, na Zona Oeste, que reúne estudantes das redes estadual e municipal.No mês passado, o programa fez um ato de conscientização na Cinelândia contra caça, captura e tráfico de animais. Segundo a diretora do Parque da Pedra Branca, Leila Cortez, umas das funções das unidades de conservação é alertar a sociedade para a necessidade de se preservar o meio ambiente.- O parque recebeu, no ano passado, cinco mil estudantes das redes estadual, municipal e particular, além de grupos universitários. Visitaram o Pedra Branca 71 instituições de ensino – revelou Leila.Ela também revelou que, até o meio do ano, o parque inaugurará a sede do núcleo Piraquara (acesso pela Rua de Governo s/n), aproximando a unidade dos moradores de Realengo, Bangu e Campo Grande.A coordenadora da Divisão Educacional do IEF, Mônica Nascimento, explicou que o Floresta em Movimento é um programa que precisa ser adaptado a cada escola.- Passamos uma ficha da avaliação, que será preenchida pelos alunos e professores. Queremos saber quais as dúvidas dos estudantes sobre a questão ambiental. Em cada escola encontramos uma realidade diferente – destacou.A diretora do Ciep Ulisses Guimarães, Simone Assafin, formada em engenharia ambiental pela UFRJ, acrescentou que a aproximação dos órgãos públicos das escolas é fundamental para que os alunos possam ter acesso a um tipo de informação especializada.- Trabalhamos com alunos carentes, que não têm acesso cotidiano à informação. A escola é o único local onde eles podem discutir e aprender questões como essa. É muito importante esse trabalho do governo do estado, aproximando os órgãos públicos dos estudantes. Assim, criamos novas perspectivas profissionais e novas consciências. A transformação que um projeto traz para os jovens é incalculável – comemorou.A coordenação do programa está negociando a edição da próxima semana com uma comunidade da Cidade de Deus, também em Jacarepaguá.

(notícia 6.1.1.d)

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tor. Tal atividade está sendo realizada pelo Biólogo Fernando Pacheco, sob a coordenação de Eduardo Maciel da Silva, da Divisão de Conservação de Re-cursos Naturais do IEF/RJ. Notícia (6.2.4) publicada no Jornal O Globo em 25/09/2004.

6.2.5. Pareceres Técnicos

Vem sendo desenvolvido pela administradora do Parque, relatórios técnicos sobre a implantação de empreendimentos potenciais/poluidores em áreas do entorno do PEPB (de acordo com a Resolução CO-NAMA 13 e Lei 9985/02 – art. 36).

6.2.6. Projetos de Sinalização Educativa sobre o PEPB

Vem sendo realizada a confecção e instalação de pla-cas no Parque, por parte da administração, e que vem aproveitando algumas das informações que constam do Capítulo 3 do presente projeto, tais como locali-zação geográfica (UTM) e dados de texto (citação de leis e decretos, etc).

Desde março de 2005, foram instaladas 39 placas educativas no entorno do Parque Estadual da Pedra Branca, sendo que 14 indicando como chegar à unida-de e 6 foram colocadas em Vargem Grande e Vargem Pequena. A colocação das 39 placas só foi possível devido a uma medida compensatória imposta à cons-trutora Santa Helena que, em contrapartida à autori-zação de uma obra próxima ao Parque, proporcionou a confecção e instalação das placas. Placas indicativas de trilhas e caminhos (15 no total) ainda serão coloca-das até o fim do ano de 2005.

Neste ano também a empresa Carvalho Hosken co-locou 14 placas de sinalização nas vias próximas às entradas da sede e da sub-sede do Parque, respectiva-mente, no Pau-da-Fome e no Camorim. Elas indicam os limites da unidade e advertem visitantes sobre o que é permitido e proibido dentro e nas cercanias dos 12.500 hectares da floresta.

Quatro placas em volta do Açude do Camorim, em Ja-carepaguá informam aos visitantes sobre a proibição de nadar no lago que tem 18 metros de profundidade e cinco quilômetros de largura. O açude foi construído em 1904 para abastecer a Baixada de Jacarepaguá e é utilizado até hoje pela CEDAE.

Até setembro de 2005, a construtora EMCCAMP também através de medida compensatória confeccio-nará 15 placas que serão instaladas na vertente nor-te do Maciço da Pedra Branca, em Campo Grande e Realengo, indicando os limites da unidade. Portanto, o Parque ganhará, ao todo, 67 placas até o final de 2005.

Segue abaixo a listagem das 39 placas até então im-plantadas pelo PEPB.

IMPLANTAÇÂO DO SISTEMA DE PLACAS DE SINALIZAÇÃO NOS

LIMITES DO PARQUE ESTADUAL DA PEDRA BRANCA

1) ESTRADA DO CAMORIM – COTA 100 MPRIMEIRO POSTE DE LUZ ANTES DA CASA DO MORADOR CONHECIDO COMO “PEL”UTM 0660742 – 7458945

25/09/2004fonte: O Globo

(notícia 6.2.4)

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2) ESTRADA DO CAÇAMBÉ – COTA 100 MENTRADA DO CONDOMÍNIO CAMORIMUTM 662065 – 7459935

3) ESTRADA DO CATONHO – COTA 125 MRUA ALÉM DO HORIZONTE, PRÓXIMO À ADEGA PERTINHO DOCÉU – SULACAPUTM 665092 – 7467239

4) RUA CARATUVA ( SERRA DO VALQUEIRE ) - COTA 100 MUTM 666099 – 7467066

5) ESTRADA DO PEREIRO – COTA 100 MUTM 663691 – 7466155

6) RUA PERI MIRIM – COTA 100 MSÍTIO RECANTOUTM 663030 – 7466262

7) RUA PERI MIRIM – COTA 121 A 130 MSEDE CAMPESTRE COLIGAÇÃO DOS POLICIAIS CIVIS DO RJUTM 662979 – 7466320

8) ESTRADA DOS TEIXEIRAS – COTA 100 MUTM 661658 – 7466111

9) ESTRADA DA GROTA FUNDA E AV. DAS AMÉRICAS ( SUBIDA DO RECREIO PARA GUARATIBA – COTA 100 MUTM 7463261 – 660143

10) CAMINHO DO RIO PEQUENO – COTA 100 MUTM 660225 – 7464765

11) ESTRADA DO PAU DA FOME – COTA 100MACESSO PELO Nº 3025 - EM FRENTE À CASA 04, PRÓXIMO À JAQUEIRAUTM 660225 – 7464765

12) CAMINHO DO RIO PEQUENO – COTA 100 MUTM 660225- 7464765

13) ESTRADA SANTA MARIA – PRÓX AO HOSPITAL –COTA 100 MUTM 662221 – 7465171

14) ESTRADA DOS TEIXEIRAS - COTA 100 MPRÓX. À RUA ANTONIO MARTINSUTM 661658 – 7466111

15) RUA AURORA - REALENGO – COTA 100 MPRÓX. À CASA DA SRª DOMALEA NASCIMENTO RODRIGUES

UTM 0659577 – 7466693

16) ESTRADA DAS TACHAS – GUARATIBA – COTA 100 MLADO DIREITOUTM 651824 – 7463342

17) CAMINHO DO MORRO DOS CABOCLOS – RIO DA PRATAUTM 651824 – 7463342

18) ESTRADA VELHA DA GROTA FUNDA – CASA 2440UTM 651745 – 7454525

19) ESTRADA DA GROTA FUNDA COM AV. DAS AMÉRICAS – COTA 140 MUTM 651537 – 745406

20) DESCIDA PARA GRUMARI - Á 430 M DA TRILHA DO PIABAS - COTA 100 MUTM 650373 – 7451753

21) ESTRADA DO SACARRÂO – COTA 100 MUTM 745986 – 656419

22) RUA DA BICA- GUARATIBA – COTA 100 MPRÓX. À CAPELA NOSSA SENHORA DA SAUDEUTM 647282 – 7448809

23) ESTRADA DO PAU DA FOME – COTA 125 MUTM 659862 – 7463159

24) ESTRADA DO CAMORIM – COTA 125 MSUB-SEDE CAMORIMUTM 660412 – 7458987

25) RUA DO GOVERNO – COTA 100 MUTM 659128 – 7466600

26) ENTRONCAMENTO ENTRE A TRILHA DO RIO GRANDE E A TRILHA DO QUILOMBOUTM 660000 – 7462916

27) CAMINHO DO LEOPOLDO – COTA 132 MDENTRO DO CONDOMÍNIOUTM 0661968 – 749938

28) ENTRADA DA COMUNIDADE SÃO JORGE- COTA 100 MUTM 660116 – 7466475

29) CAMINHO DO RIO PEQUENO – COTA 145 MPROPRIEDADE DO SANTO DAIMEUTM 659658 – 7464488

30) CAMINHO DO CEDRO – COTA 100 M

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POSTE DE LUZ Nº 6144-47UTM 653815 – 7459668

31) ESTRADA DA GROTA FUNDA – GUARATIBA – COTA 100 MUTM 651039 – 7154923

32) ESTRADA DA BOCA DO MATO- VARGEM GRANDEINÍCIO DA TRILHA PARA A REPRESA DO CAMORIM, PASSANDO PELO SÍTIO DO SR. ROBERTOUTM 659415 – 7457868

33) ESTRADA DO SACARRÃO – COTA 120 MPRÓX. AO POSTO DA CEDAEUTM 656536 – 7460036

34) GUARATIBA RUA DA BICA – PRÓX. AO Nº 373UTM 647394 – 7448815

35) CAMINHO DO PICÃO ( ENTRE O CAMINHO DO PERIGOSO E O CAMINHODAS ESTRELAS, PRÓX. À CASA 31UTM 647036 – 7447804

36) ESTRADA DO PEREIRO – BOIÚNA – COTA 100 MUTM 663691 – 7466155

37) ESTRADA DA BOIÚNA COM RUA CURUMAÚ – COTA 100 MUTM 664032 – 7465782

38) RUA PERI MIRIM – SÍTIO RECANTOUTM 663030 – 7466262

39) ESTRADA DOS TEIXEIRAS – COTA 100 MUTM 661658 – 7466111

6.3. os usuários atuais e futuros do pepB

Destacam-se como principais usuários atuais do Par-que:

6.3.1. Escolas da Rede Pública e Privada

As escolas agendam previamente, junto à adminis-tração do Parque, visitas guiadas, que são realizadas com a presença de um dos técnicos especializados em educação ambiental.

6.3.2. Trilheiros e Caminhantes em Geral

São visitantes locais ou de outros bairros, cidades e

até estados, que percorrem as trilhas do Parque, no intuito de realizar atividades ecoturísticas, tais como caminhadas e montanhismo, autorizados pela AOM do PEPB, previamente agendados e acompanhados de guias particulares.

6.3.3. Pesquisadores e Estudantes Universitários

Constituem-se em grupos e/ou indivíduos (pesqui-sadores, professores e estudantes) de universidades públicas e/ou privadas, do Estado do Rio de Janeiro, no intuito de realizar pesquisas, teses, dissertações e monografias de cunho acadêmico.

Alguns grupos de pesquisas vêm realizando diagnós-ticos e avaliações ambientais, no interior do Parque, a exemplo do Grupo de Estudos Ambientais (GEA) do Depto. de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), do Grupo de Estudos Am-bientais da Zona Oeste (GEOESTE) do Depto. de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Laboratório de Aracnologia da Universi-dade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre outros.

6.4. definição de indicadores aMBientais

Os indicadores a seguir propostos servirão para nor-tear a avaliação, não somente dos impactos que estão sendo gerados sob os recursos naturais da UC, bem como subsidiar as novas ações que poderão conduzir à auto-sustentabilidade do PEPB.

6.4.1. Número de visitantes/mês

Este indicador foi aplicado e avaliado pela adminis-tração do Parque, de janeiro de 2004 até julho de 2005, para avaliação da visitação efetuada na sede do Pau da Fome.

Esta estatística, infelizmente só foi estendida para a subsede do Camorim, a partir do ano de 2005 (janeiro à junho) mas, se mantida a regularidade da análise (todos os meses do ano), será possível avaliar o inte-resse do visitante pelo Parque, em gera,l e a demanda de infraestrutura nos locais de maior visitação (sede e subsede). Isso conduzirá a novos trabalhos de educa-ção ambiental e a identificação de atrativos ecoturísti-cos necessários à satisfação do visitante.

Serão a seguir analisados os dados computados pela administração do PEPB, em cerca de um ano e meio de visitações no Pau da Fome (sede) e 6 meses no Camorim (subsede).

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Foi realizado o cálculo para avaliar o total de visi-tações, baseado na seguinte fórmula: Número de Vi-sitantes Orientados (A) + Visitas ao Parque (C). O cálculo foi feito tendo em vista que os visitantes que assinam o livro do Centro de Exposições já foram ca-dastrados na Guarita tanto na sede como na subsede.

6.4.1.1. Número de visitantes no Pau da Fome (sede) em 2004

Conforme o quadro 6.1 e seu respectivo gráfico, é possível notar que, os meses de maior visitação à sede do PEPB foram: março (10%), junho (12%), agosto (10%), setembro (14%) e outubro (13%) de 2004, principalmente devido ao início e fim de períodos le-tivos escolares; além de datas de festividades come-morativas, a exemplo da semana do meio ambiente e do dia da árvore. Cabe ressaltar que os dados de

dezembro não foram contabilizados pela administra-ção por estarem incompletos (alguns dias não foram computados).

Segundo informações da diretora do Parque, a pro-paganda na mídia impressa e televisionada está con-tribuindo para uma maior divulgação das atividades recreativas e ecoturísticas do PEPB, principalmente no que concerne ao entendimento de sua existência como local a ser preservado e nas ações educativas sobre o meio ambiente em escolas públicas, particula-res e nas instituições de ensino em geral (expressa na média de visitas orientadas e visitas ao Parque/Guari-ta – 78% - gráfico 6.2).

Cabe ressaltar que, em outubro de 2004, a visita orientada (a trilha do Rio Grande) e ao Parque (passa-gem pela Guarita) foi 74% maior que a visita à expo-sição do museu (26%), enquanto que, em setembro de

ANO 2004MESES

A) VisitasOrientadas

B) Visitas ao Centro de Exposições

C) Visitas ao Parque (Guarita) Total de Visitas

Janeiro 167 345 452 619

Fevereiro 266 347 457 723

Março 672 550 567 1.239

Abril 376 640 521 897

Maio 487 674 537 1.024

Junho 662 767 854 1.516

Julho 218 424 732 950

Agosto 414 523 831 1.245

Setembro 504 1.880 1.358 1.862

Outubro 479 559 1.101 1.580

Novembro 98 344 717 815

TOTAL 4.343 7.053 8.127 12.470

Fonte: Direção do PEPB. Ano 2004.

Quadro 6.1 – Número de visitantes no Pau da Fome (sede) em 2004

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2004, esta última alcançou 51% de visitantes. Agosto e novembro também foram meses que se destacaram, com 70% de visitação orientada (62% na trilha do rio Grande) e que passaram pela guarita, comparada à visitação do museu (30%). Tal fato deve-se, prin-cipalmente, ao caráter das atividades desenvolvidas no Parque (sede), por ocasião dos eventos citados an-

teriormente, algumas mais expositivas e educativas (atividades de recreação e Educação Ambiental, com atividades no anfiteatro, auditório multiuso, museu, bromeliário e minhocário) e outras mais dinâmicas, práticas e interpretativas (reflorestamentos e cami-nhadas na trilha do Rio Grande e nas áreas de repre-samento da CEDAE).

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A mesma análise está sendo feita para o ano de 2005, considerando que a administração terminará de com-putar os dados somente no final do ano (dezembro). Até o momento (setembro de 2005) não foi possível contabilizar os visitantes que assinaram o livro de visitação do centro de exposições, pois a administra-ção ainda não checou estes dados e confrontou com os dados das visitas orientadas. Entretanto, isso não compromete as análise iniciais pois, como foi citado

anteriormente, o total de visitas é igual ao número de visitas orientadas (A) + o número de vistas ao Parque que passam pela guarita (C), já que algumas delas são as mesmas que assinam o livro no centro de exposi-ções.

Baseado nisto, já é possível fazer uma análise estatís-tica de quantas visitas foram feitas à sede nos primei-ros 6 meses (de janeiro à junho) de 2005, conforme mostra o quadro 6.2.

ANO 2005MESES

A) VisitasOrientadas

B) Visitas ao Centro de Exposições

C) Visitas ao Parque (Guarita) Total de Visitas

Janeiro 26 Não foi computado 393 419

Fevereiro 53 Não foi computado 463 516

Março 0 Não foi computado 250 250

Abril 35 Não foi computado 617 652

Maio 30 Não foi computado 1.013 1.043

Junho 42 Não foi computado 1.194 1.236

TOTAL 186 Não foi computado 3.930 4.074

Fonte: Direção do PEPB. Ano 2005.

Quadro 6.2 – Número de visitantes no Pau da Fome (sede) em 2005

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Comparando os 6 primeiros meses de 2005 do qua-dro acima com os 6 primeiros meses de 2004 (quadro 6.3), podemos perceber que houve uma redução sig-nificativa de quase 2.000 visitantes, ou seja, cerca de 33% a menos de visitação na sede, durante o mesmo período (jan a jun).

Entretanto, é possível notar analisando o gráfico 6.13, a permanência dos meses de maio (26%) e junho (29%), como os de maior recebimento de visitantes (principalmente externos) proporcionado, respectiva-mente, por dias com feriados e datas comemorativas (a exemplo do aniversário de criação do PEPB), ape-sar da baixa visitação na trilha do Rio Grande.

Isto pode ser um reflexo dos esforços em se levar a educação ambiental para fora do Parque, através do projeto “Floresta em Movimento” (concentração das ações no “Programa de Educação Ambiental e Práti-cas Sustentáveis” com o uso do veículo – Sprinter) e por não terem sido realizados cursos e oficinas de ca-pacitação e EA no ano de 2005, que motivasse a vinda de maior número de escolas agendadas com visitas guiadas para dentro do Parque, diferentemente do que ocorreu no ano de 2004. Em março de 2005, chegou-se a ter 100% de visitas ao Parque e nenhuma visita orientada (ver gráfico 6.17).

No ano de 2004, houve uma média de 430 visitas orientadas por mês, sendo o mês de janeiro o mais baixo, com 167 pessoas e os meses de maio e junho,

os mais altos (com mais de 600 visitantes). Em 2005, na mesma época (jan a jun), a média foi de 31 visi-tantes por mês, ou seja, houve uma redução de quase 93% neste tipo de visitação. Como mostrou o gráfico 6.14, as visitas orientadas foram somente 5% do total no 1º. semestre de 2005.

Período de visitação noPau da Fome (Sede)

Total de visitas(A + C)

Janeiro a Junho de 2004 6.018

Janeiro a Junho de 2005 4.074

Quadro 6.3 – Total de visitantes na sede do PEPB – 1o semestre de 2004 e 2005

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6.4.1.2. Número de visitantes no Camorim (subsede) em 2005

A subsede do Camorim, ao longo dos últimos dois anos, vem aumentando consideravelmente a sua visi-tação, porém só a partir de 2005 que está sendo con-tabilizado o número de seus visitantes, apesar de, à exemplo da sede, contar com agendamento de visitas orientadas pelo Núcleo de Pesquisa e Educação Am-biental, mas somente restrita a trilha do Camorim e as instalações da CEDAE (Véu da Noiva), já que não possui instalações como museu ou centro de exposi-ções.

A trilha do Camorim é o seu principal atrativo, mas

tem maior visitação em certos períodos do ano, ou seja, quando ocorrem eventos comemorativos e fe-riados prolongados, apresentando maior preocupação em servir de educação ambiental para uma faixa etária maior (jovens e adultos) e com um perfil de visitação mais voltado ao ecoturismo, já que seu percurso tem uma extensão que chega a mais de 3 km, sendo con-siderada uma caminhada de pequeno a médio nível de dificuldade, enquanto que a trilha do Rio Grande (com menos de 900 m) é uma caminhada leve (nenhu-ma dificuldade) e mais voltada à EA.

Os dados de visitação, de janeiro a junho de 2005, estão expressos no quadro 6.3:

ANO 2005MESES

A) VisitasOrientadas

B) Visitas ao Centro de Exposições

C) Visitas ao Parque (Guarita) Total de Visitas

Janeiro 60 Não existe 164 244

Fevereiro 59 Não existe 235 294

Março 94 Não existe 217 311

Abril 78 Não existe 192 270

Maio 38 Não existe 233 271

Junho 26 Não existe 240 266

TOTAL 355 Não existe 1.281 1.636

Fonte: Direção do PEPB. Ano 2005.

Quadro 6.3 – Número de visitantes no Pau da Fome (sede) em 2005

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Pelos dados 6.3, podemos verificar que a subsede, apesar de ser um local que vem recebendo especial in-teresse em divulgação na mídia, apresenta uma menor visitação comparada à sede do Parque, ou seja, a visi-tação é menor em cerca de 60%. As visitas ao Camo-rim são maiores em número de pessoas que passam pela guarita do que visitas orientadas pelo Parque, até mesmo porque muitos de seus visitantes já conhecem o local ou aqueles que não conhecem vem em grupos ou com guias de agências de turismo e ecoturismo credenciada pelo Parque (através de agendamentos).

Conforme é mostrado no gráfico 6.21, foram quase 80% de visitas não orientadas pela administração do

Parque que passaram pelo Camorim entre janeiro e junho de 2005.

Porém, as visitas orientadas no Camorim (22%) fo-ram, no mesmo período de 2005, bem maiores do que as do Pau da Fome (355 pessoas foram orientadas pela administração do PEPB no Camorim, contra 186 no Pau da Fome, ou seja, quase o dobro), conforme mostra o gráfico 6.22.

A diretora do Parque relatou que possivelmente hou-ve a diminuição do número de pessoas agendadas para visitação orientada, em função do 1o. semestre de 2005 ter sido mais chuvoso do que o mesmo perí-odo em 2004.

No gráfico 6.23 podemos perceber que os meses de março (26%) e abril (22%) são os de maior concen-tração de visitação orientada, em função, mais uma vez, do início do período letivo das instituições de ensino, havendo uma queda nos meses de maio e ju-nho (menor que no Pau da Fome). Destacam-se janei-ro e fevereiro por serem meses de férias e, portanto, houve grande visitação também (17% em cada mês), condizentes com a função ecoturística que a subsede tem (principalmente pela presença da trilha do Camo-rim).

Comparativamente, é importante constatar (gráfico 6.24) que os meses de fevereiro (28%) e junho (23%), assim como na subsede, foram os mais intensos para a sede, portanto, em início e fim de período letivo do

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1o. semestre deste ano. Este dado é condizente tam-bém com a função da trilha do rio Grande e de suas atratividades (mais voltada para a Educação Ambien-tal). Diferentemente do Camorim, em março, o Pau da Fome não teve visitas orientadas, mas apenas visi-tação ao Parque (250 pessoas passaram pela guarita).

Conforme poderá ser visto nos gráficos que se segui-rão (gráficos 6.25 a 6.30), nos meses de maio (86%) e junho (90%) há um grande número de visitas ao Ca-morim (Guarita), enquanto as visitas orientadas nes-tes meses não chegaram a 15% (dobrando apenas em março e abril, 29% e 30%, respectivamente, devido a procura de visitação guiada pelo Núcleo de Educação Ambiental do Parque à trilha do Camorim, principal-mente por parte de instituições de ensino).

Cabe ressaltar que, somente com a continuação destes dados estatísticos, poderá se ter uma avaliação com-pleta do perfil geral da visitação nas duas áreas mais visitadas e fiscalizadas do PEPB (sua sede e subse-de), subsidiando estudos mais completos que vise ao entendimento e melhoria da infraestrutura existente, além de serem úteis à tomada de decisão (criação de estratégias) para um manejo mais adequado das áreas de recreação e lazer; e para a melhoria da qualidade da visitação, sendo ela orientada ou não pela adminis-tração do Parque.

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6.4.2. Percentual de área desmatada/ano/bacia hidrográfica

A avaliação anual da perda da cobertura florestal po-derá ser realizada a partir de imagem SPOT 5 (resolu-ção espacial de 2,5 m - março de 2004).

Este é um indicador de extrema importância, na me-dida em que serve para avaliar a perda efetiva do pa-trimônio genético da Mata Atlântica, em que bacia(s) esta perda é maior e que medidas deverão ser tomadas para conte-la.

6.4.3. Número de edificações/ano/bacia hidrográfica

Este é um outro indicador importante já que ele irá mostrar a pressão (maior ou menor em determinada bacia hidrográfica) da ocupação humana sobre os re-cursos do Parque. As análises apresentadas no item 2 do presente relatório mostram, para o período de 1999 a 2004, o aumento no número de casas no inte-rior da área protegida e em quais bacias esse aumento foi maior.

Esta avaliação permitirá localizar as áreas (por ba-cias) onde a fiscalização deverá atuar de forma mais intensa, no sentido de coibir o avanço da ocupação.

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7. PROPOSIÇÃO DE NOVAS AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE DO PARQUE ESTADUAL DA PEDRA BRANCA (PEPB)

Apesar do Parque Estadual da Pedra Branca ainda não possuir plano de manejo que norteie as principais ações de uso e conservação de seus recursos naturais, o que tem-se observado é que várias iniciativas já foram tomadas (e encontram-se em andamento), por parte da atual administração, em termos de controle e fiscalização das atividades consideradas impactantes e fomento àquelas consideradas relevantes, no que diz respeito principalmente a educação ambiental e o ecoturismo.

Visando dar novas contribuições para que o Parque possa superar suas dificuldades de manejo e gestão e venha a se tornar um modelo de unidade de conserva-ção da cidade do Rio de Janeiro, o Plano de Estrutura-ção apresenta, a seguir, algumas proposições de novas práticas que venham a se somar a tudo que está sendo feito de positivo, tanto por parte da administração, quanto de agentes externos que queiram de alguma forma contribuir, através de uma gestão participativa.

7.1. seMinários de discussão e avaliação dos traBalhos eM andaMento

Recomenda-se que a administração promova, perio-dicamente, discussões abertas ao público, em geral, através de seminários, workshop, etc (a exemplo do que foi feito há quase 10 anos atrás), sobre as prin-cipais atividades que estão sendo implementadas no Parque, no intuito de receber críticas e/ou sugestões que possam melhorar o seu desenvolvimento, bem como incorporar outras práticas consideradas susten-táveis.

7.2. criação de uM conselho gestor do parque

O SNUC prevê que as unidades de conservação criem conselhos gestores, constituídos por representantes de vários segmentos, tanto do poder público, quanto da sociedade civil organizada, interessados no planeja-mento e gestão dos recursos naturais das áreas legal-mente protegidas. Assim sendo, propõe-se que seja criado o conselho gestor do Parque Estadual da Pedra Branca e que o mesmo seja soberano nas decisões que a administração deva tomar com relação ao futuro da referida Unidade.

7.3. criação de novas suB-sedes

Uma das maiores demandas do Parque da Pedra Bran-ca é a criação de novas sub-sedes e/ou pórticos - a exemplo do que foi recentemente feito no rio da Prata de Campo Grande - que permitam um maior controle do acesso de moradores e visitantes às várias entradas que ele possui, bem como a coibição de ações de de-gradação, tais como: avanço da ocupação e cultivos agrícolas, desmatamentos, queimadas, caça e outras práticas consideradas nocivas aos recursos da área protegida.

Sugere-se que novos pontos de controle sejam im-plantados, prioritariamente, nos seguintes locais:

Caminho das Taxas, que liga Guaratiba a Campo • Grande;Estrada da Boca do Mato, em Vargem Pequena;• Estrada da Toca Grande (Morgado), em Vargem • Grande (vale do Sacarrão);Rua da Bica, em Barra de Guaratiba;• Estrada do Boiúna, nas proximidades da Estrada • dos Teixeiras, em Sulacap.

7.4. criação de uM centro de pesquisas e investigações científicas e de uMa BiBlioteca

Paralelamente a infraestrutura atualmente existente na sede e sub-sedes do Parque, há a necessidade de se criar uma biblioteca e um centro de pesquisas e investigações que permita reunir (e/ou abrigar), pe-riodicamente, pesquisadores (professores e alunos) e técnicos que estejam desenvolvendo projetos e prá-ticas que contribuam no conhecimento detalhado da Unidade, bem como que conduzam ao manejo ade-quado de seus recursos.

Assim sendo, sugere-se que sejam aproveitadas algu-mas edificações que foram abandonadas no interior do Parque - a exemplo de duas casas que se encon-tram localizadas no vale do Rio Pequeno, assim como a sede do Projeto “Floresta da Pedra Branca”, loca-lizada na Colônia Juliano Moreira, contígua ao hor-to florestal do Parque – e reformadas para a devida utilização como centro de pesquisas e estudos sobre o parque.

No que se refere a biblioteca, sugere-se que a sede do Pau da Fome reserve um pequeno espaço que possa reunir todos os principais documentos relativos ao Parque, bem como as monografias, dissertações e te-ses que estão sendo produzidas sobre a área.

7.5. realização de novos projetos de

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reflorestaMento

As áreas degradadas, principalmente aquelas con-tíguas às encostas florestadas e que apresentam um aumento progressivo da ocupação precisam, urgente-mente, serem restauradas, como uma forma de res-tabelecer o equilíbrio ecológico do local e garantir a sobrevivência da floresta e da fauna a ela associada. Assim sendo, propõe-se que novos projetos de re-florestamento sejam implementados, a partir de um diagnóstico detalhado das áreas potenciais.

7.6. projeto de revitalização de trilhas

Como principal veículo condutor de práticas eco-turísticas, o estudo do manejo de trilhas sob a ótica geográfica, e principalmente através da abordagem ambiental, nos permite ressaltar a sua importância para as áreas de preservação ambiental. As oportu-nidades recreacionais em UCs de proteção integral, a exemplo do Parque Estadual da Pedra Branca, são inúmeras, tais como: cross-country, caminhada, ob-servação da natureza, trekking, escaladas, observação de animais, safari fotográfico e outras atividades de mínimo impacto, todas, tendo como elemento condu-tor, as trilhas. As trilhas também promovem o acesso necessário a monitoria das condições ambientais e identificação de problemas de manejo, ajudando na administração e conservação da UC.

Contudo, em várias áreas não só do Parque, mas de todo o maciço, essas atividades, de certa forma, já vêm sendo desenvolvidas, porém, de maneira incipiente e caótica, sem planejamento e controle dos usuários que as freqüentam por parte da administração, que conta com poucos funcionários, mas que vem tentando, há cerca de dois anos, revitalizar o Parque, através de atividades de EA em suas trilhas.

Cada uma das trilhas, podem ser analisadas segundo as seguintes funções:

características gerais e dos impactos que podem • ser identificados e diagnosticados em cada trilha;

intensidade da visitação e das características dos • seus usuários, naquelas trilhas de uso contínuo (de acordo com o uso público direto na UC - PEPB). Pode ser aplicado através de metodologias especí-ficas como a Capacidade de Carga (CIFUENTES, 1992), que visa controlar o número de usuários de acordo com as características físicas/sociais/ambientais de cada trilha, ou a análise do perfil

dos visitantes, que visa relacionar a densidade de uso com a qualidade da experiência de visitação, podendo ser correlacionada com as outras infor-mações que possibilitem minimizar os impactos, gerando a diminuição das restrições ambientais às trilhas.

7.6.1. Manutenção de trilhas no PEPB

No manejo de unidades de conservação é importan-te observar o planejamento da conservação e manu-tenção de trilhas voltadas ao ecoturismo e educação ambiental, principalmente na minimização de impac-tos e na maximização de oportunidades de recreação, evitando-se condições perigosas e facilitando a im-plantação de medidas mitigadoras quando os impac-tos forem inevitáveis (LECHNER, 2003).

Muitos impactos então, podem ser reduzidos ou eli-minados com o conhecimento dos processos que atu-am na área de implantação das trilhas;

Segundo LECHNER (op. cit.), podemos realizar uma pequena lista parcial de alguns itens importantes de impactos que devem ser observados na trilha e desta forma revertê-los em um maior conhecimento destas no PEPB.

As trilhas do Camorim, Quilombo e Pico da Pedra Branca são as que possuem maior fascínio entre os caminhantes e praticantes de eco-esportes, principal-mente por se localizarem em área de alto potencial ecoturístico. As duas primeiras são de média facilida-de de acesso, pois possuem, respectivamente, 3 km e 1,5 km de extensão, além de possuírem atrativos, tais como: a represa do Camorim e a Pedra do Quilombo. As trilhas citadas além de terem um cunho histórico e voltado à educação ambiental, proporcionam um grande atrativo aos visitantes, que agendam visitas guiadas com o Parque ou com guias cadastrados (ou de agências de ecoturismo) da cidade do Rio de Ja-neiro. A trilha do Rio Grande (de menos de 900 m de extensão), assim como a do Camorim, também já citadas no capítulo 4, possui grande visitação.

Deste modo, estas são trilhas que devem ser observa-das as seguintes formas de impactos a serem corrigi-dos/minimizados com a manutenção das trilhas:

a) Com relação aos impactos biofísicos potenciais nas trilhas:

Erosão e transporte de solo;• Contaminação e sedimentação em rios e outros • corpos d´água;

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Perda de vegetação ao longo do corredor da • trilha;Introdução de espécies invasoras ao longo do • corredor da trilha;Aumento do acesso à área por espécies predado-• ras ou indesejáveis (mudança da composição de espécies);Perturbações / deslocamento da vida selvagem;•

b) Com relação aos impactos sociais potenciais nas trilhas:

Conflitos de visitantes;• Conflitos entre a comunidade e visitantes;• Lixo;• Insatisfação;• Uso das trilhas para atividades ilegais / indese-• jáveis (caça e extração ilegais, etc.);Alargamento da trilha por usuários para evitar • lamaçais, ou por andarem lado a lado ou por obstáculos como árvores caídas e pedras soltas;Vandalismo (pichações em rochas e árvores e • danos à infra-estrutura como placas de sinaliza-ção, bancos, etc.);Possíveis áreas de risco de acidentes aos visitan-• tes.

c) Com relação aos impactos ambientais potenciais ou de uso sobre as condições das trilhas:

Alargamento e inundação do corredor e do piso • da trilha;Usos múltiplos / sobreposição de usos;• Perda da borda crítica da trilha (e da drenagem);• Ruptura no talude;• Aprofundamento do leito da trilha (com perda de • drenagem);Entupimento por sedimentos em drenos, perda • ou danos a barragens de água, drenagens e bueiros;Resíduos ou entulhos na trilha;• Deterioração de fundações de pontes, decks e • paredes de contenção levadas por inundações, além das condições de segurança de sua super-fície e de seus corrimãos;Falta, perda ou deterioração de sinalização de • orientação, degraus e paredes de pedra.

7.6.2. Principais medidas/estratégias para revitaliza-ção e manutenção das trilhas do PEPB

7.6.2.1. Curso de Formação de Grupamento de Ma-nutenção e Manejo de Trilhas Ecoturísticas do Parque

Estadual da Pedra Branca

Para minimizar os impactos das trilhas e realizar pla-nos de manutenção específicos e detalhados para as trilhas do PEPB, é preciso criar condições para a ca-pacitação da equipe que compõe o corpo administrati-vo da unidade. Neste caso, a formação de Grupamen-to de Manutenção e Manejo de Trilhas Ecoturísticas em Unidades de Conservação, se configura como a resposta imediata para a preservação e conservação do patrimônio histórico e biológico servido pela ma-lha de trilhas do PEPB.

A formação de um grupamento organizado e com prá-ticas de manutenção e manejo de trilhas visa não só capacitar funcionários e otimizar os recursos huma-nos da unidade neste mister, mas também o fortaleci-mento de interface institucional do voluntariado como uma ferramenta efetiva de educação e sensibilização ambiental.

O voluntariado possui legislação especifica desde 18 de fevereiro de 1998, através da lei federal Nº 9608, que regulamentou o serviço voluntário. Especifica-mente, o Decreto nº 4.519, de 13 de dezembro de 2002, dispôs sobre o serviço voluntário em unidades de conservação federais e no Rio de Janeiro, a Porta-ria nº 152, do Instituto Estadual de Florestas instituiu e regulamentou o serviço voluntário nas 12 Unidades de Conservação Estaduais (parques, reservas e esta-ção ecológica).

No mundo todo, o trabalho voluntário é uma tradição em parques e outras unidades de conservação. Em parques nacionais Americanos, Chilenos e Sul afri-canos, por exemplo, os voluntários são os principais responsáveis pela manutenção dos sistemas de trilhas e por realizar trabalhos educativos com os visitantes. No entanto, o trabalho voluntário não é nem deve ser encarado como uma alternativa para a deficiência de pessoal nas áreas protegidas. Ele é, na verdade, uma das formas mais eficientes de aproximar a sociedade do dia a dia de nossos parques e outras áreas protegi-das, e envolvê-la ativamente na conservação dessas áreas.

Embora sejam múltiplos os aspectos para o manejo e monitoramento das trilhas, a criação do grupamento de MANUTENÇÃO E MANEJO DE TRILHAS DO PARQUE ESTADUAL DA PEDRA BRANCA, po-derá permitir aos gestores a delegação e controle de tarefas especificas neste setor, proporcionando assim diagnósticos, relatórios e resultados mais conclusivos

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sobre os impactos e suas possíveis soluções.

Outros aspectos a serem considerados é a formação de uma “memória técnica” nos quadros funcionais da unidade, a partir do treinamento, geração de relató-rios, mapeamento e criação de um banco de dados de todas as trilhas pelos funcionários do PEPB, além do fortalecimento institucional das ações de apoio e as-sociativas com ONGs e entidades afins voluntárias no manejo das trilhas do Parque.

7.6.2.2. Possíveis ações de planejamento das trilhas:

a) Implantar o grupamento de MANUTENÇÃO E MANEJO DE TRILHAS DO PEPB para os funcio-nários e voluntários do Parque, através da contratação (convênio) de profissionais gabaritados nessa área de atuação, para ministrar curso de capacitação sobre manejo e manutenção de trilhas, promovendo revi-são técnica (teórica-conceitual e prática) e ajudando os participantes a desenvolverem e implementarem projetos de mapeamento, diagnóstico, manutenção e conservação das trilhas ecoturísticas do PEPB.

b) A administração do PEPB deverá ordenar o serviço voluntário em manejo de trilhas, através do desenvol-vimento de atividades afins com os funcionários da unidade.

c) Quando o Grupamento de Manejo de Trilhas do PEPB estiver formado e seu coordenador estabeleci-do (eleição do “líder” do grupo), a diretora da unidade deverá criar mecanismos de monitoramento das ativi-dades iniciais de modo a garantir a qualidade nas in-tervenções, sanar as dúvidas e gerar indicadores para a avaliação dos resultados obtidos. Se for necessário, os profissionais contratados poderão dar o suporte nestas atividades de monitoramento.

d) A equipe deverá desenvolver atividades de diagnós-tico do local de trabalho a fim de elaborar um projeto de recuperação/ manutenção, incluindo cronograma e orçamento e ter condições de implementá-lo. Desta forma, os participantes serão capazes de, após o cur-so, elaborarem projetos consistentes de manutenção de trilhas e documentá-los; de modo que os gestores possam ter dados que lhes possibilitem gerenciar re-cursos e justificativas técnicas ao órgão gestor (IEF/RJ).

7.7. Identificação de Novos Atrativos Ecoturísticos e Implementação de Novas Ações de Educação Am-biental

Estudos feitos por COSTA (2002) detectaram locais, no interior do Parque, de elevado potencial para ativi-dades de ecoturismo e lazer controlado. Grande parte deles encontram-se localizados na vertente leste-sul, cujas encostas ainda apresentam uma significativa extensão de florestas em estágios sucessionais dife-renciados e uma rica rede hidrográfica. Porém, essas áreas ainda não foram detalhadamente avaliadas, sob a ótica da identificação de novos atrativos ecoturísti-cos, passíveis de serem utilizados de forma ordenada e controlada, pelos visitantes do parque. As trilhas, conforme foi mencionado no item anterior, são ele-mentos importantes de atração e condução de visitan-tes aos locais ecoturísticos e devem, portanto, fazer parte desse diagnóstico.

Em termos de atividades de educação ambiental, es-tas vêm sendo desenvolvidas de maneira crescente no PEPB, envolvendo não somente a população residen-te no interior da gleba, mas também, a população do entorno. São práticas educativas formais e informais, realizadas pela administração do parque, bem como por ONGs e universidades. Tais práticas devem ser mantidas e ampliadas, bem como diversificadas e de caráter contínuo. Conforme destaca FONTES (2003), a educação ambiental é um processo educativo, que envolve uma longa e complexa série de experiências de vida e como tal deve ser desenvolvida de forma duradoura e continuada, com ações que tenham reper-cussões a curto, médio e longo prazos.

7.8. Continuidade do Estudo Fundiário e Realização do Plano Diretor do PEPB

O estudo fundiário iniciado necessita ser concluído, considerando que equacionar a questão fundiária do Parque é fundamental ao efetivo manejo de seus re-cursos naturais. Propõe-se, aqui, que seja constituída uma comissão, por parte da administração da UC, que possa dar continuidade aos trabalhos por hora desen-volvidos, e que dela faça parte, profissionais de algu-mas áreas, dentre elas: Direito, Geografia e Biologia, considerando a complexidade das análises e a neces-sidade de realização de mapeamentos.

Os trinta anos de existência do PEPB sem que, até a presente data (outubro de 2005), tenha sido desenvol-vido o seu Plano Diretor, torna mais difícil a implan-tação de um manejo e gestão eficaz dos seus recur-sos. Assim sendo, torna-se fundamental que ele seja desenvolvido e periodicamente atualizado, de acordo com o que preceitua o SNUC (2000).

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7.9. Implantação do Projeto “Voluntários do Parque Estadual da Pedra Branca”

O Voluntariado é uma iniciativa cada vez mais fre-qüente e importante. Em diversos setores, a atividade vem se destacando como importante ferramenta de participação e mobilização social. Na área ambiental são vários os exemplos de sucesso de programas de voluntariado. Responsabilidade social, motivação, sa-tisfação pessoal e vontade de transformação são algu-mas das características reconhecíveis em voluntários.

A importância do voluntariado é estratégica, sobre-tudo no âmbito de uma unidade de conservação, pois a iniciativa vem a contribuir em eixos onde o Estado tem dificuldades, por razões diversas, de atuar mais ativamente. Sendo assim, os voluntários podem su-prir uma lacuna que, por vezes, pode se estabelecer entre Estado e Sociedade, criando um elo importante na gestão pública, sobretudo quando se trata de uma unidade de conservação que possui moradores no seu entorno ou interior.

A importância do voluntariado como estratégia para a gestão ambiental de unidade de conservação já é am-plamente reconhecida em vários países e vêm sendo cada vez mais, freqüente no Brasil. Já existem inú-meras ações oficialmente reconhecidas em diferen-tes níveis de governo. Na esfera federal, por exem-plo, destaca-se a tradução da cartilha “Volunteers in parks” do Serviço Nacional de Parques dos Estados Unidos, realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, Diretoria de Áreas protegidas, em 2002, com o obje-tivo de divulgar e estimular a prática do voluntariado em unidades de conservação brasileiras.

Sendo assim, a presente proposta visa delimitar, em linhas gerais, um programa de voluntariado que possa atender as demandas específicas do Parque Estadual da Pedra Branca, buscando aliar a ação voluntária ao desenvolvimento sustentável, educação ambiental e geração de renda para a população residente no entor-no e no interior do Parque e demais atores sociais que possam colaborar na gestão do mesmo.

O projeto tem como objetivo geral criar um Progra-ma de Voluntariado para o Parque Estadual da Pedra Branca que possa ser contínuo e permanente, através da própria iniciativa da população, em geral (em espe-cial de residentes e habitantes do entorno do parque), em consonância com as ações de manejo implementa-das pela administração da área protegida.

Os objetivos específicos são:

Estimular a participação da população nas ações • de conservação ambiental, procurando mitigar os impactos decorrentes do uso indevido e da visi-tação;Construir uma consciência de responsabilida-• de social e ambiental na população participante, tornando-os cidadãos pró-ativos na questão am-biental.Desenvolver uma consciência ambiental crítica e • reflexiva capaz de transformar hábitos e atitudes que coloquem em risco a conservação do Parque Estadual da Pedra Branca.

7.9.1. Estrutura e áreas de atuação

A estrutura funcional do projeto encontra-se ilustrado na figura abaixo:

Os candidatos à voluntário poderão atuar em diferen-tes frentes de ação, de maneira isolada ou em grupos, tendo a liberdade de escolher aquela (s) atividade (s) que mais lhe interessar.

A seguir são mostradas algumas áreas de atuação dos voluntários:

Educação Ambiental com visitantes• Educação Ambiental com moradores• Educação Ambiental em escolas do entorno ou • visitantesManutenção das trilhas• Guias de ecoturismo• Apoio à fiscalização• Brigada de Incêndio• Ações de reflorestamento• Ações de apoio à administração• Gerenciamento de voluntários•

Obs: Pode haver outras áreas dependendo do interes-se dos envolvidos.

7.9.2. Descrição das principais atividades do projeto

As atividades inicialmente previstas são as seguintes:

a) Reuniões comunitárias de sensibilização (motiva-ção) para as ações de voluntariado

Esta atividade deverá ocorrer na sede (ou sub-sede) administrativa do parque ou numa associação de mo-radores do interior e/ou periferia próxima. O projeto terá como comunidade piloto a ocupação Monte da Paz, localizada na estrada do Pau da Fome, em área contígua à sede. Trata-se de uma das maiores ocupa-ções contínuas no interior da área protegida.

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Convém ressaltar que, para o pleno êxito do projeto é fundamental que a população residente participe e se engaje, efetivamente, nas ações de conservação dos recursos naturais. Para tal, deverá ser realizado todo um trabalho de divulgação (folders, convites etc...) com o objetivo de atrair o maior número possível de moradores (as reuniões sempre serão abertas para to-das as comunidades do entorno) e, sobretudo, de lide-ranças comunitárias.

A pauta das reuniões constará dos seguintes itens:

Apresentação do PEPB, demonstrando sua im-• portância estratégica para a qualidade de vida na cidade do Rio de Janeiro e na preservação da bio-diversidade dos remanescentes de Mata Atlântica no país, entre outras características ambientais sui generis do PEPB, tais como endemismos.Apresentação da idéia do voluntariado, através de • vídeo institucional do Ministério do Meio Ambi-ente, sobre o Programa de Voluntariado em Uni-dades de Conservação.Apresentação das principais demandas ambien-• tais do PEPB que poderiam ser executadas por voluntários e colaboradores.Abertura para debates• Inscrição de voluntários em ficha (em anexo) • constando endereço, dados pessoais, telefones e meios de contato e área de interesse de atuação (de acordo com as áreas pensadas anteriormen-te que, no entanto, poderão sofrer alterações de acordo com a demanda).

b) Curso de capacitação de voluntários

Este curso será oferecido pela equipe de capacitado-res previamente definida pela administração,e terá as seguintes características:

Objetivo:

Capacitar voluntários para a execução de tarefas di-ferenciadas no PEPB, de acordo com suas área de interesse e respeitando as experiências anteriores de cada um.

Público alvo:

Comunidades do entorno, lideranças comunitárias, estudantes universitários e quaisquer outros interes-sados em atuar em defesa do PEPB.

Carga Horária:

O curso deverá corresponder a um total de 12 horas/

aula, preferencialmente num sábado e/ou domingo, entre 8:00 e 12:00 h (pausa para almoço) e 13:00 e 18:00 h (lembrando que a hora/aula terá, em média, 40 minutos de duração). Poderá ser intercalado: um sábado de manhã ou tarde, continuando num domin-go de manhã ou tarde, para completar a carga horá-ria total. Há a possibilidade de realizar uma atividade prática em local previamente selecionado, dentro do parque.

Programa do curso:

Introdução e apresentação da proposta aos par-• ticipantesapresentação do PEPB – o que é o parque e suas • características ambientaisAs principais ações realizadas pelo PEPB• A importância das comunidades do entorno – a • Ecologia Social das Unidades de Conservação - Estudo de casoA ecologia social e educação ambiental no PEPB• Noções Básicas e Importância da Educação Am-• biental Noções básicas de legislação ambiental e sua apli-• cabilidade em Unidades de Conservação (noções básicas sobre o SNUC - Sistema Nacional de Un-idades de Conservação).O bioma de Mata Atlântica e a importância estra-• tégica do PEPB e os principais impactos ambien-tais na Mata Atlântica e no PEPBPrograma de Voluntariado em Unidades de con-• servação – Estudos de CasoSer Voluntário no PEPB – como agir• O exercício do voluntariado – a educação ambi-• ental no PEPBConclusão do curso•

Material Instrucional:

Será distribuída aos alunos, uma apostila contendo as informações pertinentes ao programa do curso, bem como dados sobre o meio ambiente do parque, que deverão ser utilizados pelo voluntário.

Recursos:

Retroprojetor, televisão e vídeo (VHS ou DVD)

Andamento das atividades e avaliação do curso:

Será feita auto-avaliação, com parecer dos alunos e dos próprios implementadores do curso.

Os melhores alunos, ou seja, aqueles que se destaca-rem em suas participações, poderão ser escolhidos

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como supervisores, na etapa seguinte do projeto. Eles passarão a ministrar cursos, em suas comunidades, sob a orientação dos capacitadores, onde atuarão mul-tiplicando os conhecimentos adquiridos, agregados aos que já possuem.

Curso de formação de capacitadores e supervisores de voluntários

O supervisor pode ser alguém de nossa equipe, da ad-ministração direta do parque, ou mesmo outro volun-tário que tenha se destacado em suas ações, conforme foi mencionado no ítem anterior. Esta figura será o elo de comunicação mais próximo entre o voluntário e a administração do parque.

Ele passará por um treinamento mais específico, na área de interesse de sua atuação. Este treinamento de-verá ser realizado por uma equipe formada por téc-nicos qualificados, pertencentes ao órgão de controle ambiental responsável pela administração do parque, bem como por especialistas de outras instituições de ensino e/ou pesquisa. Consistirá em aprofundamento no tópico de seu interesse de atuação e será realizado durante uma tarde de sábado ou domingo, num total de 6 horas aula, seguindo os moldes do curso ante-rior.

Monitoramento das atividades e avaliação do progra-ma

Ao final destas etapas será feito um seminário de ava-liação do projeto de voluntariado no PEPB. Deverá ser realizado numa manhã ou tarde (de 3 a 4 horas de duração), num final de semana. Para tal, serão con-vidadas todas as comunidades do entorno envolvidas ou não e serão apresentados os principais resultados obtidos, bem como divulgadas através de cartazes, folders e convites.

7.10. Aumento da infraestrutura de apoio a fiscaliza-ção e combate a incêndios e desmatamentos

Apesar das dificuldades que quase toda a unidade de conservação tem em efetuar a fiscalização e combate a incêndios e desmatamentos (no caso daquelas vul-neráveis), o aumento do número de guardas florestais e equipamentos de controle das queimadas, sempre é necessário, principalmente no caso do PEPB, que possui uma vasta área legalmente protegida em en-costas íngremes, controlada por um número reduzido de profissionais.

Paralelamente, urge que o Núcleo de Prevenção de In-cêndios Florestais (NUPIF) seja reequipado de forma

a garantir o pleno atendimento a forte demanda que ocorre, particularmente na época de inverno (seca), quando os incêndios são mais freqüentes.

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Levantamento, Mapeamento e Caracterização Sócio-Econômica da População Residente

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