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PLANO DIRETOR DE TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SEPDET/TURISRIO - 2001 GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Governador Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira Secretário de Estado de Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Turismo - SEPDET Tito Bruno Bandeira Ryff Presidente da Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro - TURISRIO Sérgio Ricardo Martins de Almeida Equipe Técnica José Augusto Guedes Falcão - SEPDET Coordenador Aguinaldo César Fratucci - TURISRIO Alvaro José Cruz Pessanha - SEPDET Annabella Blyth - SEPDET Carlos Alberto Guedes Falcão - TURISRIO Elaine Henriques - TURISRIO Lucia Helena do Nascimento - SEPDET Mara Lúcia Paquelet Pereira - SEPDET Regina Tavares de Rezende – SEPDET

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SEPDET/TURISRIO - 2001

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Governador Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira Secretário de Estado de Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Turismo - SEPDET Tito Bruno Bandeira Ryff Presidente da Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro - TURISRIO Sérgio Ricardo Martins de Almeida

Equipe Técnica

José Augusto Guedes Falcão - SEPDET Coordenador

Aguinaldo César Fratucci - TURISRIO

Alvaro José Cruz Pessanha - SEPDET

Annabella Blyth - SEPDET

Carlos Alberto Guedes Falcão - TURISRIO

Elaine Henriques - TURISRIO

Lucia Helena do Nascimento - SEPDET

Mara Lúcia Paquelet Pereira - SEPDET

Regina Tavares de Rezende – SEPDET

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Colaboradores

Angela Peres da Silva

Cibele Gonçalves Azevedo Correia

Érica Gomes Salviano

Iracema Costa Franco

Jorge Fernandes da Cunha Filho

Leda Lúcia Falcão Queiroz

Mirian Cutz

Mônica de Souza Araujo

Roberto Adler

Estagiários TURISRIO

Branca Bandeira Rodrigues

David Melo Guerrero

Tatiana Antunes Arldt

Consultores Dosdin/DHVMC

José Augusto de C. Barreiros Cotta Coordenador

António José Sá

Carlos Cabral Tavares de Lima

Geraldine Saviano

José Maria Gomes Caldas

Vanda Rodrigues Jesus

Venicio Giachini

Rui Miguel Fraga

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Grupo Técnico de Acompanhamento - GTA (Decreto nº 27.283/2000) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMADS Paulo Dias Pizão Célia Amorim Lisboa Secretaria de Estado de Cultura - SEC Delzimar Coutinho Dina Lerner Maria Cristina Monteiro Secretaria de Estado de Transportes – SET Delmo Manoel Pinho Ricardo Lucas Secretaria de Estado de Segurança Pública – SESP Tenente-Coronel Carlos Alberto Soares Gomes Major Paulo Sergio

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Parte III PROPOSIÇÕES

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SUMÁRIO VOLUME I PARTE I - APRESENTAÇÃO E DIRETRIZES 1 INTRODUÇÃO 1 2 OBJETIVOS E PRESSUPOSTOS 4 3 ASPECTOS METODOLÓGICOS 7 3.1 Conceituação dos Consumidores Típicos:

Turistas e Categorias Assemelhadas 9 3.2 Produtos 11 3.3 Etapas 13

4 EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE TURÍSTICA 15 4.1 A Consolidação do Turismo como Produto 16 4.2 O Contexto Atual 18

PARTE II - DIAGNÓSTICO DO TURISMO NO ESTADO

1 PANORAMA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 21 1.1 Aspectos Naturais 23 1.2 Aspectos Históricos e Culturais 34 1.3 Aspectos Institucionais e Paisagísticos das Regiões Turísticas 43 1.4 Aspectos Sócio-Econômicos das Regiões Turísticas 56 2 OFERTA TURÍSTICA 69 2.1 Conceituação 70 2.2 Atrativos Turísticos 72 2.3 Equipamentos e Serviços Turísticos 99 2.4 Infra-Estrutura de Apoio Turístico 112 2.5 Formação de Recursos Humanos 128

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3 DEMANDA TURÍSTICA 140 3.1 Turismo 141 3.2 Veraneio 157 3.3 Excursionismo 162 3.4 O Perfil Atual da Demanda do Mercado Nacional para o Estado 166 3.5 Pólos Emissores e Perfil dos Consumidores por Região Turística 168 4 MERCADO TURÍSTICO 184 4.1 A Expansão da Economia do Turismo 185 4.2 Participação do Turismo na Economia do Estado 187 4.3 Principais Investimentos no Setor 190 4.4 A Performance da Atividade nas Regiões Turísticas 193 5 PROMOÇÃO E MARKETING 201 5.1 Evolução da Imagem Turística do Estado do Rio de Janeiro 202 5.2 Ações do Poder Público e da Iniciativa Privada 205 5.3 Canais de Distribuição e Sistema de Promoção e Comercialização 208 5.4 Calendário de Eventos 209 5.5 Roteiros Turísticos Comercializados 215 6 ASPECTOS INSTITUCIONAIS 217 6.1 Perfil e Estrutura dos Órgãos Oficiais de Turismo 218 6.2 Análise da Legislação Turística e Ambiental Vigente 222 7 CONCLUSÕES 239 7.1 Oferta Turística 240 7.2 Demanda Turística 245 7.3 Imagem Turística 246 7.4 Capacidade Competitiva do Estado do Rio de Janeiro 248 PARTICIPANTES NAS REUNIÕES REGIONAIS 250 PARTICIPANTES NAS REUNIÕES SETORIAIS E SEMINÁRIOS 254 SIGLAS 256 BIBLIOGRAFIA 258

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VOLUME II PARTE III - PROPOSIÇÕES 1 INTRODUÇÃO 1 2 PRESSUPOSTOS E MARCOS CONCEITUAIS 4 2.1 Da Conceituação Adotada 5 2.2 Do Tratamento e Sistematização da Informação 5 2.3 Da Política Estadual de Turismo 6 2.4 Da Consolidação do Produto Turístico 7 2.5 Do Modelo de Ocupação Territorial 8 3 PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE 10 3.1 Impactos Ambientais 11 3.2 Impactos Sociais 13 3,3 Impactos Econômicos 14 4 PLANO DE AÇÃO E PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO 19

DE ÂMBITO ESTADUAL 4.1 Desenvolvimento Institucional 21 4.2 Infra-Estrutura de Apoio 30 4.3 Sistema de Informação 45 4.4 Fomento à Atividade 52 4.5 Consolidação do Produto Turística 62 5 ESPACIALIZAÇÃO DA ATIVIDADE TURÍSTICA 75 5.1 Zoneamento Turístico do Estado 76 5.2 Regionalização Turística Proposta 97 6 CARACTERIZAÇÃO E PROPOSIÇÕES DE ÂMBITO REGIONAL 104 6.1 Regiões Turísticas 105 6.2 Áreas de Desenvolvimento Estratégico 159 7 NORMATIVOS APLICÁVEIS AO TURISMO 180 7.1 Normas de Proteção aos Recursos Turísticos 181 7.2 Normas Relativas à Regulamentação da Atividade 159 8 ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DO PLANO 197 8.1 Programa de Acompanhamento e Monitoramento 204 BIBLIOGRAFIA 206

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1 INTRODUÇÃO

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1 INTRODUÇÃO O Plano Diretor de Turismo do Estado do Rio de Janeiro oferece informações e diretrizes que objetivam estimular o desenvolvimento da atividade turística em diversas escalas e nas suas diferentes formas de manifestação. Desta maneira, a tradução do conjunto de informações e dados que compõem o universo do fenômeno turístico no território estadual exigiu um método próprio de tratamento e sistematização de dados, com vistas à sua transposição em um conjunto orgânico de propostas de ação para o desenvolvimento do setor. A concepção inovadora buscada pelo trabalho exigiu, desde o seu início, a formulação de alguns conceitos e definições, impondo ainda, na fase de passagem do diagnóstico para as proposições, a definição de categorias que fossem orientadoras das políticas para o setor, e que traduzissem, espacialmente, os programas e as ações propostas. Entretanto, em razão da ausência de estudos semelhantes nessa escala de abordagem e da falta de tradição no planejamento desta atividade, o trabalho apresenta limitações que se busca compensar com os esclarecimentos metodológicos, conceituais e dos critérios que orientam cada um dos capítulos e temas tratados e encaminhados. Acredita-se que, diante da abrangência de informações e proposições, a sistemática de trabalho encaminhada nesta etapa do Plano possa servir de parâmetro e orientação, não só para a definição das políticas para o setor, como também possa contribuir para uma reflexão ampliada sobre o planejamento e a gestão pública da atividade turística. Metodologicamente, a análise das variáveis sócio-econômicas, físicas e territoriais foi procedida de maneira a permitir uma concreta avaliação do potencial dos atrativos e recursos turísticos, na perspectiva da real capacidade da sua transformação em produtos turísticos, efetivando-os como fatores de desenvolvimento social e econômico, ambientalmente sustentável no Estado do Rio de Janeiro. Para a transformação dos recursos potenciais em produtos efetivos é necessário conhecer as possibilidades, as restrições e os investimentos demandados para que, a partir deste conjunto de dados, seja possível estabelecer as diretrizes para esta realização. Assim, de acordo com a identificação e o mapeamento das vocações locais, situados em um contexto de competitividade interna e externa, poder-se-á promover o desenvolvimento equilibrado da atividade no território estadual. As proposições apresentadas consideraram ainda que, toda região, cidade ou localidade possui algum tipo de atrativo ou recurso passível de despertar interesse, podendo vir a se transformar num produto turístico. Neste sentido, busca traduzir nas proposições, as escalas adequadas à efetivação de atrativo em produto, e de cada lugar em destino turístico. A consolidação das proposições do Plano Diretor de Turismo do Estado do Rio de Janeiro constitui-se então, em instrumento estratégico orientador das ações no campo da gestão pública, além daquelas a serem articuladas com a iniciativa privada, no sentido de implementar o conjunto dos serviços que integram, direta ou indiretamente, o desenvolvimento da atividade turística, oferecendo todo o suporte necessário à mobilização de recursos técnicos, humanos e financeiros que, no horizonte temporal previsto, estejam direcionados à dinamização da economia do turismo.

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Este Volume 2 apresenta as Proposições resultantes do cumprimento das etapas da metodologia adotada para a consecução do Plano. Inicialmente, são apresentados os Pressupostos e Marcos Conceituais que nortearam as definições e as proposições ora apresentadas. Em seqüência, é apresentada uma análise contendo uma síntese das Perspectivas de Desenvolvimento da Atividade Turística no Estado, abordando os aspectos ambientais, sociais e econômicos a ela relacionados . A seguir encontram-se as Proposições que, por abrangência ou por tipo de conteúdo, se aplicam a todo o território estadual, e se referem a Programas, Projetos e Ações organizados em setores que cobrem todo o espectro de questões relativas às demandas para o desenvolvimento da atividade. Em seguida, apresenta-se uma exposição dos aspectos que constituem a base territorial do Plano, que é integrada pelo Zoneamento Turístico Estadual, pela nova Regionalização Turística proposta e pelas Áreas de Desenvolvimento Estratégico - ADEs. Em seqüência são apresentadas as proposições, organizadas de acordo com a nova regionalização, tendo como referência a organização espacial da atividade no interior das Regiões Turísticas e das ADEs. Por fim são apresentadas as normas relativas à proteção dos recursos turísticos e as normas relativas à regulamentação da atividade. Trata-se, basicamente, da consolidação do conjunto de normas federais e estaduais vigentes, que dispõem sobre as principais questões relativas à gestão da atividade turística. As questões que extrapolarem as normas vigentes, mas que, mesmo assim, são objeto de proposta de revisão, serão encaminhadas para a tramitação legal junto às instituições competentes, no âmbito da administração pública estadual. Os demais normativos serão apresentados como indicação junto aos órgãos responsáveis, de direito, por sua institucionalização. É importante registrar que os resultados deste trabalho refletem o atual estágio da disponibilidade de informações e dados, o que pode representar alguns desvios. Portanto, as Proposições devem ser permanentemente reavaliadas com base no Programa de Monitoramento e Gestão, apresentado ao final deste Plano, que será alimentado pelo Sistema de Informações e Dados. No mesmo sentido, as incorreções devem ser revistas no processo de implantação do Plano, através da atualização dos dados e da adequação das proposições, num processo permanente de aprofundamento do conhecimento da atividade no Estado e da aproximação cada vez maior com a realidade.

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2 PRESSUPOSTOS E MARCOS CONCEITUAIS

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2 PRESSUPOSTOS E MARCOS CONCEITUAIS O Plano Diretor de Turismo foi concebido resguardando pressupostos metodológicos e político-institucionais, assim como marcos conceituais, que conformam um cenário onde se inserem e consolidam as proposições para o planejamento e desenvolvimento da atividade turística no Estado do Rio de Janeiro. As reflexões resultantes das discussões com os diversos agentes turísticos e representações municipais proporcionam diferentes enfoques e formas de abordagem no tratamento do tema, o que se reflete na organização e no conteúdo das proposições. 2.1 DA CONCEITUAÇÃO ADOTADA A conceituação dos consumidores típicos, adotada neste trabalho, baseia-se na definição oficial da Organização Mundial do Turismo – OMT, tendo sido adaptada à forma de expansão da atividade e da manifestação do fenômeno turístico no Estado e no país. Trata-se da definição das categorias de turista, veranista e excursionista que, da mesma forma como foi feita a desagregação em três tipos diversos de consumidores, implica no tratamento diferenciado das proposições relativas às atividades relacionadas a cada um desses universos, cujos impactos sociais, econômicos e ambientais são distintos. Esses tipos diversos de consumidores demandam serviços e estabelecem relações com o território que definem modelos próprios de uso e ocupação do solo e de organização espacial, conformando universos de mercados diferenciados, ainda que, na maioria das vezes, sejam territorialmente superpostos. Desta forma, as proposições relativas a cada tipo de consumidor deverão ser tratadas distintamente, o que indica para a necessidade de um recorte e uma categorização no Zoneamento Turístico do Estado - zonas de turismo, zonas de veraneio e zonas de excursionismo - adequados a estes diversos segmentos de mercado, buscando ainda minimizar as áreas de conflito e otimizar os resultados do ponto de vista social, econômico e ambiental. 2.2 DO TRATAMENTO E SISTEMATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO A leitura e a análise do diagnóstico impõem, de forma preliminar, uma observação no que se refere às informações e dados que o compõem. Não obstante a quantidade de dados disponíveis sobre a oferta, resultante dos diversos trabalhos elaborados pela TURISRIO em sua permanente articulação com os municípios, há uma grande limitação no que se refere às informações sobre o comportamento do setor turístico no território estadual, principalmente quanto à dimensão econômica da atividade e ao comportamento da demanda. Dessa forma, é de fundamental importância para a implantação do Plano e, principalmente, para a avaliação e o detalhamento de alguns temas tratados, a constituição de um banco de dados sistemático, proposto no âmbito de um programa de acompanhamento e monitoramento do Plano.

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Condição básica para o encaminhamento das proposições do Plano, o conjunto de informações disponibilizadas em banco de dados é também fundamental para uma efetiva operacionalização dos produtos turísticos, em todos os elos da sua cadeia produtiva. A medida possibilitará ainda, a inserção e a interação de todos os agentes que realizam a atividade, desde o estágio da produção até a comercialização e o consumo final. É importante registrar que, atualmente, as únicas informações estatísticas levantadas e tratadas com sistematicidade e freqüência, são os dados do receptivo internacional, coletados em pesquisa direta da EMBRATUR nos principais portões de entrada do país, permitindo a montagem de séries históricas. Independente de outras ações no campo da coleta e sistematização de dados sobre o turismo no Estado, a retomada na aplicação das Fichas Nacionais de Registro de Hóspedes – FNRH, além dos aspectos relativos à segurança pública, podem tornar-se um eficientíssimo instrumento de coleta de dados sobre o setor, podendo ser repassadas na forma dos Boletins de Ocupação Hoteleira – BOH. Este tema deve ser objeto de um trabalho conjunto com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, de modo a agilizar os procedimentos e facilitar o fornecimento da informação por parte dos prestadores de serviços de hospedagem. 2.3 DA POLÍTICA ESTADUAL DE TURISMO Um dos aspectos problemáticos da gestão pública da atividade turística está relacionado à indefinição no que se refere a uma política sistemática de turismo, que oriente as ações do Governo do Estado em parceria com a iniciativa privada. Não obstante, o órgão estadual responsável em articulação com os governos municipais e com o trade1, vem encaminhando um conjunto de ações e intervenções em diversas áreas relacionadas à atividade. Mais recentemente vem sendo reforçado pelo trabalho articulado, do ponto de vista institucional, que é o Plano Nacional de Municipalização do Turismo - PNMT. Entretanto, todo esse trabalho não obedece a um sistema organizado, e tampouco está embasado num conjunto articulado de intenções e diretrizes que sustentem as diversas ações postas em prática, evitando assim o desperdício de energia e de recursos, proporcionando maior eficácia das ações encaminhadas. Destaca-se, nesse contexto, a ausência de um programa articulado de promoção e marketing que tome como referência básica a identificação permanente dos principais mercados emissores, nacionais e internacionais, com suas peculiaridades e os nichos de afinidades étnicas, culturais, segmentações de interesse, etc. A falta de clareza sobre diversos aspectos que estão relacionados à gestão pública da atividade turística confere ainda maior complexidade à questão. A imprecisão quanto aos limites e atribuições das diversas instituições ligadas ao setor - tanto as privadas, quanto as públicas, nas diferentes esferas de governo -, aliada à necessidade de uma estreita articulação com o setor privado, resultam na sobreposição de ações e indefinição das respectivas responsabilidades.

1 Termo utilizado entre os profissionais do setor para designar o conjunto de associações e empresas atuantes na atividade turística.

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É importante que seja estabelecido um canal permanente de interlocução entre os diversos atores, de modo a articular os diversos esforços e as ações encaminhadas e evitar as sobreposições. Neste sentido, a reativação do Conselho Estadual de Turismo, instituição vinculada à SEPDET, de acordo com o Decreto 26.385 de 24 de maio de 2000, se coloca como alternativa institucional para a interação entre a iniciativa privada e o poder público, através de seus órgãos setoriais. A sobreposição da atuação no suporte e no fomento para o desenvolvimento do setor não se restringe aos órgãos públicos, nas diferentes esferas de governo, mas envolve também outras instituições, como, por exemplo, as do sistema S (SENAI, SENAC, SESC e SEBRAE) e outras, principalmente na área da informação sobre serviços turísticos (portais virtuais, publicações, etc.). A ausência de uma perspectiva de trabalho integrado provoca um grande desgaste na imagem dos órgãos referidos, comprometendo, necessariamente, os resultados pretendidos. Outro aspecto também relacionado à questão institucional se refere à revisão da regionalização turística oficial vigente, instituída em 1983, e que se encontra defasada e inadequada por razões diversas. A nova regionalização, conforme está proposta neste Plano, facilitará sobremaneira a produção turística estadual. O Plano Diretor de Turismo do Estado se constitui em oportunidade ímpar de definição de um sistema integrado, que possa embasar a atuação do Governo do Estado do ponto de vista da articulação intersetorial e da sua inter-relação com a iniciativa privada, permitindo ainda a definição de uma agenda de trabalho para a TURISRIO que tenha uma unidade no seu conjunto, além de estar relacionada ao conjunto das ações setoriais do Governo do Estado, e da sua articulação com outras instituições e esferas administrativas de governo. 2.4 DA CONSOLIDAÇÃO DO PRODUTO TURÍSTICO E DO FOMENTO À

ATIVIDADE A consolidação dos produtos turísticos, bem como o fomento à atividade, são questões que pressupõem a articulação dos elos que compõem a cadeia produtiva do setor. O tratamento dessas questões implica em estudar e analisar a organização dessa cadeia produtiva nas suas formas distintas de manifestação, de modo a subsidiar um trabalho de orientação e informação aos atores que operam no setor, municiando-os sobre o seu funcionamento e sobre os seus principais estrangulamentos. Esse estudo e sua apresentação de forma clara, acessível e objetiva, promoverá a efetiva integração e profissionalização do setor e a qualificação dos recursos estaduais com vistas à sua comercialização, de forma a que eles possam, efetivamente, se transformar em produtos turísticos, integrados às diversas concepções consideradas pelo Plano. A disponibilização das informações sobre os agentes que operam no setor, desde a etapa de produção até a comercialização ao consumidor final, é condição fundamental para o seu desenvolvimento. Esses estudos poderiam complementar-se com informações, permanentemente atualizadas, sobre o mercado, benefícios fiscais e linhas de crédito, bem como formas de acesso a elas, legislação aplicável, identificação de oportunidades de investimentos, e disponibilidade e condições para obtenção de recursos financeiros.

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Outra dimensão vinculada à profissionalização do turismo refere-se à regulamentação da atividade e ao registro e cadastro dos diversos agentes que operam os serviços turísticos. A indefinição quanto ao registro das atividades impede que se tenha a informação básica do universo do setor em atividade. Dificulta ainda, a realização de um trabalho de manutenção da qualidade dos serviços e a obtenção de informações e dados sobre a magnitude e o comportamento do setor. Cabe destacar ainda um aspecto que não é exclusivo dos serviços turísticos. Trata-se do grande percentual de informalidade em operação no setor. O registro dos serviços turísticos, aliado a outras ações de apoio e fomento (crédito, financiamento, incentivos fiscais, etc.) deverão contribuir para a redução da informalidade do setor. O peso da participação do item transporte por unidade de produto turístico é outro aspecto que merece atenção no que se refere ao fomento à atividade. Devem ser encaminhadas ações no sentido de ampliar a oferta e possibilitar uma redução nos preços das passagens aéreas, tanto para o mercado interno quanto para o mercado internacional, criando maiores condições de competitividade para o produto turístico estadual. A qualificação da atividade impõe ações com relação à capacitação profissional, a partir de um mapeamento das principais carências de formação de mão de obra, nos diferentes níveis de escolaridade, por município ou região turística. No que se refere à formação superior, há que se analisar a questão da regulamentação e o credenciamento da profissão de turismólogo. Atualmente, só a atividade de guias é regulamentada – Lei Federal 8623/96 – e o credenciamento é feito pela EMBRATUR. Registra-se uma expectativa de se definir uma grade curricular que proponha uma especialização a partir do segundo ano – áreas de hotelaria, eventos, planejamento, agenciamento ou guia, o que seria uma forma de melhor definir o perfil e a profissionalização do formando. Deve ser realizado um trabalho junto à Secretaria Estadual de Educação para a definição de um programa de conscientização para o turismo e a preservação dos recursos naturais e culturais, bem com para o fortalecimento da formação de segundo grau técnico. A EMBRATUR possui um programa pronto de conscientização para a 6ª série do primeiro grau que poderia ser uma referência para esse trabalho. 2.5 DO MODELO DE OCUPAÇÃO TERRITORIAL As regiões turísticas do Estado vêm sendo ocupadas de forma acelerada, num processo de expansão urbana diretamente relacionado ao desenvolvimento da atividade de veraneio e à oferta de segunda habitação. Este processo se manifesta de forma mais marcante no litoral e nas serras que se encontram na área de influência da Região Metropolitana, mas também em regiões mais distantes, atraindo o interesse de veranistas de outros estados. Trata-se de um processo de expansão do mercado imobiliário que define um modelo de ocupação territorial nem sempre adequado a um desenvolvimento ambientalmente sustentável, trazendo implicações relacionadas à preservação dos recursos turísticos, e limitações no que se refere à disponibilização de áreas para a implantação de equipamentos e serviços turísticos. Além disto, os impactos negativos da ocupação territorial extensiva e da demanda maciça por infra-estrutura, decorrentes dessa ocupação do solo para veraneio, nem sempre atendidas a contento, contribuem para a formação de uma

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imagem negativa da atividade turística na opinião pública, principalmente no que se refere à dilapidação de recursos naturais. Dentro dos limites deste trabalho, esta questão deve ser considerada, buscando propor uma mudança nesse modelo de ocupação territorial, garantindo, nas áreas de interesse turístico ainda não submetidas a processos extensivos de parcelamento do solo, reserva de áreas para implantação de equipamentos turísticos, além da preservação dos recursos turísticos. Essa medida deve se traduzir em indicações a serem consideradas nos planos diretores municipais e nos normativos de proteção das Unidades de Conservação Ambiental que permitem a ocupação urbana do solo (APAs, etc.), o que está relacionado a uma estreita articulação intersetorial no Estado e com os governos municipais e federal. Ainda no que se refere ao uso e ocupação do solo, além dos conflitos relativos aos normativos vigentes, também a burocratização dos procedimentos de análise de projetos deve ser revista, objetivando uma solução que permita a sua integração e agilidade através da articulação das três esferas de governo. Este deve ser um dos objetivos deste Plano, qual seja, buscar a consolidação dos normativos vigentes relativos à proteção ambiental e à preservação do patrimônio cultural aplicáveis aos recursos e atrativos turísticos.

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3 PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO

DA ATIVIDADE

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3 PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE Os estudos de mercado e as informações, dados e avaliações que integram o diagnóstico, são analisados sob a perspectiva de desenvolvimento da atividade turística, através da reflexão sobre cenários futuros e em função do seu potencial de expansão. Face à situação atual da oferta e da demanda, os desafios que se colocam para atingir os objetivos deste Plano são grandes e o caminho é longo, de modo que a estratégia proposta deve ser concebida, planificada, programada e implementada em períodos diversos de tempo, dentro do horizonte temporal do Plano projetado para os próximos dez anos. Estão previstas três fases para a implementação do Plano:

?? Fase de curto prazo, compreendida entre 2002 e 2004, inclusive; ?? Fase de médio prazo, abrangendo os anos de 2005 a 2006, inclusive; ?? Fase de longo prazo, a partir de 2006.

Considerando-se o horizonte temporal estabelecido, este capítulo efetua uma análise prospectiva que avalia os diversos impactos ambientais, sociais e econômicos, positivos e negativos, que o desenvolvimento da atividade deverá provocar, sendo estes impactos também elementos de consideração nas ações propostas. 3.1 IMPACTOS AMBIENTAIS A proteção do ambiente natural e do patrimônio cultural existente no Estado do Rio de Janeiro tem sido alvo de interesse dos governos federal e estadual, pelo menos no que refere a uma legislação que se pode considerar bastante abrangente, ainda que na prática encontre problemas na sua aplicação. O aproveitamento sustentável dos recursos ambientais é fundamental para o desenvolvimento turístico do Estado e exige atenção, pois empreendimentos e atividades ligadas ao setor, principalmente as de veraneio, podem ter um impacto negativo nos ambientes natural e construído, caso não sejam devidamente planificados, construídos e geridos. A implementação de grandes empreendimentos imobiliários relacionados ao veraneio, de estabelecimentos hoteleiros, estradas de acesso, equipamentos recreativos diversos e outras infraestruturas turísticas, afetam necessariamente a paisagem em que se inserem. Porém, se criteriosamente localizados, enquadrados e criativamente concebidos, podem contribuir muito positivamente para a valorização dos lugares onde se inserem. Efeitos ambientais secundários, tais como a erosão de sistemas dunares, rebaixamento de lençóis freáticos e destruição de vegetação ou do equilíbrio ecológico local, deverão ser absolutamente evitados. Uma das mais importantes preocupações ambientais do desenvolvimento turístico é a do saneamento, dados os problemas de poluição que podem ser causados pela descarga de águas residuais e acumulação de lixo. Os locais de maior atração para o turismo e veraneio são muitas vezes os mais sensíveis em termos ambientais, e podem ser facilmente poluídos se não forem tomadas as devidas precauções, particularmente nas zonas costeiras.

É importante destacar que, embora estes problemas sejam geralmente associados ao desenvolvimento turístico, eles não resultam necessariamente deste. Aliás, será do máximo

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interesse para o desenvolvimento turístico evitar, eliminar ou minimizar quaisquer efeitos poluentes que possam causar a degradação do ambiente. Do lado dos benefícios, o desenvolvimento do turismo reforçará a necessidade de tomar medidas mais eficazes para proteger o ambiente natural e o patrimônio cultural do Estado. Poderá fazê-lo recorrendo não só aos recursos financeiros existentes e aos benefícios do desenvolvimento econômico local advindo do turismo, como também por via das taxas ou bilhetes cobrados para excursões, circuitos ou visitas a atrações turísticas. Com relação ao turismo doméstico, visitas a locais de conservação ajudarão também na conscientização da população sobre a necessidade de proteger a herança natural comum. Com a finalidade de evitar ou minimizar impactos negativos, devem ser estabelecidos os seguintes princípios na elaboração de uma estratégia ambiental para o desenvolvimento turístico:

?? Evitar a concentração excessiva de empreendimentos ou atividades turísticas em zonas ou locais ambientalmente frágeis, localizando as maiores aglomerações turísticas nas zonas ou locais ambientalmente mais robustos, ou onde poderiam ser eficazmente controladas.

?? Exercer um controle rigoroso sobre o acesso e utilização das zonas de

interesse ecológico importante ou único, e proteger os seus sistemas naturais de danos passíveis de serem causados pelo turismo e, principalmente, pelo veraneio. Nesta ótica, será realístico permitir empreendimentos de certa natureza em tais áreas, de acordo com os preceitos de sustentabilidade, consagrado pelo critério de “utilizar para proteger”.

?? Não permitir o excesso nas capacidades de carga ambiental,

dispersando ocupações turísticas para amortecer e monitorar continuamente o impacto ambiental, em todos os níveis.

?? Garantir a sustentabilidade do desenvolvimento turístico e a harmonização dos

empreendimentos com a paisagem natural e a linguagem arquitetônica tradicional ou típica, quando existente, evitando impactos visuais negativos ou soluções de “pastiche” arquitetônico.

?? Incluir, em todos os casos, sistemas apropriados para o tratamento e

escoamento de águas residuais; remoção e eliminação de resíduos sólidos; incentivar a reciclagem de águas residuais; e, incentivar a utilização preferencial de energias alternativas.

?? Assegurar a qualidade do impacto ambiental dos empreendimentos

turísticos, estabelecendo premiação e outros incentivos para aqueles que demonstrem melhor nível de desempenho, tanto em termos do ambiente natural e cultural, como de integração paisagística e estética.

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3.2 IMPACTOS SOCIAIS Os impactos sociais do turismo modificam-se com o tempo, refletindo as transformações estruturais e o grau do contato com a população visitada. O desenvolvimento turístico em geral, e a demanda nacional e internacional em particular, virão apenas acelerar ou reforçar tendências já existentes, criando novos postos de trabalho, promovendo uma maior distribuição regional de riqueza e incrementando os contatos entre populações locais e visitantes. Nos lugares mais isolados, onde habitam as populações com hábitos mais tradicionais e, geralmente, de menor poder aquisitivo, se encontram as qualidades ambientais que os turistas mais apreciam e, por conseguinte, onde o impacto do turismo pode ter efeitos mais nocivos, dado também que as suas populações tendem a ser pouco numerosas ou dispersas no território e, portanto, mais vulneráveis às influências externas. Por conseguinte, nestas áreas o desenvolvimento turístico haverá que exercer discrição na ocupação pretendida, analisando criteriosamente o seu contexto social para minimizar possíveis impactos negativos. Sobretudo porque a própria sustentabilidade do desenvolvimento turístico depende da sua aceitação, como um benefício, pela população residente. Porém, não haverá razão que impeça o desenvolvimento do turismo, se devidamente organizado e planejado, de ter um impacto social positivo. Enquanto os residentes se beneficiam materialmente das oportunidades de emprego e geração de rendas criadas, provenientes da venda de produtos e serviços locais, incluindo artesanato e folclore,os visitantes se beneficiam do enriquecimento intelectual e artístico proporcionado pelos contatos com povos e culturas diferentes. No caso do turismo doméstico, o benefício de tais contatos poderá ser também muito significativo. O desenvolvimento econômico deve aumentar a disponibilidade e o tempo livre para viagens turísticas e recreativas e,dentro do país, tenderão a aumentar, incrementando relações sociais entre as populações de diferentes regiões e estados. Mesmo considerando o saldo positivo dos impactos sociais decorrentes do turismo, recomenda-se estabelecer uma situação de equilíbrio entre os custos e os benefícios, incorporando na estratégia de desenvolvimento das zonas socialmente mais vulneráveis os seguintes princípios:

?? Apontar inicialmente para níveis de ocupação modestos, introduzindo gradualmente o desenvolvimento do turismo de forma harmônica, tanto quanto possível, com a taxa de transformação social.

?? Selecionar, para áreas socialmente frágeis, segmentos de mercado turístico

caracterizados por visitantes mais esclarecidos, com maiores probabilidades de mostrarem um interesse genuíno pelos habitantes e pela cultura locais. Este critério excluiria de tais áreas, a princípio, o chamado turismo de massas.

?? Planejar com o maior cuidado a localização dos meios de hospedagem e outros

equipamentos turísticos, levando em consideração as comunidades locais e definindo criteriosamente os limites ao seu dimensionamento, características morfológicas, tipológicas, estéticas e de utilização do território, de modo a evitar impactos sociais ou culturais negativos.

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?? Tornar extensivos às comunidades locais os benefícios resultantes do

desenvolvimento turístico, tanto no que se refere à implantação de infraestruturas e serviços, tais como acessos, abastecimento de água, saneamento básico, saúde e segurança etc., quanto no que se refere ao desenvolvimento econômico local.

?? Informar aos visitantes e à população local sobre procedimentos e regras a

serem seguidas para evitar conflitos ou maus entendimentos entre turistas e anfitriões e implementar programas de esclarecimento, buscando desenvolver uma cultura de hospitalidade.

3.2 IMPACTOS ECONÔMICOS Os custos econômicos do turismo nem sempre são fáceis de atribuir ou estimar com exatidão, principalmente frente à situação de carência de dados do Estado do Rio de Janeiro. Os investimentos diretos de capital feitos em meios de hospedagem e outros empreendimentos turísticos, por exemplo, são óbvios. Mas, nestes casos, é de esperar que tais empreendimentos tenham lugar para que os seus custos diretos sejam cobertos pelas receitas. Em termos de análise de custo/benefício, tais considerações só seriam significativas se, no Estado do Rio de Janeiro, os custos de oportunidade de recursos financeiros se tornassem demasiado elevados com relação à sua aplicação noutros investimentos produtivos. Infraestruturas construídas, com fundos públicos exclusivamente, para o desenvolvimento do turismo constituiriam um custo direto e deveriam ser, tanto quanto possível, limitadas. Em muitos casos, custos turísticos, como os relacionados pelo aumento de tráfego de um aeroporto, ou pela utilização de estradas e outras infraestruturas, não poderiam ser atribuídos de maneira satisfatória. Se tal acontecesse em relação a uma capacidade sub-utilizada, então não existiriam custos incrementais. Do mesmo modo, novas infraestruturas construídas para servir ao público em geral, mas também utilizadas pelo setor turístico, não constituiriam um custo que devesse ser atribuído a este setor exclusivamente, como no caso do saneamento. Os custos diretos principais no setor público estão relacionados ao planejamento e promoção do turismo, ao estabelecimento de serviços de informação, da coleta e análise de dados estatísticos, etc. Muitos países tentam cobrir, pelo menos parte de tais custos, através de um fundo de turismo, quando existente, ou lançando um imposto turístico, principalmente sobre os meios de hospedagem e os serviços de alimentação, estabelecendo desta forma reserva de capital para tal efeito. Tal imposto pode, também, incidir como percentagem sobre taxas de saída de aeroporto. Os benefícios econômicos, tal como os custos, poderão em certos casos ser diretamente quantificados, embora não necessariamente com rigor, e noutros casos seriam ainda menos tangíveis. Receitas diretas para o setor público podem advir de impostos sobre tarifas na hotelaria, alimentação e animação; taxas de saída aeroportuárias e taxas sobre vistos de entrada, entre outras. Seriam ainda obtidas receitas a partir dos impostos que recaem sobre bens importados para consumo dos turistas, e dos impostos sobre os lucros obtidos pelos operadores dos empreendimentos turísticos.

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As receitas indiretas são mais difíceis de estimar. Se de todo possível ou desejável, é importante minimizar fugas causadas por despesas com importações, lucros e juros repatriados, salários de empregados estrangeiros, etc. No entanto e, por exemplo, no caso de muitas importações essenciais para o consumo dos turistas, o saldo do valor acrescentado poderá contribuir significativamente para as receitas recebidas. Isto porém não invalida uma estratégia econômica que privilegie o incremento da produção local de bens e serviços utilizados pelo turismo. A expansão do turismo, além da sua contribuição para a diversificação da economia do Estado e para o desenvolvimento local sustentável, efetivamente criará oportunidades de geração de emprego e renda, embora seja difícil de quantificar com exatidão. Os postos de trabalho dividem-se em três categorias: os diretos, ligados principalmente aos empreendimentos hoteleiros e turísticos; os indiretos em serviços turísticos fora destes empreendimentos; e os induzidos, ou seja, aqueles relativos ao pessoal, direta ou indiretamente, empregado no setor turístico (fatores multiplicadores). O efeito combinado destas oportunidades na economia do Estado poderá andar, quantitativamente, muito próximo do número de dois postos de trabalho por cada unidade habitacional em meio de hospedagem. A estratégia econômica a adotar deve otimizar os benefícios do desenvolvimento turístico e minimizar os seus custos, desde que tal não diminua a qualidade da oferta turística contemplada. Para atingir estes objetivos, sugere-se a adoção dos seguintes princípios:

?? Estabelecer metas quantitativas e qualitativas de visitantes, dentro da demanda prevista, harmonizando-as com o dimensionamento da oferta, de modo a atingir taxas de ocupação elevadas, tarifas módicas e lucros razoáveis.

?? Iniciar o desenvolvimento turístico nas regiões e áreas turísticas com maior

potencialidade para captar os mercados previstos em curto prazo, gradualmente estendendo o desenvolvimento para regiões com menor potencial, onde os investimentos turísticos seriam sujeitos a maiores riscos.

?? Maximizar as potencialidades turísticas das áreas ou locais a desenvolver, não

subtraindo valor, como por exemplo, no caso em que áreas, com aptidão para acomodar segmentos mais lucrativos de mercado sejam ocupadas por empreendimentos vocacionados para segmentos de mercado turístico de baixo valor econômico.

?? Encorajar, na medida do possível, a localização de novos empreendimentos

nas áreas com maior número de recursos turísticos e já providas de infraestruturas, com o objetivo de evitar construí-las especialmente para o turismo.

?? Distribuir os benefícios do desenvolvimento turístico, em consonância com a

estratégia global do Plano, por todo o território estadual e pelas diversas categorias de consumidores e de segmentação do mercado, e ainda, tanto quanto viável, encorajando o aproveitamento dos recursos locais.

?? Fomentar a reabilitação e modernização de unidades de meios de

hospedagem existentes e a construção de novas unidades que possam também servir a outros tipos de visitantes, além dos estritamente turísticos, com a finalidade de minimizar riscos de investimento.

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?? Minimizar as fugas motivadas pelas despesas turísticas, incentivando a

produção de bens e serviços, no âmbito da própria economia estadual, e a formação de trabalhadores nacionais para empregos no turismo, em todos os níveis.

As projeções sobre o comportamento econômico do turismo devem admití-lo como uma atividade complexa e transversal a toda a economia e que, nas últimas décadas, sua importância vem assumindo proporções que ultrapassam a mera caracterização dos fluxos turísticos e do perfil dos turistas. Neste sentido, é nítida a incompatibilidade entre o nível de informação disponível para conhecê-la com rigor e os reais efeitos da atividade no sistema econômico. Os diversos tipos de impactos provocados pelo turismo nas economias modernas podem ser sistematizados da seguinte forma:

?? Os impactos diretos, que constituem o primeiro ciclo de transações e refletem o total de rendimento gerado nos ramos turísticos, como resultado da variação dos custos com esses produtos.

?? Os impactos indiretos, que constituem o segundo ciclo de transações e

refletem o total de rendimentos gerados pelos ramos dos setores turísticos na aquisição de bens e serviços produzidos na economia.

?? Os impactos induzidos, que constituem os efeitos na demanda final da

conjugação dos impactos, diretos e indiretos, nas variações dos consumos turísticos e originam um rendimento adicional dos bens e serviços oferecidos na economia global, através dos efeitos multiplicadores da atividade.

No levantamento, tratamento e análise da informação é recomendável que se procure adotar um conjunto de conceitos fundamentais capazes de melhor clarificarem estas tipologias de efeitos econômicos, entre os quais se destacam: ?? Ramos específicos do turismo, como sendo as atividades em que uma parte

substancial da produção é constituída por produtos que provêm, exclusivamente ou quase exclusivamente, do turismo e cuja soma constitui a “atividade turística específica”. Para esse efeito, é habitual considerar como estando neste caso os seguintes ramos de atividade:

- Meios de Hospedagem - Restaurantes, Bares, Cafés e Estabelecimentos Similares - Agências de Viagens e Turismo

?? Ramos conexos com o turismo serão as atividades com uma parte importante da

produção constituída por produtos provenientes do turismo e cuja valor adicionado à "atividade turística específica" constitui a "atividade turística global". É também habitual considerar como estando neste caso os seguintes ramos de atividade, de acordo com o recorte adotado para análise do mercado formal de trabalho, com dado da RAIS:

- Transportes Aéreos - Transportes Terrestres - Transportes Aquaviários

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- Atividades Auxiliares nos Transportes - Aluguel de Automóveis - Outros transportes de passageiros, incluindo ônibus para excursões e serviços para estações e aeroportos, táxis, alugueis de automóveis com motorista etc.

?? O efeito multiplicador da atividade turística na economia pode ainda considerar a

participação relativa de outros ramos de atividade, variando esta participação em função dos destinos e produtos específicos comercializados. Entre estes outros ramos destacam os seguintes:

- Comércio no atacado e no varejo - Transportes urbanos, suburbanos

A partir destas categorias são construídos os conceitos de produto interno bruto turístico, valor acrescentado bruto turístico, produção turística, consumo turístico, despesa turística, consumo intermédio turístico, procura turística ou outros, conforme os ramos de atividade analisados. Considerando que estes conceitos são fundamentais para se avaliar os impactos econômicos do turismo e, sobretudo, a contribuição deste para o PIB, recomenda-se que seja seguida a tendência registrada a nível mundial neste domínio, adotando-se a conceituação e a terminologia utilizadas pelo sistema de "Conta Satélite do Turismo", confome proposto pelo World Travel Tourist Council – WTTC, em conjunto com a OMT. Esta medida deverá ser, em breve, implementada nos países integrantes da OMT, onde o Brasil se inclui. Trata-se de um sistema anexo ao das Contas Nacionais, partilhando com este os seus conceitos, definições e classificações de base. No caso concreto do Estado do Rio de Janeiro, as análises efetuadas neste âmbito, embora caracterizadas por uma assinalável escassez de informação, conduziram à constatação das seguintes tendências detectadas relativamente aos efeitos do turismo na sua economia:

?? O turismo vem aumentando, de forma direta, a sua quota parte de responsabilidade no crescimento da economia estadual. Embora não seja possível quantificar de forma tecnicamente rigorosa e precisa esta constatação, estima-se que o turismo consolidou a sua posição como um dos principais motores da economia do Estado do Rio de Janeiro.

?? O turismo contribui significativamente para os PIBs Regionais, em termos

líquidos, dinamizando outros setores econômicos. ?? O turismo, no momento presente, é responsável diretamente por cerca de 5,5%

dos postos de trabalho existentes no mercado formal2, apresentando, em ramos específicos, uma tendência para o crescimento destes valores, embora este percentual deva ser considerado demasiado baixo, relativamente às potencialidades existentes. Acresce a isto o fato do setor operar de forma significativa no mercado informal, o que deve ampliar a sua participação na geração de emprego e renda estadual.

2 Fonte: Ministério do Trabalho - RAIS – Relatório Anual de Informações Sociais - 1999.

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?? O turismo é a atividade de grande expressão na geração de emprego em alguns municípios do Estado, chegando a mais de 20% dos empregos oferecidos no mercado formal.

?? O turismo é, simultaneamente, responsável pelo lançamento e execução dos

principais projetos estruturantes do desenvolvimento humano, social e econômico do Estado do Rio de Janeiro, sendo o seu dinamizador mais relevante, prevendo-se o crescimento tendencial desta situação a curto prazo.

?? O turismo possui diversos efeitos induzidos, quer na esfera econômica, quer nos

domínios do desenvolvimento humano e social, impossíveis de quantificação no seu estágio atual, fruto da convivência da população residente com uma população turística permanente.

Conclui-se do exposto que, no presente ou no futuro, os impactos econômicos mais relevantes do turismo na economia estadual se façam sentir na contribuição para o PIB estadual, e através dos rendimentos e no emprego gerados, quer sob o ponto de vista quantitativo, quer na qualificação dos recursos humanos. Particularmente com respeito ao PIB Estadual, a contribuição da atividade turística é medida com base na despesa média do turista, incluindo ou não as despesas com as viagens. Muito embora se trate de um indicador da maior importância para efeitos daquela análise, o certo é que no Estado do Rio de Janeiro não existem informações sistematizadas que permitam aferir, com rigor, aquele valor e muito menos o seu conteúdo ou a sua estrutura. Mesmo considerando todas estas limitações e a impossibilidade de uma projeção com base científica e sistemática, não será incorreto afirmar, com sensibilidade e a partir do conhecimento empírico da realidade do turismo fluminense, que o impacto econômico da atividade turística no Estado pode ser substancialmente valorizado, sobretudo se forem reunidas as melhores condições para se aumentar a estada média do turista, além das ações que objetivem a necessária qualificação da oferta existente, promovendo a efetiva e almejada consolidação dos produtos turísticos estaduais. No que se refere à geração de emprego e renda, o turismo é um meio privilegiado para estimular e dinamizar o tecido econômico, designadamente pela reconversão da população desempregada, em especial a que habita zonas rurais onde as atividades agrícolas prevalecentes deixam de ser rentáveis, podendo ser passível de se constituir um benefício decorrente da atividade. No contexto acabado de descrever, a implementação do presente Plano e dos programas de formação previstos vão aumentar significativamente a qualificação dos recursos humanos e a sua implementação de forma generalizada a todo o Estado.

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4 PLANO DE AÇÃO E PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO

DE ÂMBITO ESTADUAL

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4 PLANO DE AÇÃO E PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO DE ÂMBITO ESTADUAL

O caráter multifacetado da atividade turística implica na constituição de um vasto universo de questões a ela relacionadas, quando se fala de organizar uma agenda de proposições para o seu desenvolvimento. Deste modo, a diversidade de pontos abordados impõe, para a operacionalidade do Plano, a necessária organização do temário tratado, definindo áreas específicas e classificando-as por grupos, sem deixar de reconhecer que todos os temas se relacionam entre si. Desta forma, o Plano apresenta uma organização setorial das proposições estruturadas em Macro Programas e Programas. Os Programas, por sua vez, são desdobrados em Projetos ou Ações, permitindo avançar no detalhamento, tanto no âmbito estadual, atuando setorialmente, quanto no âmbito territorial, atuando regionalmente, possibilitando ainda articulações no nível municipal até a escala pertinente ao âmbito do Plano. A seguir é apresentado um quadro geral, com os Macroprogramas e os respectivos Programas: QUADRO GERAL DOS MACROPROGRAMAS DO PLANO DE AÇÃO DE ÂMBITO ESTADUAL

MACROPROGRAMAS

PROGRAMAS

Ação Inter Institucional Normatização da Atividade

Desenvolvimento Institucional

Conscientização da População, Políticos e Empresários Infra-Estrutura Básica

Infra-estrutura de Apoio

Equipamentos Turísticos de Apoio Banco de Dados

Sistema de Informação

Informação ao Turista Gestão dos Serviços Turísticos Qualificação da Mão-de-Obra

Fomento a Atividade

Captação de Recursos Identificação, Organização E Qualificação dos Produtos Turísticos

Consolidação do Produto Turístico

Promoção e Marketing

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Cada Macroprograma é apresentado individualmente, a seguir, com descrição de seus objetivos e o conteúdo dos seus respectivos Programas, Projetos e Ações. 4.1 MACROPROGRAMA 1 - DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL O Macroprograma de Desenvolvimento Institucional tem como escopo básico a definição de um sistema integrado que possa embasar a atuação do Governo do Estado do ponto de vista da articulação intersetorial e da sua inter-relação com a iniciativa privada, permitindo a definição de uma agenda de trabalho para a TURISRIO que tenha uma unidade no seu conjunto, propiciando, ainda, a sistematização da sua articulação com outras instituições e esferas administrativas de governo. A implementação do Plano se efetivará a partir do encaminhamento de uma série de medidas relacionadas ao aperfeiçoamento das relações interinstitucionais, sendo este o objetivo básico deste Macroprograma, desdobrado nos seguintes Programas e Projetos: MACROPROGRAMA 1 - DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

PROGRAMAS

PROJETOS

Institucionalização da Regionalização Turística Estadual Reestruturação do Sistema Turístico Estadual

Ações Interinstitucionais

Adequação do Modelo de Ocupação Territorial nas Áreas Turísticas Cadastramento dos Serviços Turísticos

Formalização da Atividade

Certificado de Padrão de Qualidade dos Serviços Turísticos Estruturação dos Conselhos Municipais de Turismo Apoio à Reestruturação dos Órgãos Municipais de Turismo

Apoio ao Desenvolvimento Turístico nos Municípios

Valorização do Patrimônio Natural e Cultural

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4.1.1 Programa de Ações Interinstitucionais O Programa de Ações Interinstitucionais objetiva criar um ambiente institucional e administrativo que permita o encaminhamento das ações relativas à Política Estadual de Turismo, propiciando as condições para o bom relacionamento e às parcerias entre as diversas instâncias governamentais e as diferentes representações da iniciativa privada. Algumas ações integrantes deste Programa assumem o caráter de sugestão, uma vez que devem ser institucionalizadas em outras esferas de governo como, por exemplo, na esfera dos municípios, quando se refere às proposições relativas ao uso e ocupação do solo. 4.1.1.1 Institucionalização da Regionalização Turística Estadual A proposta de regionalização turística traduz a nova realidade administrativa, social e econômica do território estadual, bem como as expectativas dos municípios e demais instituições relacionadas à atividade, proporcionando a aglutinação de agentes públicos e privados na estruturação e na promoção de roteiros e circuitos territorialmente integrados, facilitando a consolidação e a comercialização dos diversos produtos turísticos estaduais. Tendo em vista a definição do novo recorte regional, em duas escalas diversas relacionadas aos objetivos de gestão - as Regiões Turísticas -, e de promoção e marketing – as ADEs -, deverá ser realizado um trabalho de articulação junto aos municípios e aos diversos agentes do setor, quando da divulgação das proposições do Plano, propiciando efetivamente, a legitimação e o reconhecimento da proposta. 4.1.1.2 Reestruturação do Sistema Turístico do Estado A desarticulação observada entre os diversos órgãos e entidades que, direta ou indiretamente, atuam na gestão e na operacionalização das ações referentes ao fomento e ao incremento da atividade turística no Estado, gerou a proposta de reestruturação do sistema turístico estadual, tanto no nível das suas relações, como no que se refere às competências de cada órgão componente desse sistema. O sistema deve ser formalmente institucionalizado, de acordo com o esquema apresentado a seguir: Nesse contexto, e no âmbito do Executivo Estadual, é fundamental que se restabeleça na sua estrutura administrativa, o ente responsável pela formulação da Política de Turismo, dotado de competência para estabelecer as diretrizes para o setor contando, para tanto, com a ação consultiva do Conselho Estadual de Turismo e com os recursos do Fundo Estadual de Turismo.

Conselho Estadual de Turismo

Ente responsável pela formulação da

Política Estadual de Turismo

TURISRIO Observatório de Turismo

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À Cia. de Turismo do Estado do Rio de Janeiro - TURISRIO caberá, por sua vez, operacionalizar e executar a Política Estadual de Turismo. Sua estrutura organizacional interna deverá ser revista, acrescentando-lhe o Observatório de Turismo, e aprovada no âmbito do seu Conselho de Administração, respeitando-se a sua missão e as atribuições já estabelecidas no seu Estatuto Social e Regimento Interno, e mantendo-se a sua figura jurídica atual. A reativação do Conselho Estadual de Turismo e a criação do Observatório do Turismo disponibilizarão à administração estadual os instrumentos necessários para coordenar as grandes linhas do Plano Diretor de Turismo e acompanhar a sua execução, atendendo ao imperativo constitucional da participação dos municípios na concepção e implementação do Plano. Dessa maneira, o Sistema Estadual de Turismo fica estruturado, a partir da instituição responsável pela formulação da política estadual de turismo, com base em dois órgãos de apoio e de coordenação da política de desenvolvimento do turismo. O Conselho Estadual de Turismo, de caráter político–administrativo, deve colaborar com o Governo na definição das grandes linhas de orientação para as atividades do setor. O Observatório do Turismo, de caráter predominantemente técnico, permitirá pautar as futuras intervenções na política de desenvolvimento com fundamento em estudos técnico-científicos rigorosos. Este último poderá ainda desenvolver trabalhos descentralizados através de acordos com os municípios, de modo a viabilizar o funcionamento de Unidades Técnicas Locais de Observação. Nesse contexto, a TURISRIO mantém as suas competências e atribuições com relação à operacionalização e execução da Política Estadual de Turismo. ??Conselho Estadual de Turismo O Conselho Estadual de Turismo, atualmente inativo, foi instituído pela Lei 2.100 de 05 e abril de 1993 e está formalmente vinculado à SEPDET de acordo com o decreto nº 26.385 de 24 de maio de 2000. O Conselho deve ser reativado e ter a suas atribuições e composição revistas, passando a ser integrado pelas seguintes entidades e/ou órgãos, de acordo com a estrutura administrativa atual ou seu equivalente. ?? Poder público

- Instituição responsável pela formulação da política estadual de turismo, que o presidirá - Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Turismo - Secretaria de Estado de Segurança Pública - Secretaria de Estado de Trabalho - Secretaria de Estado de Educação - Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Secretaria de Estado de Cultura - Cia. De Turismo do Estado do Rio de Janeiro - TURISRIO - Comissão de Turismo da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro - ALERJ - Fórum Estadual de Secretários Municipais de Turismo - RJ

?? Iniciativa Privada/Comunidade Civil

- ABIH-RJ - ABAV-RJ - ABEOC-RJ

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- ABBTUR-RJ - ANTTUR - BITO - SINGETUR-RJ - SINDETUR-RJ - SINTUR-RJ - ABRATT-RJ

O Conselho Estadual de Turismo deverá exercer função consultiva, indicando e assessorando a instituição responsável pela formulação da política estadual de turismo, funcionando como um fórum permanente de discussão sobre as questões pertinentes ao desenvolvimento turístico estadual, com a participação dos membros permanentes e convidados. A Secretaria Executiva do Conselho estará a cargo da TURISRIO. Terá como atribuições pronunciar-se sobre os assuntos relativos ao setor do turismo em geral, dar parecer vinculativo sobre o Plano Diretor e apresentar sugestões para o seu aperfeiçoamento, bem como sobre planos de ordenamento turístico regional ou local. Caberá ainda ao Conselho fundamentar os planos de capacitação profissional para as atividades turísticas e pronunciar-se sobre a articulação das ações das políticas de turismo estadual, regional e local. Os membros conselheiros deverão estabelecer o regulamento interno que definirá as suas condições de funcionamento. O Conselho poderá instituir Câmaras Setoriais ou Temáticas que, além dos membros do Conselho a elas relacionados, devem contar com a participação de membros convidados representativos de suas respectivas áreas de atuação. Propõe-se a criação de um conjunto básico de três Câmaras Setoriais relativas aos temas a seguir indicados: - Planejamento e Ordenamento Turístico - Formação de Recursos Humanos - Promoção e Marketing Turístico A reativação do Conselho Estadual de Turismo significará, sem dúvida, um avanço importante no sentido de facilitar as relações interinstitucionais. No entanto, o Conselho é uma instância consultiva e a questão exige um tratamento executivo. Propõe-se assim a criação de unidade administrativa que possa sistematizar as ações comuns, constituindo-se num instrumento de permanente informação interinstitucional. Esta unidade ou departamento deve estar subordinado à instituição responsável pela formulação da política estadual de turismo, podendo também vir a ser uma atribuição da secretaria executiva do Conselho Estadual de Turismo, com equipe e quadro adequado ao atendimento das suas funções. ??Observatório de Turismo O Observatório, conforme recomendado pela Organização Mundial de Turismo, deve se constituir num pólo de agregação e de síntese da informação turística, conduzindo iniciativas de exploração de dados já existentes. A credibilidade junto aos agentes do setor é uma condição indispensável para a eficácia do seu funcionamento, pelo que deverá assentar-se em três pilares: independência, representatividade e idoneidade técnico-científica da sua produção. Neste sentido, a implementação do Banco de Dados que integra o Macro Programa 3 deste Plano Diretor, constitui-se num insumo fundamental para o cumprimento dos seus objetivos.

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Trata-se de uma unidade de caráter técnico, sob a coordenação administrativa da TURISRIO, que terá como atribuição a realização de estudos diversos relacionados à atividade turística, atendendo aos seguintes objetivos: ?? Contribuir para um melhor conhecimento da realidade do setor, tendo em vista os

diagnósticos que possibilitem às empresas e aos gestores institucionais prepararem as suas decisões.

?? Criar um centro de debate permanente, com intervenção do setor privado, sobre os desafios e problemas que se colocam ao turismo, assegurando a adequada abordagem técnico-científica.

?? Realizar pesquisas, estudos e projetos, diretamente ou através de acordos de cooperação com outras instituições.

No que diz respeito ao modelo geral de funcionamento, o Observatório de Turismo deve ter um caráter de unidade técnica executiva, composta por um pequeno corpo técnico-administrativo, podendo, para o atendimento pleno de suas funções, firmar termos de cooperação com instituições de ensino ou pesquisa , as quais se constituirão nas Unidades Técnicas Locais de Observação. O Observatório deve desenvolver também um programa de capacitação e orientação, através do fornecimento de assessoria e da oferta de cursos de treinamento às equipes técnicas dos órgãos de turismo, em todos os municípios, no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Turístico nos Municípios, visando criar uma rede básica de meios de apoio aos investidores, aos turistas e aos responsáveis pela decisão municipal. ??Fundo Estadual de Turismo Criação de um, assim denominado, Fundo Estadual de Turismo, vinculado e administrado pela Instituição responsável pela formulação da Política Estadual de Turismo, com a atribuição legal de financiar investimentos públicos neste setor. Ao organismo ou entidade encarregado de administrar o referido Fundo, seriam atribuídas as seguintes competências:

?? Conceder empréstimos e financiamentos ?? Conceder subsídios e participações societárias, direta ou indiretamente ?? Proceder à aplicação financeira das respectivas receitas, observada a Lei ?? Fiscalizar a aplicação dos empréstimos, subsídios e participações concedidas, de

modo a assegurar o cumprimento das obrigações assumidas pelos beneficiários A proposta orçamentária do Fundo, em cada exercício fiscal, compreendendo as dotações da conta do orçamento do Estado e de outras origens, deverá ser aprovada pelo Conselho Estadual de Turismo, anteriormente ao seu envio a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. 4.1.1.3 Projeto de adequação dos modelos de ocupação territorial nas áreas turísticas As áreas turísticas do Estado, principalmente aquelas localizadas no litoral, vêm sendo ocupadas num processo de expansão urbana que está intimamente relacionado ao desenvolvimento da atividade de veraneio e à oferta de segunda habitação. Os impactos

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negativos decorrentes da ocupação territorial extensiva e da demanda maciça por infra-estrutura contribuem para a formação de uma imagem negativa da atividade turística. Propõe-se então, dentro dos limites deste trabalho, uma mudança no modelo de ocupação territorial nas áreas de interesse turístico ainda não submetidas a um processo extensivo de parcelamento do solo, principalmente nas zonas de turismo náutico e balneário e nas zonas de ecoturismo. O novo modelo deverá garantir a reserva de áreas para implantação de equipamentos turísticos, além da preservação dos recursos turísticos e da garantia de sua acessibilidade. Esta proposta deve se traduzir em indicações aos planos diretores municipais e aos normativos de proteção das Unidades de Conservação Ambiental, de modo a que seja garantido, nos novos projetos de parcelamento, um percentual destinado, exclusivamente, à implantação de equipamentos de serviços turísticos, de recreação e lazer, e de atividades afins, com glebas mínimas compatíveis com estes usos, e com restrições ao uso residencial. Ainda no âmbito deste programa, devem ser providenciadas a montagem e a institucionalização, de acordo com a estrutura administrativa do governo estadual vigente, do setor responsável pela anuência prévia a projetos de parcelamento do solo das Áreas de Interesse Especial do Estado do Rio de Janeiro, instituídas e regulamentadas de acordo com a Lei 1.130/86 e com o Decreto 9.760/87. Da mesma forma, a referida lei, que se refere a todo o território estadual, deve ser regulamentada para os municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que não são contemplados pela regulamentação do decreto citado. A aplicação da Lei 1.130 seria um importante veículo para a mudança do modelo de ocupação territorial vigente. 4.1.2 Programa de Formalização da Atividade O Programa de Formalização da Atividade busca estabelecer condições que permitam a qualificação na prestação dos serviços turísticos, garantindo condições mínimas de segurança, higiene e conforto e, ao mesmo tempo, trazer para a formalidade um grande número de empreendimentos turísticos que operam informalmente. Uma dimensão no tratamento das questões relacionadas aos projetos que integram este programa refere-se a aspectos relativos à Normatização da Atividade, sendo tratado no capítulo 7 destas Proposições, que dispõe sobre as normas que regulamentam os serviços turísticos. As ações que integram este Programa têm um caráter executivo e são complementares às normas que regulamentam os serviços. 4.1.2.1 Projeto de Cadastramento dos Serviços Turísticos A aplicação da lei quanto ao registro das atividades e serviços turísticos nos órgãos oficiais não vem sendo concretizada na prática, apesar do exercício e da exploração das atividades e serviços turísticos estarem condicionados à prestação das informações necessárias ao cadastro de empresas turísticas, junto a EMBRATUR, de acordo com o inciso XVI, parágrafo 2º, do artigo 3º da Lei 8.181/91.

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Independente do tratamento deste tema imprescindir da atualização e adequação das normas que o regulamentam, especialmente com relação ao cadastro das atividades, a questão deve ser tratada também do ponto de vista administrativo. Neste sentido, propõe-se um trabalho conjunto, que deve ser objeto de formalização e detalhamento através de convênio ou outro termo de compromisso, com as instituições responsáveis pelos registros que se seguem:

?? Concessão de alvarás de funcionamento das atividades econômicas nas Secretarias Municipais de Fazenda

?? Registro na Junta Comercial e inscrição estadual na Secretaria de Estado de Fazenda

?? Registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ no Ministério da Fazenda Através desta estratégia deve ser montado um cadastro do universo dos prestadores de serviços turísticos no Estado, a ser permanentemente atualizado através do repasse de informações dos empreendimentos turísticos registrados nas instituições referidas. Uma alternativa para a confecção deste cadastro seria a exigência, por parte das instituições referidas, de registro das empresas diretamente no órgão estadual de turismo, como condição para a concessão dos seus respectivos documentos para funcionamento da atividade. 4.1.2.2 Projeto de Certificação de Padrão de Qualidade dos serviços turísticos A ausência de acompanhamento na implantação e funcionamento dos empreendimentos turísticos, pelos órgãos estaduais, dificulta a realização de um trabalho de manutenção da qualidade dos serviços e a obtenção de informações e dados sobre a magnitude e o comportamento do setor. A implantação de um cadastro é o primeiro passo para um trabalho de qualificação dos serviços, mas a questão não se esgota nele mesmo. Desta forma, propõe-se que os municípios adotem uma matriz, a ser discutida com o Estado e a Embratur, onde se definam padrões mínimos de qualidade para os estabelecimentos de hospedagem. O estabelecimento das condições básicas de segurança, conforto e higiene para todos os empreendimentos turísticos, independentemente de classificação ou hierarquia, são exigências do artigo 37 da Deliberação Normativa 387/98 da Embratur. Estas condições devem ser adotadas em todos os Códigos de Obras e Posturas dos municípios do Estado. Atendidas estas condições mínimas de padrão de qualidade, e com base no cadastro anteriormente referido, os órgãos municipais de turismo devem montar uma relação oficial dos serviços turísticos disponíveis. Esta relação oficial teria o significado de um Selo de Qualidade básico e seria objeto de divulgação em todos os meios oficiais, como postos de informações turísticas e portais na internet etc. A credibilidade deste cadastro oficial, por si só, é um grande motivador e atrativo de empreendimentos para a formalidade, que pode, também, ser incentivada por outras medidas de incentivo e fomento, que devem integrar o elenco de propostas deste Plano.

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4.1.3 Programa de Apoio ao Desenvolvimento Turístico nos Municípios Este Programa objetiva orientar as ações de desenvolvimento turístico nos municípios e nas Regiões Turísticas do Estado, de maneira a garantir a adoção de um modelo de desenvolvimento sustentável e equilibrado. Deve, ainda, garantir a qualidade das experiências dos turistas, a melhoria na qualidade de vida das comunidades locais e, ao mesmo tempo, ampliar a consciência sobre a necessidade de proteção dos recursos naturais e culturais de cada local ou região. Neste sentido, propiciará à população residente, o sentido de auto-estima e de pertencimento, ampliando as condições de receptividade com relação aos visitantes. No âmbito do Programa deve ser estimulada a formação e a organização de entidades e associações locais e regionais de turismo (associações de hoteleiros, guias de turismo, agências, etc.), visando fortalecer o processo de participação das comunidades locais na gestão do setor turístico, através do conselho municipal de turismo, promovendo a representatividade dos diversos setores, local e regionalmente. Trata-se de uma continuidade nos trabalhos e nas ações do Programa Nacional de Municipalização do Turismo – PNMT, já que o seu encerramento pelo Governo Federal está previsto para o próximo ano (2002). Dentre as ações e projetos a serem desenvolvidos propõem-se a seguinte programação: 4.1.3.1 Estruturação dos Conselhos Municipais de Turismo Incentivo e orientação para a implantação e estruturação dos Conselhos Municipais de Turismo, segundo o modelo proposto pelo PNMT, com participação, preferencialmente majoritária, da comunidade civil organizada. Esses conselhos deverão funcionar como órgãos consultivos para orientar as prefeituras municipais na concepção das políticas municipais de turismo e na elaboração dos respectivos planos municipais. Os Conselhos Municipais deverão ser instituídos por lei municipal, como maneira de garantir a sua continuidade administrativa, independentemente das alterações na constituição dos poderes locais. 4.1.3.2 Apoio à Reestruturação dos Órgãos Municipais de Turismo O amplo apoio e a orientação para a reestruturação dos órgãos municipais de turismo são ações de suma importância para seu fortalecimento, de maneira a capacitá-los na execução das diretrizes propostas pelo Plano Diretor de Turismo do Estado e pelos planos municipais e/ou regionais de turismo. Dentre as ações básicas deverão estar incluídas aquelas relacionadas com a sua estruturação físico-administrativa, a implantação e operacionalização de postos de informações turísticas e o treinamento e capacitação dos recursos humanos efetivos do órgão municipal. Cada município e Região Turística serão orientados e estimulados a elaborar seus planos de desenvolvimento turístico, de modo a dotá-los de um instrumento orientador para as ações e diretrizes de desenvolvimento turístico local e regional. O Estado, através da TURISRIO,

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deverá empreender a assessoria técnica e a articulação com as instituições técnicas, científicas e de ensino do Estado, para que as mesmas possam fornecer consultoria, parcial ou total, na realização das pesquisas necessárias à elaboração dos planos municipais. 4.1.3.3 Valorização do Patrimônio Natural e Cultural A educação formal pode ser um importante veículo de divulgação e valorização da atividade turística e de proteção dos recursos naturais e culturais, através de um programa junto às escolas. Propõe-se a realização de um trabalho junto à Secretaria Estadual e às Secretarias Municipais de Educação para a definição de um programa de conscientização para o turismo e a preservação dos recursos naturais e culturais, a ser incluído na grade curricular do primeiro grau, bem como para o fortalecimento da formação de segundo grau técnico. Este trabalho deve ser encaminhado ainda de forma integrada com a Secretaria de Estado de Cultura e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente. A implementação desta medida, aplicável a todo o Estado do Rio de Janeiro, permitirá a criação de uma vasta rede descentralizada, que permitirá a introdução da problemática do turismo, através da conscientização dos alunos sobre a importância do patrimônio natural e cultural da sua região, além de proporcionar o direcionamento vocacional de centenas de jovens para o setor. A EMBRATUR dispõe de um programa de conscientização para a 6ª série do primeiro grau, que poderá servir de referência para as discussões que deverão nortear o detalhamento e a implantação deste projeto.

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4.2 MACROPROGRAMA 2 - INFRA-ESTRUTURA DE APOIO As proposições relativas à Infra-Estrutura de Apoio agregam um conjunto de intervenções que se referem às condições básicas de produção e reprodução do processo de desenvolvimento em geral, e da atividade turística em particular, tais como saneamento, sistema viário, transporte etc., e que são de responsabilidade do poder público, quer seja diretamente quer seja indiretamente, através da sua concessão à iniciativa privada. O Plano Diretor deve considerar, neste sentido, as prioridades quanto à demanda por infra-estrutura que se constitua fator básico para o aprimoramento e a expansão da atividade no território estadual. Incluem-se ainda neste Macroprograma os projetos relativos à implementação de equipamentos turísticos de apoio, por se tratarem de projetos que se constituem em elementos de apoio ao desenvolvimento da atividade que se realizam através de ações que demandam a execução de obras civis. As ações relativas à criação, recuperação e revitalização de atrativos turísticos, constituem-se em uma intervenção na escala local, sendo detalhados no capítulo que trata especificamente das proposições na escala regional. MACROPROGRAMA 2 - INFRA-ESTRUTURA DE APOIO

PROGRAMAS

PROJETOS

Infra-estrutura Rodoviária Infra-estrutura Aeroviária Infra-estrutura Hidroviária

Infra-estrutura Básica

Saneamento Áreas de Lazer e Excursionismo

Equipamentos Turísticos de Apoio

Centro de Convenções

4.2.1 Programa de Infra-Estrutura Básica O Macroprograma de Infra-estrutura de Apoio abrange um conjunto de programas e projetos que estão relacionados à oferta das condições básicas para a realização da atividade turística. As proposições contemplam, entre outras, o conjunto de intervenções que devem ser objeto de inclusão no âmbito do PRODETUR-SE, indicadas como prioridade 1, nas áreas de infra-estrutura urbana e infra-estrutura de transportes, para efeito de alocação de recursos financeiros.

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No que se refere ao transporte ferroviário, a desativação do sistema de passageiros no país e no Estado impôs grandes limitações no que se refere à rearticulação deste modal como base de um transporte de massa para passageiros. Diante deste quadro, as intervenções propostas no âmbito do tema ferrovias, com indicação de recuperação de alguns ramais ferroviários no Estado, referem-se à valorização deste equipamento como recurso e atrativo turístico, e não propriamente como sistema de transporte, razão pela qual estas ações se inserem nas propostas de âmbito regional, no Macroprograma Consolidação de Produtos Turísticos. 4.2.1.1 Infra-Estrutura Rodoviária São apresentadas a seguir as rodovias do território estadual que devem ser objeto de tratamento, constituindo uma indicação que visa complementar a rede rodoviária turística estadual básica para o desenvolvimento da atividade. No final da relação são apresentadas as rodovias estaduais que devem ser objeto de atenção especial no que se refere à sua melhoria, em função da sua importância turística e de seu aspecto cenográfico. Todas as estradas e trechos indicados referem-se a uma prioridade de intervenções na escala estadual, o que não esgota a necessidade de outras ações que devam ser objeto de indicação no detalhamento destas ações na escala regional. Como medida de caráter geral, merece atenção especial, nos trechos de rodovias que não atravessam áreas urbanas, a concessão de aberturas de acesso direto para construções residenciais ou funcionamento de atividades comerciais e de serviços de uma maneira geral. Deverá haver um controle sobre este tipo de abertura de acesso, permitindo-se exclusivamente a implantação de serviços relacionados à atividade rodoviária ou de apoio aos viajantes (bares, lanchonetes, restaurantes, postos de informação turísticas, venda de artesanato, etc.), que deverão localizar-se em pontos estrategicamente definidos para tal, pelo órgão competente na gestão das rodovias, nas respectivas esferas da administração pública. Rodovia BR-101: Paraty / Campos dos Goytacazes

1- Melhorias em toda a extensão da via: Recapeamento, sinalização no pavimento, recuperação da sinalização viária, instalação de equipamento de segurança no acostamento.

2- Obras de complementação de drenagem, contenção e reflorestamento no trecho Parati / Mangaratiba

3- Duplicação do trecho Santa Cruz (município do Rio de Janeiro) / Itacuruçá (no entroncamento com a via de acesso ao Porto de Sepetiba).

4- Ampliação de todo o trecho da via localizado no município do Rio de Janeiro (Avenida Brasil), com eliminação de cruzamentos.

5- Implantação do viaduto de Manilha no entroncamento das rodovias:

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BR-101, BR-493 e RJ-104.

6- Implantação de via de serviço na travessia da zona urbana de Casimiro de Abreu, com elevação da estrada e construção de passagem em desnível.

7- Duplicação do trecho Rio Bonito / Campos.

8- Melhorias no trecho situado na zona urbana de Campos dos Goytacazes.

9- Implantação de vias de serviços em todos os trechos urbanos.

Rodovia BR-393: Barra Mansa / Pirapetinga (Minas Gerais)

1- Melhorias em toda a extensão da via, inclusive trecho situado no Estado de Minas Gerais, que promove a ligação entra a Região Serrana e o Noroeste Fluminense: Implantação de acostamento; recapeamento; sinalização no pavimento; recuperação da sinalização viária, iluminação nos entroncamentos e nos acessos às cidades.

2- Implantação de 3ª faixa nas subidas numa 1ª etapa de intervenção.

3- Duplicação do trecho Barra Mansa / Além Paraíba numa 2ª etapa.

Rodovia RJ-116: Itaboraí / Itaperuna

1- Melhorias em toda a extensão da via: Recapeamento; sinalização no pavimento; recuperação da sinalização viária; iluminação nos entroncamentos e nos acessos às cidades; eliminação de redutores de velocidade com implantação de equipamentos para segurança de pedestres; implantação de variantes nas travessias de zonas urbanas.

2- Duplicação do trecho: Itaboraí / Cachoeiras de Macacu.

3- Implantação de variante no trecho que atravessa a zona urbana de Nova Friburgo.

Rodovia RJ-165: Paraty / Cunha (São Paulo)

1- Complementação da pavimentação até a divisa com o Estado de São Paulo, numa extensão de 9,2 km, além da restauração e adequação do trecho pavimentado, em outros 8 km.

Rodovia RJ-155: Angra dos Reis / Barra Mansa

1- Melhorias em toda a extensão da via: Ampliação das pistas de rolamento; obras de contenção; recapeamento; sinalização no pavimento; recuperação da sinalização viária; iluminação nos entroncamentos e nos acessos às cidades, implantação de acostamento pavimentado, e construção de 3ª faixa em trechos de subida.

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Rodovia RJ-106: Niterói / Macaé

1- Melhorias em toda a extensão da via: Recapeamento; sinalização no pavimento; recuperação da sinalização viária; iluminação nos entroncamentos e nos acessos às cidades; eliminação de redutores de velocidade com instalação de equipamentos para segurança dos pedestres; eliminação de cruzamentos de nível com implantação de rotatórias e viadutos; construção de 3ª faixa em trechos de subida; implantação de acostamento pavimentado e implantação de variantes de contorno na travessia de zonas urbanas.

2- Duplicação do trecho: Tribobó / Maricá

3- Implantação de via de contorno em Araruama, Iguaba, Iguabinha, Barra de São João e Rio das Ostras.

Rodovia RJ-140: Silva Jardim / Arraial do Cabo

1- Duplicação da RJ-140 no trecho: São Pedro da Aldeia / Cabo Frio.

2- Implantação da ponte sobre o canal de Itajurú (na divisa entre os municípios de São Pedro da Aldeia e Cabo Frio).

Rodovia RJ-124: Rio Bonito / Araruama

1- Complementação da via com implantação de alça de ligação de acesso diretamente ao entroncamento de São Pedro da Aldeia (RJ-106 / RJ-140)

Rodovia RJ-163: Penedo / Visconde de Mauá

1- Implantação de Estrada Parque entre Penedo e Visconde de Mauá. Trata-se de uma obra polêmica e que seguramente terá grande impacto na região. Por isto mesmo merece, antes da sua decisão, uma discussão ampliada na região, a partir de um estudo de impacto ambiental e social.

??Rodovias de importância regional Com grande relevância do ponto de vista cenográfico, a serem prioritariamente beneficiadas por obras de ampliação, melhorias e recuperação da sinalização, definição de área de domínio e tratamento paisagístico:

BR-495 Petrópolis / Teresópolis RJ-151 Itatiaia / Comendador Levy Gasparian RJ-145 Rio Claro / Rio das Flores RJ-127 Paracambi / Vassouras RJ-125 Seropédica / Vassouras RJ-134 Petrópolis / São José do Vale do Rio Preto RJ-130 Teresópolis / Nova Friburgo RJ-142 Nova Friburgo/Casimiro de Abreu (Estrada Serramar)

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RJ-162 Trajano de Moraes / Rio das Ostras RJ-102 Cabo Frio / Armação de Búzios RJ-178 Macaé / Quissamã RJ-196 Quissamã / São Francisco do Itabapoana RJ-208 Campos dos Goytacazes (Uraraí) / Lagoa Feia RJ-149 Mangaratiba / Rio Claro RJ-107 Duque de Caxias (Imbariê) / Petrópolis RJ-117 Paty do Alferes / Petrópolis RJ-216 Campos dos Goytacazes / Farol de São Tomé

4.2.1.2 Infra-estrutura Aeroviária São apresentados a seguir, os equipamentos de apoio à atividade aeroviária no território estadual que devem receber algum tipo de tratamento ou melhoria, conforme especificado. Considerou-se como ponto de partida para a constituição de um sistema básico a infra-estrutura instalada representada pelos aeroportos Internacional do Rio de Janeiro / Galeão – Maestro Antônio Carlos Jobim, (Aeroporto Internacional Tom Jobim), Santos Dumont, Cabo Frio, Resende e Angra dos Reis. A rede constituída por estes cinco aeroportos permitirá, a curto prazo, o atendimento às principais regiões turísticas do Estado no que se refere ao tráfego aéreo e às conexões nacionais e internacionais. Considera-se que, a princípio, e sujeito às recomendações abaixo apresentadas, os aeroportos acima mencionados poderão satisfazer o aumento da procura internacional previsto dentro do horizonte do Plano: Aeroporto Internacional Tom Jobim É desejável que, a médio prazo, sejam realizadas adequações no Terminal de Passageiros nº 1 (mais antigo), especialmente no que se refere à decoração e mobiliário, iluminação, e vários equipamentos ali existentes. No caso do novo terminal, (Terminal de Passageiros nº 2), este já se encontra adequadamente equipado e decorado. Aeroporto Santos Dumont O Aeroporto Santos Dumont, localizado junto à área central de negócios da cidade do Rio de Janeiro e considerado um dos mais centrais do mundo, recebe além dos vôos da Ponte Aérea Rio / São Paulo, vôos para várias outras capitais e cidades do Brasil, como Vitória, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Ilhéus, Porto Seguro, entre outras. Este aeroporto é ainda origem e destino dos vôos entre o Rio de Janeiro e as cidades do interior do Estado. Apesar da grande movimentação já constatada neste aeroporto, da ordem de 4 milhões de passageiros / ano, ele abrigará também o acréscimo da movimentação aérea para o interior do Estado, decorrente do desejável incremento na atividade turística. Este equipamento, sofreu recentemente uma reforma total em suas instalações após incêndio que o deixou bastante danificado. No entanto o incremento na movimentação de passageiros neste terminal, vai demandar algum acréscimo em suas instalações, atualmente já reduzidas para o atendimento nas horas de “pico”. Para tanto, a INFRAERO está em vias de implantar um projeto de expansão do terminal de passageiros, ampliando significativamente sua capacidade operacional.

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O Governo Estadual está elaborando com a INFRAERO, empresa que administra os aeroportos Internacional e Santos Dumont, projeto para implantação de ligação hidroviária de alta velocidade entre eles, promovendo a facilidade de acesso ao aeroporto principal, reduzindo os tempos de deslocamento dos passageiros nas vias, hoje bem congestionadas, de ligação dos dois aeroportos. Aeroporto Internacional de Cabo Frio Atualmente, o aeroporto está apto a receber aeronaves de médio porte com capacidade entre 100 e 150 passageiros, e em vôos noturnos por instrumento. Com relação ao terminal de passageiros, sua capacidade operacional é de atendimento a 120 passageiros / hora, o que implicará, a médio prazo, em sua expansão. Caso a hipótese de vôos charter diretos da Europa, por exemplo, venham a tornar-se uma realidade, será necessário ampliar toda a estrutura física deste aeroporto, desde dimensões e suporte da pista, e 'stop ways', à capacidade do terminal existente. Indica-se ainda, a elaboração de estudo de viabilidade para implantação de ligação hidroviária com construção de atracadouro, permitindo a ligação, através da Lagoa de Araruama, às localidades, hotéis ou outros empreendimentos turísticos existentes na orla. Aeroporto de Resende O aeroporto existente em Resende tem um projeto aprovado para operação noturna por instrumento (balizamento de pista, VOR / DME e rádio comunicação). A implantação destes equipamentos ampliaria sobremaneira a capacidade receptiva do aeroporto, atraindo novos fluxos turísticos para a região. Aeroporto de Angra dos Reis O aeroporto de Angra dos Reis pode ser o ponto de apoio para a Região da Costa Verde, devendo, para tanto, receber melhorias relativas à ampliação da pista para 1.300m, além da instalação de equipamentos adequados à utilização por aeronaves de 50 passageiros. Está previsto também, a curto prazo, a operação noturna de helicópteros. Este aeroporto deve também receber melhorias no seu terminal de passageiros, podendo ser articulado a um atracadouro, o que permitiria a interligação direta com as ilhas e os hotéis da região por via marítima. Adequar o Pólo Turístico de Angra às condições de acesso por transporte aéreo existente nos demais pólos concorrentes, é de suma importância para que a região disponha de condições plenas de disputa na preferência pelos turistas. Foi realizado um Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental - EIA / RIMA, com a aprovação da implantação, na área do aeroporto, de um terminal aéro-rodo-marítimo, que contemplaria todas as atividades previstas para a área. No que respeita outras infra-estruturas - aeroportos, aeródromos e heliportos - para acesso aéreo doméstico de outros Estados ou dentro do Estado, os aeroportos de Campos, Macaé e Itaperuna, continuarão a ter um papel importante, embora não fundamental, em termos de turismo de lazer.

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No entanto, um pequeno número de visitantes de outros Estados brasileiros, principalmente paulistas, serve-se de meios aéreos particulares para seus deslocamentos, utilizando aeródromos ou heliportos privados, não abertos ao público em geral. O plano aeroviário estadual, ora em processo de revisão, deve inventariar e mapear toda a infra-estrutura aeroportuária pública e privada existente, tendo em vista as suas características, funções e desempenhos, presente e potencial, e a contribuição que também poderia dar, em termos de acesso às várias regiões turísticas. Deve-se considerar a possibilidade de utilização da infra-estrutura aeroportuária privada como parte de um sistema suplementar de expansão de capacidade. Ainda no âmbito da infra-estrutura aeroportuária deve ser considerada a necessidade de implementação de uma rede de heliportos no Estado, de modo a permitir a acessibilidade por este meio de transporte às diversas regiões, utilizando, quando possível, a infra-estrutura instalada nos aeroportos, com demarcação de áreas de toque e balizamento noturno. 4.2.1.3 – Infra-estrutura Hidroviária Neste item são apontados os projetos e as medidas de ordem institucional que fortalecem o desenvolvimento do turismo náutico no Estado, que se manifesta na navegação de lazer e nos esportes náuticos. A cidade do Rio de Janeiro viu aumentar, nos últimos anos, o movimento de transatlânticos no seu porto, expandindo-se esta movimentação para o restante do Estado em fundeadouros naturais. O terminal de passageiras da capital, no entanto, ainda não sofreu adaptações para o atendimento desta expansão. Com a finalidade de atender a tal necessidade, a Cia. Docas do Rio de Janeiro, em associação a capitais privados, está finalizando o projeto de revitalização e adaptação da área. ??Medidas Institucionais Além das normas de segurança já estabelecidas pelas autoridades competentes, indica-se a adoção de instrumentos que, uma vez implementados, darão apoio a práticas ambientalmente adequadas, a saber:

1- Estabelecimento da chancela de “Qualidade Náutica Ambiental–Rio”;

2- Estabelecimento de um “Código de Comportamento Ambiental” a ser fixado nas embarcações e nas bases, no litoral.

3- Elaboração de carta náutica, que indique os pólos náuticos com informações sobre pontos de atracação, abrigos diurnos e noturnos, pontos de coleta de lixo, de fornecimento de água potável, de gelo e demais facilidades.

Para se habilitarem a receber a chancela “Qualidade Ambiental Náutica–Rio”, as embarcações deverão apresentar, em especial:

1- Documentação da regularidade das autoridades públicas competentes;

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2- Quadro fixado, em local de fácil e imediata visão que indique as autorizações recebidas, tripulação obrigatória, capacidade de transporte, existência de meios de comunicação, autonomia, normas ambientais do turista náutico, etc.; 3- Roteiro turístico ambiental que indique unidade de conservação, reservas e outros, indicando restrições e limitações legais e técnicas para uso, que devem ser observadas pelos turistas e prestadores de serviços.

Indica-se, ainda, a criação de cursos e treinamentos sobre princípios e técnicas turístico-ambientais que devem ser observadas no desenvolvimento e prática desta atividade, a serem oferecidos pela FEEMA e TURISRIO a prestadores de turismo náutico.

?? Infra-estrutura de Apoio O Estado do Rio de Janeiro apresenta um litoral com grande potencialidade para as atividades de turismo náutico. Este potencial, no entanto, apresenta variações significativas em função da geografia da costa e das condições de navegabilidade. As normas que regulamentam a implantação da infra-estrutura náutica no território estadual foram editadas através das Diretrizes Dz 1839.R-0, que estabelecem os critérios para o licenciamento de estruturas de apoio a embarcações de pequeno e médio portes, definindo normas para Pequenas Estruturas de Apoio - PEA e Grandes Estruturas de Apoio - GEA ou Marina - MA. As propostas apresentadas a seguir tiveram como parâmetro a diversidade do litoral e as diretrizes contidas no “Plano Diretor de Desenvolvimento de Pólos de Turismo Náutico no Estado do Rio de Janeiro”, da TURISRIO, datado de 1990. ?? Implantação dos Pólos da Costa A Implantação de Pólos da Costa segue uma estratégia de marketing fundamental para a venda dos produtos turísticos, identificando os locais estratégicos para o desenvolvimento das atividades náuticas. Nestes pólos são apontados os principais atrativos naturais, os empreendimentos náuticos implantados, aqueles em implantação, o atracadouro de referência do Pólo e a descrição do cenário subaquático predominante. Cada um destes Pólos deverá abrigar ainda unidades de apoio às embarcações para realização de todas as operações de lavagem, vazamento de lixo e abastecimento de gêneros e combustíveis. A instalação destas unidades deve-se não só à demanda da atividade náutica mas também aos riscos ambientais decorrentes da própria atividade, tais como vazamento de lixo, lançamento de resíduos e vazamento de óleos combustíveis. Estas unidades, além do apoio à frota, oferecendo abastecimento e sistema de comunicação, são um elemento de controle ambiental na medida, em que abrigarão os serviços acima mencionados de coleta de lixo e óleo combustível.

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Finalmente, destaca-se a importância do saneamento, tratado no Macroprograma 2 do Plano, como uma questão a ser enfrentada com urgência, tendo em vista os riscos de comprometimento dos corpos d’água. A seguir são apresentados os Pólos definidos a partir da análise das características náuticas, físico-territoriais e de uso e ocupação do solo: Pólo Paraty (Trindade / Mambucaba) Neste pólo estão localizadas marinas naturais, praias e costões. Existem também várias ilhas e pequenas enseadas onde se destacam o Saco de Mamanguá e a enseada de Paraty-Mirim, ideais para a ambientação náutica. O fundo submarino na região é composto de areia, lodo e rochas, com poucos corais e vida marinha abundante. As condições de mergulho são boas durante todo o ano. Os principais empreendimentos náuticos implantados no Pólo são: Marina do Condomínio Laranjeiras (3ª categoria); Marina Boa Vista (3ª categoria); pequenos estaleiros com guarda de barcos; club náutico do núcleo residencial de Furnas e o píer da cidade de Paraty. O principal empreendimento em implantação é o Porto Paraty (loteamento, píer e cais de atracação) Recomenda-se que o atracadouro de referência do Pólo seja o Píer da cidade de Paraty. É importante, no entanto, considerar sua localização, junto ao núcleo histórico da cidade, o que vai demandar cuidados especiais na definição das dimensões e dos equipamentos a ele acoplados. Pólo Angra dos Reis (Enseada da Ribeira / Cidade de Angra dos Reis) Neste pólo localizam-se grandes marinas naturais: baía da Ribeira, enseada do Porto de Angra e baía de Jacuecanga. As áreas mais apropriadas às atividades de turismo náutico encontram-se nas ilhas, tendo em vista a presença do Porto de Angra e do estaleiro Verolme. O fundo submarino na região é composto de areia, lodo e rochas, com poucos corais e vida marinha abundante: peixes de vários tamanhos, crustáceos e equinodermos (estrela do mar). As condições de mergulho são boas durante todo o ano na proximidade das ilhas. Os principais empreendimentos náuticos já implantados são: Porto Barlavento; Club Praia do Guariba; Porto Frade; Porto Bracuí; Porto Marisco; Caieirinha; Marbela; Iate Clube de Angra dos Reis; Porto Aquário; Angra Inn; Iate Clube do Rio de Janeiro; Cais da Manivela; Iate Clube Aquidabã; Clube Bela Vista; Angra dos Reis Marina Clube, Porto Marina 1 e Pirata’s Mall. Os principais empreendimentos em implantação são o Pólo Industrial Náutico de Angra dos Reis / Marina Verolme com previsão para 1400 barcos e a área de apoio náutico do Hotel Blue Tree Park. Para o núcleo urbano da cidade está previsto o Projeto Orla, do qual consta o projeto Porto Marina São Bento. Recomenda-se que o atracadouro de referência seja o do projeto Porto Marina São Bento, que deverá contar com estação de passageiros com banheiros, lanchonetes, restaurantes, lojas, quiosque de informações turísticas, áreas de embarque e desembarque e

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estacionamento. Recomenda-se também o fortalecimento de uma política que privilegie a instalação de equipamentos na parte costeira do continente, preservando as ilhas em seus estados naturais. Indica-se ainda, o estabelecimento de ligação hidroviária entre o aeroporto de Angra dos Reis e os hotéis situados na orla marítima, onde os acessos por terra são muitas vezes difíceis. Pólo Mangaratiba ( Ponta dos Coqueiros / Ponta do Pimentel) Neste pólo localizam-se marinas naturais como a enseada de Conceição de Jacareí e da baía de Mangaratiba, praias e costões, sendo no entanto o maior atrativo do Pólo a Ilha Grande. Os principais empreendimentos náuticos já implantados são: Portogalo; Porto Real Resort, Club Meditarranée; Portobello; Clube Náutico de Ibicuí; Píer de atracação de Mangaratiba. Os empreendimentos em implantação são: Marina Clube Náutico e o Condomínio Itaoca. Recomenda-se que o atracadouro de referencia do Pólo seja o Píer de atracação de Mangaratiba, ressaltando-se a necessidade de obras de melhorias naquele equipamento. A construção de terminal de passageiros com destino à Ilha Grande e a implantação de áreas de estacionamento são de fundamental importância, tanto para o turista que se utiliza dos serviços do atracadouro, quanto para o núcleo urbano do município. Pólo de Itacuruçá (Canal de Itacuruçá / Praia do Limão - Ilha da Madeira) Localiza-se aí um significativo número de atrativos náuticos, como as marinas naturais do canal de Itacuruçá, o saco da Coroa Grande, a praia do Limão na Ilha da Madeira e um conjunto de ilhas, entre elas a de Itacuruçá e de Jaguanum. Os principais empreendimentos náuticos aí implantados são: Club Náutico de Muriqui; Terminal de Itacuruçá; Iate Clube de Itacuruçá; Iate Clube de Coroa Grande; Hotel Pierre; Hotel Águas Lindas e Hotel Jaguanum. O Marina Porto Itacuruçá encontra-se em implantação. Recomenda-se que o atracadouro de referência do Pólo seja o Terminal de Itacuruçá, sendo necessário proceder-se a sua ampliação e implantação de estação de passageiros, com serviços de banheiros, lanchonetes, restaurantes, lojas, quiosque de informações turísticas, áreas de embarque e desembarque e estacionamento. Pólo Ilha Grande As belas praias associadas a uma topografia acidentada e uma vegetação exuberante, fazem da Ilha Grande, atualmente tombada pelo Governo Estadual, o principal atrativo da região. Existem aí várias marinas naturais na porção da ilha voltada para o continente. As praias voltadas para o mar aberto são de difícil acesso e na Enseada da Praia do Sul está implantada a Reserva Biológica da Praia do Sul.

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Os pontos de atracação na Ilha Grande são o Píer do Abraão, terminal de passageiros das linhas Mangaratiba / Ilha Grande e Angra dos Reis / Ilha Grande, da Praia das Palmas e da Freguesia de Santana. Não existem grandes empreendimentos náutico-hoteleiros na ilha. Apesar das excelentes condições para estes empreendimentos, as condições ambientais vão demandar atenção especial na implantação de novos projetos. As condições de mergulho são excelentes durante quase todo o ano. As águas claras e as curtas distâncias aos pontos de mergulho fazem da Ilha Grande um dos melhores pontos do Estado para a prática deste esporte. Recomenda-se que o atracadouro de referência da Ilha seja o Píer da Enseada do Abraão. No que se refere aos serviços turísticos, deve privilegiar-se a instalação de unidades hoteleiras de pequeno e médio portes, tendo em vista os complicadores decorrentes de grandes equipamentos com abastecimento, deslocamento na ilha, esgotamento sanitário e coleta e tratamento de resíduos sólidos. Na implantação de qualquer empreendimento deve ser garantido o atendimento estrito às normas estabelecidas pelos órgãos competentes. Pólo Guanabara (Ponta dos Dois Irmãos / Ponta de Itaipu) Este Pólo abrange os municípios do Rio de Janeiro e Niterói, onde estão concentradas as principais atividades urbanas da região. As atividades náuticas se concentram principalmente nas águas abrigadas pela Baía de Guanabara. No litoral, a oeste da entrada da barra, apenas as ilhas Cagaras são propícias às atividades náuticas. A Enseada de Botafogo, já se encontra saturada pela quantidade de barcos fundeados. Os Fortes Militares, de acesso restrito, e as Ilhas, com destaque para a Ilha de Paquetá e a paisagem da cidade, são grandes atrativos deste Pólo. Deve-se registrar ainda a importância do iatismo na região de onde despontaram vários medalhistas olímpicos. Os principais empreendimentos náuticos no Pólo são: Marina da Glória; Iate Clube do Rio de Janeiro; Iate Clube Guanabara; Iate Clube Icaraí; Rio Yacht Clube; Iate Clube Brasileiro; Jurujuba Iate Clube; Iate Clube Jardim Guanabara. Recomenda-se o estabelecimento de pontos de apoio às emergências náuticas e a melhoria na qualidade da água das lagoas costeiras para promoção dos esportes náuticos em suas águas. De fundamental importância é a promoção do acesso ao mar, com instalação na orla da baía de Guanabara, de infra-estrutura dotada de rampa e estacionamento de veículos. Na Marina da Glória existe rampa de acesso, porém com pouca divulgação ao público. Propõe-se, ainda, a instalação de equipamentos de turismo náutico em Niterói, que já desponta como grande centro dos esportes náuticos, a recuperação de atracadouro da Guia de Pacobaíba, em Magé, e a implantação do projeto de revitalização da Área Portuária da Cidade do Rio de Janeiro.

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Pólo Enseada dos Anjos-Canal de Itajurú (Praia de Maçambaba / Ponta da Cruz) A Enseada dos Anjos, grande marina natural e a Ilha de Cabo Frio, são os principais atrativos náuticos do Pólo. Os costões desabrigados de Arraial do Cabo e Ilha de Cabo Frio, são de grande interesse à prática do mergulho e aos passeios náuticos. A Enseada dos Anjos, com suas águas cristalinas e praias de areia branca e o conjunto formado pelas praias do Foguete, das Dunas e do Forte, em Cabo Frio, com águas cristalinas e areia branca, constituem cenários de grande atração. Os principais pontos de infra-estrutura náutica no Pólo são: Porto de Arraial do Cabo; Atracadouro do canal de Itajurú; Iate Clube de Cabo Frio; Clube Náutico Bela Vista; Iate Clube do Rio de Janeiro; Iate Clube Costa Azul e diversos empreendimentos mistos náutico / imobiliários no Canal de Itajurú. Recomenda-se que o atracadouro de referência do Pólo seja o Porto de Arraial do Cabo, com instalação de serviços de qualidade com banheiros, bares, quiosque de informações turísticas e ampliação das áreas de estacionamento. O licenciamento e a fiscalização dos barcos em operação no terminal deverão ser restritos, tendo em vista a saturação da área e a necessidade de preservação de um dos lugares mais bonitos e atrativos da costa brasileira. Pólo Búzios (Ponta da Emerença / Barra do Una) Armação dos Búzios situa-se numa península constituída de praias paradisíacas, sendo um dos balneários mais conhecidos e sofisticados do Brasil. Dentre as várias enseadas aí existentes, as praias da Armação, dos Ossos e de Manguinhos são boas marinas naturais. Os principais empreendimentos náuticos aí instalados são: Iate Clube Armação de Búzios e Marina Porto Búzios. Recomenda-se que o atracadouro de referência do Pólo seja o Iate Clube Armação dos Búzios, adotando-se no entanto todas as medidas necessárias à proteção ambiental da área. Deve ser incentivada a manutenção de competições náuticas de vela, tendo em vista a infra-estrutura hoteleira e de serviços implantada e às condições não poluentes da atividade. Pólo Lagoas (Ponta de Itaipu / Ponta da Cabeça) O Pólo Lagoas aborda as potencialidades de desenvolvimento do turismo náutico nas lagoas de Marica, Barra, do Padre, da Guarapina, de Jaconé, de Saquarema e de Araruama. Estas Lagoas são separadas do oceano pela restinga de Massambaba, cuja fragilidade ambiental demanda regras estritas quanto à sua ocupação. Os poucos empreendimentos de infra-estrutura náutica nas lagoas são: Lagoa de Saquarema: Iate Clube de Saquarema e Colônia de Férias da Braslight; Lagoa de Araruama; Marina da TURISRIO, Clube Náutico de Araruama e o Camping Clube do Brasil. Recomenda-se o estímulo à prática da navegação à vela, através da implantação de rampas e equipamentos necessários ao seu desenvolvimento, tendo em vista as condições

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das mais favoráveis neste Pólo para este esporte, em função dos ventos que sopram na região durante todo o ano. ?? Implantação de Equipamentos de Suporte ao Tráfego Náutico A costa do Estado do Rio de Janeiro, apesar de bastante recortada e pontilhada de enseadas e ilhas que facilitam a navegação de lazer, apresenta longos trechos de mar aberto. Nestes trechos deverão ser implantados atracadouros para o atendimento de emergência em caso de tempestade ou avaria da embarcação. O “Plano Diretor de Desenvolvimento de Pólos de Turismo Náutico no Estado do Rio de Janeiro” identificou estes pontos a seguir listados, cujo dimensionamento e vinculação a empreendimentos náuticos de maior vulto estarão sujeitos às determinações dos órgãos de proteção. Atracadouro da Ponta do Picão A área, ainda intocada pelo processo de urbanização, é de grande importância como ponto de sustentação do tráfego náutico entre a Costa Verde e a cidade do Rio de Janeiro. Marina do Pontal de Sernambetiba Esta é uma segunda alternativa à implantação de um equipamento de apoio entre a Costa Verde e a cidade do Rio de Janeiro. As vantagens desta localização são o acesso terrestre e o fato de se tratar de área já ocupada. Itaipuaçu / Ponta Negra / Barra de Saquarema Estes três pontos do litoral são as alternativas para instalação de atracadouros de suporte de tráfego náutico entre a cidade do Rio de Janeiro e a região de Cabo frio. A avaliação dos impactos ambientais de cada destas alternativas vai orientar a escolha mais adequada e que ofereça menores danos ao meio ambiente. Cais de pesca de Macaé O cais de pesca da cidade de Macaé é a alternativa de suporte ao tráfego náutico entre a região de Cabo Frio e o Cabo de São Tomé. Para tanto serão necessárias obras de melhoria e extensão do atracadouro. 4.2.1.4 Saneamento O tema saneamento é recorrente em qualquer debate sobre a infra-estrutura de uma maneira geral e, em particular, com relação à infra-estrutura de apoio ao turismo, merecendo, por isto mesmo, um amplo programa de recuperação e saneamento no nível estadual, no qual se destacam as seguintes intervenções:

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Despoluição das Lagoas de Araruama, Saquarema e Maricá Este plano destaca o que se considera como prioridade e condição de sobrevivência de um dos maiores atrativos turísticos do território estadual, que é o sistema lagunar de Araruama, Saquarema e Marica. Neste sentido, a recuperação das lagoas deve ser considerada intervenção prioritária, sob pena de se assistir ao comprometimento daquele ecossistema, com todos os impactos negativos previsíveis do ponto de vista turístico, ambiental e social. Ao mesmo tempo, tendo em vista o recente processo de privatização dos serviços de fornecimento de água e esgotamento sanitário da bacia drenante, deverá ser aberto um canal de discussão com a empresa concessionária, no sentido de negociar medidas que inibam o processo agressivo de poluição do sistema lagunar. Implantação de Sistema de Esgoto no Núcleo Histórico de Paraty A cidade de Paraty, atualmente Monumento Nacional e que poderá tornar-se Patrimônio da Humanidade, apresenta problemas graves relacionados à drenagem e esgotamento sanitário em seu núcleo histórico. A adoção de medidas que venham solucionar estas questões tem caráter prioritário na definição das políticas públicas. Implantação de Sistema de Esgoto no Núcleo Urbano de Angra dos Reis O núcleo urbano da cidade de Angra dos Reis, constituído pelo centro e pelo bairro de Japuíba, não conta com sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário adequado, o que vem causando sérios prejuízos ambientais à Baía da Ilha Grande, em áreas já ocupadas ou com grande potencial para receber empreendimentos turísticos. Neste sentido, é prioritária a implantação de redes de esgoto sanitário e estação de tratamento, para garantir a qualidade ambiental de um dos mais importantes recursos naturais do Estado. Implantação de Sistema de Coleta, Tratamento e Destinação Final dos Resíduos Sólidos Deve merecer também atenção especial o tratamento e destinação final de resíduos sólidos, com ações encaminhadas num trabalho conjunto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMADS. 4.2.2 Programa Equipamentos Turísticos de Apoio Este programa relaciona o conjunto de intervenções relativas aos equipamentos de suporte ao desenvolvimento do turismo, através da dotação, em determinadas áreas, de logística de apoio que dê sustentabilidade ao desenvolvimento da atividade nas suas diversas formas de manifestação, de acordo com a distinção de tipos de consumidores adotada. São indicados aqui os equipamentos cuja área de influência extrapola a escala local. Outros empreendimentos equivalentes, mas de menor porte, devem ser objeto de viabilização na perspectiva do desenvolvimento local, tanto para atendimento ao visitante turista, quanto ao visitante excursionista.

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4.2.2.1 Áreas de Lazer e Excursionismo O Plano propõe o desenvolvimento de um projeto de implantação e criação de áreas de lazer junto às periferias das grandes cidades, principalmente na Região Metropolitana e nos municípios classificados como áreas de excursionismo de alcance regional. Buscar-se-á oferecer condições de lazer acessíveis e confortáveis e, ao mesmo tempo, minimizar os impactos resultantes dos fluxos de excursionistas com motivação balneária - o dito “farofeiro” - e os conflitos ocasionados em decorrência da sua superposição com os turistas e os veranistas. Devem ser consideradas como áreas prioritárias de intervenção, as unidades de conservação ambiental existente em Zonas de Ecoturismo, além de outras áreas e locais identificados que possuam condições de atratividade de fluxos de excursionistas, particularmente aqueles localizados nos municípios periféricos à cidade do Rio de Janeiro, onde se localiza uma grande massa de população com poucas opções de lazer ao ar livre. É importante que estes projetos incorporem a presença do elemento água para atividade balneária, fundamental na consideração do clima e na cultura de lazer de nossa população. Ainda que se trate de um programa público no que diz respeito ao investimento inicial, é recomendável que os projetos contemplem a realização de estudo de viabilidade econômica e financeira, de modo que a administração destas áreas possa ser repassada à iniciativa privada sob a condição de manutenção do equipamento e de preservação ambiental, além da garantia da sua continuidade e seus objetivos. 4.2.2.2 Centro de Convenções Uma carência identificada em diversas regiões do Estado diz respeito à ausência de equipamento receptivo para a realização de feiras, congressos e convenções de médio porte, suporte essencial para o desenvolvimento deste promissor nicho de mercado. A cidade do Rio de Janeiro inclui entre as ações propostas no Plano Maravilha, a recuperação ou a implantação de um centro de convenções para esta escala de evento. Do mesmo modo, deve ser estudada a localização de centros de convenções no interior do Estado, de modo a possibilitar a interiorização desta fatia de mercado. Além da identificação da rede de equipamentos de suporte para a realização de feiras, congressos e convenções, ligados ou não à rede hoteleira, que vem sendo realizada pela Fundação Rio Convention Bureau, devem ser estudados também os locais mais apropriados para a implementação deste tipo de equipamento, nas Zonas de Turismo de Negócios, articulando Governo do Estado, municípios e iniciativa privada. Trata-se de um projeto que deve ter o seu detalhamento ao nível regional.

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4.3 MACROPROGRAMA 3 - SISTEMA DE INFORMAÇÃO Um dos principais problemas apontados pelo diagnóstico do Plano Diretor refere-se à carência de informações e dados sobre o comportamento da atividade turística no Estado, particularmente no que se refere aos fluxos de visitantes e suas características, bem como aos dados econômicos resultantes da atividade. Desta forma, é de fundamental importância para a implementação das propostas do Plano e, principalmente, para a sua avaliação e para o detalhamento e aprofundamento de alguns temas, a constituição de um Banco de Dados sistemático e permanente, que possa embasar um programa de informações ao turista, bem como um programa de acompanhamento e monitoramento do Plano. O conjunto de informações disponibilizadas neste Banco de Dados é também um insumo fundamental para uma efetiva operacionalização dos produtos turísticos em todos os elos da sua cadeia produtiva, possibilitando a inserção e a interação, de forma profissional, de todos os agentes que realizam a atividade no seu conjunto, desde o estágio da produção, até a comercialização e o consumo final. MACROPROGRAMA 3 – SISTEMA DE INFORMAÇÃO

PROGRAMAS

PROJETOS

Concepção e Implantação do Banco de Dados

Banco de Dados

Tratamento e Sistematização das Informações Mídia Eletrônica Postos de Informações Turísticas Calendários de Eventos

Informação ao Turista

Sinalização Turística 4.3.1 Programa Banco de Dados A constituição de um Banco de Dados, sistemático e permanentemente atualizado, é o componente fundamental de um sistema de informação. O grande desafio é a definição do desenho deste Banco de Dados, que deve apresentar, definir e estruturar o conjunto de informações e dados a serem levantados, sistematizados e disponibilizados. O programa deve ser encaminhado, desde a sua origem, em conjunto com a Fundação Centro de Informações e Dados do Estado - CIDE , além de outras fontes de dados estatísticos com as quais a Fundação já mantém um trabalho articulado. A Central de Informações Turísticas da TURISRIO que disponibiliza informações, basicamente da oferta turística, deve participar da elaboração e operacionalização do Banco de Dados, incorporando ao programa sua experiência e a vivência nesta área de atuação.

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A elaboração do quadro de referências estatísticas que deu suporte à consecução do Plano, apesar da defasagem dos dados que apresenta, pode servir de insumo básico para o início da concepção do projeto de um Banco de Dados sistemático e abrangente. A estrutura do Banco de Dados deve considerar, necessariamente, a organização das informações e o tratamento estatístico diferenciado para as categorias de visitantes adotada pelo Plano. Ainda com respeito à sua concepção, é imprescindível a discussão sobre a elaboração de uma Matriz de Insumo-Produto, ou Conta Satélite, que permita desagregar, do conjunto dos setores da economia, o comportamento das atividades turísticas relacionadas, e que poderiam integrar o denominado setor turismo da economia estadual. Definida esta matriz ou o instrumento equivalente, ela deve imediatamente passar a integrar o Banco de Dados que identificará, sistematizará e disponibilizará as informações dela resultantes. A construção de um Banco de Dados é a identificação das fontes onde serão levantados informações e dados, bem como a definição dos critérios que devem nortear a coleta das informações. As fontes secundárias existentes permitirão, a curto prazo, definir o formato inicial do Banco de Dados, que deverá tornar-se mais sofisticado a partir da sua implementação e funcionamento. Na sua evolução, poderão ser propostas pesquisas primárias, por amostragem e por temas específicos, em função das indicações decorrentes da evolução do projeto. Por estas considerações, e uma vez definida a concepção do Banco de Dados, a implementação do programa pressupõe ainda duas etapas: a primeira consistiria no levantamento e complementação das informações, a partir da identificação das fontes; a segunda, no tratamento e sistematização dos dados. Na primeira etapa, o conjunto de informações que subsidiaram a consolidação do Diagnóstico do Plano deve embasar o início do levantamento de dados, destacando-se: ?? As informações sobre a oferta turística, disponíveis na Central de Informações Turísticas

da TURISRIO, observando-se, no entanto que alguns registros merecem uma discussão sobre os critérios que norteiam a sua identificação e pesquisa;

?? Os dados da EMBRATUR sobre o movimento de chegada de turistas estrangeiros na capital;

?? Os dados do IBGE sobre as residências de uso ocasional como referência sobre a movimentação de veranistas;

?? Os dados da RAIS sobre o mercado formal de trabalho; ?? Os municípios, que são uma importante fonte de informações diversas, desde que

definidos critérios claros, objetivos e sistemáticos para a identificação da informação. No que se refere à identificação do perfil do turista, e independente de outras ações no campo da coleta e sistematização de dados, deve ser considerada a retomada da utilização das Fichas Nacionais de Registro de Hóspedes – FNRH e dos Boletins de Ocupação Hoteleira - BOH, de acordo com o que determina o artigo 21 da Deliberação Normativa nº 387/98 da EMBRATUR. Além dos aspectos relativos à segurança pública, as fichas e os boletins acima referidos são um eficiente instrumento de coleta de dados sobre o setor. Este tema deve ser objeto de um

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trabalho conjunto com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, a EMBRATUR e o órgão de segurança federal, de modo a agilizar os procedimentos e facilitar a prestação da informação por parte dos prestadores de serviços de hospedagem, tanto do ponto de vista da estatística quanto da segurança pública. Na segunda etapa, o tratamento e a sistematização das informações devem ser objeto de um trabalho permanente, a cargo da Fundação CIDE, em articulação com os demais organismos que venham a participar do projeto. A informação deve ser disponibilizada através da constituição de redes que possam alimentar outros projetos que integram o sistema de informação, como os postos de informação turística, a mídia eletrônica e, ainda, permitir o seu acesso a consultas individuais, sob determinados critérios. O tratamento e a sistematização devem ser avaliados periodicamente pela equipe técnica responsável pelo Banco de Dados, particularmente dos setores que trabalham com a divulgação da informação para os diversos agentes interessados. Particularmente no que se refere à construção de uma matriz que permita avaliar, constantemente, o comportamento da economia do Turismo no Estado, o trabalho deve ter como ponto de partida a definição de conceitos sobre produto interno bruto turístico, valor acrescentado bruto turístico, produção turística, consumo turístico, despesa turística, consumo intermédio turístico, procura turística ou outros, conforme os ramos de atividade que venham a ser analisados. Sendo certo que estes conceitos são fundamentais para se avaliar os impactos econômicos do Turismo e, sobretudo, a contribuição deste para o PIB, recomenda-se que seja seguida a tendência registrada a nível mundial neste domínio, adotando-se a terminologia e a própria conceituação utilizada pelo sistema da "Conta Satélite do Turismo", que será em breve implementado nos países da Organização Mundial do Turismo, onde o Brasil se inclui. Trata-se de um sistema anexo ao das Contas Nacionais, partilhando com este os seus conceitos, definições e classificações de base. Esta recomendação é a única forma que o Governo do Estado, as empresas, as instituições e os cidadãos possuem para passar a deter uma informação fidedigna, visando garantir eficácia às políticas públicas, eficiência aos negócios e melhoria da qualidade de vida. Trata-se da obtenção de dados credíveis, devidamente fundamentados, sobre a importância do turismo, designadamente no que se refere à magnitude dos seus efeitos multiplicadores. Quem gere o turismo, no setor público ou no setor privado, necessita de informação confiável, composta de indicadores capazes de garantir a credibilidade das medidas propostas, onde relevam as seguintes características: ?? Dados de natureza estatística, produzidos regularmente, num quadro de processo

estatístico contínuo; ?? Dados originados em estimativas baseadas em fontes estatísticas credíveis e

independentes; ?? Dados comparáveis no tempo e com outros domínios de atividade; ?? Dados consistentes em termos nacionais, apresentados numa perspectiva macro-

econômica reconhecida internacionalmente.

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4.3.2 Programa de Informação ao Turista A informação ao consumidor turista, através dos meios de comunicação a serem disponibilizados, deverá contar com o Banco de Dados como ferramenta fundamental. A divulgação destas informações , além das aplicações técnicas, poderá funcionar como elemento promocional e motivador para a escolha do destino, ainda no seu local de residência permanente, ou orientar o turista já no local de destino, ampliando a informação sobre a oferta local. Desta forma, os Projetos a seguir enunciados propõem diferentes canais de divulgação das informações e dados para os diversos tipos de interlocutores interessados, ou que possam ter o seu interesse despertado sobre a informação turística. 4.3.2.1 Mídia Eletrônica Um primeiro passo no sentido da promoção da acessibilidade às informações deve se concretizar na fase de tramitação na Assembléia Legislativa para a aprovação do Plano Diretor, com a sua divulgação no sentido de ampliar a discussão em torno do tema pelo universo de atores que integram o setor. Deste modo, propõe-se a criação de um web site na Internet, onde os interessados, a partir de um cadastro, poderão não só acessar as informações contidas no trabalho, como também contribuir com reflexões e críticas ao mesmo. Esta página na Internet deve evoluir para a construção de um projeto permanente de disponibilização de informação para os interessados de uma maneira geral e, especificamente, para os agentes turísticos. As informações sobre a oferta turística que interessam ao público ampliado podem se abrir em links diversos, organizados territorialmente por regiões turísticas e por municípios. 4.3.2.2 Postos de Informações Turísticas O projeto de instalação de Postos de Informações Turísticas existente na programação da TURISRIO deve ter a garantia da sua continuidade, tendo em vista que a construção do Banco de Dados deve ser o seu elemento alimentador. Hoje esta informação é fornecida pela Central de Informações Turísticas da TURISRIO. Na fase de detalhamento desta ação, devem ser definidos, os locais mais indicados para a instalação dos postos, preferencialmente anexados ou incorporados às estruturas já existentes e em funcionamento. Prioritariamente devem ser considerados os locais de chegada de visitantes, tais como os terminais de passageiros das estações rodoviárias, ferroviárias, hidroviárias e aeroviárias, além das principais rodovias de acesso ao Estado. Também devem ser estudadas, como locais passíveis de instalação de postos de informações, as áreas centrais dos municípios e os locais de grande afluxo de visitantes. Os postos devem ser implementados de acordo com o zoneamento, por ordem de prioridade, nos pólos turísticos internacionais, nacionais e estaduais. Devem ser instalados em sistema de rede, localizados em pontos estratégicos e funcionando nos horários em que o turista mais necessita das informações que, muitas vezes, não coincidem com o expediente das repartições públicas. Sugere-se que, para esse efeito, possam ser estabelecidas

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parcerias estratégicas entre a administração pública - Governo do Estado e dos Municípios - com operadores privados. 4.3.2.3 Calendários de Eventos A construção do Calendário Turístico Estadual é um projeto em andamento na TURISRIO que seleciona os eventos que o integram, embora se trate de uma demanda recorrente dos municípios e de diversos agentes que operam no setor. Neste sentido, paralelamente à seleção que é realizada pela TURISRIO, devem ser identificados outros eventos de menor porte nos municípios, de modo a constituir calendários com diferentes potenciais de atratividade e escalas diversas. Desta forma, poderão ser comercializados de forma integrada com o calendário oficial do Estado, oferecendo produtos complementares em determinadas ocasiões, valorizando circuitos e roteiros turísticos regionais, permitindo um trabalho articulado entre municípios. Esta informação deve ser a base de um trabalho sistemático de divulgação através de material promocional, folhetaria e no projeto de mídia eletrônica referido, sendo necessário, no entanto, rever a atual tendência, que parece existir, de se promover a organização de espetáculos, manifestações ou eventos isolados, desintegrados de todo um conceito de globalidade. Neste sentido, deve ser considerada a perspectiva de realização de eventos associados, ou paralelos a um evento principal, e ainda, a realização de eventos que, embora tendo características autônomas, estão intimamente relacionados e são vistos pelo turista como fazendo parte de um todo de animação, com grande apelo à participação. A característica básica da “continuidade da animação" prende-se, naturalmente, com a necessidade de preencher todo o ano com eventos, fator que funciona como agente de combate à sazonalidade, designadamente quando esse calendário possui, simultaneamente, uma distribuição espacial adequada. Neste contexto, devem ser aproveitados os inúmeros eventos realizados ao longo do ano, de forma permanente (carnaval, réveillon, festivais de música, manifestações folclóricas etc.), com base em equipamentos e serviços já existentes, até aos inúmeros torneios esportivos que ocorrem no Estado ao longo do ano, seja no futebol, no tênis ou no surf. A utilização de tais eventos em termos de animação não pode ser, obviamente, repetitiva em relação a cada tipologia, mesmo que se recorra à utilização de diferentes roupagens para a sua promoção. Torna-se essencial a tomada de medidas simples que imponham a articulação e a integração do planejamento destes eventos, com caráter de permanência ao longo do ano, para evitar a ocorrência de eventos idênticos, ou de idêntica qualidade, em datas muito próximas umas das outras e em locais diferentes do Estado, permitindo ao turista escolher entre um leque alargado de opções colocadas à sua disposição.

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4.3.2.4 Sinalização Turística A riqueza do território estadual em termos de atrativos turísticos e a diversidade de produtos que podem vir a ser oferecidos e explorados turisticamente impõem, como necessária, a implantação de um Projeto de Sinalização Turística Estadual. A EMBRATUR já tem pronto um trabalho denominado Manual de Sinalização Turística, que deve ser considerado como referência básica e ponto de partida do Projeto. Este manual foi elaborado em consonância com o padrão adotado pelos principais países receptores de turistas, disponibilizando informações técnicas necessárias à adoção de um sistema uniformizado de sinalização turística. Este trabalho deve nortear as discussões iniciais com os órgãos responsáveis pela gestão das rodovias e com os municípios, no sentido de adequá-lo, mantendo-se as características de unidade de linguagem adotada no âmbito nacional e internacional. Deve ser considerada a possível comercialização de espaço publicitário nas próprias placas, como forma de viabilizar economicamente a implantação do Projeto. O Projeto de Sinalização Turística deve ser concebido em duas partes, relativamente às escalas em que deve ser estruturado. A primeira parte refere-se a sinalização rodoviária cobrindo o território do Estado, onde devem ser identificadas as principais rodovias a serem sinalizadas turisticamente, com indicação dos pontos estratégicos para a colocação dos elementos visuais propostos. Este trabalho dever ser encaminhado em conjunto com a DNER, o DER e a Secretaria de Estado de Transporte, não só no que se refere à aprovação dos modelos a serem adotados e na sua harmonização com a sinalização rodoviária existente, bem como na definição dos locais mais adequados para a localização dos elementos visuais. Este Plano já indica um elenco de rodovias no programa relativo à infra-estrutura rodoviária, que devem ser consideradas como prioritárias para a implementação do projeto de sinalização. A escala desta proposta obedece ao estabelecimento de etapas de implantação, conforme definidas neste Plano, e que deverão seguir os seguintes critérios: ?? 1a Etapa: grandes eixos que atravessam as principais regiões turísticas. ?? 2a Etapa: grandes eixos de acesso às principais regiões turísticas e eixos secundários que

atravessam as regiões turísticas. ?? 3a Etapa: Principais eixos de acesso às regiões que deverão receber tratamento para o

desenvolvimento da atividade turística no seu interior. São definidos, assim, os trechos de rodovias a serem atendidos pelo Projeto segundo os critérios estabelecidos para suas diferentes etapas: 1a Etapa

VIA TRECHO BR-101 Parati / Rio de Janeiro BR-116 Resende (divisa com SP)/ Rio de Janeiro

Duque de Caxias / Além Paraíba (divisa com MG) BR-040 Duque de Caxias / Comendador Levy Gasparian (divisa com MG) RJ-163 Penedo / Visconde de Mauá (Estrada Parque) RJ-116 Itaboraí / Bom Jardim RJ-106 Niterói / Macaé

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2a Etapa

VIA TRECHO BR-101 Niterói / Campos dos Goytacazes (divisa com ES) BR-393 Barra Mansa / Além Paraíba (divisa com MG) BR-495 Petrópolis / Teresópolis BR-356 Itaperuna (divisa com MG) / Campos dos Goytacazes RJ-155 Barra Mansa / Angra dos Reis RJ-145 Piraí / Rio das Flores (divisa com MG) RJ-130 Teresópolis / Nova Friburgo RJ-142 Nova Friburgo / Casimiro de Abreu RJ-124 Rio Bonito / Araruama

3a Etapa A definição das rodovias a serem prioritariamente atendidas nesta etapa do Projeto deverá constar das proposições de âmbito regional. A segunda parte da implantação do Projeto refere-se à sinalização intra-urbana, onde serão indicados especificamente os atrativos e serviços turísticos a serem sinalizados. Este estágio do trabalho deve ser encaminhado em conjunto com os municípios, que devem opinar, tanto na indicação dos recursos a serem sinalizados, quanto na localização dos elementos visuais.

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4.4 MACROPROGRAMA 4 - FOMENTO À ATIVIDADE O Macroprograma de Fomento à Atividade engloba uma diversidade de programas e projetos que têm como objetivo básico promover e estimular o desenvolvimento da atividade turística nas suas diversas modalidades de manifestação e expressão. Direta ou indiretamente, todas as ações e projetos propostos no âmbito deste Plano Diretor poderiam se enquadrar como instrumentos de fomento, mas o recorte proposto para o macroprograma engloba aquelas ações e projetos mais diretamente relacionadas às demandas das empresas prestadoras de serviços turísticos, seja no que se refere à oferta de recursos financeiros, através de programas creditícios, seja no que se refere à qualificação profissional, seja quanto às questões relativas à gestão dos serviços turísticos. Em síntese, neste macroprograma, estão relacionados todos os programas e projetos que têm como objetivo específico profissionalizar a prestação dos serviços turísticos do Estado do Rio de Janeiro. MACROPROGRAMA 4 – FOMENTO A ATIVIDADE

PROGRAMAS

PROJETOS

Manual de Orientação ao Empresário Banco de Negócios Turísticos

Orientação para Gestão dos Serviços Turísticos

Ampliação e Qualificação da Oferta Hoteleira Estruturação de Câmara Técnica de Coordenação da Formação de Recursos Humanos Formação Técnica Profissional

Formação e Qualificação de Recursos Humanos

Especialização e Reciclagem de Mão-de-Obra Empregada PRODETUR SUDESTE

Captação de Recursos

Incentivos Fiscais e Programas de Crédito

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4.4.1 Programa de Orientação para a Gestão dos Serviços Turísticos O Programa de Orientação para a Gestão dos Serviços Turísticos compõe-se de projetos que objetivam, basicamente, orientar os empresários do setor, disponibilizando um conjunto de instrumentos que interessem ou possam vir a interessá-lo. A orientação e as indicações organizadas e disponibilizadas em linguagem amigável propõem, por um lado, esclarecer o empresário que já atua no setor, permitindo a sua inserção mercadológica na perspectiva de uma atuação profissional. Por outro lado, objetiva criar um canal de veiculação de informações relativas a oportunidades de negócios que podem se constituir em eficaz instrumento de alavancagem de grandes projetos e empreendimentos, em diversas regiões e em diversos segmentos que integram a atividade turística. 4.4.1.1 Manual de Orientação ao Empresário. O primeiro projeto proposto no âmbito deste programa refere-se à constituição de um instrumento de orientação aos empresários. Trata-se da consolidação de um conjunto de conceitos e informações que possam, além de informar os empresários do setor sobre o universo de diversos agentes que interagem, desde o nível da produção até a comercialização final do produto turístico, esclarecer do ponto de vista conceitual a forma de articulação destes diversos atores. Em síntese, a proposta inclui a apresentação de um estudo relativo à estruturação da cadeia produtiva da atividade turística no Estado. O tratamento destas questões implica em analisar a organização desta cadeia produtiva nas suas distintas formas de manifestação, de modo a subsidiar um trabalho de orientação e informação aos atores que operam no setor sobre o seu funcionamento e sobre os seus principais “gargalos”. Este estudo e sua apresentação de forma clara, acessível e objetiva, promoverá a efetiva integração e profissionalização do setor e a qualificação dos recursos estaduais, com vistas à sua comercialização, de forma a que eles possam, efetivamente, se transformar em produtos turísticos, integrados às diversas concepções consideradas pelo Plano. O entendimento, por parte dos agentes que operam no setor, dos diversos elos entre as funções que integram, direta ou indiretamente, a cadeia produtiva da atividade, bem como dos diversos modos de ligação destes elos, é uma condição fundamental para a sua profissionalização. A disponibilização de informações sobre o universo de agentes que operam no setor, desde a etapa de produção até sua comercialização ao consumidor final, é outra condição fundamental para o seu desenvolvimento. Esta informação também deve integrar o manual, o que reafirma a necessidade de construção do Banco de Dados sobre a atividade, onde os agentes possam encontrar todas as informações necessárias à sua inserção neste mercado. Este material deve ser impresso e distribuído, de forma ampla, às diversas organizações e representações de mercado presentes no Estado. Além da divulgação através da mídia impressa, o Manual deve ser objeto de divulgação permanente através do site referido no projeto da Mídia Eletrônica.

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4.4.1.2 Banco de Negócios Turísticos O projeto do Banco de Negócios Turísticos atua de forma complementar ao projeto anterior, mas cumpre um objetivo diverso no âmbito do programa de orientação a gestão do serviço turístico. Este é também um projeto que integra a programação da TURISRIO e constitui a construção de um Banco de Dados com características específicas. Trata-se de um trabalho permanente de identificação de oportunidades de investimentos e de interesses diversos relacionados aos negócios turísticos, cuja divulgação em escala abrangente pode possibilitar a consolidação de parcerias e sociedades entre atores, viabilizando, pela conjunção de interesses, a concretização de empreendimentos diversos. As informações sobre as oportunidades de negócios devem ser complementadas com dados, permanentemente atualizados, sobre o mercado, benefícios fiscais e linhas de crédito, bem como formas de acesso, exigências e legislação aplicável, identificação de oportunidades de investimentos, disponibilidade e condições para obtenção de recursos financeiros. Também este é um projeto que se integra ao da Mídia Eletrônica, exigindo, no entanto, uma administração específica no sentido do levantamento de oportunidades de negócios diversos, e também na identificação e aproximação dos interesses coincidentes, com vistas à realização das parcerias. 4.4.1.3 Incentivo à Ampliação e Qualificação da Oferta Hoteleira Os meios de hospedagem, principalmente aqueles do interior do Estado, apresentam uma oferta média de unidades habitacionais relativamente baixa, o que não se constitui num aspecto negativo ou positivo, nem está relacionado diretamente à qualidade do serviço prestado. No entanto, a comercialização de produtos para grandes grupos demanda uma capacidade de hospedagem que, se oferecida sob a mesma gestão administrativa , facilita a venda deste tipo de produto. Neste sentido, o desejável aumento dos fluxos turísticos, principalmente no tocante aos mercados externos, recomenda uma adequação da oferta hoteleira, criando a alternativa de oferta conjunta de maior número de unidades habitacionais, seja através da construção de empreendimento de maior porte, seja pelo consórcio de empreendimentos de menor porte, propiciando a sua comercialização conjunta, desde que mantidas o padrão dos serviços oferecidos e unificado o sistema de comercialização. Fortalece esta indicação o interesse dos operadores turísticos na promoção de vôos charters, que só apresentam rentabilidade aceitável se o número de viajantes o justificar. Acresce que a existência de aeroportos em algumas localidades turísticas, bem preparados para receber vôos deste tipo, como acontece atualmente em Cabo Frio, encontraria nesta atividade um modo adequado de lhes conferir uma movimentação significativa de passageiros, cumprindo assim o turismo o papel que lhe está também destinado, de integração com outros setores de atividade econômica. Neste contexto, é de realçar a importância, para o turismo da faixa litorânea entre Angra dos Reis e Paraty, que poderá advir do fato de serem melhoradas as condições da infra-

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estrutura aeroportuária da região, uma vez que se trata de uma zona privilegiada para o incremento daquele tipo de turismo baseado em vôos chater. 4.4.2 Programa de Formação e Qualificação de Recursos Humanos O desenvolvimento turístico proposto deve assentar-se numa estratégia na qual o território estadual seja considerado um local privilegiado para o incremento de um turismo seletivo, aberto a segmentos de mercado de procedência interna e internacional, tendo por base uma oferta de produtos diversificados e complementares, cuja identidade e diferenciação aponte para índices de elevada qualidade. Nesse sentido, um dos componentes essenciais para a caracterização qualitativa dos destinos turísticos passa, necessariamente, pelo nível da qualidade da prestação de serviços, que depende do impacto provocado pelo tipo de acolhimento e dos serviços efetivamente oferecidos. Do diagnóstico realizado para a situação dos recursos humanos/habilitações profissionais no Estado do Rio de Janeiro, sobressaíram acentuadas carências em todas as áreas, tanto na capacitação profissional de empreendedores e executivos de empresas do turismo, na hotelaria e da restauração, como na qualificação adequada do pessoal dos organismos e empresas públicas da administração estadual e municipal, bem como dos guias e demais pessoal de informação turística, e ainda dos operadores que mantêm contato direto com o cliente. O “input” da componente dos recursos humanos através das linhas estratégicas inventariadas, requer uma oferta de formação estruturada no contexto, quer do subsistema nacional de educação profissional, alimentada pelas iniciativas do MTE e do MEC, quer do subsistema nacional de educação superior universitária, a ser implementada no Estado do Rio de Janeiro. Trata-se de uma estratégia de articulação própria do setor do turismo, para que se potencializem qualitativamente as instituições existentes e as que urge criar, numa atuação subordinada a modelos resultantes de diretrizes nacionais, em que a autonomia de cada um contribua de forma harmônica e sustentada para as metas do Plano Diretor de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, e das necessidades dos seus principais agentes operacionais: a administração estadual, os municípios, as empresas e os profissionais. 4.4.2.1 Estruturação da Câmara Técnica de Coordenação da Formação de Recursos Humanos Para maior eficácia da estratégia desenhada recomenda-se uma coordenação setorial, através de uma Câmara Técnica de Coordenação da Formação no domínio das profissões do turismo e da hotelaria, vinculada ao Conselho Estadual de Turismo, dotada de um secretariado técnico permanente e composta por um conjunto de membros efetivos e convidados que envolva os setores e departamentos da administração estadual (turismo, educação e trabalho), da administração municipal (um representante por região turística), das estruturas oficiais (Embratur, Turisrio, Riotur, Senac e Sebrae), de representantes empresariais (associações hoteleiras, de restaurantes e de agências de viagens), dos trabalhadores dos profissionais (sindicatos, ABBTUR) e das instituições de formação

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(faculdades e escolas técnicas), para a definição de políticas, prioridades, meios, áreas de intervenção, complementaridades e parcerias. A esta Câmara Estadual caberá, essencialmente: ?? Criar e desenvolver programa de acompanhamento e mapeamento sobre a

empregabilidade e mobilidade dos diplomados e das necessidades de formação, bem como da eficácia dos vários sub-sistemas que contribuem para a educação/formação das profissões do turismo e da hotelaria, atividade esta que deverá ser desenvolvida no âmbito do Observatório de Turismo;

?? Colaborar na formulação de políticas estaduais de formação no domínio das profissões do turismo e da hotelaria;

?? Definir programas anuais de formação no Estado, com certificação e avaliação dos seus promotores;

?? Articular e requalificar a realização de estágios práticos; ?? Promover a valorização das instituições de ensino superior e técnico, para a área do

turismo; ?? Promover a integração dos bacharéis de turismo; ?? Desenvolver ações para a certificação de qualidade profissional; ?? Reavaliar a estrutura dos cursos de guias de turismo; ?? Fomentar a investigação metodológica aplicada ao ensino técnico no turismo e na

hotelaria, bem como a troca de experiências com outros Estados do Brasil, com países estrangeiros e organizações Internacionais do setor;

?? Lançar plataformas inovadoras para a eficácia, extensão e impacto geográfico da educação/formação, pela implementação de modelos de formação à distância, sobretudo no que se refere à formação contínua.

4.4.2.2 Formação Técnica Profissional A diversificada oferta turística existente no Estado e as estratégias de desenvolvimento propostas no âmbito desse Plano, requerem a disponibilização de recursos humanos com adequada qualificação e competência para desempenhar um número elevado de atividades específicas e especializadas. Essas atividades vão desde aquelas relacionadas com o planejamento e a gestão dos recursos turísticos à realização de pesquisas de mercado, passando pelo desenvolvimento de redes, circuitos e produtos turísticos segmentados e pela gestão de empresas turísticas, de pequeno, médio e grande porte. A operacionalização de todos estes fatores depende, inevitavelmente, dos recursos humanos, que intervêm no processo turístico, em todos os campos e níveis. Daí a necessidade de um conjunto diversificado e renovado de oferta de formação – formação inicial; aperfeiçoamento, especialização e reconversão – para todos os níveis, articulada num sistema coerente, que possa dar resposta às necessidades de concepção e planejamento, gestão, promoção e informação, comercialização, animação, recepção e orientação de visitantes e operação de empresas e serviços turísticos. Esse sistema deverá ser composto por agentes públicos e privados de formação, voltados para o desenvolvimento de processos educativos, que respeitem performances estratégicas do ponto de vista tecnológico e operacional (saber-fazer), mas igualmente, culturais (saber-saber), de comunicação, incluindo as línguas estrangeiras dos principais mercados (saber-ser), e de dimensão ética (saber-estar).

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?? Implementação de Cursos Tecnológicos na Área de Turismo/Escolas de Hotelaria e Turismo

Implementação e racionalização da educação profissional em turismo e hotelaria, através de ensino técnico (tecnológico) em inter-complementaridade com o ensino regular, (não se limitando à realização de cursos profissionalizantes, sucedâneos e empobrecidos da educação geral), mas com as especificidades próprias de vocação para o mercado de trabalho e a identidade específica de perfis profissionais de saída e autonomia da escola para a permanente atualização dos cursos e dos seus currículos, face à pressão e às exigências do desenvolvimento do setor, em geral, e das empresas, em particular, no contexto da sua inserção regional. Nesse sentido, propõe-se a criação de instituições exclusivamente direcionadas para a educação profissional de nível técnico em hotelaria e turismo - “Escolas de Hotelaria e Turismo” - que dêem resposta a esta necessidade de formação de técnicos de nível médio, segundo perfis profissionais ajustados às especificidades das exigências acima apontadas. Estas instituições, que requerem condições específicas, não só para o saber-saber, mas sobretudo para o saber-fazer e o saber-estar, exigem uma infra-estrutura laboratorial e, mesmo, de produção, com características próprias, envolvendo recursos consideráveis para a sua implementação e manutenção, os quais poderão, eventualmente, integrar o âmbito do PROEP – Programa de Expansão da Educação Profissional do MEC, devendo desenvolver programas articulados com a FAETEC – Fundação de Amparo ao Ensino Técnico, que já atua nesta área. Em razão desses custos elevados de implantação e operacionalização, a rede deste tipo de escolas técnicas no Estado do Rio de Janeiro deverá obedecer a critérios de racionalização, entendendo-se que a mesma deva levar em consideração a criação de “Escola Âncora” (ou Hotel-Escola; ou Restaurante-Escola) nas Regiões Turísticas mais relevantes (considerando a potencialidade de crescimento turístico e a respectiva densidade populacional), com a possível constituição de pólos de menor dimensão em outras regiões, onde não se justifique a existência de um núcleo central. Excetua-se a Área da Cidade do Rio de Janeiro que, pela realidade da sua oferta turística e pela elevada população, exige uma dotação superior deste tipo de Instituições. Por outro lado, às Instituições de educação profissional especialmente voltadas para o nível técnico, graças ao seu equipamento e quadro de formadores, cabe ainda um papel decisivo pela organização de cursos de educação profissional básica e à medida de necessidades conjunturais, bem como a montante, pela realização permanente de cursos de aperfeiçoamento, reconversão e especialização, em vários níveis, numa linha de educação ao longo da vida. ?? Implementação do Centro de Formação Prática pelas Instituições de Ensino Superior É importante reforçar a importância de formação laboratorial também no nível superior de ensino. Na realidade, quem melhor poderá gerir operações do que aqueles que já as experimentaram fazendo? Quem poderá realizar estágios profissionais em empresas com um mínimo de produtividade para validação de conhecimentos e obtenção de ritmos, sem saber, “a priori”, o que fazer e como? Quem poderá trabalhar com eficácia em equipe, se nunca o fez anteriormente na escola ? E para aqueles com vocação empresarial para

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criarem o seu próprio emprego, como assimilarem padrões de qualidade e referenciais de procedimentos em diversas situações, a ponto de as repetirem e corrigirem? Daí ser indispensável que as instituições com formação superior em turismo encontrarem uma solução para o preenchimento desta lacuna, que poderá passar pela criação e gestão conjunta (própria ou delegada) de um “Centro de Formação Prática”, dotado dos requisitos indispensáveis a este tipo de formação (equipamentos e formadores), de preferência com possível contato com o público, para ser utilizado de forma rotativa por todos. A implantação e manutenção deste Centro deve resultar de um trabalho articulado entre as diversas instituições que demandam este tipo de apoio à formação. 4.4.2.3 Especialização e Reciclagem da Mão de Obra Empregada Criação de um programa de reciclagem/especialização para os quadros médios e superiores das empresas (descentralizado por locais estratégicos do Estado), garantindo a melhoria global do serviço e a sua eficiência, pela valorização do profissionalismo, a ponto de permitir maior produtividade e eficácia, bem como a realização em “tempo certo” das prestações requeridas. Este programa deverá incidir fundamentalmente sobre a organização e gestão das respectivas seções, tecnologias complementares, higiene e segurança, relações inter-pessoais, fórmulas de liderança e técnicas de venda direta. ??Formação de Multiplicadores Criação de um “Programa de Formação de Multiplicadores” dirigido aos profissionais da hotelaria e do turismo, cuja experiência, nível escolar e formação profissional, bem como as respectivas capacidades de comunicação, permitam ascender a esse perfil, com o objetivo de potenciar o incremento de formação nas próprias unidades onde esses formadores atuam, para melhor inserção de novos elementos, aperfeiçoamento e especialização do existente e adequado acompanhamento de estagiários dos níveis técnico e superior. Propõe-se a constituição de uma bolsa de formadores diplomados para participarem em ações a cargo de diversos promotores, quer na área metropolitana, quer nos municípios do interior, especialmente durante a época baixa do turismo. O conteúdo desta ação deverá incluir o fornecimento de kits programáticos, com planos de aula, suportes documentais, exercícios e provas de avaliação, para garantir a existência de bases comuns de atuação, bem como de rigor e eficiência pedagógica. ??Formação para Empresários Criação de um programa para empresários e candidatos a empresários de pequenas e médias empresas turísticas e hoteleiras, a ser implementado em locais estratégicos do Estado, com vistas a integrá-los às linhas estratégicas de desenvolvimento turístico, valorizando oportunidades de negócios complementares, e fornecendo ferramentas tecnológicas de montagem e gestão das operações, de marketing, de gestão dos recursos humanos e de gestão financeira. Elaboração de programas de formação avançada nas universidades para a criação, montagem e exploração de pequenas e médias empresas turísticas.

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??Formação Técnica de Mão de Obra Básica/Operacional Criação de “Brigadas Móveis” de formação técnica de nível básico, com cursos predominantemente gestuais nas respectivas seções técnicas da hotelaria e do turismo, ou em disciplinas complementares, como higiene e relações inter-pessoais, constituídas por especialistas das diversas áreas, para levarem a efeito ações de capacitação e de aperfeiçoamento nos principais centros de oferta turística, e destinadas a profissionais de uma só empresa, se a sua dimensão o justificar, ou englobar um conjunto de profissionais de várias empresas provenientes de um determinado local ou zona turística. Essas Brigadas utilizariam os Multiplicadores certificados, conforme referido acima, para a realização de suas ações. ??Reciclagem de Guias de Turismo Realização de cursos de reciclagem de guias de turismo em conjunto com o SINDGETUR, na cidade do Rio e em outros locais de maior incidência e importância desses profissionais, como forma de incrementar competências uniformes em áreas de maior especificidade de conhecimentos como a história; história da arte; geografia; etnografia; e vida contemporânea (cultural, política, e social). ??Reciclagem/Especialização de Profissionais Realização de cursos de idiomas técnicos direcionados para as atividades do setor, (guias e outros profissionais do turismo, recepcionistas de hotel, diretores de alimentos e bebidas e chefes de restaurante), devendo ser priorizados os idiomas referentes aos mercados com maior procura. Realização de cursos de técnicas de animação, enquanto complemento profissional para as profissões ligadas à organização de eventos e para outras especialmente vocacionadas para o contato com o cliente. ??Valorização e Especialização em Gastronomia Brasileira Realização de ações para a reciclagem e especialização em cozinha brasileira, seguidos da realização de concursos gastronômicos com premiação para os melhores profissionais, enquanto elemento qualitativo e complementar da oferta turística, objetivando manter a autenticidade cultural da sua tradição e dos seus sabores, mas segundo fórmulas de apresentação compatíveis com modelos de rentabilidade e com os hábitos alimentares de consumidores de variadas e distintas proveniências. 4.4.3 Programa de Captação de Recursos O desenvolvimento de qualquer atividade ou setor da economia tem como condição fundamental a disponibilidade de recursos financeiros para a implementação das medidas, ações e intervenções em diversos âmbitos e etapas, da dotação de infra-estrutura básica até a implantação e operação dos serviços.

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O Programa de Captação de Recursos integra três projetos que podem dar suporte financeiro para o desenvolvimento da atividade. 4.4.3.1 PRODETUR SUDESTE O PRODETUR é um programa do governo federal, destinado a viabilizar recursos financeiros oriundos do BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento, com vistas a incentivar o desenvolvimento do turismo. O Projeto se constitui numa experiência bem sucedida no suporte à expansão da atividade na Região Nordeste do país. O projeto do PRODETUR Sudeste vem sendo objeto de negociação e entendimentos dos Governos do Estado do Rio de Janeiro, do Espírito Santo, de Minas Gerias e de São Paulo com o Ministério do Esporte e Turismo / MET. Para dar início ao projeto, foi instituído através do Decreto 25.848 de 20/12/99, um Grupo de Trabalho – GT, com o objetivo de elaborar os documentos que embasaram as articulações com o BID. O GT contou com a participação da SEDET, SECPLAN, SEMADS, TURISRIO e CODIN, e o documento preliminar apresentado teve como referência básica os documentos então elaborados pelo Plano Diretor de Turismo do Estado (Diagnóstico do Estado e Diagnóstico das Regiões Turísticas). As áreas prioritárias de intervenção de acordo com orientação do BID e do MET são: ?? Desenvolvimento Institucional ?? Recuperação do Patrimônio Histórico ?? Recuperação do Meio Ambiente ?? Capacitação de Mão-de-Obra ?? Infra-estrutura Urbana ?? Infra-estrutura de Transporte ?? Marketing A conclusão do Plano Diretor de Turismo do Estado do Rio de Janeiro deve dar um novo ânimo ao projeto e provocar a retomada de negociações para a sua concretização. Trata-se de uma ação fundamental no sentido de serem viabilizados recursos expressivos para as intervenções públicas, principalmente no que se refere à infra-estrutura básica. Os projetos que integram o Programa Infra-estrutura Básica incluem as propostas que também integram a programação do PRODETUR SUDESTE no Rio de Janeiro. 4.4.3.2 Incentivos Fiscais e Financeiros Um dos entraves básicos ao desenvolvimento do setor refere-se à dificuldade de acesso ao sistema de credito. Não obstante a existência de fundos diversos, alguns deles destinados especificamente ao desenvolvimento do turismo, as condições para a obtenção dos referidos recursos não se adequam, na maioria dos casos, à realidade do empresário estadual. Este projeto propõe o estabelecimento de condições creditícias e mecanismos operacionais que podem,de forma realista, se constituir em oportunidades de financiamento, de acordo com o perfil do empresário estadual. Esta discussão deve ser encaminhada em conjunto com as instituições de crèdito que operam com recursos que podem subsidiar a implantação de novos empreendimentos, a ampliação e a modernização e melhoria

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operacional de serviços turísticos: BNDES – Banco de Desenvolvimento Econômico e Social, Caixa Econômica Federal – CEF e Banco do Brasil. Deve ser estudada a constituição de uma cesta de produtos que possa atender às diversas faixas de demanda de recursos financeiros para hotelaria, restaurantes, parques temáticos etc. Complementarmente à esta ação, deve ser uma montada uma estrutura técnica que possa assessorar a preparação de projetos de operadores individuais interessados em realizar a re-qualificação dos respectivos estabelecimentos hoteleiros ou outros meios de alojamento e serviços turtísticos, podendo ainda esta assessoria técnica apoiar o setor hoteleiro sobre o nível de necessidades dos estabelecimentos em termos de recursos humanos e consequente orientação para a formação profissional. Além dos mecanismos creditícios, outro instrumento de fomento à atividade refere-se à concessão de incentivos fiscais. Trata-se de um tema que merece uma análise detalhada e circunstancial junto as diferentes esferas de governo, no sentido de serem efetivamente analisadas as condições e disponibilidades no que se refere à abdicação de parcela de arrecadação de recursos fiscais, em prol do desenvolvimento do setor. De qualquer modo, os incentivos que possam vir a ser concedidos devem ser dados sob a ótica de adequação aos princípios que norteiam este Plano e ao seu detalhamento na escala regional.

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4.5 MACROPROGRAMA 5 - CONSOLIDAÇÃO DO PRODUTO TURÍSTICO O Macroprograma Consolidação do Produto Turístico refere-se a um conjunto de Programas, Projetos e Ações, estreitamente articulados, encaminhados no sentido de viabilizar as condições necessárias para a realização dos diversos produtos turísticos estaduais, regionais ou locais. São consideradas as condições dos atrativos turísticos, que estão na origem da motivação do deslocamento e na escolha do destino, analisando a sua integração e articulação com os serviços locais e suas respectivas condições, até chegar ao final da linha de produção, no estágio da comercialização, promoção e marketing. O Macroprograma subdivide-se em dois Programas e diversos Projetos, conforme apresentado a seguir. MACROPROGRAMA 5 – CONSOLIDAÇÃO DO PRODUTO TURÍSTICO

PROGRAMAS

PROJETOS

Mapeamento e Avaliação dos Recursos Turísticos Roteiros e Circuitos Turísticos Redução de Custos por Unidade de Produto Valorização das Ambiências e Lugares Turísticos

Identificação, Organização e Qualificação dos Produtos Turísticos

Incentivo à Implementação de Equipamentos de Lazer Elaboração e Implementação do Plano de Marketing e Promoção Estudo e Promoção da Imagem Turística do Estado do Rio de Janeiro Sistemas de Comercialização – Principais Canais de Distribuição e Mobilização dos Formadores de Opinião

Promoção e Marketing

Ações Promocionais com Relação aos Mercados Emissores

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4.5.1 Programa de Identificação, Organização e Qualificação dos Produtos Turísticos O Programa de Identificação, Organização e Qualificação de Produtos Turísticos objetiva recuperar, revitalizar e criar atrativos e serviços, a partir do inventário do conjunto de condições que viabilizam a acessibilidade e o uso-fruto destes atrativos, permitindo a sua efetiva transformação em produtos turísticos. O produto turístico deve ser considerado na perspectiva do desenvolvimento local integrado e, neste sentido, deve ser entendido como um conjunto de atrativos e serviços que se unem para a valorização de um destino – lugar, cidade ou região. O produto isolado deve ser considerado como uma unidade de estudo e intervenção, recomendando-se a sua comercialização sempre em conjunto com outros atrativos. A identidade dos produtos é o resultado das informações e dados que o qualificam como atrativo, em consonância com a segmentação de mercado ou vocacional, sem perder de vista a integração regional. Além dos recursos e atrativos existentes, deve ser considerada também a potencialidade local e regional com relação ao desenvolvimento de novos produtos a serem criados e trabalhados. O conjunto de informações disponibilizadas através dos diversos projetos que integram este Programa constitui um importante subsídio para a elaboração dos planos diretores de turismo regionais e municipais. A síntese dos Projetos integrantes deste Programa deve se consolidar com a elaboração de guias turísticos regionais e temáticos, que devem ser a base do trabalho de promoção e marketing. 4.5.1.1 Mapeamento e Avaliação dos Recursos Turísticos Este Projeto tem como insumo básico o Banco de Dados, particularmente no que se refere às informações sobre a oferta turística, classificando os recursos de acordo com a metodologia do inventário adotada neste Plano. O inventário deve conter a descrição exaustiva dos recursos diversos, com linguagem escrita e em outras formas de registro como fotos, vídeos, etc. Trata-se de um mapeamento, em escala municipal e regional, com identificação de distâncias entre os atrativos e os diversos serviços que lhe dão suporte, ou podem vir a dar. As distâncias devem ser medidas e descritas em tempo de deslocamento, em função dos diversos meios de transporte disponíveis e das suas condições. O mapeamento dos recursos turísticos e sua avaliação sob o ponto de vista regional e da diversidade vocacional, devem ser elementos informantes na definição da identidade e da marca turística regional e ou local. O zoneamento proposto neste Plano é um insumo básico para orientar este mapeamento, não só na hierarquização das diversas categorias de áreas de turismo, como também nas diversas categorias de zonas por vocação turística. O inventário da oferta turística e o mapeamento referidos são indicativos dos recursos que devem ser avaliados no contexto em que se inserem e com base nos recortes territoriais ou vocacionais adotados, avaliando a acessibilidade e as condições de uso de cada atrativo relacionado. Como informação complementar para a divulgação devem ser elaborados guias de meios de hospedagem, restaurantes e outros serviços turísticos.

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A identificação dos principais recursos deve apontar não só para as suas potencialidades, mas também para os principais entraves, que indicarão as proposições necessárias à sua efetiva integração aos roteiros e circuitos. Estas indicações podem se referir às obras e infra-estruturas diretamente relacionadas à qualidade e acessibilidade aos atrativos ou aos serviços turísticos de apoio a ele relacionados, o que propiciará a sua realização como produto turístico. Devem também ser consideradas as ações e proposições que otimizem a utilização do recurso, aumentado o tempo de permanência do visitante, através da oferta de atrações paralelas e complementares ao atrativo principal. 4.5.1.2 Roteiros e Circuitos Turísticos Este Projeto propõe a identificação de roteiros e circuitos turísticos em diferentes escalas espaciais (local, urbano, regional) e temporal (diário, fim de semana, períodos prolongados). A informação organizada e sistematizada sobre os recursos é a base para a consolidação e a comercialização dos produtos turísticos no seu conjunto e o zoneamento, sendo a base de orientação deste projeto. Os recursos turísticos devem ser analisados ainda com relação a sua adequação ao tipo de consumidor – turista ou excursionista. Neste sentido, os pólos turísticos identificados podem funcionar como pólos emissores de excursionistas para determinados sítios ou lugares, integrando, desta forma, locais, roteiros e consumidores distintos. Podem ser indicados roteiros sobrepostos, desde que se mantenha presente a perspectiva da sua integração. A identificação de roteiros e circuitos turísticos deve levar em consideração também as diversas modalidades de eventos (locais, regionais, estaduais, nacionais e internacionais) possibilitando a integração entre eles no momento da comercialização dos produtos. Eventos e atrativos de menor importância podem ser otimizados através da sua comercialização ancorada em eventos de maior expressão. Devem ser considerados ainda, na identificação dos roteiros e circuitos turísticos, além dos eventos, outros atrativos tangíveis e não tangíveis, representados pelo artesanato, folclore, gastronomia, e outras manifestações da cultura popular. Os circuitos devem ser sustentados por uma rede de informação suficientemente poderosa para apoio ao turista, podendo ser mistos, quando relacionados ao recorte territorial, ou temáticos com relação aos atrativos que os integram (fazendas do café, praias, cidades históricas etc.) ou ao tipo de transporte (bicicleta, pedestres, trens, off road,etc.) 4.5.1.3 Redução de Custos por Unidade de Produto A partir dos projetos anteriores, deve ser avaliada a relação entre os diversos serviços que integram os produtos turísticos, com vista a melhorar a relação custo/benefício destes produtos. Devem ser consideradas questões relativas ao custo do transporte por unidade de produto comercializado, onde deve ser avaliada a perspectiva de comercialização de pacotes fechados para grupos, buscando a redução de custos, através de utilização de transporte charter, tanto terrestres quantos aéreos ou hidroviários. Trata-se de uma ação que se realiza na etapa da comercialização dos produtos. Também devem ser indicadas as melhorias das condições infra-estruturais que permitam a redução dos custos dos transportes oferecidos.

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O estímulo à concorrência e à possibilidade de acesso ao mercado de novos prestadores de serviços pode ter um impacto positivo na redução dos custos, a exemplo do que vem ocorrendo com os transportes aeroviários. O Projeto deve considerar a possibilidade da oferta de determinados serviços com custos reduzidos em períodos de baixa temporada destinados a um público-alvo determinado, objetivando, com esta redução, a otimização da taxa de ocupação durante todo o ano. Além do benefício relativo à ampliação da taxa de ocupação, deve ser considerado o fator promocional decorrente da divulgação “boca a boca” resultante destes fluxos, em baixa temporada. Neste contexto, deve-se buscar ampliar a faixa de público alvo no que se refere à renda familiar, devendo-se ainda considerar todas as possibilidades de redução dos custos finais ao consumidor, sobretudo no período de baixa estação, incentivando-se, por exemplo, os pacotes para grupos e a articulação com entidades de classe que, pelo montante consumido, significam uma economia de escala para os serviços prestados. Insere-se neste âmbito a promoção do Estado do Rio de Janeiro nos países europeus, na época de baixa temporada, como forma de combater a sazonalidade, na medida em que ela coincide com épocas de clima agradável para estes turistas estrangeiros. O turismo de negócios, feiras e convenções é tambem um importante segmento a ser trabalhado com vistas a redução das oscilações decorrentes da sazonalidade. 4.5.1.4 Valorização das Ambiências e Lugares Turísticos O Projeto de Valorização das Ambiências e Lugares Turísticos objetiva contribuir especialmente para o desenvolvimento integrado e qualificado dos produtos turísticos, particularmente no que se refere aos atrativos. Integra este projeto um conjunto de ações a serem encaminhadas de forma articulada, cuja prioridade ou peso decorre das características dos lugares objeto de intervenção, de acordo com as orientações a seguir. ?? Valorizar turísticamente alguns espaços com reconhecido valor patrimonial,

designadamente os conjuntos edificados que apresentam bom ou razoável estado de preservação, tombados ou não, e que poderão acolher visitantes ou mesmo turistas, se para tal forem feitas as intervençõs necessárias;

?? Proceder ao arranjo adequado dos espaços onde ocorrem os principais recursos do património histórico-arquitetônico (centros históricos, monumentos, áreas arqueológicas e outros) relacionado-os ao patrimônio natural, por forma a expandir a sua fruição turística;

?? Organizar as atividades de limpeza dos centros urbanos, áreas envolventes e outros espaços com relevância turística, com instalação de mobiliário urbano adequado, especialmente nas áreas com maior procura de lazer e turismo, os parques, praças, mirantes etc;

?? Desenvolver os eventos gastronômicos já experimentados e, sobretudo, implementar novos eventos deste tipo, no sentido de proporcionar uma melhor incorporação da gastronomia típica à rede de restaurantes existente;

?? Promover a instalação de espaços de exposição permanente e mesmo de produção/venda de artesanato ou de produtos tradicionais junto aos postos de informação turística;

?? Revitalizar a fruição dos museus e espaços museológicos, proporcionando uma maior articulação entre o turismo e a museologia, numa perspectiva que vá além do

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colecionismo habitual de objetos e busque uma maior participação e envolvimento do visitante;

?? Desenvolver uma relação de aproximação entre o turismo e as diversas tradições culturais do Estado do Rio de Janeiro, particularmente com relação ao folclore e às manifestações populares, através da realização de espectáculos e eventos que incorporem a promoção destes recursos.

4.5.1.5 Incentivo à Implantação de Equipamentos de Lazer Este Projeto tem por objetivo promover e incentivar a implantação de novos atrativos, seja pela transformação e qualificação dos já existentes, seja pela criação de novos atrativos enquadrados nas diversas categorias de equipamentos de lazer, de acordo com as orientações a seguir: ?? Estimular a implantação de equipamentos privados de lazer que, mesmo tendo como

função principal o atendimento à população residente, constituam sempre um elemento a mais de valorização das ofertas turísticas locais e regionais.

?? Incentivar a implantação de Parques Temáticos, cujos temas devem estar sempre

relacionados à história e à cultura locais e regionais, incorporando à sua programação recursos e manifestações tangíveis e intangíveis.

4.5.2 Programa Estratégico de Promoção e Marketing O adequado desenvolvimento das atividades de promoção turística do Estado do Rio de Janeiro é um fator crucial na realização, com êxito, da estratégia proposta. A dotação de estruturas técnicas e organizacionais que permitam ao Estado desenvolver um movimento promocional eficaz é imprescindível para o futuro. A elaboração, a implementação e o monitorização de um “Plano de Marketing e Promoção”, com objetivos de curto, médio e longo prazos, constituem a primeira das vertentes indispensáveis, uma vez que se trata de um instrumento operativo indispensável. Esta deve ser a ação prioritária do Programa Estratégico de Promoção e Marketing. No âmbito deste Programa, o Governo do Estado e os governos municipais devem assumir um papel ativo de relações públicas, com o propósito de coordenar a ação de vários agentes interventores e garantir canais de comunicação permanentemente abertos, de modo a manter uma ativa relação entre entidades públicas, privadas e associativas, bem como com os designados formadores de opinião. Complementarmente aos programas, ações e projetos que integram este Macroprograma na escala estadual, as recomendações deste Plano na escala regional relativas ao tema da promoção e do marketing, integram o capitulo das Proposições Regionais para as diversas Áreas de Desenvolvimento Estratégico e Regiões Turísticas. 4.5.2.1 Elaboração e Implementação do Plano de Marketing e Promoção O conjunto de ações e projetos que integra o Programa de Promoção e Marketing deve resultar num trabalho articulado que se consolida no Plano de Promoção e Marketing. A

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elaboração e a implementação deste Plano devem ser acompanhadas e orientadas por um conjunto e ações que lhe servirão de insumo e darão suporte a sua efetivação. Entre estas ações destaca-se o estudo da imagem turística do Estado, as ações no domínio da distribuição de materiais promocionais, a participação do Estado do Rio de Janeiro em feiras e “workshops”. Nestas oportunidades, se estabelecem contatos e se percebe o esforço promocional de destinos concorrentes e as ações que associem a promoção genérica à promoção orientada para produtos específicos e dirigidas aos segmentos de mercado (público-alvo) com maiores potenciais para cada produto. Na seqüência deste Programa são apresentados alguns projetos e ações que já se constituem num detalhamento preliminar do Plano de Promoção e Marketing. Trata-se de uma matéria crítica para a implementação de qualquer instrumento de planejamento turístico e as decisões a tomar devem obedecer a critérios de competência e qualidade e serem permanentemente avaliadas e monitoradas em função do comportamento dinâmico dos fatores de mercado. Além das ações propostas, que constituem formas indispensáveis de promoção do Estado do Rio de Janeiro, deve-se usar do melhor critério na determinação de meios promocionais a privilegiar, tendo em conta os objetivos pretendidos, os segmentos de mercado visados pelas ofertas disponíveis e a preocupação de assegurar um máximo de rentabilidade aos investimentos realizados. O Plano deve procurar garantir que o investimento realizado neste domínio possa resultar num adequado retorno, medido sob a forma do aumento significativo da demanda e do reforço da imagem junto dos segmentos de mercado visados. A promoção do Estado deverá compreender as seguintes ações: ?? Apoio à venda de programas por operadores de turismo e por agentes responsáveis

pela criação e comercialização de produtos especializados (viagens de incentivo, programas culturais, práticas desportivas, entre outros), visando aumentar a visibilidade e a notoriedade do Estado e um melhor conhecimento dos produtos turísticos disponíveis. Este apoio deverá facilitar a venda do destino pelos referidos agentes turísticos. Incluem-se neste caso, a realização de famtours, a organização de recepções, tanto no país como no estrangeiro e o apoio à realização de reuniões e congressos no Estado.

?? Oferta de incentivos financeiros a operadores de turismo e agentes especializados

interessados na venda de produtos turísticos gerados pelo Estado, ou criados por aqueles, com base nos recursos turísticos locais, visando o maior empenho daqueles no aumento dos fluxos turísticos.

?? Realização ou apoio a eventos culturais, esportivos, sociais e outros, de grande impacto

na mídia estadual, nacional e internacional, que permitam chamar a atenção dos mercados para o território do Estado e contribuir para a construção de uma imagem favorável deste.

?? Realização ou participação em teleconferências sobre determinados tipos de produtos

turísticos oferecidos pelo Estado do Rio de Janeiro, visando a penetração destes, especialmente, nos mercados aos quais os mesmos se destinam.

?? Elaboração de programas de promoção nos mercados considerados de maior interesse,

baseados na cooperação entre o setor público e o setor privado, procurando a

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participação ativa da EMBRATUR, da RIOTUR e das associações empresariais ligadas ao setor.

?? Aproveitamento dos canais internacionais de televisão, públicos e privados,

participando ativamente na produção do material de propaganda exibido no exterior, fazendo publicidade dos produtos turísticos do Estado, nesses países ou mercados, do dia e hora de apresentação dos respectivos programas.

?? Disponibilização, nos vôos internacionais para o Brasil, de filmes promocionais sobre o

turismo do Estado do Rio de Janeiro e a inserção nos aeroportos de origem de passageiros para o Brasil, de material de promoção (brochuras, cartazes, vídeos, entre outro).

?? Atualização, permanentemente, do Projeto Mídia Eletrônica que integra o

Macroprograma II – Sistema de Informação, garantindo uma presença verdadeiramente eficaz na Internet, através de web site, construído de uma forma rigorosamente profissional, onde são apresentados os recursos e produtos turísticos do Estado, permitindo um acesso fácil e interativo dos interessados à informação disponível no sistema.

Considerando as limitações dos recursos financeiros alocados em publicidade, deve ser considerado um rigoroso critério de seleção dos veículos a utilizar para a referida finalidade. Neste sentido, deverão adotar-se as seguintes orientações em matéria de publicidade do destino:

?? Procurar integrar as ações publicitárias do Estado com idênticas ações da EMBRATUR, da

RIOTUR e dos agentes turísticos sediados no Estado, a fim de obter um maior impacto dos esforços despendidos.

?? Colocar em relêvo as vantagens oferecidas pelo Estado do Rio de Janeiro, ao nível das

características mais notáveis e diferenciadoras dos destinos turísticos concorrentes, tendo em conta que os consumidores dos produtos turísticos são, cada vez mais, guiados pelo desejo de obtenção de benefícios no processo de eleição dos destinos turísticos .

?? Utilizar material de informação e promoção do Estado do Rio de Janeiro adequado aos

objetivos em vista, tais como:

?? Brochura de Imagem; ?? Brochura de Informação Geral; ?? Brochuras de Produtos Temáticos (viagens de incentivo, congressos,

turismo cultural, atividades desportivas, turismo ativo / aventura, entre outros);

?? Guia de Hotéis; ?? Guia de Restaurantes; ?? Cartazes, Shellfolders e Mapas; ?? Vídeo e CD-ROM genéricos; ?? CD-ROM’s específicos (turismo cultural, turismo de negócios, viagens de

incentivo, turismo esportivo, turismo balneário, entre outros); ?? Folhetaria.

Este material deve ser elaborado em quantidade suficiente para o seu uso permanente e caracterizar-se por uma elevada qualidade técnica, de modo a passar uma idéia de

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grande profissionalismo e elevado nível dos serviços turísticos oferecidos, colocando em evidência as características e vantagens mais notáveis do Estado do Rio de Janeiro. 4.5.2.2 Estudo e Promoção da Imagem Turística do Estado do Rio de Janeiro O estudo da imagem turística do Estado deve considerar, de forma integrada a diversidade de produtos a serem trabalhados com destaque para cada uma das Áreas de Desenvolvimento Estratégico. A imagem turística deve basear-se em poucas motivações de grande dimensão e centralizadas, deixando-se os demais recursos e atrativos para surpreender o turista quando ele chega ao Estado. A marca da cidade do Rio de Janeiro, reconhecida nacional e internacionalmente, deve ser um importante elemento na construção da imagem turística do Estado. Encontrando-se por construir a imagem turística do Estado e estando a oferta ainda mal definida e estruturada, deverá adotar-se uma estratégia de marketing em que a oferta permita influenciar a forma como a imagem tenderá a ser vista pelos vários segmentos de mercado potencialmente interessados, isto é, terá de existir desde o princípio a preocupação de articular a oferta com a imagem que se pretende divulgar, direcionando-a para os objetivos e as motivações dos segmentos de mercado a que esta se dirige. Enquanto os segmentos de mercado da demanda não detiverem das regiões turísticas uma percepção de destino turístico integrado, compreendendo um conjunto de recursos turísticos especiais, distribuídos por um território comum, não poderá falar-se de uma imagem turística positiva do Estado do Rio de Janeiro, e os objetivos de marketing visados não terão sido alcançados. A imagem deve consagrar o Estado do Rio de Janeiro como espaço turístico com identidade e atratividade e envolver as empresas e as populações numa sensibilização geral para o papel estratégico que a sua imagem desempenha no desenvolvimento do turismo, bem como no desenvolvimento regional e local. O processo de estudo e construção desta imagem deve considerar o seguinte: ?? Criar a imagem-marca do Estado tomando como referência as Áreas de

Desenvolvimento Estratégico - ADEs, designadamente nos domínios do ambiente social peculiar, do litoral e da natureza ligada à cultura, recomendando-se a criação de uma espécie de mosaico, através do qual a imagem global correspondente ao Estado resulte da integração das diversas imagens articuladas com cada uma das ADEs.

?? Realizar a concepção, edição e distribuição ampla de material promocional do

Estado, e de cada ADE, cumprindo a necessária coerência de imagem genérica e específica dos seus produtos, motivações e atrativos.

?? Realizar uma campanha de sensibilização da população residente, no sentido de dar

melhor consciência da importância do turismo no desenvolvimento regional e local e, neste sentido, o papel estratégico que desempenha a boa hospitalidade das populações em geral perante os turistas.

A construção da imagem turística do Estado, sem deixar de reconhecer os aspectos técnicos que devem orientá-la, deve ser objeto de uma grande discussão envolvendo os diversos atores da atividade e a comunidade de uma maneira geral. Além da conscientização e da legitimação do trabalho que esta discussão proporcionará, ela deve

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se constituir num grande evento promocional, gerando abertura de espaço na mídia sobre a importância do turismo estadual Neste sentido, propõe-se a realização de um concurso publico nas respectivas ADEs com o objetivo de buscar subsídios para a definição de nomes, marcas e demais elementos referenciais para a construção das imagens respectivas para as Regiões Turísticas e as ADEs , que consolidarão a imagem de todo o Estado. Este trabalho deve ser orientado por uma equipe de especialistas, que deve estabelecer os critérios que embasarão as discussões e a organização do concurso. A esta equipe caberá, ainda, a seleção do material decorrente do concurso, bem com a orientação para a indicação final da imagem, de acordo com os princípios e objetivos que norteiam este Plano. 4.5.2.3 Sistemas de Comercialização – Principais Canais de Distribuição e Mobilização dos Formadores de Opinião. O êxito das atividades turísticas depende do número, natureza e qualidade ou importância dos canais de distribuição envolvidos na divulgação, promoção e comercialização dos produtos turísticos do Estado. O papel dos canais de distribuição não é exatamente o mesmo no caso dos organismos oficiais responsáveis pela promoção do destino ou, no caso das atividades turísticas privadas existentes, embora seja normal o uso comum de alguns dos referidos canais de distribuição. Neste contexto, devem ser considerados como canais de distribuição e informação do destino turístico às ações de promoção, como a participação em feiras de turismo e feiras especializadas, a intervenção direta junto aos operadores internacionais, o fornecimento de informação adequada, assim como a organização e/ou participação em “workshops” e seminários, no país e no estrangeiro. De fato, com a participação nas referidas atividades, organizadas por si ou não, os organismos oficiais do turismo visam, fundamentalmente, a criação ou consolidação da imagem do destino e a divulgação dos recursos e produtos turísticos disponíveis localmente. As empresas turísticas, por sua vez, deverão participar ativamente nas ações promocionais acima citadas, devendo recorrer privilegiadamente à colaboração dos seguintes canais de distribuição: ??Operadores de Turismo As grandes operadoras turísticas, conhecidas como Tour Operators ou Wholesalers, são os agentes que cumprem um papel fundamental na elaboração e comercialização do produto turístico no atacado. O Estado do Rio de Janeiro deve criar as condições que tornem possível o interesse dos operadores de turismo por este destino, levando-os a incluí-lo nos seus programas e a operar, ativamente, na totalidade do Estado e em cada uma das suas regiões, em particular. Para isso, é necessário elaborar documentação apropriada destinada exclusivamente a este canal de distribuição, onde o setor público proceda à

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caracterização e divulgação dos recursos e atrações de cada região, e o setor privado adicione os produtos que possui e as condições da sua exploração. Deste modo, deve-se adotar uma política de grande aproximação com este canal de distribuição, colaborando decididamente com o setor privado na resolução dos problemas que, eventualmente, possam comprometer o êxito do desempenho do Estado ou de qualquer das suas Regiões. ??Agências de Viagens O papel das agências de viagens na venda dos produtos turísticos não tem substituto, devendo ser permanentemente estimulado, sobretudo na sua função de venda dos programas criados pelos tour operators, onde podem influenciar na decisão dos turistas. Embora a relação com as agências de viagens caiba, fundamentalmente, às empresas privadas, especialmente os estabelecimentos hoteleiros, compete aos órgãos estaduais, regionais e locais de turismo aproveitar as oportunidades para expressar o seu apreço pela ação desenvolvida pelos referidos agentes, como importante canal de distribuição das ofertas turísticas, prestando-lhes o apoio e a atenção. É fundamental neste domínio manter um diálogo permanente com estes agentes, assegurando a realização de ações sistematizadas, levadas a efeito num espírito de cooperação ou parceria do setor público com o setor privado. ?? Incentive Houses Trata-se de agentes turísticos especializados na criação, oferta e operação de programas de viagens de incentivo, sendo a sua atenção e preferência disputados pela generalidade dos destinos concorrentes, tanto do mercado nacional como internacional. Os órgãos estaduais, regionais e locais responsáveis pela gestão do turismo deverão estar atentos à importância deste relevante produto turístico, procurando captar a atenção e preferência das incentive houses e de outros organizadores do referido tipo de programas, em especial nos Estados Unidos da América, Canadá, França e Alemanha. ??Convention Bureau A atividade turística do Estado, principalmente na capital, tem sido positivamente impactada pela atuação intensiva do Rio Convention and Visitors Bureau. Observa-se, com isto, que amplia-se o número de empresas que optam por este território para as suas realizações no âmbito do turismo de congressos, reuniões, seminários, convenções e eventos similares e para o alojamento dos visitantes em viagens de negócios, constituindo, por isso, um importante canal de distribuição destes produtos turísticos. Neste campo, destaca-se a necessidade de implantar e profissionalizar os Convention Bureau que vão surgindo em algumas cidades, operando-se uma clara aposta na importância deste segmento de mercado.

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??Sistemas Eletrônicos de Reservas (G.D.S.’s) Os sistemas eletrônicos de reservas, G.D.S.’s (Global Distribution Systems) pertencentes às companhias aéreas são, no momento presente, um dos principais canais de distribuição dos produtos turísticos e hoteleiros na escala mundial. Neste sentido, é fundamental que as empresas hoteleiras se preocupem em aderir aos referidos sistemas, exigindo-se, no entanto, para isso, a sua inclusão em cadeias hoteleiras integradas ou voluntárias, dada a impossibilidade de o fazerem a título individual. A adesão dos estabelecimentos hoteleiros do Estado do Rio de Janeiro aos referidos G.D.S.’s permitirá mesmo incrementar a sua ligação às agências de viagens estrangeiras, em cujos escritórios se encontram instalados os terminais daqueles sistemas. ?? Internet O Estado do Rio de Janeiro não pode deixar de se preocupar em assegurar uma forte representação da Internet, cuja função de distribuição dos produtos turísticos, à escala planetária, não pode ser ignorada. Para isto, deve ser concretizada o Projeto Mídia Eletrônica, integrante do Programa Sistema de Informação Turística. Os serviços turísticos encontram na Internet o melhor instrumento para ultrapassar a tradicional dificuldade de acesso aos consumidores finais, diminuindo, deste modo, a sua dependência dos clássicos canais de distribuição constituídos, fundamentalmente, pelos tour operators e agências de viagens. Assim, recomenda-se que seja considerada ação prioritária o lançamento e implementação do referido projeto Mídia Eletrônica. Trata-se de encarar a Internet não como mais um canal de distribuição, mas sim como um canal de distribuição privilegiado, substancialmente diferente dos restantes, quer ao nível do seu funcionamento, quer ao nível do risco inerente ao investimento necessário. Através destes canais de distribuição, as empresas turísticas locais devem levar as suas ofertas até os segmentos de mercado a que as mesmas se dirigem, especialmente, na expectativa da sua venda. A distribuição visa, neste caso, facultar aos compradores potenciais a informação de que carecem para fundamentar a sua decisão de compra. Os organismos locais de turismo e as empresas privadas devem adotar, em bloco, uma verdadeira política de distribuição e colaborar ativamente, para criar as condições que permitam mobilizar a atenção de cada um dos canais de distribuição considerados relevantes. Paralelamente, devem ser encaminhadas ações que objetivem a geração de um movimento de opinião favorável ao desenvolvimento qualificado e diferenciado do turismo do Estado do Rio de Janeiro, no qual desempenham papel de destaque alguns meios de comunicação mais pertinentes, locais, regionais, estaduais, nacionais ou mesmo internacionais. Neste sentido, deve ser mantido um contato permanente com os assim chamados formadores de opinião, pelo que se torna necessário incutir uma dinâmica de acontecimentos que desperte a presença interessada destes agentes, com grande capacidade interventora na geração e manutenção de uma imagem atrativa do Estado. Importa neste contexto sistematizar as relações a estabelecer regularmente com a

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comunicação social (local, regional e estadual), e promover visitas educacionais de vários tipos e envolvendo vários agentes relevantes na operação turística do Estado. 4.5.2.4 Ações Promocionais com Relação aos Mercados Emissores A promoção do Turismo do Estado do Rio de Janeiro deverá ser levada a cabo, quer separadamente por cada uma das referidas ADE’s, quer em conjunto como se esse conjunto constituísse de fato uma única região turística. De uma forma geral, as propostas a dirigir aos segmentos de mercado potencialmente interessados deverão resultar da oferta estruturada e organizada conjuntamente pelas diversas ADE’s, a fim de procurar criar junto aos mercados geradores da demanda uma imagem integrada de todas as ADE’s. Este objetivo é particularmente importante, uma vez que, sem a construção dessa imagem coletiva, dificilmente os esforços promocionais de cada ADE, separadamente consideradas, produzirão os efeitos pretendidos. A oferta turística do Estado do Rio de Janeiro deverá, deste modo, corresponder à integração dos recursos e atrações turísticas mais representativos de cada uma das ADE’s, utilizando apenas aqueles que são suscetíveis de contribuir para a criação de produtos turísticos atraentes e diversificados. Só assim será legítimo aspirar a construir uma imagem clara e representativa do Estado junto aos mercados, gerando nestes a idéia de se estar perante um destino turístico rico, variado e diferente. Neste sentido, a promoção turística preconizada para o Estado do Rio de Janeiro deve compreender ações de vários tipos, em mercados criteriosamente selecionados, utilizando os meios julgados mais eficazes em cada caso. A seleção dos mercados geradores da demanda considerados mais convenientes e disponíveis constitui a primeira preocupação na definição das ações promocionais a empreender. São apresentados a seguir, por ordem de prioridade, os principais mercados emissores a serem trabalhados, considerando-se não só os resultados das análises e pesquisas desenvolvidas na fase do diagnóstico, como também questões relacionadas com maior ou menor distância desses mercados no Estado, bem como as facilidades de ligações existentes, particularmente no que se refere às ligações aéreas com os mercados emissores externos. POSICIONAMENTO RELATIVO DOS PRINCIPAIS MERCADOS EMISSORES

Mercados Nacionais

Mercados Internacionais

Ordem de prioridade

São Paulo (cidade) Rio de Janeiro (fluxo interno) Minas Gerais São Paulo (interior do Estado) Distrito Federal

Estados Unidos da América Argentina Alemanha Itália França

1

Espírito Santo Rio Grande do Sul Bahia

Espanha Inglaterra Portugal

2

As ações promocionais a desenvolver devem ser orientadas, prioritariamente, para os referidos mercados, sob pena de se correr o risco de uma dispersão excessiva de meios

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financeiros e de iniciativas, comprometendo o resultado das intervenções a efetuar nos mercados considerados decisivos. A importância dos mercados referidos não é, evidentemente, igual em todos os casos, variando, ainda, de acordo com as motivações dos turistas, o que deve ser objeto de consideração. Com efeito, a promoção deve assentar numa estratégia de segmentação, tanto do ponto de vista da origem dos turistas, como da motivação destes. A circunstância de se pretender construir, nesta fase, uma imagem integrada representativa das ADE’s junto aos mercados visados pela oferta turística disponível, obriga que se preste especial atenção à promoção institucional do destino. Na realidade, as ADEs quando isoladamente consideradas, necessitam desse tipo de promoção, por realçar o produto integrado no próprio Estado do Rio de Janeiro. À medida que aquela imagem integrada vai se consolidando nos mercados emissores, o esforço promocional deverá privilegiar então a divulgação de produtos turísticos específicos, procurando conferir ao Estado do Rio de Janeiro a imagem de um destino turístico dotado de aptidão superiormente especializada em determinados tipos de oferta: turismo balneário e náutico, ecoturismo, turismo cultural, turismo rural, turismo de negócios, feiras e convenções, turismo de eventos, turismo esportivo etc., com produtos plenamente assegurados numa área geográfica restrita, claramente delimitada e facilmente acessível. A preocupação de conferir às ações promocionais do Estado a maior objetividade possível e garantir a melhor gestão dos recursos disponíveis, deverá obrigar à determinação prévia dos segmentos da demanda suscetíveis de responder com maior intensidade e prontidão às propostas da oferta, baseadas nos produtos propostos. As análises resultantes do diagnóstico e das discussões com representações de mercado e do setor público permitem sistematizar preliminarmente as principais motivações e tendências relativamente aos mercados emissores principais: ?? Mercado Interno - Turismo Balneário e Naútico, Turismo de Negócios, Feiras e

Convenções e Turismo Cultural. ?? E.U.A. - Turismo Cultural, Ecoturismo e Turismo Balneário e Náutico. ?? Argentina - Turismo Balneário e Náutico e Turismo Esportivo. ?? Alemanha - EcoTurismo, Turismo de Negócios, Feiras e Convenções, Turismo Cultural,

Turismo Rural. ?? Itália - Turismo de Negócios, Feiras e Convenções e Turismo Cultural. ?? França - Turismo Cultural, Turismo de Negócios, Feiras e Convenções. ?? Espanha - Turismo Cultural e Turismo de Negócios, Feiras e Convenções. ?? Reino Unido - Turismo Balneário e Náutico, Turismo de Negócios, Feiras e Convenções e

Turismo Esportivo. ?? Portugal - Turismo Balneário e Náutico, Turismo de Negócios, Feiras e Convenções,

Turismo Cultural e Ecoturismo. As segmentações indicadas se sobrepõem a diversas modalidades de consumo, tais como turismo de fim-de-semana, feriados, férias de média e longa duração, turismo melhor idade (sênior), turismo em grupo (inclusive charter) ou individual, turismo social etc. No que se refere ao mercado interno deve-se buscar as melhores condições de oferta para transformar o maior número possível de visitantes veranistas em turistas, principalmente nas áreas onde a sua existência é excessiva.

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5 ESPACIALIZAÇÃO DA ATIVIDADE TURÍSTICA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

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5 ESPACIALIZAÇÃO DA ATIVIDADE TURÍSTICA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

A análise dos mapas-base, que integram o Diagnóstico, fundamenta a construção das referências territoriais para o conjunto de proposições do Plano. O mapeamento foi elaborado a partir das informações obtidas em diferentes órgãos responsáveis pela gestão de temas específicos, e ainda, pelo levantamento direto junto às municipalidades, agregando-se a este, os resultados dos Encontros Regionais realizados. Os mapas elaborados orientaram todo o processo de trabalho e se traduzem, com base nos critérios adotados, em propostas de organização espacial e de classificação de áreas prioritárias para as diversas formas de expansão e desenvolvimento da atividade turística, dando suporte às ações propostas no território estadual. A relação destes mapas-bases é apresentada a seguir: ??Unidades de Conservação Ambiental e Áreas Tombadas ??Hidrografia ??Vegetação Remanescente ??Relevo ??Patrimônio Histórico-Cultural ??Regionalização Turística Oficial ??Regionalização Turística Espontânea ??Oferta Turística - Áreas de Especial Interesse Turístico ??Oferta Turística - Pontuação do Conjunto de Atrativos Turísticos ??Oferta Turística - Unidades Habitacionais em Meios de Hospedagem ??Oferta Turística - Apoio ao Turismo Náutico ?? Infra-estrutura de Apoio - Sistema Viário ?? Infra-estrutura de Apoio - Aeroportos ??Demanda Turística - Turistas Estrangeiros ??Demanda Turística - Residências de Veraneio ??Demanda Turística – N° de Ônibus de Excursionismo por Fim de Semana

Estes mapas constituem a base para a indicação do Zoneamento Turístico do Estado, construído através da sua sobreposição e do cruzamento das suas informações. Eles são também orientadores da revisão da Regionalização Turística. 5.1 ZONEAMENTO TURÍSTICO DO ESTADO O Zoneamento Turístico do Estado é a representação fundamental da dimensão territorial do Plano Diretor e está relacionado aos seguintes objetivos: ?? Identificar as áreas prioritárias para o desenvolvimento das diversas modalidades de

turismo, considerando o tipo de consumidor, a escala potencial de atratividade e a segmentação do mercado.

?? Propor medidas de proteção dos recursos turísticos, bem como medidas que garantam

a reserva de áreas de apoio voltadas às atividades de lazer relacionadas ao turismo,

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bem como para a implantação de equipamentos, empreendimentos e serviços adequados e necessários ao desenvolvimento da atividade.

?? Consolidar produtos turísticos regionais através da indicação de roteiros e circuitos. ?? Orientar a revisão da regionalização turística do Estado. ?? Encaminhar ações articuladas entre municípios e destes com o trade regional. Os mapas que representam o Zoneamento Turístico do Estado apresentam-se, em função dos seus objetivos, em dois grupos distintos que embasam, isoladamente ou em conjunto, as proposições deste Plano. ??Zoneamento por Tipo de Consumidor e Potencial de Atratividade No primeiro grupo do Zoneamento, estão identificadas as diferentes Áreas de Turismo, definidas em função das características e qualidades inerentes aos tipos de consumidores (turista, veranista e excursionista) e ao potencial e escala de atratividade (internacional, nacional, regional e local). A identificação das Áreas de Turismo resulta do mapeamento de informações relativas à oferta e à demanda, sendo a unidade de registro, o município. Desta forma, foram definidas as seguintes categorias de Áreas de Turismo, apresentadas em mapas de zoneamento de acordo com a tipologia de consumidor a que se referem: ?? Áreas de Turismo

?? De Alcance Internacional ?? De Alcance Nacional ?? De Alcance Estadual

?? Áreas de Veraneio

?? De Alcance Metropolitano ?? De Alcance Interestadual

?? Áreas de Excursionismo

?? De Alcance Regional ?? De Alcance Local

??Zoneamento por Vocação Turística No segundo grupo do Zoneamento, estão identificadas as diferentes Zonas por Vocação Turística, definidas em função das características e qualidades intrínsecas do seu ambiente e território, relacionado ao que é comumente indicado como segmentação do mercado. A delimitação das zonas vocacionais é informada a partir dos mapas-base indicados acima, e também, pelas indicações das potencialidades apresentadas nos Encontros Regionais. O registro obedece à delimitação, no mapa-base, das diversas categorias de zonas, nem sempre coincidindo com os perímetros municipais. Nas Zonas de Turismo Cultural, Rural e de Negócios, a unidade de registro é o município.

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Trata-se de uma classificação que busca refletir o quadro das potencialidades territoriais do Estado, de acordo com os segmentos e vocações que, de uma forma ou de outra, se manifestam. Deve ser ressaltado que a atividade turística é muito dinâmica, e que se trata de uma classificação datada, ou seja, que traduz o momento atual. Neste sentido, as categorias apresentadas a seguir podem, a qualquer momento, ser acrescidas de outras tantas vocações e segmentos quantos venham a ser identificados, produzidos ou comercializados. Além das categorias de Zonas por Vocação Turística apresentadas a seguir, são consideradas ainda, no âmbito deste Plano, a vocação relativas ao Turismo da Melhor Idade (Sênior) que, mesmo não tendo sido aqui mapeada, constitui segmentação de mercado adotada nas proposições relativas a promoção e marketing.

?? Zona de Turismo Náutico e Balneário ?? Zona de Ecoturismo ?? Zona de Turismo Rural ?? Zona de Turismo Cultural ?? Zona de Turismo de Negócios

As diversas categorias de Áreas e Zonas propostas se sobrepõem em diversas camadas, que traduzem recortes específicos da potencialidade e da organização da atividade turística no Estado. Esta sobreposição reflete a diversidade de recursos turísticos do território estadual cuja identificação resulta dos critérios apresentados, resumidamente, no quadro abaixo. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO ZONEAMENTO TURÍSTICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CATEGORIA PROPOSTAS

CRITÉRIOS A PARTIR DOS MAPAS-BASE

Área de Turismo Internacional

Potencial do conjunto de atrativos superior a 1001 pontos (a)

Área de Turismo Nacional

Potencial do conjunto de atrativos entre 501 e 1000 pontos (b)

Área de Turismo Estadual

Potencial do conjunto de atrativos entre 200 e 400 pontos (c)

Área de Veraneio Interestadual

Acima de 10% de residências de veraneio (d)

Área de Veraneio Metropolitano Acima de 10% de residências de veraneio no entorno da Região Metropolitana (d)

Área de Excursionismo Regional

Todos os municípios com registro de movimento excursionista

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Área de Excursionismo Local

Os municípios sem registro de movimento excursionista

Zona Náutica e Balneária Áreas de interesse turístico do litoral e indicações do Plano de

Turismo Náutico Zona de Ecoturismo Unidades de Conservação (Parques, APAs, RPPNs)

e Tombamento da Mata Atlântica (e) Zona Rural Municípios de interesse para o turismo rural do Estado (f)

Zona Cultural Bens tombados na esfera federal e estadual (conjuntos e bens isolados) (g)

ZO

NEA

MEN

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POR

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CA

ÇÃ

O T

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A

Zona de Negócios, Feiras e Convenções

Pólos de negócios reconhecidos e municípios com instalações para realização de convenções, de acordo com informação da TURISRIO

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Observações:

(a) Calibrar com a informação mapeada sobre o percentual de turistas estrangeiros (aqueles com mais de 20%), bem como com a inclusão

dos municípios onde há ocorrência de atrativos classificados na hierarquia IV (item 2.2.2. da Parte II – Diagnóstico)

(b) Calibrar com a inclusão dos municípios que possuem atrativos classificados na hierarquia III.

(c) Incluir os municípios com a oferta de mais de 100 Unidades Habitacionais (UH) em Meios de Hospedagem, inclusive para aqueles

municípios com pontuação entre 0 e 200 pontos.

(d) Incluir os municípios com mais de 5.000 habitações de uso ocasional.

(e) As Unidades de Conservação Ambiental passíveis de utilização pelo turismo.

(f) De acordo com a indicação da TURISRIO, os municípios que vêm sendo trabalhados no Programa de Turismo Rural e aqueles

potencialmente indicados para inclusão no programa, a partir do próximo ano.

(g) Classificação em duas categorias, a partir da presença de bens com tombamento federal ou estadual.

A seguir detalha-se o Zoneamento Turístico Estadual, com a descrição das distintas categorias de Áreas e Zonas, cujas delimitações territoriais estão apresentadas nos respectivos mapas. 5.1.1 Zoneamento por Tipo de Consumidor e Potencial de Atratividade O Zoneamento por Tipo de Consumidor mapeia os fluxos de visitantes no Estado, de acordo com os três tipos de consumidores considerados. Assim, são mapeados, de acordo com o potencial de atração da demanda, aqueles municípios que registram, respectivamente, os fluxos de turistas, veranistas e excursionistas, salientando-se que não são excludentes do ponto de vista territorial. ??Áreas de Turismo Os turistas propriamente ditos representam o primeiro e mais importante grupo de visitantes que embasam este trabalho, caracterizando-se como o tipo de consumidor que efetivamente mobiliza a atividade, e que se constitui no principal suporte para o seu desenvolvimento econômico. As diferenças internas nestes fluxos de visitantes, sobretudo aquelas relacionadas à motivação do deslocamento e aos diversos grupos que os integram e que se diferenciam pela faixa de renda, forma de organização da viagem, meio de transporte utilizado e mercados emissores principais, ensejaram o tratamento especial em outra parte do Plano. Neste sentido, são particularmente específicas, as proposições relativas à consolidação dos produtos turísticos e ao Programa de Promoção e Marketing. O critério para a identificação das Áreas de Turismo tem com ponto de partida as pontuação do potencial de atratividade turística de cada município do Estado, conforme tabela apresentada no item 2.2.2- Avaliação dos Atrativos Turísticos da Parte II – Diagnóstico do Plano. Para a indicação final das diversas áreas, o critério relativo à pontuação do potencial de atratividade turística foi calibrado, para cada um dos tipos de áreas, com informações relativas à sua classe específica, de acordo com dados da oferta e de demanda apresentados no Diagnóstico. São classificados como Áreas Turísticas, de acordo com o alcance da demanda, 45 municípios do Estado, organizados em três categorias, que definem áreas de abrangência dos seus respectivos mercados de consumo, conforma apresentados a seguir:

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Áreas de Turismo de Alcance Internacional Municípios com potencial, no conjunto de atrativos, superior a 1001 pontos, além daqueles que apresentam percentual de turistas estrangeiros acima de 20%. Incluem-se ainda nesta categoria os municípios onde há ocorrência de atrativos classificados na hierarquia IV. (Item 2.2.2 da Parte II - Diagnóstico) O Plano identifica como Áreas de Turismo de Alcance Internacional, dezoito municípios do Estado: Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Armação dos Búzios, Araruama, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Itaguaí, Itatiaia, Macaé, Mangaratiba, Niterói, Paraty, Petrópolis, Resende, Rio das Ostras, São Pedro d`Aldeia, Teresópolis e Valença. Independente da distinção entre eles, este conjunto de municípios deverá ser objeto de um trabalho mais sistemático de promoção no exterior, uma vez que se constituem em pólos de ancoragem para o desenvolvimento da atividade nas diferentes Regiões, às quais inclusive, deverão ser alvo de ações específicas para o acolhimento desta importante categoria de visitante. Áreas de Turismo de Alcance Nacional Municípios com potencial, no conjunto de atrativos, entre 501 e 1000 pontos, além daqueles municípios que possuem atrativos classificados na hierarquia III. O Plano identifica como Área de Turismo de Alcance Nacional, dezenove municípios do Estado: Areal, Cachoeiras de Macacu, Cambuci, Campos dos Goytacazes, Cantagalo, Carapebus, Casimiro de Abreu, Comendador Levy Gasparian, Conceição de Macabu, Itaperuna, Natividade, Nova Friburgo, Paraíba do Sul, Quatis, Rio Claro, Rio das Flores, Santa Maria Madalena, Saquarema, Silva Jardim. Os recursos turísticos desses municípios devem ser, prioritariamente, objeto de promoção nos principais mercados emissores nacionais, identificados no diagnóstico da demanda. Áreas de Turismo de Alcance Estadual Municípios com potencial, no conjunto de atrativos, entre 200 e 400 pontos, além daqueles municípios, com pontuação entre 0 e 200 pontos, com oferta de mais de 100 Unidades Habitacionais em Meios de Hospedagem. As Áreas de Turismo cujo alcance da demanda se concentra principalmente no âmbito do próprio Estado são representados por dezenove municípios: Barra Mansa, Engenheiro Paulo de Frontin, Volta Redonda, Barra do Piraí, Magé, Marica, Mendes, Miguel Pereira, Paty do Alferes, Piraí, Quissamã, Rio Bonito, Sumidouro, Trajano de Moraes, Três Rios, São Francisco do Itabapoana, São João da Barra, Vassouras e Iguaba Grande. Esses municípios devem ser estimulados no desenvolvimento da sua atividade turística, partindo da comercialização dos produtos que oferecem no interior do próprio Estado e, buscando ampliar o alcance da demanda.

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Áreas de Veraneio O veraneio é uma manifestação do mercado imobiliário de segunda residência e está estreitamente relacionado ao turismo, tanto no que diz respeito aos seus territórios comuns de atração, quanto na sua articulação e mesmo superposição dos investimentos, sendo ainda concorrenciais quanto aos potenciais consumidores. A atividade de veraneio provoca os maiores fluxos de deslocamentos de visitantes no Estado, fundamentalmente, por via rodoviária. O grande número de visitantes é proveniente, principalmente, dos grandes centros urbanos, e o fenômeno se acentua nos fins-de-semana e feriados prolongados. O critério para a identificação das Áreas de Veraneio toma como base a ocorrência de 10% de residências de veraneio (residências de uso ocasional, de acordo com a classificação do IBGE) com relação ao total de residências do município, incluindo ainda aqueles municípios que, mesmo com percentual baixo, registram mais de 5.000 habitações de uso ocasional. As Áreas de Veraneio foram classificados em dois grupos, de acordo com a origem dos fluxos de visitantes, abrangendo um total de 29 municípios, distribuídos como se segue: Áreas de Veraneio de Alcance Metropolitano Refere-se aos municípios que atraem visitantes provenientes, principalmente, da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, considerando as distâncias que são alcançáveis em deslocamentos de curta duração, basicamente durante um fim de semana. As Áreas de Veraneio de Alcance Metropolitano (24) localizam-se nas áreas litorâneas e de serra no entorno da Região Metropolitana, abrangendo o próprio município do Rio de Janeiro e os municípios de Angra dos Reis, Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Cachoeiras de Macacu, Engenheiro Paulo de Frontin, Guapimirim, Iguaba Grande, Itaguaí, Magé, Mangaratiba, Maricá, Miguel Pereira, Niterói, Nova Friburgo, , paty do Alferes, Petrópolis, Rio Claro, Rio das Ostras, São Pedro D´Áldeia, Saquarema e Teresópolis. Trata-se de um fenômeno que provoca grande impacto nas regiões onde ocorre, dada a magnitude de fluxos que provoca, principalmente para algumas áreas de litoral Áreas de Veraneio de Alcance Interestadual Refere-se aos municípios que, pela sua localização, atraem visitantes provenientes de estados vizinhos e também de outras regiões do interior do Estado. As Áreas de Veraneio de Alcance Interestadual são representadas pelos municípios de Itatiaia, Paraty, Quissamã, São Francisco do Itabapoana e São João da Barra. Estes municípios apresentam uma parte significativa da sua expansão urbana relacionada ao mercado de segunda residência.

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??Áreas de Excursionismo A terceira categoria, de acordo com a metodologia do Plano, refere-se àqueles municípios onde predomina o visitante que não pernoita no local, permanecendo menos de um dia, classificado como excursionista, segundo a definição da OMT. Trata-se de uma atividade que também se sobrepõe, territorialmente, às outras duas, trazendo implicações, conflitos e interfaces com o turismo e o veraneio. Além disto, é um fenômeno que se expande a cada dia, principalmente em áreas litorâneas nas proximidades do grande centro metropolitano, cuja escala de manifestação assinala para a necessidade de tratamento por parte do Poder Público. Alguns municípios manifestam uma resistência a este tipo de fluxo de visitante, o que indica a necessidade de um tratamento diferenciado e amplo para a atividade, visto tratar-se de fluxo de pessoas cuja escala extrapola os limites puramente municipais. Por outro lado, por se tratar de um tipo de movimentação que se manifesta de formas e por motivações diversas, podendo ter como elemento motivador, diversos tipos de atrativos, presentes em todos os municípios do Estado, esta modalidade pode vir a constituir um fator de geração de renda local, se bem gerido, administrado e ordenado. O Plano classifica dois tipos de Áreas de Excursionismo. O primeiro grupo se refere aos municípios que, efetivamente, registram este tipo de movimento de excursionismo. No segundo grupo foram mapeados os demais municípios que, embora não declarem, são passíveis deste tipo de exploração turística. Áreas de Excursionismo de Alcance Regional Foram classificados como Áreas de Excursionismo de Alcance Regional os municípios que registram este tipo de fluxo, em magnitudes diversas, e que são os seguintes: Angra dos Reis, Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Barra do Piraí, Bom Jardim, Cabo Frio, Cachoeiras de Macacu, Cambuci, Casimiro de Abreu, Conceição de Macabu, Engº Paulo de Frontin, Guapimirim, Iguaba Grande, Itaboraí, Itaguaí, Itatiaia, Macaé, Magé, Mangaratiba, Maricá, Miguel Pereira, Natividade, Niterói, Nova Friburgo, Paraíba do Sul, Parati, Paty dos Alferes, Petrópolis, Piraí, Queimados, Rio Bonito, Rio das Flores, Rio das Ostras, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, São Gonçalo, São Pedro D'Aldeia, Saquarema, Silva Jardim, Teresópolis, Trajano do Moraes, Três Rios, Valença e Vassouras, Os municípios do litoral, acessíveis numa viagem de ida e volta em um dia, a partir da grande aglomeração urbana periférica à cidade do Rio de Janeiro, devem ser objeto de atenção no que se refere ao grande afluxo de visitantes, no sentido de oferecer infra-estrutura receptiva compatível com a escala destes fluxos. Ao mesmo tempo, deve-se buscar oferecer alternativas de lazer nos locais de origem, que possam reduzir estes fluxos. Áreas de Excursionismo de Alcance Local A categoria de Áreas de Excursionismo de Alcance Local considera a potencialidade dos diversos atrativos que podem ser desenvolvidos, correspondendo aos demais municípios assim classificados, que são: Aperibé, Areal, Barra Mansa, Belford Roxo, Bom Jesus do Itabapoana, Campos dos Goytacazes, Cantagalo, Carapebus, Cardoso Moreira, Carmo,

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Comendador Levy Gasparian, Cordeiro, Duas Barras, Duque de Caxias, Italva, Itaocara, Itaperuna, Japeri, Laje do Muriaé, Macuco, Mendes, Miracema, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Pinheiral, Porciúncula, Porto Real, Quatis, Quissamã, Resende, Rio Claro, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, São Francisco do Itabapoana, São João da Barra, São João do Meriti, São José do Ubá, São José do Vale do Rio Preto, São Sebastião do Alto, Sapucaia, Seropédica, Sumidouro, Tanguá, Varre-Sai e Volta Redonda. Esses municípios devem buscar identificar as principais fontes de atração de fluxos de visitantes, buscando valorizá-las e prepará-las para a sua efetiva consolidação enquanto recurso turístico e fonte local de geração de emprego e renda.

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5.1.2 Zoneamento por Vocação Turística As Zonas por Vocação Turística são definidas em função das características e qualidades intrínsecas do seu ambiente e território, relacionado ao que é comumente indicado como segmentação do mercado. A classificação focada nas informações disponíveis em determinado momento é passível de modificações, dado que a dinâmica da atividade turística pode acrescer outras tantas vocações e segmentos quantos forem identificados, produzidos e comercializados. A delimitação dessas zonas vocacionais é informada pelos mapeamentos que registram as diversas categorias de atrativos turísticos. Trata-se de uma classificação que busca refletir o quadro das potencialidades territoriais do Estado, de acordo com os segmentos e vocações manifestados, como se apresentam a seguir: ??Zonas de Turismo Náutico e Balneário O Turismo Balneário constitui o mais tradicional segmento da atividade no Estado. O litoral extenso, paisagisticamente rico e diversificado no que se refere à presença dos mais diversos tipos de praias, e o clima ameno, propício ao banho de mar durante todo o ano, sempre convergiram para a atratividade de visitantes para o Estado. Além disto, uma parcela deste litoral apresenta condições extremamente favoráveis à navegação esportiva e de lazer, o que vem se somar como fator de atração. Isto levou a uma concentração de equipamentos de apoio à atividade náutica no litoral sul do Estado, na baia de Guanabara e, em menor número, na parte do litoral que vai de Niterói até Macaé. Deste modo, o Zoneamento relativo ao Turismo Náutico e Balneário apresenta dois tipos de zonas, condicionadas pela ocorrência de uma ou das duas modalidades de manifestação da atividade. A Zona Náutica e Balneária se estende por 16 municípios do litoral, de Paraty até Macaé, incluindo aqueles que margeiam a Lagoa de Araruama, onde se sobrepõem o potencial para as atividades balneárias com recursos naturais e equipamentos relacionados à atividade náutica. A Zona Exclusivamente Balneária, que corresponde à faixa litorânea que se estende por cinco municípios, de Carapebus até São Francisco do Itabapoana, complementa a extensão do litoral fluminense que apresenta as mais diversas condições para o desenvolvimento das atividades balneárias.

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??Zona de Ecoturismo O Eecoturismo se constitui numa modalidade recente no território estadual, como uma prática resultante do movimento ecológico que tem avançado nos últimos anos em todo o mundo. O Estado apresenta, também neste segmento, um grande potencial representado pela abundância de recursos naturais de grande interesse ambiental, enriquecido pela diversidade de sua paisagem. A importância do patrimônio ambiental do Estado é reconhecida pela existência de um conjunto de normas de proteção, de âmbito federal, estadual e municipal, aplicadas a parcelas específicas de seu território, e que constituem diversas Unidades de Conservação Ambiental. A indicação das Zonas de Ecoturismo toma como base essas áreas protegidas por leis específicas, concedendo-lhes prioridade, não obstante o reconhecimento da existência de diversas outras áreas onde a atividade apresenta condições de expansão. As Zonas de Ecoturismo correspondem às seguintes áreas: o perímetro da área de tombamento da Mata Atlântica, que se estende longitudinalmente por todo o Estado, de Paraty, no litoral sul, passando por sua área central na região das serras, até o Parque Estadual do Desengano, em Campos dos Goytacazes; os parques nacionais e estaduais, reservas biológicas e ecológicas, estações ecológicas, áreas de proteção ambiental, reservas particulares de patrimônio natural, e demais tombamentos sob o aspecto paisagístico ou ambiental no território estadual. A relação dessas Unidades de Conservação é apresentada no item 7 destas Proposições, que se refere às Normas de Proteção dos Recursos Turísticos.

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??Zonas de Turismo Cultural O território estadual foi, e continua sendo, palco de momentos marcantes da história do país, seja relativamente aos diversos ciclos econômicos, seja pela ocorrência de eventos que marcaram a cena política e social, nacional e estadual, no decorrer dos anos. Como resultado desta riqueza histórica, o Estado possui um acervo considerável que testemunha estes diversos momentos, representados por um patrimônio edificado de grande riqueza e diversidade. Este patrimônio se integra harmoniosamente com a paisagem natural. A importância do patrimônio cultural do Estado é atestada pela existência de um amplo conjunto de bens protegidos especificamente pela legislação de tombamento, nos âmbitos federal, estadual e municipal. Este acervo inclui uma grande quantidade de bens, sendo importante registrar a ocorrência de inúmeros bens ainda não protegidos por legislação específica no território estadual. Registra-se ainda, manifestações culturais não tangíveis, de diversos matizes, que representam formas de expressão, do popular ao erudito, que se somam às possibilidades do Turismo Cultural apresentar-se como um grande potencial de desenvolvimento no Estado. A indicação das Zonas de Interesse Cultural no âmbito deste trabalho toma como referência os tombamentos a nível federal e estadual. Os tombamentos municipais não foram considerados em função da precária sistematicidade de seus registros, acrescentando-se que este instituto jurídico está pouco apropriado às legislações municipais. A quantidade de bens tombados em cada município ensejou a definição de três categorias de Zonas de Turismo Cultural, conforme apresentado a seguir: ?? Municípios com patrimônio cultural de expressão internacional, que inclui os municípios

do Rio de Janeiro, capital do país durante 198 anos, o município de Paraty, erigido Monumento Nacional em 1966 e o município de Petrópolis, instituído Cidade Imperial em 1982.

?? Municípios com 5 ou mais bens tombados pelo Estado ou União, que são 9. ?? Municípios com até 4 bens tombados pelo Estado ou União, totalizando 31.

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??Zonas de Turismo Rural A diversidade da paisagem do Estado e a presença, ainda marcante, de áreas mantidas ao largo dos processos de urbanização, onde as atividades rurais são a principal atividade econômica, proporcionam um tipo de atrativo turístico cada vez mais atraente ao homem contemporâneo, urbano por excelência. Além disto, a busca de novas perspectivas de geração de emprego e renda, proporcionadas pela oferta de serviços receptivos diversos, constituem também uma importante alternativa econômica complementar para empresas agropecuárias, preservando assim uma importante e tradicional atividade econômica e as manifestações culturais a ela relacionadas. O turismo rural surge e se desenvolve, neste contexto, como uma possibilidade que apresenta aspectos duplamente positivos. Trata-se de uma segmentação do mercado passível de expansão, mesmo naquelas regiões menos privilegiadas em recursos naturais e culturais, que poderiam motivar outro tipo de visitação, comparativamente às outras regiões turísticas do Estado. A TURISRIO vem desenvolvendo, em articulação com alguns municípios do interior do Estado, um Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo Rural, tendo criado com este fim, seis Coordenações Regionais. Cada uma destas Coordenações aglutina municípios onde há ocorrência significativa de empresas rurais, de dimensões e atividades agropecuárias diferenciadas, e que se inserem numa paisagem rural extremamente sugestiva e atraente. As Coordenações Regionais, integrando os municípios com o objetivo de direcioná-los para a consolidação de um produto turístico complementar, articulado e comercializável, constituem as Zonas de Turismo Rural do Estado, conforme apresentadas a seguir: CTR I – Araruama, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Marica, Rio Bonito, Saquarema e Silva Jardim e Macaé CTR II – Barra do Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paracambí, Paty do Alferes, Piraí, Rio das Flores, Valença e Vassouras CTR III – Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Itaocara, Itaperuna, Italva, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, São José do Ubá, Santo Antonio de Pádua e Varre Sai CTR IV – Areal, Comendador Levy Gasparian, Guapimirim, Magé, Paraíba do Sul, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Sapucaia, Teresópolis e Três Rios CTR V – Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, Carapebus, Macaé, Quissamã, Santa Maria Madalena, São Francisco do Itabapoana e São Fidélis CTR VI – Bom Jardim, Cachoeiras de Macacu, Cantagalo, Carmo, Conceição do Macabú, Cordeiro, Duas Barras, Macuco, Nova Friburgo, São Sebastião do Alto, Sumidouro e Trajano de Moraes.

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??Zona de Turismo de Negócios, Feiras e Convenções O Estado do Rio de Janeiro vem atravessando uma fase positiva em sua economia, representando o maior crescimento na Região Sudeste do país e reposicionando-se como segundo pólo econômico do Brasil. A economia fluminense apóia-se fundamentalmente no desempenho dos setores terciário e industrial, concentrando no seu território avançados parques tecnológicos e centros de pesquisa de renome internacional. Com o setor de serviços respondendo por 70% de sua economia, moderna infra-estrutura e um mercado consumidor em constante crescimento, o Estado tornou-se um dos principais alvos de investidores. A cidade do Rio de Janeiro, além de se constituir no principal destino turístico do país, concentra uma parcela expressiva da economia, apresentando grande diversidade de setores dinâmicos. Também no interior de Estado, alguns municípios se destacam como pólos regionais de desenvolvimento econômico, com dinamismo e crescimento acentuados, oferecendo em seus equipamentos hoteleiros, instalações para a realização de convenções de pequeno porte. Todos estes fatores vêm acompanhados de significativa movimentação de visitantes, por motivação de negócios, constituindo –se em segmento de grande expressão para alguns destinos do Estado. Cientes da importância deste segmento do mercado, a Fundação Rio Convention and Visitors Bureau vem desenvolvendo um trabalho de promoção da cidade e do Estado como local para a realização de congressos e convenções e de atração deste tipo de evento. A cidade ocupou em 2.000 a décima segunda posição na atração de congressos no mercado internacional, sendo a primeira em eventos na área da saúde e a segunda na área da ciência e tecnologia. Neste contexto, foram mapeados, além da cidade do Rio de Janeiro, os demais municípios do Estado, cujo desenvolvimento econômico de determinados setores estratégicos vem proporcionando o desenvolvimento do Turismo de Negócios, de forma significativa, e aqueles que possuem instalações para a realização de convenções. Estes municípios constituem, no seu conjunto, as Zonas de Turismo de Negócios do Estado, conforme a relação apresentada a seguir: Angra dos Reis, Araruama, Armação dos Búzios, Barra do Piraí, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Itaperuna, Itaguaí, Macaé, Mangaratiba, Nova Friburgo, Paraty, Petrópolis, Porto Real, Quatis, Resende, Rio de Janeiro, Teresópolis e Volta Redonda.

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5.2 REGIONALIZAÇÃO TURÍSTICA PROPOSTA A Regionalização Turística oficial vigente no Estado do Rio de Janeiro foi aprovada em 1980 e integra o Plano de Desenvolvimento Econômico e Social 1980/83. As referências deste recorte territorial estão desatualizadas e dizem respeito a uma forma de organização espacial e territorial do Estado que sofreu profundas alterações nos anos subseqüentes. O desenvolvimento sócio-econômico estadual dos últimos anos consolidou uma nova conjuntura territorial quando acentuou-se, ainda mais, o processo de centralização de decisão e poder, e de concentração econômica. A expansão dos núcleos urbanos resultou num processo acelerado de conurbação, configurando grandes manchas urbanas em algumas regiões do Estado que extrapolam os limites municipais. A evolução nos meios de comunicação e a expansão do sistema rodoviário consolidaram uma rede de relações, constituindo um novo patamar de articulação e integração que requalificam o território, com profunda repercussão nas relações intermunicipais e intra-regionais. Além disto, há que se destacar alterações político-administrativas decorrentes de um grande número de municípios emancipados, consolidando autonomias políticas, nem sempre correspondidas do ponto de vista da autonomia econômica. A elaboração do Plano Diretor de Turismo do Estado impõe a necessária revisão da regionalização turística estadual, não só no sentido de adequá-la à atual realidade social, econômica, política e administrativa do Estado, mas também reconstruí-la na perspectiva de uma agregação adequada aos objetivos do Plano, que incorpore uma visão mercadológica assentada num desenvolvimento ambientalmente equilibrado e economicamente sustentável. A regionalização proposta considera, ainda, as manifestações espontâneas de aglutinação entre municipalidades, registradas no decorrer do trabalho, tendo sido o espaço municipal a unidade territorial de referência adotada para a regionalização. A discussão sobre o tema regionalização impõe esclarecer, por uma questão de método, que está se tratando com um conceito estratégico - região - o que indica que a sua aplicação está relacionada, necessariamente, a uma intencionalidade. A proposta de um novo enfoque regional turístico para o Estado está, assim, intimamente atrelada aos objetivos que a norteiam. Neste sentido, é importante esclarecer os pressupostos desta intencionalidade devendo-se, para tanto, relacionar os critérios que orientaram a proposta. São propostas duas escalas de organização territorial - Regiões Turísticas e Áreas de Desenvolvimento Estratégico - que se integram e se sobrepõem, atendendo, cada uma delas, aos seus objetivos específicos.

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??Regiões Turísticas As Regiões Turísticas têm como objetivo primordial a organização territorial e a gestão da atividade turística, constituindo uma estância intermediária de articulação entre o Estado e os municípios. Neste sentido, cada Região Turística deve resultar numa aglutinação de um pequeno número de municípios, conferindo praticidade à operação conjunta das ações propostas, sem perder de vista a necessária integração das diversas regiões na realização e promoção do produto turístico de todo o Estado. São identificadas 13 Regiões Turísticas, que guardam, internamente, um sentido de homogeneidade e complementaridade, que traduzem sua identidade geográfica, paisagística, territorial e da oferta de infra-estrutura e serviços. Os recortes das Regiões Turísticas são norteados pelos seguintes critérios:

?? Identificação, características e extensão dos recursos turísticos, tendo em atenção aspectos relacionados, por exemplo, ao valor apelativo dos atrativos em relação aos segmentos de mercado identificados ou à necessidade de intervenção em certas áreas com problemas de ordenamento e ocupação do solo.

?? Tipologia, dimensão e categoria da oferta de equipamentos e serviços turísticos,

e condições da infra-estrutura de apoio, com destaque para a conveniência dos acessos, principalmente no que se refere à rede rodoviária, buscando a adequada escala no que se refere à gestão territorial.

?? Incidência espacial da oferta turística atual, tendo em atenção aspectos

relacionados, por exemplo, com a concentração, diversidade ou complementaridade dos atrativos turísticos, dentro de um espaço suficientemente limitado para permitir a criação de circuitos e roteiros com visitas a diferentes atrações e recursos.

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??Áreas de Desenvolvimento Estratégico As Áreas de Desenvolvimento Estratégico - ADEs atendem, fundamentalmente, aos objetivos de identidade espacial para a promoção e o marketing, agregando-se, no território, em escala maior do que a que define as Regiões Turísticas, e a elas se sobrepondo. As ADEs são delimitadas com base nos seguintes critérios:

?? Análise das potencialidades de produtos em termos das motivações e preferências dos consumidores, tendo em conta as perspectivas do mercado que devem ser trabalhados sob o ponto de vista da oferta e da demanda.

?? Identificação de conjuntos de atrativos e serviços, que compõem a diversidade

da oferta do território estadual e que possam estar ancorados em determinados produtos turísticos regionais que, complementarmente, integram a oferta estadual, objetivando a promoção e o marketing das partes e do todo de forma articulada.

Trata-se de definir áreas com uma relativa homogeneidade, capazes de sustentar uma segmentação desse espaço, sem o retalhar, buscando atingir a melhor forma operativa de explorar e gerir sinergias ou interações entre elas. As ADEs indicadas são base territorial das propostas relativas à promoção e ao marketing deste Plano. Estas ADEs correspondem às aglutinações de municípios que embasam a edição de material promocional da TURISRIO, reunindo, num mesmo grupo, uma ou mais Regiões Turísticas. Devem ser vistas como espaços definidos por linhas flexíveis, onde a rigidez administrativa da divisão do território é utilizada por razões operacionais, permitindo a existência de espaços comuns a várias ADE’s. Optou-se por apresentá-las, neste momento, sem denominações respectivas, devendo a definição dos nomes de cada ADE ser objeto de ampla discussão, com orientação técnica, de acordo com proposta que integra o Programa de Promoção e Marketing. Foram identificadas nove Áreas de Desenvolvimento Estratégico que, juntamente com as Regiões Turísticas, são apresentadas no quadro a seguir, indicadas respectivamente por algarismos romanos e arábicos.

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ÁREAS DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO -ADEs E REGIÕES TURÍSTICAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ÁREA DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO

REGIÃO TURÍSTICA

REGIÃO TURÍSTICA 1 Angra dos Reis Itaguaí Mangaratiba Parati

ADE I Rio Claro

REGIÃO TURÍSTICA 2 Barra Mansa Itatiaia Resende Pinheiral Porto Real Quatis

ADE II

Volta Redonda

REGIÃO TURÍSTICA 3 Barra do Piraí Engenheiro Paulo de Frontin Mendes Miguel Pereira Paracambi Paty do Alferes Piraí Rio das Flores Valença

ADE III

Vassouras

REGIÃO TURÍSTICA 4 Niterói Rio de Janeiro REGIÃO TURÍSTICA 5 Belford Roxo Duque de Caxias Japeri Nilópolis Nova Iguaçu Magé Queimados São Gonçalo São João de Meriti Seropédica

ADE IV

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REGIÃO TURÍSTICA 6 Areal Comendador Levy Gasparian Paraíba do Sul São José do Vale do Rio Preto Sapucaia Três Rios REGIÃO TURÍSTICA 7 Cachoeiras de Macacu Guapimirim Nova Friburgo Petrópolis Teresópolis REGIÃO TURÍSTICA 8 Bom Jardim Cantagalo Carmo Conceição de Macabu Cordeiro Duas Barras Macuco Santa Maria Madalena São Sebastião do Alto Sumidouro

ADE V

Trajano de Morais

REGIÃO TURÍSTICA 9 Araruama Armação dos Búzios Arraial do Cabo Cabo Frio Casimiro de Abreu Iguaba Grande Maricá Rio das Ostras São Pedro da Aldeia Saquarema REGIÃO TURÍSTICA 10 Itaboraí Rio Bonito Silva Jardim

ADE VI

Tanguá

REGIÃO TURÍSTICA 11 Carapebus Macaé Quissamã REGIÃO TURÍSTICA 12 Campos dos Goytacazes São Francisco de Itabapoana

ADE VII

São João da Barra

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REGIÃO TURÍSTICA 13 Aperibé Bom Jesus do Itabapoana Cambuci Cardoso Moreira Italva Itaocara Itaperuna Laje do Muriaé Miracema Natividade Porciúncula Santo Antônio de Pádua São Fidélis São José de Ubá

ADE VIII

Varre-Sai

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6 CARACTERIZAÇÃO E PROPOSIÇÕES DE

ÂMBITO REGIONAL

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6 CARACTERIZAÇÃO E PROPOSIÇÕES DE ÂMBITO REGIONAL As proposições na escala regional apresentadas no Plano Diretor de Turismo abrangem as Regiões Turísticas e as Áreas de Desenvolvimento Estratégico - ADEs. Para cada uma das treze Regiões Turísticas, é apresentada uma breve caracterização, tomando como ponto de partida as potencialidades e fragilidades das mesmas, apresentando proposições registradas nos encontros regionais e consideradas prioritárias para o turismo regional. No entanto, não se esgota aqui o universo de uma agenda completa de proposições para as Regiões Turísticas, o que deve ser objeto dos respectivos planos de desenvolvimento turísticos regionais. As Regiões Turísticas são aqui numeradas, tendo em vista que os nomes deverão ser definidos em processo de escolha a ser realizada nas próprias regiões. Quanto às Áreas de Desenvolvimento Estratégico - ADEs, são indicados os principais produtos turísticos e mercados emissores a serem considerados no que se refere à promoção e ao marketing. No mapa Regionalização Turística estão representados os respectivos recortes das Regiões Turísticas e das Áreas de Desenvolvimento Estratégico. 6.1 REGIÕES TURÍSTICAS ?? Região Turística 1

Municípios: Angra dos Reis, Itaguaí, Mangaratiba, Parati e Rio Claro Localizada ao sul do Estado do Rio de Janeiro, no limite com o Estado de São Paulo, a Região Turística 1 possui 3.229,5 km² e população de 223.494 habitantes, desempenhando importante papel no cenário turístico estadual. A região dispõe uma grande diversidade de tipos de atrativos turísticos, principalmente aqueles relacionados com o meio ambiente natural. Além de um litoral extremamente privilegiado formado pelas baías da Ilha Grande e de Sepetiba, o interior da Região apresenta importantes remanescentes de Mata Atlântica, concentrados principalmente nos municípios de Rio Claro, Paraty e Angra dos Reis, indicaNDO uma forte potencialidade para o desenvolvimento do ecoturismo. O maior destaque está na Ilha Grande que, além das dezenas de praias, possui uma exuberanteS fauna e flora e características naturais que propiciam o desenvolvimento de atividades náuticas, de mergulho e balneárias. Do ponto de vista dos atrativos culturais, a Região guarda importantes monumentos históricos e arquitetônicos, remanescentes dos séculos XVIII e XIX. Destaca-se nesse contexto o município de Paraty, tombado e erigido Monumento Nacional em 1966, atualmente um dos principais pólos de turismo cultural do Estado.

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A abertura da rodovia Rio-Santos na década de 1970, deu grande impulso ao turismo regional, acarretando, entretanto, um processo de ocupação desordenada do solo, com construções em áreas não-edificáveis, gerando sérios prejuízos ecológicos. A proximidade com o Estado de São Paulo, e a disponibilidade de serviços de hospedagem e alimentação em quantidade e qualidade coerentes, colocam a Região em destaque dentro do cenário estadual, podendo seu potencial turístico ser expandido, sem prejuízo para a preservação do seu patrimônio natural e cultural. Para isso, torna-se necessária a estruturação do setor turístico regional, atualmente bastante desarticulado e sem instituições verdadeiramente representativas. Outro ponto frágil é a falta de uma estrutura de serviços de receptivo adequada e integrada para toda a Região. No que se refere às suas fragilidades, destacam-se também as dificuldades de acesso aéreo e terrestre, as condições de infra-estrutura urbana, particularmente com relação ao saneamento básico e à energia elétrica, e a falta de controle sobre o despejo de lixo e de óleo das embarcações ancoradas na baía, fato que afeta o meio ambiente marinho e, em conseqüência, a pesca e o turismo. REGIÃO 1 – PROPOSIÇÕES DE ÂMBITO REGIONAL Municípios: Angra dos Reis, Itaguaí, Mangaratiba, Parati, Rio Claro MACROPROGRAMAS PROGRAMAS

PROJETOS E AÇÕES

Desenvolvimento Institucional

Normatização da Atividade ?? Organizar a atividade pesqueira com vista a não trazer prejuízos ao turismo

?? Normatizar os usos na Baía da Ilha Grande

Infra-Estrutura Básica ?? Preparar o aeroporto de Angra dos Reis para operar vôos regulares

Infra-Estrutura de Apoio

Criação, Recuperação e Revitalização de Atrativos

?? Criar do Museu do Mar ?? Criar o Museu do Aquidabã ?? Recuperar o Forte da Ponta do Leme ?? Complementar a recuperação da Estrada Parati-

Cunha ?? Estudar viabilidade de reativação dos ramais

ferroviários para passageiros nos trechos Angra dos Reis/Rio Claro e Mangaratiba/Rio de Janeiro

Fomento à Atividade

Qualificação da Mão de Obra ?? Implantar escola de hotelaria que atenda à Região

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?? Região Turística 2 Municípios: Barra Mansa, Itatiaia, Resende, Pinheiral, Porto Real, Quatis e Volta Redonda

A Região Turística 2, com 2.488,0 km² e uma população de 549.314 habitantes, está estrategicamente localizada, vizinha aos Estados de São Paulo e Minas Gerais, e relativamente próxima ao município do Rio de Janeiro, sendo cortada por importante eixo rodoviário, como a rodovia Presidente Dutra (BR-116). A Região apresenta, nas suas áreas de maior altitude, uma cobertura vegetal de floresta pluvial subtropical com araucária, o que se constitui em recurso de grande potencialidade para o ecoturismo, principalmente na área do Parque Nacional de Itatiaia, onde se concentram importantes atrativos naturais, como os picos das Agulhas Negras e das Prateleiras, além de diversas cachoeiras. A presença de um parque industrial dos mais expressivos do Estado, concentrado ao longo da rodovia Presidente Dutra, no fundo do vale do rio Paraíba do Sul, atrai para a Região expressivos fluxos de visitantes brasileiros e estrangeiros, constituindo-se num importante pólo de turismo de negócios, especialmente concentrado nas cidades de Resende, Porto Real e Volta Redonda. A Região possui alguns exemplares de antigas fazendas do ciclo de café, algumas das quais já adaptadas para a função de hotéis-fazenda. Além disso, com relação aos recursos culturais com potencial para o aproveitamento turístico, destaca-se a presença da colônia finlandesa no bairro do Penedo, município de Itatiaia. No que se refere às fragilidades, a Região aponta para a carência de infra-estrutura urbana básica, sinalização turística inadequada nas rodovias, acessos precários no seu interior da região e falta de instrumentos integrados de controle ambiental e de uma política cultural regional. Acrescenta-se a isso, uma hotelaria extremamente concentrada nas localidades de Visconde de Mauá, Penedo e na área do Parque Nacional de Itatiaia, com mão de obra desqualificada, falta de consciência da população e do poder público sobre a importância do turismo como fator econômico regional e desarticulação entre as diversas entidades locais do setor turístico. REGIÃO 2 - PROPOSIÇÕES DE ÂMBITO REGIONAL Municípios: Barra Mansa, Itatiaia, Resende, Pinheiral, Porto Real, Quatis, Volta Redonda MACROPROGRAMAS PROGRAMAS

PROJETOS E AÇÕES

Infra-Estrutura de Apoio

Infra-Estrutura Básica ?? Recuperar as vias de acessos RJ-145 e RJ-151 ?? Melhorar os meios de comunicação/telefonia

Consolidação do Produto Turístico

Identificação, Organização e Qualificação dos Produtos Turísticos

?? Elaborar e implantar o planejamento dos setores: montanhas, clima e gastronomia

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?? Região Turística 3 Municípios: Barra do Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paracambi, Paty do Alferes, Piraí, Rio das Flores, Valença e Vassouras

A Região Turística 3 localiza-se no centro-sul do Estado, no limite com o Estado de Minas Gerais. Possui uma área de 4.432,2 km² e população de 317.605 habitantes, sendo servida por uma malha rodoviária que permite a sua ligação com os grandes centros do Estado do Rio de Janeiro. A Serra do Mar e os planaltos da Mantiqueira exibem uma paisagem de serras cortadas por inúmeros rios e cachoeiras, na maioria de seus municípios, oferecendo grandes possibilidades para o turismo de lazer e veraneio. O clima agradável da Região a torna uma das preferidas para colônias de férias, descanso e retiro espiritual. Além do turismo de lazer e veraneio, a Região guarda importantes construções históricas remanescentes do ciclo cafeeiro do século XVIII, tais como casas de fazenda, prédios urbanos, estações de trens, chafarizes, etc., de grande valor artístico, histórico e cultural, ainda por ser explorado adequadamente. O segmento do turismo rural apresenta grande potencial e vem se estruturando na Região. No que se refere às fragilidades, registra-se a deficiência de infra-estrutura básica, particularmente quanto à disponibilidade de rede de esgoto, abastecimento de água, inexistência de sinalização turística e acessos rodoviários precários entre alguns municípios. Especificamente com relação aos serviços e equipamentos turísticos, a Região apresenta um sistema hoteleiro bastante irregular, tanto em qualidade de serviços como em distribuição territorial e qualificação de mão de obra, além de apresentar carência de um trabalho de promoção e divulgação bem estruturado e articulado regionalmente. REGIÃO 3 - PROPOSIÇÕES DE ÂMBITO REGIONAL Municípios: Barra do Piraí, Engº Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paracambi, Paty do Alferes, Piraí, Rio das Flores, Valença, Vassouras MACROPROGRAMAS PROGRAMAS

PROJETOS E AÇÕES

Desenvolvimento Institucional

Normatização da Atividade ?? Evitar o depósito de lixo atômico na Região

Infra-Estrutura Básica ?? Melhorar a eletrificação rural Infra-Estrutura de Apoio

Criação, Recuperação e Revitalização de Atrativos

?? Estudar viabilidade de reativação do ramal ferroviário para passageiros no trecho Paty do Alferes/Japeri

Consolidação do Produto Turístico

Identificação, Organização e Qualificação dos Produtos Turísticos

?? Realizar na Região eventos culturais de porte estadual

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?? Região Turística 4 Municípios: Niterói e Rio de Janeiro

A Região 4 possui 1.396,0 km² e 6.001.902 habitantes. Constituída por apenas dois municípios, é o principal pólo de turismo nacional e internacional do Estado e do país. Possui geografia privilegiada, exuberante beleza natural, grande extensão litorânea e diversos atrativos naturais. Esta paisagem natural exuberante emoldura um importante patrimônio histórico e cultural, constituindo paisagens urbanas de grande apelo aos visitantes. Trata-se de uma Região Turística com personalidade e identidade próprias, liderando nacional e internacionalmente o turismo receptivo no país, e concentrando boa parte da oferta de equipamentos e serviços turísticos do Estado. No que se refere às fragilidades, observa-se a crescente favelização, problemas de segurança, imagem associada à violência urbana, deterioração ambiental, contaminação dos recursos hídricos e deficiência de serviços públicos. Em relação aos seus equipamentos e serviços turísticos, nota-se um certo envelhecimento e a necessidade de uma modernização e ampliação, visando uma re-inserção mais agressiva no mercado turístico mundial. O Plano Maravilha da Cidade do Rio de Janeiro, implementado a partir de 1999, vem estimulando essa recuperação com relativo sucesso. Particularmente no que se refere a Niterói, há uma grande carência de interligação turística viária com a capital, o que reduz a sua potencialidade turística e leva à perda da possibilidade de absorver uma parte de demanda reprimida ao grande pólo representado pelo Rio de Janeiro.

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?? Região Turística 5 Municípios: Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Nilópolis, Nova Iguaçu, Magé, Queimados, São João de Meriti, São Gonçalo e Seropédica

A Região Turística 5 é constituída basicamente pelos municípios periféricos à capital, possuindo 2.225,7 km² e 3.783.908 habitantes. Trata-se de uma Região de expansão urbana desordenada, desigual e densa, consolidando uma grande mancha urbana conurbada. Apesar de sua grande proximidade com a cidade do Rio de Janeiro, importante pólo turístico nacional e internacional, os benefícios do setor turístico não se estendem aos municípios desta Região. Não obstante as suas limitações como pólo turístico, a Região registra na parte norte do seu território, onde se iniciam áreas de altitude mais elevada, a presença de remanescentes de cobertura vegetal de Mata Atlântica de grande expressão. Essas áreas representam grande potencialidade para o desenvolvimento de atividades relacionadas ao excursionismo, objetivando principalmente atender ao grande contingente de demanda reprimida localizada nas áreas urbanas de grande densidade populacional da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O segmento excursionista deve ser incentivado na Região, através da implantação de áreas de lazer junto aos locais de expressiva paisagem natural, onde a presença da água constitui um fator fundamental de sucesso. Pela sua localização geográfica, a Região teve importante papel no processo de interiorização da ocupação do país, o que proporcionou a ocorrência de um importante patrimônio cultural, representado por um acervo de elementos da arquitetura civil, religiosa e rural, testemunhos dos diversos ciclos da economia nas vizinhanças da capital. A Região apresenta carências bastante acentuadas tanto em relação aos componentes da sua infra-estrutura urbana básica (saneamento básico, rede de esgoto, etc.), como em relação aos equipamentos e serviços turísticos, praticamente inexistentes em todos os municípios. Importante salientar que a Região responde por grande parcela dos fluxos de excursionistas que buscam o lazer nas praias do litoral da Região Metropolitana, em virtude da ausência de opções de lazer e entretenimento no âmbito do seu próprio território. Região Turística 5 Municípios: Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Nilópolis, Nova Iguaçu, Magé, Queimados, São João de Meriti, São Gonçalo e Seropédica MACROPROGRAMAS PROGRAMAS

PROJETOS E AÇÕES

Infra-Estrutura de Apoio

Equipamentos Turísticos de Apoio

?? Implantar áreas de lazer de uso público para a população local

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?? Região Turística 6 Municípios: Areal, Comendador Levy Gasparian, Paraíba do Sul, São José do Rio Preto, Sapucaia e Três Rios

A Região Turística 6 possui 1.909,2 km², uma população de 149.419 habitantes e está voltada para o vale do rio Paraíba do Sul, o mais importante rio do Estado. Seus recursos naturais são abundantes e envolvem diversas serras que dão origem a inúmeras quedas d’água. Um dos mais importantes atrativos da Região está relacionado às corredeiras do rio Paraibuna, nos municípios de Três Rios e Comendador Levy Gasparian, incipiente de comercialização por agentes de turismo do Estado. A Mata Atlântica existente nesse trecho do vale do rio Paraíba do Sul foi praticamente toda devastada com o ciclo do café e, posteriormente, com a pecuária extensiva. A floresta, embora pouco exuberante, possui uma grande diversidade biológica, tanto de espécies vegetais, como animais. O reflorestamento, sobretudo das áreas com relevo acidentado, trará benefícios para as atividades produtivas da Região. Outro importante recurso natural regional, ainda não plenamente explorado pelo turismo, é aquele relativo à existência de fontes hidrominerais no distrito de Salutaris, município de Paraíba do Sul. Além dos recursos naturais, a Região apresenta importante acervo arquitetônico, que remonta à época áurea do café no Estado do Rio de Janeiro, constituído por casarões coloniais, monumentos e casas de fazenda. Este potencial pode ser trabalhado visando o desenvolvimento do segmento do turismo rural. Observa-se uma identidade regional com relação à diversidade dos atrativos turísticos, bem como pela presença de pequenas e aprazíveis cidades. O sistema rodoviário está bem estruturado por rodovias federais (BR-393, BR-040, BR-393), e rodovias estaduais (RJ-145, RJ-127 e RJ-125), no entanto, o sistema rodoviário vicinal é deficiente, sobretudo se considerada a hipótese de incremento do turismo rural. Quanto aos aspectos negativos, observa-se a falta de infra-estrutura básica, ausência de sinalização turística, e deficientes infra-estrutura hoteleira e de apoio turístico, além da falta de guias turísticos e calendário de eventos permanentes estruturado, e da pouca divulgação e promoção de suas potencialidades turísticas. REGIÃO 6 - PROPOSIÇÕES DE ÂMBITO REGIONAL Municípios: Areal, Comendador Levy Gasparian, Paraíba do Sul, São José do Vale do Rio Preto, Sapucaia, Três Rios MACROPROGRAMAS PROGRAMAS

PROJETOS E AÇÕES

Infra-Estrutura de Apoio

Criação, Recuperação e Revitalização de Atrativos

?? Reativar o Trem de Prata - Rio/São Paulo ?? Consolidar o atrativo turístico “Pedra de Paraibuna”

como referência de turismo ecológico e esportivo

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?? Região Turística 7 Municípios: Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis

A Região Turística 7 possui 3.803,9 km² e 640.133 habitantes. Destacam-se como potencialidades regionais, o aspecto paisagístico diversificado, com topografia de declives acentuados, cotas elevadas e remanescentes da Mata Atlântica de beleza exuberante. Formações rochosas incomuns marcam a paisagem com esculturas naturais pitorescas, tendo como expressão máxima o Dedo de Deus, no município de Guapimirim. Também se destaca na paisagem natural da Região o manguezal de Guapimirim, um dos últimos remanescentes dos manguezais da baía da Guanabara, com grande potencial para o desenvolvimento do ecoturismo. O Parque Nacional da Serra dos Órgãos constitui uma reserva florestal de grande potencial turístico, representando um atrativo especial para o excursionismo e para a prática de montanhismo. Como fatores positivos ressaltam-se, também, o distanciamento da agitação urbana, uma gastronomia variada e a tradição cultural. A Região oferece excelentes oportunidades para o desenvolvimento de atividades relacionadas ao ecoturismo, turismo rural e turismo de negócios, feiras e convenções de pequeno e médio porte, em desenvolvimento nos municípios de Cachoeiras de Macacu, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. A oferta de meios de hospedagem é bastante diversificada na Região, com um relativo predomínio de hotéis-fazenda, sendo que nos municípios de Cachoeiras de Macacu e Guapimirim esta oferta ainda é incipiente, indicando uma necessidade de incremento. A importância do patrimônio histórico e cultural tem destaque nesta Região, com a cidade de Petrópolis, única cidade Imperial das Américas. Também merece destaque a tradição da culinária dos municípios de Teresópolis e de Nova Friburgo e do distrito de Itaipava, em Petrópolis. Com relação às fragilidades, observa-se uma infra-estrutura rodoviária precária, falta de conscientização da importância do turismo para a economia regional, deficiência do sistema de segurança pública e da fiscalização ambiental, e falta de divulgação dos eventos. Outra fragilidade do turismo regional é a desarticulação entre as entidades e instituições locais, que não trabalham os seus produtos turísticos de forma integrada. Região Turística 7 - PROPOSIÇÕES DE ÂMBITO REGIONAL Municípios: Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis MACROPROGRAMAS PROGRAMAS

PROJETOS E AÇÕES

Infra-Estrutura de Apoio

Criação, Recuperação e Revitalização de Atrativos

?? Estudar viabilidade de reativação do ramal ferroviário para passageiros no trecho Petrópolis/Raiz da Serra

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?? Região Turística 8 Municípios: Bom Jardim, Cantagalo, Carmo, Conceição de Macabu, Cordeiro, Duas Barras, Macuco, Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto, Sumidouro e Trajano de Morais

A Região Turística 8, com 4.580,0 km² e 139.994 habitantes, apresenta um grupo de municípios inseridos em um ambiente montanhoso de expressiva beleza natural, enriquecido pela presença de remanescentes da Mata Atlântica tombada, incluindo o Parque Estadual do Desengano, em grande parte situado no município de Santa Maria Madalena. O perfil predominantemente rural da maioria dos seus municípios e a tranqüilidade de pequenas cidades interioranas propiciam o desenvolvimento do turismo rural e do ecoturismo, com destaque também para o turismo de compras (moda íntima). Merecem destaque ainda, conjuntos de arquitetura típica, como o existente na cidade de Duas Barras, que podem vir a ter valor apelativo para um mercado turístico específico. Com relação às fragilidades, destacam-se às condições precárias dos acessos rodoviários regionais, falta de conscientização da população e das autoridades municipais quanto a importância do turismo como fator econômico, e a falta de recursos financeiros para tornar o potencial turístico regional um produto atrativo, cuja imagem retrate o conjunto dos municípios da Região. Assim como a grande maioria das demais regiões turísticas do Estado, esta sofre com a desarticulação entre as entidades representativas do setor, o que constitui um dos fatores impeditivos de formatação de um produto turístico regional. REGIÃO 8 - PROPOSIÇÕES DE ÂMBITO REGIONAL Municípios: Bom Jardim, Cantagalo, Carmo, Conceição de Macabu, Cordeiro, Duas Barras, Macuco, Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto, Sumidouro e Trajano de Morais MACROPROGRAMAS PROGRAMAS

PROJETOES E AÇÕES

Desenvolvimento Institucional

Ações Interinstitucionais ?? Elaborar e aprovar o Plano de Manejo do Parque Estadual do Desengano

Consolidação do Produto Turístico

Identificação, Organização e Qualificação dos produtos Turísticos

?? Elaborar e implantar o planejamento dos segmentos Montanha, Clima e Gastronomia

?? Fortalecer o Turismo Rural e produtos típicos que marquem a identidade regional

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?? Região Turística 9 Municípios: Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Marica, Rio das Ostras, São Pedro da Aldeia e Saquarema

A Região Turística 9, com 3.073,8 km² e 421.223 habitantes, possui um litoral de rara beleza e grande diversidade, com praias procuradas para a prática do surf e do mergulho, e com lagoas de grande apelo paisagístico e grande potencial para as atividades náuticas e balneárias, estando estas últimas ameaçadas pelas condições sanitárias das lagoas. Observa-se também como fator importante de atração turística, a proximidade da cidade do Rio de Janeiro e o clima estável durante todo o ano, com pouca variação de temperatura e baixo índice pluviométrico. Estes são os principais motivos dos fluxos espetaculares de veranistas que acorrem à Região por ocasião dos feriados prolongados e durante o verão, e que se constitui na motivação principal da grande expansão urbana das suas cidades. A Região também registra, como grande apelo turístico, o patrimônio histórico e cultural com exemplares arquitetônicos retratando a história local, artesanato, artes plásticas, vestuário e gastronomia. No que se refere às fragilidades, registra-se a deficiência de infra-estrutura básica, particularmente no que se refere à rede de esgoto, abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica e sistema de transporte, ausência de marketing turístico regional, falta de conscientização da importância da atividade turística para a economia regional, e ausência de política integrada de qualificação profissional de mão de obra. Neste contexto, merece destaque especial o atual estágio de comprometimento das lagoas da Região em decorrência da poluição ambiental. O sistema de saneamento projetado, como resultante do processo de privatização do serviço de esgotamento sanitário, não garante a sobrevida das lagoas. O não enfrentamento desta questão, na busca de uma solução de curtíssimo prazo, terá repercussões dramáticas, não só do ponto de vista ambiental, mas também com relação à principal atividade econômica da Região. Outros aspectos negativos referem-se às estradas de acesso à Região, com grandes engarrafamentos e pedágio extorsivo, e ausência de legislação sobre o uso do solo, integrada regionalmente. Tal fato facilita e estimula o parcelamento extensivo e em unidades mínimas de terreno, voltado para atender às demandas de veranistas, dificultando a disponibilidade de áreas compatíveis com a necessidade de implantação de equipamentos e serviços turísticos.

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REGIÃO 9 - PROPOSIÇÕES DE ÂMBITO REGIONAL Municípios: Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Maricá, Rio das Ostras, São Pedro da Aldeia, Saquarema MACROPROGRAMAS PROGRAMAS

PROJETOES E AÇÕES

Ação Interinstitucional ?? Atuar junto à concessionária Pró-Lagos para o cumprimento do contrato de concessão

?? Promover ações conjuntas para redução do pedágio e fiscalização dos contratos de concessão

?? Promover a participação dos municípios nas agências reguladoras dos serviços públicos concedidos

Desenvolvimento Institucional

Normatização da Atividade

?? Incentivar a implantação de hotéis 5 estrelas

Infra-Estrutura de Apoio

Infra-Estrutura Básica ?? Dragar o Canal de Itajuru ?? Implantar sistema de saneamento básico e despoluir

as lagoas ?? Asfaltar a estrada de acesso a Iguaba Grande ?? Asfaltar a RJ-142 (Nova Friburgo/Casimiro de Abreu)

Fomento à Atividade Qualificação da Mão de Obra ?? Implantar hotel-escola no Parque Hotel de Araruama (convênio UFF / Universidade Plínio Leite / TURISRIO)

?? Viabilizar as ações do Centro de Treinamento da UFF

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?? Região Turística 10 Municípios: Itaboraí, Rio Bonito, Silva Jardim e Tanguá

A Região Turística 10 possui 1.976,3 km² e 250.082 habitantes, caracterizando-se pelo fácil acesso, proximidade dos grandes centros e um perfil histórico relevante. A proximidade da Região com a cidade do Rio de Janeiro permite observar mais claramente a sua grande defasagem econômica e turística, o que torna imprescindível a busca de uma identidade regional. Os destaques regionais se revelam pelos atrativos naturais como montanhas, rios e cachoeiras, e a reserva natural da Mata Atlântica na sua área mais próxima à região das serras, o que indica uma forte potencialidade para o desenvolvimento dos segmentos de turismo rural e ecoturismo. A Região comporta, ainda, a Reserva Biológica de Poço das Antas, responsável pela preservação da espécie do mico leão dourado, a qual, apesar de não ser aberta para os turistas, colabora para a identidade regional. Além dessa reserva, a Região possui algumas reservas particulares do patrimônio natural (RPPN), que têm estimulado a prática do ecoturismo e do turismo rural. Outros aspectos positivos referem-se à existência de lugarejos que propiciam momentos de descanso e lazer, onde a presença de hotéis-fazenda já começa a ser uma característica nos municípios de Rio Bonito e Silva Jardim. A degradação ambiental e a expansão urbana desordenada apresentam limitações quanto às possibilidades turísticas. Observam-se, também, problemas de infra-estrutura básica, particularmente no que se refere à rede de esgoto, abastecimento de água, sistema de comunicação, sistema rodoviário vicinal e carência de um trabalho de promoção e divulgação das potencialidades turísticas. A oferta de equipamentos e serviços turísticos ainda é bastante precária e incipiente, e a disponibilidade de mão de obra qualificada também é uma fragilidade característica da Região. REGIÃO 10 - PROPOSIÇÕES DE ÂMBITO REGIONAL Municípios: Itaboraí, Rio Bonito, Silva Jardim, Tanguá MACROPROGRAMAS PROGRAMAS

PROJETOS E AÇÕES

Desenvolvimento Institucional

Ação Interinstitucional ?? Elaborar e aprovar o plano de manejo da Serra do Barbosão

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?? Região Turística 11 Municípios: Carapebús, Macaé e Quissamã

A Região Turística 11 possui 2.242,2 km² e 133.749 habitantes. Compõe-se de municípios litorâneos cujos recursos naturais são um grande apelo para o turismo ecológico. A importância do acervo ambiental da Região foi recentemente reconhecida com a instituição do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, abrangendo o litoral de Macaé, Carapebús e Quissamã. A composição desta região litorânea se caracteriza por praias de grandes extensões, pequenas lagoas e, a noroeste, pela restinga de Jurubatiba, que se extende até o limite com Campos, delineada pela Lagoa Feia, maior lagoa do Estado. Inseridas neste contexto de belezas naturais, encontramos pequenos núcleos urbanos, enriquecidos por construções representativas da sua história. Nas áreas rurais encontram-se sedes de fazendas de grande importância histórica e arquitetônica, remanescentes dos séculos XVIII e XIX, que marcaram o apogeu do ciclo da cana de açúcar na Região. Entretanto, este rico patrimônio não tem sido objeto de conservação, encontrando-se portanto, de modo geral, bastante necessitado de obras de recuperação. O município de Macaé destaca-se no contexto regional pela sua posição estratégica para o turismo de negócios, nacional e internacional, estruturado em torno da atividade de exploração de petróleo na bacia de Campos. Quanto às fragilidades na Região, observa-se a falta de sistematização das informações e dados sobre o turismo e a falta de uma marca regional que transforme os atrativos turísticos regionais em um produto rentável. A Região apresenta um sistema viário bastante precário, o mesmo ocorrendo no que se refere aos serviços urbanos (abastecimento de água, redes de esgoto e sistemas de comunicações). A oferta de equipamentos e serviços turísticos é bastante reduzida, concentrada, quase que na sua totalidade, na cidade de Macaé. REGIÃO 11 – PROPOSIÇÕES DE ÂMBITO REGIONAL Municípios: Carapebús, Macaé, Quissamã MACROPROGRAMAS PROGRAMAS

PROJETOS E AÇÕES

Infra-Estrutura de Apoio

Infra-Estrutura Básica ?? Recuperar a RJ-178 ?? Melhorar a integração do aeroporto de Macaé ao

sistema aeroportuário do Estado

Consolidação do Produto Turístico

Promoção e Marketing ?? Considerar o município de Macaé, como pólo regional, em função da sua posição estratégica para o turismo de negócios, nacional e internacional

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?? Região Turística 12 Municípios: Campos dos Goytacazes, São Francisco do Itabapoana e São João da Barra

A Região Turística 12 possui 5.617,3 km² e 453.486 habitantes. Apresenta um grande potencial para desenvolver o turismo de veraneio, tendo como demanda o interior do Estado do Rio de Janeiro e os municípios vizinhos dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Também se registra como apelo turístico regional o Parque do Desengano, situado no município de Campos dos Goytacazes, e as Lagoas Feia e de Cima, procuradas por praticantes de esportes náuticos. A foz do rio Paraíba do Sul se destaca como um recurso de grande expressão natural, não obstante a sua fraca exploração neste sentido. As praias localizadas no município de São João da Barra e São Francisco do Itabapoana recebem, em sua maioria, visitantes veranistas provenientes do Estado de Minas Gerais, apresentando um elevado percentual de residências de uso ocasional. Neste cenário de belezas naturais estão inseridos núcleos urbanos e fazendas que testemunham a história e constituem o patrimônio cultural e histórico regional. A Região comporta diversos exemplares de solares urbanos e de fazendas remanescentes do ciclo da cana de açúcar (século XIX), em sua grande maioria ainda sem utilização pelo turismo. O município de Campos dos Goytacazes concentra a maior oferta de equipamentos e serviços turísticos, tendo o turismo de negócios como referencial, devido à grande movimentação de profissionais vinculados à atividade de exploração petrolífera e ao comércio de uma maneira geral. Quanto aos aspectos negativos, observa-se a frágil articulação intermunicipal na definição de produtos e circuitos turísticos, a falta de consciência da preservação ambiental e cultural, a deficiência na infra-estrutura básica, tais como estradas, energia, saneamento básico e policiamento, e deficiência nas estruturas de apoio ao turismo, especialmente no tocante à sinalização e informações turísticas. REGIÃO 12 – PROPOSTAS DE ÂMBITO LOCAL Municípios: Campos dos Goytacazes, São Francisco do Itabapoana, São João da Barra MACROPROGRAMAS PROGRAMAS

PROJETOS E AÇÕES

Desenvolvimento Institucional

Normatização da Atividade ?? Elaborar e aprovar Plano de Manejo do Parque Estadual do Desengano

?? Organizar calendário de pesca preservando a época da desova

Consolidação do Produto Turístico

Identificação, Organização e Qualificação dos Produtos Turísticos

?? Fortalecer os produtos do turismo rural e produtos típicos que marquem a identidade regional

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?? Região Turística 13 Municípios: Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Cardoso Moreira, Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, São José de Ubá e Varre-Sai

A Região Turística 13 é a maior do Estado em extensão territorial. Possui 6.935,6 km², população de 322.070 habitantes e um fluxo pouco expressivo de visitantes. A identidade regional frágil para a definição de produtos e circuitos turísticos tem como agravante a falta de conscientização da população e das autoridades municipais para a potencialidade do setor turístico regional. Apresenta potencialidades centradas no ecoturismo, no turismo rural, nas estâncias hidrominerais de Raposo e Santo Antônio de Pádua, que oferecem águas raras e de grandes propriedades terapêuticas, e na prática da pesca esportiva nos rios da Região. O rio Paraíba do Sul atravessa a Região, formando em seu curso grande quantidade de ilhas. Porém, a poluição de suas águas impossibilita o seu aproveitamento para atividades balneárias. Alguns aspectos negativos referem-se à infra-estrutura, com condições sanitárias precárias, sistema rodoviário estadual deficitário, o que dificulta a articulação entre os municípios, ausência de infra-estrutura hoteleira e de oferta de equipamentos e serviços turísticos. A Região também sofre com a total desarticulação entre os diversos segmentos que compõem o setor turístico regional, tanto no nível público como no privado, fato que dificulta sobremaneira a formação de um produto turístico regional integrado. Além do desenvolvimento do turismo voltado para o mercado interno e embasado nos segmentos relativos ao turismo rural e no ecoturismo, a região deve também trabalhar a promoção de eventos e áreas de lazer, buscando ampliar os fluxos de excursionistas intra- regionais que ocorrem com freqüência em algumas localidades. REGIÃO 13 – PROPOSIÇÕES DE ÂMBITO REGIONAL Municípios: Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Cardoso Moreira, Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, São José de Ubá, Varre-Sai MACROPROGRAMAS PROGRAMAS

PROJETOS E AÇÕES

Desenvolvimento Institucional

Ações Interinstitucionais ?? Elaborar e aprovar o Plano de Manejo do Parque Estadual do Desengano

?? Criar APAs para os mananciais e para as nascentes das estâncias hidrominerais

?? Elaborar leis de uso e ocupação do solo para estâncias hidrominerais

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6.2 ÁREAS DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO - ADEs Tendo como referência básica a regionalização proposta, estruturada em 13 Regiões Turísticas e 8 Áreas de Desenvolvimento Estratégico - ADEs, foi elaborado um quadro de valoração da oferta existente em cada uma das ADEs, levando em consideração a situação atual, apontando-se em seqüência os principais produtos turísticos estratégicos a serem desenvolvidos. Os resultados das análises efetuadas são apresentadas de forma resumida em tabelas. A oferta existente foi classificada com relação às principais motivações que definem as segmentações de mercado e os produtos turísticos, de acordo com a classificação adotada no Zoneamento3, que se constitui num insumo fundamental para a organização territorial e a montagem dos quadros. Em seqüência, encontram-se são os principais mercados emissores que merecem ser incentivados. O quadro classifica ainda os produtos estratégicos indicados por tipos como Estruturantes, Emergentes e Complementares. Produtos (Segmentos da Oferta) ?? Turismo Balneário e Náutico ?? Ecoturismo ?? Turismo Cultural ?? Turismo de Negócios, Feiras e Convenções ?? Turismo Rural ?? Turismo Esportivo ?? Turismo da Melhor Idade (Senior)

3 Exceção feita ao Turismo Esportivo e Turismo da Melhor Idade (Senior), que não integram as categorias do Zoneamento, em função das limitações quanto à informação disponível sobre estes segmentos.

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AVALIAÇÃO DA OFERTA TURÍSTICA POR ÁREAS DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO - ADEs

NÍVEL DE

DESENVOLVIMENTO

NÍVEL DOS RECURSOS TURÍSTICOS

ESTRATÉGIA DE

DESENVOLVIMENTO

ADEs

REGIÕES

TURÍSTICAS Atual Potencial Ambiente

Urbano Patrimônio

Natural Patrimônio

Cultural Meios de

Hospedagem Equip. e Serviços

Produtos Estratégicos / Tipo

I 1 (*****) (*****) (**) (*****) (*****) (****) (***) TC (Es), ET (Em), TB (Es), TS (Co) II 2 (****) (*****) (****) (*****) (****) (****) (**) ET (Es), TN (Em), TS (Co) III 3 (**) (****) (***) (***) (****) (**) (*) TC (Es), ET (Em), TR (Co), TS (Co) IV 4 e 5 (*****) (*****) (*****) (****) (*****) (*****) (*****) TB (Es), TC (Es), TN (Es), TE (Co), TS (Co) V 6, 7 e 8 (***) (****) (****) (****) (****) (***) (**) ET (Es) TC (Es), TN (Em), TS (Co) VI 9 e 10 (*****) (*****) (****) (*****) (****) (***) (***) TB (Es), ET (Es), TE (Co) VII 11 e 12 (*) (****) (***) (****) (****) (**) (*) TN (Es), ET (Em), TR (Em) VIII 13 (*) (***) (**) (***) (***) (*) (*) ET (Es), TR (Em)

Fonte: Consultoria Externa, adaptada à terminologia e classificação do Plano Diretor de Turismo LEGENDA: Avaliação da Oferta Turística / ADEs

Tipologia dos Produtos Turísticos Segmentos da Oferta Turística

(*****) Muito Forte Es. Produto Estruturante BN Turismo Balneário e Náutico (****) Forte Em. Produto Emergente ET Eco turismo (***) Médio Co. Produto Complementar TC Turismo Cultural (**) Fraco TN Turismo de Negócios, Feiras e Convenções (*) Muito Fraco TR Turismo Rural TE Turismo Esportivo

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Na fase de implementação do Plano, a oferta deve ser sistematicamente re-classificada ao nível de cada ADE, devendo ser realizada uma avaliação dos diferentes produtos, quer em termos de níveis de crescimento, quer de qualificação desses produtos, inclusive com a possível inclusão de novas categorias, devendo ser considerados os seguintes indicadores: Níveis de crescimento dos produtos turísticos ?? Produtos com crescimento bom ou razoável ?? Produtos com crescimento fraco ou insuficiente ?? Produtos com crescimento incipiente

Níveis de qualificação dos produtos turísticos ?? Produtos com qualidade boa ?? Produtos com qualidade fraca ?? Produtos desqualificados A existência de matrizes, relacionando o espaço turístico com os seus produtos e com a sua avaliação, constitui um dos instrumentos privilegiados para que, em tempo hábil, possam ser alteradas ou potencializadas as estratégias anteriormente estabelecidas, visando o cumprimento dos objetivos de longo prazo. Buscando a eficiência e eficácia nas ações de promoção, a segmentação da oferta e da demanda assume um papel primordial, sendo desejável que se estabeleça uma articulação entre as ADEs, seus produtos estratégicos e público-alvo. Esta articulação faz-se em campos específicos de caracterização e diferenciação do público-alvo, devendo-se considerar ainda a extensão da estadia média do turista associada ao produto oferecido, à classe de rendimento e à faixa etária a que pertence. Embora não se disponha ainda de informação suficiente que permita estabelecer um cruzamento correto entre essas variáveis e vetores, o quadro apresentado a seguir traduz uma síntese da estratégia preconizada neste âmbito, podendo informar as ações de promoção mais relevantes nos próximos anos.

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MATRIZ ESTRATÉGICA PARA ÁREAS DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO

RELAÇÃO PRODUTOS / PÚBLICO-ALVO

PERFIL DO TURISTA PRODUTOS

MERCADOS

Classe de Rendimento

ADES

REGIÕES

TURÍSTICAS A B A B C1 C2 C3 C4

I 1 TN, ET TC, TE M1, M2, M4 M3 * * * II 2 TN, ET TC M1,M4 M2 * *

III 3 ET, TC TR M2, M4 M1 * * IV 4 e 5 TB, TN, TC TE M2, M4 M1 * * * * V 6, 7 e 8 TN, TC, ET, TR M1, M2, M4 M2,M3 * * * VI 9 e 10 TB, ET, TE - M1, M3, M4 M2 * * * VII 11 e 12 TN, ET TB, TC, TR M1, M2 M4 * * VIII 13 ET, TR TN, TC M1 * *

Fonte: DHVMC/DOSDIN. Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo para o Estado do Rio de Janeiro, 2001 (adaptada à terminologia e classificação do Plano Diretor de Turismo

do Estado do Rio de Janeiro)

LEGENDA: Incidência Alta A Razoável B

Mercados Categoria de Renda Produtos / Segmentos da Oferta Mercado interno M1 Alta C1 Turismo Balneário e

Náutico BN

Estados Unidos M2 Alta Média C2 Ecoturismo ET Argentina M3 Média C3 Turismo Cultural TC Países Europeus Relevantes

M4 Média Baixa C4 Turismo de Negócios, Feiras e Convenções

TN

Baixa C5 Turismo Rural TR Turismo Esportivo TE

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É importante registrar que, às diversas formas de turismo temático corresponde, geralmente, um maior grau de exigência dos segmentos da demanda, pressupondo uma determinada especialização da oferta. Daí que as ofertas baseadas nas referidas modalidades de turismo devam transmitir aos mercados uma noção de elevado profissionalismo e superior aptidão, a fim de dar satisfação às necessidades, exigências e expectativas da demanda por aquelas motivações. As ações de promoção devem visar a obtenção de objetivos realistas, claramente definidos, e devem ser integradas em um Plano de Marketing, assumindo na prática as mais diversas formas ou modelos de atuação. Nesse sentido, recomenda-se a presença em feiras de turismo e feiras especializadas, a participação em seminários e workshops nos mercados mais visados, e a participação em road shows destinados a promover o Estado do Rio de Janeiro e sua imagem no mercado, com a participação conjunta dos organismos regionais e locais de turismo e as entidades privadas, principalmente hoteleiros e agentes de viagens. Propõe-se que seja conferida uma ordem de prioridade na promoção das diversas ADEs do Estado, em função do estágio de evolução dos seus respectivos produtos turísticos, conforme a seguir apresentado. É importante deixar claro que esta ordem de prioridade não é restritiva a qualquer trabalho de promoção em quaisquer das Regiões Turísticas do Estado, referindo-se, tão somente, a uma hierarquia que indica as áreas de retorno mais rápido e de maior capacidade de multiplicação territorial do efeito do seu desenvolvimento. ?? A curto prazo, devem ser priorizadas as ADE’s com maior consolidação da imagem

turística nos diversos segmentos de mercado, as quais coincidem com as áreas de maior desenvolvimento turístico atual. Trata-se, assim, das ADE’s que mais rapidamente podem experimentar um crescimento sustentado e mais facilmente podem influenciar o desenvolvimento das restantes. Encontram-se neste caso, além da ADE IV que inclui cidade do Rio de Janeiro, as ADEs I, II e VI.

?? A médio prazo, devem ser trabalhadas as ADE’s localizadas mais no interior e litoral norte

do Estado e que podem ser influenciadas pelo turismo da cidade do Rio de Janeiro, mas também pelo desenvolvimento experimentado pelas ADEs vizinhas. Trata-se, neste caso, das ADEs da III, V e VII.

?? A médio/longo prazo, situa-se a ADE VIII, que exige um maior investimento de recursos

técnicos e financeiros para assegurar o seu desenvolvimento equilibrado. A seguir, são apresentadas as proposições relativas à promoção e ao marketing dos principais produtos turísticos, a partir da agregação dos municípios em ADEs. Tendo em vista que uma ADE engloba uma ou mais Regiões Turísticas, as proposições estão organizadas, indicando a relação de cada ADE com as respectivas Regiões Turísticas.

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?? ADE I - Região Turística 1 Municípios: Angra dos Reis, Itaguaí, Mangaratiba, Parati e Rio Claro

Os limites da ADE I coincidem com os limites da Região Turística 1. De acordo com critérios econômicos, deve-se maximizar a sua aptidão para captar segmentos do mercado turístico de rendimentos elevados e acrescentar ainda mais valor a uma base que se afigura sólida e atraente para investimentos no setor. A Ilha Grande constitui um recurso único e privilegiado, e a estratégia para o seu desenvolvimento deveria contribuir para transformá-la num destino exclusivo, para segmentos de mercado do chamado turismo de alto valor e baixo volume. A grande potencialidade da Ilha Grande, e o quadro de problemas que ela enfrenta, impõem a realização de um projeto especifico que oriente o seu desenvolvimento turístico, tomando como referência diversos estudos e propostas já existentes. Esse projeto deveria ensaiar um modelo inovador para a gestão do seu desenvolvimento, talvez até como projeto piloto. Sob outra ótica da exclusividade, na Baía da Ilha Grande a apropriação privativa, real ou aparente, da totalidade do espaço de certas ilhas e praias também muito atraentes para o turismo, deve ser considerada e revista pelas autoridades competentes, no sentido de corrigir uma situação manifestamente restritiva ao desenvolvimento turístico. Tais apropriações neutralizam a função social que muitas delas poderiam ter, se desenvolvidas para o turismo em benefício geral, mesmo que seus utilizadores constituíssem um segmento de mercado limitado. Destaca-se ainda o potencial para a implantação de resorts e para a o golfe em toda a Região, com grandes potencialidades relativamente às condições naturais para essa modalidade esportiva.

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?? ADE II - Região Turística 2 Municípios: Barra Mansa, Itatiaia, Resende, Pinheiral, Porto Real, Quatis e Volta Redonda

Os limites da ADE II coincidem com a Região Turística 2. Não obstante a sua superfície comparativamente pequena, a ADE II possui uma reputação já estabelecida para o turismo em zonas de altitude, e com capacidade para atrair segmentos de mercado do chamado turismo de alto valor e baixo volume. Estes são constituídos por visitantes de classes de rendimento alta e média-alta em número limitado, que ali procuram tranqüilidade num enquadramento paisagístico bastante atraente, optando por alojar-se em tipologias hoteleiras de dimensão média ou pequena, que oferecem elevados níveis de conforto e serviço. A gestão familiar da maioria das unidades de alojamento é grandemente responsável pela qualidade satisfatória dos serviços ali encontrados, atraindo segmentos mais afluentes do mercado turístico, resultando em margens de lucro que permitem rentabilizá-los, não obstante as baixas taxas médias de ocupação anual. A área é também visitada por outros segmentos de mercado, como jovens e excursionistas. A continuidade da popularidade das áreas da ADE I, onde há maior concentração de meios de hospedagem, tais como Penedo e o eixo Visconde de Mauá-Maringá-Maromba, dependerá muito de os responsáveis pelo seu desenvolvimento futuro não serem tentados por modelos de desenvolvimento que tendam à deterioração e à destruição das suas qualidades, que são o principal motivo de sua atração turística para os segmentos de mercado com menor impacto ambiental. Para conciliar os diversos tipos de demanda e a segmentação do mercado turístico regional, é fundamental elaborar e aderir firmemente a um plano integrado para o desenvolvimento da Região. Tal estudo deveria não só tomar em consideração o importante papel turístico do Parque Nacional de Itatiaia e de outros atrativos, como também desenvolver e integrar planos locais de uso e ocupação do solo para as áreas atualmente sob maior pressão do desenvolvimento turístico, como as de Penedo e Visconde de Mauá-Maringá-Maromba, neste último caso, em coordenação com os municípios vizinhos do Estado de Minas Gerais. A questão de um acesso melhorado à área deveria ser cuidadosamente avaliada em termos dos impactos ambientais, sociais e econômicos no desenvolvimento local.

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?? ADE III - Região Turística 3 Municípios: Barra do Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira,

Paracambi, Paty do Alferes, Piraí, Rio das Flores, Valença e Vassouras

Os limites da ADE III coincidem com a Região Turística 3. O assim chamado turismo de habitação, num contexto rural marcado pela história do Estado e do país ligada ao Ciclo do Café, é uma realidade já estabelecida e em desenvolvimento nesta ADE, graças aos esforços de proprietários locais. Esse tipo de turismo, em antigas fazendas de café, representa uma atração única e diferenciada que merece e exige atenção e assistência, tanto mais por ser esta uma Região geograficamente muito acessível. Recomenda-se que seja reforçada a contribuição de segmentos do mercado turístico da classe de rendimento média-alta e alta, sem desencorajar outros mais modestos. Deve também ser reconhecido e dado todo o apoio possível ao movimento de organização de proprietários como a PRESERVALE e a projetos específicos dentro da vocação turística mais marcante da região como, por exemplo, transformar uma fazenda em “parque temático”. Um gênero de empreendimento cuja viabilidade valeria a pena investigar, é de um country club com morfologia e tipologias de alojamento inspiradas na arquitetura tradicional rural, campos de golfe, quadras de tênis, equitação, excursões diversas voltadas principalmente para a natureza, etc.

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?? ADE IV - Regiões Turísticas 4 e 5

Região Turística 4: Niterói e Rio de Janeiro Região Turística 5: Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Nilópolis, Nova Iguaçu, Magé,

Queimados, São João de Meriti, São Gonçalo e Seropédica

Os limites da ADE IV coincidem com as Regiões Turísticas 4 e 5. Localiza-se nesta ADE a capital do Estado, principal pólo turístico do Estado e do país - a cidade do Rio de Janeiro. O papel da cidade está intimamente ligado ao sucesso do desenvolvimento turístico futuro do restante do Estado. Embora, até o presente, a força do seu protagonismo tenha monopolizado a quase totalidade dos visitantes, especialmente os estrangeiros que por ela entram no Estado, tal retenção resulta, em grande parte, da fraqueza da promoção de outros destinos estaduais, principalmente os do interior. Neste sentido, qualquer aumento no número de visitantes ao Rio de Janeiro não só é desejável por si só, mas também quanto mais procurada seja esta cidade, mais sucesso poderá ter o restante do Estado. Tudo dependerá da futura estratégia a seguir nos aspectos de marketing e outros. A quase totalidade das principais atrações e recursos turísticos do Estado situa-se a um máximo de 3 horas de viagem, por via rodoviária, do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim. Daí a importância de qualificar, para utilização turística, a rede rodoviária principal do Estado que faz a ligações entre aquela cidade e as diversas regiões, com maior potencial para receber visitantes. Assim, a capital deverá continuar a desempenhar um papel fundamental e insubstituível para o Estado, continuando como sua principal porta de entrada aérea, muito embora as imagens e textos que adornam o seu temário promocional tenham, cada vez mais, de ser integrados por outros produtos turísticos representativos das demais Regiões para as quais se pretende canalizar fluxos de futuros visitantes. Neste sentido, a cidade do Rio de Janeiro deverá continuar a ser, a curto, médio e longo prazos, uma zona de desenvolvimento prioritário.

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?? ADE V - Regiões Turísticas 6, 7 e 8

Região Turística 6: Areal, Comendador Levy Gasparian, Paraíba do Sul, São José do Rio Preto, Sapucaia e Três Rios

Região Turística 7: Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis

Região Turística 8: Bom Jardim, Cantagalo, Carmo, Conceição de Macabu, Cordeiro, Duas Barras, Macuco, Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto, Sumidouro e Trajano de Morais

Os limites da ADE V coincidem com as Regiões Turísticas 6, 7 e 8. Esta ADE tem como âncora o município de Petrópolis, erigido Cidade Imperial, com expressivos exemplos de patrimônio histórico arquitetônico e com uma área natural envolvente em que predominam unidades de conservação ambiental, em um ameno clima de altitude. Embora apresente um desenvolvimento turístico significativo, a maioria das visitas turísticas com motivação de lazer aparenta ser de curta duração. Isto em parte devido à sua proximidade com a cidade do Rio de Janeiro, o que, neste caso, também trás desvantagens, dada a propensão gerada para excursões de um só dia, fato que talvez explique a reduzida oferta hoteleira. Uma alternativa para ampliar a demanda turista à Região, seria a de promover pacotes especialmente dirigidos a segmentos de mercado estrangeiros que normalmente não saem do Rio. Para isso seria necessário preparar programas com circuitos suficientemente atraentes para reter os visitantes na ADE durante, pelo menos, duas noites, além de providenciar as infra-estruturas necessárias. Poder-se-ia ainda apostar fortemente no ecoturismo e em outras atividades baseadas na natureza, que aqui se revela muito generosa e diversificada, potencialmente apelativa para uma também ampla gama de segmentos de mercado, principalmente os oriundos de países europeus. A viabilidade de hotéis de lazer de montanha, baseados principalmente no potencial natural das Regiões e na presença exuberante da Mata Atlântica, com tipologias de hospedagem apropriadas, facilidades para congressos e seminários, bem como equipamentos para esportes como golfe, tênis, etc., é uma opção de desenvolvimento que merece ser investigada, principalmente para os demais municípios que integram a ADE. O grande número de fazendas existente oferece a possibilidade para um tipo de turismo rural que possa atrair segmentos do mercado turístico com motivações e posses também diferentes, que apreciem as ofertas da vida tradicional do interior do Estado, com tradições mais vivas do que nas regiões mais expostas e modificadas pela evolução sócio-econômica.

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??ADE VI - Regiões Turísticas 9 e 10

Região Turística 9: Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Marica, Rio das Ostras, São Pedro da Aldeia e Saquarema

Região Turística 10: Itaboraí, Rio Bonito, Silva Jardim e Tanguá

Os limites da ADE VI coincidem com as Regiões Turísticas 9 e 10. Esta ADE inclui áreas que são destinos turísticos já consagrados e outras que ainda se encontram em franco desenvolvimento. A expansão rápida, para satisfazer a demanda por parte dos veranistas, tem causado um grande número de problemas, que vão desde a urbanização especulativa e desordenada, até a poluição das lagoas causada por descargas de águas residuais não tratadas. Carências como a de abastecimento de água potável são também apontadas. Com inegável poder de atração, Armação dos Búzios detém uma imagem de marca reconhecida internacionalmente, possuindo um parque hoteleiro desenvolvido, com meios de hospedagem de pequenas dimensões. A Região necessita de uma estratégia de desenvolvimento, baseada na despoluição e reconstituição do seu ambiente natural, na re-qualificação do ambiente construído, e em programas de provisão de infra-estrutura, equipamentos e serviços necessários para um desenvolvimento turístico ordenado e equilibrado. Intervenções voltadas para a conservação da natureza terão que ser realistas e pragmáticas, seguindo critérios como “utilizar para proteger”. Constitui-se ação prioritária a recuperação do sistema lagunar da Região, particularmente no que se refere à da Lagoa de Araruama, fundamental para o desenvolvimento do turismo na restinga de Massambaba. Esta restinga, e sua longa praia de mar de areia branca, constitui um recurso com grande potencial para um mercado turístico de classe de rendimento média, ou mesmo acima desta, e a ocupação criteriosa desta área deve evitar uma urbanização desordenada. O status de Área de Proteção Ambiental pode permitir uma ocupação da área de forma ordenada, que reverta o tradicional modelo de ocupação territorial baseado no parcelamento excessivo, privilegiando áreas para a implantação de equipamentos e serviços turísticos.

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?? ADE VII - Regiões Turísticas 11 e 12 Região Turística 11: Carapebús, Macaé e Quissamã Região Turística 12: Campos dos Goytacazes, São Francisco do Itabapoana e São João

da Barra Os limites da ADE VII coincidem com as Regiões Turísticas 11 e 12. Esta ADE possui um conjunto de atrativos naturais e culturais, bem como de recursos turísticos, com poder para atrair um mercado doméstico e local, podendo vir a ampliar o alcance da demanda com a promoção do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba e as antigas fazendas do ciclo do açúcar, ao longo do canal que vai até a lagoa Feia que, se devidamente preparados e agenciados, podem despertar interesse internacional. A motivação da maioria dos visitantes ao pólo principal da Região 11, representado pelo município de Macaé, são os negócios, especialmente aqueles relacionados com a exploração petrolífera. A elaboração de um plano estratégico regional seria imprescindível como base para um programa de ações visando o setor do turismo. Tanto mais que a evolução futura da atividade econômica dominante, aliada à extração de petróleo e gás na Bacia de Campos, irá condicionar quaisquer outras atividades que tencionem se estabelecer ou se desenvolver na Região, como é o caso do turismo. Entretanto, é possível que o mercado cativo dos visitantes motivados pelos negócios, que não é de natureza sazonal, possa ser atraído no sentido do prolongamento de suas estadas, da participação em excursões e em outras atividades de lazer. Este aspecto deve ser objeto de um estudo de mercado específico que possa identificar oportunidades tais como fomentar a vinda de acompanhantes, oferecer pacotes promocionais, etc. Com relação a motivações de lazer, este é de natureza essencialmente sazonal e dominado por visitantes dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, que utilizam as praias do litoral dos municípios ao norte. Em termos estratégicos, a melhor contribuição que esta ADE pode dar para o futuro desenvolvimento turístico do Estado do Rio de Janeiro é a que até agora tem dado em relação ao mercado doméstico. Por conseguinte, a estratégia recomendada é que se proporcione as condições para que ela possa continuar a contribuir dentro desta aptidão. Assim, o leque das ações a empreender inclui intervenções ao nível de melhorias de vias de acesso, e criação de outros atrativos e produtos para reter os visitantes por mais tempo e aumentar assim as receitas turísticas.

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?? ADE VIII - Região Turística 13 Região Turística 13: Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Cardoso Moreira,

Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, São José de Ubá e Varre-Sai

Os limites da ADE VIII coincidem com a Região Turística 13. Os atrativos turísticos desta ADE são de valor relativamente limitado, comparativamente às demais regiões turísticas do Estado, embora existam atrações para segmentos de mercado especiais ou especializados, de origem doméstica, mas não necessariamente restritos apenas a estes. Com a agravante do acesso viário, mais demorado e distante com relação à capital do Estado e a outros pólos emissores de fluxos internos. Entre as atrações naturais, destacam-se as fontes e pequenas estâncias hidrominerais e a paisagem rural pontuada por típicos exemplares de arquitetura rural, com potencial de atração para justificar explorá-los para o turismo, dotando-os de infra-estrutura e providenciando os serviços necessários. Por outro lado, o fato de ser atravessada pelos visitantes mineiros em busca dos seus destinos de férias balneárias, pode também oferecer probabilidades de exploração, relacionadas com o aproveitamento da passagem por ela de tais fluxos turísticos.

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7 NORMATIVOS APLICÁVEIS AO TURISMO

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7 NORMATIVOS APLICÁVEIS AO TURISMO A atividade turística, pelo seu caráter multifacetado, além das dificuldades relativas a sua delimitação enquanto um setor da economia, também apresenta interfaces com outros setores no que se refere a gestão e preservação ambiental e a proteção do patrimônio cultural, sejam os bens tangíveis, sejam as manifestações culturais não tangíveis, que constituem recursos turísticos. Quando se fala de normativos aplicáveis ao turismo, além das regulamentações relativas aos serviços turísticos e a proteção de áreas indicadas como especiais quanto ao interesse turístico, que são o objeto de legislação federal sobre a matéria e dos respectivos complementos na legislação estadual e municipal, deve ser considerado também o conjunto de normas que dispõe sobre a preservação e proteção do patrimônio ambiental e cultural presentes no território estadual que define os mecanismos de proteção destes atrativos turísticos. Neste sentido, este Capítulo do Plano está organizado em duas partes distintas dispondo, respectivamente, sobre os normativos de proteção aos recursos turísticos e os normativos que dispões obre a regulamentação e o funcionamento dos serviços turísticos. 7.1 NORMAS DE PROTEÇÃO AOS RECURSOS TURÍSTICOS A proposição de normas relativas à proteção dos recursos turísticos refere-se, antes de mais nada, a uma consolidação do que já existe em termos de legislação de proteção aos recursos naturais e culturais com os respectivos embasamentos legais. Além disto, são indicadas recomendações complementares para serem incluídas nas respectivas legislações municipais. A seguir é apresentada uma síntese das normas de proteção ambiental e cultural que se aplicam mais diretamente a proteção dos recursos turísticos. A relação apresentada não esgota o tema, de universo muito extenso e que desce a níveis de detalhes, cuja abordagem não cabe na escala deste trabalho. Trata-se assim de uma referência aos normativos básicos que têm relação com a atividade turística. 7.1.1 Legislação de Proteção Ambiental O patrimônio ambiental do Estado do Rio de Janeiro é protegido por um conjunto de normas de âmbito federal, estadual e municipal, que se complementam e às vezes se superpõem. Não obstante o aparente caráter restritivo destas normas, quanto à ocupação e uso do solo, elas constituem, por princípio, em suporte básico à preservação dos recursos turísticos do Estado, aqui representados pelos seus atrativos naturais. Trata-se da conjugação de interesses comuns pois, ao mesmo tempo que a legislação ambiental protege os recursos turísticos, a atividade turística se constitui no suporte econômico para a manutenção deste patrimônio, de forma sustentável. Esta visão tem norteado inclusive a discussão sobre os novos normativos e planos de manejo de áreas de preservação ambiental, de forma a garantir, realisticamente, a manutenção e sobrevivência destes recursos.

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A descrição sintética deste conjunto de normas objetiva informar sobre o seu conteúdo e o seu caráter no que se refere às restrições impostas a determinados atrativos ou parcelas do território, remetendo sempre a legislação original na sua íntegra. O corpo de normas ambientais pode ser separado em duas categorias: a primeira diz respeito àquelas que são genéricas e se aplicam a todos os elementos naturais preserváveis em todo território nacional ou estadual; a segunda é composta por normas baixadas para atender às necessidades de preservação de áreas ambientais, especificamente delimitadas do território estadual. 7.1.1.1 Normas de caráter geral A legislação básica de caráter genérico, dirigida a todos os elementos naturais preserváveis e que pode ser agregada na primeira categoria acima mencionada, é composta pelos instrumentos aplicáveis às áreas identificadas pela ocorrência de determinados recursos, em qualquer parte do território estadual, como por exemplo as áreas de preservação permanente – mangues, praias, faixas marginais de proteção a rios, lagoas, áreas de especial interesse turístico etc. A legislação municipal não está apresentada, devendo ser considerada como normativo complementar, do ponto de vista ambiental, e básico, no que se refere à ocupação e uso do solo nas áreas urbanas. A - Normas de Âmbito Federal ??Código de Águas (Decreto 24.643/34 e Decreto-Lei nº 852/38) Estabelece a desapropriação das águas públicas, seus alvéolos e margens, por necessidade ou por utilidade pública, determinando as condições do aproveitamento de quedas d'água para geração de energia elétrica. ??Código Florestal (Lei 4771/65, regulamentada pelo Decreto 97.628/89) Entre outros temas sobre a matéria, aplicam-se particularmente a este trabalho as disposições relativas às áreas de preservação permanente, conforme sintetizado a seguir.

?? As Áreas de Preservação Permanente - APAs, consideradas reservas ou estações ecológicas de acordo com o artigo 18 da Lei 6.938/81, têm por finalidade, de acordo com o artigo 3º do Decreto 89.336/84, manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local, e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos da conservação ambiental.

?? Constituem APAs, de acordo com a Lei 4771/65, as florestas e demais formas de

vegetação natural situadas:

o nas faixas marginais, com largura mínima de 30m, ampliável de acordo com a dimensão do recurso, ao longo de todos os cursos d’água e ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios de águas naturais ou artificiais;

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o em um círculo com raio de 50m em torno das nascentes e “olhos d’água” seja qual for a sua situação topográfica;

o nas encostas, ou parte destas, com declividade superior a 45 graus equivalentes a 100% na linha de maior declive;

o nas áreas que servem de pouso, alimentação e acasalamento de aves de arribação; nos topos de morros, montes, montanhas e serras;

o nas restingas como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; o nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo,

em faixa nunca inferior a 100m, em projeção horizontal; o em altitudes superiores a 1.800 m, qualquer que seja a vegetação.

??Lei 6.513/77 e Decreto 86.176/82 Dispõe sobre a criação de Áreas e Locais de Interesse Turístico, por decreto ou resolução do extinto Conselho Nacional de Turismo - CNTUR. Não foi indicada nenhuma área ou local de interesse turístico no território estadual. ??Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (Lei Federal nº 7661/88) Objetiva especificamente orientar a utilização racional dos recursos na Zona Costeira, de forma a contribuir para elevar a qualidade da vida de sua população e a proteção do seu patrimônio natural, histórico, étnico e cultural. Deve prever o zoneamento de usos e atividades na Zona Costeira e dar prioridade à conservação e proteção, entre outros, dos recursos naturais, sítios ecológicos e monumentos. Ainda não regulamentado para o Estado. B - Normas de Âmbito Estadual ??Constituição Estadual No capítulo relativo ao Meio Ambiente são ratificadas como áreas de preservação permanente os manguezais, lagos, lagoas e lagunas e as áreas estuarinas; as praias, a vegetação de restingas quando fixadoras de dunas, as dunas, costões rochosos e as cavidades naturais subterrâneas - cavernas; as nascentes e as faixas marginais de proteção de águas superficiais; as áreas que abriguem exemplares ameaçados de extinção, raros, vulneráveis ou menos conhecidos, na fauna e flora, bem como aquelas que sirvam como local de pouso, alimentação e reprodução; as áreas de interesse arqueológico, histórico, científico, paisagístico e cultural; aquelas assim declaradas por lei; a baía de Guanabara. São ainda indicadas como áreas de relevante interesse ecológico, cuja utilização dependerá de prévia autorização dos órgãos competentes, preservados seus atributos essenciais às coberturas florestais nativas; a zona costeira; o Rio Paraíba do Sul; a Ilha Grande; a Baía de Guanabara; a Baía de Sepetiba. ??Lei 650/83 Dispõe sobre a política estadual de defesa e proteção das bacias fluviais e lacustres do Estado, que deve definir o Projeto de Alinhamento de Rio (PAR), o Projeto de Alinhamento

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de Orla (PAO) e a Faixa Marginal de Proteção (FMP), que serão demarcados pela Fundação Superintendência Estadual de Rios e Lagoas – SERLA, a quem devem ser submetidos os projetos de obras e serviços nestas áreas, de acordo com as faixas mínimas definidas no Código Florestal (Lei Federal 4771/65). ??Diretriz Dz 1839.R-0 Estabelece os critérios para o licenciamento de estruturas de apoio às embarcações de pequeno e médio portes, definido normas para Pequenas Estruturas de Apoio - PEA e Grandes Estruturas de Apoio - GEA ou Marina - MA. As GEAs estão sujeitas a licenciamento ambiental e com e exigência de EIA e RIMA. 7.1.1.2 Normas com rebatimento territorial específico A legislação de uma maneira geral, e a legislação ambiental em particular, grava parcelas do território com o objetivo de proteger e preservar estas áreas por motivações diversas e sob formas e intensidades muito diferentes. Estas áreas estão claramente identificadas e delimitadas na própria legislação que as institui podendo ser objeto de proteção através de tombamento, de indicação como áreas de interesse especial e as genericamente denominadas Unidades de Conservação Ambiental - UCs. Estas áreas podem ser instituídas pelo governo federal, estadual e municipal. Os tombamentos e as áreas especiais são parcelas delimitadas do território, independente da titulação, onde ocupação e usos diversos são permitidos, desde que submetidos a determinadas condições que mantenham as características peculiares das áreas, de acordo com o que determina a legislação e ouvidos os órgãos respectivos responsáveis. Com relação às UCs, há uma grande variedade de tipos de gravames, em função do seu tipo, desde aquelas destinadas a proteção integral da biota, onde são admitidas atividades relacionadas a estudos e pesquisas até aquelas onde são permitidos, inclusive, usos urbanos sob determinadas condições de manejo. Neste sentido, as UCs podem ser classificadas em unidades de proteção integral, onde são maiores as restrições quanto à ocupação e ao uso (Estação Ecológica - EE, Reserva Ecológica - RE, Reserva Biológica - REBIO, Parque Nacional - PARNA, Parque Estadual, Parque Municipal e Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN) e as unidades de uso sustentável, onde são permitidos diversos usos sob determinadas condições (Área de Proteção Ambiental - APA, Floresta Nacional - FLONA, Floresta Estadual, Floresta Municipal, Reserva da Fauna, Reserva Extrativista - RESEX e Área de Relevante Interesse Ecológico - ARIE).4 De qualquer modo, e para qualquer destes tipos de gravames de proteção referidos, as atividades relacionadas ao turismo podem ser um dos elementos de exploração sustentável destas unidades numa perspectiva de preservação moderna que vem norteando o trabalho das instituições responsáveis pela gestão destas áreas. O Plano recomenda a concentração de esforços para a elaboração e aprovação dos planos de manejo das UCs, onde as atividades relacionadas ao turismo e ao lazer devam ser consideradas como suporte para a manutenção destas áreas.

4 DIVEA/FEEMA - Caracterização Geral das Unidades de Conservação Ambiental

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A seguir são apresentados os diversos tipos de áreas delimitadas e protegidas (tombamentos, áreas especiais e diversas categorias de UCs), instituídas no território estadual pelo Governo do Estado e pelo Governo Federal, indicando, em linhas gerais, a conceituação, as principais características e as principais restrições quanto ao uso de cada uma delas. As paisagens naturais tombadas e as UCs presentes no território estadual, cuja relação é apresentada no quadro ao final deste item, integram o Mapa Unidades de Conservação Ambiental e Áreas Tombadas apresentado na parte II – Diagnóstico, deste Plano. As Áreas de Especial Interesse Turístico são apresentadas no mapa homônimo, que também integra o referido Diagnóstico. ??Tombamento e Registro (Decreto Lei Federal n°25 de 30/11/37, Lei Estadual n°509 de

03/12/ 81 e Decreto Estadual n°5.808 de 13/06/82) Tombamento é o registro e inventário de bens móveis e imóveis, cuja conservação e proteção seja do interesse público por seu valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico, artístico, histórico, cultural ou paisagístico. A concessão de licença para aprovação, modificação ou revogação de projetos nestas áreas deve ser objeto de apreciação pelo IPHAN, no caso dos tombamentos federais, e pelo Conselho Estadual de Tombamento no caso dos tombamentos estaduais. ??Áreas de Especial Interesse (Lei 1130/86 e Decreto 9760/87) Define e delimita, entre outras categorias, as áreas de Especial Interesse Turístico do Estado cujo mapa é apresentado na parte II – Diagnóstico deste plano, e relaciona ainda os Recursos Turísticos de Ocorrência Isolada e estabelece normas relativas ao parcelamento do solo para estas áreas e recursos, legislando complementarmente aos municípios. Entre outras normas, determina que todas as praias e as faixas marginais ao longo dos cursos de águas e nascentes devem ter a garantia do acesso público a cada 600m e diretamente a todos os locais onde há ocorrência de quedas d’água e cachoeiras, definido ainda um faixa marginal de proteção às praias, com largura de 30m. ??Parque Nacional, Estadual e Municipal (Decreto Nº 84.017 DE 21/07/79) Os parques são áreas geográficas extensas e delimitadas, dotadas de atributos naturais excepcionais, objeto de preservação permanente. Destinam-se a fins científicos, culturais, educativos e recreativos, sendo objeto de sua criação a preservação dos ecossistemas naturais contra quaisquer alterações que os desvirtuem. O Decreto 84.017/79, que aprova o regulamento dos PARNAs prevê a elaboração de planos de manejo ecológico, que estabeleçam um zoneamento que caracterize cada uma das suas zonas e proponha seu desenvolvimento físico, de acordo com suas finalidades. ??Estações Ecológicas (Lei Federal 6.902/81 e Decreto 88.351/83) Áreas representativas de ecossistemas brasileiros, destinadas a realização de pesquisa, proteção ao ambiente natural e ao desenvolvimento da educação ambiental. Nelas, 90%

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da área devem ser destinados à preservação integral da biota em caráter permanente e nos 10% restantes, desde que haja um planejamento, é possível a modificação do ambiente natural para pesquisa científica. As EEs não podem ser reduzidas nem utilizadas para fins diversos daqueles para os quais foram criadas. Nas EEs é proibida a presença de rebanho de animais domésticos de propriedade particular, a exploração de recursos naturais, exceto para fins experimentais, o porte e uso de armas de qualquer tipo, instrumentos de corte para árvores, redes de apanha de animais ou outros artefatos de captura. ??Reserva Biológica (Lei Federal 4.771/66 e Lei Federal 5.197/67) São criadas com a finalidade de resguardar atributos excepcionais da natureza, conciliando a proteção integral da flora, da fauna e das belezas naturais com a utilização para objetivos educacionais, recreativos e científicos, onde as atividades de utilização, perseguição, caça, apanha ou introdução de espécimes da fauna e flora silvestres e domésticas, bem como modificações do meio ambiente a qualquer título, são proibidas ressalvadas as atividades científicas devidamente autorizadas pela autoridade competente. ??Reserva Ecológica (Decreto Federal 89.336/84) As REs têm por finalidade manter os ecossistemas naturais, de importância regional ou local, e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibiliza-lo com os objetivos da conservação ambiental. Devem ser de preservação integral da biota, admitindo-se apenas o uso indireto de parte da área para fins científicos, de administração e manutenção São consideradas REs as áreas de preservação permanente mencionadas no art. 18 da Lei nº 6938, de 31/08/81, bem como as que forem estabelecidas pelo Poder Público. As REs serão públicas ou particulares de acordo com sua situação dominial. ??Reserva Particular do Patrimônio Natural (Decreto Federal 98.914/90) As RPPNs são criadas por destinação de seu proprietário, em caráter perpétuo, em imóvel de domínio privado em que, no todo ou em parte, sejam identificadas condições naturais primitivas, semi-primitivas, recuperadas ou cujas características justifiquem ações de recuperação, pelo seu aspecto paisagístico ou para a preservação do ciclo biológico de espécies da fauna ou flora nativas do Brasil. ??Áreas de Proteção Ambiental (Lei Federal 6902/81, Lei 6.938/81 e Decreto 88.351/83) As APAs são áreas cujo objetivo é assegurar o bem estar das populações e conservar ou melhorar as condições ecológicas locais. Estas áreas não sofrem desapropriações e podem ser de qualquer situação dominial. Nelas são limitadas ou proibidas indústrias potencialmente poluidoras, atividades que provoquem erosão ou que ameacem extinguir espécies raras, bem como realização de obras de terraplanagem e abertura de canais que alterem as condições ecológicas locais.

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Os proprietários de terra, em APA, podem utilizar o nome das mesmas em placas indicadoras de propriedade, na promoção de atividades turísticas e como indicação de procedência de produtos delas originados. As APAs terão sempre um zoneamento ecológico econômico. O zoneamento estabelecerá normas de uso, de acordo com as condições locais bióticas, geológicas, urbanísticas, agro-pastoris, extrativistas, culturais e outras. Nenhum projeto de urbanização poderá ser implantado em uma APA, sem a prévia autorização da entidade administradora. Nas APAs são admitidas as atividades turísticas e recreativas, bem como outras formas de ocupação e uso da área, desde que se harmonizem com os seu objetivos específicos. ??Floresta Nacional, Floresta Estadual e Floresta Municipal (Lei Federal 4771/65) As florestas assim instituídas são áreas extensas, com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas, destinadas a produção econômica sustentável de madeira e outros produtos vegetais, proteção de recursos hídricos, pesquisa e estufas, manejo da fauna silvestre e atividades recreativas de contato com a natureza. ??Reserva Extrativista (Decreto Federal 98.897/90) As RESEXs são espaços territoriais destinados à exploração auto sustentável e conservação dos recursos naturais renováveis por população extrativista, que as utiliza como fonte de subsistência, para coleta de produtos da biota nativa, segundo formas tradicionais da atividade econômica sustentável. ??Áreas de Relevante Interesse Ecológico (Lei Federal 6.938/81 e Decreto 89.336/84) As ARIEs são áreas que possuem características naturais extraordinárias ou abriguem exemplares raros da biota regional, exigindo cuidados especiais de proteção por parte do poder público. ??Área Estadual de Lazer (Decreto 996/76 e Nt 1110 da CECA) São áreas de domínio público com atributos ambientais relevantes, capazes de propiciar atividades de recreação ao ar livre, sob supervisão estadual, que garanta sua utilização correta. Essas áreas devem dispor de um Plano Diretor, aprovado oficialmente, cuja diretriz primordial seja a de possibilitar a perpetuação das atividades recreacionais, com base em critérios conservacionistas de preservação dos aspectos ambientais característicos.

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UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E TOMBAMENTOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Tutelas: Estadual** e Federal***

REGIÃO 1

UNIDADES LEGISLAÇÃO

Angra dos Reis Tomb.da Área Índigena Guarani Do Bracuí** Tomb. Prov. D.O.14/04/91 / INEPAC Tomb. da Ilha Grande** Res. 29 de 14/10/87 Tomb.Def. 09/11/87 / INEPAC Tomb. da Ilha do Morcego*** 317 – T-42 / SPHAN APA de Tamoios** Dec. Estadual 9.452 de 05/12/86 / FEEMA REBIO da Praia Do Sul** Dec. 4.972 de 02/12/81 / FEEMA EE de Tamoios*** Dec. 98.864 de 23/01/90 / IBAMA EE Federal*** Dec. 84.873 de 29/07/80 / IBAMA PARNA da Serra da Bocaina***. Dec. 68.172 de 04/02/71 E DEC. 70.694 de 08/06/72 / IBAMA Parque Estadual Marinho do Aventureiro** Dec. 15.983 de 27/11/90 Parque Estadual da Ilha Grande**. Dec. 15.273 de 28/06/71, 16.067 de 73 E 2.062 De 78 / IEF RPPN Gleba o Saquinho de Itapirapuã*** Dec. 1.922 de 05/06/96 / IBAMA Itaguaí FLONA Mario Xavier*** Dec. 93.369 de 89 / IBAMA RPPN Sítio Poranga e Sítio Angaba*** Dec. 1.922 de 05/06/96 IBAMA Mangaratiba APA de Mangaratiba** Dec. 9.802 de 9.802 de 12/03/87 / FEEMA RPPN de Rio das Pedras e Fazenda Cachoeirinha*** Dec. 1.922 de 05/06/96 IBAMA Parati Tomb. do Município de Parati*** Livro de Tombos Df 58.077/66 / IPHAN Ponta da Trindade e da Fazenda, Enseada do Sono e Praia da

Ponta do Caju, Enseada do Pouso e Ilhas de Itaoca, Saco e Manguezal de Mamanguá, Enseada de Parati Mirim e Ilha das Almas, Praia Grande, Ilha do Araújo e Praia de Tarituba**.

Tomb.Def. 11/05/87 INEPAC

APA de Cairuçu*** Dec.89.242 de 27/12/83 / IBAMA PARNA da Serra da Bocaina*** Dec.68.172 de 04/02/71 e DEC. 70.694 de 08/06/72 / IBAMA RE da Juatinga** Dec.1.859 de 01/10/91 / IEF Parque Estadual de Parati-Mirim** Dec.15.927/72 E 996/76 / Rio Claro EE de Piraí*** Contrato de Comodato Light/Sema de 26/05/82 / IBAMA RPPN Fazenda Roça Grande e Sítio Fim da Picada*** Dec.1.922 de 05/06/96 / IBAMA

REGIÃO 2

UNIDADES LEGISLAÇÃO

Barra Mansa ARIE da Floresta da Cicuta*** Dec.90.792 de 09/01/85 / IBAMA Itatiaia PARNA de Itatiaia*** Dec.1.713 de 14/06/37 / IBAMA APA da Mantiqueira*** Dec.91.304 de 03/06/85 / IBAMA Resende PARNA de Itatiaia*** Dec.1.713 de 14/06/37 / IBAMA APA da Mantiqueira *** Dec.91.304 de 03/06/85 / IBAMA APA da Serrinha do Alambarí*** Volta Redonda ARIE da Floresta da Cicuta*** Dec.90.792 de 09/01/85 / IBAMA

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REGIÃO 3

UNIDADES LEGISLAÇÃO

Barra do Piraí RPPN Santo Antonio da Aliança*** Dec.1.922 de 05/06/96 / IBAMA Eng. Paulo de Frontin RPPN Reserva Jornalista Antenor Novaes*** Dec. 1.922 de 05/06/96 / IBAMA Mendes APA de Petrópolis*** Dec.87.561 de 13/09/82 e Decr.527 de 20/05/92 / IBAMA Miguel Pereira Tombamento dos Caminhos de Minas** Tomb.Prov. 20/11/84 / INEPAC REBIO de Araras** Res.Secretaria de Agricultura de 22/06/77 / IEF REBIO do Tinguá*** Dec.97.780 de 23/05/89 / IBAMA Paracambi REBIO do Tinguá*** Dec.97.780 de 23/05/89 / IBAMA Piraí EE de Piraí*** Contrato de Comodato Light/Sema de 26/05/82 / IBAMA Valença RPPN Fazenda São Geraldo*** Decr. 1.922 de 05/06/96 IBAMA Vassouras REBIO do Tinguá*** Dec.97.780 de 23/05/89 / IBAMA

REGIÃO 4

UNIDADES LEGISLAÇÃO

Belford Roxo Duque de Caxias Tombamento dos Caminhos de Minas** Tomb.Prov. 20/11/84 / INEPAC APA de Petrópolis*** Decr.87.561 de 13/09/82 e Decr.527 de 20/05/92 / IBAMA REBIO do Tinguá*** Dec.97.780 de 23/05/89 / IBAMA Nilópolis APA Gericinó-Mendanha** Lei 1.331 de 12/07/88 / IEF Nova Iguaçu APA Gericinó-Mendanha** Lei 1.331 de 12/07/88 / IEF Parque Estadual da Serra de Madureira/Medanha Proc. E07/300323/92 / IEF REBIO do Tinguá*** Dec.97.780 de 23/05/89 / IBAMA Magé Tombamento dos Caminhos de Minas** Tomb.Prov. 20/11/84 / INEPAC APA de Petrópolis*** Decr.87.561 de 13/09/82 eDecr.527 de 20/05/92 / IBAMA APA de Guapimirim*** Dec.90.225 de 25/09/84 / IBAMA RPPN Reserva Querência*** Decr.922 de 05/06/96 / IBAMA São Gonçalo APA de Guapimirim*** Dec.90.225 de 25/09/84 / IBAMA Seropédica FLONA Mario Xavier*** Dec.93.369/86 / IBAMA

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REGIÃO 5

UNIDADES LEGISLAÇÃO

Rio de Janeiro Ponta do Arpoador e de Copacabana** Tomb.Def.06/09/89 / INEPAC Pontal de Sernambetiba, Morros Dois Irmãos, Rangel,

Cantagalo, Amorim, Portela e Pedra da Baleia Tomb.Def.28/01/83 / INEPAC

Morro do Pão de Açucar e Urca*** Tombamento 08/08/73 / IPHAN Morro do Urubu** Proc.E03/300 257/72 – Gb / INEPAC Pedra da Panela** Proc.E03/300 021/69 – Gb / INEPAC Pedra de Itapuã** Proc.E03/300 235/68 – Gb / INEPAC Pedra de Itaúna** Proc.E03/300 258/72 – Gb / INEPAC Praia de Grumari** Tomb.Def. 11/04/85 e Tomb.Def. 11/05/87 / INEPAC PARNA da Tijuca*** Dec.50.923 e N°60.183 de 08/02/67 / IBAMA Parque Estadual da Pedra Branca Lei 2.377 de 28/06/74 / IEF Parque Estadual da Serra de Madureira/Medanha Proc. E07/300323/92 / IEF Parque Laje** Proc.E03/300 290/65 – Gb / INEPAC Parque da Gávea (Cidade)** Proc.E03/300 543/65 – Gb / INEPAC Parque Estadual da Chacrinha** Dec. 2.853 de 22/05/69 / IEF Jardim Botânico*** Proc.101- 38157/38 de 30/05/38 / IPHAN Recanto do Trovador (Antigo Jardim Zoológico)** Proc.E03/300 021/69 – Gb / INEPAC APA Gericinó-Mendanha** Lei 1.331 De 12/07/88 / IEF ARIE do Arquipélago das Cagarras*** Res.Conama 11 de 14/09/89 Reserva Florestal do Grajaú** Dec.1.921/78 / IEF Reserva Biológica e Arqueológica de Guaratiba** Dec.7.549/74 e Dec.54.015 / IEF Floresta Protetora da União*** IBAMA RPPN Ceflusme e Res. Ce. Metodista Ana Gonzaga*** Dec.1.922 de 05/06/96 / IBAMA Niterói Pedra do Índio, Itapuca e dos Cardos Tomb.Prov.19/06/85 / INEPAC Ilha da Menina, da Mãe e do Pai e Canto Sul da Praia de

Itaipú** Tomb.Def.11/05/87 / INEPAC

APP Parque da Serra da Tiririca**. Lei 1.901 de 29/11/91 / IEF REGIÃO 6

UNIDADES LEGISLAÇÃO

Paraíba do Sul

Tombamento dos Caminhos de Minas** Tomb.Prov. 20/11/84 / INEPAC

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REGIÃO 7

UNIDADES LEGISLAÇÃO

Cachoeiras de Macacu EE do Paraíso** Dec.9.8003 de 12/05/87 / FEEMA Guapimirim APA de Guapimirim*** Dec.90.225 de 25/09/84 / IBAMA EE do Paraíso** Dec.9.8003 de 12/05/87 / FEEMA Petrópolis Tombamento dos Caminhos de Minas** Tomb.Prov. 20/11/84 / INEPAC PARNA da Serra dos Órgãos*** Dec.1.822 de 10/11/39 e Dec. 90.023 de 02/08/84 / IBAMA APA de Petrópolis*** Decr.87.561 de 13/09/82 e Decr.527 de 20/05/92 / IBAMA REBIO de Araras** Res.Secretaria de Agricultura de 22/06/77 / IEF RPPN Pedra dos Amarílis e Fazenda Limeira*** Dec.1.922 de 05/06/96 / IBAMA Teresópolis PARNA da Serra dos Órgãos*** Dec.1.822 de 10/11/39 e Dec. 90.023 de 02/08/84 / IBAMA APA do Jacarandá e da Bacia do Rio dos Frades** Dec.8.280 de 23/07/85 / IEF EE do Paraíso** Dec.9.8003 de 12/05/87 / FEEMA RPPN Maria Francisca Guimarães e Fazenda Suspiro*** Dec.1.922 de 05/06/96 IBAMA

REGIÃO 8

UNIDADES LEGISLAÇÃO

Sta. Maria Madalena

Parque Estadual Do Desengano** Dec.Lei 250 de 13/04/70 Dec. 71.021 de 28/12/83 IEF

Região 9 Unidades Legislação/Tutela Itaboraí APA de Guapimirim*** Dec.90.225 de 25/09/84 / IBAMA Silva Jardim REBIO Poço das Antas*** Dec.73.791 de 11/03/64 e Dec.76.534 de 03/11/75 / IBAMA RPPN Fazenda Arco Iris, Granja Redenção, Sítio Santa Fé e

Sítio Cachoeira Grande*** Dec.1.922 de 05/06/96 / IBAMA

REGIÃO 10 UNIDADES

LEGISLAÇÃO

Araruama APA da Massambaba** Dec.9.529-C de 15/12/86 / FEEMA Arraial do Cabo Tombamento das Dunas de Cabo Frio** Res.046 21/03/88 Proc. 07/201 717/84 de 08/04/88 / INEPAC RESEX Marinha do Arraial do Cabo*** Dec Sn 03/01/97 / IBAMA APA da Massambaba** Dec.9.529-C de 15/12/86 / FEEMA RE da Massambaba** Dec.9.529-B de 15/12/86 / FEEMA Cabo Frio Tombamento Dunas de Cabo Frio** Res.046 21/03/88 Proc. 07/201 717/84 de 08/04/88 / INEPAC Casimiro de Abreu RPPN Faz. Córrego da Luz e Faz. Bom Retiro*** Dec.1.922 de 05/06/96 IBAMA Iguaba Grande APA aa Serra de Sapiatiba** Dec.15.136 de 20/07/90 / FEEMA Marica APP Parque Estadual da Serra da Tiririca** Lei Estadual 1.901 de 29/11/91 / IEF. São Pedro da Aldeia APA da Serra de Sapiatiba** Dec.15.136 de 20/07/90 / FEEMA Saquarema APA da Massambaba** Dec.9.529-C de 15/12/86 / FEEMA RE de Jacarepiá** Dec.9.529-A de 15/12/86 /FEEMA

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REGIÃO 11 UNIDADES

LEGISLAÇÃO

Carapebús Parna de Jurubatiba*** Dec. Sn de 29/04/98 / IBAMA Macaé PARNA de Jurubatiba*** Dec. Sn de 29/04/98 / IBAMA REBIO União** Dec. Sn de 22/04/98 / IBAMA RPPN Sítio Shangrilah e Fazenda Barra do Sana*** Dec.1.922 de 05/06/96 / IBAMA Quissamã PARNA de Jurubatiba*** Dec. Sn de 29/04/98 / IBAMA

REGIÃO 12 UNIDADES

LEGISLAÇÃO

Campos Parque Estadual do Desengano** Dec.Lei 250 de 13/04/70 Dec. 71.021 de 28/12/83 Ief Sâo Francisco do Itabapoana

Tombamento. da Área da Foz do Rio Paraíba do Sul, com Manguezais e Complexo Nesográfico (Conjunto de Ilhas)**.

Res.25 27/04/87 Tomb.Def. 11/05/87 INEPAC

São João da Barra Tombamento da área da foz do rio Paraíba do Sul, com manguezais e complexo nesográfico (conjunto de ilhas)**.

Res.25 27/04/87 Tomb.Def. 11/05/87 INEPAC

REGIÃO 13

UNIDADES LEGISLAÇÃO

São Fidélis

Parque Estadual do Desengano** Dec. Lei 250 de 13/04/70 Dec. 71.021 de 28/12/83 IEF

Fontes: IBAMA, CIDE, INEPAC, SEMADS, FEEMA e PMRJ

Obs: O perímetro do Tombamento Provisório Estadual das áreas integrantes do Sistema Orográfico Serra do Mar/Mata Atlântica, INEPAC – Edital de 06/03/91 - DO 06/03/91, abrange os seguintes municípios: Angra dos Reis, Barra do Piraí, Bom Jardim, Cachoeiras de Macacú, Campos dos Goytacazes, Casimiro de Abreu, Conceição de Macabú, Duas Barras, Duque de Caxias, Engenheiro Paulo de Frontin, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Macaé, Magé, Mangaratiba, Marica, Mendes, Miguel Pereira, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Parati, Petrópolis, Piraí, Rio Bonito, Rio Claro, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, São Fidélis, Saquarema, São Gonçalo, Silva Jardim, Sumidouro, Tanguá, Teresópolis, Trajano de Morais. GLOSSÁRIO: APA - Área de Preservação Ambiental APP - Área de Preservação Permanente ARIE - Área de Relevante Interesse Ecológico EE - Estação Ecológica FLONA - Floresta Nacional RE - Reserva Ecológica REBIO - Reserva Biológica RESEX - Reserva Extrativista RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural

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7.1.2 Legislação de Proteção ao Patrimônio Cultural O patrimônio cultural é protegido por um conjunto de normas federais, estaduais e municipais, baixadas especificamente para cada um dos bens ou conjuntos de bens indicados. “A cultura pode ser vista, respeitados seus próprios limites, como um recurso econômico não apenas passível de fomentar o desenvolvimento das sociedades, mas essencial ao seu pleno desenvolvimento. E, enquanto um potencial de uso econômico, é um instrumento fundamental ao turismo. Ao mesmo tempo, o turismo poderá ser, também, um instrumento de preservação e reprodução da Cultura e de todas as suas manifestações.”5 “O tombamento significa o reconhecimento oficial, através de ato administrativo da autoridade competente, do valor histórico, artístico, paisagístico, cultural ou científico de bens que passam a ser preservados sob um regime especial de proteção, como patrimônio cultural de uma comunidade, de uma região ou nação. O Tombamento tem como finalidade a conservação da coisa tombada, que, embora permaneça no domínio e posse dos seus proprietários, impõem limites e restrições ao pleno exercício da propriedade, tendo em vista o interesse público e coletivo e o reconhecimento das qualidades intrínsecas a esses bens. Dentre as conseqüências legais decorrentes do ato de tombamento, incluem-se a proibição de mutilar, destruir ou demolir, e a exigência de autorização prévia para execução de qualquer obra de reparação, restauro, pintura ou de qualquer intervenção, inclusive de caráter urbanístico, que porventura venha interferir negativamente na salvaguarda de sua integridade física ou estética e em sua ambiência. É importante ressaltar, no entanto, que nem tudo que se constitui potencialmente em Patrimônio encontra-se tombado. E nem necessariamente o deverá ser, considerando a ampliação do conceito de Patrimônio Cultural Brasileiro introduzido em nossa Constituição em 1988, no seu Artigo 126, que tanto veio enriquecer o significado de cidadania e sentimento de auto-estima do brasileiro. É proposto ao Poder Público, em colaboração com a comunidade, o desafio (e a obrigação) de buscar outras formas de acautelamento e preservação dos bens culturais identificados como tal, além do tombamento, considerando a diversidade e as peculiaridades da produção cultural do povo, seja na maneira de se expressar, modos de criar, fazer e viver, dentre outras. Concluindo, o conjunto de bens que integram a lista dos tombamentos pelo Estado, como Patrimônio Cultural e Natural Fluminense, identificados neste Plano de Desenvolvimento Turístico, é apenas uma parcela de um universo imenso que ainda temos a conhecer, valorizar e preservar, quem sabe através do Turismo, para usufruto das presentes e futuras gerações.” 6

5 Extraído de texto da Arquiteta Dina Lerner, INEPAC, 2001. 6 Idem.

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Os bens tombados pela União e pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, integram o Mapa Patrimônio Histórico-Cultural, apresentado no Volume 1, Parte II – Diagnóstico, deste Plano. Ao tratar do tema Patrimônio Cultural, não se pode deixar de destacar a forte consciência do valor da arquitetura no Brasil, produto da obra de arquitetos como Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, e a tropicalização de tipologias criadas por Le Corbusier, de fama internacional. Porém, e à parte um legado histórico que é hoje notável contributo patrimonial, não se notam muitos exemplos de uma arquitetura brasileira nas supra-estruturas turísticas, como unidades hoteleiras, com raras exceções. É importante resgatar, no ato de projetar os empreendimentos turísticos, o valor da arquitetura brasileira, buscando-se, ao mesmo tempo, valorizar o serviço oferecido, numa atividade onde o aspecto visual é fundamental. ??Tombamento e Registro (Decreto-Lei Federal n°25 de 30/11/37, Lei Estadual n° 509 de

03/12/ 81 e Decreto Estadual n°5.808 de 13/06/82) Tombamento é o registro e inventário de bens móveis e imóveis, cuja conservação e proteção seja do interesse público, por seu valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico, artístico, histórico, cultural, arquitetônico ou paisagístico. A concessão de licença para aprovação, modificação ou revogação de projetos nestas áreas deve ser objeto de apreciação pelo IPHAN, no caso dos tombamentos federais, e pelo Conselho Estadual de Tombamento no caso dos tombamentos estaduais. Integram o mesmo conceito de proteção do patrimônio cultural as normas que dispõem sobre o Registro de Patrimônio Imaterial, instituídas pelo Decreto Federal n°3.551 de 04/08/00.

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7.2 NORMAS RELATIVAS À REGULAMENTAÇÃO DA ATIVIDADE Conforme apresentado no Diagnóstico, os serviços turísticos são regulamentados no território nacional por um conjunto de normas diversas e dispersas, de entendimento e leitura nem sempre claros e objetivos. Os conflitos entre conceitos e as disposições contidas nestas normas acaba por possibilitar a ocorrência de um vácuo na sua aplicação. A classificação dos meios de hospedagem, por exemplo, é hoje uma incógnita. No momento somente três empreendimentos são classificados pela EMBRATUR/TURISRIO em todo o território estadual. Do mesmo modo, não existe o cadastro dos serviços turísticos nos órgãos oficiais nem são apresentadas, de forma sistemática e contínua, as informações decorrentes das Ficha Nacional de Registro de Hóspedes - FNRH e dos Boletins de Ocupação - BOH, conforme a lei determina. Neste sentido, a constituição do grupo de trabalho interinstitucional proposto por este Plano, com participação da EMBRATUR, TURISRIO, municípios e representação de agentes de mercado, será fundamental e terá como objetivo discutir e encaminhar a atualização e revisão do conjunto de normas que regulamentam a atividade nas diferentes esferas de governo, definidas de forma integrada, bem como indicar das providências necessárias ao seu efetivo cumprimento. 7.2.1 Normas vigentes A seguir é apresentado um quadro com as referências básicas das principais normas vigentes de regulamentação sobre os serviços turísticos. ??Lei n° 6.505/77

Dispõe sobre as atividades e serviços turísticos; estabelece condições para seu funcionamento e fiscalização.

??Decreto 84.910/80

Regulamenta dispositivos da Lei n° 6.505/77, referentes aos Meios de Hospedagem de Turismo.

??Deliberação Normativa n° 387/98

Aprova o Regulamento dos Meios de Hospedagem. ??Decreto-Lei n° 2.294/86

Dispõe sobre o exercício e a exploração de atividades e serviços turísticos.

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??Lei n° 8.181/91

Dá nova denominação à EMBRATUR e dá outras providências. ??Decreto n° 448/92

Regulamenta dispositivos da Lei n° 8.181/91, dispõe sobre a Política Nacional de Turismo

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8 ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DO PLANO

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8 ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DO PLANO O planejamento e os recursos mobilizados na implementação do conjunto de estratégias que integram o Plano Diretor de Turismo representam um desafio no que se refere à sua operacionalidade. Neste sentido, é de fundamental importância a distribuição sistemática e articulada da programação no tempo, com base na numa hierarquia de prioridades das diversas ações e intervenções propostas. Uma programação em etapas permitirá a viabilização das propostas de forma racional, tendo ainda a vantagem de gerar um controle regular da eficácia e da própria estratégia de implantação das ações. Dentro do horizonte temporal de vigência do Plano, programado para dez anos, estão previstas três fases para implementação das diversas estratégias propostas: ?? fase de curto prazo, compreendida entre 2002 e 2004, inclusive; ?? fase de médio prazo, abrangendo os anos de 2005 a 2007, inclusive; ?? fase de longo prazo, a partir de 2008 a 2010. O último ano é reservado para a revisão do Plano, considerando este horizonte de tempo adequado à implementação de medidas corretivas estruturais, sem prejuízo das correções de rumo que poderão ocorrer durante as três fases de implantação do Plano, por conta das medidas resultantes do seu monitoramento. Deve-se considerar ainda que o planejamento dos diversos programas, projetos e ações assumem particular importância, independentemente do horizonte temporal de implementação de cada um destes componentes, devendo-se distinguir as ações pontuais, e as atividades continuas ou periódicas, conforme apresentadas a seguir, no Cronograma Físico.

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CRONOGRAMA FÍSICO

MACRO PROGRAMA 1 - DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

ETAPAS CURTO MÉDIO LONGO

PROGRAMAS

PROJETOS E AÇÕES

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Institucionalização da Regionalização Turística Estadual ? Reestruturação do Sistema Turístico Estadual ?

Ação InterInstitucional

Adequação do Modelo de Ocupação Territorial nas Áreas Turísticas ? ? ? ? Cadastramento dos Serviços Turísticos ? x x x x x x x x Formalização da Atividade

Certificado do Padrão de Qualidade dos Serviços Turísticos ? x x x x x x x Estruturação dos Conselhos Municipais de Turismo ? x x x x x x x x Apoio à Reestruturação dos Órgãos Municipais de Turismo ? x x x x x x x x

Apoio ao Desenvolvimento Turístico nos Municípios

Valorização do Patrimônio Natural e Cultural ? x x x x x x x x Ações Pontuais (?) Atividades Contínuas ou Periódicas (x)

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MACRO PROGRAMA 2 - INFRA-ESTRUTURA DE APOIO

ETAPAS CURTO MÉDIO LONGO

PROGRAMAS

PROJETOS E AÇÕES

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Infra-estrutura Rodoviária ? BR-101 Parati / Campos ? ? ? ? Viaduto de Manilha BR-101 / Br-493 ? ? BR-393 Barra-Mansa / Pirapetinga MG ? ? ? RJ-116 Itaboraí / Itaperuna ? ? ? ? RJ-165 Paraty / Cunha ? ? ? RJ-106 Niterói / Macaé ? ? ? RJ-140 Silva Jardim / Arraial do Cabo ? ? RJ-124 Rio Bonito / Araruama ? ? RJ-163 Penedo / Visconde de Mauá ? Infra-estrutura Aeroviária ? Aeroporto Internacional Tom Jobim ? ? Aeroporto Santos Dumont ? ? ? Ligação Hidroviária Aeroportos Tom Jobim e Santos Dumont ? ? Aeroporto de Cabo Frio ? ? Aeroporto de Resende ? ? Aeroporto de Angra dos Reis ? ? Infra-estrutura Hidroviária ? Estabelecimento da “Qualidade Náutica Ambiental-Rio” ? x x x x x x x ? Implantação dos Pólos da Costa ? x x x x x x x ? Implantação dos Atracadouros de Suporte ao Tráfego Náutico ? ? Saneamento ? Despoluição das Lagoas de Araruama, Saquarema e Maricá ? ? ? ? Implantação de Sistema de Esgoto no Núcleo Histórico de Parati ? ? Implantação de Sistema de Esgoto no Núcleo Urbano de Angra dos Reis ?

Infra-Estrutura Básica

? Implantação de Sistema de Col. Trat. e Dest. Final dos Resíduos Sólidos ? ? ? ? Implantação de Áreas de Lazer e Excursionismo ? ? ? ? Equipamentos Turísticos de

Apoio Implantação de Centros de Convenções ? ? Ações Pontuais (?) Atividades Contínuas ou Periódicas (x)

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MACRO PROGRAMA 3 – SISTEMA DE INFORMAÇÃO

ETAPAS CURTO MÉDIO LONGO

PROGRAMAS

PROJETOS E AÇÕES

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Concepção e Implantação do Banco de Dados ? Banco de Dados

Alimentação do Banco e Análise e Tratamento das Informações x x x x x x x x Mídia eletrônica ? x x x x x x x x Postos de Informações Turísticas ? Implantação de Postos de Informações ? ? ? ? ? Operacionalização e Manutenção de Postos de Informações x x x x x x x x x ? Calendários de Eventos x x x x x x x x x Sinalização Turística ? BR-101 Paraty / Rio de Janeiro ? ? BR-116 Resende/Rio de Janeiro e Duque de Caxias / Além Paraíba ? ? ? BR-040 Rio de Janeiro / Comendador Levy Gasparian ? ? RJ-163 Penedo / Visconde de Mauá ? ? RJ-116 Itaboraí / Bom Jardim ? ? RJ-106 Niterói / Macaé ? ? BR-101 Niterói / Campos dos Goytacazes ? ? ? BR-393 Barra Mansa / Além Paraíba ? ? BR-495 Petrópolis / Teresópolis ? ? BR-356 Itaperuna / Campos ? ? RJ-155 Barra Mansa / Angra dos Reis ? ? RJ-145 Piraí / Rio das Flores ? ? RJ-130 Teresópolis / Friburgo ? ? RJ-142 Nova Friburgo / Casimiro de Abreu ?

Informação ao Turista

? RJ-124 Rio Bonito / Araruama ? Ações Pontuais (?) Atividades Contínuas ou Periódicas (x)

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MACRO PROGRAMA 4 - FOMENTO À ATIVIDADE

ETAPAS CURTO MÉDIO LONGO

PROGRAMAS

PROJETOS E AÇÕES

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Manual de Orientação ao Empresário ? x x x x x x x Banco de Negócios Turísticos ? x x x x x x x

Orientação para Gestão dos Serviços Turísticos

Incentivo à Ampliação e Qualificação da Oferta Hoteleira ? x x x x x x x Estruturação da Câmara Técnica de Coordenação de Recursos Humanos ? x x x x x x x x Formação de Recursos Humanos / Escola de Hotelaria ? x x x x x x x x

Qualificação da Mão de Obra

Especialização e Reciclagem de Mão de Obra para o Setor ? x x x x x x x x PRODETUR SUDESTE ? ? ? ? ? ? ? ? ? Captação de Recursos

Incentivos fiscais e Programas de crédito ? x x x x x x x x Ações Pontuais (?) Atividades Contínuas ou Periódicas (.x)

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MACRO PROGRAMA 5 - CONSOLIDAÇÃO DO PRODUTO TURÍSTICO

ETAPAS CURTO MÉDIO LONGO

PROGRAMAS

PROJETOS E AÇÕES

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Mapeamento e Avaliação dos Recursos Turísticos ? x x x x x x x x Roteiros e Circuitos Turísticos ? ? ? ? Redução de Custos por Unidade de Produtos ? ? x x x x x x x

Identificação, Organização Qualificação dos Produtos Turísticos

Valorização das Ambiências e Lugares Turísticos x x x x x x x x x Elaboração e Implementação do Plano de Marketing e Promoção ? ? Estudo e Promoção da Imagem Turística do Estado do Rio de Janeiro x x x x x x x x x Sistemas de Comercialização – Mobilização dos Formadores de Opinião. x x x x x x x x x

Promoção e Marketing

Ações Promocionais com Relação os Mercados Emissores x x x x x x x x x Ações Pontuais (?) Atividades Contínuas ou Periódicas (x)

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8.1 Programa de Acompanhamento e Monitoramento A amplitude temática e territorial deste Plano Diretor de Turismo está condicionada por fatores de diversas ordens, alguns deles independentes dos agentes envolvidos, sejam eles públicos ou privados, não sendo possível prever com rigor a evolução de todos esses fatores e, nem sempre, atuar efetivamente sobre eles. Neste sentido, o processo de planejamento instaurado com o Plano deve incluir a previsão de instrumentos de detecção, análise e correção dos desvios existentes, tarefa clássica a uma função de monitoramento. Neste contexto, as duas primeiras ações que decorrem da sua implementação respeitam à atribuição de tarefas e responsabilidades, que engloba o universo dos agentes envolvidos com o setor, e à fixação de prazos e respectivos cronogramas. O acompanhamento sistemático dos programas e ações propostos deve considerar a necessidade de se antecipar ao cronograma apresentado, no sentido de serem incluídas em tempo hábil, as respectivas programações financeiras para a sua execução, seja no que se refere aos investimentos privados, seja com relação aos investimentos públicos, nas três esferas de governo, e neste caso, a antecipação é determinada pelos prazos orçamentários regulamentares. O processo de monitoramento propriamente dito se constitui em duas fases metodológicas fundamentais - a Avaliação e o Controle - que, na prática, estão intimamente associadas e são encaminhadas simultaneamente, formando o sistema de monitoramento. A Avaliação, quantitativa e qualitativa, da evolução e desempenho de cada variável deverá obedecer aos seguintes princípios: ?? coerência na execução das políticas, sobretudo na criação de uma imagem única para

todo o Estado do Rio de Janeiro; ?? permanente adaptação das variáveis ao contexto concorrencial, principalmente no

que se refere aos destinos nacionais mais competitivos e seus concorrentes diretos; ?? enfoque permanente da estratégia na vantagem competitiva, mesmo quando esta é

parcial, através do aproveitamento dos fatores e recursos que mais distinguem o Estado do Rio de Janeiro;

?? adoção permanente da regra da prudência e da segurança. As tarefas inerentes à avaliação permanente do Plano têm de ser baseadas num sistema de informação turística específico do Estado do Rio de Janeiro, o qual versará sobre assuntos de ordem qualitativa e quantitativa, cuja concepção e conteúdo deverá constituir uma das primeiras ações de monitoramento do Plano, integrante do Macroprogrma 3. O controle é o mecanismo através da qual se concebem as medidas corretivas dos desvios detectados, visando perseguir o cumprimento dos objetivos mais gerais. As ações de avaliação e controle devem ser acompanhadas pelo Observatório do Turismo, que deverá operar de forma estreitamente articulada com o fórum constituído no Conselho Estadual, a quem são comunicados, previamente e de forma sucinta, os resultados obtidos e a proposta de correção a introduzir nos objetivos preconizados, dando a todos a oportunidade e a responsabilidade na participação da gestão do Plano.

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Nesse sentido, os vetores de orientação da estrutura em apreço seriam o profissionalismo e a flexibilidade da gestão, de forma a que as atuais estruturas de gestão do Turismo possam tornar exeqüível a agenda de ações propostas no Plano, além de possibilitar o estabelecimento e a consolidação de parcerias estratégicas. O sistema de monitoramento deve ter como referência um conjunto de indicadores de gestão relacionados às seguintes variáveis críticas: ?? estruturação e qualificação da oferta comparativamente com destinos turísticos

concorrentes; ?? nível de atividade, medido pela evolução dos pernoites registrados nos meios de

hospedagem; ?? nível de preços praticados, face à concorrência; ?? perfil dos turistas; ?? desempenho dos canais de distribuição; ?? efeitos da Promoção e do Marketing. Esses indicadores devem estar associados aos seguintes fatores: ?? econômicos - importância do Turismo nas economias local, regional e estadual; ?? políticos/legais/institucionais - enquadramento estadual e nacional do Turismo; ?? mercado/oferta - aproveitamento dos recursos turísticos; ?? mercado/demanda - motivações dos potenciais visitantes. A avaliação e o controle dos desempenhos específicos das ações programadas deverão ser efetuados parcialmente, mas cruzado-os com uma avaliação e um controle globais, visando a obtenção dos dados necessários para realizar as adequadas correções dos objetivos gerais relacionados com a integração das várias áreas estratégicas e programas específicos.

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BIBLIOGRAFIA

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Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral - SECPLAN. Áreas Especiais

de Interesse Turístico do Estado. 1982. Secretaria de Estado de Transporte – SECTRAN. 1996. Serviço Nacional do Comércio - SENAC / ARRJ. 1993. Serviço Nacional do Comércio - SENAC / ARRJ. 1994. Serviço Nacional do Comércio - SENAC / ARRJ. 1995. Superintendência de Rios e Lagoas - SERLA. Relação de Lagoas do Estado do Rio de Janeiro.

1995. Rio Convention & Visitors Bureau, 1990 a 1996. TURISRIO, EMBRATUR, COMISSÃO DA UNIÃO EUROPÉIA. Participação do Turismo na Economia

Estadual. 1994.