A Contribuição Do PNAIC Para o Desenvolvimento Do Processo de Leitura e Escritaem Escolas Públicas Do Município de Pedra Branca - PB

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    REBES- ISSN 2358-2391 - ( Pombal - PB, Brasil ), v. 6, n. 1, p. 42-55, jan.-mar., 2016

    R EBESREVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO ESAÚDE

    http://www.gvaa.com.br/revista/index.php/R EBES

    REVISÃOBIBLIOGRÁFICA

    A contribuição do PNAIC para o desenvolvimento do processo de leiturae escritaem escolas públicas do município de Pedra Branca - PB

    Roseni Terezinha de Lima PereiraProfessora da rede pública de ensino, mestre em Ciências da Educação, pelo Instituto

    Superior de Educação Professora Lúcia Dantas (ISEL)

    Resumo: Trata-se de uma pesquisa de natureza exploratória, que teve por objetivo verificar se na concepção dos professores da rede pública do município de Pedra Branca-PB, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa podecontribuir para o desenvolvimento do processo de leitura e escrita nos anos iniciais. O referido programa foidesenvolvido em cumprimento às disposições contidas no Decreto 6.094/2007, que estabeleceu o Plano de MetasCompromisso Todos pela Educação. No referido plano encontra-se expresso que o estado brasileiro deve desenvolveresforços no sentido de alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, aferindo os resultados por exame periódico específico. Através desta pesquisa foi constatado que várias são as contribuições que podem ser proporcionadas pelo o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa aos alunos dos primeiros anos do ensinofundamental, com destaque para o processo de aquisição da leitura e da escrita, graças ao desenvolvimento deestratégias. Entretanto, sempre existe uma parcela de alunos, às vezes, grande, às vezes pequena ou insignificante, quenão consegue oferecer uma resposta ao processo educativo, mesmo diante a utilização das metodologias elaboradas parao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. As propostas do referido programa vai muito mais além do quedesenvolver o letramento em sala de aula. Elas mostram que a apropriação do sistema de escrita alfabética é algo vital para o processo de aprendizagem. E, que foram deste sistema nada se constrói em termos de aprendizagem. Anecessidade de se utilizar técnicas que estimulem e facilitem a aquisição da leitura e da escrita, é algo por demais justificável no processo educativo. E esta necessidade justifica a existência do Pacto Nacional pela Alfabetização naIdade Certa.

    Palavras-chave: Alfabetização. Incentivo. Leitura e Escrita.

    Abstract: This is an exploratory research, which aimed to verify if the design of public school teachers in thecity of White-PB Stone, the National Pact for Literacy in Certain Age can contribute to the development ofreading and writing process in the early years. This program was developed in compliance with the provisions of Decree 6,094 / 2007, which established the Target Plan All for Education Commitment. In the plan it is expressed that the Brazilian state should develop efforts to alphabetize children up to a maximum ofeight years, assessing the results by specific periodic review. Through this research it was found that thereare several contributions that can be provided by the National Pact for Literacy in the Age One students ofthe first years of elementary school, with emphasis on the acquisition of reading and writing, thanks todevelopment strategies . However, there is always a portion of students, sometimes big, sometimes small orinsignificant, that can not provide an answer to the educational process, even with the use of themethodologies developed for the National Pact for Literacy in the Age One. The proposals of this programgoes much further than developing literacy in the classroom. They show that the appropriation of alphabeticwriting system is vital to the learning process. And this system that have nothing is constructed in terms oflearning. The need to use techniques that encourage and facilitate the acquisition of reading and writing, issomething too justified in the educational process. And this need justifies the existence of the National Pactfor Literacy in the Age One.

    Keywords: Literacy. Incentive. Reading and writing.

    1 Introdução

    Muito se comenta que a educação no Brasil nãovai bem e que seus problemas não estão somente

    relacionados à falta de infraestrutura e de segurança naEscola. Eles também dizem respeito à falta de capacitação profissional por parte do professor, à falta de material

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    didático-pedagógico que contemple a realidade do aluno,à metodologia desenvolvida em sala de aula, etc.

    Na concepção de Santos (2009), vários fatoresconstituem obstáculos ao desenvolvimento da educaçãono Brasil e, isto contribui para o registro de vários índices,que estão relacionados à evasão, à repetência e àsdificuldades de aprendizagem.

    A verdade, é que uma grande parcela dos alunosque chega ao final do ensino fundamental não sabe lê enem escrever. Diante dessa realidade, verifica-se que é preciso repensar a educação e colocar em prática umconjunto de medidas que possam produzir aprendizagem.

    Segundo Santos (2009, p. 10), para melhorar aeducação brasileira “precisamos criar um projeto deeducação nacional e que tenho como parâmetro quais asfinalidades da educação formação formal, qual suaorganicidade e não quais as especificidades do serhumanos, do universo”.

    Quando se analisa essa citação verifica-se que os problemas relacionados à educação brasileira são

    complexos e necessitam de uma rápida intervenção. Necessitam do desenvolvimento de políticas públicas quecontemplem as particularidades da escola, enquantoinstituição e contribuam de forma efetiva para a melhoriado processo educativo.

    A escola possui uma missão a cumprir. Entretanto,essa missão não somente se limitar à obrigação de ensinaro aluno a lê e escrever. A escola tem uma missão social.Ela também tem a responsabilidade de educar/preparar oindivíduo para o exercício de sua cidadania. Ao avaliarama missão que a escola pública tem a desempenhar nocontexto atual, Matos e Silva (2011) entendem que estainstituição não se encontram preparada plenamente para

    cumprir o seu papel, que se fundamenta a partir da promoção de uma educação de qualidade.Dito com outras palavras, a escola pública

    brasileira não possui condições de cumprir a sua funçãosocial de forma plena, porque não esta preparada para promover uma educação de qualidade. Uma educaçãodesse nível se traduz num processo educativo que permitea todo e qualquer aluno, aprender a ler e a escrever, logonos primeiros anos do ensino fundamental. Nesse sentido, percebe-se o quanto a leitura e a escrita são fatoresimportantes para o processo de ensino aprendizagem.Mediante a leitura, o educando decodifica a mensagemexistente no texto escrito, aprendendo e ampliando seus

    conhecimentos.Segundo Zacarias (2009), não há como se falar emaprendizagem escolar, sem, contudo, fazer uma referênciaexpressa à leitura e à escrita. E, que ambas possuem umcaráter indissociável, sendo mecanismos úteis àaprendizagem escolar.

    Objetivando fazer com que os alunos logo nos primeiros anos do ensino fundamental já passem a terdomínio sobre a leitura e a escrita, o governo federal vemcolocando em prática algumas iniciativas, dentre as quaisvem se destacando na atualidade o Pacto Nacional pelaAlfabetização na Idade Certa (PNAIC).

    Trata-se de um programa que foi desenvolvido em

    cumprimento às disposições contidas no Decreto6.094/2007, que estabeleceu o Plano de MetasCompromisso Todos pela Educação. No referido planoencontra-se expresso que o estado brasileiro deve

    desenvolver esforços no sentido de “alfabetizar ascrianças até, no máximo, os oito anos de idade, aferindoos resultados por exame periódico específico” (BRASIL,2007, p. 13), que pode ser feita através da ProvinhaBrasil.

    Objetivou-se como o esse trabalho verificar se naconcepção dos professores da rede pública do municípiode Pedra Branca-PB, o PNAIC pode contribuir para odesenvolvimento do processo de leitura e escrita nos anosiniciais.

    2 Materiais e Métodos2.1 Local da pesquisa

    O trabalho foi desenvolvido nas EscolasMunicipais de Educação Básica João Dantas da Silva,João Barreiro da Silva, Miguel Dantas de Sousa eDomingos Lopes, localizadas na zona rural do municípiode Pedra Branca-PB, além da Escola Municipal deEducação Básica Laura de Sousa Oliveira, localizada à

    Av. Adauto Oliveira e Silva, nº 680, no centro da cidadede Pedra Branca-PB.O município de Pedra Branca – PB, faz parte da

    Microrregião de Itaporanga e integra a mesorregião dosertão paraibano. A área do referido município é de 113,7Km².

    Sua economia encontra-se centrada nas atividadesagropecuárias. No que diz respeito à sede do município,esta se encontra num ponto dado pelas coordenadasgeográfica de 38º04’04’’ longit ude oeste e 07º25’37’’delatitudesul, distando cerca de 444,6 Km da capital doEstado da Paraíba (MASCARENHAS et al., 2005).

    2.2 Características físicas das escolasTodas as escolas que serviram de campo para esta

    pesquisa se encontram em boas condições, no que dizrespeito à infraestrutura. São escolas de pequeno porteque integram a rede municipal de ensino. As escolaslocalizadas na zona rural possuem em média, quatro salasde aulas, uma secretaria/direção, banheiros e um hall.

    Quanto à escola localizada na sede do município,esta também é de porte pequeno e possui uma boainfraestrutura, composta por doze salas de aula, umasecretaria, um auditório, uma sala de professores, uma biblioteca, uma cantina, seis banheiros; sala pedagógica;

    sala multifuncional e laboratório de informática.2.3 Características dos recursos humanos

    As Escolas Municipais de Educação Básica(EMEB), que serviram de campo para a presente pesquisa, possuem atuamente uma média de 678 alunosmatriculados nos três turnos, oferecendo EnsinoFundamental I e II, além da Educação de Jovens eAdultos. As referidas unidades são administradas por umagestora escolar.

    Apenas a escola da sede do município possui umavice-diretora e uma secretária. O número total de

    professores que atuam nessas escolas é de 38 profissionais. Destes, a maioria possui formação superiore cursos de especializações na área de educação.

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    A equipe de apoio da EMEB Laura de SousaOliveira é formada por dez pessoas, sendo dois vigias,três merendeiras, quarto auxiliares de serviços gerais euma auxiliar de secretaria. Nas demais escolas localizadasna zona rural, essas equipes se resumem a três pessoas,sendo duas merendeiras e uma auxiliar de serviços gerais.Tanto nas escolas da zona rural, quanto a localizada na

    cidade, os trabalhos de supervisão educacional sãorealizados por profissionais vinculados diretamente à Sec.Municipal de Educação.

    2.4 Momentos da pesquisa

    Esta pesquisa foi desenvolvida em três momentosdistintos. O primeiro momento foi destinado à elaboraçãodo questionário que foi aplicado aos sujeitos selecionados para integrar a amostra (Figuras 3 e 4).

    O questionário utilizado para a coleta de dados foi previamente submetido à avaliação da orientadora. Estequestionário foi composto por duas partes. A primeira,

    destinada à coleta de dados relativos ao perfil da amostrae a segunda, aos objetivos da pesquisa.A segunda parte do mencionado questionário, foi

    composta por quatorze questões subjetiva. Para nove

    destas questões, pediu-se que os entrevistados justificassem suas respostas. O terceiro momento foidestinado à aplicação dos questionários, juntos aos professores da rede pública municipal, das escolas dazona rural e urbana.

    Para facilitar a coleta de dados, aproveitou-se ummomento que estava sendo realizado o planejamento

    pedagógico, oportunidade em que todos os professores dazona rural e urbana estavam reunidos. Durante a coleta dedados não foi registrado nenhum acontecimento digno demenção. Tudo ocorreu dentro da nornalidade. Pois, todosos profissionais selecionados para integrarem à amostra,tiveram interesse em responderem aos questionários. Asdúvidas surgidas, foram retiradas/esclarecidadas pela pesquisadora.

    3 RESULTADOS E DISCUSSÕES3.1 Perfil da amostra entrevistada

    Num primeiro momento, objetivando traçar o

    perfil da amostra, colheu-se junto aos participantes, dadosrelativos ao sexo, idade, formação acadêmica e campo deatuação (Tabela 1).

    Tabela 1 - Distribuição da amostra quanto ao perfil profissional.Pedra Branca - PB, Brasil, SABERES,2015Variáveis Participantes %Gênero

    Masculino 04 25%Feminino 12 75%

    Total 16 100%Faixa Etária

    Entre 25 e 30 anos 03 18,75%Entre 36 e 40 anos 05 31,25%Entre 41 e 45 anos 02 12,50%Entre 46 e 50 anos 03 18,75%Entre 51 e 55 anos 02 12,50%Acima de 55 anos 01 6,25%

    Total 16 100%Formação Acadêmica

    Magistério 07 43,75%Cursando pedagogia 03 18,75%

    Licenciatura em Pedagogia 03 18,75%Pedagogia + Geografia 01 6,25%

    Pedagogia + Letras 01 6,25%

    Pedagogia + Matemática 01 6,25%Total 16 100,0%Campo de AtuaçãoSomente rede pública 16 100,0%

    Rede pública e Privada 00 00%Total 16 100,0%

    Tempo de atuação no ensino Fundamental IMenos de 2 anos 02 12,50%Entre 3 e 5 anos 05 31,25%Entre 6 e 10 anos 01 6,25%Mais de 10 anos 08 50,00%

    Total 16 100,0%

    Fonte: Pesquisa de campo (jul/2015).Quando se analisa os dados contidos na Tabela 1

    verifica-se que a maioria dos professores que integraram a

    amostra entrevistada pertencia ao sexo feminino (75%) eque 25% eram do sexo masculino. Estes dadosdemonstram que na escola campo de pesquisa existe uma

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    acentuada feminização da profissão docente, principalmente, na educação básica.

    Destaca Rosa (2011), que feminização da profissãodocente é algo que também caracteriza a educação brasileira. E que tal processo possui raízes históricas.Pois, à medida que se ampliavam os postos de trabalhonas indústrias e nos espaços urbanos para os homens,estes, em busca de empregos mais bem remunerados, passaram a deixarem as salas de aulas, cedendo espaços para as mulheres.

    No que diz respeito à faixa etária em que esses professores encontram-se inseridos, quando se analisa osdados contidos na Tabela 1 verifica-se que 31,25% possuíam idades entre 36 e 40 anos; 18,75% declararamque possuíam idades entre 25 e 30 anos; 12,5% estavamna faixa etária de 41 a 45 anos; 18,75% tinham idadesentre 46 e 50 anos, enquanto que 12,50% declararam quetinham idades entre 51 e 55 anos e 6,25%, acima de 55anos.

    Uma pesquisa nacional realizada pelo INEP

    (2012), mostrou que a maioria dos professores que atuavano ensino fundamental tinha entre 31 e 40 anos. No que diz respeito à formação acadêmica, os

    dados apresentados na Tabela 1 mostram que mais dametade dos participantes, ou seja, 62,5% ainda não possuiformação superior, visto que 43,75% dos professores doEnsino Fundamental I possuem apenas o magistério(ensino médio) e outros 18,75% encontram-sematriculados no curso de licenciatura em Pedagogia.

    Na prática, dos 16 entrevistados, apenas 6 têmformação superior. Em relação à amostra total, 18,75% possuem licenciatura em pedagogia, enquanto que osdemais, em percentuais iguais de 6,25%, possuemformação superior em pedagogia + geografia; pedagogia+ letras e pedagogia + matemática, respectivamente. Na prática, a amostra entrevistada ainda não tem a formaçãoapropriada para o exercício da docência.

    Em relação ao campo de atuação dos professoresque integraram a amostra entrevistada, quando se analisaos dados apresentados na Tabela 1 verifica-se que todos(100%) somente atuam na rede pública de ensino. Quantoao tempo de atuação no Ensino Fundamental I, os dadoscoletados demonstram que 50% dos entrevistadosencontram-se em sala de aula do Fundamental I há maisde 10 anos; 31,25% declararam que encontram-se noexercício da docência entre 3 e 5 anos; 12,5% possuemmenos de 2 anos de magistério e 6,25% informaram que possuem entre 6 e 10 anos de efetivo exercício como professores.

    3.2 Dados relativos aos objetivos da pesquisaAtravés do primeiro questionamento, procurou-se

    saber dos entrevistados se eles participaram da FormaçãoPNAIC. Os dados colhidos foram tabuladosestatisticamente (Gráfico 1).

    Gráfico 1.Distribuição da amostra quanto ao fato de ter ou não participado da Formação PNAIC. Pedra Branca – PB.

    Fonte: Dados colhidos pela pesquisadora

    Quando se analisa os dados contidos no Gráfico 1,verifica-se que 87,50% dos professores entrevistados participaram da Formação PNAIC, enquanto que 12,5%não participaram.

    Esclarece o Ministério da Educação (BRASIL,2012, p. 24) que:

    O Pacto Nacional pela Alfabetização na IdadeCerta prevê, como uma de suas ações, a formação

    de professores alfabetizadores. Essa ação se dá pormeio de um curso, que apresenta uma estrutura defuncionamento na qual as universidades,secretarias de educação e escolas deverão estar

    articuladas para a realização do processo formativodos professores atuantes nas escolas, nas salas deaula.

    Durante a formação continuada oportunizada aos professores, durante o PNAIC, são apresentadas váriasestratégias de ensino que priorizavam o processo dealfabetização através do letramento. Essa formação do professor é necessária para a que a escola possa realmente

    implantar em seu contexto o referido programa,objetivando, portanto, a melhoria do processo educativanos primeiros anos do Fundamental I. Nesse sentido,

    0,0%10,0%20,0%30,0%40,0%50,0%60,0%70,0%80,0%90,0%

    87,5%

    12,5%

    Sim (n=14)

    Não (n=2)

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    explicam Luz e Ferreira (2013, p. 6) que a formaçãooportunizada pelo PNAIC:

    [...] consiste em um curso presencial destinado aos professores alfabetizadores com duração de doisanos, com carga horária de 120 horas por ano, baseado no Programa Pró-letramento que temcomo proposta de trabalho estudos e atividades práticas sendo conduzidos por professoresorientadores.Desta forma, percebe-se que o foco central da

    formação continuada proporcionada pelo PNAIC, tem

    carga horária de 120 horas e está centrada nas basesestabelecidas para o Pró-letramento, que estimula ecapacita o professor para desenvolver um processoeducativo em sala de aula que alfabetize letrando.

    Através do segundo questionamento, perguntou-seaos professores que participaram da presente pesquisa eque responderão ‘sim’ à questão anterior, como e deu acontribuição à sua prática docente, proporcionada pelaFormação PNAIC (Quadro 1).

    Quadro 1. Contribuição proporcionada à prática pedagógica dos entrevistados pela participaçãona Formação PNAIC. Pedra Branca - PB, Brasil

    VARIÁVEL DESCRIÇÃO

    Como ocorreu acontribuição

    proporcionada à prática pedagógica dosentrevistados pela

    participação na FormaçãoPNAIC

    P1. Ela contribuiu para aperfeiçoar mais meus conhecimentos e trouxe novasmetodologias, que fazem com que as aulas fiquem mais dinâmicas.P4. Permitiu que se passasse a utilizar situações concretas, valorizando oconhecimento e a forma de se aprender em sala de aula.

    P6. Auxiliando o trabalho pedagógico, ampliando as potencialidades do uso daescrita alfabética, textos, jogos e desenvolvendo os conceitos matemáticos.P9. Proporcionou mudanças na minha prática pedagógica que tem beneficiado aaprendizagem de meus alunos.P7. O PNAIC foi muito importante porque nos mostrou novos métodos, novasestratégias que tem melhorado a aprendizagem dos alunos

    Fonte: Dados colhidos pela pesquisadora

    Quando se analisa os discursos transcritos noQuadro 1, verifica-se que a Formação PNAIC modificoude forma significativa a prática pedagógica dosentrevistados, fazendo com que estes tivesse acesso anovas metodologias e estes, passaram a utilizar mais olúdico como um recurso pedagógico, o que tem contribuiu para melhor a aprendizagem de seus alunos.

    Um estudo promovido por Zwetsch; Oliveira eSilva (2014, p. 8) em Ponta Grossa-PR revelou quenaquela cidade:

    A formação continuada ofertada aos cursistas foi produtiva, pois promoveram uma reflexão maiscrítica sobre suas próprias práticas pedagógicas e,consequentemente, a busca de diferentes formas deconduzir o trabalho junto às professorasalfabetizadoras, na reelaboração de novasestratégias de ensino, no contexto da alfabetizaçãona perspectiva de letramento.

    Especificamente, no que diz respeito à formaçãocontinuada voltada para PNAIC, ela não somente produzimplicações sobre o currículo como também é capaz de produzir mudanças na prática pedagógica do professor,que lhe são apresentadas novas estratégias de ensino. Eesta particularidade pode ser demonstrada quando daanálise dos discursos (Quadro 1).

    As estratégias e metodologias apresentadas aos professores durante a formação PNAIC, têm a capacidadede contribuir para a melhoria da prática pedagógica,deixando as aulas mais dinâmicas, estimulando osdocentes a serem mais criativos em sala de aula.

    Através do terceiro questionamento, indagou-sedos entrevistados que responderam ‘sim’ à q uestãoanterior, como, na prática, ocorre o incentivo do PNAIC àalfabetização com letramento. As respostas maisconsistentes formam apresentadas no Quadro 2.

    Quadro 2. Como ocorre o incentivo do PNAIC à alfabetização com letramento. Pedra Branca - PB, Brasil VARIÁVEL DESCRIÇÃO

    Como ocorreu o incentivodo PNAIC à alfabetização

    com letramento

    P6. A leitura e a escrita são trabalhadas de forma integrada e complementar,exigindo-se que o aluno explique e argumente suas ideias e postos de vista.P7. Trabalhando a diversidade de gêneros textuais, com muita dinâmica, usando acriatividade e levando o educando desenvolver a sua com jogos, músicas, brincadeiras, etc.P8. Com jogos educativos, construção de carta, convite, leitura de historinhasinfantis, dinâmica, construção de historinhas, etc.P10. O PNAIC vem com metodologia lúdica, onde o aluno aprende a ler,escrevendo e interpretar de forma prazerosa.P11. Através de incentivos, de prática lúdica que desenvolva a leitura e a suacompreensão.

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    A análise dos discursos transcritos no Quadro 2 permite concluir que o incentivo do PNAIC àalfabetização com letramento, dá-se, principalmente,mediante a utilização do lúdico enquanto ferramenta pedagógica. Nesse programa, privilegia-se jogos, brincadeira e músicas, objetivando prender o aluno ao processo educativo, facilitando, inclusive, a aquisição da

    leitura, cujo processo é construído levando-se emconsideração as concepções estabelecidas para o promoção do letramento.

    Nesse sentido, esclarecem Zwetsch; Oliveira eSilva (2014, p. 8) que:

    Uma das influências do pacto, foi a metodologia baseada por princípios lúdicos. Estes momentos deutilização de jogos tornou mais significativo o processo de alfabetização dos alunos do primeiroano do ensino fundamental [...]. Isso porque,através das brincadeiras e dos jogos era possível

    aprender, se divertindo, sem ser algo obrigatório, pois o brincar faz parte da infância e por meiodeste a criança se desenvolve, se alfabetiza, criasuas concepções de mundo [...].

    É importante destacar que a criança também podeaprender brincando e jogando. E a contribuição dos jogos

    para o processo educativo pode ser significativa, quandotal metodologia é desenvolvida de forma planejada.Através dos jogos, o professor pode e deve contempladiversas atividades, reduzindo e/ou superando asdificuldades de aprendizagem existentes entre seusalunos.

    Indagou-se também dos entrevistados, se elesenquanto educadores, consideram como sendosatisfatórios os resultados apresentados por seus alunos,em virtude da utilização de novos métodos de alfabetizar(Gráfico 2).

    Gráfico 2.Distribuição da amostra quanto ao fato se consideram como sendo satisfatórios os resultados apresentados por seus alunos, em virtude da utilização de novos métodos de alfabetizar. Pedra Branca - PB

    Fonte: Dados colhidos pela pesquisadora

    Os dados apresentados no Gráfico 5 demonstramque 68,75% dos entrevistados consideram comsatisfatórios os resultados apresentados por seus alunos,

    em virtude da utilização de novos métodos de alfabetizar. No entanto, 31,25% não compartilham desseentendimento.

    Nem sempre, um programa pensado paracontemplar todo o país, pode vir completamente a produzir os efeitos esperados. Isto por que para que aaprendizagem ocorra de forma positiva, não basta ummétodo inovador. É necessário um conjunto de fatoresoperando em conjunto.

    Nesse sentido, destaca Carvalho (2010, p. 17) que:

    Já não se espera que um método milagroso seja plenamente eficaz para todos. Tal receita nãoexiste. A maioria das professoras experientes criaseu próprio caminho: a partir de um método

    tradicional, adapta, cria recursos e inova a prática.Há lugar para invenção e a criatividade, pois nãosão apenas as crianças que constroem

    conhecimento.Levando em consideração a citação acima, por

    mais inovadoras que sejam as estratégias elaboradas parao PNAIC, necessariamente não pode afirmar que quandoaplicadas gerem uma aprendizagem significativa. Logo,não se pode sempre esperar que o referido programa possua 100% de sucesso. Cabe ao professor, conhecendoa realidade de sua turma, inovar, criar seu próprio métodoe produzir a aprendizagem de que seus alunos necessitam.

    Posteriormente, pediu-se que os entrevistados justificassem suas respostas. Para análise, selecionou-sedois dos melhores discursos relacionados a cadaentendimento.

    0,00%

    10,00%

    20,00%30,00%

    40,00%

    50,00%

    60,00%

    70,00%

    68,75%

    31,25%

    Sim (n=11)

    Não (n=5)

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    Quadro 3. Opinião sobre os resultados apresentados com a utilização do PNAIC. Pedra Branca - PBVARIÁVEL DESCRIÇÃO

    Os resultadosapresentados

    pelos alunos sãosatisfatórios

    P7. Porque com a dinâmica de trabalhar os novos métodos, os alunos vêm participando mais das aulas, ampliando a aprendizagem.P12. Os resultados estão sendo satisfatórios porque os alunos são mais estimuladoscom as atividades desenvolvidas pelo PNAIC.

    Os resultadosapresentados

    pelos alunos não sãosatisfatórios

    P14. Porque temos que nos inovar a cada dia buscar outras metodologias e sabermosque não existe formas prontas para se ensinar e nem para se aprender.P5. Pois a maioria dos alunos não acaba atingindo um bom resultado, principalmente, porque falta incentivo e motivação por parte dos pais.

    Fonte: Dados colhidos pela pesquisadora

    Aqueles que defendem que os resultadosapresentados pelos alunos são satisfatórios, apresentamcomo justificativa o fato de que com o PNAIC é possíveldesenvolver um processo de aprendizagem utilizando-sede novas metodologias. Por outro lado, entre aqueles queentendem que os resultados não são satisfatórios, existe o

    entendimento de que não existe formas completas de se promover a aprendizagem.Percebe-se que o discurso do sujeito P14, possui

    uma certa consonância as palavras de Carvalho (2010)transcritas acima, quando aquele professor afirma que“sabermos que não existe formas prontas para se e nsinar enem para se aprender”, mostrando o compromisso que o professor possui em buscar alternativas, métodos e formas

    que produza em sala de aula a aprendizagem de que oaluno necessita.

    Por outro lado, os discursos dos entrevistados P7 eP12 mostram que tais profissionais estão satisfeitos comos resultados apresentados por seus alunos após autilizadas das metodologias e estratégias definidas para o

    PNAIC, o que de certa forma pode ser visto como sendoalgo positivo.Posteriormente, procurou-se saber dos

    entrevistados se eles utilizam as estratégias desenvolvidas pelo PNAIC, para despertarem o interesse pela leitura e pela escrita entre seus alunos (Gráfico 3).

    Gráfico 3.Distribuição da amostra quanto ao fato de utilizarem ou não as estratégias desenvolvidas pelo PNAIC, paradespertarem o interesse pela leitura e pela escrita entre seus alunos. Pedra Branca - PB, Brasil.

    Fonte: Dados colhidos pela pesquisadora

    Ao se analisar os dados apresentados no Gráfico 3,constata-se que 62,5% dos professores entrevistadosutilizam as estratégias desenvolvidas pelo PNAIC, paradespertarem o interesse pela leitura e pela escrita entreseus alunos.

    No entanto, 25% dos entrevistados mesmo tendo participado da Formação PNAIC, ressaltaram que

    somente às vezes utilizam as estratégias desse programa.Os demais (12,5%), por não terem participado damencionada formação, não utilizam em sala asmetodologias definidas para PNAIC.

    Vários autores mostram que as metodologiasapresentadas pelo PNAIC contribuem de formasignificativa para ampliar entre os alunos o interesse pelaleitura e pela escrita. Destes esses autores se inseremZwetsch; Oliveira e Silva (2014) que ressaltar aimportância da utilização das diferentes estratégias domencionado em sala de aula por parte professor,

    ampliando o aprendizado do aluno na leitura e na escrita.Por outro lado, Viecheneski; Costa e Martiniak(2013, p. 4) mostrando a importância de o professor

    0,00%10,00%

    20,00%

    30,00%

    40,00%

    50,00%

    60,00%

    70,00%

    62,50%

    12,50%

    25,00%

    Sim (n=10)

    Não (n=2)

    Às vezes (n=4)

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    diversificar a metodologia utilizada em sala de aula,ressaltam que:

    [...] é necessário que o professor tenha em vistaque, diante das diferentes metodologias e estilos deaprendizagem, o fundamental é reconhecer asingularidade dos alunos e seus diferentes modosde aprender, com a intencionalidade de intervir nos processos de ensino e de aprendizagem de formasignificativa, tornando a educação maisinteressante e eficaz, contribuindo assim para ainserção do aluno no mundo científico.

    Deve-se ressaltar que o PNAIC disponibiliza umconjunto de metodologia que podem ser utilizadas pelo

    professor em sala de aula, objetivando melhor o processoeducativo, construindo o espaço apropriado para que aeducação ocorra, sempre produzindo uma aprendizagemsignificativa. Tais metodologias são construtivas e possuem uma natureza dinâmica, mudando por completoo aspecto da aula, fazendo com que o aluno se envolvamais na aula, ampliando seus conhecimentos e adquirindogosto pelo processo educativo.

    Mediante o décimo questionamento, indagou-sedos professores que participaram desta pesquisa, se asmetodologias do PNAIC utilizadas em sala de auladespertam no aluno o interesse pela leitura. O Gráfico 4condensa os dados colhidos com esse questionamento.

    Gráfico 4.Distribuição da amostra quanto ao fato de que as metodologias do PNAIC utilizadas em sala de auladespertam no aluno o interesse pela leitura. Pedra Branca - PB, Brasil

    Fonte: Dados colhidos pela pesquisadora

    Os dados do Gráfico 4 mostram que segundo81,25% dos entrevistados concordam que as metodologiasdo PNAIC utilizadas em sala de aula despertam no alunoo interesse pela leitura. No entanto, 18,75% nãocompartilham desse entendimento.

    De acordo com Santos (2013, p. 27), o PNAIC“distribui obras literárias, cujos acervos literários são

    compostos por textos em prosa (novelas, contos, crônica,memórias, biografias e teatro), em verso (poemas,cantigas, parlendas, adivinhas), livros de imagens e livrosde história em quadrinhos”.

    Desta forma, percebe-se que o referido programatem por objetivo também estimula a leitura entre osalunos dos primeiros anos do ensino fundamental,oportunizando o acesso a uma variedade de livros ediferentes tipos de textos.

    Mostrando a importância de se trabalhar com textoem sala de aula, Oliveira (2010, p.41) faz o seguintecomentário:

    A literatura produz conhecimento, não porqueesteja na escola, mas por dar conta de épocas,

    geografias e estilos de vida que não vivemos, masque têm estreitas relações com o que somos hoje.A busca de leitura prazerosa não exclui a aquisiçãode conhecimento, pois jamais deixa de trazerinformações ao leitor.

    O emprego da literatura infantil como recurso pedagógico, é de grande importância para aaprendizagem, para o desenvolvimento da criatividade eda capacidade crítica dos alunos e, ainda, como forma deincentivo para a prática de leitura, em ambientes ehorários diversos.

    Assim sendo, a literatura infantil pode ser vistacomo sendo um dos pontos positivos apresentados peloPNAIC. Isto porque ela amplia a imaginação e a percepção da criança, levando-a a ampliar seu própriovocabulário, sendo um poderoso recurso didático para a promoção da alfabetização e do letramento.

    Posteriormente, pediu-se aos entrevistados que eles justificassem as suas respostas (Quadro 4).

    0,00%10,00%20,00%30,00%40,00%50,00%60,00%70,00%80,00%90,00%

    81,25%

    18,75%

    Sim (n=13)

    Não (n=3)

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    Quadro 4. Opinião quanto ao fato de que as metodologias do PNAIC despertam no alunoo interesse pela leitura. Pedra Branca - PB, Brasil

    VARIÁVEL DESCRIÇÃO

    Concordam que as

    metodologias do PNAICutilizadas em sala de auladespertam no aluno ointeresse pela leitura

    P11. As metodologias são inovadoras e com isso aguça a curiosidade e ointeresse do aluno em conhecer o universo da leitura.P7. Sabemos que a criança gosta de novidade e a partir do momento em queacontece algo de novo, ela participa mais, demonstrando mais interesse.

    P6. As metodologias possibilitam aos alunos desenvolver a capacidade deorganização, análise, reflexão e argumentação, favorecendo a socialização ea aprendizagem.

    Não concordam P13. Nem todos despertam totalmente esse interesse, partindo do princípiode que toda regra tem exceções.Fonte: Dados colhidos pela pesquisadora

    Antes de se analisar os discursos transcritos noQuadro 4 é oportuno lembrar que 81,25% dos professoresconcordam que o uso das metodologias do PNAICdesperta no aluno o interesse pela leitura. E, que istoocorre, principalmente, porque trata-se da utilização de

    novas metodologias, que proporcionam o envolvimentodo aluno com novas formas de se ensinar a ler e aescrever. Entretanto, através de seu discurso o participante P13, ressalta que nem em todos os alunos,tais metodologias causam esse efeito positivo. Pois, emtudo existem exceções.

    O novo sempre desperta curiosidade. Esta particularidade foi destacada pelos entrevistados P11 eP7. No entanto, basta somente inovar a prática pedagógica para que as metodologias desenvolvidas em sala de auladespertam no aluno o interesse pela leitura. DefendeSantos (2013, p. 40) que:

    [...] no trabalho docente efetivo para odesenvolvimento da leitura com a criança, é

    preciso que se observe o contexto social em que acriança está inserida podendo assim se valer daexperiência de leituras que façam sentido e queestejam inseridas no cotidiano da criança. Dandoesta característica para as atividades propostas para

    o desenvolvimento da leitura, o aprendizado farámuito mais sentido para o aluno fazendo com queos objetivos sejam alcançados no processo deconstrução do conhecimento.

    Dito com outras palavras, não se pode desconhecerou ignorar a realidade do aluno, do mundo que existe asua volta. Assim, para que o processo de aquisição daleitura seja facilitado e para que o professor consigadespertar no aluno o interesse pela leitura

    Através do décimo primeiro questionamento,indagou-se dos entrevistados se a preocupação do PNAICem capacitar os professores para alfabetizar os alunos na

    idade certa tem alcançado o seu objetivo (Gráfico 5).

    Gráfico 5.Distribuição da amostra quanto ao fato se a preocupação do PNAIC em capacitar os professores paraalfabetizar os alunos na idade certa tem alcançado o seu objetivo. Pedra Branca - PB, Brasil

    Fonte: Dados colhidos pela pesquisadora

    Quando se analisa os dados do Gráfico 5, percebe-

    se que 75% dos entrevistados acham que a preocupaçãodo PNAIC em capacitar os professores para alfabetizar osalunos na idade certa tem alcançado o seu objetivo.

    Entretanto, outros 25% não concordam com esse

    posicionamento.Ao promoverem essa avaliação, Viecheneski;Costa e Martiniak (2013, p. 4) constataram a existência de

    0,0%10,0%20,0%30,0%40,0%50,0%60,0%70,0%80,0%

    75,0%

    25,0%

    Sim (n=12)

    Não (n=4)

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    avanços no processo educativo, mas também destacaramque ainda existe:

    [...] a necessidade de aprofundamento de estudos junto aos professores participantes do Programa,uma vez que se observaram nos relatos de muitosdocentes, dificuldades em relação à concretizaçãode práticas pedagógicas condizentes com a perspectiva do letramento e insegurança no que serefere à organização do trabalho pedagógico pormeio de projetos, sequências didáticas e jogos.

    Pelo demonstrado, a formação proporcionada nãoé suficiente para capacitar o professor para colocar em

    prática em sala de aula [e com sucesso] as estratégiasformuladas para o PNAIC e desenvolver um processoeducativo que priorize a aprendizagem do aluno, nocampo da leitura e da escrita, logos nos primeiros anos doEnsino Fundamental I.

    Acredita-se, portanto, que uma capacitação deapenas 120 horas não é suficiente influenciar ou mudaruma prática pedagógica, ao ponto do professor estácapacitado para fazer com que a escola atinja os objetivosestabelecidos pelos PNAIC.

    Posteriormente, pediu-se aos entrevistados que justificassem suas respostas (Quadro 5).

    Quadro 5. Opinião quanto ao fato se a preocupação do PNAIC em capacitar os professores para alfabetizar os alunosna idade certa tem alcançado o seu objetivo. Pedra Branca - PB, Brasil

    VARIÁVEL DESCRIÇÃO

    Concordam que a

    preocupação do PNAIC emcapacitar os professores paraalfabetizar os alunos na idade

    certa tem alcançado o seuobjetivo

    P11. É grande o desejo de alfabetizar na idade certa, mas acredito que oPNAIC está atingindo o seu objetivo.

    P7. Se cada professor trabalhar da maneira que foi orientado, assumindocompromisso com o processo educativo, os objetivos do PNAIC serãoalcançados.P14. Alcança, mas sabemos que existem alunos que deixam muito a desejarcom sua aprendizagem, porque uns evoluem rapidamente e outros não. Mas,cabe ao professor da série posterior trabalhar esse aluno.

    Não concordam P1. Porque infelizmente ainda hoje tem aluno que conclui o 3º ano dofundamental I, sem saber ler e sem compreender as operações básicas damatemática.Fonte: Dados colhidos pela pesquisadora

    Quando se analisa os discursos acima apresentadosverifica-se que alguns professores são realistas quanto aos

    problemas de aprendizagem apresentados por algunsalunos, que concluem o 3º ano do fundamental I semsaber ler e muito mesmo escrever ou realizar as operações básicas da matemática.

    Outros professores mesmos reconhecendo queensinar um aluno a ler e a escrever é uma tarefa difícilentendem que cabe ao professor do ano seguinte‘completar’ essa aprendizagem. Há também oentendimento entre os entrevistados de que se o professorseguir fielmente a metodologia traçada pelo PNAIC, este programa alcançará seus objetivos.

    O discurso do entrevistado P1 chama a atenção emerece uma reflexão. Pois, não se pode ignorar que aindahoje existe “aluno que conclui o 3º ano do fundamental I,sem saber ler e sem compreender as operações básicas damatemática”.

    Esta situação acontece porque, segundo Santos(2013, p. 98), em muitas escolas brasileiras:

    [...] os alunos são pouco incentivados à prática daleitura. Há livros literários infantis em sala, mas

    quase nunca são utilizados por falta de tempo. Afalta de gosto e entusiasmo pela leitura estavam bem visíveis nas salas de aulas, pois os alunos nem perguntam pelos livros.

    Na prática, não adianta programas, livros ou bibliotecas se não houve compromisso por parte do professor em querer promover uma educação diferente.Para despertar o interesse na criança pela leitura, o professor precisa gostar de lê. Sem possuir o hábito de ler,o professor estará fadado ao insucesso no que diz respeitoa transformar o aluno em um ‘leitor’. Pois, o aluno seespelha no professor. E isto não pode ser ignorado.

    Mediante o décimo segundo questionamento,indagou-se dos entrevistados se o PNAIC auxilia odocente na sua atuação em sala de aula, contribuindo parao desenvolvimento da leitura e da escrita entre os alunos(Gráfico 6).

    Gráfico 6.Distribuição da amostra quanto ao fato se o PNAIC auxilia o docente na sua atuação em sala de aula,contribuindo para o desenvolvimento da leitura e da escrita entre os alunos. Pedra Branca - PB, Brasil

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    0,00%

    10,00%

    20,00%

    30,00%

    40,00%

    50,00%

    60,00%

    70,00%

    80,00%

    90,00%

    87,50%

    12,50%

    Sim (n=14)

    Não (n=2)

    Fonte: Dados colhidos pela pesquisadora

    A análise do Gráfico 6 possibilita concluir que87,50% dos entrevistados entendem que o PNAIC auxiliao docente na sua atuação em sala de aula, contribuindo para o desenvolvimento da leitura e da escrita entre osalunos. Contudo, 12,50% dos participantes não possuiesse mesmo entendimento.

    De acordo com Viecheneski; Costa e Martiniak(2013, p. 3-4):

    A ação docente envolve a elaboração de estratégiasde aprendizagem capazes de atender àsexpectativas, singularidades e necessidades dosalunos. Nessa perspectiva, cabe ao professorselecionar, organizar e problematizar conteúdos,com o propósito de promover um avanço nodesenvolvimento intelectual do aluno, na suaconstrução como ser social, tendo em vista que o

    ensino é aquilo que se pretende que o alunocompreenda ao longo de suas investigações.

    Desta forma, constata que a ação docente écompleta e que cabe ao professor observando assingularidades/necessidades de seus alunos, elaborar umaaula que contemple o processo educativo que seu aluno precisa, fazendo o possível para colocar em prática asmetodologias do PNAIC, que melhor contemple ascarências de seus alunos ou que neles despertem ummaior interesse pela aprendizagem da leitura e da escrita.

    Mediante o décimo quarto questionamento, procurou-se saber dos entrevistados quais as atividadesque eles consideram mais importantes para acompreensão do SEA (Gráfico 7).

    Gráfico 7.Distribuição da amostra quanto às atividades que eles consideram mais importantes para a compreensão do SEA. Pedra Branca - PB, Brasil

    0,00%

    5,00%

    10,00%

    15,00%

    20,00%

    25,00%

    30,00%

    35,00%

    31,25%

    12,50%

    25,00%

    31,25%

    Práticas de leitura eescrita (n=5)

    Oportunidades deescrita comdiferentesfinalidades (n=2)Leituras e produçõestextuais (n=4)

    Atividades de jogosque estimulem aanálise fonológicas das palavras (n=5)

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    De acordo com os dados contidos no Gráfico 7,31,25% dos professores entrevistados acham que as práticas de leituras e escritas são as atividades por elesconsideradas como sendo as mais importantes para acompreensão do SEA; 12,5% entendem que são asoportunidades de escritas com diferentes finalidades; 25%acham que são as leituras e produções textuais e outros

    31,25% acreditam que são as atividades e jogos queestimulem a análise fonológica das palavras.Viecheneski; Costa e Martiniak (2013), que não

    somente as práticas de leituras, como também as produções textuais são por demais importante para o bomdesenvolvimento do processo de aquisição da leitura.

    Por outro lado, segundo Sampaio (2009, p.110) osmomentos lúdicos em sala de aula podem ser feitos com

    jogos e brinquedos. E isto também produz aprendizagem,estimulando, direta ou indiretamente o desenvolvimentodas atividades fonológicas das crianças.

    Entretanto, para produz aprendizagem da leitura eda escrita em sala de aula, o professor não deve seguir ummodelo pronto. Em algum momento ele precisa adequaressa metodologia, levando em consideração a realidade do

    aluno, podendo a mesma sem mais lenta ou mais rápida.Em um outro momento, indagou-se dos professores se o PNAIC pode contribuir para odesenvolvimento do processo de leitura e escrita nos primeiros anos do ensino fundamental (Gráfico 8).

    Gráfico 8.Distribuição da amostra quanto ao fato se o PNAIC pode contribuir para o desenvolvimentodo processo de leitura e escrita nos primeiros anos do ensino fundamental. Pedra Branca - PB, Brasil

    Fonte: Dados colhidos pela pesquisadora

    Ao se analisar os dados contidos no Gráfico 8,verifica-se que todos os professores entrevistadosconcordam que o PNAIC pode contribuir para odesenvolvimento do processo de leitura e escrita, nos primeiros anos do ensino fundamental.

    Nesse sentido, destaca Santos (2013, p. 42) que:

    O PNAIC observa em sua proposta não só anecessidade de se alfabetizar e letrar até os 8 (oito)anos de idade, mas sim, entre outros fundamentos,a forma pela qual esta alfabetização letrada se daráe nesta preocupação é que aspectos de sumaimportância são assumidos em sua proposta comoa apropriação do sistema de escrita alfabética, parte integrante do processo ensino-aprendizagemno ciclo de alfabetização que precisa ser, nãoabolido mas sim compreendido como a baseestrutural para que o aluno consiga ser letrado, pois é preciso saber a técnica da leitura e daescrita.

    Desta forma, verifica-se que proposta do PNAICvai muito mais além do que desenvolver o letramento em

    sala de aula. O referido programa mostra que aapropriação do sistema de escrita alfabética é algo vital para o processo de aprendizagem. E, que foram destesistema nada se constrói em termos de aprendizagem. Anecessidade de se utilizar técnicas que estimulem efacilitem a aquisição da leitura e da escrita, é algo pordemais justificável no processo educativo. E estanecessidade justifica a existência do PNAIC.

    Abordando a necessidade de se trabalhar melhor asestratégias que produzam aprendizagem significativa emsala de aula no campo da leitura e da escrita, Santos(2013, p. 38) ainda faz o seguinte comentário:

    O que se ensinava na alfabetização, hoje secontinua a ensinar, porém na sociedade quevivemos, este tipo de conteúdo na alfabetizaçãonão é mais o bastante para que os alunosacompanhem as intermináveis mudanças queocorrem hoje [...]. A concepção do que se ensinarna alfabetização mudou. Não basta mais ensinar aler e a escrever, o aluno deve a partir daícompreender o que está lendo e escrevendo e qualserá a aplicação destas práticas na sociedade.

    0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

    100%100%

    Sim (n=16)

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    Nota-se, portanto, que não é somente precisoinovar o ensino. É preciso adequá-lo a realidade atual,contextualizá-lo, acrescê-lo com aquilo que contemple asnecessidades atualmente exigidas pelo próprio contextosocial. Por isso, a necessidade de se alfabetizar letrando.

    É preciso que o indivíduo adquira desde cedo umaconcepção crítica sobre o seu mudo, sobre a realidade quelhe cerca e de forma consciente saiba interagir com

    contexto social, dando a sua contribuição enquantocidadão. É por isto que no processo educativo deve-se privilegiar a autonomia do aluno.

    Num segundo momento, pediu-se aosentrevistados que justificassem suas respostas (Quadro 7).

    Quadro 7. Opinião quanto ao fato de que o PNAIC pode contribuir para o desenvolvimentodo processo de leitura e escrita, nos primeiros anos do ensino fundamental. Pedra Branca - PB, Brasil

    VARIÁVEL DESCRIÇÃO

    Concordam que o PNAICpode contribuir para o

    desenvolvimento do processode leitura e escrita, nos

    primeiros anos do ensinofundamental

    P8. Porque amplia os conhecimentos dos professores com novasmetodologias e dinâmicas para o desenvolvimento no processo de leitura eescrita.P9. É fundamental que se aproveitem os conhecimentos prévios dascrianças para desencadear a construção dos conhecimentos.P10. Porque o PNAIC trás novas metodologias lúdicas, jogos, livros queajudam a criança tanto na escrita quanto na leitura.P11. O objetivo principal do PNAIC é alfabetizar na idade certa, isto

    envolve o desenvolvimento da leitura e da escrita e a interpretação damesma.Fonte: Dados colhidos pela pesquisadora

    A análise dos discursos contidos no Quadro 7revela que há um entendimento unânime quanto àimportância e a contribuição do PNAIC, no que dizrespeito ao desenvolvimento do processo de leitura eescrita, entre os alunos matriculados nos primeiros anosdo ensino fundamental.

    No entanto, um ponto que chamou a atenção foilevantado pelo entrevistado P9, que mostrou a

    necessidade de se aproveitar os conhecimentos préviosdas crianças, visto que estes desencadeiam a construçãodos conhecimentos. Por outro lado, verificou-se que osentrevistados veem o PNAIC com algo que podecontribuir para a melhoria da prática docente.

    Através do último questionamento, perguntou-seaos entrevistados em que o PNAIC mais contribui para oaluno (Gráfico 9).

    Gráfico 9.Distribuição da amostra quanto ao fato em que o PNAIC mais contribui para o aluno.Pedra Branca - PB, Brasil

    Fonte: Dados colhidos pela pesquisadora

    Quando se analisa os dados contidos no Gráfico 9,verifica-se 31,25% dos entrevistados entendem que oPNAIC contribuiu mais para o aluno para o domínio daleitura e da escrita; 12,5% acham que essa contribuiçãoresume-se ao estímulo para o hábito de ler; 25%

    declararam que essa contribuição diz respeito ao fato doreferido programa oportunizar um maior contato do alunocom o mundo letrado e 12,5% acham que essacontribuição diz respeito ao fato de auxiliar o aluno no processo de socialização.

    0,00%

    5,00%

    10,00%

    15,00%

    20,00%

    25,00%

    30,00%

    35,00%

    31,25%

    12,50%

    18,75%

    25,00 %

    12,50%

    No domínio da leitura e daescrita (n=5)

    Estimula no hábito de ler(n=2)

    Oportuniza um maior contato

    com o mundo letrado (n=3)

    Ensina ao aluno a desenvolverestretégias de leitura (n=4)

    Auxilia o aluno no processo desocialização (n=2)

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    Visto por este lado, percebe-se que várias são ascontribuições que podem ser proporcionadas pelo PNAICaos alunos dos primeiros anos do ensino fundamental,com destaque para o processo de aquisição da leitura e daescrita, graças ao desenvolvimento de estratégias.

    Entretanto, sempre existe uma parcela de alunos,às vezes, grande, às vezes pequena ou insignificante, quenão consegue oferecer uma resposta ao processoeducativo, mesmo diante a utilização das metodologiaselaboradas para o PNAIC.

    Assim, sempre nas turmas do 3° ano, é possívelencontrar alunos possuem “algumas lacunas nodesenvolvimento de habilidades previstas nos direitos deaprendizagem, principalmente nos eixos da oralidade e daleitura”, enquanto que a maioria sabe ler, escrever, possivelmente conseguirá acompanhar as sériessubsequentes”, seguindo em frente em sua carreira escolar(SANTOS, 2013, p. 98).

    Contudo, essa realidade não quer dizer que oPNAIC não possa vir a ser um instrumento capaz de

    contribuir para o desenvolvimento da educação,facilitando a aprendizagem a partir do domínio da leiturae da escrita.

    4 Conclusão

    O PNAIC (Pacto Nacional pela Alfabetizaçãona Idade Certa) é um programa integrado que foicriado em 2012 e constitui-se em um acordoimplementado e assumido pelo Governo Federal,Distrito Federal, estados, municípios e instituiçõesde todo o país, que tem como intuito e desafiogarantir que todas as crianças até oito anos de idade,ao final do ciclo de alfabetização, sejamalfabetizadas plenamente, abrangendo as áreas emLíngua Portuguesa e Matemática.

    Com o PNAIC os professores terãooportunidade de ampliar a noção de leitura e escritadas crianças. Vista no sentido amplo, independentedo contexto escolar, e para além do texto escrito permite compreender e valorizar melhor cada passodo aprendizado dos discentes e suas experiências devida. Enfim, essa perspectiva para o ato de ler permite a descoberta de características comuns e

    diferenças entre os indivíduos, proporcionandoelementos para uma postura crítica/reflexiva.O PNAIC ao utilizar a metodologia do ciclo

    de alfabetização na idade certa, tem auxiliado os professores a melhorar sua prática em sala de aula e,com isso favorecer o acesso ao conhecimento dascrianças. Para essa abordagem, é fundamental que o professor oferte as condições necessárias para que osdiscentes desenvolva e evolua suas potencialidadesglobais.

    O Pacto Nacional pela Alfabetização na IdadeCerta nesse sentido, orienta o educador/mediador a

    compreender o ato de alfabetizar de maneira maisampla, através das metodologias que são maisinovadoras e prazerosas, facilitando assim o

    processo ensino/aprendizagem, e oferece novosdirecionamentos e também novas opçõesrelacionadas a uma educação que contemple adignidade da criança e a construção de cadaindivíduo, abrindo a possibilidade de ampliar seuscaminhos e modos de conhecer, viver e enxergar omundo.

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  • 8/16/2019 A Contribuição Do PNAIC Para o Desenvolvimento Do Processo de Leitura e Escritaem Escolas Públicas Do Município de Pedra Branca - PB

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    A contribuição do PNAIC para o desenvolvimento do processo de leitura e escritaem escolas públicas do município de Pedra Branca – PB

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