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PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

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PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DE FRONTEIRA

RONDÔNIA

Núcleo Estadual Para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira - NEIFRO

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GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA Confúcio Aires Moura

Governador do Estado de Rondônia

George Alessandro Gonçalves Braga

Secretário de Planejamento e Coordenação Geral - Seplan

Pedro Antônio Afonso Pimentel

Secretário Adjunto

Núcleo Estadual Para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira –

Rondônia - Neifro

- Secretaria de Est. do Planejamento e Coord. Geral – SEPLAN (coord.)

- Casa Civil

- Secretaria de Estado de Assuntos Estratégicos – SEAE

- Superintendência Estadual de Turismo – SETUR

- Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Social – SEDES

- Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM

- Secretaria de Estado de Assistência Social – SEAS

- Secretaria de Estado da Agricultura - SEAGRI

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APRESENTAÇÃO

A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF

contou com participação de Órgãos Públicos, Instituições privadas e a

comunidade local e teve como foco uma nova forma de gestão pública, na qual as

políticas públicas são voltadas para atender os anseios da população local de

forma a empoderá-la da riqueza gerada in loco.

O Núcleo encontrou nas Instituições a vontade e decisão para construir

uma política de fronteira em consonância com o Governo Federal, dirigida ao

enfrentamento dos déficits de urbanidade e das desigualdades sociais e

territoriais. Uma parte significativa da população dos municípios fronteiriços vive

em condições precárias, irregulares e afastadas da infraestrutura mínima da vida

urbana.

A ação do Núcleo fundamentou-se na articulação com as Instituições

públicas e sociedade local, alinhadas com ações macros desenvolvidas pelos

Municípios e o Estado de Rondônia, em consonância com as Políticas do

Governo Federal, a partir das linhas temáticas de Segurança, Inclusão Social,

Infraestrutura, Interesses Econômicos e Sustentabilidade Ambiental.

Adotou-se a metodologia inicial de reuniões com todos os setores afins e a

distribuição de atividades correlatas à função de cada um dos envolvidos,

estipulando prazo para apresentação dos trabalhos. O levantamento teve como

objetivo identificar os projetos, programas ou ações desenvolvidas in loco pelos

municípios, estado e governo federal, voltados para o desenvolvimento regional

em parcerias de forma abrangente e detalhada e ao mesmo tempo compartilhada

por toda a sociedade local.

O PDIF é o resultado de uma ação conjunta dos integrantes do Núcleo

Estadual Para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira – NEIFRO,

que realizou o levantamento e a sistematização dos projetos e programas em

execução ou propostos para os municípios da Faixa de Fronteira. Foram

selecionados aqueles que puderam ser inseridos na política de desenvolvimento

macro da região, alinhada com as três esferas de governos, voltada para os

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anseios da população local e com a possibilidade de integração com as ações

transfronteiriças.

O desafio da inclusão social e territorial da Faixa de Fronteira é o ponto de

partida da implantação dos programas de políticas públicas setoriais de

desenvolvimento e principalmente na priorização da prática da gestão

democrática, por meio da participação da sociedade, na tentativa de melhorar as

condições de vida dos habitantes.

O sucesso só é alcançado quando a democracia muda de qualidade o

Poder Público, se une à experiência acumulada da sociedade organizada e

potencializa a sua participação na elaboração de propostas para o

desenvolvimento sustentável de uma comunidade regional e local.

GEORGE ALESSANDRO GONÇALVES BRAGA Coordenador do NEIFRO

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ÍNDICE

I FUNDAMENTAÇÃO DO PLANO ..................................................................... 9

1 Introdução ....................................................................................................... 9

2 Metodologia do PDIF .................................................................................... 11

3 Marco Legal do PDIF .................................................................................... 12

4 Faixa de Fronteira ......................................................................................... 13

4.1 Conceitos........................................................................................................ 14

4.2 Paradigmas .................................................................................................... 14

4.3 Termos Referentes a Fronteira ................................................................. 16

4.4 Fronteira Brasil Bolívia ............................................................................... 19

4.4.1 Histórico da Formação da Fronteira Brasil-Bolívia ............................. 21

4.4.2 Povoamento da Zona de Fronteira Boliviana ....................................... 22

4.4.3 Crescimento da Economia Boliviana ...................................................... 25

4.4.4 Coca Hábito da População Boliviana ..................................................... 28

4.5 Fronteira Estado de Rondônia ..................................................................... 30

4.5.1 Histórico da Fronteira de Rondônia ........................................................ 31

4.5.2 Rondônia Um Estado Estratégico............................................................ 34

4.5.3 Potencialidades do Estado ........................................................................ 36

4.5.4 Deficiência do Estado ................................................................................. 38

5 Diagnóstico da Realidade Fronteiriça ......................................................... 40

5.1 Contextualização .......................................................................................... 40

5.2. Educação ........................................................................................................ 40

5.2.1 IDEB dos Municípios da Faixa de Fronteira (Ano – 2009) ................. 41

5.2.2 Educação nas Comunidades Quilombolas ........................................... 42

5.3 Saúde ............................................................................................................... 43

5.4 Infraestrutura ................................................................................................. 45

5.4.1 Acesso Rodoviário a Linha de Fronteira ............................................... 45

5.4.2 Hidrovia da Bacia do Rio Madeira ........................................................... 45

5.4.3 Porto Graneleiro ........................................................................................... 46

5.4.4 Ponte Binacional em Guajará-Mirim........................................................ 47

5.4.5 Infraestrutura Urbana .................................................................................. 47

5.5 Interesses Econômicos .............................................................................. 48

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5.5.2 Arranjos Produtivos Locais - APL ........................................................... 50

5.5.3 Turismo ........................................................................................................... 52

5.6 Segurança Nacional ..................................................................................... 53

5.7 Inserção e Integração Social ..................................................................... 53

5.7.1 Estudos do IICA ............................................................................................ 53

5.7.2 Política sobre Drogas .................................................................................. 54

5.8 Sustentabilidade Ambiental ...................................................................... 55

II POLITICA FRONTEIRIÇA REGIONAL .......................................................... 58

1 Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) .......................... 58

2 Abrangência do Plano .................................................................................. 62

Número de Indústrias e empregos por município na Faixa de Fronteira veja o

quadro abaixo. ..................................................................................................... 63

2.1. Cidades, Comunidades e Áreas Protegidas na Linha de Fronteira 65

2.1.1 Cidades na Linha de Fronteira.................................................................. 65

2.1.2 Comunidades na Linha de Fronteira ....................................................... 65

2.1.3 Áreas Protegidas na Fronteira (Brasil) ................................................... 65

3 Ações em Curso na Faixa de Fronteira ....................................................... 67

3.1. Educação ........................................................................................................ 67

3.1.1 Escola Técnica Binacional ......................................................................... 67

3.2. Saúde ............................................................................................................... 67

3.2.1 SIS Fronteira .................................................................................................. 67

3.2.2 Vigilância Sanitária Animal ........................................................................ 67

3.3. Infraestrutura ................................................................................................. 68

3.3.1 Ponte Sobre Rio Madeira em Abunã/RO - BR-364 ............................... 69

3.3.2 Ponte Sobre Rio Madeira em Porto Velho/RO - BR-319 ..................... 69

3.3.3 Hidroelétrica de Santo Antônio (Rio Madeira) ...................................... 69

3.3.4 Hidroelétrica de Jirau (Rio Madeira) ....................................................... 70

3.3.5 Pavimentação de BR-435 (Vilhena a Pimenteiras antiga RO-399) .. 70

3.3.6 Pavimentação de BR-429 (Presidente Médici a Costa Marques) .... 71

3.3.7 Hidrovia do Baixo Madeira (Porto Velho-Itacoatiara) ......................... 71

3.3.8 Sistema de Esgoto ....................................................................................... 71

3.4 Área Econômica ........................................................................................... 71

3.5 Segurança ...................................................................................................... 72

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3.5.1 Programa Calha Norte ................................................................................. 72

3.5.2 Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras

(ENAFRON) ................................................................................................................... 73

3.6 Sócio-Político ................................................................................................ 75

III ESTRATÉGIA PROPOSTA ............................................................................ 76

1 Modelo de Desenvolvimento Para Faixa de Fronteira ............................... 77

2 Política de Desenvolvimento Regional Fronteiriça .................................... 78

2.1 Desenvolvimento Social Integrado das Cidades Gêmeas ................ 79

3 Eixos Estratégicos ........................................................................................ 82

4 Organização dos Programas e Projetos ..................................................... 82

5 Definição dos Programas Estruturantes .................................................... 83

5.1- Eixo Educação .............................................................................................. 83

5.2- Eixo Saúde ..................................................................................................... 83

5.3- Eixo Infraestrutura ....................................................................................... 83

5.3.1- Infraestrutura logística................................................................................ 83

5.3.2- Infraestrutura Urbana .................................................................................. 84

5.4- Eixo Econômico ............................................................................................ 84

5.4.1 APL ................................................................................................................... 84

5.5- Eixo Segurança ............................................................................................. 84

5.6- Eixo Ambiental .............................................................................................. 84

5.7- Eixo Sócio-Político ....................................................................................... 85

6 Identificação e Estruturação dos Projetos Integradores ........................... 86

6.1- Eixo Educação .............................................................................................. 86

6.1.1- Projeto Intercultural Bilíngüe Escolas de Fronteira ........................... 86

6.1.2- Projeto Integração Histórica – UNIR/RO ................................................ 87

6.1.3- Projeto Escolas Técnicas de Fronteira .................................................. 87

6.2- Eixo Saúde ..................................................................................................... 88

6.2.1- Projeto Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS ................... 88

6.3- Eixo Infraestrutura ....................................................................................... 88

6.3.1- Hidrovia da Bacia do Madeira ................................................................... 90

6.3.2- Construção dos Portos hidroviários ....................................................... 92

6.3.2.1- Porto de Guajará-Mirim .............................................................................. 92

6.3.2.2- Porto de Cabixi ............................................................................................. 93

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6.3.2.3 Porto de Costa Marques .............................................................................. 93

6.3.3- Construção da Ponte Binacional em Guajará-Mirim .......................... 93

6.4 Eixo Econômico ............................................................................................ 95

6.4.1 Zona de Processamento de Exportação – ZPE / PVH3,/RO .............. 96

6.5 Eixo Segurança ............................................................................................. 96

6.5.1 Plano Integrado de Segurança na Fronteira de Rondônia ................ 96

6.6 Eixo Sócio-Político ....................................................................................... 97

6.6.1 Acordos Internacionais Fronteiriços (Brasil/Rondônia-Bolívia) ..... 97

6.6.2 Questões Migratórias Emprego ............................................................... 98

7 Detalhamento Executivo dos Projetos ........................................................ 99

8 Estratégia de Financiamento ....................................................................... 99

IV GESTÃO DE PROGRAMAS E PROJETOS ................................................ 100

1 Instituições Envolvidas no Plano .............................................................. 101

1.1 Governo Federal ......................................................................................... 101

1.2 Governo Estadual ....................................................................................... 101

2 Núcleo Estadual de Fronteira .................................................................... 102

2.1 Composição do Núcleo ............................................................................ 103

2.3 Atribuições gerais do Núcleo Estadual e do Comitê Gestor: ........ 104

2.3.1 Atribuições gerais do Núcleo Estadual: .............................................. 104

Atribuições gerais do Comitê Gestor: ...................................................................... 105

2.4 Infraestrutura Logística do Núcleo de Gestão ................................... 105

V DOCUMENTAÇÃO E COMUNICAÇÃO ....................................................... 107

VI MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO PDIF ................................................... 108

1 Definição de Indicadores ........................................................................... 108

2 Impactos e Resultados ............................................................................... 108

VII BIBLIOGRAFIA DO PDIF ............................................................................ 109

VIII EQUIPE TÉCNICA ....................................................................................... 111

IX ANEXO ......................................................................................................... 111

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I FUNDAMENTAÇÃO DO PLANO

1 Introdução

O Programa Nacional de Desenvolvimento da Faixa de Fronteira foi

reestruturado e, desde então, passou por uma mudança de valores, estratégias e

formas de atuação, nessa nova conformação política em que o regional funciona

como estratégia de desenvolvimento local, fortalecendo os processos de

mudanças a partir do estímulo de novos eixos dinâmicos da economia.

Nesse sentido, procurou-se promover a estruturação física e econômica

dessas áreas, buscando o desenvolvimento regional e o fortalecimento da

cidadania para potencializar a geração de trabalho e renda a partir da

cooperação, da articulação e da inovação de um conjunto de instituições de base

local.

O Governo Federal criou a Câmara de Política de Integração Nacional e

Desenvolvimento Regional, coordenada pela Casa Civil da Presidência da

República, composta por 23 Ministérios e Secretarias Especiais, constituiu um

Grupo de Trabalho Interministerial - GTI, coordenado pela Secretaria de

Programas Regionais do Ministério da Integração Nacional, visando articular e

promover o desenvolvimento e sustentabilidade locais.

Os programas desenvolvidos pela Secretaria de Programas Regionais –

SPR têm como característica comum o fato de se orientarem por três grandes

diretrizes básicas:

a) delimitação de espaços sub-regionais prioritários cujas conformações

permitam a convergência das forças sociais, econômicas e políticas, assim como

maior eficiência e eficácia na aplicação integrada dos recursos públicos

disponíveis;

b) organização social em bases sub-regionais, envolvendo estados,

municípios e a sociedade civil, visto que somente a mobilização e o compromisso

local em torno de uma estratégia de desenvolvimento podem garantir o

desenvolvimento endógeno de longo prazo em bases sustentáveis;

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c) dinamização e estruturação econômica das sub-regiões com o

monitoramento e a gestão de atores locais, podendo transformar os círculos

viciosos de atraso e subdesenvolvimento em círculos virtuosos de dinamização,

crescimento e inclusão regional e social.

Dessa articulação pública com foco no território que emerge um novo

padrão de intervenção, caracterizado pela parceria, pela busca de eficiência e de

resultados no uso dos recursos públicos e pelo desenvolvimento regional inserido

nas sociedades locais e integrado com os países vizinhos.

Além da articulação das políticas públicas das três esferas de poder com

vistas à potencialização de resultados, o PDFF atua ainda na sensibilização dos

parlamentares do Congresso Nacional, para canalizar recursos oriundos de

emendas ao Orçamento Geral da União como reforço financeiro à elaboração e

implementação de ações de desenvolvimento regional na Faixa de Fronteira.

O Brasil tem fronteiras com dez países da América do Sul entre os doze

existentes, o que reforça o caráter estratégico desta região para a competitividade

do país e para a integração do continente. O desenvolvimento da Faixa de

Fronteira caracteriza-se geograficamente por 15.719km de extensão e 150 km de

largura da fronteira brasileira (Lei 6.634/79, regulamentada pelo Decreto 85.064,

de 26 de agosto de 1980), que abrange 11 unidades da Federação e 588

municípios, correspondentes a aproximadamente 27% do território nacional e

reuni cerca de 14 milhões de habitantes.

A Faixa de Fronteira não tem sido acompanhada de uma política pública

sistemática que atenda às suas características. Dada baixa densidade

demográfica, provocada em grande parte pela vocação “atlântica” do país,

associada às grandes distâncias e as dificuldades de comunicação com os

principais centros decisórios, a Faixa de Fronteira experimentou um relativo

isolamento que a colocou à margem das políticas de desenvolvimento. Como

conseqüência, este processo tem contribuído para formação de um cenário

particular marcado, sobretudo, pelo desenvolvimento de uma identidade própria

muito influenciada pelas comunidades vizinhas na fronteira.

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2 Metodologia do PDIF

Na elaboração do PDIF adotou-se a estratégica participativa com a visão

diferenciada de todos os segmentos sociais e Institucionais, de forma que todos

pudessem dar a sua contribuição na construção de diretrizes e propostas para a

Faixa de Fronteira.

O Núcleo Estadual iniciou suas atividades com reuniões entre as

secretarias de estado em conjunto com as entidades representativas da

sociedade civil organizada e Instituições de Ensino Superior, inclusive a

Universidade Federal de Rondônia – UNIR. Definiu-se em reunião, visitas de

sensibilização e solicitação de planos ou projetos afins com o desenvolvimento da

Faixa de Fronteira, junto às Instituições do Governo Federal, Estadual e dos

Municípios, bem como, Associações de Municípios, entidades Empresariais e

Ensino Superior do Estado.

Realizou-se também, dois encontros denominados Fórum Regional de

Políticas Públicas Para a Faixa de Fronteira, nos municípios polo Pimenteiras e

Costa Marques, objetivando o levantamento de propostas locais de ações

sugeridas pela sociedade civil organizada e entidades públicas, abrangendo os 27

municípios da Faixa de Fronteira do estado de Rondônia. As propostas foram

coletadas através do sistema de rodízios de mesas, organizadas conforme os

eixos temáticos definidos pelo NEIFRO: Eixo de Saúde, Educação,

Desenvolvimento Econômico (agricultura, indústria, turismo, comércio e serviços),

Desenvolvimento Ambiental (assistência social, cultura, trabalho, meio ambiente e

circulação de pessoas) e Infraestrutura e logística.

Após a coleta de propostas oriundas dos Fóruns e os projetos obtidos junto

às Instituições de ensino Superior, prefeituras e secretarias de estado, bem como

as ações previstas no Plano Plurianual - PPA de Rondônia, foi realizada uma

oficina depuradora onde os técnicos do NEIFRO analisaram toda a documentação

e consolidaram as propostas em ações e projetos do PDIF.

Os projetos selecionados foram descritos e sistematizados de forma

objetiva em planilha padrão, com programas e projetos estruturantes em eixos

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estratégicos, que alicerçaram o Plano Estadual de Desenvolvimento Integrado de

Fronteira de Rondônia.

3 Marco Legal do PDIF

O Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira do Estado de

Rondônia tem com Marco Legal a criação do Núcleo Estadual Para o

Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira – NEIFRO, criado pelo

Decreto Estadual n° 16.612 de 29 de março de 2012, visando à inteiração com a

Comissão Permanente para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de

Fronteira - CDIF, criada por meio do Decreto de 08 de setembro de 2010 do

Governo Federal, que prevê entre suas competências, a interação com os

núcleos estaduais, constituídos a partir dos estados com Faixa de Fronteira, para

debater questões de desenvolvimento e integração fronteiriços.

O Núcleo Estadual está vinculado à Secretaria de Estado de Planejamento

e Coordenação Geral - SEPLAN, com o objetivo de mobilizar atores atuantes na

Faixa de Fronteira no Estado de Rondônia, visando sistematizar as demandas

locais, analisar propostas de ações e formular o Plano de Desenvolvimento e

Integração Fronteiriço - PDIF-RO, em observância a organização e o alinhamento

articulados das ações macros desenvolvidas pelos municípios e o estado, em

consonância com as Políticas do Governo Federal, a partir das linhas temáticas

de Segurança, Inclusão Social, Infraestrutura, Interesses Econômicos e

Sustentabilidade Ambiental.

Dessa forma, pretende tornar transparente essa política que se configura

como uma ferramenta para o fortalecimento do desenvolvimento regional, como

estratégia de governo na promoção da equidade entre pessoas e entre regiões,

com acesso às oportunidades, viabilizando assim não apenas a inclusão social,

mas também a inclusão produtiva.

O Núcleo vem promovendo reuniões de mobilização e sensibilização, bem

como debates e discussões junto às secretarias de estado, entidades civis

organizadas e os municípios localizados na Faixa de Fronteira do estado, tendo

como base as oportunidades de intervenção consideradas prioritárias, para

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sistematizar as demandas e analisar as propostas de ações que subsidiarão a

elaboração do PDIF.

4 Faixa de Fronteira

A Faixa de Fronteira resulta de um processo histórico que teve como base

a preocupação do estado com a garantia da soberania territorial desde os tempos

da Colônia. A principal legislação em vigor sobre a Faixa de Fronteira foi

promulgada em 1979, mas o espaço territorial de segurança paralelo à linha de

fronteira existe desde o Segundo Império. Sob o governo de Dom Pedro II a

largura estabelecida foi de dez léguas ou 66 quilômetros. Desde então, a

extensão da Faixa de Fronteira foi sendo alterada, primeiramente para 100

quilômetros e nos anos trinta para 150 quilômetros, permanecendo até hoje.

A faixa limite com o que hoje é a Bolívia já foi objeto de acirrada disputa

entre portugueses e espanhóis. No século XVII jesuítas espanhóis criaram

missões indígenas do lado que viria a ser Rondônia. No século XVIII foi fixada a

fronteira a partir do Tratado de Santo Ildefonso e no século XIX com a expansão

da seringa a região foi novamente conquistada.

Porém, a maioria dos habitantes da região era de peruanos e bolivianos

(SOUZA, 2003, p. 26-30) ainda em pleno século XX. (SOUZA, 2003, p. 26-30)

Devido a esses desequilíbrios, as elites dirigentes do País desde os primórdios da

República tiveram uma preocupação permanente com a fronteira e elaboraram

várias estratégias, visando garantir a soberania na Amazônia. Primeiro foi o

projeto das Linhas Telegráficas com o Marechal Rondon que visava integrar a

região pelos fios e pelo primeiro esboço da BR-364 ou o famoso “Picadão do

Rondon” e este criou Colônias Indígenas no Vale do Guaporé como o Posto

Indígena de Ricardo Franco.

Outro alento para o desenvolvimento da fronteira foi a construção da

Madeira Mamoré Railway and Company transformando o entreposto de

mercadorias de Espiridião Marques no ponto final da ferrovia, rebatizando o local

de Guajará Mirim.

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Entretanto permanecia a necessidade de se estabelecer um programa de

fixação de núcleos populacionais naqueles pontos estratégicos, como a melhor

solução para os problemas de Segurança Nacional e que de antemão sabiam que

a fixação de Postos Indígenas e Colônias Agrícolas (Iata, Poço Doce e Candeias)

ou a simples ocupação militar não seria suficiente para resolver. Segundo Lima

em seu texto sobre as políticas de segurança para a região:

Surgiu assim, sob a inspiração do Exército, a idéia de serem transformadas as Unidades de Fronteira, em Colónias Militares, que se constituíssem um exemplo a ser seguido para ocupação, com base económica, de outros trechos da Faixa de Fronteira. As providências necessárias ao cumprimento dessa diretriz foram estabelecidas a 26 de fevereiro de 1959, pelo Decreto n.° 45.479. que aprovou o Regulamento das Colónias Militares de Fronteira. (LIMA, 1973)

4.1 Conceitos

O conceito ainda utilizado de Fronteira foi criado no contexto da 2ª Guerra

Mundial e consolidado por Vargas em Decreto-Lei (Federal) n.º 1164 de 18 de

março de 1939. S. Paulo, LEX, 1.964. (pg. 104), fronteira elemento de separação.

A faixa de terras com largura de 150 km reservada exclusivamente para

colonização (ex: Colônia Agrícola do Iata - 1945), controlada pelo Conselho de

Segurança Nacional (SOUZA: 2003, pg. 55).

A Constituição de 1988 avalizou essa disposição que manteve o ideal

focado na defesa territorial. A Lei nº 6.634, de 1979, ainda persiste como a

referência jurídica sobre a Faixa de Fronteira, que corresponde à

aproximadamente 27% do território Nacional com 15.719 km de extensão.

4.2 Paradigmas

a) Mudança de Paradigma (2004)

A fronteira deixa de ser elemento de separação e transforma-se em faixa

de contato, lugar de cooperação, da integração cultural, comercial e em especial

da construção de um mercado comum Sul Americano estratégico na economia

globalizada.

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Os novos paradigmas e a questão constitucional resultaram no aumento da

vigilância e busca de uma legislação isonômica, para os países vizinhos em todas

as questões sejam ambientais ou minerais.

A Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional - CREDEN criou um

Grupo de Trabalho - GT para estudar a Faixa de Fronteira com vistas a

modernizar a legislação atual sobre o tema. (Seminário: p. 51)

b) A Questão Indígena

O desafio é superar a ambiguidade da lei em relação às nações indígenas

e suas terras, Exemplo: usufruto e domínio da União ou nação autônoma e

independente.

c) Globalização

Pela primeira vez na história o poder econômico prepondera sobre o poder

político. O sistema produtivo se estabelece onde há vantagens competitivas para

os produtos gerados, independente das fronteiras. O mercado e não o governo

determina as relações internacionais (Seminário, p. 45)

A ideia de defesa está ultrapassada e deve estar acompanhada da

perspectiva do desenvolvimento regional, ao invés de peso “morto” um espaço de

oportunidades de desenvolvimento nacional; (Seminário, p. 40-9).

O desenvolvimento na Faixa de Fronteira, por meio de investimento em

ações comprometidas com a estruturação e dinamização de empreendimentos

produtivos integrados e sustentáveis, implantação de infraestrutura complementar

de saúde, infraestrutura logística de transporte intermodal com a construção de

hidrovias, estradas inter-regionais e internacionais, megaprojetos hidroelétricos

binacionais para geração de energia e modernização da região.

Em suma, mesmo existindo políticas voltadas para a região amazônica, a

integração fronteiriça que se propõe é a cooperação comercial e complementação

econômica, que se completa com uma rede de transportes, como caminho

hidroviário intermodal e a conexão rodoviária interoceânica Atlântico-Pacífico na

região amazônica.

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ILUSTRAÇÃO CIDADES DA FAIXA DA FRONTEIRA

Fonte: MI-PDFF

4.3 Termos Referentes a Fronteira

Frentes: O termo é usualmente empregado para caracterizar frentes de

povoamento. No caso das interações fronteiriças, a “frente” também designa

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outros tipos de dinâmicas espaciais, como a frente cultural (afinidades seletivas),

a frente indígena ou a frente militar. Ex: Costa Marques militar e Guajará-Mirim

cultural.

Cartaz - Foto: Rodrigo Erse – Festival da Fronteira Costa Marques

Capilar: As interações do tipo capilar podem ocorrer somente no

nível local, como no caso das feiras, exemplo concreto de interação e integração

fronteiriça espontânea. Pode ocorrer por meio de trocas difusas entre vizinhos

com limitadas redes de comunicação, ou resultam de zonas de integração

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espontânea, nas quais o Estado intervém pouco, principalmente não patrocinando

a construção de infraestrutura de articulação transfronteiriça.

Fotos: Rodrigo Erse – Rio Guaporé Comércio em Costa Marques- RO.

Sinapse: O modelo sinapse refere-se à presença de alto grau de troca

entre as populações fronteiriças; é apoiado pelos estados contíguos. As cidades-

gêmeas mais dinâmicas podem ser caracterizadas de acordo com esse modelo.

Ex: Guajará-Mirim

Cidade-Gêmea O meio geográfico que melhor caracteriza a zona de

fronteira é aquele formado pelas cidades-gêmeas. Esses adensamentos

populacionais cortados pela linha de fronteira apresentam grande potencial de

integração econômica e cultural. Ex: Guajará-Mirim.

Fotos: Rodrigo Erse – Vista aera da cidade de Guajará-Mirim – RO

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4.4 Fronteira Brasil Bolívia

O Estado de Rondônia faz fronteira com a Bolívia, nome oficial Estado

Plurinacional da Bolívia, é um país encravado no centro-oeste da América do

Sul. Faz fronteira com o Brasil ao norte e leste, Paraguai e Argentina ao sul, e

Chile e Peru ao oeste.

Antes da colonização européia, a região andina boliviana fazia parte do

Império Inca, o maior império da era pré-colombiana. O império Espanhol invadiu

e conquistou essa região no século XVI. Após declarar independência em 1809,

dezesseis anos de guerras se seguiram antes do estabelecimento da república,

instituída por Simon Bolívar, em 6 de agosto de 1825.

A população boliviana, estimada em 10.027.644 de habitantes, é

multiétnica, possuindo ameríndios 50%, mestiços 30%, europeus, asiáticos,

africanos e outros 20%. A principal língua falada é o espanhol, embora o aimará e

o quíchua também sejam comuns.

http://www.projeto-bolivia.blogspot.com.br/

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Dados Gerais sobre a Bolívia

Nome Oficial Estado Plurinacional da Bolívia

Área 1.098.581 km²

População 10.027.644 hab.

PIB (2008) US$ 17,2 bilhões

PIB “per capita” US$ 1.768

Fonte: MRE, 2012

A Bolívia é uma república democrática, dividida em nove departamentos.

Sua geografia varia de picos andinos no oeste a planícies no leste, situadas na

bacia Amazônica. É um país em desenvolvimento, com um Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH) médio e uma pobreza que atinge cerca de

sessenta por cento da população.

Mapa político da Bolívia

Fonte: Wikipedia, the free encyclopedia

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4.4.1 Histórico da Formação da Fronteira Brasil-Bolívia

Em 1958 o limite entre o Brasil e a Bolívia foi demarcado com a definição

cartográfica de seus pontos. O trecho demarcado neste ano corresponde ao

segmento central do limite entre os dois países, pois só neste ano se conheceram

as verdadeiras nascentes do Rio Verde, que em 1867 foi definido como ponto

ideal para a definição do limite (Fifer, 1966).

O processo de demarcação dos limites entre o Brasil e a Bolívia foi

marcado por intensos conflitos. Até 1867, os limites corresponderam àqueles

herdados dos impérios de Portugal e da Espanha, estabelecidos pelo tratado de

Santo Ildefonso, em 1777. Depois da independência dos dois países a primeira

mudança feita nos antigos limites foi a definição da linha de Muños-Netto, em

1867, uma linha obliqua demarcada no interior da floresta amazônica ainda

inexplorada. Mas foi no período máximo da exploração da borracha que os limites

foram observados com maior atenção pelos dois países. As disputas pelo

território do Acre culminaram no acordo de Petrópolis, de 1903, onde foi revista

toda a demarcação dos limites entre os dois países no acordo também se

estabelecia a responsabilidade do Brasil pela construção da ferrovia Madeira-

Mamoré (Fifer, 1966).

A condição de afastamento e isolamento da região criou um meio de

intensas trocas e contatos entre portugueses e espanhóis, depois entre brasileiros

e bolivianos. Estas trocas estavam ligadas por necessidades mútuas de

sobrevivência e de acessos a bens que estavam distantes da ocupação pioneira

da fronteira (Volpato, 1987).

No entanto, apesar das trocas e interdependências existia uma tensão

constante entre as povoações fronteiriças. Uma das principais razões para a

estruturação dessas trocas se dava até pelas condições de infraestrutura. As

comunicações, o povoamento e as atividades econômicas orientavam-se pelo

sentido da drenagem das bacias hidrográficas da região – bacia do Paraguai, ao

sul, e bacia Amazônica, ao norte. A ausência de infraestruturas de transportes e

comunicações terrestres condicionou que as vias fluviais fossem os caminhos

preferenciais de contato e de trocas das regiões de fronteira com outras regiões

(Fifer, op. cit.; Souchaud et alii. 2007). Até meados do século XX, uma cidade

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como Cobija, em Pando, era praticamente uma extensão econômica do território

do Acre (Fifer, op cit: 368); e Corumbá, no Mato Grosso do Sul, mantinha contatos

mais intensos com a Bacia do Prata do que com outras regiões vizinhas

(Souchaud, et all., 2007: 6).

4.4.2 Povoamento da Zona de Fronteira Boliviana

A zona de fronteira, especialmente do lado boliviano, ainda é

esparsamente povoada. No território boliviano a população se encontra

fortemente concentrada na região andina, que corresponde a um terço do

território nacional. As primeiras tentativas de ocupação do oriente boliviano, o que

corresponde aos departamentos de Pando, Beni e Santa Cruz, foram através da

economia extrativista da borracha e da exploração da castanha, mas essas

tentativas não possibilitaram a fixação de povoações na selva boliviana.

A onda de povoamento e exploração das terras bolivianas ganhou força no

final da década de 1970 e se expande até hoje, agora focando nas exportações

de oleaginosas. O grande marco deste processo foi o “Projeto das Terras Baixas

do Leste: administração de recursos naturais e produção agrícola” de 1989,

financiado pelo Banco Mundial que orientou a produção agrícola da região para a

exportação de trigo e soja (Soruco, 2008). Este projeto foi um marco importante

na ocupação das terras do oriente, pois possibilitou a abertura de novas frentes

agrícolas que ainda hoje estão se expandindo e com intensa participação de

capitais brasileiros. Já na Faixa de Fronteira brasileira o processo de ocupação foi

anterior ao ocorrido na Bolívia. Os estados de Rondônia e Mato Grosso foram

objeto de diversos projetos de povoamento dirigido, na maior parte, organizados

pelo Estado, mas também por organizações privadas, que tinham como objetivos

o fortalecimento do povoamento nas regiões de fronteira pouco povoadas e a

produção de alimentos para os grandes centros urbanos do país (Santos, 1998).

Durante toda a década de 1970 e 1980 estes projetos atraíram grandes fluxos

populacionais, do Nordeste, do Sul e Sudeste, que foram responsáveis pelo

avanço da frente de povoamento desde Mato Grosso até o norte de Rondônia.

Na Bolívia as regiões que se destacaram foram aquelas situadas no

entorno de Santa Cruz de la Sierra e na região amazônica boliviana. Apesar do

crescimento mais forte não ser na região de fronteira esta variável apresenta uma

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gradação que vai do mais forte na região de Santa Cruz de la Sierra à um

crescimento menor, porém ainda forte, na região de fronteira.

Fonte: Adaptado Grupo Retis Igeo.UFRJ/ Dados IBGE.INE

A taxa de crescimento populacional boliviana acompanha a dinâmica

territorial recente de ocupação do oriente. O processo de ocupação do oriente

iniciado com a reforma agrária de 1952 focou na região denominada de “Zona

Integrada” ou “Zona do Norte Integrado”, que foi a primeira a receber os

investimentos em infraestrutura rodoviária e ferroviária, a passar por uma

repartição de terras e também foi a primeira a implementar o cultivo extensivo,

inicialmente de algodão e arroz. Na década de 1970, com os incentivos à

produção de soja a frente se expandiu ocupando a região conhecida como “Zona

de Expansão” 3, à leste do Rio Grande e com grandes extensões de terras

baratas e planas (Urioste, 2009). No caso de uma valorização do produto, a

tendência de expansão do cultivo de soja na Bolívia é se expandir para a região

de fronteira com o Brasil, especialmente na província de Germán Busch, junto ao

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limite internacional onde se localiza a principal indústria de processamento de

oleaginosas do país, a Gravetal S.A. (Heredia/El Deber, 29/03/2009).

Região da Fronteira Boliviana Ocupado Por Imigrante Brasileiro

Fonte: Adaptado Grupo Retis.Igeo.UFRJ- Urioste 2009

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Migrantes Bolivianos no Brasil Por Microrregião

Grande parte da expansão a partir da década de 1980 se deve a capitais

brasileiros investidos em terras baratas do departamento de Santa Cruz. A

inserção destes produtores na política local e as redes com as suas regiões de

origem ainda não são bem conhecidas, mas sabe-se da grande importância que

estes agricultores tem no agronegócio boliviano, como pode ser visto no gráfico 1.

4.4.3 Crescimento da Economia Boliviana

Durante a década de 90, ocorreu a introdução da cultura mecanizada da

soja nas cercanias de Santa Cruz de La Sierra, com intensa participação de

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empresários brasileiros, sendo que a produção já supera 1 milhão ton/ano, que é

escoada principalmente por terminais fluviais em Puerto Suarez, no rio Paraguai.

Composição do Intercâmbio Comercial Brasil – Bolívia

Intercâmbio Comercial Brasil – Bolívia (US$ mil – fob)

2006 % no total

2007 % no total

2008 % no total

EXPORTAÇÕES (por principais produtos e grupos de produtos)

Borracha e suas obras 20.284 2,90% 28.418 3,30% 24.222 2,10%

Sementes e frutos oleaginosos, grãos

37.903 5,40% 36.766 4,30% 20.714 1,80%

Outros grãos de soja, mesmo triturados

36.961 5,30% 35.781 4,20% 19.345 1,70%

Algodão 17.864 2,50% 19.815 2,30% 19.951 1,80%

Óleos essenciais e resinóides, produtos de

perfumaria 9.549 1,40% 10.495 1,20% 12.649 1,10%

Outros 579.041 83% 719.438 85% 1.038.687 92%

Total Geral 701.602 100% 850.713 100% 1.135.568 100%

Fonte: MRE, 2012

A ampliação da exploração petrolífera nas planícies ao sul da Bolívia

transformou o gás natural no seu maior produto de exportação, atendendo aos

mercados da Argentina e agora, principalmente, ao grande mercado do Brasil,

que assim assume posição destacada no comércio exterior boliviano.

Dentre suas principais atividades econômicas, existe a agricultura,

silvicultura, pesca, mineração, e bens de produção como tecidos, vestimentas,

metais refinados e petróleo refinado. A Bolívia é muito rica em minerais,

especialmente em estanho. A economia está em lento crescimento,

principalmente com a ampliação do intercâmbio com o Brasil. Entretanto,

atualmente, a Bolívia ainda é a menor economia sul-americana, com PIB de U$D

17,2 bilhões e renda per capita de apenas U$D 1,768 anuais.

As Tabelas a seguir apresentam dados econômicos Brasil-Bolívia:

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Direção do Comércio Exterior Boliviano – 2006-2008

Direção do Comércio Exterior (US$

milhões) 2006

Total %

2007 Total

% 2008

Total %

EXPORTAÇÕES

Brasil 1.448 47% 1.601 66% 1.828 43,40%

Estados Unidos 343 11,10% 343 9,80% 478 11,40%

Japão 174 5,70% 264 7,60% 236 5,60%

Total Geral 3.081 100% 3.479 100% 4.209 100%

IMPORTAÇÕES

Brasil 763 29,90% 936 29,90% 1.068 27,705

Argentina 418 16,40% 509 16,20% 581 15%

Estados Unidos 237 9,30% 305 9,80% 428 11,10%

Total Geral 2.554 100% 3.133 100% 3.861 100%

Fonte: MRE, 2012.

Intercâmbio bilateral entre Brasil e Bolívia 2007-2009

Intercâmbio Bilateral (US$ bilhões FOB) – Fonte: MDIC

Brasil - Bolívia 2007 2008 2009

Intercâmbio 2,45 3,99 2,57

Exportações 0,85 1,14 0,92

Importações 1,6 2,86 1,65

Saldo - 0,75 - 1,72 - 0,73

Fonte: MDIC, 2012

No departamento de Beni as principais atividades econômicas que atraem

fluxos populacionais para o departamento são as da indústria madeireira e a

pecuária. O departamento possui o maior rebanho do país, estimado em mais de

3 milhões de cabeças (MACA, 2005). Já a atividade madeireira se estrutura

principalmente no norte do departamento em áreas da floresta amazônica

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estendendo a frente madeireira que existia no estado de Rondônia para além do

limite internacional (Ministério da Integração/Retis, 2005). Neste departamento as

principais concentrações populacionais não estão situadas na zona de fronteira,

as maiores cidades estão localizadas junto à rodovia que liga a capital, Trinidad, a

Santa Cruz de la Sierra.

A Cordilheira dos Andes contém abundantes recursos minerais, devido à

idade de suas rochas formadoras, que datam do Proterozóico, sendo a

exploração destes recursos dificultada pelo difícil relevo e grandes deficiências de

meios de transporte adequados para viabilizá-la, requerendo infraestrutura de

baixo custo para acesso aos mercados consumidores.

Composição do Comércio Exterior da Bolívia em 2007.

COMPOSIÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR 2007 PART. % TOTAL

EXPORTAÇÕES (US$ milhões, FOB)

Combustíveis, óleos, e ceras minerais 2.306 47,90%

Minérios, escórias e cinzas 1.044 21,70%

Resíduos e desperdícios das indústrias alimentares p/ animais

244 5,10%

Madeira, carvão vegetal e obras de madeira 99 2,10%

Frutas, cascas de cítricos e de melões 87 1,80%

Total Geral 4.813 100%

IMPORTAÇÕES (US$ milhões, CIF)

Caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos

528 15%

Veículos automóveis, tratores, ciclos 503 14,30%

Combustíveis, óleos, e ceras minerais 285 8,10%

Total Geral 3.522 100%

Fonte: MRE, 2012.

4.4.4 Coca Hábito da População Boliviana

A coca é um vegetal arbustivo, planta nativa da Bolívia e do Peru. O

princípio ativo analgésico contido na coca foi descoberto pelos Incas, desde a

época desse povo aos dias atuais a folha dessa planta é tradicionalmente

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mastigada nas áreas de relevo mais elevado, principalmente nas mediações dos

Andes. A planta era considerada sagrada pelos povos que habitavam a região,

em tempos passados devido seu potencial nutritivo e analgésico.

Com a descoberta da transformação da planta em droga, a cocaína, seu

cultivo expandiu por ser rentável, hoje cerca de 90% do cultivo da coca é

direcionado a produção de cocaína.

A produção de coca pelos países tradicionais como Colômbia, Peru e

Bolívia, envolve aproximadamente 1,3 milhão de pessoas, com o cultivo dessa

planta, esses produtores são denominados de cocaleros.

O aumento significativo desse tipo de produção é resultado do declínio da

produção e dos lucros de culturas lícitas como o feijão e a laranja. A explicação é

que com o cultivo da coca o produtor obtém uma rentabilidade que supera sete

vezes a das outras culturas comuns.

A Bolívia apesar de ter legalizado o plantio da coca para atender ao milenar

uso pelos nativos em até 12 mil hectares na região do Yungas, de La Paz, é

apontado que no Chapare (Cochabamba) o plantio é ilegal. O relatório de 2011 da

Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes – JIPE aponta que o Estado

Plurinacional da Bolívia tem 31000 ha sob cultivo ilícito de coca no país, sendo

responsável por 20% do cultivo ilícito de coca na América do Sul.

O uso indevido da planta na forma de drogas causa um círculo vicioso,

geralmente conduzido por complicações sociais em nível individual e coletivo,

incluindo a violência, a corrupção, o desemprego, desajustes familiares e

problemas de saúde.

O desvio do uso inicial da planta tornou-se um problema de proporções

internacional, levando os países do mundo inteiro a tomarem medidas duras no

combate ao tráfico internacional de drogas.

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4.5 Fronteira Estado de Rondônia

O Estado de Rondônia foi criado pela Lei Complementar nº 41 de 22 de

dezembro de 1981. Atualmente está dividido em 52 municípios e ocupa uma área

de 237.590,864 km². Localizado na Amazônia Ocidental é uma das onze

Unidades Federativas que fazem parte da Faixa de Fronteira nacional e, no Plano

de Desenvolvimento do Governo Federal está incluído no Arco Central de

Fronteira. O Estado tem aproximadamente 1.342 km de fronteira com a Bolívia,

banhada pelos rios Guaporé, Mamoré e Abunã. Possui uma superfície de

237.590,86 km² e população de 1.576.423 habitantes. Produto Interno Bruto – PIB

do Estado em 2009 registrou um montante de R$ 20.236 (vinte bilhões, duzentos

e trinta e seis milhões de reais) representando 12,4% do PIB da Região Norte e

0,62 do Brasil. O Estado tem 52 municípios dos quais 27 fazem parte da Faixa de

Fronteira, com uma população na Faixa de Fronteira aproximada de 850.182

habitantes.

PIB da Região Norte – Ano 2009

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

Pará Amazonas Rondônia Tocantins Amapá Acre Roraima

R$ Milhões 58.402 49.614 20.236 14.571 7.404 7.386 5.593

7°6°5°

Produto Interno Bruto (2009)

Fonte: IBGE, Instituições de Pesquisa e Secretarias de Planejamento Estaduais.

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Os Municípios da linha de fronteira têm aproximadamente 90% de suas

áreas destinadas a reservas (biológicas, extrativistas, terras indígenas) o que pelo

modelo atual de desenvolvimento inviabiliza qualquer forma de crescimento

econômico.

4.5.1 Histórico da Fronteira de Rondônia

A região que ora se encontra o Estado de Rondônia já foi ocupada por

vários povos nômades e sedentários. Era habitada por tribos incaicas e tribos do

litoral brasileiro, ambos fugindo do conquistador Europeu.

Foi se consolidando como fronteira política entre Portugal e Espanha de

1500 até o séc. XVIII – ocupação remonta, incentivados principalmente pela

catequese jesuítica e a política de “conservação de fronteiras” de Sebastião José

de Carvalho e Mello, o Marquês de Pombal. Ocasião em que foi construído o Real

Forte Príncipe da Beira (1776), localizado no município de Costa Marques.

O Estado Novo através do Aviso n° 518 (MG), de 23 de setembro de 1932,

criou três contingentes especiais de fronteira em locais estratégicos:

- Forte Príncipe da Beira com 19 efetivos.

- Guajará Mirim com 34 efetivos.

- Porto Velho com 34 efetivos.

A Política de Fronteira no Estado Novo (1943 – 1955) caracterizou-se pela

ocupação da fronteira, através de colônias agrícolas em áreas estratégicas como:

- Colônia Agrícola do Iata na embocadura do rio Yata (Bolívia).

- Colônia Agrícola de Vila Bela na embocadura do Beni com Madre de

Dios.

- Colônia Agrícola de Forte Príncipe.

Com o início da criação de Guajará Mirim e Porto Velho, através do

Decreto 5812 de 13 de setembro de 1943 foi criado o Território Federal do

Guaporé. Em 1956 passou a denominar-se Território Federal de Rondônia, em

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homenagem ao Marechal Cândido Mariano de Rondon que implantou a Linha

Telegráfica Cuiabá - Porto Velho.

A Lei Federal Complementar 41 de 22 de dezembro de 1981 elevou

Rondônia de Território à Estado, que possuía na época 13 municípios. A partir de

então, através de Leis Estaduais, foram criados mais 39 municípios, Como citado

anteriormente, atualmente existem 52 municípios.

O desenvolvimento do Estado pautou-se inicialmente em ciclo econômicos

sendo:

O primeiro período, o Ciclo da Borracha natural no Século XIX, que trouxe

um grande número de imigrantes gerando transformações para região dos vales.

Com a expansão da borracha e incorporação de novas áreas de exploração

levaram os brasileiros a ocuparem parte do território da Bolívia, gerando um

conflito internacional, e culminou com a incorporação do Acre ao Brasil. Como

parte do pagamento de indenização (Tratado de Petrópolis firmado no ano de

1903) o Brasil se comprometeu a construir a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

concluída em 1912, numa extensão de 366 km, ligando Guajará-Mirim a Porto

Velho, permitindo o acesso da Bolívia ao rio Madeira, abaixo do último trecho

encachoeirado, e daí com saída para o rio Amazonas e o Oceano Atlântico. Na

época surgem os povoados ao longo da EFMM, as vilas de Abunã e Murtinho.

Ainda neste período, em 1907 o Governo Federal decidiu implantar uma

rede telegráfica, sob o comando de Cândido Mariano da Silva Rondon, com início

em 1907 e conclusão em 1915, entre Cuiabá e Porto Velho, como conseguências,

surgiram povoados ao longo da rede, hoje municípios de Vilhena, Pimenta Bueno,

Ji-Paraná, entre outros. Também deu origem à construção da BR-29,

posteriormente denominada BR-364.

O segundo ciclo também da borracha natural, ocorreu no período da II

guerra mundial (1939-1945), renasce a importância dos seringais nativos da

Amazônia e começa o Segundo Ciclo da Borracha. Novamente o Governo

Federal estimulou a migração para a região, composta quase que exclusivamente

de nordestinos, denominados de “Soldados da Borracha”.

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33

Ainda 1943, o Presidente Getúlio Vargas criou os territórios federais, entre

eles o Território Federal do Guaporé, posteriormente Território Federal de

Rondônia, desmembrado de terras do Amazonas e Mato Grosso.

O terceiro Ciclo do Extrativismo entre 1958 e 1970, toda a economia se

desenvolveu a sombra da exploração da cassiterita, sob forma de garimpo

manual. Concomitantemente ao fluxo de garimpeiros, no final da década de 60,

surgiram também migrantes agricultores e, criou-se as colônias agrícolas em

Porto Velho.

A partir de março de 1971, através da Portaria Ministerial n.º 195/70,

expedida pelo Ministério das Minas e Energia, houve proibição sumária da

garimpagem manual, a exploração passa a ser mecanizada, encerrando o Ciclo

da Cassiterita.

Quarto Ciclo é Agrícola no final de 1968, a BR-29 (atual BR-364) foi

consolidada permitindo que a partir de 1970, fosse iniciado o Ciclo Agrícola do

então Território Federal de Rondônia, passando a ter seu processo de

desenvolvimento dinamizado pela expansão da colonização agrícola implantado

pelo Governo Federal através do INCRA.

O Programa Integrado do Noroeste do Brasil (POLONOROESTE),

financiado com recursos do Governo Brasileiro e do Banco Mundial foi a principal

e mais importante fonte de recursos para financiar este processo.

O objetivo do POLONOROESTE foi o de contribuir para maior integração

nacional e promover a ocupação demográfica da região noroeste do Brasil,

abrangendo a área de influência da rodovia 364 entre Cuiabá e Porto Velho.

Houve destacada oferta de terras, distribuídas gratuitamente para quem viesse

para esta região. Como resultado, uma explosão do fluxo migratório de todas as

partes do país, chegando a média de 17% ao ano.

Migrantes de toda parte do Brasil se deslocaram principalmente, para as

áreas rurais, o que fez crescer o desmatamento, estimulado pelo processo de

colonização com consequente substituição da floresta tropical por cultivos

agrícolas e pastagens, além de formação acelerada de aglomerados urbanos.

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34

Para corrigir as distorções decorrentes do POLONOROESTE, foi criado em

1992, o Plano Agropecuário e Florestal de Rondônia (PLANAFLORO), também

financiado pelo Banco Mundial com a participação de 73% e contrapartida dos

Governos Federal e Estadual com 27%. O objetivo era prover o desenvolvimento

sustentável do Estado por meio de ações voltadas ao ordenamento territorial,

especialmente para conter o desmatamento predatório das florestas, recuperar

áreas desmatadas e ecossistemas mais frágeis, recuperar áreas de capoeira,

orientar a ocupação racional, econômica e não predatória, melhorar a

infraestrutura econômica e a qualidade de vida da população. O Programa

encerrou em 2002.

Mais recentemente, a partir de 2007, teve início uma nova fase de

desenvolvimento, financiada com recursos públicos e privados voltados para o

setor energético, agroindústrias, indústrias e saneamento.

4.5.2 Rondônia Um Estado Estratégico

Rondônia está no coração da América do Sul, a posição geográfica do

Estado é estratégica, possibilita a projeção de um grande polo de

desenvolvimento sustentável. As oportunidades para a realização de

investimentos no Estado apontam, entre outras condições, a sua potencialidade

hídrica e recursos naturais, o desenvolvimento agroindustrial, a disponibilidade do

3° polo de geração de energia hidroelétrica do Brasil, somado a tudo isso, a

logística de acesso ao mercado interno e externo. Rondônia faz fronteira com a

Bolívia, estrategicamente próximo dos países Andinos e Amazônicos, com acesso

aos países asiáticos através da rodovia Interoceânica, conhecida como Rota do

Pacífico, a qual em breve será um corredor de exportação rodoviário via Oceano

pacífico.

A rodovia BR-364 que liga Rondônia, Acre e o Peru será o primeiro eixo

multimodal Atlântico-Pacífico, tornando Rondônia um entreposto para prestação

de serviços de logística, o que facilitará a exportação da produção principalmente

das regiões Norte e Centro-Oeste, via Oceano Pacífico.

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35

A Rota do Pacífico e a Hidrovia do Madeira, juntas, formaram um canal

obrigatório de passagem dos produtos Importados de países ligados ao Oceano

Pacífico, destinados ao parque industrial de Manaus e outros estados da Região

Norte. Por outro lado, no sentido inverso às exportações de nossos produtos

destinados à Ásia, em especialmente a china, que passou a ser um dos maiores

parceiros comerciais do Brasil.

Rota do Pacífico – Rondônia, Acre e Peru

A expansão geoeconômica de Rondônia possibilita a abertura de novas

fronteiras de mercado, bem como, em um futuro bem próximo, começarão novas

grandes obras no estado como: a ponte binacional Brasil/Bolívia em fase de

projeto a ser construída na cidade de Guajará-Mirim, sobre o Rio Mamoré e a

usina hidroelétrica binacional também no Rio Mamoré.

Rondônia tem todos os motivos para comemorações antecipadas de um

mercado intercambial promissor entre os países em desenvolvimento que vem

crescendo nos últimos anos.

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36

Posição Estratégica do Estado de Rondônia

4.5.3 Potencialidades do Estado

O Estado tornará um grande polo de desenvolvimento sustentável da

região norte, com receitas oriundas do sistema exportador e verbas de

compensação e royalties da geração de energias das hidroelétricas do Madeira. A

implantação de grandes projetos pelo governo federal em Rondônia demonstra a

importância de nosso estado para a integração com os países da América do Sul.

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37

Como resultado desse processo, registra-se o crescimento de 217,40% na

Receita Própria do Tesouro Estadual nos últimos cinco anos. Em 2003 a receita

era de aproximadamente R$ 1.797.894.316,00 (um bilhão setecentos e noventa e

sete milhões, oitocentos e noventa e quatro mil, trezentos e dezesseis reais)

passando em 2011 para R$ 5.706.631.083,00 (cinco bilhões, setecentos e seis

milhões, seiscentos e trinta e um mil e oitenta e três reais). O gráfico a baixo

apresenta a evolução da receita do Estado de Rondônia no período de 2003 a

2011.

1.797.894.316

2.142.167.206

2.554.556.971

2.735.167.005

3.082.256.424

3.902.239.710

4.033.363.476

4.787.987.214

5.706.631.083

0

1.000.000.000

2.000.000.000

3.000.000.000

4.000.000.000

5.000.000.000

6.000.000.000

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Demonstrativo da Evolução da Receita - 2003/2011 (R$)

Fonte SEFIN, 2011.

Energia

O Estado de Rondônia já é referência nacional em energia, com a

conclusão das usinas em construção será o 3º polo de geração de energia

hidroelétrica do Brasil. A capacidade de geração das usinas de Santo Antonio e

Jirau de 6.900MW, será suficiente para abastecer 10 milhões de casas. O sistema

de transmissão será interligação com o restante do país.

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38

Mineração

O substrato geológico de Rondônia demonstra uma potencialidade para

uma vasta gama de recursos minerais de interesse econômico.

O estado possui jazidas de cassiterita, ouro, calcário, columbita, nióbio,

topázio, ametista, diamante, manganês, rochas ornamentais e agregados de uso

imediato na construção civil.

Agronegócio

Rondônia é o segundo Estado mais jovem do Brasil, mas já apresenta forte

potencial no setor primário como:

- Pecuária com 11,9 milhões de cabeças de gado, 35 frigoríficos instalados.

Ocupa o 2º lugar na Região Norte.

- Agricultura apresenta bem diversificada e ocupa lugar de destaque na

Região Norte, sendo: 1º lugar na produção de café 109.239ton. e feijão

44.375ton., 2º lugar em soja 425.343ton., milho 416.249ton. e cacau 17.485ton.,

3º na produção de arroz 182.872ton.

Pescado

O Estado ocupa o 1º lugar da Região Norte em produção de peixe em

cativeiro. O plano do Governo é alcançar 80mil toneladas anuais de pescado até

2015, tendo como estratégias o uso de águas públicas e o incremento da área de

tanques escavados.

4.5.4 Deficiência do Estado

Configura-se como uma região pouco desenvolvida economicamente,

historicamente abandonada pelo Estado, marcada pela dificuldade de acesso a

bens e serviços públicos, pela falta de coesão social, pela inobservância de

cidadania e por problemas peculiares às regiões fronteiriças.

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39

A complexidade das relações provenientes da integração e o

desenvolvimento da Faixa de Fronteira, nos limites territoriais do Estado de

Rondônia, impõem a urgência da participação e atuação conjunta das instituições

públicas, das instituições privadas e da sociedade civil organizada, com

concentração de esforços, para promover a construção das melhores propostas

de integração e desenvolvimento. Estes atores político-econômicos e sociais se

constituem ação necessária à gestão integrada e à otimização de recursos, ao

evitar ações em duplicidade e descontinuidade, que impossibilitem eleger

prioridades regionais.

A reversão deste cenário implicará na criação de mecanismos eficientes de

empoderamento institucional dos municípios fronteiriços. Uma primeira proposta

seria a criação de localizadores específicos no orçamento do Estado e da União,

para a Faixa de Fronteira, cuja materialização deverá ser objeto de um articulado

processo de negociação dos gestores municipais, junto aos responsáveis pelo

orçamento nos órgãos de governo.

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40

5 Diagnóstico da Realidade Fronteiriça

5.1 Contextualização

O diagnóstico teve como base os documentos fornecidos pelos Órgãos e

ou entidades envolvidas na Faixa de Fronteira. Foram analisadas e descritas

ações em curso na área, com o foco em reorganizá-las evitando a

descontinuidade e/ou a sobreposição de ações, visando à articulação concreta

das iniciativas do governo federal, estadual e municipais, de modo, aproveitar

complementaridades e proporcionar desenvolvimento e sustentabilidade das

políticas implementadas ou propostas.

Com esse objetivo, foram identificados os programas e projetos existentes,

considerados relevantes na esfera federal, estadual, municipal ou privadas, que

possam integrar ou convergir ações transfronteiriças, definidos como objeto do

PDIF, que convergem com as políticas a serem propostas para a Faixa de

Fronteira.

Foi adotada a metodologia de agrupar em eixos temáticos, os programas e

os projetos recebidos pelo Núcleo Estadual de Integração de Fronteira de

Rondônia - NEIFRO. Os Eixos Temáticos considerados nos trabalhos: Educação,

Saúde, Infraestrutura, Interesses Econômicos, Segurança Nacional, Inserção e

Integração Social e Sustentabilidade Ambiental.

5.2. Educação

A Educação sempre foi uma preocupação constante de modo geral, a

pressão por este serviço tem continuado ao longo do tempo e os sucessivos

governos estaduais têm tentado suprir as necessidades, principalmente pela

obrigatoriedade da aplicação de 25% dos recursos orçamentários em Educação,

sendo efetivamente esta obrigação a grande responsável pelos ganhos

quantitativos observados nas últimas décadas.

A média de anos de estudo da população de Rondônia aumentou de 4,5

anos em 2003 para 6,0 anos em 2008. Entretanto, ainda reconhecidamente

distantes do índice desejável de 11 anos.

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41

O Ministério da Educação - MEC e o Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP divulgaram o Índice de

Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB 2009. Na primeira fase do ensino

fundamental, o IDEB passou de 4,2 para 4,6. Nos anos finais do ensino

fundamental, o IDEB do País evoluiu de 3,8 para 4,0.

A meta do Brasil é chegar a nota 6 na 4ª série e a nota 5,5 na 8ª série em

2021. O índice leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da

educação: O primeiro fator é o rendimento escolar (taxas de aprovação,

reprovação e abandono) e o segundo é a média de desempenho na Prova Brasil.

A escala usada pela UNESCO/ONU para a educação e cultura vai de 0 a

10. O índice médio dos países desenvolvidos é igual 6. O Brasil ocupa uma

posição baixa o 88º lugar de 127 no ranking de educação feito pela UNESCO.

Com isso, o país fica atrás da Argentina, Chile e até mesmo Equador e Bolívia.

5.2.1 IDEB dos Municípios da Faixa de Fronteira (Ano – 2009)

Pesquisa do INEP mostra que 50% das escolas públicas em Rondônia

obtiveram notas abaixo da meta estipulada pelo governo federal, para os anos

finais do ensino fundamental, que equivale ao ciclo da 5ª à 8ª série (6º ao 9º ano).

O estudo foi feito com base nos dados do Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica (IDEB) 2009, divulgados pelo Ministério da Educação - MEC.

Relação dos Municípios da Faixa de Fronteira - IDEB – 2009

IDB DOS MUNICÍPIOS DA FAIXA DE FRONTEIRA (Ano – 2009)

Município Classificação População

IDEB Ensino Público

4ª série 8ª série

Alta Floresta d'Oeste linha de fronteira 23.857 4.5 3.4

Alto Alegre dos Parecis linha de fronteira 11.615 4.1 3.5

Alvorada d‟Oeste Faixa de Fronteira 16.485 4.1 3.7

Buritis Faixa de Fronteira 33.072 4.3 3.4

Cabixi linha de fronteira 6.575 4.6 3.2

Campo Novo de Rondônia Faixa de Fronteira 12.455 3.9 3.6

Cerejeiras Faixa de Fronteira 16.290 4.9 3.7

Chupinguaia Faixa de Fronteira 7.456 4.7 3.9

Colorado do Oeste Faixa de Fronteira 17.644 5.2 3.9

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Continuação

IDEB DOS MUNICÍPIOS DA FAIXA DE FRONTEIRA (Ano – 2009)

Município Classificação População

IDEB Ensino Público

4ª série 8ª série

Corumbiara Faixa de Fronteira 9.476 4.1 4.4

Costa Marques linha de fronteira 13.664 4.1 3.1

Guajará-Mirim cidade-gêmea 39.451 4.3 3.3

Nova Brasilândia d‟Oeste Faixa de Fronteira 17.170 4.1 3.2

Nova Mamoré linha de fronteira 21.162 3.9 3.1

Novo Horizonte do Oeste Faixa de Fronteira 9.648 4.2 3.5

Parecis Faixa de Fronteira 4.583 3.3 3.5

Pimenta Bueno Faixa de Fronteira 32.893 4.9 3.8

Pimenteiras do Oeste linha de fronteira 2.358 4.5 3.4

Porto Velho linha de fronteira 369.345 4.2 3.3

Primavera de Rondônia Faixa de Fronteira 3.704 4.5 4.0

Rolim de Moura Faixa de Fronteira 48.894 4.1 3.4

Santa Luzia d'Oeste Faixa de Fronteira 9.264 4.0* 4.2

São Felipe d'Oeste Faixa de Fronteira 6.286 4.5 3.9

São Francisco do Guaporé linha de fronteira 15.710 3.8 3.6

São Miguel do Guaporé Faixa de Fronteira 22.622 4.0 3.7

Seringueiras Faixa de Fronteira 11.757 4.6 3.7

Vilhena Faixa de Fronteira 66.746 4.4 4.1

TOTAL 850.182

Taxa de Analfabetos do Estado (IPEA 2004-2009)

7,5%

Taxa de Analfabetos Funcionais do Estado (IPEA 2004-2009)

13,9%

Fonte: INEP/MEC 2009

5.2.2 Educação nas Comunidades Quilombolas

A Educação Escolar Quilombola tem como objetivo específico, a

valorização e afirmação de direitos, no que diz respeito à educação, tendo como

base a Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9394/1996, estabelecendo a

obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Parecer

CNE/CEB 07/2010 e na Resolução CNE/CEB 04/2010 Educação escolar

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quilombola como modalidade da educação básica, instituem as Diretrizes

Curriculares Gerais para a Educação Básica. Isso significa que a regulamentação

da Educação Escolar Quilombola nos sistemas de ensino deverá ser consolidada

em nível nacional. Deverá seguir, também, as orientações do Parecer CNE/CP

03/2004 e Resolução CNE/CP 01/2004, bem como as demais orientações e

resoluções do CNE voltadas para a educação nacional.

A educação às comunidades tradicionais localizadas na Faixa de

Fronteira atende em média duzentos alunos. Realizada na modalidade

multisseriada pelas Prefeituras nas séries iniciais, ao termino os alunos ficam sem

opção da continuidade. Aguardam a idade de 15 anos para cursar a Educação de

Jovens e Adultos – EJA, causando sérios prejuízos, pois muitos destes não

retornam mais a sala de aula, ou saem da comunidade para dar sequência nas

sedes dos municípios não retornando mais as suas origens.

5.3 Saúde

O diagnóstico tem como base as informações obtidas dos trabalhos

executados pelo projeto Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS (Ministério

da Saúde), o qual está sendo executado em todos os municípios de fronteira. O

projeto encontra-se com a primeira fase concluída, ou seja, os Diagnósticos.

A gestão do sistema de saúde dos municípios não dispõe de informações

em bancos de dados que faça referência à avaliação do sistema público nos

municípios.

Ao considerar as condições de gestão é possível perceber que o sistema

de saúde, apesar de receber os investimentos de recursos do governo, mostra-se

ainda muito precário. A falta de planejamento operacional que possibilite

promover um melhor diagnóstico situacional da saúde e de outros aspectos, como

administração pública e orçamentária, objetivando o melhor gerenciamento e

aplicação dos escassos recursos para a saúde.

Os municípios de fronteira não possuem controle efetivo de fluxo e

demanda de atendimento a estrangeiros e necessita, portanto, avançar na

apresentação de projetos conjuntos com o vizinho boliviano.

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44

Os municípios têm implantado o programa Cartão Sistema Único de Saúde

- SUS, para controle de atendimento à população, ferramenta indispensável para

viabilizar a recepção de recursos. No entanto, esse programa atinge pouco mais

da metade da população, necessitando de ampliação.

A atenção à saúde no município é estruturada conforme o que preconiza o

SUS, na atenção básica à saúde. Esta vem se desenvolvendo por meio da

implementação de vários programas de atenção à saúde, planejados pelo

Governo Federal de acordo com as características da população alvo.

O contingente da população vivendo em condições de extrema miséria e

pobreza, associada às precárias condições de saneamento básico, infraestrutura

e abastecimento e consumo de água impróprios contribuem para o grande

aumento de doenças relacionadas às más condições de vida dos moradores,

doenças infectocontagiosas e parasitárias, que ainda acometem enormes

contingentes da população (22,89%), além da incidência de hepatites virais,

dengue, entre outras doenças vinculadas a proliferação de vetores. Faltam dados

para caracterizar a vigilância ambiental, epidemiológica e sanitária.

Por outro lado, a falta de pessoal médico é problema frequente do lado

brasileiro, como observado em Guajará-Mirim, o que estimula a vinda de

profissionais do país vizinho que, no entanto, não podem exercer sua atividade

legalmente devido às exigências dos Conselhos de Medicina. Em diversas

cidades-gêmeas é cada vez mais comum que os nacionais da cidade vizinha

queiram ter seus filhos do lado brasileiro de forma a garantir o atendimento

posterior, o que nem sempre é compreendido pelas prefeituras, gerando

desconforto de parte a parte.

No entanto, o problema da saúde na fronteira requer ações que fogem ao

âmbito municipal. Como:

- Regulamentação do atendimento a estrangeiros e a brasileiros residentes

no exterior, nos Sistemas Locais de Saúde de municípios fronteiriços;

- Elucidação e previsão de recursos para cobrir os gastos com usuários de

fronteira;

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- Regulamentação governamental do trabalho de profissionais da área de

saúde, para exercerem a profissão na área de fronteira;

- Carência de postos adequados de vigilâncias nos municípios.

5.4 Infraestrutura

5.4.1 Acesso Rodoviário a Linha de Fronteira

O Estado tem aproximadamente 1.342 km de fronteira com a Bolívia, toda

a extensão definida pelos rios Guaporé e Mamoré. O acesso rodoviário a linha de

fronteira só é possível em quatro localidades, sendo ao sul do estado pela RO-

399 que liga a cidade de Vilhena a Pimenteiras, a rodovia com pavimentação

inacabada, ou seja, 80 km sem asfalto. O segundo acesso na parte central pela

RO-135 que liga a cidade de Alta Floresta ao Distrito de Porto Rolim na linha de

fronteira, a rodovia estadual sem pavimentação. O terceiro acesso também na

parte central BR-429 que liga Presidente Médici à Costa Marques, rodovia com

pavimentação inacabada, restando o trecho entre a cidade de São Francisco -

Costa Marques. O quarto e último acesso ao norte pela BR-425 Guajará-Mirim,

rodovia asfaltada em péssimas condições de uso e pontes inadequadas para o

trânsito internacional.

5.4.2 Hidrovia da Bacia do Rio Madeira

A implantação de uma infraestrutura logística, englobando todos os modais

de demandas do setor produtivo é um dos grandes desafios do Governo. A

hidrovia é o meio de transporte mais econômico e sustentável. Somente em

termos da redução do impacto ambiental, a opção pelo transporte hidroviário é

evidente por si mesma, considerando a ordem de grandeza de emissão de

monóxido de carbono de 1 para hidrovia, 10 para ferrovia e 50 para rodovia. A

hidrovia é o modelo de transporte menos oneroso que qualquer outra modalidade

disponível no mundo. Mas, no Brasil, onde há condições geográficas bastante

favoráveis a esse tipo de operação, os investimentos no setor andam na

contramão. O meio mais utilizado é o rodoviário, que chega a ser 20 vezes mais

caro que o fluvial.

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Falta a sensibilização do Governo Federal para que venha realizar ou

impulsionar os investimentos hidroviários, que sempre ficaram em segundo plano.

Há um conflito antigo entre geração de energia por meio de hidrelétricas e a

navegação. Historicamente, a geração vem se impondo como uso prioritário dos

caudais dos rios, deixando a hidrovia em segundo plano. Por esse motivo os

reservatórios fluviais em geral, não contam com eclusas para dar a oportunidade

à navegação e ao transporte hidroviário.

A situação da hidrovia do rio Madeira não é diferente do restante do país,

para ligar o baixo rio Madeira com a Bolívia, necessita da construção de três

eclusas, sendo duas junto às hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau e a terceira

eclusa onde será construída a Hidroelétrica Ribeirão Binacional Brasil-Bolívia

perto da cidade de Guajará-Mirim. Com a construção dessas eclusas a

navegação se estenderá até os rios Mamoré, Beni e Guaporé tornando-se

possível ligar o leste do Mato Grosso ao Oceano Atlântico. A hidrovia tem grande

vantagem para o desenvolvimento da região, como Rondônia, Acre e Sul do

Amazonas, que irão gerar volumes crescentes de carga, em áreas não sujeitas à

influência de outros corredores. Inclui-se a soja da Bolívia.

5.4.3 Porto Graneleiro

Os rios Guaporé e Mamoré são navegáveis numa extensão de 1.168 km de

Vila Bela da Santíssima Trindade no Mato Grosso até Guajará-mirim e por eles

poderiam ser transportada a soja produzida na região de sapezal Mato Grosso.

Na época da colheita estes rios estão com os seus níveis hídricos bastante

elevados, meses de fevereiro e março o que persiste ate o final de mês de maio

ou junho. Também, a Bolívia poderia escoar parte da produção de soja boliviana

nesses meses pelo rio Mamoré desde Puerto Vila na Bolívia.

Todo esse trecho dos rios Guaporé e Mamoré não tem nenhum tipo de

porto. Hoje, apenas embarcações de pequeno porte navegam nos rios e ancoram

diretamente no barranco dos rios.

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5.4.4 Ponte Binacional em Guajará-Mirim

A Ponte Binacional que ligaria o Brasil a Bolívia faz parte de um grandioso

projeto fundamental para integração fronteiriça, dinamizando as exportações de

produtos da Região Norte e Centro-Oeste do país para a Bolívia, Peru e Chile,

sendo também saída para o pacífico.

A construção da ponte se arrasta há várias décadas e faz parte do Tratado

de Petrópolis firmado em 1903 entre os dois países. Um acordo para a construção

da ponte foi firmado entre Brasil e a Bolívia em 14 de fevereiro de 2007 e

promulgado através do Decreto n° 6.858/25 de maio de 2009. Também foi

constituída uma Comissão Mista Brasil/Bolívia, em 20 de novembro de 2008, para

acompanhar a execução da mesma.

A ponte terá 1.230 (mil e duzentos e trinta metros) de extensão sobre o rio

Mamoré, entre o município de Guajará-Mirim do lado brasileiro e Guayarámerim,

cidade boliviana.

Em 16 de janeiro de 2009 foi lançado o Edital 0013/09/00 para a

contratação de empresa para elaboração do Projeto Básico Ambiental de Estudos

Florestais. O projeto de engenharia já foi concluído, mas ficou muito caro, em

função disso, um novo projeto está sendo feito pelo Departamento Nacional de

Infraestrutura de Transporte - DNIT que será concluído no segundo semestre de

2012.

Atualmente, a travessia de brasileiros e bolivianos no rio Mamoré é feita em

simples voadeiras e o transporte de cargas em balsa.

5.4.5 Infraestrutura Urbana

As cidades de fronteira carecem de infraestruturas básicas, por meio da

construção de equipamentos urbanos, implantação de infraestrutura social de

apoio à produção, construção de obras civis, saneamento, canalização,

tratamento e abastecimento de água e transportes, dentre outros. Essa ação tem

como finalidade melhorar a qualidade de vida nos municípios fronteiriços, para

proporcionar maior nível de satisfação das populações da Faixa de Fronteira.

Falta a sensibilização do Governo Federal e Estadual para investir em áreas

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sociais, que venha mudar o padrão de qualidade de vida. O investimento em

infraestrutura urbana sempre ficou em segundo plano.

5.5 Interesses Econômicos

Os Municípios da linha de fronteira têm aproximadamente 90% de suas

áreas destinadas a reservas (biológicas, extrativistas, terras indígenas), o que

pelo modelo atual de desenvolvimento, inviabiliza o crescimento econômico, ao

mesmo tempo em que provoca o esvaziamento sócio-político-econômico, devido

à busca de novas oportunidades de vida por sua população, especialmente pelos

seus habitantes mais jovens.

Estas cidades vivem basicamente do setor de serviços (especialmente área

governamental e comércio), indústria extrativista de madeira e uma pecuária de

leite e de corte, limitada pela exiguidade de espaço físico e sem perspectiva de

crescimento, a curto e médio prazo.

5.5.1 Áreas de Livre Comércio – ALCs – (Ministério de Desenvolvimento

Indústria e Comércio Exterior – MDIC)

Área de Livre Comércio - ALC Guajará-Mirim/RO, criada no Município de

Guajará-Mirim, através da Lei no. 8.210/1991, uma área de livre comércio de

importação e exportação, sob o regime fiscal especial, com a finalidade de

promover o desenvolvimento das regiões fronteiriças do extremo noroeste do

Estado e com o objetivo de incrementar as relações bilaterais com os países

vizinhos, segundo a política de integração latino-americana, uma vez que

empresários de todo o Brasil buscam a Área de Livre Comércio para incrementar

seus negócios, com isso aquece a economia local, gerando emprego e renda e

trazendo mais bem estar social para o município.

A Associação Comercial de Guajará-Mirim - ACISGM, em 10 de março

2010, reuniu-se com a Superintendência da Zona Franca - SUFRAMA e

Autoridades Públicas para debaterem e avaliarem a atuação da mesma em

Guajará-Mirim, objetivando saber o porquê do Isolamento em que se encontra a

SUFRAMA local e a cidade de Guajará.

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A SUFRAMA tem muita importância como gerenciadora da Área de Livre

Comércio de Guajará-Mirim - ALCGM. Os incentivos fiscais que teoricamente

trariam bons resultados para os munícipes e toda região, no entanto, na prática,

os resultados não são positivos. A SUFRAMA em Guajará-Mirim gera uma

arrecadação enorme para a autarquia, o que faz de Guajará-Mirim uns dos

municípios que mais arrecada no Estado de Rondônia, mas isso não gera receita

para o município e nem para a região.

Entre muitas atribuições da SUFRAMA, uma delas é a INTERIORIZAÇÃO

DO DESENVOLVIMENTO, para isto, ela faz parcerias com governos estaduais e

municipais, instituições de ensino e pesquisa, entidades de classe e cooperativas

para viabilizar projetos de apoio à infraestrutura econômica, produção, turismo,

pesquisa e desenvolvimento, formação de capital intelectual e ainda capacitação,

treinamento e qualificação profissional. Entretanto, isto não tem ocorrido em

Guajará Mirim.

Existem vários projetos protocolados na SUFRAMA, aguardando

aprovação, porém, as respostas obtidas são que não existe recurso financeiro,

uma vez que tudo está contingenciado no Tesouro Nacional.

A presença da SUFRAMA em Guajará-Mirim não deve se ater somente ao

status de Área de Livre Comércio, ela é maior e deve estar presente como um

instrumento do Governo Federal e não do Estado do Amazonas. A SUFRAMA se

preocupa muito com Manaus e pouco com os demais Estados da Região. Não se

justifica o isolamento da cidade de Guajará-Mirim.

A localização inadequada das instalações da SUFRAMA no município,

conjugada com a chegada de aproximadamente 100 (cem) carretas por dia, gera

grande transtorno no trânsito tanto no perímetro urbano quanto na BR-425, gera

muitos acidentes, torna as ruas esburacadas e uma verdadeira desordem no

trânsito.

A população tem reclamado do descaso da SUFRAMA com o município,

pois Guajará-Mirim não recebe investimento desta autarquia para ajudar a

melhorar a infraestrutura do município.

Page 51: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

50

5.5.2 Arranjos Produtivos Locais - APL

A região de fronteira fica fora do Eixo de Desenvolvimento do Estado, ou

seja, a área de influência da BR-364, onde se concentram as maiores cidades e a

maior economia de Estado.

A população da linha de fronteira caracterizada por ribeirinhos,

remanescentes de quilombos, indígenas, pescadores e seringueiros presentes

desde o povoamento do estado, ali permaneceu e tornou-se aliada de grande

importância na ocupação fronteiriça, segurança nacional, diversidade

socioambiental, econômica e cultural.

Os municípios da linha de fronteira têm sua economia baseada na

agropecuária e no extrativismo, sendo as principais culturas: a castanha do Brasil,

o cupuaçu, o açaí, borracha, madeira, cacau e plantas medicinais como: copaíba

e andiroba. Esses produtos da biodiversidade continuam a ser a base econômica

de muitas famílias na Faixa de Fronteira. Apesar de enfrentar crises de preço,

ocasionadas pela concorrência com outros produtos. O extrativismo é uma

atividade que ainda recebe pouco apoio dos órgãos públicos; falta estímulo

econômico e fiscal para seu pleno desenvolvimento.

Se não bastassem todas as dificuldades, a região de fronteira é de difícil

acesso, fica afastada dos grandes centros consumidores e, a falta de

infraestrutura logística encarece o produto final. Somado a tudo isso, a população

tem baixo nível escolar e com pouco grau de organização coletiva.

Grande parte das empresas atua na informalidade, o que dificulta uma

estratégia de desenvolvimento, na qual a combinação de elementos econômicos,

políticos, sociais e institucionais conduzem ao crescimento da produção, do

emprego, da inovação, do progresso tecnológico e à elevação nos níveis de bem-

estar da sociedade.

São muitas as arestas que precisam ser aparadas para se superar a perda

sistêmica na conjugação de velocidade, consistência, capacidade de

movimentação, disponibilidade e frequência na escolha do melhor e mais rápido

caminho para a mercadoria chegar ao consumidor, destino final do produto.

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51

Atualmente os APLs existentes no Estado de Rondônia têm o Município

Sede no Eixo da BR-364, muito além dos 150 km da linha de fronteira, o que

torna difícil a integração dos atores representados pelas organizações públicas e

privadas voltadas para o setor como as universidades, instituições de pesquisa,

empresas de consultoria e de assistência técnica, órgãos públicos, organizações

privadas e não governamentais, entre outros, que ajudam a formar um Arranjo.

Falta para a Faixa de Fronteira vontade política dos Governos no apoio

fundamental para o desenvolvimento dos APLs, ou seja:

a) prover infraestrutura que suporte o crescimento dos APLs;

b) apoiar o ensino e treinamento de mão-de-obra;

c) apoiar atividades e centros de pesquisa e desenvolvimento;

d) financiar investimentos cooperativos que permitam aos empresários atingir

escalas e oferecer serviços especializados antes não disponíveis no APL;

e) fazer investimentos públicos que gerem externalidades;

f) ser interlocutor, estruturador e promover o aperfeiçoamento das entidades

representativas dos empresários da cadeia produtiva.

O Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais - NEAPL/RO, criado

através do Decreto Estadual nº 13666 de 16/06/2008, sob a coordenação da

Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral-SEPLAN,

atualmente é constituído por 28 instituições governamentais e não

governamentais.

Em 2011 foi reiniciada a mobilização do NEAPL RO com a atualização dos

membros do NEAPL RO, totalizando 28 instituições. Neste contexto foram

focadas ações para capacitação e divulgação da Política Estadual de APL,

através da realização de seminários e formação de Grupos Regionais de APL e

estruturação de comitê gestores de APL. Foram identificados novos APLs ficando

atualmente a seguinte configuração:

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APLs Priorizados Pelo NEAPL/RO – MIDIC – Ano 2012

Nº APL Município Polo

1 APL Apicultura Vilhena

2 APL Piscicultura Pimenta Bueno

3* APL Piscicultura Ariquemes

4 APL Pecuária de Leite Ji-Paraná

5 APL SAFs Ouro Preto

6 APL Madeira Móveis Ariquemes

7 APL Fruticultura Porto Velho

8* APL Confecção de Pimenta Bueno/Cacoal; Pimenta Bueno

9* APL Cafeicultura de Cacoal; Cacoal

10* APL Hortigranjeiro em Porto Velho; Porto Velho

11 APL Turismo Guajará Mirim

12** APL Fruticultura Cacoal/ Rolim de Moura Moura Rolim de Moura

13** APL da Sociobiodiversidade da Região do Mamoré

Guajará Mirim

* APLs incluídas em reunião do NEAPL em 2008. ** APLs Inseridas em 2012.

5.5.3 Turismo

Rondônia é um estado com potencial para o turismo de patrimônios

histórico. Guajará-Mirim e Porto Velho, municípios da linha de fronteira e cidades

consideradas históricas, surgiram durante o primeiro ciclo da borracha no Século

XX e com a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

O patrimônio histórico do estado foi valorizado pelo Instituto de Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, com o tombamento da Estrada de Ferro

Madeira Mamoré e diversos materiais a ela relacionados, nos municípios de

Guajará-Mirim e Porto Velho, bem como, o Forte Príncipe da Beira no Município

de Costa Marques. Entretanto, o turismo histórico não tem recebido a devida

atenção das Instituições públicas, só agora estão sendo recuperadas com verbas

de compensações das hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau.

O Estado tem um potencial enorme para o Turismo Ecológico, mas não

dispõe de infraestrutura para receber os turistas.

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53

5.6 Segurança Nacional

O eixo segurança, principalmente no que diz respeito à fronteira, é o mais

bem atendido pelo Governo Federal, através do Ministério da Defesa com o

Programa Calha Norte - PCN e do Ministério da Justiça, visando a Estratégia

Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras - ENAFRON tem destinado

recursos financeiros ao Estado para implantar os projetos previstos no Plano

Integrado de Segurança na Fronteira.

O Plano visa a estruturação da Gerência Especializada em Segurança de

Fronteira – GESFRON/SESDEC, a instalação e estruturação das Unidades, de

delegacias e quartéis em mais de doze Municípios localizados na Faixa de

Fronteira. A ENAFRON ainda prevê futuros investimentos no Estado para

construção e reforma de Unidades Policiais civis e militares localizadas na

fronteira, bem como aquisição de aeronaves e equipamentos para atender as

demandas do núcleo aéreo da SESDEC.

5.7 Inserção e Integração Social

5.7.1 Estudos do IICA

Segundo os estudos do Instituto Interamericano de Cooperação para

Agricultura – IICA (Projeto de Cooperação Técnica para Consolidação das

Políticas Nacionais de Desenvolvimento Regional, 2009/2012) na Faixa de

Fronteira identificaram ações do Governo Federal, através dos ministérios e

órgãos que direta ou indiretamente possuem interface no processo e a conclusão

dos estudos realizados é que, não raro, os órgãos desconheciam as ações e

projetos um dos outros, o que tem ocasionado superposição de esforços em

detrimento de outras áreas mais carentes dentro da Faixa de Fronteira.

Faz-se necessário ações do Governo Federal para coibir duplicidades de

esforços e reduzir os efeitos de descontinuidades no processo de implementação

das políticas públicas para a região.

Analisando o conjunto de programas e ações que compõe o PPA

2008/2011 do Governo Federal, é possível verificar que o Governo Federal possui

apenas um programa com localizador específico para a Faixa de Fronteira, o

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PDFF, cujo orçamento para o ano de 2009, totalizou um montante de R$

337.766.462,00 ou 2,6% do orçamento do Ministério da Integração. “A distribuição

de seus recursos, que nem sempre ocorre de forma equitativa entre os territórios,

havendo invariavelmente uma concentração naqueles de maior poder político

institucional.”

A fronteira do Brasil com a Bolívia se caracteriza pela ausência de

investimentos do Governo Federal, seja em infraestrutura ou social. O

reconhecimento da cidadania é extrema importância na integração regional da

Faixa de Fronteira. Este assunto tem sido objeto de vários protocolos

internacionais em especial no MERCOSUL, como por exemplo, o Acordo entre o

Brasil e o Uruguai que permite ao cidadão Uruguaio, fixar Residência no Brasil,

bem como, estudar e trabalhar. Decretos sobre vigilância sanitária de alimentos e

de animais em zonas de fronteira também foram aprovados, demonstrando uma

maior preocupação com a manutenção de padrões sanitários da produção animal

brasileira de exportação, sujeita a maior controle internacional.

Finalmente, observa-se que várias medidas institucionais adotadas pelo

Governo Federal não tem atendido o Estado de Rondônia. Porém, falta muito a

fazer para que seja incluído Rondônia em território transfronteiriço, bem como, a

parte Boliviana nesta empreitada, sem essa inclusão comprometerá o êxito de

quaisquer programas e projetos da zona de fronteira.

5.7.2 Política sobre Drogas

A Bolívia apesar de ter legalizado o plantio da coca para atender ao milenar

uso pelos nativos em até 12 mil hectares na região do Yungas, de La Paz, é

apontado que no Chapare (Cochabamba) o plantio é ilegal. O relatório de 2011 da

Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes – JIPE aponta que o Estado

Plurinacional da Bolívia tem 31.000 ha sob cultivo ilícito de coca no país, sendo

responsável por 20% do cultivo ilícito de coca na América do Sul.

A produção de coca pelos países tradicionais como Colômbia, Peru e

Bolívia, envolve aproximadamente 1,3 milhão de pessoas, com o cultivo dessa

planta, esses produtores são denominados de cocaleros.

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O aumento significativo desse tipo de produção é resultado do declínio da

produção e dos lucros de culturas lícitas como o feijão e a laranja. A explicação é

que com o cultivo da coca o produtor obtém uma rentabilidade que supera sete

vezes a das outras culturas comuns.

Segundo o Relatório Brasileiro sobre Drogas de 2009 o estado de

Rondônia é o que apresenta as maiores taxas da Região Norte, seguido do

estado de Amazonas com relação a posse para o uso de drogas ilegais, sendo

que a média de Rondônia é de 37,99 enquanto do Amazonas é de 21,26. O

Observatório do Crack, através da Polícia Federal aponta que nos últimos 5 anos,

a coca tem sido plantada cada vez mais próxima da fronteira, para facilitar a

entrada no país.

A fronteira de Rondônia tem 1.342 km de extensão com a Bolívia, fator que

fragiliza o estado pelo fácil acesso a drogas ilícitas. Conforme pesquisas

apresentadas no Livro publicado pela Câmara dos Deputados “Crack, leva

segurança pública a jogar dinheiro no ralo”, no estado de Rondônia 70% dos

presos tem envolvimento com o consumo de drogas, sendo que o percentual de

presos por tráfico é superior aos demais estados em virtude de sua localização

geográfica.

Diante dessa realidade, a área de fronteira é tida pela Secretaria de Estado

de Promoção da Paz - Rondônia como região prioritária na implantação de ações

de prevenção e tratamento de dependentes químicos, uma política de estado de

enfrentamento ao uso indevido de drogas e suas ações irão abranger crianças,

jovens e adultos, reconhecendo que ser livre da dependência das drogas é um

direito humano.

5.8 Sustentabilidade Ambiental

Delimitado geograficamente ao sul e a oeste com a República da Bolívia, o

Estado de Rondônia, em uma faixa demarcada pelos rios Guaporé e Mamoré,

que são partilhados pelo estado de Rondônia/Brasil e o Departamento do

Beni/Bolívia, encontra-se a Área de Fronteira do Brasil/Bolívia. Trata-se de uma

região predominantemente caracterizada pela presença de Áreas Protegidas, sob

jurisdição federal e estadual brasileira, sendo, portanto, uma área que requer

planos de desenvolvimento adequados tanto á condição de área fronteiriça como

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56

com os devidos cuidados à presença das diversas categorias de Unidades de

Conservação, implicando em alguns casos, respeito ás populações nas unidades,

como é o caso das Reservas Extrativistas - Resex‟s, Áreas Indígenas e da

população ribeirinha.

Fato é que em nível de Brasil, há um sistema de leis ambientais que

observam o uso adequado de áreas Protegidas, Sistema Nacional de Unidades

de Conservação - SNUC, assim como certamente deve ocorrer com a Bolívia. É

neste sentido que surgem as necessidades prioritárias de consenso binacional

para atender as demandas.

Neste contexto, alguns questionamentos surgem, tais como atender as

necessidades da população regional sem conflitar com os interesses

socioambientais das populações tradicionais. Não há mais argumentos que

justifiquem o uso do desmatamento como forma de assegurar a posse da terra,

nem o radicalismo de preservar o meio ambiente, sem esquecer que o homem é

parte fundamental deste. Daí porque a ordem é a da sustentabilidade ambiental.

Mas no que implica a sustentabilidade ambiental dentro do segmento de

fronteira entre países? É fundamental destacar que este é um processo a ser

construído entre ambos os países envolvidos, para que as necessidades que são

bilaterais sejam atendidas unilateralmente, o que vem ocorrendo timidamente há

algum tempo, como o que se deu em de 2003.

Em junho de 2003, na cidade de Trinidad, capital do Departamento de

Beni, autoridades do Estado de Rondônia e do país fronteiriço firmaram o

documento de integração denominado Declaração Trinidad e Agenda do Meio

Ambiente Rondônia – Beni, cuja principal finalidade principal era o de concretizar

ações tendentes ao cumprimento do princípio fundamental da terra sobre o

desenvolvimento sustentável, e tratar sobre os assuntos do meio ambiente como

aspectos prioritários e fundamentais, analisando as possibilidades de

aproveitamento das potencialidades da região amazônica, rica em recursos

naturais, recursos genéticos e diversidade biológica. Tais medidas deveriam ser

desenvolvidas no ano de 2006 em relação à política de meio-ambiente dos dois

países. Em que pese a relevância do assunto, até o momento não há maiores

referências atuais sobre o assunto, estando este como um dos pontos de pauta a

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ser retomado entre os países envolvidos, especialmente num momento em que

projetos envolvendo ao Brasil e a Bolívia encontram-se na pauta das ações

governamentais.

Parque Nacional de Pacaás Novos

Fonte: Carlos Rangel (blogspot.com - Pacaas Novos)

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II POLITICA FRONTEIRIÇA REGIONAL

1 Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR)

Atualmente a base territorial das ações do Governo Federal para a Faixa

de Fronteira estabelece como áreas de planejamento três grandes Arcos,

definidos a partir da proposta de reestruturação do Programa de Desenvolvimento

da Faixa de Fronteira - PDFF – 2005, com base na Política Nacional de

Desenvolvimento Regional - PNDR do Ministério da Integração. O primeiro é o

Arco Norte que compreende a Faixa de Fronteira dos Estados do Amapá, Pará,

Amazonas e os Estados de Roraima e Acre, o segundo é o Arco Central, que

compreende a Faixa de Fronteira dos Estados de Rondônia, Mato Grosso e Mato

Grosso do Sul e o terceiro é o Arco Sul, que inclui a fronteira dos Estados do

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O Arco Central abrange a Faixa de Fronteira dos Estados de Rondônia,

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Oito sub-regiões foram identificadas, um

indicador de grande diversidade nos tipos de organização territorial. A unidade do

Arco deriva do caráter de transição entre a Amazônia e o Centro-Sul do país e de

sua posição central no subcontinente. É nele que se encontram as duas grandes

bacias hidrográficas sul-americanas, a Bacia Amazônica e a Bacia do Paraná–

Paraguai. Como nos outros Arcos, diferenças na base produtiva e na identidade

cultural foram os critérios para a divisão em sub-regiões.

A maior parte da população do Arco Central concentra no eixo da BR-364 e

da hidrovia rio Madeira, sendo 80% urbana, a principal cidade Porto Velho que

concentra o maior número das indústrias de alimentos, as indústrias de

confecções, desdobramentos de madeira, metalomecânica e de construção, além

de importante rede hoteleira. A polarização exercida por Porto Velho dificulta o

crescimento de empreendimentos industriais no restante da sub-região. Outro

problema relevante neste arco é o tráfico de drogas existente, que estimula e

reforça correntes de contrabando na fronteira.

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O Arco Norte e o Arco Central configuram-se como uma região pouco

desenvolvida economicamente, historicamente abandonada pelo Estado,

marcada pela dificuldade de acesso a bens e serviços públicos, pela falta de

coesão social, pela inobservância de cidadania e por problemas peculiares às

regiões fronteiriças.

Ilustração dos Arcos e Sub-Regiões da Fronteira

Fonte: MI/SPR/PDFF – 2009

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Relação dos Municípios dentro do Arco Central e Sub-Regiões de Fronteira

Sub-Região VII: Campo Novo de Rondônia, Buritis, Guajará-Mirim, Nova Mamoré

e Porto Velho, no Estado de Rondônia.

Sub-Região VIII: Costa Marques, Seringueiras, São Miguel do Guaporé,

Alvorada, Nova Brasilândia d‟Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Rolim de Moura,

Alta Floresta d‟Oeste, São Francisco do Guaporé, Alto Alegre dos Parecis,

Corumbiara, Cerejeiras, Pimenteiras do Oeste e Cabixi, no Estado de Rondônia.

Sub-Região IX: Chupinguaia, Colorado do Oeste, Parecis, Pimenta Bueno,

Primavera de Rondônia, Santa Luzia d‟Oeste, São Felipe do Oeste e Vilhena, no

Estado de Rondônia.

O Projeto Norte Competitivo – PNC, o Desenvolvimento da Amazônia

Legal analisou a complexa realidade socioambiental e geográfica da Região

Norte, propondo a implementação de uma infraestrutura de transporte, baseada

em eixos de desenvolvimento, que forme um sistema de logística integrado, sem

fronteiras estaduais, e intermodal, privilegiando aqueles de menor custo.

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São muitas as arestas que precisam ser aparadas para se superar a perda

sistêmica na conjugação de velocidade, consistência, capacidade de

movimentação, disponibilidade e frequência na escolha do melhor e mais rápido

caminho para a mercadoria chegar ao seu destino integrando diversas

modalidades de transporte.

O alto custo da logística do transporte de cargas no Brasil se deve a falta

de investimentos, o país investe em infraestrutura de transporte, em média,

apenas 0,49% do PIB ao ano, enquanto a China investe 5%, a Índia, 4%, e a

Rússia, 5%1. O custo da logística no Brasil é de 12,6% do PIB. Nos Estados

Unidos tal valor baixa para 8,2%. No caso dos transportes, o custo no Brasil é de

7,5% do PIB, e nos Estados Unidos, de 5%; em armazenagem, Brasil e Estados

Unidos gastam 0,7%; em estoques, Brasil gasta 3,9% e Estados Unidos, 2,1%;

em administração, o gasto do Brasil é 0,5% e dos Estados Unidos, 0,4%.

Segundo pesquisa do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa o 104°

lugar em qualidade de infraestrutura de transporte, sendo o 110° lugar em

rodovias; o 91° em ferrovias; o 122° em aerovias e o 130° em portos.

Os congestionamentos que ocorrem em portos nacionais importantes no

escoamento da safra agrícola, como Santos (SP) e Paranaguá (PR), mostram a

deficiência da nossa logística para participar com competitividade do mercado

global.

O país necessita urgentemente de implantar um processo de planejamento

estratégico que lhe permita gastar bem os poucos recursos disponíveis para a

infraestrutura de transporte. Implementar ações prioritárias para evolução da

multimodalidade e para dar maior fluidez à produção, por meio da integração

eficiente e moderna dos portos, estradas, ferrovias, hidrovias, aeroportos e

dutovias.

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2 Abrangência do Plano

O Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira do Estado de

Rondônia é voltado para os municípios que fazem fronteira ou estão na faixa dos

150 km da linha de fronteira, veja a relação nos quadros a baixo.

Indicadores dos Municípios da Faixa de Fronteira de Rondônia

RELAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA FAIXA DE FRONTEIRA - PIB E POPULAÇÃO (ano - 2009)

Município Classificação PIB (R$ mil) Ren. Perc.

R$ População

Alta Floresta d'Oeste linha de fronteira 305.759 12.816 23.857

Alto Alegre do Parecis linha de fronteira 160.795 13.844 11.615

Alvorada d'Oeste Faixa de Fronteira 159.415 9.670 16.485

Buritis Faixa de Fronteira 326.337 9.867 33.072

Cabixi linha de fronteira 104.579 15.906 6.575

Campo Novo de Rondônia Faixa de Fronteira 132.687 10.653 12.455

Cerejeiras Faixa de Fronteira 231.911 14.236 16.290

Chupinguaia Faixa de Fronteira 184.095 24.691 7.456

Colorado do Oeste Faixa de Fronteira 212.184 12.026 17.644

Corumbiara Faixa de Fronteira 192.810 20.347 9.476

Costa Marques linha de fronteira 120.065 8.787 13.664

Guajará-Mirim cidade-gêmea 489.899 12.418 39.451

Nova Brasilândia d'Oeste Faixa de Fronteira 163.248 9.508 17.170

Nova Mamoré linha de fronteira 226.440 10.700 21.162

Novo Horizonte do Oeste Faixa de Fronteira 113.288 11.742 9.648

Parecis Faixa de Fronteira 83.712 18.266 4.583

Pimenta Bueno Faixa de Fronteira 513.632 15.615 32.893

Pimenteiras do Oeste linha de fronteira 68.966 29.248 2.358

Porto Velho linha de fronteira 6.607.642 17.890 369.345

Primavera de Rondônia Faixa de Fronteira 45.551 12.298 3.704

Rolim de Moura Faixa de Fronteira 520.220 10.640 48.894

Santa Luzia d'Oeste Faixa de Fronteira 114.668 12.378 9.264

São Felipe d'Oeste Faixa de Fronteira 71.719 11.409 6.286

São Francisco do Guaporé linha de fronteira 204.592 13.023 15.710

São Miguel do Guaporé Faixa de Fronteira 283.619 12.537 22.622

Seringueiras Faixa de Fronteira 130.260 11.079 11.757

Vilhena Faixa de Fronteira 1.187.764 17.795 66.746

TOTAL 12.955.857

850.182

IBGE/SEPLAN/RO

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Número de Indústrias e empregos por municípios na Faixa de Fronteira veja o quadro a baixo.

N° DE INDUSTRIAS E EMPREGOS NOS MUNICÍPIOS DA FAIXA DE FRONTEIRA

Ord. Municípios (RO) Classificação Total

Indústrias Total

Empregados

1 Alta Floresta d'Oeste linha de fronteira 71 60

2 Alto Alegre do Parecis linha de fronteira 16 27

3 Alvorada d'Oeste Faixa de Fronteira 29 17

4 Buritis Faixa de Fronteira 69 32

5 Cabixi linha de fronteira 8 4

6 Campo Novo de Ro Faixa de Fronteira 16 27

7 Cerejeiras Faixa de Fronteira 68 100

8 Chupinguaia Faixa de Fronteira 17 1025

9 Colorado do Oeste Faixa de Fronteira 51 194

10 Corumbiara Faixa de Fronteira 16 2

11 Costa Marques linha de fronteira 24 9

12 Guajará-Mirim cidade-gêmea 58 98

13 Nova Brasilândia d'Oeste Faixa de Fronteira 36 42

14 Nova Mamoré linha de fronteira 14 18

15 Novo Horizonte do Oeste Faixa de Fronteira 9 2

16 Parecis Faixa de Fronteira 3

17 Pimenta Bueno Faixa de Fronteira 238 658

18 Pimenteiras do Oeste linha de fronteira 1

19 Porto Velho linha de fronteira 1.863 15266

20 Primavera de Rondônia Faixa de Fronteira 3

21 Rolim de Moura Faixa de Fronteira 246 1783

22 Santa Luzia d'Oeste Faixa de Fronteira 22 106

23 São Felipe d'Oeste Faixa de Fronteira 7 3

24 São Francisco do Guaporé linha de fronteira 50 87

25 São Miguel do Guaporé Faixa de Fronteira 50 1095

26 Seringueiras Faixa de Fronteira 5 29

27 Vilhena Faixa de Fronteira 478 2218

Total: 3.468 22.902

Fonte: FIERO/Rondônia

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Mapa dos Municípios da Faixa de Fronteira Com a Bolívia

Indicadores da Participação dos Municípios da Faixa de Fronteira Rondônia

Indicadores da Participação dos Municípios de Fronteira em Rondônia

População Total de Rondônia (IBGE 2011) 1.576.423 hab.

PIB do Estado de Rondônia (1000 R$) R$ 20.236.000

Área Total de Rondônia 237.590,86km²

População MRF de Rondônia 850.182 hab.

PIB MRF de Rondônia R$ 12.955.857

Área MRF de Rondônia 163.375,50

Taxa de Representação Populacional (População MRF/População Total)

59,02 %

Taxa de Representação Econômica (PIB MRF/PIB Total) 64,05 %

Taxa de Representação Territorial (Área MRF/Área Total) 68,77 %

Fonte: MI/SPR/PDFF – 2009

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2.1. Cidades, Comunidades e Áreas Protegidas na Linha de Fronteira

A linha de fronteira com a Bolívia no vale dos Rios Guaporé e Mamoré

trata-se de uma região predominantemente caracterizada pela presença de Áreas

Protegidas, sob jurisdição federal e estadual, portanto, requer planos de

desenvolvimento adequado a questão ambiental e a condição de área fronteiriça.

A região conta com diversas categorias de Unidades de Conservação,

como também, existem vários tipos de populações presentes nas unidades, como

é o caso das Reservas Extrativistas - Resex‟s, Áreas Indígenas e da população

ribeirinha, povoados e cidades.

2.1.1 Cidades na Linha de Fronteira:

Brasil - Pimenteira, Costa Marques e Guajará-Mirim;

Bolívia - Guayaramerin.

2.1.2 Comunidades na Linha de Fronteira:

Brasil - Santa Cruz, 03 de Julho, Flor de Ouro, Acurizal, Ilhas das Flores,

Laranjeiras, Porto Rolim, Santo Antonio, Pedras Negras, Pau D óleo, Santa Fé,

Mequéns, Forte Príncipe, Surpresa, Sagarana, Pacaás Novos.

Bolívia - Cafetal, Suzana, Matrinxã, Versalhes, Bellas Vistas, Taquaral e

Mateguá.

2.1.3 Áreas Protegidas na Fronteira (Brasil):

Reserva Extrativista do Pacaás Novos, Reserva Extrativista do Rio

Cautário, Reserva Extrativista de Pedras Negras, Reserva Extrativista do

Curralinho, Reserva biológica do Guaporé, Parque Estadual Serra dos Reis,

Parque Estadual de Curumbiara, Terra Indígena ribeirão, Terra Indígena Lages

Terra Indígena de Pacaás Novos e Terra Indígena do Rio Guaporé.

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66

Mapas das Reservas e Áreas Protegidas de Rondõnia

Fonte: SEDAM 2010

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67

3 Ações em Curso na Faixa de Fronteira

3.1. Educação

- Escola Técnica Binacional

3.1.1 Escola Técnica Binacional

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - IFRO

e a Prefeitura de Guajará-Mirim implantaram no município o Polo Binacional de

Educação a Distância.

Iniciou as suas atividades em 2011, provisoriamente na Escola Municipal

de Educação Infantil e Ensino Fundamental José Carlos Neri. (Av. Almerindo

Ribeiro dos Santos, Bairro Próspero) instalações cedidas pela Prefeitura.

Os cursos oferecidos serão de Nível Técnico (médio), no total de 150

vagas. Abaixo relação dos cursos inicialmente oferecidos:

- Técnico em Eventos - 30 vagas;

- Técnico em Logística - 30 vagas;

- Técnico em Meio Ambiente - 30 vagas;

- Técnico em Reabilitação de Dependente Químico - 30 vagas;

- Técnico em Segurança do Trabalho - 30 vagas.

3.2. Saúde

- SIS Fronteira

- Vigilância Sanitária Animal

3.2.1 SIS Fronteira

Projeto Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS (Ministério da

Saúde) voltado para os municípios da linha de fronteira, na formulação e

acompanhamento das políticas de saúde, visando à implementação de ações de

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vigilância em saúde, garantir o acesso dos usuários aos serviços de média e alta

complexidade de forma ágil e resolutiva, reestruturação da assistência

farmacêutica nos municípios de fronteira, efetividade da Secretaria Municipal de

Saúde como unidade gestora do Sistema Único de Saúde.

O projeto já concluiu o Diagnóstico em todos os Municípios da Linha de

Fronteira e está na fase de elaboração de plano operacional.

3.2.2 Vigilância Sanitária Animal

A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia -

IDARON, com base no Convênio de Sanidade Animal em áreas de fronteira

Brasil/Bolívia, promulgado pelo Decreto nº 83.309, de 04 de abril de 1979, no

Memorando de Entendimento sobre Cooperação Técnica entre as autoridades

sanitárias da República Federativa do Brasil e da República da Bolívia, de 27 de

março de 2003 e na Portaria nº 051 – SDA/MAPA, de 07 de agosto de 2003, criou

um grupo objetivando desenvolver as atividades na Região de Fronteira entre a

República Federativa do Brasil e a República da Bolívia, que venham buscar

solução para resolver os problemas suscitados na referida fronteira visando a

erradicação da Febre Aftosa.

Apoiou durante o período de 01 de dezembro de 2011 a 25 de janeiro de

2012, com distância aproximada de até 89,18 Km, em alguns trechos da fronteira

entre o Estado de Rondônia com o Departamento de Beni e a participação de 6

Órgãos: Superintendência Federal de Agricultura em Rondônia - SFA/RO;

Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia - IDARON;

Fundo de Apoio à Defesa Sanitária Animal do Estado de Rondônia - FEFA/RO;

Serviço Nacional de Sanidad Agropecuária e Inocuidad Alimentaria da Bolívia -

SENASAG/BO; Federação dos Ganadeiros do Departamento do Beni -

FEGABENI/BO.

3.3. Infraestrutura

- Ponte em Abunã

- Ponte em Porto Velho

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- Hidroelétrica de Santo Antônio

- Hidroelétrica de Jirau

- Pavimentação BR-435

- Pavimentação BR-429

- Hidrovia do Baixo Madeira

- Sistema de Esgoto Guajará-Mirim

3.3.1 Ponte Sobre o rio Madeira em Abunã/RO - BR-364

A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento PAC-2, com

um custo estimado em R$ 190 milhões. Sua extensão é de aproximadamente

1.200 metros. Órgão executor: DNIT/MT. A Licença de Instalação foi emitida em

11/03/2009 pelo órgão estadual. O Projeto Executivo foi aprovado em 05/07/2007.

O DNIT pretende licitar a obra até julho/2013, com previsão para o Início da

obra ainda em 2013.

3.3.2 Ponte Sobre o rio Madeira em Porto Velho/RO - BR-319

Ponte com extensão de 975 metros sobre o rio Madeira, em Porto Velho na

BR-319 ligando ao Amazonas e Roraima. A obra está em execução com previsão

de entrega para o mês de março de 2013. A ponte está orçada em R$ 220

milhões, sob a responsabilidade do DNIT.

3.3.3 Hidroelétrica de Santo Antônio (rio Madeira)

O critério básico para a constituição do projeto foi o desenvolvimento de

soluções de engenharia e equipamentos que produzissem os menores impactos

socioambientais possíveis e, ao mesmo tempo, permitindo a maior capacidade de

geração de energia. Considerado referência em construção de hidrelétrica de

forma sustentável, o projeto envolve tecnologia de última geração - menos

agressiva ao meio ambiente. Além disso, é a primeira vez que uma usina do tipo

fio d‟água (queda de apenas 13,9 metros) é construída na Bacia Amazônica.

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70

De acordo com o projeto, o reservatório da UHE Santo Antônio terá uma

área de 350 km², o que significa uma ótima relação entre área alagada e potência

instalada, considerando outras hidrelétricas na região de planície da Amazônia. O

rio Madeira tem vazão que varia de 4 mil m³ por segundo na época de seca e 45

mil m³ por segundo na cheia. Por esse motivo, a turbina adotada é do tipo bulbo,

mais adequada às condições deste rio, com grandes volumes e velocidade de

água, porque eliminam a necessidade de reservatórios de grande porte. As áreas

inundadas serão praticamente as mesmas que ocorrem durante as cheias anuais

do rio Madeira.

Informações Técnicas: A Hidroelétrica Santo Antônio está 7 km de Porto

Velho, investimentos da ordem de R$ 15,1 bilhões, Queda d‟água 13,9 metros,

Potência 3.150 MW, turbinas 44 Tipo Bulbo, Sistemas de transmissão corrente

contínua e alternada, obra prevista no PAC. Previsão de conclusão em 2014.

3.3.4 Hidroelétrica de Jirau (rio Madeira)

A Usina Hidrelétrica de Jirau é uma usina hidrelétrica em construção no

rio Madeira, a 120 km de Porto Velho, em Rondônia. Foi planejada para ter um

reservatório de 258 km². A usina terá capacidade instalada de 3.750MW, gerada

por 50 turbinas do tipo bulbo. A obra faz parte do Complexo do rio Madeira. Custo

inicial de R$ 15,4 bilhões de reais.

A construção está a cargo do consórcio "Energia Sustentável do Brasil -

ESBR", formado pelas empresas Suez Energy (50.1%), Eletrosul (20%), Chesf

(20%) e Camargo Corrêa (9,9%). A conclusão prevista para meados de 2014,

obra prevista no PAC.

3.3.5 Pavimentação de BR-435 (Vilhena a Pimenteiras antiga RO-399)

Rodovia Federal que dá acesso a linha de fronteira ao sul do estado

ligando a cidade de Vilhena a Pimenteiras. As obras estão paralisadas, restando

pavimentar 37 km para chegar a Pimenteira. Valor aproximadamente de R$

53.333.000,00, para concluir a pavimentação.

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71

3.3.6 Pavimentação de BR-429 (Presidente Médici a Costa Marques)

Rodovia Federal que liga a cidade de Presidente Médici a Costa Marques

parte central da linha de fronteira. As obras estão em andamento e o valor

previsto é de R$ 388.600.000,00; término para 2014.

3.3.7 Hidrovia do Baixo Madeira (Porto Velho-Itacoatiara)

O Governo Federal vem investindo na melhora da navegabilidade no Rio

Madeira e modernização do terminal de carga de Porto Velho/RO, incluindo

ampliação e aquisição de equipamentos. A Hidrovia do Baixo Madeira, trecho

entre a cidade de Porto Velho (RO) e a cidade de Itacoatiara (AM) de 1.156 km,

receberá investimentos que chegam à cifra de R$ 190 milhões, para a adequação

do corredor do rio Madeira. O DNIT se encarregará dos estudos (EVTEA), do

projeto de manutenção e da realização das respectivas obras de manutenção:

dragagem, sinalização e balizamento em todo o corredor. Meta: dragagem de

6,16 milhões de m3, com investimentos de R$ 140 milhões, sendo R$ 11 milhões

para estudos e projetos. Executor: DNIT/CODOMAR/AHIMOC.

Os Projetos Básicos da dragagem e da sinalização estão finalizados. Os

editais para a contratação dos serviços de dragagem, sinalização, monitoramento

e educação ambiental devem ser lançados até o final de julho/2012.

3.3.8 Sistema de Esgoto

O Sistema de Esgoto de Guajará-Mirim está sendo executado com

recursos federais, administrado pela Fundação Nacional de Saúde – FUNASA.

Atualmente já executou aproximadamente 10% da malha urbana. Valor estimado

em R$ 55 milhões.

As demais cidades na linha de fronteira não têm sistema de esgoto.

3.4 Área Econômica

- Área de Livre Comércio Guajará-Mirim (SUFRAMA)

- SUDAM

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3.4.1 Áreas de Livre Comércio – ALCs – (Ministério de Desenvolvimento

Indústria e Comércio Exterior – MDIC)

Áreas de Livre Comércio - ALC Guajará-Mirim/RO, criada no Município de

Guajará-Mirim, através da Lei no. 8.210/1991, uma área de livre comércio de

importação e exportação, sob o regime fiscal especial, com a finalidade de

promover o desenvolvimento das regiões fronteiriças do extremo noroeste do

Estado e com o objetivo de incrementar as relações bilaterais com os países

vizinhos, segundo a política de integração latino-americana.

3.4.2 SUDAM

Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia tem fundamental

importância para o desenvolvimento de toda a região amazônica, uma das

principais ferramentas de atração de projetos empreendedores que gerem

empregos diretos e indiretos e renda para a população amazônica, garantindo a

agregação de valor e dando competitividade aos nossos produtos, as vantagens

para os empresários investirem na Amazônia como o DA REDUÇÃO FIXA DE

75% DO IMPOSTO SOBRE A RENDA E ADICIONAIS NÃO RESTITUÍVEIS (Art

13 da Lei nº 4.239, de 27 de junho de 1963).

3.5 Segurança

- Programa Calha Norte

- Plano Integrado de Segurança na Fronteira (ENAFRON)

3.5.1 Programa Calha Norte

O Programa Calha Norte - PCN (Ministério da Defesa) foi criado em 1985

pelo Governo Federal com o objetivo de “aumentar a presença do poder público

na região contribuindo para a defesa nacional, proporcionando assistência às

suas populações e fixando o homem na Região”, visa promover a ocupação e o

desenvolvimento ordenado da Amazônia Setentrional. A implementação do

programa tem encontrado algumas dificuldades, como por exemplo, os vazios

Page 74: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

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demográficos, causados pelos obstáculos naturais, a pouca presença dos

equipamentos estatais, principalmente nas áreas de saúde, comunicação,

educação e transporte.

3.5.2 Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (ENAFRON)

– SENASP/Ministério da Justiça

Plano Integrado de Segurança na Fronteira do Estado de Rondônia.

OBJETIVO GERAL - Integrar ações do Estado de Rondônia e Governo Federal

para a redução da criminalidade, garantindo a manutenção e preservação da

ordem pública na Faixa de Fronteira, inibindo os fatores geradores da violência,

bem como promover as condições favoráveis ao desenvolvimento regional;

implantar medidas para a fiscalização efetiva e eficiente e consequente redução

anual dos índices de crimes praticados na Faixa de Fronteira; exercer maior

controle sobre a fronteira brasileira, especialmente no que se refere aos crimes de

narcotráfico, tráfico de armas, munições e crimes contra a vida, de forma

permanente, com reflexos entre 2012 e 2018.

Atendendo aos termos do acordo firmado com o Governo Federal, no

sentido de implementar e criar uma unidade integrada de policiamento

especializado para atender às comunidades englobadas pela Faixa de Fronteira e

divisas, fez urgente e necessária a criação da Gerência Especializada em

Segurança de Fronteira – GESFRON/SESDEC, no âmbito da Secretaria de

Segurança, a qual será articulada em 12 (doze) Unidades Especializadas em

Segurança de Fronteiras (UNESFRON).

As bases das UNESFRON serão instaladas em unidades policiais (quartéis

ou delegacias) já existentes nos Municípios localizadas na Faixa de Fronteira ou

construídas se necessário, estas bases servirão como pontos de apoio para

ações e operações desenvolvidas pelas unidades na região onde estiverem

sediadas e estas Unidades serão instaladas conforme ilustra a figura abaixo.

Page 75: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

74

Localização das UNESFRON no Estado de Rondônia

Resultados Esperados - Com a construção de instalações físicas

adequadas, aquisição de equipamentos, armamentos, munições letais e não

letais, equipamento de proteção individual, viaturas, embarcações, aeronaves e

criação de equipes de investigação, perícia, estatística e análise criminal objetiva-

se, na Faixa de Fronteira, obter os seguintes resultados:

- Redução anualmente dos índices de crimes praticados contra a vida,

narcotráfico, tráfico de armas e munições, tráfico de pessoas, abigeato, além de

outros delitos característicos da Faixa de Fronteira a partir de 2012, e a

consequente manutenção dos índices de forma permanente;

- Aumentar substancialmente a apreensão de drogas, materiais oriundos

de descaminho e contrabando, animais oriundo do trafico, além da prisão de

criminosos em cometimento de delitos relacionados com a fronteira;

- Localizar, identificar, mapear e catalogar locais, instrumentos, pessoas e

atividades ou ações que tenham ligação com crimes transfronteiriços;

- Maior controle da entrada de estrangeiros no país;

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- Coibir a prática de crimes contra o meio ambiente;

- Diminuição da evasão de divisas;

- Diminuição dos roubos de veículos;

- Maior fiscalização à entrada de produtos estrangeiros no país;

- Maior arrecadação do fisco federal e estadual;

- Maior controle das fronteiras, portos e aeroportos.

3.6 Sócio-Político

- Consórcio Bi-Nacional – CBDIS

Existem algumas iniciativas da sociedade civil no âmbito da Faixa de

Fronteira, as quais estão vinculadas aos interesses comuns de brasileiros e

bolivianos, através dos municípios de Guajará-Mirim (Rondônia/Brasil) e

Guayaramerin (Beni/Bolívia), para o desenvolvimento sustentável.

Nesse sentido, foi criado logo nos primeiros anos da década de 2000, o

Comitê Bi-Nacional de Fronteira, uma instituição internacional de caráter não

governamental e sem fins lucrativos, composta em sua estrutura organizacional

por brasileiros e bolivianos, demonstrando que é possível caminhar juntos quando

se trata de problemas comuns entre as cidades gêmeas.

Em 2011 foi criado o Consórcio Bi-Nacional para a Integração e

Desenvolvimento Sustentável – CBDIS, também uma entidade não

governamental e sem fins lucrativos que busca a integração sociocultural,

econômica e tecnológica da Faixa de Fronteira entre o Brasil e a Bolívia, através

da discussão das grandes obras de infraestrutura que estão sendo executadas e

em planejamento para a referida região.

Page 77: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

76

III ESTRATÉGIA PROPOSTA

O Estado na construção de uma nova Política para a Faixa de Fronteira

com a Bolívia, alinhada com a Política do Governo Federal, para diminuir as

desigualdades regionais e integração nacional é histórica por ser o primeiro plano

participativo de entidades públicas e sociedade organizada, voltado para a Faixa

de Fronteira de Rondônia e Bolívia.

A proposta elaborada pelo Núcleo Estadual tem como objetivo estruturar as

ações do plano em eixos temáticos, elencando projetos e programas integradores

para a região fronteiriça que vise a inclusão socioeconômica, melhoria da

qualidade de vida e preservação ambiental.

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1 Modelo de Desenvolvimento Para Faixa de Fronteira

O desenvolvimento de uma região tem que ser fundamentado na cultura,

nos costumes e nos anseios das comunidades locais. O PDIF de Rondônia não

poderia ser diferente para uma região de fronteira com característica tão peculiar

e ao mesmo tempo, tão carente de apoio dos governantes, que ao longo de sua

história vem sobrevivendo sem as mínimas condições de infraestrutura básica,

como: sistema de esgoto, água tratada e equipamentos comunitários tão

importantes para a vida urbana. A proposta do PDIF visa a integração das

políticas públicas e as ações das três esferas governamentais, somado a

participação da comunidade local na busca dos anseios coletivos e integradores

da população transfronteiriça, visando o empoderamento e sustentabilidade com

qualidade de vida.

Audiências Públicas na Faixa de Fronteira

Foto: Natan Oliveira

Page 79: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

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2 Política de Desenvolvimento Regional Fronteiriça

Historicamente, os governos vêm atuando nas fronteiras de forma

fragmentada e sem uma estratégia indutora do Governo Federal, adicione-se a

isto, a necessidade de elaborar o PDIF com vínculo às políticas de

desenvolvimento regional socioeconômico do Governo Federal.

Governo Federal

- PDFF – Plano de Desenvolvimento da Faixa de Fronteira

- PDR – Plano de Desenvolvimento Regional

- PRDA - Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia

- Brasil Maior

- Brasil Sem Miséria

- Cidade Digital

Governo Estadual

- PDIF – Plano de Desenvolvimento Integrado da Faixa de Fronteira

-„ PIDISE – Programa Integrado de Desenvolvimento de Inclusão

Socioeconômico

- Plano FutuRO

A estratégia de atuação proposta pelo PDIF visa a interação com todos os

programas do Governo Federal e os programas do Governo Estadual buscando a

eficiência na atenção das metas prioritárias do governo, referentes ao

desenvolvimento e integração regional, a qual seguirá três grandes linhas de

ação: a primeira ação é alinhar e priorizar todos os programas sociais do

Governo Federal com o Governo Estadual para as Cidades Gêmeas e as cidades

da Linha de Fronteira. A segunda é a Integração dos Planos de Desenvolvimento

PDFF, PDR e PRDA do Governo Federal com o PDIF e PIDISE Governo

Page 80: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

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Estadual, também os priorizando para as Cidades Gêmeas e as Cidades da Linha

de Fronteira. A terceira será a extensão para toda a Faixa de Fronteira, visando a

Melhoria das Condições Econômicas, Sociais e de Cidadania das comunidades

locais.

2.1 Desenvolvimento Social Integrado das Cidades-Gêmeas

Inicialmente a maior parte das ações será concentrada na Linha de

Fronteira, tendo como base as potencialidades locais, de ambos os lados das

cidades contíguas, que constituem uma oportunidade para fortalecer e catalisar

os processos de integração social e institucional fundamentais para a

competitividade. Posteriormente, se estenderá a todos os municípios da Faixa de

Fronteira, fortalecendo suas potencialidades produtivas voltadas para geração de

emprego e renda.

O Governo do Estado em observância às diretrizes e metas dos Programas

sociais do Governo Federal, como Plano Brasil Sem Miséria, Brasil Maior entre

outros, alinhou-se o PDIF e seu planejamento estratégico do Plano FutuRO,

definindo como uma de suas metas, a superação da pobreza e a erradicação da

extrema pobreza nas zonas rural e urbana da Faixa de Fronteira. As famílias

extremamente pobres que ainda não são atendidas serão localizadas,

monitoradas e incluídas de forma integrada nos mais diversos programas, de

acordo com as suas necessidades.

O Plano FutuRO visa a defesa dos direitos de cidadania, proteção dos

segmentos mais vulneráveis, tendo como prioridade o combate a pobreza e

extrema pobreza no Estado, melhorando as condições de vida das classes menos

favorecidas, com exigências da rentabilidade econômica; universalização dos

direitos sociais; respeito à dignidade do Cidadão. Garantir o acesso social básico

nas áreas de ciência e tecnologia, habitação, educação, segurança, saúde,

esporte, lazer e cultura, meio ambiente, justiça, trabalho e geração de renda.

Como também, a divulgação ampla dos benefícios, serviços,

programas e projetos assistenciais e Políticas Públicas alinhadas com o Governo

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80

Federal, tendo em vista à plena garantia dos direitos e ao verdadeiro

desenvolvimento social com prioridade máxima à redução da pobreza.

Dados preliminares do IBGE 2010 afirmam que 59% dessas famílias

nesta faixa de renda residem na zona rural. Já famílias sem rendimento ou renda

de R$ 71,00 a R$ 140,00 reais per capta sua maior concentração, cerca de 63%

residem na zona urbana. O público do Plano FutuRO, na sua totalidade, é

famílias com renda per capta entre R$ 0 a 140,00 reais residentes na zona urbana

e rural que totalizam em 304.632 pessoas distribuídas em 52 municípios do

Estado até o ano de 2015.

2.2 Articulação das Prioridades das Mesorregiões, PDFF, PDRA e

Programas de Desenvolvimento Regional e O PDIF do Estado de Rondônia.

Quatro mesorregiões em que o Governo Federal já vem atuando de forma

importante – Alto Solimões (AM), Vale do Rio Acre (AM e AC), Grande Fronteira

do MERCOSUL (PR, SC e RS) e Metade Sul do Rio Grande do Sul (RS) –

encontram-se em áreas coincidentes com a Faixa de Fronteira.

Essas mesorregiões são beneficiadas pelas ações do PDFF e PDR de

modo que, complementarmente, os programas em questão possam garantir o

desenvolvimento sustentável dessas sub-regiões que já estão em processo de

consolidação de uma base local de desenvolvimento, envolvendo articulação de

estratégias e ações do Governo Federal com os Estados, Municípios e as

sociedades locais organizadas. Visando esta estratégia de desenvolvimento do

Governo Federal, o Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira PDIF do

Estado de Rondônia constitui uma oportunidade para o aproveitamento de

sinergias das ações públicas e privadas para a Faixa de Fronteira com a Bolívia.

2.3 Melhoria das Condições Econômicas, Sociais e de Cidadania das Sub-

regiões que Compõem a Faixa de Fronteira

As ações aqui propostas têm o objetivo de articular os atores da Faixa de

Fronteira em torno de projetos de desenvolvimento comuns e de construção de

percepções da realidade local e sub-regional, assim como provocar a elaboração

Page 82: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

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de agenda para a superação dos obstáculos e utilização das potencialidades,

englobando, em sua estratégia de atuação, o fortalecimento da sociedade civil, o

incentivo a Arranjos Produtivos Locais - APLs, a promoção da articulação dos

atores e o estímulo à infraestrutura econômica, social e gerencial.

2.4 Interação PDIF Com as Ações Prioritária do PIDISE - Programa

Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica do Governo de

Rondônia

O Programa Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica do

Estado de Rondônia PIDISE tem em seu objetivo geral a ampliação e

modernização da infraestrutura social e econômica do estado, através da

organização do processo de desenvolvimento, com sustentabilidade e inclusão

social. O Programa trará benefício para toda a população do estado

especialmente as dos municípios localizados no eixo da BR 364, complexo

Hidrelétrico do Rio Madeira e Linhas de Transmissão de Energia Elétrica. De

forma integrada, serão beneficiários diretos do projeto os pequenos e médios

produtores da cadeia produtiva do pescado e da agroindústria; famílias de baixa

renda contempladas em programas de proteção social e de habitação;

comunidades escolares da área rural e urbana, usuários dos serviços públicos de

segurança, saúde, saneamento, empresários e instituições públicas.

Serão investidos através de empréstimo financiado pelo BNDES no valor

de R$ 488.364.300,00 com contrapartida de R$ 54.262.700,00 do Governo do

estado de Rondônia totalizando um investimento do programa de R$

542.627.000,00 que serão empregados numa estrutura de 10 programas quais

sejam:

Quadro Resumo dos Investimentos do PIDISE

COMPONENTES Valor em R$ 1,00

Segurança Pública e Direitos Humanos 111.446.000,00

Ampliação e Modernização Da Infraestrutura da Educação, Desporto e Lazer

101.970.000,00

Implantação, Melhorias e Ampliação dos Serviços de Saúde e Saneamento

53.230.000,00

Page 83: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

82

Desenvolvimento do Turismo e Preservação e Conservação do Patrimônio Histórico e Cultural

28.250.000,00

Desenvolvimento Econômico, Competitividade e Fortalecimento dos Arranjos Produtivos

91.898.000,00

Modernização da Infraestrutura Fazendária 37.595.000,00

Tecnologia da Informação 35.088.000,00

Habitação de Interesse Social 54.000.000,00

Fortalecimento e Modernização da Infraestrutura da Assistência Social

24.150.000,00

Gerenciamento e Monitoramento do PIDISE 5.000.000,00

3 Eixos Estratégicos

Eixo Educação

Eixo Saúde

Eixo Infraestrutura

Eixo Econômico

Eixo Segurança

Eixo Ambiental

4 Organização dos Programas e Projetos

Eixo Educação

Eixo Saúde

Eixo Infraestrutura

Eixo Econômico

Eixo Segurança

Page 84: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

83

Eixo Ambiental

5 Definição dos Programas Estruturantes

O Estado de Rondônia necessita urgentemente de programas de

desenvolvimento para continuar crescendo, tendo como base, diferentes

alternativas, conforme a natureza do problema a ser enfrentado.

5.1- Eixo Educação

Programa para a educação intercultural com propósito de promover a

construção de uma identidade regional bilíngüe e intercultural com ênfase no

ensino de português e espanhol, sobretudo nas cidades-gêmeas levando em

conta as peculiaridades e seu potencial cultural.

5.2- Eixo Saúde

Projeto do Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS (Ministério da

Saúde), que tem atuação na área de saúde em todos os municípios de fronteira

em especial aquelas voltadas para vigilância epidemiológica; vigilância sanitária e

ambiental; saúde intercultural (povos indígenas) e desenvolvimento de

capacidades para o atendimento a pacientes portadores de HIV/AIDS.

5.3- Eixo Infraestrutura

5.3.1- Infraestrutura logística

Programa de apoio logístico de transporte hidroviário nos Rios Guaporé e

Mamoré interligados com o Rio Madeira, visando aumentar o grau de

competitividade diminuindo o alto custo da logística do transporte de cargas.

A Bacia do Madeira é considerada o maior potecial de integração regional

que pode ser estabelecido entre o Brasil, a Bolívia e o Peru, mediante a

integração de suas redes fluviais e o potencial energetico.

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84

5.3.1- Infraestrutura Urbana

Urbanização das cidades por meio da construção de equipamentos

urbanos, implantação de infraestrutura social de apoio à produção, construção de

obras civis, saneamento, canalização, tratamento e abastecimento de água e

transportes, dentre outros. Essa ação tem como finalidade melhorar a qualidade

de vida nos municípios fronteiriços, para proporcionar maior nível de satisfação

das populações da Faixa de Fronteira.

5.4- Eixo Econômico

5.4.1 APL

Implantação de Arranjos Produtivos Locais - APLs, visando a estruturação

socioeconômica dos municípios fronteiriços, entorno de uma estratégia de

desenvolvimento de produção, industrialização e comercialização dos produtos

regionais em bases sustentáveis e resultados imediatos na dinamização das

economias locais.

5.5- Eixo Segurança

Programa Integrado de Segurança na Fronteira, com o objetivo de interagir

as ações do Estado de Rondônia com o Governo Federal, para a redução da

criminalidade, garantindo a manutenção e preservação da ordem pública na Faixa

de Fronteira.

5.6- Eixo Ambiental

É inexistente nas cidades da região qualquer investimento na questão de

aterros sanitários, tendo os lixões sempre nas proximidades da área urbana,

prejudicando o cartão postal das cidades e contribuindo para a proliferação de

doenças nas cidades.

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5.7- Eixo Sócio-Político

Emprego - tratar o fluxo de trabalhadores na transfronteira com uma

política diferenciada, formatada de acordo com o lugar geográfico, os interesses

brasileiros e a relação com o país vizinho nas cidades-gêmeas. Em termos de

administração é problemático o desenvolvimento regional da faixa, tendendo a

reforçar, em vez de modificar, visões preconcebidas e assimetrias quase sempre

hostis à integração subcontinental. É preciso programar ações que objetivem

legalizar a residência e o trabalho de nacionais no exterior e vice-versa, nos

moldes recepcionados no Acordo de Residência do MERCOSUL em vigor.

Aduanas - o funcionamento integrado das aduanas dá maior agilidade no

desembaraço das cargas, com Despachante Aduaneiro prestadores de serviços

bem treinados, com abrangência cada vez maior nas atividades inerentes ao

comércio de importação e exportação, viabilizando economia e agilidade para as

empresas aumentarem o grau de competitividade.

Aduanas integradas com equipamentos modernos e profissionais da

atividade de repressão devidamente treinados e uma legislação aduaneira

moderna acordada com o país vizinho, tendo com objetivo a evolução dinâmica

do comércio exterior e ao mesmo tempo coibir de maneira eficaz os ilícitos e

fraudes aduaneiras, protegendo os interesses dos dois países.

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86

6 Identificação e Estruturação dos Projetos Integradores

Ver Anexo Resumo - Planilha Orçamentária de Projetos

6.1 Eixo Educação

- Desenvolvimento de Escolas Binacionais de Fronteira

- Instituto Técnico de Fronteira

- Projeto Integração Histórica – UNIR/RO

6.1.1 Projeto Intercultural Bilíngüe Escolas de Fronteira (Ministério Da

Educação)

Projeto Escolas Bilíngües de Fronteira tem como propósito promover a

construção de uma identidade regional bilíngüe e intercultural como marco de

uma cultura de paz e de cooperação interfronteiriça. O Projeto consiste em um

modelo comum de ensino em escolas de zona de fronteira, a partir do

desenvolvimento de um programa para a educação intercultural com ênfase no

ensino do português e do espanhol, em Guajará-Mirim cidade-gêmea.

Com base na proximidade geográfica e os laços estreitos entre os povos

dos dois países, esse projeto prevê o desenvolvimento de um modelo de ensino

comum, apoiada por professores e alunos para formalizar a comunicação e

educação em Português e Castelhano ao mesmo tempo.

Planejamento das aulas experimentais na língua do "outro" e em diferentes

disciplinas conduzida por professores de ambos os lados, com o assessoramento

de especialistas em educação das universidades envolvidas.

Assim, não só a língua, mas também vários costumes são conhecidos

entre os estudantes brasileiros na Bolívia, fortalecendo os laços de integração

precoce. Com a inclusão desses aspectos no conteúdo de todas as disciplinas,

desde matemática para a arte a integração de conteúdo e pluralidade de

aprendizado da fronteira torna-se um ambiente de interação educacional, cultural

e linguística.

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6.1.2 Projeto Integração Histórica – UNIR/RO

Projeto Integração Histórica Política e Cultural da Região de Fronteira

Brasil/Bolívia (Universidade Federal de Rondônia – Miguel Nenevé E Valdir

Aparecido De Souza).

O projeto tem como base a política pública de integração que leve em

consideração o respeito às culturas locais de fronteira, sejam elas urbanas e

modernas, rurais e povos da floresta, bem como indígenas e quilombolas. Com

foco na História Oral, Método Etnográfico, Abordagem Sociológica, Política e

Hibridismo Cultural - Português, Espanhol e Línguas Indígenas. Visando diminuir

a exclusão social e o preconceito entre as culturas.

O público alvo são as Comunidades Ribeirinhas na fronteira de Rondônia e

Bolívia, de Abunã à Cabixi.

O produto inicial é um currículo comum na área da educação entre as

comunidades e entre os países, objetivando a implantação de Escolas

Binacionais de Fronteira.

6.1.3 Projeto Escolas Técnicas de Fronteira (Secretaria de Educação

Profissional e Tecnológica - SETEC do Ministério da Educação).

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – IFRO e

a Prefeitura de Guajará-Mirim implantaram no município o Polo Binacional de

Educação a Distância, destinado a atender a macrorregião, que conta com mais

de 100 mil habitantes, segundo o Censo do IBGE 2010, além da população

boliviana de fronteira que também poderá participar, configurando dessa forma

um projeto binacional.

Os cursos oferecidos são de Nível Técnico (médio) e para participar é

necessário que tenham concluído o Ensino Médio. Abaixo relação dos cursos

inicialmente oferecidos 150 vagas:

- Técnico em Eventos - 30 vagas;

- Técnico em Logística - 30 vagas;

- Técnico em Meio Ambiente - 30 vagas;

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- Técnico em Reabilitação de Dependente Químico - 30 vagas;

- Técnico em Segurança do Trabalho - 30 vagas.

O IFRO iniciou-se as suas atividades em 2011, na Escola Municipal de

Educação Infantil e Ensino Fundamental José Carlos Neri. (Av. Almerindo Ribeiro

dos Santos, Bairro Próspero) instalações cedidas pela Prefeitura.

Recentemente em 2012 a Prefeitura de Guajará-Mirim doou um terreno ao

IFRO - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, para

construir seu campus no município, com capacidade para 300 alunos entre cursos

semipresencial e presencial. A expectativa é que o campus de Guajará entre em

funcionamento a partir de 2014. Valor inicialmente previsto em LOA/União R$

7.200.000,00, em fase de licitação.

6.2 Eixo Saúde

- Intercâmbio de médicos e outros profissionais de saúde exclusivamente

na Faixa de Fronteira.

- Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS (Ministério da Saúde).

- Campanhas de Vacinação Integrada.

6.2.1 Projeto Sistema Integrado de Saúde na Fronteira – SIS

O Sistema, iniciado em 2006, é uma proposta da Secretaria Executiva do

Ministério da Saúde, e tem como objetivo contribuir para o fortalecimento e

organização dos sistemas locais de saúde de 121 municípios fronteiriços, de norte

a sul do país contemplados no MAIS SAÚDE – Direito de Todos – 2008-2011, no

eixo da Cooperação Internacional, o SIS-Fronteira visa atender a toda extensão

territorial das fronteiras do Brasil.

6.3 Eixo Infraestrutura

Essa ação tem como finalidade melhorar a qualidade de vida nos

municípios fronteiriços, para proporcionar maior nível de satisfação.

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89

Infraestrutura Urbana dinamização das economias locais, com resultados

imediatos por meio da construção de equipamentos urbanos, implantação de

apoio à produção, construção de obras civis, implantação de sistemas,

saneamento, canalização, tratamento e abastecimento de água e transportes,

dentre outros.

Infovia - O Estado está viabilizando a construção da Rede Metro Ethernet

na Região Metropolitana de Porto Velho e interior de Rondônia e busca expandir

esta rede promovendo a criação e ampliação de Pontos de Presença - POP‟s e

capacidade de acesso, oferecendo assim maior conectividade nos diversos níveis

de atendimento e acesso. O projeto terá um custo total de 6 milhões de reais e

atenderá também os municípios da área de fronteira, já está em fase final para

começar as implantações e o Estado de Rondônia já assinou o convênio com a

Eletrobrás.

O projeto da Infovia Ótica para o município de Porto Velho e o Estado de

Rondônia tem como principal função interconectar os pontos de alto tráfego de

dados, garantindo uma solução, garantindo uma solução robusta e de alta

capacidade para suportar serviços críticos de voz, dados e imagens em alta

Page 91: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

90

velocidade possibilitando assim nos referidos municípios uma expansão e

adequação do projeto “Pioneiros Digitais”.

Serão nove Armários (gabinete tipo outdoor) armários de telecomunicação

que serão distribuídos em posições estratégicas do backbone óptico monomodo,

aéreo e autossustentável já implantados, o que permitirá a formação de um anel

Óptico Metro Ethernet na Região Metropolitana de Porto Velho.

O sistema de gerenciamento adquirido foi o DmView. Este sistema

Integrado de Gerência de Rede e de Elemento foi desenvolvido para

supervisionar e configurar os equipamentos Datacom, disponibilizando funções

para gerência de supervisão, falhas, configuração, desempenho, inventário e

segurança.

A logística do Transporte de Cargas conta com uma única rodovia a BR-

364 em condições precárias e o rio Madeira, que precisa de investimento para se

tornar uma hidrovia de fato.

- Hidrovia da Bacia do Madeira

- Portos Hidroviários (Guajará-Mirim, Costa Marques e Cabixi)

- Ponte Binacional em Guajará-Mirim

- Hidroelétrica Binacional do Mamoré em Guajará-Mirim

- Polo Industrial de Guajará-Mirim

- Rodovia do Pacífico Brasil/Peru

6.3.1- Hidrovia da Bacia do Madeira

A implantação de uma infraestrutura logística, englobando todos os modais de

demandas do setor produtivo é um dos grandes desafios do Governo. A hidrovia é o meio

de transporte mais econômico e sustentável. Somente em termos da redução do impacto

ambiental, a opção pelo transporte hidroviário é evidente por si mesma, considerando a

ordem de grandeza de emissão de monóxido de carbono de 1 para hidrovia, 10 para

ferrovia e 50 para rodovia. A hidrovia é o modelo de transporte menos oneroso que

Page 92: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

91

qualquer outra modalidade disponível no mundo. Mas, no Brasil, onde há

condições geográficas bastante favoráveis a esse tipo de operação, os

investimentos no setor andam na contramão. O meio mais utilizado é o rodoviário,

que chega a ser 20 vezes mais caro que o fluvial.

A Hidrovia da bacia do rio Madeira necessita da construção de três

eclusas, sendo duas junto às hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau e a terceira

eclusa onde será construída a Hidroelétrica Binacional Brasil-Bolívia perto da

cidade de Guajará-Mirim. Com a construção dessas eclusas a navegação se

estenderá até os rios Mamoré, Beni e Guaporé tornando-se possível ligar o leste

do Mato Grosso ao Oceano Atlântico.

Page 93: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

92

ECLUSAS - A Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ tem

o projeto para construção das eclusas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira,

onde dois consórcios empresariais instalam as duas maiores obras do Programa

de Aceleração do Crescimento - PAC para geração de energia limpa da Amazônia

Ocidental.

Conforme Informações da ANTAQ, as duas obras serão financiadas com

recursos do PAC-2, uma vez que o país necessita recuperar o tempo perdido e

ingressar definitivamente na era do multitransporte. No Brasil, mesmo com suas

dimensões continentais só foram construídas até agora 20 eclusas, 12 delas na

hidrovia Paraná/Tocantins.

Em comparação com a Bélgica, país menor do que o Rio de Janeiro dá

para ter uma ideia de como o Brasil não aproveita bem os seus mais de 24 mil

quilômetros de recursos hidroviários disponíveis. Na Bélgica há 17 eclusas e a

Holanda construiu 96, totalizando 41.526 quilômetros quadrados de hidrovias.

No Brasil, dos 13 mil quilômetros de rios navegados, 9 mil quilômetros

pertencem às bacias hidrográficas da Amazônia Ocidental, onde é possível

realizar o transporte de cargas e passageiros com menor custo e maior lucro. “A

hidrovia do Madeira é a maior e mais importante delas”.

Situação da Hidrovia do Baixo Madeira Porto Velho (RO)-Itacoatiara

(AM): ampliação e modernização do terminal de Porto Velho, no valor de R$ 20

milhões, incluído no PAC, sem previsão para o término; navegabilidade do rio

Madeira entre Porto Velho e Itacoatiara, no valor de R$ 220 milhões;

navegabilidade até 2012 e sinalização e adequação até 2015.

6.3.2- Construção dos Portos hidroviários

6.3.2.1 Porto de Guajará-Mirim

O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte - DNIT tem o

projeto básico para a construção do porto hidroviário do Município de Guajará-

Mirim. Porém, existem alguns impedimentos técnicos em relação à área. Faz-se

Page 94: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

93

necessário alguns ajustes legais em relação a área destinada à construção do

Terminal Hidroviário de Guajará-Mirim/RO, para fins de avaliação por técnicos das

condições locais e posteriormente a construção do Porto, avaliado em

aproximadamente R$ 18 milhões de reais inserido no PAC (informações da

DAQ/DNIT -29/03/12).

Os rios Guaporé e Mamoré são atualmente navegados numa extensão de

1.168 km de vila bela da santíssima trindade no mato grosso até Guajará-mirim

em Rondônia, e dependendo de estudos poderá ser navegado de Pontes Lacerda

onde é cruzado pela BR-364, até o ponto hoje navegado. Desafogando o tráfego

da BR-364.

6.3.2.2 Porto de Cabixi

Os rios Guaporé e Mamoré são francamente navegáveis entre os dois

extremos, por eles poderia se transportar a soja produzida na região de Sapezal

no Mato Grosso e na região sul de Rondônia. A colheita de grãos dessas regiões

coincide com a cheia desses rios, época em que o nível hídrico está bastante

elevado, ou seja, a partir de fevereiro até o final de mês de maio ou junho. No

sentido inverso importaria insumos agrícolas e mercadoria para abastecer a

região.

6.3.2.3 Porto de Costa Marques

Posição estratégica no centro da linha de fronteira, a região é grande

produtora de bovinos e madeira para exportação.

6.3.3- Construção da Ponte Binacional em Guajará-Mirim

A Ponte Binacional que ligaria o Brasil a Bolívia faz parte de um grandioso

projeto fundamental para integração fronteiriça, dinamizando as exportações de

produtos da Região Norte e Centro-Oeste do país para a Bolívia, Peru e Chile,

sendo também essencial para a saída para o pacífico. O projeto está em

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94

andamento e faz parte de uma reformulação ao tratado de Petrópolis firmado em

1903 entre os dois países.

Empreendimento binacional onde o Brasil arcará com os custos

decorrentes da elaboração dos estudos técnicos e ambientais; do projeto básico e

executivo de engenharia, da construção da ponte, bem como o Centro Integrado

de Fronteiras e do acesso do lado brasileiro.

Marco Jurídico: Acordo firmado entre o Brasil e a Bolívia, para a construção

da referida ponte foi assinado em 14 de fevereiro de 2007 e promulgado através

do Decreto nº 6.858/25 de maio de 2009. A Comissão Mista Brasileiro-Boliviana

foi constituída em 20 de novembro de 2008.

Em 16 de janeiro de 2009 foi lançado o Edital 0013/09/00 para a

contratação de empresa(s) para a elaboração de Projeto Básico e de Engenharia,

bem como do Estudo de Impacto Ambiental, Relatório de Impacto Ambiental,

Plano Básico ambiental e Estudos Florestais.

Empresas vencedoras: Consórcio liderado pela empresa JDS (parte de

engenharia) ao custo de R$ 6,2 milhões e prazo de execução de 240 dias

consecutivos; e a Progaia Engenharia e Meio Ambiente (parte ambiental), ao

custo de R$ 1,6 milhão e prazo de execução de 360 dias.

Em larga medida a paralisação desse importante processo ocorreu devido

às características iniciais da ponte: parte construída em vigas pré-moldadas

protendidas, parte estacada, com fundações em estacas escavadas, parte em

solo e parte em rocha. Extensão: 1.220,0 metros; Largura: 17,30 metros.

Aduanas: Área de platô: 78.206,67 m2. Área construída: 8.764,23 m2. Nessas

condições o custo total do empreendimento chegou a R$ 340 milhões,

ultrapassando a verba orçamentária do DNIT para tal projeto binacional. Por

conseguinte, foi assinado um aditivo de prazo (290 dias) com o consórcio para

reformular os projetos, objetivando reduzir os custos em 50%.

Audiência Pública realizada em 15/12/2009. Licença Prévia emitida em

08/04/2010, com validade de 4 anos. EIA/RIMA concluído.

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95

Novo Cronograma: 29/08/2012: entrega do Projeto Básico + 30 dias para

análise do DNIT; 08/10/2012: entrega do Projeto Executivo + 30 dias para análise

do DNIT; e 23/20/2012: impressão do Projeto Executivo.

Em 16 de janeiro de 2009 foi lançado o Edital 0013/09/00 para a

contratação de empresa para elaboração do Projeto Básico ambiental de Estudos

Florestais. O projeto já foi concluído.

A ponte terá aproximadamente 1.230 mil metros de extensão entre o

município de Guajará-Mirim município do lado brasileiro e Guayarámerim, cidade

boliviana.

A construção da ponte, na avaliação da população de Guajará-Mirim é um

marco histórico, por resgatar o passado e projetar um novo futuro para Rondônia

e a Bolívia.

Ponte Binacional em Guajará-Mirim

Fonte: IIRSA, DNIT, análise Macrologística

6.4 Eixo Econômico

- Zona de Processamento de Exportação – ZPE

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- Cooperativa dos Produtores Rurais do Vale do Guaporé

- Inclusão Produtiva (APLs)

- Polo Industrial de transformação Guajará-Mirim

- Turismo

6.4.1 Zona de Processamento de Exportação – ZPE / PORTO VELHO/RO

A implantação da Zona de Processamento de Exportação - ZPE de Porto

Velho/RO ocupará uma área de 258 hectares, junto ao novo complexo portuário

de Porto Velho, a 20 quilômetros do centro da Capital.

O projeto está em fase de elaboração com previsão de custo aproximado

de R$ 18 milhões recursos do BNDES (PIDISE), para a construção de um polo

industrial de exportações do Estado, em especial através da Hidrovia do Madeira

e da Rodovia Interoceânica. O prazo estimado para iniciar as exportações é para

o ano de 2014.

6.5 Eixo Segurança

6.5.1 Plano Integrado de Segurança na Fronteira de Rondônia

Visa combater a entrada de drogas, armas e munições que abastecem

organizações criminosas no país. O Plano contempla a criação da Gerência

Especializada em Segurança de Fronteira - GESFRON, o que já ocorreu, e ainda

prevê a sua articulação em 12 (doze) Unidades abrangendo toda a Faixa de

Fronteiras, em fase de instalação com equipamentos de última geração, como:

binóculos com câmera, aviões anfíbios e helicópteros tripulados e não tripulados.

A atuação prevista no plano para a GESFRON, que já é uma realidade em

suas operações atualmente, é de forma integrada com a participação de policiais

civis, militares e peritos criminais, devidamente treinados com capacitação

continuada por meio da própria estrutura do Estado e dos convênios firmados

com a SENASP através dos Programas de Capacitação do DEPAID, com vistas

aos objetivos do Programa ENAFRON.

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97

6.6 Eixo Sócio-Político

- Acordos Internacionais Fronteiriços

- Questões Migratórias Emprego (Ministério do Trabalho e Emprego)

- Funcionamento Integrado de Aduanas

6.6.1 Acordos Internacionais Fronteiriços (Brasil/Rondônia-Bolívia)

Há várias propostas de legislação para dinamizar o processo de

desenvolvimento da Zona de Fronteira, o poder legislativo tem apresentado

valiosas contribuições. Tem aproximadamente 41 propostas legislativas em curso

no Congresso Nacional, sendo: 9 tratam de questões Fundiárias, 7 Segurança, 6

Desenvolvimento Econômico, 9 Cidadania, 4 de ao apoio à implementação de

Infraestrutura, 4 aos aspectos institucionais e 2 tratam de questões ambientais.

a) Acordo sobre Localidades Fronteiriças estabelece o direito da

população fronteiriça trabalhar, estudar, residir e ser atendida em hospitais

públicos de ambos os países. Proposta nos moldes do acordo vigente com o

Uruguai, que concede carteira aos cidadãos fronteiriços.

b) Acordo para Estabelecimento Comercial em Regime Especial

cria regime especial de comércio de subsistência e transporte. Esse acordo

simplificará a importação de mercadorias para subsistência da população

residentes nas cidades gêmeas e localidades de difícil acesso.

c) Acordo sobre Trânsito de Veículos Particulares e Interconexões

Viárias regulamentará o transporte na região fronteiriça, principalmente ônibus

urbanos, táxis e veículos fretados.

d) CBDIS - Consórcio Binacional Para Integração e Desenvolvimento

Sustentável – CBIDS.

O consórcio é a organização não governamental mais atuante na fronteira,

formado por vários segmentos da sociedade fronteiriça como: Instituto de

Arquitetos do Brasil - IAB/Guajará-Mirim, Conselho Regional de Engenharia,

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98

Arquitetura e Agronomia - CREA-RO, consulado da Bolívia, Associação Comercial

de Guajará-Mirim, Sindicato dos Engenheiros - SENGE-RO.

Tem como objetivo a integração sociocultural, econômica e tecnológica

desses dois povos na Faixa de Fronteira. Assim como, participar e dar

conhecimento a população local dos grandes projetos binacionais de energia,

transporte, comunicação, meio ambiente, ciência e tecnologia que venha

contribuir para o desenvolvimento de Rondônia e aos departamentos de Beni e

Pando, na Bolívia.

O CBIDS vem debatendo com as autoridades dos dois países os principais

projetos como construção das usinas hidrelétricas de Ribeirão próximo de

Guajará-Mirim com capacidade de gerar 3 mil megawatts e Cachoeira da

Esperança na Bolívia 780 megawatts incluindo as eclusas, bem como a

construção das eclusas nas usinas de Santo Antonio e Jirau, visando a hidrovia

do madeira com saídas para os oceanos atlântico e Pacífico e a ponte binacional

ligando os dois países.

Fonte: IIRSA, DNIT, análise Macrologística

6.6.2 Questões Migratórias Emprego (Ministério do Trabalho e Emprego)

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No caso do Brasil, não existe um marco regulatório único para tratar fluxos

de trabalhadores transfronteira. Em geral, adota-se uma política diferenciada,

formatada de acordo com o lugar geográfico, os interesses brasileiros e a relação

com o país vizinho. Embora justificados pela diferença entre as cidades-gêmeas e

entre os países, os efeitos dessa política são problemáticos em termos de

administração e desenvolvimento regional da faixa e da zona de fronteira,

tendendo a reforçar, em vez de modificar, visões preconcebidas e assimetrias

quase sempre hostis à integração subcontinental.

Uma das reivindicações recorrentes em todos os fóruns de discussão do

tema é o avanço na implementação de ações que objetivem legalizar a residência

e o trabalho de nacionais no exterior e vice-versa, recepcionados no Acordo de

Residência do MERCOSUL em vigor.

7 Detalhamento Executivo dos Projetos

Ver anexo

8 Estratégia de Financiamento

Ver anexo

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100

IV GESTÃO DE PROGRAMAS E PROJETOS

A gestão do PDIF está baseada no modelo de gestão do PRDA da

Amazônia em termos de inovação, cooperação, alianças estratégicas, governança

e as complexas demandas do mercado e dos movimentos sociais. Portanto o

modelo de gestão proposto para o PDIF é fortemente baseado na abordagem de

redes como expressão dos novos tempos.

O paradigma gerencial contemporâneo baseado nos princípios da

confiança e da descentralização da decisão exige formas flexíveis de gestão,

horizontalização de estruturas, descentralização de funções e incentivos à

criatividade, contrapondo-se ao formalismo e ao rigor técnico da burocracia. A

abordagem de redes para a gestão do PDIF parece ser a forma mais adequada

para expressar novos arranjos institucionais fundamentais para o sucesso da

execução do plano.

Assim, propugna-se que a gestão do PDIF deve estar relacionada com um

modelo de que expresse as novas demandas da sociedade local e dos Municípios

que compõe a Faixa de Fronteira. O conceito de redes delineia uma lógica que

demanda articulações, clareza nos objetivos, cooperação, capital social e redução

de atritos e conflitos. Utilizam-se das modernas tecnologias de informação para

viabilizar a articulação virtual, em tempo real, dos indivíduos e organizações,

inclusive as públicas, redimensionando, assim, os territórios de influência e ação.

O modelo de gestão em redes difere frontalmente do modelo tradicional

burocrático e hierárquico nas quais uma organização se sobrepõe a outra. O que

predomina neste modelo é a cooperação e pactuação em substituição à

competição visando-se atingir um propósito comum. Todavia, nesse modelo é

pertinente a existência de um coordenador, formado por representantes das

partes interessadas capaz de assumir o papel de mediador para a concretização

das metas propostas. O que se objetiva nesta estratégia de gestão é procurar

envolver e co-responsabilizar as três esferas do governo (federal, estadual e

municipal), os diferentes órgãos públicos e as lideranças existentes na sociedade

na promoção do aumento da competitividade local e da desejável promoção do

desenvolvimento integrado da Faixa de Fronteira sustentável.

Page 102: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

101

1 Instituições Envolvidas no Plano

A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integração da Faixa de

Fronteira envolveu a participação de órgãos públicos estaduais, municipais e

federais, universidades e sociedade civil organizada que contribuem nas ações e

propostas do plano.

1.1 Governo Federal

- Comissão Permanente de Desenvolvimento e Integração da Faixa de

Fronteira- CDIF

- Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia –

CENSIPAM

- Fundação Universidade Federal de Rondônia UNIR

1.2 Governo Estadual

- Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral – SEPLAN (coord.)

- Casa Civil

- Secretaria de Assuntos Estratégicos - SEAE

- Secretaria do Turismo - SETUR

- Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Social - SEDES

- Secretaria da Segurança, Defesa e Cidadania - SESDEC

- Secretaria do Desenvolvimento ambiental – SEDAM

- Secretaria de Assistência Social – SEAS

- Secretaria da Agricultura – SEAGRI

1.3 Município

- Prefeitura Municipal de Guajará-Mirim

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102

1.4 Entidade

- Associação Rondoniense de Municípios – AROM

- Centro Despertar de Guajará Mirim

- Federação das Indústrias do estado de Rondônia - FIERO

- Federação do Comércio do Estado de Rondônia - FECOMÉRCIO/RO

- Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE/RO

- Sindicato dos engenheiros - SENGE

- Associação Comercial de Guajará Mirim

- União das Escolas Superiores de Rondônia - UNIRON

2 Núcleo Estadual de Fronteira

O Decreto Estadual n° 16.612 de 29 de março de 2012, institui o Núcleo

Estadual para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira – NEIFRO,

visando à inteiração com a Comissão Permanente para o Desenvolvimento e

Integração da Faixa de Fronteira - CDIF, criada por meio do Decreto de 08 de

setembro de 2010 do Governo Federal.

O Núcleo Estadual está vinculado à Secretaria de Estado de Planejamento

e Coordenação Geral - SEPLAN, com o objetivo mobilizar atores atuantes na

Faixa de Fronteira no Estado de Rondônia, bem como, sistematizar as demandas

locais, analisar propostas de ações e formular o Plano de Desenvolvimento e

Integração Fronteiriço - PDIF-RO, em observância a organização e o alinhamento

articulado das ações macros desenvolvidas pelos Municípios e o Estado, em

consonância com as Políticas do Governo Federal, a partir das linhas temáticas

de Segurança, Inclusão Social, Infraestrutura, Interesses Econômicos e

Sustentabilidade Ambiental.

O modelo de gestão do Núcleo Estadual deve expressar as novas

demandas da sociedade local e dos Municípios, que compõe a Faixa de Fronteira.

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103

Objetivando a democratização do Núcleo Estadual será criado na sua composição

Comitê Gestor com Câmaras Técnicas com afinidade e representação de cada

segmento.

2.1 Composição do Núcleo

2.1.1 Coordenação Geral:

- Secretaria de Est. do Planejamento e Coord. Geral – SEPLAN

2.1.2 Membros:

- Casa Civil

- Secretaria de Est. de Assuntos Estratégicos - SEAE

- Superintendência Estadual de Turismo - SETUR

- Secretaria de Est. do Desenvolvimento Econômico e Social - SEDES

- Secretaria de Est. de Assistência Social - SEAS

- Secretaria de Est. de Assuntos Estratégicos – SEAE

- Secretaria de Est. da Agricultura - SEGRI

2.2 Comitê Gestor

O Comitê Gestor coordenado por um membro do Núcleo Estadual reúne

representantes do poder público e da sociedade civil organizada integrante da

estrutura, através de acordos de cooperação técnica, com a finalidade de

subsidiar o Núcleo Estadual na formulação de estudos e propostas de projetos

para a Faixa de Fronteira, com a participação social e integração das políticas

públicas de Segurança, Inclusão Social, Infraestrutura, Interesses Econômicos e

Sustentabilidade Ambiental.

O Comitê Gestor sempre que necessitar poderá criar Câmaras Técnicas,

observadas as afinidades de representação dos segmentos, coordenadas por um

integrante do comitê responsável pelos respectivos temas.

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104

2.3 Atribuições gerais do Núcleo Estadual e do Comitê Gestor

2.3.1 Atribuições gerais do Núcleo Estadual

- Elaborar proposta de Planejamento Estratégico para Faixa de Fronteira;

- Receber e sistematizar as proposta dos comitês;

- Promover Workshops de Integração institucional;

- Manter atualizado um Banco de dados interativo da Faixa de Fronteira;

- Colaborar no processo de articulação das soluções federais para as

demandas locais da Faixa de Fronteira;

- Prestar informações aos parceiros.

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105

Para efeito de reconhecimento e validação das reuniões do Núcleo

Estadual deverão ter os seguintes documentos:

I. Ato de convocação.

II. Relatório com contribuições e proposições.

III. Ata de reunião.

Atribuições gerais do Comitê Gestor:

- Preparar as discussões temáticas para apreciação e deliberação do

Núcleo;

- promover articulação com os órgãos e entidades promotoras de estudos e

propostas afins, relacionadas à Política de Desenvolvimento Integrado da

Faixa de Fronteira;

- Colher e sistematizar as demandas locais;

- Acompanhar a implementação das ações;

- apresentar relatório conclusivo a Plenário do Núcleo, sobre matéria

submetida a estudo, dentro do prazo fixado por este, acompanhado de

todos os documentos que se fizerem necessários ao cumprimento de suas

finalidades.

2.4 Infraestrutura Logística do Núcleo de Gestão

Caberá a Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral – SEPLAN

garantir o apoio administrativo e os meios necessários à execução dos trabalhos

do Núcleo, exercendo as atribuições de secretaria-executiva do Núcleo e do

Comitê Gestor.

Será destinado um espaço físico, devidamente equipado, dentro da

estrutura da SEPLAN, bem como, servidores com participação nos trabalhos da

Faixa de Fronteira, que terão como responsabilidade as providências de ações

(dentro de suas competências) que resultem no bom andamento das atividades

do Núcleo.

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Recurso humano: Coordenador, Subcoordenador, Membros,

Colaboradores e apoio administrativo.

As despesas com os deslocamentos dos representantes dos órgãos e/ou

entidades do Núcleo poderão correr à conta de dotações orçamentárias do órgão

de origem, entidades ou da SEPLAN/RO.

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107

V DOCUMENTAÇÃO E COMUNICAÇÃO

O sistema de documentação e comunicação do NÚCLEO tem como

objetivo a integração fronteiriça, com total transparência e facilidade de acesso

aos mesmos, por todos os interessados.

Será criado um portal de divulgação – site, interligado com o Ministério da

Integração e os demais Núcleos. O qual será alimentado pela coordenação do

Núcleo com dados obtidos junto aos integrantes da Faixa de Fronteira. Podendo

ocorrer cadastramento de novas propostas ou ajustes nos inúmeros projetos que

serão capitaneados, bem como, apoiar politicamente as ações de integração

fronteiriça.

Os projetos serão catalogados ordenadamente por Eixos Temáticos, com

acesso compartilhado com órgãos externos.

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108

VI MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO PDIF

1 Definição de Indicadores

Os indicadores serão dados em conformidades com os projetos, políticas

públicas e ou programas dos eixos temáticos.

- Monitoramento e avaliação do PDIF, semestral;

- Relatório de avaliação do PDIF, semestral;

- Reunião para avaliação das ações do PDIF, semestral;

- Estabelecer conjunto de metas físicas;

- Estabelecer um segundo nível de indicadores que deverá ser

acompanhado pelo MI, integrando e comparando os diferentes núcleos.

2 Impactos e Resultados

a) Os Impactos Esperados:

- Uma nova forma de gestão dos recursos públicos com estimulo à

participação da sociedade civil, em torno dos projetos de desenvolvimento na

Faixa de Fronteira.

- Melhoria da governança e estruturação dos Arranjos Produtivos Locais e

transfronteiriços.

b) Os Resultados Esperados:

- Redução da desigualdade regional e integração com o país vizinho.

- Melhoria das condições de cidadania da população local, com acesso aos

bens e serviços públicos.

- Melhora do IDH da Faixa de Fronteira.

- Fortalecimento nas Cidades-Gêmeas da pluralidade de aprendizado da

fronteira, torna-se um ambiente de interação educacional e cultural.

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109

VII BIBLIOGRAFIA DO PDIF

ALVES, C. B. A integração regional e a desecuritização da Amazônia. Porto Alegre, TCC Bacharelado em Relações Internacionais/Economia – UFRGS, 2009.

BRASIL, Câmara dos Deputados. Crack leva a segurança pública a jogar dinheiro pelo ralo. Brasília. 2012.

CASTRO, E. Estado e Políticas Públicas na Amazônia em Face da Globalização e da Integração de Mercados. In: Coelho, M., Mathis, A., Castro, E, Hurtienne, T. Estado e Políticas Públicas na Amazônia: gestão do desenvolvimento regional. Belém, Cejup: UFPA-NAEA. 2001.

FIERO- Federação das Indústrias do Estado de Rondônia.

FILHO, J. A., A Endogeneização no Desenvolvimento Econômico Regional e Local. In Planejamento e Políticas Públicas nº 23. IPEA. Junho, 2001.

FURTADO, C. Introdução ao Desenvolvimento. Enfoque Histórico-Estrutural. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL. Seminário Faixa de Fronteira: Novos Paradigmas. Brasília, 2004, 108 p.

http://cptrondonia.blogspot.com/2012/03/titulacao-de-terras

http://ecosolro.blogspot.com/

http://educacaobilingue.com/2012/04/11/

http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=836&id=12586&optio

http://www.ecodebate.com.br/2012/05/16/indigenas-e-quilombol..ROSENDAHL, Zeni e CORREA Roberto Lobato. Manifestação da Cultura no Espaço. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1999. Geografia: Temas Sobre Cultura e Espaço. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1999. OLIVEIRA, Roberto Cardoso e BAINES, Stephen Grant. Nacionalidade e etnicidade em fronteiras. Brasília: Universidade de Brasília, 2005.

http://www.gentedeopiniao.com.br/lerConteudo.php?news=99220

http://www.mapsi.unir.br/submenu_arquivos/166_biletramento_p

http://www.tjro.jus.br/noticia/faces/jsp/noticiasView.jsp;js

http://www2.capes.gov.br/rbpg/images/stories/downloads/RBPG

IBGE – Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística

IISA - INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA AGRICULTURA 89

LEX – Legislação Brasileira 1939-1964. Marginália.

LIMA, R. R. A conquista da Amazônia: reflexos na segurança nacional. Belém, Fac. Ciências Agrárias/SUDAM, 1973.

MAGNOLI, D. O corpo da pátria. S. Paulo, EDUNESP, 2002.

MD/SPEAI/DPE - Ministério da Defesa - Secretaria de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais - Departamento de Política e Estratégia - Programa Calha Norte- Diagnóstico de Investimentos de Faixas de Fronteira - 2008 e 2009.

MDIC/ SDP- Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria do Desenvolvimento da Produção - Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Fruticultura Porto Velho.

MDIC/ SDP- Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria do Desenvolvimento da Produção - Plano de Desenvolvimento Preliminar - APL de Piscicultura Pimenta Bueno.

MDIC/SDP - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Secretaria do Desenvolvimento da Produção - Mapeamento de Convergência de APLs prioritários para a região de fronteira.

MI/SPDR - Boletim Regional da Política Nacional de Desenvolvimento Regional - nº7/2008.

MI/SPR - Ministério da Integração Nacional - Secretaria de Programas Regionais Proposta do Programa de Promoção do Desenvolvimento da Faixa de Fronteira (PDFF).

MI/SPR - Ministério da Integração Nacional - Secretaria de Programas Regionais Atas de Reuniões do GTI Fronteira.

MINISTERIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. Programa de Promoção do Desenvolvimento da Faixa de Fronteira. Brasília, 2009.

MRE - Ministério das Relações Exteriores - Relação dos Acordos Internacionais - 2009. MS/SE -Ministério da Saúde - Secretaria Executiva do - O Sistema Integrado de Saúde das Fronteiras - SIS-Fronteira 2006.

N 935 Nova Cartografia Social da Amazônia: Quilombolas de Santa Fé – Costa Marques, RO / coordenador, Alfredo Wagner Berno de Almeida - Manaus: Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia / UEA Edições, 2009.

RABELO, Zilene Santana Silva. Uma história a ser contada: a participação dos assistentes sociais no desenvolvimento do Estado de Rondônia. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente) Universidade Federal de Rondônia / UNIR, Porto Velho, Rondônia, 2009

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110

ROCHA, Júlio César Barreto Rocha e MONTEIRO, Lucineide Rodrigues Monteiro. Filologia Política e Modernidades Grupo de pesquisa Universidade Federal de Rondônia.

ROCHA, Júlio César Barreto Rocha e MONTEIRO, Lucineide Rodrigues Monteiro. Filologia Política e Modernidades Grupo de pesquisa Universidade Federal de Rondônia.

Rondônia, uma memória em disputa. Assis, Tese Doutoramento/UNESP, 2011.

SACHS, I. Desenvolvimento: includente, sustentável, sustentado. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.

SEN, A. K. Desenvolvimento como Liberdade. Tradução Laura Teixeira Mota, São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

SOUZA MARTINS, J. Fronteira. A degradação do Outro nos confins do humano. S. Paulo, Contexto, 1998.

SOUZA, V. A. (Des) Ordem na Fronteira: Ocupação militar e conflitos sociais na bacia do Madeira-Guaporé (30-40). Assis, Mestrado História/UNESP, 2003.

SUDAM – Plano regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA) 3/04/2012.

UDC - III Conferência Internacional Desenvolvimento Urbano em Cidades de Fronteira - Integração e Sustentabilidade - 2009.

UNODC, Relatório Mundial sobre Drogas WDR 2012.

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111

VIII EQUIPE TÉCNICA

EQUIPE TÉCNICA SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL – SEPLAN Ariélia Vieira dos Santos Celino Campos Guimarães Jéssica Tolentino Paes Mingardo Ludymilla Martins de Chagas Ribeiro Maria Lúcia Leal Santos Natan Oliveira da Costa CASA CIVIL Renan de Souza e Silva SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATEGICOS – SEAE Maila Andrade de Souza Marcela Bonfim Zuleica J. A. Moura SECRETARIA DO TURISMO – SETUR Ailton Wanderley Andrade Richele Lopes SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL – SEDES Francisco Ferreira da Silva Sergio Olímpio Ivo Albuquerque SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DE RONDÔNIA- SEDUC Lucineide Rodrigues Monteiro SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA – SEAGRI José de Jesus Bezerra SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO – SEAD Emanuel Mirtil R. de Almeida SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL – SEDAM Francinete Avelar Oswaldo Pitalluga Vanda Noronha SECRETARIA DE ESTADO DE PROMOÇÃO DA PAZ – SEPAZ Adriane do Nascimento Soares Carla Mangabeira Tereza Sabino SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SEAS Vitor de Jesus Pereira SECRETARIA DA SEGURANÇA, DEFESA E CIDADANIA – SESDEC Enéas Soares de Freitas Marcos Cleiton Freire Lopes ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE GUAJARÁ-MIRIM Cícero Alves de Noronha Filho ASSOCIAÇÃO RONDONIENSE DE MUNICÍPIOS – AROM Jackeline Goes CONSÓRCIO BINACIONAL PARA INTEGRAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA FAIXA DE FRONTEIRA – CBIDS Jorge Luiz da Silva Alves COMPANHIA DE ÁGUAS E ESGOTOS DE RONDÔNIA – CAERD Avenilson Gomes da Trindade FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE RONDÔNIA – FIERO Gilberto Baptista Tiene Borges FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR

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112

Along Fong Miguel Neneve Valdir Aparecido de Souza FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS DO E EMPRESARIAIS DE RONDÔNIA – FACER Marcello A. de Souza PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAJARÁ-MIRIM Sydney Dias da Silva SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE/RO Carlos Alberto Machado França Hélcio Passos Wanderley Marques SINDICATO DOS ENGENHEIROS – SENGE Maria Madalena Ferreira SISTEMA DE PROTEÇÃO DA AMAZÔNIA – SIPAM Astréa Alves Jordão Tânia Baraúna UNIÃO DAS ESCOLAS SUPERIORES DE RONDÔNIA – UNIRON Alexandre Porto

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IX ANEXO

Nas Planilhas referentes ao anexo, constam os projetos levantados pelos

fóruns feitos nas cidades de Costa Marques e Pimenteiras, que tiveram como

respostas os apelos da população, os projetos levantados pelas demandas das

Secretarias Estaduais, dos Municípios da Faixa de Fronteira e terceiro setor. São

78 projetos prioritários para a área de fronteira, projetos depurados dos que foram

trabalhados em eixos prioritários conforme planejamento estratégico do Estado de

Rondônia: Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Ambiental,

Infraestrutura, Saúde e Educação.

VALOR PROPOSTO POR EIXO

Discriminação do Eixo Valor em R$

Desenvolvimento Ambiental 5.683.959,00

Desenvolvimento Econômico 117.510.120,00

Educação 4.986.520,00

Infraestrutura 507.259.917,84

Saúde 33.868.965,35

VALOR TOTAL DO PDIFF R$ 669.309.482,19

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PLANILHAS DAS PROPOSTAS

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SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

1 Infraestrutura

DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL/ SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO

Drenagem pluvial

FEDERAL LONGO PRAZO

DENIT/ DEOSP

População

Implantar nas cidades do cone sul do Estado de Rondônia, sistema drenagem pluvial nas cidades

A necessidade de drenagem em todos os municípios do Cone sul. Vilhena existente 20%; Colorado do Oeste 5%; Cerejeiras 15%; não tem nas demais cidades Cabixi, Chupinguaia; Corumbiara e Pimenteiras.

População local, e

regional.

Guajará Mirim e

Costa Marques (1ª

Etapa)

55.000.000,00

2 Infraestrutura DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL

Pavimentação do trecho de 159,9Km da RO-399, transferida à União como BR-435.

FEDERAL MÉDIO PRAZO

DER/União DNIT.

Estado

Pavimentação Asfáltica em TSD.

Necessidade completar a pavimentação e investimentos na área de manutenção e conservação da pavimentação existente nos padrões do DNIT.

População local, e regional

Cerejeiras e Pimenteiras

53.333.280,00

3 Infraestrutura

PROGRAMA GESTÃO DA POLITICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - CONSELHO DAS CIDADES

Urbanização, Humanização, Proteção Contra Enchente.

FEDERAL MÉDIO PRAZO

DER Estado

Executar serviços de urbanização, proteção contra enchentes do Rio Madeira, no trecho entre Av. 7 de setembro/cachoeira de Santo Antônio extensão de 7,0 Km.

Geração de empregos, proteção de patrimônio histórico do Estado, resguardando a população no período de chuvas contra contaminação de doenças.

População Ribeirinha e

Turistas. Porto Velho 5.473.117,97

4 Infraestrutura DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL

Investimento em infraestrutura urbana e Pavimentação asfáltica nas BR (ROS)

FEDERAL MÉDIO PRAZO

DENIT/ DEOSP

População

Proporcionar melhor qualidade de vida para a população urbana e rural.

Pavimentar as ROS, em especial a do Forte Príncipe da Beira e de Porto Murtinho e construir galerias, bueiros e pontes necessárias para a melhoria do setor urbano nas cidades da faixa de fronteira.

População local e

regional.

Cidades Fronteiriças, em especial

Forte Príncipe da

Beira e Porto Murtinho

8.333.325,00

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SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

5 Infraestrutura

PROGRAMA GESTÃO DA POLITICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - CONSELHO DAS CIDADES

Construção de Porto para embarque e desembarque em Cabixi e Pimenteiras.

ESTADO MÉDIO PRAZO

DEOSP População

Facilitar as embarcações e transporte seja a trabalho ou a lazer.

Não existe local para embarcações atracar, dentro das normas da Marinha do Brasil, o desembarque pode colocar em risco a vida das pessoas que utilizam o rio, seja a lazer ou a trabalho.

Turistas, comerciantes

e profissionais

da área marítima.

Cabixi e Pimenteiras

600.000,00

6 Infraestrutura

PROGRAMA GESTÃO DA POLITICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - CONSELHO DAS CIDADES

Energia e Luz para a Fronteira

FEDERAL MÉDIO PRAZO

UNIR Acadêmica

Implantar projeto de captação e utilização de energia elétrica de baixo custo e alta eficiência para comunidades na região de fronteira do Estado, com vistas à redução do uso de combustíveis fósseis e não renováveis e melhoria do bem estar familiar com mudanças positivas na rotina diária e na renda.

Para a população de baixa renda e de difícil acesso aos serviços, em regiões com baixa densidade e comunidades isoladas, assim um nova formas de energia limpas e sustentáveis. Faz-se necessário capacitar e treinar para o uso de energias renováveis visando o sustentável das comunidades.

Professores e alunos da

instituição. Porto Velho 342.006,85

7 Infraestrutura

PROGRAMA GESTÃO DA POLITICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - CONSELHO DAS CIDADES

Instalações Elétricas Residenciais Solidárias na Fronteira

FEDERAL MÉDIO PRAZO

UNIR Acadêmica

Elaboração dos projetos elétricos solidários adequados para a NBR 5410.

A falta de projeto elétrico residencial tem gerado uma série de acidentes fatais, alto consumo de energia nas residências, como conseqüência da falta normas concessionárias, e esta situação se agrava nas regiões de fronteira.

Comunidades fronteiriças

Porto Velho 656.151,10

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SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

8 Infraestrutura

PROGRAMA BRASIL RESTAURAÇÃO DO PATRIMONIO CULTURAL

Restauração da EFMM do trecho Porto Velho a Comunidade de Santo Antônio.

ESTADO MEDIO PRAZO

SETUR Estado

Restauração de sete quilômetros dos trilhos e Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

A Estrada de Ferro Madeira Mamoré constitui-se o mais relevante marco histórico-cultural e turístico do Estado de Rondônia.

Público em geral.

Porto Velho 576.491,38

9 Infraestrutura

PROGRAMA BRASIL RESTAURAÇÃO DO PATRIMONIO CULTURAL

Projeto de Reativação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré - EFMM

ESTADO MEDIO PRAZO

SEDES Estado

A recuperação dos trilhos do trecho da EFMM incrementará o fluxo turístico do Estado de Rondônia, gerando meios de ocupação, empregos e renda.

A EFMM constitui-se no mais relevante marco histórico-cultural do Estado de Rondônia, onde fora a solução conveniente para a economia do Brasil.

Turistas e população

local

Guajará-Mirim e

distrito do Iata.

814.659,99

10 Infraestrutura

PROGRAMA GESTÃO DA POLITICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - CONSELHO DAS CIDADES

Adequação de Projeto das Instalações Elétricas Residenciais Solidárias na Fronteira

FEDERAL MÉDIO PRAZO

UNIR Acadêmica

Elaboração dos projetos elétricos solidários adequados para a NBR 5410.

A falta de projeto elétrico residencial tem gerado uma série de acidentes fatais e alto consumo de energia, necessitando de dimensionamento conforme as normas recomendadas pelas concessionárias.

Comunidades fronteiriças

Porto Velho

447.595,55

11 Infraestrutura PROGRAMA DE INFRAESTRUTURA ESPORTIVA

Construção de 3 centros poliesportivos nos municípios da área de fronteira.

ESTADO MEDIO PRAZO

SECEL População

Promover a qualidade de vida, desenvolvendo atividades esportivas e criando alternativas para os jovens evitando o cominho da criminalidade.

Fomentar a atividade esportiva, e fazer o trabalho de educação preventiva pelo esporte através da gestão do espaço, promover também ações que reduzam o índice de criminalidade.

População em geral.

Guajará Mirim, São

Francisco do Guaporé,

Cerejeiras e Porto Velho

1.400.000,00

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SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

12 Infraestrutura

PROGRAMA DE APOIO A INFRAESTRUTURA TURISTICA

Construção de um mercado cultural e uma concha acústica em Costa Marques e Guajará Mirim

ESTADO MEDIO PRAZO

SETUR População

Concentrar a população em um ponto turístico local, incentivar a cultura local, expor a mão-de-obra dos municípios em questão.

Construção de um mercado cultural para exposição dos produtos oriundos da fauna e da flora amazônica, comidas típicas que incentivem a cultura e o turismo dos municípios fronteiriços ( nessa mesma praça, a construção de uma concha acústica para apresentação dos artistas locais e também para que se possa usar no período do festival de inverno.

Comunidade local e

turistas.

Costa Marques e Guajará-

Mirim

700.000,00

13 Infraestrutura SERVIÇOS URBANOS DE AGUA E ESGOTOS

Águas de Costa Marques

ESTADO MEDIO PRAZO

PM de Costa Marques

Estado

Ampliar o sistema de esgotamento sanitário da cidade de Costa Marques.

Integrar as obras existentes e em execução ao projeto de Sistema de Esgoto Sanitário.

População de Costa

Marques

Costa Marques

36.000.000,00

14 Infraestrutura

PROGRAMA GESTÃO DA POLITICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - CONSELHO DAS CIDADES

Construção de Porto para embarque e desembarque em Guajará-Mirim

ESTADO MEDIO PRAZO

DEOSP - Departamento de Obras e serviços Públicos

População

Facilitar as embarcações e transporte seja a trabalho ou a lazer.

Não existe um ponto no qual as embarcações possam atracar, em conformidade com as normas da Marinha do Brasil, ocorrendo o desembarque sem a segurança devida e colocando em risco a vida das pessoas que navegam no rio, seja a lazer ou a trabalho.

Turistas, comerciantes

e profissionais

da área marítima.

Guajará Mirim

5.500.000,00

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SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

15 Infraestrutura SERVIÇOS URBANOS DE AGUA E ESGOTOS

Estações de tratamento de esgoto para os municípios do cone sul.

ESTADO MEDIO PRAZO

PAC População

Controlar todo tipo de resíduo e obter uma destinação correta evitando doenças, sujeira entre outros.

Pelo fato de não existir esta estação de tratamento em nenhum município do cone sul.

Governo, município e população.

Todos os municípios da área de fronteira

200.000.000,00

16 Infraestrutura PROJETO BEIRA

RIO

Urbanização da orla urbana

(calçadão, meio fio, ciclovia, avenida,

iluminação)

FEDERAL MEDIO PRAZO

DEOSP E DNIT (PAC)

População

Criar um ambiente de lazer à população, um espaço alternativo, valorizando as belezas da região fortalecendo o APL do Turismo

Guajará-Mirim e Costa Marques, são os principais centros urbanos da linha de fronteira Brasil/Bolívia, possuem as maiores taxas de preservação ambiental do Estado. Guajará-Mirim tem 93% de seu território em reservas e áreas protegidas. A urbanização da beira rio proporcionará um elemento urbano de grande valor social, fortalece a identidade da região, valorizando o meio ambiente permitindo a integração cultural entre a comunidade e os turistas que vem em busca de aventuras, contato com a natureza, culinária local, comércio com a Bolívia e da história da EFMM.

População local,

regional, nacional e

internacional.

Guajará Mirim e

Costa Marques

20.000.000,00

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120

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

17 Infraestrutura

PROGRAMA ESPORTE E LAZER - PRAÇA DA JUVENTUDE

Construção de uma praça em cada município da faixa de fronteira (12 na primeira ETAPA I)

ESTADO MEDIO PRAZO

SECEL População

Promover qualidade de vida relacionado a atividades de lazer, esportivas no intuito de exploração da área e redução da criminalidade.

Construção de praças em todos os municípios da área de fronteira. Que contemple um parque infantil, dando opção de lazer para a população local.

População em geral.

Cabixi, Pimenteiras, Chupinguaia,

Cerejeiras, Colorado,

Costa Marques, S. Francisco,

São Miguel, Rolim de

Moura, Nova Brasilândia,

Campo Novo

1.800.000,00

18 Infraestrutura

PROGRAMA BRASIL RESTAURAÇÃO DO PATRIMONIO CULTURAL

Projeto de Reativação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré - EFMM, entre Guajará-Mirim e Iata

ESTADUAL MEDIO PRAZO

SEDES /SETUR/ SECEL

ALCGM

Valorizar não só a história regional, como permitir que as futuras gerações do Brasil conheçam o símbolo máximo que definiu o desenho definitivo do território brasileiro. Portanto, resgatar um pequeno trecho da EFMM é valorizar a cultura, o respeito àqueles que deram a vida neste ousado empreendimento e, acima de tudo, resgatar a identidade da região alicerçada no contexto da borracha.

A EFMM é um marco histórico-cultural de Rondônia e do relacionamento comercial do Brasil com a Bolívia. Assim, o pequeno trecho recuperado da ferrovia servirá como opção turística, de lazer e de educação cívica. O empreendimento marca o fim dos conflitos territorial e transforma no principal símbolo de aliança entre os dois países.

Turistas e população do Município e

Distrito.

Guajará Mirim

28.000.000,00

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121

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

19 Infraestrutura

PROGRAMA DE APOIO A INFRAESTRUTURA TURISTICA E COMERCIAL(REVISÃO NO DNIT)

Pavimentação do trecho de 130 Km da BR-425, BR 364 até Guajará-Mirim.

FEDERAL MEDIO PRAZO

DER/DNIT ALCGM

Pavimentação Asfáltica

A rodovia necessita de investimentos na área de manutenção e conservação adequada aos padrões do DNIT.

Comunidade local e

turistas.

Guajará Mirim

43.333.290,00

20 Infraestrutura

PROGRAMA DE APOIO A INFRAESTRUTURA TURISTICA

Construção de um Centro de Convenção Internacional

ESTADO MEDIO PRAZO

SETUR ALCGM

Atrair os principais eventos e reuniões promovidos na região, transformando Guajará-Mirim como um dos principais destinos de turismo receptivo de Rondônia com capacidade de absorver eventos de médio e grande porte.

Guajará-Mirim possui a única Área de Livre Comércio de Rondônia, é estratégica para o comércio exterior do Estado. Guajará-Mirim é uma Cidade Gêmea na Fronteira Brasil e a Bolívia. Também possui um Resort com vista para o deslumbrante encontro das águas dos rios Pacaás Novos e Mamoré. O município tem a maior área de preservação ambiental, com título de Cidade Verde. Portanto, o Centro de Convenção Internacional irá incentivar o turismo de negócio, eventos, debates culturais e formação continuada. O Centro será um dos pilares para o APL do turismo.

Setores governament

al e empresarial

Guajará Mirim

6.500.000,00

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122

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

21 Infraestrutura

PROGRAMA DE APOIO A INFRAESTRUTURA TURISTICA

Ampliação e Modernização do aeroporto municipal de Guajará-mirim

ESTADO LONGO PRAZO

SETUR ALCGM

Inserir Guajará-Mirim na rota comercial de vôos nacionais e internacionais

Guajará-Mirim é um ponto estratégico na fronteira Brasil/Bolívia, eixo rodoviário e hidroviário, bem como a existência da Área de Livre Comércio. Possuir o segundo maior contingente das forças armadas no Estado, ter como cidade vizinha o município de Nova Mamoré com o 3º rebanho bovino e a 4ª bacia leiteira de Rondônia são pontos que justificam proposta.

Comunidade em geral e

setores governament

ais e não-governament

ais

Guajará Mirim

10.000.000,0

0

22 Infraestrutura

PROGRAMA DE APOIO A INFRAESTRUTURA TURISTICA

Construção do Bumbódromo de Guajará-Mirim

ESTADO MEDIO PRAZO

SETUR ALCGM

Fomentar o Festival Folclórico de Guajará-Mirim, principal evento cultural de Rondônia e o segundo no Brasil ligado ao folclore do Boi Bumbá.

A construção do Bumbódromo atende uma reivindicação do Festival Folclórico Duelo da Fronteira. A imponência do evento exige uma estrutura adequada para o público. Esta obra é de extrema relevância para incrementar o Turismo, O Bumbódromo um espaço alternativo para os grandes eventos culturais da região olimpíadas indígenas.

População local e setor

governamental

Guajará Mirim

15.000.000,0

0

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123

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

23 Infraestrutura INCLUSÃO DIGITAL

IMPLANTAÇÃO DE TELECENTROS NOS ESPAÇOS PÚBLICOS

ESTADO MEDIO PRAZO

SEPLAN Demandas do Estado

Promover a inclusão digital e social aos cidadãos com o atendimento à população de baixa renda, com o uso de tecnologia da informação como ferramenta de cidadania

Atender os municípios da linha de fronteira suprindo o isolamento da região, com a implantação de telecentro nos espaços públicos com atendimento a comunidade, ministrando cursos básicos de informática e aprendizagem e no uso das tecnologias da informação e comunicação.

População em geral

Guajará Mirim,

Vilhena, Pimenta

Bueno, Costa Marques,

São Francisco, Rolim de Moura

2.400.000,00

24 Infraestrutura

PROGRAMA DE APOIO A INFRAESTRUTURA TURISTICA

Construção de um teatro municipal

ESTADO MEDIO PRAZO

SETUR - Superintendência Estadual de Turismo

ALCGM

Concentrar a população em um ponto turístico local, incentivar a cultura, difusão cultural entre os dois países Brasil/Bolívia

A criminalidade vem crescendo nos municípios de Guajará-Mirim e Costa Marques. A construção de um Teatro, em cada município, servirá de ambiente de integração cultural com a Bolívia, através de eventos internacionais, bem como através da promoção de espetáculos regionais, também servirá como escola para formação teatral de jovens e adultos, valorizando os grupos de artes cênicas locais.

Comunidade local e

turistas.

Guajará-Mirim e

Costa Marques

2.500.000,00

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124

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

25 Infraestrutura PROGRAMA DE INFRAESTRUTURA ESPORTIVA

Construção de 4 centros poliesportivos nos municípios da área de fronteira.

ESTADO MEDIO PRAZO

SECEL População

Promover qualidade de vida, com atividades esportivas no intuito de exploração da área e redução da criminalidade.

Fomentar a atividade esportiva, e fazer o trabalho de educação preventiva pelo esporte através da gestão do espaço, promover também ações que reduzam a criminalidade.

População e turistas.

Guajará Mirim, São Francisco,

Cerejeiras e Porto Velho

6.400.000,00

26 Infraestrutura

PROGRAMA DE APOIO A INFRAESTRUTURA TURISTICA

Construção de um mercado cultural e uma concha acústica em Costa Marques e Guajará Mirim

ESTADO MEDIO PRAZO

SETUR - Superintendência Estadual de Turismo

População

Concentrar a população em um ponto turístico local, incentivar a cultura local, expor a mão-de-obra dos municípios em questão.

Construção do mercado cultural para exposição dos produtos oriundos da fauna e da flora regional, comidas típicas que incentivem a cultura e o turismo fronteiriços (nessa mesma praça, a construção de uma concha acústica para apresentação de peças teatrais e o festival de inverno).

Comunidade local e

turistas.

Guajará mirim

2.000.000,00

27 Infraestrutura

PROGRAMA DE APOIO A PROJETOS DE INFRAESTRUTURA TURÍSTICA

Estudo da potencialidade do Turismo organizado para o Estado de Rondônia

ESTADO MEDIO PRAZO

SETUR População Promover a oferta turística

A faixa de fronteira abriga uma diversidade cultural com grande potencial turístico nacional e internacional. Realização de estudos e diagnóstico para investimentos para fomentar o setor do artesanato. Desta forma se justifica políticas públicas para o setor de turismo local

População local e

turistas.

Guajará Mirim costa Marques e

Pimenteiras

150.000,00

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125

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

28 Desenvolviment

o Ambiental

REVITALIZAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

Contenção às margens do Rio Guaporé

FEDERAL LONGO PRAZO

SEDAM População

Promover a contenção das margens do rio Guaporé e o desbarrancamento das mesmas.

As constantes cheias de inverno no rio Guaporé, provocam o desbarrancamento e invasão do perímetro urbano nas cidades de Pimenteiras, na AV. Brasil, numa extensão de 2 km, o mesmo ocorrendo em Cabixi e Distrito de Vila Neide, colocando a população em risco.

População local.

Pimenteiras, Cabixi e

Distrito de Vila Neide

1.800.000,00

29 Desenvolviment

o Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Projetos Raízes - Aquisição de máquinas e equipamento

ESTADO MÉDIO PRAZO

SEAGRI, EMATER, SEDAM

Estado

Amenizar as grandes distâncias entre o setor produtivo e o escoamento da produção local.

Devido às dificuldades que os produtores extrativistas rurais enfrentam neste setor, visando melhorar o padrão de qualidade de vida.

População fronteiriça.

Vale do Guaporé.

55.000,00

30 Desenvolviment

o Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Projetos Raízes Alternativas Sustentáveis (Transporte e escoamento da produção)

ESTADO MÉDIO PRAZO

SEDAM/EMATER/ SEAGRI

Estado

Promover o desenvolvimento sustentável do Vale do Guaporé.

O Vale do Guaporé é uma região carente de infraestrutura e possui baixo IDH. Há dificuldades referentes à distância para outros municípios.

Turistas e população do

Vale do Guaporé

Vale do Guaporé

279.839,00

31 Desenvolviment

o Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Projetos Raízes - Alternativas Sustentáveis (Apicultura)

ESTADO LONGO PRAZO

SEDAM Estado

Desenvolver alternativas sustentáveis envolvendo a comunidade para geração de emprego e renda.

A região do Vale do Guaporé possui uma consciência de conservação ambiental muito forte, a produção de mel não tem agressão.

População do Vale dos Rios

Guaporé e Mamoré

Santo Antonio do Guaporé e

Pedras Negras

250.000,00

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126

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

32 Desenvolviment

o Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Projetos Raízes - Alternativas Sustentáveis ( Engenho de Açúcar)

ESTADO LONGO PRAZO

SEDAM/ EMATER/SEAGRI

Estado

Dotar a ECOVALE de uma unidade de produção de açúcar mascavo com uso de engenho de cana de açúcar, que irá gerar emprego e renda no distrito.

Existe grande aceitação no mercado do açúcar mascavo, sendo o solo da localidade de Santo Antonio do Guaporé adequado para o cultivo.

População do Vale dos Rios

Guaporé e Mamoré

Vale do Guaporé e Mamoré

98.720,00

33 Desenvolviment

o Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Projeto o Ecoturismo e o Turismo Real

ESTADO LONGO PRAZO

SEDAM Estado

Objetivo do curso é levar aos participantes a vivência na prática das atividades do turismo em áreas protegidas do estado, objetivando obter dados para planejar ações no curto, médio e longo prazo.

Geração de emprego e renda, organização e capacitação das comunidades tradicionais. Técnicos da

SEDAM

Todos os municípios da área de fronteira

250.000,00

34 Desenvolviment

o Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Implantação de 02 viveiros municipais quais os municípios?

ESTADO LONGO PRAZO

SEDAM Estado

Suprir as demandas municipais de mudas para recuperação de áreas degradadas.

Assegurar a revitalização da floresta de forma ordenada.

Municípios de São

Francisco e Colorado do

Oeste.

São Francisco do Guaporé e Colorado do Oeste.

900.000,00

35 Desenvolviment

o Ambiental

PROGRAMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

CONSTRUÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO

ESTADO LONGO PRAZO

SEDAM - Secretaria de Desenvolvimento Ambiental

População

Construir aterros sanitários nas cidades do cone sul do estado, visando melhorar a saúde da população e reduzir vetores de doenças.

Não inexiste aterro sanitário nas cidades da região, os lixões ficam nas proximidades de áreas urbanas, fazendo parte do cartão postal das cidades (ex Forte Príncipe da Beira) e contribuindo para a proliferação de doenças

Comunidades locais, do entorno e regionais.

Em todos os municípios

de fronteira 800.000,00

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127

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

36 Desenvolviment

o Ambiental

PROGRAMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Cooperativa de Produtos Recicláveis Oriundos do Lixo

ESTADO MÉDIO PRAZO

SEDAM ESTADO

Criar e implantar uma cooperativa de produtos recicláveis de resíduos sólidos no município de Vilhena.

Não existe coleta seletiva de resíduos sólidos nos municípios do cone sul do estado. A coleta irá gerar material para a Cooperativa de Vilhena.

População local e

regional Vilhena 350.000,00

37 Desenvolviment

o Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Desenvolvimento do Ecoturismo em Rondônia.

ESTADO MÉDIO PRAZO

SEDAM ESTADO

Promover o desenvolvimento do turismo sustentável no Estado de Rondônia.

Rondônia tem nos recursos naturais e culturais um grande potencial para desenvolver a atividade ecoturística.

População local e

turistas.

Porto Velho, Guajará,

Nova Mamoré,

Costa Marques,

Alto Alegre, Pimenteiras

e Cabixi.

700.400,00

38 Desenvolviment

o Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Criação de centro de capacitação ao desenvolvimento ambiental do conjunto de atividades e ações que compõe um projeto.

ESTADO MÉDIO PRAZO

SEDAM ESTADO

Capacitar técnicos setoriais para fomentar a educação ambiental.

Capacitação técnica para dar estrutura às comunidades locais e administração pública (em nível médio e superior). Proporcionar suporte ao produtor, fortalecendo as famílias tradicionais (educação ambiental).

Técnicos da SEDAM

Em todos os municípios

de fronteira 150.000,00

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128

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

39 Desenvolviment

o Ambiental

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

Educação e Cultura, como instrumento de integração e superação dos desafios decorrentes das instalações dos empreendimentos hidrelétricos no vale do Rio Madeira- Município do Porto Velho - Rondônia

ESTADO MÉDIO PRAZO

UNIR Acadêmica

Conscientizar a comunidade local através de atividades lúdico-pedagógicas, com ênfase para a Questão Ambiental, como subsídio ao planejamento participativo para as comunidades direta e indiretamente afetadas com a construção dos dois complexos hidrelétricos, visando à busca de uma nova visão de desenvolvimento sustentável, ecológico e duradouro, com atividades econômicas permanentes e replicáveis.

Na cidade de Porto Velho, percebe-se que o gestor publico não tem viabilizado satisfatoriamente as demandas vindas da comunidade, questões do saneamento básico, seleção e tratamento dos resíduos doméstico e industrial, organização social em conselhos, associações de moradores entre outras soluções que passam de ser atendidas.

Porto Velho e Complexos Hidrelétricos

de Santo Antonio e

Jirau

Porto Velho 50.000,00

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129

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

40 Desenvolviment

o Econômico

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA FAIXA DE FRONTEIRA

Promover a única área de Livre Comércio do Estado de Rondônia na Fronteira Brasil-Bolívia

FEDERAL LONGO PRAZO

ACISGM ALCGM

Desenvolver estudo comparativo acerca dos benefícios e vantagens de instalar empresas comerciais e industriais na Área de livre Comércio de Guajará-Mirim com o objetivo de importar e exportar produtos.

A Bolívia tem sido um forte comprador de produtos de primeira necessidade e pode inverter as exportações de castanha-do-Brasil que ora passam pelos corredores do Chile, vindos a usar a estrutura logística dos containers que estão chegando ao ponto Alfandegado de Guajará-Mirim/RO, possibilitando seu envio a qualquer parte do mundo, saindo de Guajará-Mirim.

Comerciantes, industriais do Estado de Rondônia e

Bolívia.

Guajará Mirim

100.000,00

41 Desenvolviment

o Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVI-MENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR

Fortalecimento da Agricultura Familiar

ESTADO MEDIO PRAZO

SEAGRI, EMATER SEDAM

População

Fortalecer a agricultura familiar dando suporte técnicos e aproveitando as potencialidades produtivas em todo o estado

A baixa produtividade, aparecimento de pragas e doenças, excesso de produção sem mercado definido e baixo índice de beneficiamento, são problemas dos agricultores familiares, neste sentido apoio com políticas públicas com assistência técnica, insumos apropriados, apoio a instalação de farinheiras e agroindústrias.

Agricultor Familiar

Municípios Fronteiriços

2.000.000,00

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130

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

42 Desenvolviment

o Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO

Frigorífico de frango no Cone sul

ESTADO MEDIO PRAZO

EMATER/SEAGRI

População

Apoiar a implantação de frigorífico de frango para o Cone sul.

O frigorifico de frango irá gerar muitos empregos e valorizará a criação de frango da região do cone sul.

Médios produtores

rurais e respectivas

famílias.

Cone sul 1.000.000,00

43 Desenvolviment

o Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO

Industrialização do Urucum

ESTADO MEDIO PRAZO

EMATER/SEAGRI

População

Fomentar a industrialização do Urucum.

Por ser um produto regional a fomentação do urucum trará muitos benefícios para o Estado.

Médios produtores

rurais e respectivas

famílias,

Cone sul 750.000,00

44 Desenvolviment

o Econômico

PROGRAMA DE CONTROLE DE QUALIDADE DO PRODUTO TURISTICO

Programa de Controle de Qualidade do Produto Turístico

ESTADO MEDIO PRAZO

SETUR Demandas do Estado

Proporcionar condições ao desenvolvimento das ações desta EMBRATUR Regional.

A EMBRATUR possui condições precárias de trabalho, não disposição de veículos, e falta de equipamentos auxiliares.

Servidores e demais

municípios. Porto Velho 88.820,00

45 Desenvolviment

o Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO

Fortalecimento do Agronegócio

ESTADO LONGO PRAZO

SEAGRI, EMATER SEDAM

População

Fortalecer o agronegócio na região (fortalecimento dos APLs)

Os produtos da atividade agropecuária apresentam pouco valor econômico agregado, com baixo uso tecnológico. O segmento apresenta-se desarticulado necessitando de intervenção e apoio a iniciativa privada com ações voltadas ao fortalecimento do agronegócio, em toda a cadeia produtiva e os segmentos que estão em APLs.

Produtores Rurais e

Extrativista

Municípios Fronteiriços

2.000.000,00

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131

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

46 Desenvolvimento

Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGROPECUÁRIO

Viabilização da Regularização Fundiária

ESTADO LONGO PRAZO

SEAGRI, EMATER SEDAM

População

Viabilizar a regularização das propriedades (fazer um estudo técnico da real necessidade de transações fundiárias com todo o seu levantamento)

A maioria das propriedades rurais não tem a documentação legal de propriedade da terra. Documentos esses necessários para o acesso ao crédito. A maioria não consegue atender as exigências referentes às normas ambientais, bem como certificações de produtos. O setor carece de apoio governamental para o desenvolvimento sustentável.

Pecuaristas, Agricultores, Agricultores Familiares

Municípios Fronteiriços

450.000,00

47 Desenvolviment

o Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA AQUICULTURA E PESCA

Desenvolvimento Pesqueiro

ESTADO MEDIO PRAZO

SEAGRI, EMATER, SEDAM E SEDES

População

Viabilizar o beneficiamento do pescado

O pescado na região de fronteira é comercializado in natura. A infraestrutura de armazenamento do mesmo é inadequada sua comercialização é feita por intermediários. Modelo trás prejuízo aos pescadores piscicultores com baixa remuneração pelo produto. A instalação de frigoríficos fortalecerá da cadeia produtiva agregando valor econômico ao produto e aumento da renda

Pescador, Produtor

rural, Agricultura

Familiar

Municípios Fronteiriços

750.000,00

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132

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

48 Desenvolviment

o Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO

Incentivo A Piscicultura

ESTADO MEDIO PRAZO

EMATER/SEAGRI

População

Incentivar a piscicultura para a reposição de peixes no Vale do Guaporé e Mamoré e para produção de pescado em tanques.

Incentivando a piscicultura do Vale do Guaporé e Mamoré com geração de mais empregos e renda para a população local.

Médios produtores

rurais, comunidades

e organizações

rurais.

Cone sul 600.000,00

49 Desenvolviment

o Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO

Instalação de Agroindústria

ESTADO MEDIO PRAZO

EMATER/SEAGRI

População

Instalar pequenas agroindústrias subsidiadas, destinadas as associações e grupos de iniciativa privada.

Aproveitar os recursos gerados na região e ajudar a gerar empregos para a população.

Médios produtores

rurais, comunidades

e organizações

rurais.

Municípios Fronteiriços

8.000.000,00

50 Desenvolviment

o Econômico

PROGRAMA ARTESANATO BRASILEIRO - CAPACITAÇÃO DE ARTESÃOS E MULTIPLICADORES PROGRAMA ARTESANATO BRASILEIRO - ESTRUTURAÇÃO DE NÚCLEOS PRODUTIVOS DO SEGMENTO ARTESANAL

Estruturação de Núcleos Produtivos do Segmento Artesanal.

ESTADO MEDIO PRAZO

Secretaria Esporte e Cultura e

Lazer

População Fortalecer o segmento do

artesanato

A faixa de fronteira abriga uma diversidade cultural com grande potencial turístico nacional e internacional. Realização de estudos e diagnóstico para investimentos nos setores que não deram continuidade no artesanato. Desta forma se justifica políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do setor de turismo local.

Empresários e autônomos da cadeia do

turismo

Municípios Fronteiriços

500.000,00

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133

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

51 Desenvolvimento Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO

Capacitação Do Turismo

ESTADO LONGO PRAZO

SETUR População Promover a oferta de turismo

A faixa de fronteira abriga uma diversidade cultural com grande potencial turístico nacional e internacional. Realização de estudos e diagnóstico para investimentos nos setores que não deram continuidade no artesanato. Desta forma se justifica políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do setor de turismo local.

Empresários, autônomos da cadeia do turismo

Municípios Fronteiriços

150.000,00

52 Desenvolvimento Econômico

PROGRAMA DE ESTRUTURAÇÃO DOS SEGMENTOS TURÍSTICOS

Dinamização do Turismo de Rondônia

ESTADO LONGO PRAZO

SETUR População

Promover a oferta turística (formar a PP do Turismo em Rondônia)

A faixa de fronteira abriga uma diversidade cultural com grande potencial turístico nacional e internacional. Realização de estudos e diagnóstico para investimentos nos setores que não deram continuidade no artesanato. Desta forma se justifica políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do setor de turismo local.

Empresários e autônomos da cadeia do turismo

Municípios Fronteiriços

200.000,00

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134

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

53 Desenvolviment

o Econômico

PROGRAMA DE CONTROLE DE QUALIDADE DO PRODUTO TURISTICO NO ESTADO DE RONDONIA

CAT dos Municípios de Costa Marques de Guajará Mirim

ESTADO MEDIO PRAZO

SETUR Demandas do Estado

Instalação predial adequada ao atendimento de turistas e otimização dos trabalhos e atividades turísticas.

O Município possui grande demanda em atender ao turista de forma adequada, proporcionando maior segurança, tratamento e qualidade.

População e turistas

Guajará Mirim e

Costa Marques

230.000,00

54 Desenvolviment

o Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO

Implantação de Unidades de Armazém de Grãos

Estado MEDIO PRAZO

EMATER-RO/SEAGRI

População

Implantar 3 unidades de secagem, armazenamento e beneficiamento de grãos 01 Rolim de Moura, 01 em São Francisco e 01 em Colorado do Oeste.

Alguma região do estado vem se destacando pela produção de grãos apresentando topografia favorável a mecanização extradição dos agricultores, necessitando de instrumentos governamentais em infra-estrutura

Médios produtores

rurais e respectivas

famílias, comunidades

e organizações

rurais.

Rolim de Moura, São Francisco do Guaporé e

Colorado do Oeste

800000,00

55 Desenvolviment

o Econômico

PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Crédito Fundiário

Estado MEDIO PRAZO

SEAGRI População

Contribuir para evitar o êxodo rural, facilitando o acesso a terra para o público, na maioria arrendatários, posseiros, meeiros e comodatários estabelecidos no estado

Em virtude do aumento dos conflitos agrários, êxodo rural conforme dados do IBGE de 2010, demonstra apenas 22% da população na zona rural, favorecendo assim a escassez de alimento no mercado interno, além de sabermos também pelo IBGE que a média de idade das pessoas do campo está acima dos 50 anos

Agricultores, Agricultores Familiares

Municípios Fronteiriços

46.000.000,00

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135

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

56 Desenvolviment

o Econômico

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE

Projeto EMPREENDER Rondônia

FACER, ESTADO e PARCERIA

CURTO PRAZO

FACER/RO

MPE, Micro empreende

dores Individuais

O Projeto EMPREENDER busca promover a competitividade das MPE e dos Micros Empreendedores Individuais (MEI), por meio da oferta de serviços de consultoria coletiva nas áreas de gestão e acesso ao mercado, visando fortalecer as empresas locais e Associações Empresariais visando o desenvolvimento sustentável.

O projeto visa os associados com programas e ações de qualificação. A FACER poderá contribuir, para o crescimento e desenvolvimento sustentável das MPE na faixa de fronteira, que soma 89% de microempresas associados, a entidade se volta para esses agentes da economia, responsáveis pela maior parte dos empregos.

População em geral

Área de fronteira

1.321.300,00

57 Desenvolviment

o Econômico

PROMOÇÃO COMERCIAL DE MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE

EXPORTA RONDONIA

ESTADO MÉDIO PRAZO

FACER Estado

A globalização e a internacionalização dos mercados provocam grandes impactos na atividade de comércio exterior. Onde é preciso desenvolver a competitividade e modelo de gestão apropriado aos aspectos operacionais e legais das relações internacionais, garantindo vínculos comerciais sólidos e duradouros.

A experiência das empresas com o comércio internacional acontece de forma limitada ou deixa de acontecer, devido à falta de qualificação de profissionais e de conhecimentos a cerca dos diferentes mercados mundiais. Faz-se necessário a qualificação de profissionais com a habilidades técnicas e gerenciais para o comércio exterior.

Aproximadamente 150 empresas

situadas na faixa de

fronteira.

Guajará-Mirim

570.000,00

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136

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

58 Desenvolvimento Econômico

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA PECUÁRIA LEITEIRA

DIVERSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DO LEITE

ESTADO LONGO PRAZO

SEAGRI, EMATER

População Diversificar a produção do leite

A maioria dos municípios da faixa de fronteira está distante das indústrias de laticínios. Neste sentido é necessário se criar mecanismos que possam atender a demanda, através de pequenas agroindústrias para agregar valor à produção do leite.

Agricultores, Agricultores Familiares

Municípios Fronteiriços

6.000.000,00

59 Desenvolviment

o Econômico

PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA E URBANA

ESTADO MEDIO PRAZO

SEAGRI População

Promover a regularização fundiária urbana e rural nos municípios da faixa e linha de fronteira

A maioria das propriedades rurais necessita de regularização do domínio da terra, documentos legais para acessar ao crédito. Desta forma é fundamental as ações que garantam apoio aos produtores rurais, empreendedores para o desenvolvimento sustentável do setor.

Proprietários

dos lotes urbanos e rurais dos municípios

Municípios Fronteiriços

46.000.000,00

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137

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

60 SAÚDE

PROGRAMA DE PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS TROPICAIS

Campanhas de combate às doenças tropicais

ESTADO MÉDIO PRAZO

SESAU - Secretaria De Estado de Saúde

População

Combater de maneira eficiente com intuito de manter a cidade imune de doenças

Os municípios de Costa Marques, Pimenteiras e Guajará-Mirim estão vulneráveis a doenças, cabe então atende-las.

População local.

Costa Marques, Guajará-mirim e

Pimenteiras

500.000,00

61 SAÚDE

PROGRAMA DE PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS TROPICAIS

Construção de um Posto de Saúde em Surpresa.

ESTADO MÉDIO PRAZO

DEOSP Estado

Atender a necessidade da população em relação à saúde.

O município possui uma demanda cada vez maior em atendimento à saúde.

População fronteiriça, migrantes e imigrantes.

Distrito de Surpresa

698.965,35

62 SAÚDE

PROGRAMA DE PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS TROPICAIS

Procedimento Operacional Padrão Fronteira Internacional

ESTADO MÉDIO PRAZO

IDARON Estado

O projeto objetiva as ações referentes à vigilância veterinária na fronteira internacional entre Rondônia e a Bolívia.

Devido à vulnerabilidade de agente etiológico através da introdução de animais produtos e subprodutos para disseminar a região.

População dos

Municípios Fronteiriços.

Guajará-Mirim, Costa

Marques, Rolim de Moura e

Pimenteiras.

500.000,00

63 SAÚDE

PROGRAMA DE ESTRURAÇÃO DOS HOSPITAIS DAS REGIÕES FRONTEIRIÇAS

Estruturação do Hospital de São Francisco

ESTADO MEDIO PRAZO

SESAU - Secretaria De Estado de Saúde

População

Condições melhores para pacientes no intuito de atender toda a população dos municípios vizinhos

Populares estão sem atendimento hospitalar adequado.

População local.

São Francisco do Guaporé

1.500.000,00

64 SAÚDE

PROGRAMA DE ESTRURAÇÃO DOS HOSPITAIS DAS REGIÕES FRONTEIRIÇAS

Aquisição de 01 incinerador de lixo hospitalar

ESTADO MEDIO PRAZO

SESAU - Secretaria De Estado de Saúde

População

Designar de maneira correta os lixos hospitalares.

Não há destino final adequado para os resíduos hospitalares nos 27 municípios da faixa de fronteira.

População local.

Municípios Fronteiriços

800.000,00

65 SAÚDE

PROGRAMA DE PREVENÇÃO E COMBATE DE DOENÇAS TROPICAIS

Implantação das salas de vacinas nas Fronteiras.

ESTADO MEDIO PRAZO

AGEVISA ESTADO

Controlar as doenças endêmicas nas áreas de fronteiras, devido à grande circulação de migrantes e imigrantes.

As salas de vacinas estão desativadas há mais de cinco anos tornando vulnerável a região de grande circulação de migrantes e imigrantes.

População fronteiriça, migrantes e imigrantes.

Vale do Guaporé

460.000,00

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138

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

66 SAÚDE

PROGRAMA DE ESTRURAÇÃO DOS HOSPITAIS DAS REGIÕES FRONTEIRIÇAS

Aquisição de 04 lanchas ambulâncias

ESTADO MEDIO PRAZO

SESAU - Secretaria De Estado de Saúde

População

Dispor de um meio de transporte adequado para agilizar o atendimento quando necessário.

A população ribeirinha de Guajará-Mirim à Pimenteiras que não dispõe de transporte hospitalar para uso em emergências

População dos rios

Guaporé e Mamoré.

Guajará-Mirim à

Pimenteiras 860.000,00

67 SAÚDE

PROGRAMA DE ESTRURAÇÃO DOS HOSPITAIS DAS REGIÕES FRONTEIRIÇAS

Aquisição de 01 barco itinerante

ESTADO MEDIO PRAZO

SESAU - Secretaria De Estado de Saúde

População

Dispor de um meio de transporte adequado para agilizar o atendimento quando necessário e disponibilização de viajar para qualquer outro município próximo.

Populares de Guajará-Mirim à Pimenteiras estão sem transporte hospitalar para atender população ribeirinha.

População dos rios

Guaporé e Mamoré.

Guajará-Mirim à

Pimenteiras 1.000.000,00

68 SAÚDE

PROGRAMA DE ESTRURAÇÃO DOS HOSPITAIS DAS REGIÕES FRONTEIRIÇAS

Aquisição de 06 ambulâncias ( TOYOTA OU S-10 )

ESTADO MEDIO PRAZO

SESAU - Secretaria De Estado de Saúde

População

Obter um meio de transporte adequado para agilizar o atendimento quando necessário e disponibilização de viajar para qualquer outro município próximo.

Para que populares dos municípios de Costa Marques, São Francisco, São Domingo, São Miguel, Seringueiras e Campo novo tenham mobilidade de um atendimento rápido se necessário.

População local.

Costa Marques,

São Francisco,

São Domingos, São Miguel, Seringueiras

e Campo Novo

1.050.000,00

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139

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

69 SAÚDE RONDONIA ACOLHE FRONTEIRA

Fronteira Viva

ESTADO MEDIO PRAZO

SEPAZ ESTADO

Fortalecer a rede de tratamento à dependência química na área de fronteira.

A coca tem sido plantada cada vez mais próxima da fronteira do país. A Bolívia legalizou o plantio da coca para atender ao milenar uso pelos nativos em até 12 mil hectares na região do Yungas, de La Paz, é apontado que no Chapare (Cochabamba) o plantio é ilegal. A Bolívia tem 31.000 ha 20% de cultivo ilícito de coca na América do Sul. Segundo pesquisas apresentadas no Livro publicado pela Câmara dos Deputados: “Crack, leva segurança pública a jogar dinheiro no ralo”, no estado de Rondônia 70% dos presos tem envolvimento com drogas. É necessário uma ação no sentido de atuar nos eixos de acolhimento, prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social de dependentes químicos.

Dependentes químicos,

seus familiares e

equipe técnica da

Secretaria de Estado da

Justiça.

Todos os municípios da linha de fronteira

2.000.000,00

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140

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

70 SAÚDE RONDONIA ACOLHE FRONTEIRA

OCAS Integradas de Cultura de Paz.

ESTADO MÉDIO PRAZO

SEPAZ ESTADO

Proporcionar espaços coletivos de trocas, práticas e fazeres tendo como propósito o intercâmbio do saber popular, cientifico e cultural no fortalecimento da rede social solidária de promoção da vida e prevenção ao uso indevido de drogas.

O Estado propõe instituir uma política estadual de enfrentamento ao uso indevido de álcool e outras drogas, criando a Secretaria de Promoção da Paz. O Brasil tem celebrado acordos de cooperação com países vizinhos. Em Rondônia 70% dos presos têm envolvimento com o consumo de drogas. Assim, o projeto de prevenção da SEPAZ está respaldado em uma política de estado de enfrentamento ao uso indevido de drogas e suas ações irão abranger crianças, jovens e adultos, reconhecendo que ser livre da dependência das drogas é um direito humano.

População fronteiriça, migrantes e imigrantes.

Todos os municípios da linha de fronteira

23.500.000,00

71 SAÚDE

PROGRAMA DE ESTRURAÇÃO DOS HOSPITAIS DAS REGIÕES FRONTEIRIÇAS

Aquisição de Hidroavião de pequeno porte.

FEDERAL MÉDIO PRAZO

SESAU - Secretaria De Estado de Saúde

População

Dispor de um meio de transporte adequado para agilizar o atendimento quando necessário e disponibilização de viajar para qualquer outro município próximo.

Atendimento rápido e eficaz de maneira segura na área de fronteira.

População local./ribeirin

hos do Madeira,

Mamoré e Guaporé

Todos os municípios da área de fronteira

1.000.000,00

Page 142: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

141

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

72 EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA FAIXA DE FRONTEIRA

Conclusão do Campus da Unir em São Miguel do Guaporé

ESTADUAL MÉDIO PRAZO

UNIR/PAC População

Acelerar/facilitar a graduação nos cursos de biologia, engenharia ambiental, florestal, pesca e turismo, para o público estudantil ao longo da RO 429.

Atender alunos nas regiões de fronteiras com os cursos de biologia, engenharia ambiental, florestal, pesca e turismo.

Estudantes dos

municípios ao longo da

BR 429.

São Miguel do Guaporé

600.000,00

73 EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA FAIXA DE FRONTEIRA

Wayoro emeto: fortalecendo uma língua indígena ameaçada de desaparecimento na região do Guaporé

MUNICIPAL

MÉDIO PRAZO

UNIR Acadêmica

Estabelecer estratégias de revitalização e fortalecimento da língua e cultura Wayoro através do planejamento e elaboração de material de educação bilíngüe Wayoro-Português

A língua Wayoro não é mais falada diariamente. Pode ser caracterizada como uma situação de ruptura geracional. Em diversos momentos os membros da etnia Wayoro expressaram a necessidade de construção de material de alfabetização Wayoro-Português.

População Indígena

Guajará-Mirim

18.820,00

74 EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA FAIXA DE FRONTEIRA

Implantação de ensino superior presencial e a distância para atendimento da demanda

FEDERAL MÉDIO PRAZO

UNIR/PAC /IFRO

População

Inclusão social através da capacitação superior diferenciada de alunos residentes em regiões distantes dos centros de ensino em Rondônia.

Necessário para evitar o deslocamento dos jovens que concluíram o ensino médio para as cidades pólos em busca de continuar os estudos e quando terminam não querem voltar para as cidades de origem.

Estudantes dos

municípios fronteiriços

de Rondônia.

Municípios Fronteiriços

400.000,00

Page 143: PLANO DE DESENVOLVIMENTO PDIF final out... · A elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Fronteira - PDIF ... desenvolvimento e principalmente na priorização da prática

142

SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

75 EDUCAÇÃO

Integração Histórica, Política e Cultural da Região de Fronteira Brasil/Bolívia

ESTADO MÉDIO PRAZO

UNIR Acadêmica

Documentar e produzir material cultural para uso e divulgação sobre as comunidades para o grande público.

O projeto está assentado numa tripla perspectiva, de análise e acompanhamento se utiliza de três áreas de ciências humanas: a História, a Literatura e as Línguas Portuguesas e Espanholas. A partir dessas áreas temos as linhas: estudos do Pós-colonialismo, da Filosofia Política e do imaginário social. Atuação da UNIR compreende três sub-regiões na faixa de fronteiras conforme o MI.

População ribeirinha da

Ponta do Abunã a

Cabixi, área de

aproximadamente 800

Km.

Ponta do Abunã e

Cabixi 150.000,00

76 EDUCAÇÃO PAC

Estrada Transoceânica: oportunidades estratégicas para o desenvolvimento sustentável de Rondônia

FEDERAL LONGO PRAZO

UNIR Acadêmica

Identificar as vantagens que a abertura da estrada do pacífico oferece à Rondônia, no contexto das atividades agroflorestais, que possam estimular o desenvolvimento sustentável deste Estado.

As PPS direcionadas ao desenvolvimento de Rondônia tendem a enfrentar, entre outros problemas a dificuldade no escoamento da produção, quando se trata de abastecer mercados internacionais, por isso a capacidade de desenvolvimento do estado acaba sendo limitada por fatores externos que limitam de modo geral o desenvolvimento o.

A população do Estado de

Rondônia. Rondônia 17.700,00

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SÍNTESE DOS PROJETOS PARA A FAIXA DE FRONTEIRA - NEIFRO

Nº EIXO PROGRAMA PROJETO COMPE-TÊNCIA

STATUS TEMPORAL

ENTIDADE ORIGEM -

DEMANDA OBJETIVO JUSTIFICATIVA

PÚBLICO ALVO

TERRITÓRIO VALOR R$

77 EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA FAIXA DE FRONTEIRA

Implantar duas escolas bi-nacionais, (O1) em Guajará Mirim, (01) em Costa Marques.

ESTADO LONGO PRAZO

DEOSP/PAC

População

Tem como proposta uma identidade regional bi ligue e intercultural.

Implantação de escola bi-nacional de ensino básico para estudantes dos países fronteiriços, promovendo a inclusão social dos mesmos. No caso das cidades de Costa Marques e Guajará Mirim, estas vem de encontro às necessidades Brasil e /Bolívia.

Estudantes binacionais

dos municípios de Guajará

Mirim e Costa

Marques.

Costa Marques e Guajará-

Mirim

3.000.000,00

78 EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA FAIXA DE FRONTEIRA

Planejamento, Cultura e Diversidade na Fronteira Brasil-Bolívia

FEDERAL LONGO PRAZO

UNIR Acadêmica

Desenvolver um estudo comparativo do planejamento educacional desenvolvido pelo Brasil e Bolívia, identificando a presença de valores e conceitos da diversidade cultural, a educação ambiental, identificar ações relacionadas ao uso das Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC's

As peculiaridades relativas a cada contexto sócio-cultural e educacional presentes nos documentos legais podem ser analisadas e referenciadas a partir de um olhar científico que contribua para resignificar o Planejamento Educacional dos sistemas envolvidos, com objetivo de fortalecer a integração de práticas educativas e a interculturalidade.

Acadêmicos e professores

do Campus de Guajará e da Rede de

ensino Estadual e

Municipal de Guajará e

Nova Mamoré e

professores de

Guayaramerim e Riberalta

na Bolívia.

Guajará-Mirm, Nova

Mamoré, Guayarameri

m e Riberalta/Bol

ívia.

800.000,00

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