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ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 2014 — 2016 Plano Local de Saúde

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Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras

ACES Lisboa Ocidental e Oeiras

2014 — 2016

Plano

Local de Saúde

Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 2

AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE LISBOA OCIDENTAL E OEIRAS

Maria de Fátima Nogueira

Diretora Executiva do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras

Rafic Nordin

Presidente do Conselho Clínico e de Saúde

EQUIPA DO PLANO LOCAL DE SAÚDE

José Joaquim Monteiro Júnior—Coordenador da Unidade de Saúde Pública (USP)

Ana Isabel Gaspar—Médica de Saúde Pública

† Heliana Vilela—Técnica de Saúde Ambiental

Rita Filipe—Interna do Internato Complementar de Saúde Pública

Ana Bela Dinis—Enfermeira

COLABORADORES

Manuel Amado Jacinto—Médico de Saúde Pública

Conceição Barroso— Medicina Geral e Familiar

Isabel Correia—Enfermeira

Henrique Coelho—Técnico de Saúde Ambiental

ACES

LX OCIDENTAL

E OEIRAS

Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 3

Siglas e abreviaturas .................................................................................................................. 4

1. Introdução ......................................................................................................................... 5

2. O que é o plano local de saúde?....................................................................................... 6

3. Breve perfil de saúde ......................................................................................................... 7

4. Elaboração do plano local de saúde ................................................................................ 10

4.1 Identificação e priorização dos problemas de saúde da população ............................... 10

4.2 Fixação de objetivos e metas........................................................................................... 12

4.2.1 Doenças cardiovasculares (DCV) E hipertensão arterial (HTA) ...................................... 12

4.2.2 Diabetes Mellitus (DM) .................................................................................................. 14

4.2.3 Tabagismo ...................................................................................................................... 16

5. Bibliografia ...................................................................................................................... 18

ÍNDICE

Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 4

ACES - Agrupamento de Centros de Saúde

ACES LOO - Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa Ocidental e Oeiras

ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde

ARS – Administração Regional de Saúde

AVC- Acidente Vascular Cerebral

CCS - Conselho Clínico e de Saúde

CHLO - Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental

CM - Câmara Municipal

CPCJ – Comissão de Proteção de Crianças e Jovens

DIC – Doença Isquemia do Coração

DGESTE – Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares

DM - Diabetes Mellitus

DSP- Departamento de Saúde Pública

DCV - Doenças Cardiovasculares

EAM – Enfarte Agudo do Miocárdio

Hab. - Habitantes

HTA - Hipertensão arterial

IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social

JF - Junta de Freguesia

OMS – Organização Mundial de Saúde

PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa

PLS - Plano Local de Saúde

Pop. - População

RLVT - Região de Lisboa e Vale do Tejo

SICAD – Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências

UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados

UF - União de Freguesias

UGT – União Geral de Trabalhadores

URAP - Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados

USF - Unidade de Saúde Familiar

USP - Unidade de Saúde Pública

SIGLAS E ABREVIATURAS

Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 5

1. INTRODUÇÃO

O Plano Local de Saúde da área geodemográfica de Lisboa Ocidental e Oeiras resulta do esforço concertado de

uma pequena equipa que se foi reestruturando à medida que este ia sendo elaborado.

Apesar dos constrangimentos quer na área dos recursos humanos quer na obtenção de dados estatísticos espe-

cíficos do ACES, foi possível a elaboração do presente documento.

A primeira etapa para a persecução deste trabalho foi o diagnóstico da situação de saúde local, realizando-se

apenas a elaboração do Perfil de Saúde do Concelho de Oeiras, na expectativa de que o Retrato de Saúde de

Lisboa, em elaboração, permitisse o acesso à informação desagregada das freguesias da área de influência do

ACES. Tal não se verificou.

Este facto obrigou a um esforço acrescido na pesquisa de dados estatísticos de saúde das freguesias do Conce-

lho de Lisboa, que culminou na elaboração do Perfil de Saúde de Lisboa Ocidental e Oeiras 2014.

Enquanto se procedia à finalização do Perfil de Saúde procedeu-se à auscultação dos parceiros locais quanto à

perceção dos problemas de saúde das respetivas comunidades.

O Plano Local de Saúde que agora se apresenta teve a participação ativa dos parceiros da comunidade local e

dos profissionais do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras. Cientes de que o sucesso deste projeto estaria intimamente

ligado à desejada cooperação intersetorial, com especial envolvimento do poder autárquico, este foi amplamen-

te discutido, daí resultando valiosos contributos, num espírito invulgar de sinergismo.

Foi unanimemente aceite que o Plano Local de Saúde constitui um instrumento estratégico para o conhecimen-

to e ação em saúde a nível local, esperando que represente um compromisso de cada cidadão, de cada coletivi-

dade e de cada instituição, em que cada um é catalisador da vontade de mudança de todos, tendo em vista a

obtenção de ganhos em saúde em prol da sociedade.

Após a identificação e hierarquização dos problemas de saúde e definidos os objetivos e as estratégias, impõe-se

a elaboração e implementação de projetos com vista a permitir alcançar as metas preconizadas.

Cada projeto de saúde será coordenado por uma equipa que o irá implementar, monitorizar e avaliar, cabendo a

gestão, por inerência das suas competências, à Unidade de Saúde Pública.

Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 6

O Plano Local de Saúde (PLS) é um documento estratégico do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras concretizado com

a contribuição e participação de todos os parceiros, cujas orientações pretendem contribuir para a obtenção

de ganhos em saúde, promovendo mais saúde para toda a população. É um instrumento de gestão, que integra

e conjuga diferentes conhecimentos da realidade local e que visa apoiar a tomada de decisão da Diretora Exe-

cutiva do ACES, dos Coordenadores das Unidades de Saúde, dos gestores de programas e projetos e dos líderes

da comunidade.

O PLS pretende comunicar a visão estratégica da área da Saúde para todos os profissionais de saúde e para to-

da a comunidade, funcionando tanto como um instrumento de comunicação interna como externa. Baseia-se

nas prioridades estratégicas definidas tanto a nível nacional, no Plano Nacional de Saúde, como a nível regio-

nal, no Plano Regional de Saúde, na valorização dos principais determinantes da saúde e na co-

responsabilização e co-participação dos cidadãos (no plano individual), bem como dos diferentes setores da

sociedade (no plano político-institucional) na intervenção em saúde.

Os seus pilares assentam nos principais problemas de saúde, na identificação e priorização das necessidades de

saúde, na definição de objetivos e na seleção de estratégias, visando a mudança do estado de saúde da popula-

ção local.

2. O QUE É O PLANO LOCAL DE SAÚDE?

Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 7

O ACES Lisboa Ocidental e Oeiras, com um total de 233.465 habitantes (Censos 2011), abrange uma área total

de aproximadamente 61 Km2 sendo 41,8 Km2 do Concelho de Oeiras e 19,37 Km2 de Lisboa Ocidental.

A zona ocidental de Lisboa, com 61.345 habitantes – 44,9% homens e 55,1% mulheres (Censos 2011), inicial-

mente composta por 5 freguesias, com a publicação da Lei nº 56/2012 de 8 de novembro, foi reorganizada em

4 freguesias: Ajuda, Belém, Alcântara, Campo de Ourique (Santo Condestável).

O concelho de Oeiras, com 172.120 habitantes – 46,58% homens e 53, 41% mulheres (Censos 2011), fica situa-

do na margem norte do estuário do rio Tejo, fazendo fronteira a norte com os concelhos de Sintra e Amadora,

a oeste com Cascais e a este com Lisboa. Inicialmente composto por 10 freguesias, com a publicação da Lei nº

11-A/2013 de 28 de janeiro, foi reorganizado em 5 freguesias: União de Freguesias de Algés, Linda-a-Velha,

Cruz Quebrada e Dafundo, União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, União de Freguesias de Oeiras, São Juli-

ão da Barra, Paço de Arcos e Caxias, Freguesia de Barcarena e Freguesia de Porto Salvo.

Todas as freguesias que compõem o ACES Lisboa Ocidental e Oeiras (Figura 1) apresentam uma densidade popu-

lacional significativamente superior à dos valores nacionais, o mesmo sucedendo em comparação com a Região

de Lisboa e Vale do Tejo, com tendência crescente no Concelho de Oeiras. De acordo com os dados recolhidos, a

densidade populacional do ACES é elevada, correspondendo quase ao quádruplo da Região de Lisboa e Vale do

Tejo.

Esta área dispõe também de uma cobertura de unidades de saúde privadas, como por exemplo o Hospital da

Luz/Clínica de Oeiras, a Clínica Médica da Linha, o Instituto do Coração e a Clínica CUF Belém.

Figura 1—Mapa das freguesias do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras

3. BREVE PERFIL DE SAÚDE

Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 8

O ACES Lisboa Ocidental e Oeiras dispõe de 9 Unidades de Saúde Familiar (USF), 6 Unidades de Cuidados de Saú-

de Personalizados (UCSP), 3 Unidades de Cuidados na Comunidade, Unidade de Saúde Pública (USP), Unidade de

Recursos Assistenciais Partilhados (URAP), Unidade de Apoio à Gestão (UAG) e Gabinete do Cidadão.

A população da área geodemográfica do ACES é servida pelo Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), cuja

rede abrange o Hospital de S. Francisco Xavier, o Hospital de Egas Moniz e o Hospital de Santa Cruz.

A pirâmide etária da área geodemográfica do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras (Figura 2) evidencia um achatamen-

to das bases, traduzido numa baixa natalidade, embora com tendência para crescer ultimamente, bem como um

predomínio da população em idade ativa.

Relativamente aos idosos com ≥ 65 anos, que representam cerca de 21,5% da população abrangida pelo ACES, 65

% vivem sós ou com outros do mesmo grupo etário (63% em Oeiras e 68% em Lisboa Ocidental). De realçar a per-

centagem elevada de famílias unipessoais com ≥ 65 anos, observada na última década, registando-se um aumen-

to de 14,4% para 18,0% em Lisboa Ocidental. Curiosamente, em Oeiras, verificou-se um declínio de famílias clássi-

cas unipessoais com ≥ 65 anos, baixando de 7,8% para 6,9%.

Figura 2 - Pirâmide etária da população residente em Lisboa Ocidental e Oeiras em 2001 e 2011

Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 9

Os índices demográficos (dependência de jovens, idosos e de envelhecimento) aumentaram no ACES (Tabela 1),

na última década, à semelhança do que ocorreu ao nível da RLVT.

A população de Lisboa Ocidental e Oeiras apresenta um nível de escolaridade elevado, maioritariamente com o

ensino secundário e superior (47,1% - correspondendo 37,4% a Oeiras e 9,7% a Lisboa Ocidental), sendo reduzida

a população sem qualquer nível de escolaridade (8% - correspondendo 6,7% a Oeiras e 1,3% a Lisboa Ocidental).

A taxa de desemprego na população do ACES é de 10,95% (10,2% em Oeiras e 11,7% em Lisboa Ocidental), sendo

inferior à taxa nacional (12,5%).

Verifica-se que 5,3% da população é de nacionalidade estrangeira, prevalecendo a população oriunda do Brasil,

seguida dos PALOP.

Ao nível da natalidade, verifica-se que na última década, ocorreu um declínio de mulheres em idade fértil, haven-

do um adiamento da gravidez nas mães, com o pico no grupo dos 30-34 anos. Apesar de ser mais baixa compara-

tivamente ao nível nacional e regional, ainda se assiste a uma percentagem significativa de nados vivos com bai-

xo peso ao nascer, correspondente a 8,1%. Verifica-se a tendência para a subida da taxa de mortalidade infantil,

sobretudo da neonatal, em Oeiras.

No triénio de 2010-2012, a esperança média de vida da população do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras foi de 82,4

(Homens- 78,9; Mulheres- 85,4), sendo superior à apresentada tanto ao nível do Continente (80,6) como ao nível

da RLVT (80,5).

Fonte: Observatórios Regionais de Saúde

Local de Residência 1991 2001 2011 2012

Índice de Envelhecimento

Continente ARS Lisboa e Vale do Tejo ACES Lisboa Ocidental e

Oeiras

73,6 104,8 130,5 134,0

78,0 109,1 125,7 128,1

62,7 105,4 127,7 131,6

Índice de Dependência de Jovens

Continente ARS Lisboa e Vale do Tejo ACES Lisboa Ocidental e

Oeiras

28,5 23,7 22,5 22,4

25,4 22,3 23,9 24,1

24,4 20,4 24,3 24,9

Índice de Dependência de Idosos

Continente ARS Lisboa e Vale do Tejo ACES Lisboa Ocidental e

Oeiras

21,0 24,8 29,3 30,0

19,8 24,3 30,0 30,9

15,3 21,5 31,0 32,7

Tabela 1. Índices Demográficos (1991, 2001, 2011 e 2012)

Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras

A identificação e priorização das necessidades de saúde da população do ACES foram feitas em várias etapas.

Numa primeira etapa, foram auscultados os vários parceiros internos e externos de que resultou a elaboração,

pela Unidade de Saúde Pública, de uma proposta com os 10 problemas de saúde selecionados.

Partindo dos problemas selecionados, numa 2ª fase foram realizadas várias reuniões com a participação dos pe-

ritos convidados, visando nova priorização com recurso à Técnica de Grupo Nominal e de acordo com os critérios

da magnitude (dimensão do problema utilizando indicadores de mortalidade e de morbilidade); transcendência

(mede a importância social atribuída pelos grupos populacionais ao problema e o seu impacto económico); e

vulnerabilidade (baseados numa perspetiva de avaliação do potencial de ou possibilidade de prevenção), com o

objetivo de hierarquizar, com base na média da ponderação coletivamente atribuída, 3-5 problemas prioritários.

4. ELABORAÇÃO DO PLANO LOCAL DE SAÚDE

4.1 IDENTIFICAÇÃO E PRIORIZAÇÃO DOS PROBLEMAS DE SAÚDE DA POPULAÇÃO

Tabela 2 – Resultados da participação do grupo de peritos

Magnitude Magnitude

Ordem Problemas Mortalidade t

(x4) Morbilidade

t

(x3)

Transcendência económica

t (x2)

Transcendência social

t (x1)

Vulnerabilidade t

(x5) TOTAL Ordem

Doenças de foro psíquico /

Depressão / Saúde Mental

89 356 137 411 124 248 141 141 74 370 1526 7º

2º Diabetes Mellitus

112 448 133 399 113 226 125 125 124 620 1818 3º

3º Tabagismo 124 496 128 384 116 232 114 114 104 520 1746 4º

4º Hipertensão

Arterial 137 548 130 390 120 240 126 126 119 595 1899 2º

5º Gravidez na

adolescência 69 276 82 246 96 192 99 99 110 550 1363 10º

6º Dor crónica /

Feridas crónicas 79 316 110 330 100 200 112 112 106 530 1488 8º

7º Obesidade / Dislipidemia

105 420 131 393 109 218 117 117 106 530 1678 5º

8º Doenças do foro

osteoarticular 71 284 117 351 105 210 122 122 99 495 1462 9º

9º Doenças cardio-

vasculares 145 580 135 405 125 250 133 133 119 595 1963 1º

10º Alcoolismo 102 408 121 363 114 228 124 124 98 490 1613 6º

Após esta hierarquização (Quadro II), foram definidos como problemas prioritários para o PLS:

1. “Doenças Cardiovasculares (DCV) e Hipertensão Arterial (HTA) ”

2. “Diabetes Mellitus (DM) ”

3. “Tabagismo”

Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras

Lista de Parceiros Internos convidados para a elaboração do Plano Local de Saúde

USF Conde de Oeiras — Ana Isabel Carvalho

USF Santo Condestável — Edite Branco

USF Dafundo— Nelson Gaspar

USF Jardim dos Plátanos — Júlio Silva

USF Descobertas — Isabel Andrade

USF Ajuda —Jorge Barata

USF Delta — Catarina Rodrigues

USF Oeiras— Henriqueta Rêgo

USF São Julião— Vanda Proença

UCSP Linda-a-Velha — Maria do Carmo Afonso

UCSP Barcarena — Helena Costa

UCSP Algés — Helena Coutinho

UCSP Alcântara—Paula Freitas*

UCSP Paço de Arcos—Elisabete Serra *

UCSP Carnaxide — Leonor Neves

UCC Saúdar — Fátima Chumbo

UCC Consigo — Maria Fátima Esteves

UCC Cuidar + — Lina Pereira

URAP — Carla Patrocínio

*- Ausente

Lista de Parceiros Externos convidados para a elaboração do Plano Local de Saúde

Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental

Rita Perez

Helena Boquinhas (Hospital de Santa Cruz)

António Carvalho (Hospital S Francisco Xavier)

Ana Caldeira (Hospital S Francisco Xavier)

Câmara Municipal de Oeiras

Marlene Rodrigues

Marta Camilo

Júlia Cardoso

Câmara Municipal de Lisboa

Maria Teresa Craveiro

Jorge Carvalho Mourão

Maria do Rosário Seixas

Junta de Freguesia de Barcarena

Fernando dos Santos Afonso

União de Freguesias Algés, Linda a Velha e Cruz Que-

brada—Dafundo

Carlos Jorge Moreira

Junta de Freguesia de Porto Salvo

Dinis Antunes

União de Freguesias Carnaxide e Queijas

Jorge Vilhena

União de Freguesias Oeiras e São Julião da Barra, Paço

de Arcos e Caxias

Elisabete dos Santos Coelho

Junta de Freguesia de Belém

Ana Margarida Barros

Junta de Freguesia Alcântara

Fernanda Coelho

Junta de Freguesia C. de Ourique - Pedro Cegonho

Procurador Geral de Oeiras—Luísa Quintela

PSP Oeiras —Tito Fernandes

PSP Lisboa (Calvário) — Rui Marta

CPCJ Oeiras — João Belo

CPCJ Lisboa Ocidental—Dulce Lobo

Hospital da Luz—Fernando Rebelo

Clínica da Linha—Armando Santos

Instituto do Coração—António Sá Água

DGESTE—António Proença

Associação Nacional Farmácias—Marta Pinto

Associação Coração Amarelo - Ana Maria Morais

Stª Casa da Misericórdia de Oeiras—Manuel Martinho

UGT—António Carlos Silva Santos

Junta de Freguesia da Ajuda*

Associações Sindicais*

Associações de Empregadores*

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa*

Voluntariado Social*

IPSS de Lisboa Ocidental*

IPSS Oeiras*

Proteção Civil*

Representante dos Centros Sociais Paroquiais (Igreja)*

Representante dos Utentes do ACES*

Representante dos Pais *

Clínica CUF Belém*

*- Ausente

Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras

As doenças cardiovasculares constituem a causa de morte mais relevante em toda a Europa, incluindo Portu-

gal, e englobam um vasto conjunto de situações clínicas afetando o sistema circulatório em diferentes localiza-

ções. Os setores afetados condicionam as diferentes formas clínicas de apresentação. Entre elas devem ser

destacadas pela sua especial relevância: a doença isquemia do coração (DIC) cuja manifestação clinica mais

relevante é o Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) e a doença cerebrovascular incluindo o Acidente Vascular Ce-

rebral (AVC).

Nas duas últimas décadas, verificou-se na população portuguesa uma notória redução da taxa de mortalidade

por DCV ou doenças do aparelho circulatório, fenómeno atribuído a uma conjugação de vários fatores, nomea-

damente: a progressiva adoção de medidas e estratégias preventivas, como a Lei de Cessação Tabágica (Lei n.º

37/2007), a Iniciativa legislativa de redução do conteúdo de sal no pão (Lei n.º 75/2009) ou as frequentes campa-

nhas promovidas por sociedades científicas e outras organizações, visando a adoção hábitos de vida saudáveis;

a melhoria no diagnóstico e correção dos fatores de risco modificáveis, como a hipertensão arterial (HTA) ou

a dislipidemia e os avanços significativos no tratamento das duas situações clínicas associadas a maior mortali-

dade: o EAM e o AVC. No entanto, as doenças do aparelho circulatório são ainda a principal causa de morte

em Portugal, e em todos os países europeus.

A HTA é considerada o fator de risco cardiovascular corrigível mais frequente, sendo que cerca de metade dos

AVC e dos EAM que ocorrem a nível mundial ocorrem em pessoas com HTA.

Segundo o estudo “A Hipertensão Arterial em Portugal 2013” elaborado no âmbito do trabalho desenvolvido

pelo Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares, a taxa de prevalência da Hipertensão Arte-

rial (HTA) em Portugal situa-se nos 26,9% (sexo feminino 29,5% e sexo masculino 23,9%), sendo que destes

apenas 35,6% se encontram com a HTA controlada. Sabendo que o controlo da HTA é considerado o método

com melhor custo-efetividade na redução da morbilidade e mortalidade cardiovascular prematura, torna-se

essencial melhorar a controlo da HTA a nível nacional.

Quando analisada a população inscrita no ACES LOO, apesar da proporção de inscritos com o diagnóstico de

HTA (19,6%) e de AVC (1,1%) ser igual à verificada ao nível do Continente, verificou-se a existência de uma mai-

or proporção de inscritos com o diagnóstico ativo de doença isquémica cardíaca (1,7% no ACES LOO e 1,4% ao

nível do Continente) assim como uma maior taxa de mortalidade padronizada por doença isquémica cardíaca

na população com <75 anos (21,4 por 100 mil habitantes no ACES LOO e 16,8, ao nível do Continente). (Fonte:

Observatório Regional do DSP da ARS LVT)

4.2 FIXAÇÃO DE OBJETIVOS E METAS

4.2.1 DOENÇAS CARDIOVASCULARES (DCV) E HIPERTENSÃO ARTERIAL (HTA)

Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras

Tendo por missão promover melhor qualidade de vida nos doentes com a finalidade de diminuir a morbilidade

e a mortalidade causadas pelas DCV e HTA, e melhorar o seu diagnóstico, tratamento e controlo, foram fixados

os seguintes OBJETIVOS GERAIS:

Reduzir a proporção de população inscrita no ACES com diagnóstico de HTA, doença isquémica cardíaca e

AVC.

Reduzir a mortalidade por doença isquémica cardíaca e doença cerebrovascular na população <75 anos

residente na área geodemográfica do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras.

Com vista a alcançar os objetivos fixados foram delineadas as seguintes ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO:

Intensificar campanhas de informação dirigidas à população geral.

Aumentar a prática regular de atividade física e de uma alimentação saudável.

Melhorar o diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial e dislipidemia.

Reduzir o número de pessoas com excesso de peso/obesidade.

Identificar portadores de fatores de risco cardiovascular, através da realização do Exame Periódico de

Saúde (EPS).

Melhorar o acesso ao diagnóstico e terapêutica da Doença Coronária e do Acidente Vascular Cerebral.

Considerando o histórico dos problemas no ACES Lisboa Ocidental e Oeiras, foram fixadas as seguintes METAS:

*Fonte: Observatório Regional de Saúde do Departamento de Saúde Pública da ARS LVT (referente a 2013) ** Fonte: Observatório Regional de Saúde do Departamento de Saúde Pública da ARS LVT (referente ao triénio 2009-2011)

META Histórico 2015 2016

Proporção de inscritos (%) com o diagnóstico ativo de HTA 19,6* 19,0 18,0

Proporção de inscritos (%) com o diagnóstico ativo de Doença Cardíaca

Isquémica 1,7 * 1,5 1,3

Proporção de inscritos (%) com o diagnóstico ativo de AVC 1,1 * 1,0 0,9

Taxa de Mortalidade Padronizada (por 100 000 hab) por Doença Cere-

brovascular na pop. <75 anos 15,1** 15,0 15,0

Taxa de Mortalidade Padronizada (por 100 000 hab) por Doença Isqué-

mica Cardíaca na pop. <75 anos

21,4**

21,0

21,0

Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras

A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crónica, caraterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue, a

hiperglicemia. A diabetes é cada vez mais frequente na nossa sociedade sendo uma causa importante de ce-

gueira, doença renal terminal e amputações.

A Hiperglicemia Intermédia, também conhecida como pré-diabetes é uma condição em que os indivíduos

apresentam níveis de glicose no sangue superiores ao normal, não sendo, contudo, suficientemente elevados

para serem classificados como diabetes. É um grande fator de risco para o desenvolvimento de diabetes, sen-

do que nesta fase a alteração de estilos de vida através de uma alimentação saudável e prática regular de exer-

cício físico pode ser suficiente para reverter a situação.

A diabetes apresenta variações de incidência e prevalência nas várias regiões do mundo, com um crescimento

progressivo, sendo que a sua maior prevalência se situará no grupo etário acima dos 45 anos.

A diabetes aumenta o risco de desenvolver doença cardiovascular, sendo que 70-80% das pessoas com diabetes

morrem por doença cardiovascular. Outras complicações a longo prazo da diabetes incluem retinopatia, nefro-

patia e neuropatia.

A prevalência estimada, em 2013, da diabetes na população portuguesa dos 20-79 anos foi de 13,0%, ou seja, a

diabetes atinge mais de 1 milhão de portugueses neste grupo etário, sendo que cerca de metade desconhece

que tem a doença. Por outro lado, se além de se ter em conta só a diabetes se contabilizar também as pessoas

que têm hiperglicemia intermédia verifica-se que 40% da população portuguesa é afetada, isto é, 3,1 milhões

de indivíduos, o que é um valor muito elevado. (Fonte: Observatório Nacional da Diabetes, Portugal 2014)

No ACES LOO, em 2013, verificou-se uma proporção de inscritos com o diagnóstico ativo de DM (6%) inferior à

verificada a nível nacional (6,9%) e uma menor taxa mortalidade por diabetes, na população com menos de 75

anos. (Fonte: Observatório Regional do DSP da ARS LVT). No entanto a incidência de amputações em diabéticos

(1‰) foi ligeiramente superior à verificada a nível nacional (0,9‰). (Fonte: ACSS)

4.2.2 DIABETES MELLITUS (DM)

Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras

Tendo por missão melhorar a qualidade de vida nos doentes com a finalidade de diminuir a incidência da DM e

das suas complicações major, bem como a prevalência de diabéticos não diagnosticados e não tratados, foram

fixados os seguintes OBJETIVOS GERAIS:

Aumentar a proporção de população inscrita no ACES com diagnóstico de DM.

Reduzir a incidência das amputações major da DM na população inscrita no ACES.

Reduzir a mortalidade por DM na população <75 anos residente na área geodemográfica do ACES.

Com vista a alcançar os objetivos fixados foram delineadas as seguintes ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO:

Aumentar a prática regular de atividade física e de uma alimentação saudável

Combater os fatores de risco conhecidos

Melhorar o diagnóstico e tratamento precoces

Melhorar a adesão à terapêutica

Otimizar a articulação e referenciação entre os cuidados de saúde primários e secundários

Considerando o histórico dos problemas no ACES Lisboa Ocidental e Oeiras, foram fixadas as seguintes METAS:

* Fonte: Observatório Regional de Saúde do Departamento de Saúde Pública da ARS LVT (referente a 2013)

** Fonte: ACSS (referente a 2009)

*** Fonte: Observatório Regional de Saúde do Departamento de Saúde Pública da ARS LVT (referente ao triénio 2009-2011)

META Histórico 2015 2016

Proporção de inscritos (%) com o Diagnóstico Ativo de DM 6,0* 6,5 7,0

Incidência de amputação na população com DM inscrita no ACES Lisboa

Ocidental e Oeiras (‰) 1,0** 0,7 0,5

Taxa de Mortalidade Padronizada (por 100 000 hab) por DM na pop.

<75 anos 5,6*** 5,5 5,5

Plano Local de Saúde do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras

O consumo de tabaco constitui a principal causa evitável de doença e de morte, repercutindo-se pesadamen-

te em custos sociais, económicos e de saúde. Atinge todas as regiões do mundo e todos os estratos sociais,

apresentando uma tendência crescente, em particular entre as regiões e os grupos populacionais mais desfa-

vorecidos, contribuindo desse modo para agravar as iniquidades em saúde (World Health Organization, 2004;

2008).

Dada a composição química do tabaco, rico em nicotina, substância psicoativa geradora de dependência, e em

substâncias cancerígenas, tóxicas e mutagénicas, não existe um limiar seguro de exposição para o ser huma-

no, o que obriga à adoção de medidas preventivas e de proteção da saúde baseadas na prova científica, custo-

efetivas, continuadas e universais.

A iniciação do consumo de tabaco tem lugar, habitualmente, durante a adolescência ou no início da idade

adulta. A prevenção da iniciação do consumo de tabaco entre os adolescentes e jovens é, portanto, uma abor-

dagem crucial para se poder vir a controlar a “epidemia tabágica” nas próximas gerações.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, morrem por ano, em todo o mundo, cerca de 5,4 milhões de pes-

soas fumadoras e ex-fumadoras, das quais cerca de 700 000 na União Europeia. Neste contexto, o tabagismo

foi considerado um problema de saúde prioritário no âmbito do Plano Nacional de Saúde 2012-2016.

No ACES Lisboa Ocidental e Oeiras, em 2013 existia uma maior proporção de inscritos com o diagnóstico ativo

de Abuso de Tabaco (8,1%) quando comparado com o nível nacional (6,8%). (Fonte: Observatório Regional do DSP

da ARS LVT)

A prevalência do consumo de tabaco pela população escolar em 2011, sobretudo do ensino secundário (50,5%)

nos últimos 12 meses no ACES Lisboa Ocidental e Oeiras é superior comparativamente à prevalência nacional

(48%), sendo importante realçar que a prevalência do consumo do tabaco mais do que duplica na passagem

para o ensino secundário. (Fonte: SICAD)

4.2.3 TABAGISMO

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Tendo por missão promover um futuro mais saudável, totalmente livre de tabaco, com a finalidade de aumentar a

expetativa de vida saudável da população do ACES LOO, através da redução das doenças e da mortalidade prema-

tura associadas ao consumo e à exposição ao fumo do tabaco, foram fixados os seguintes OBJETIVOS GERAIS:

Reduzir a prevalência do consumo do tabaco (diário ou ocasional), nos jovens dos estabelecimentos do en-

sino EB3.

Reduzir a prevalência do consumo do tabaco (diário ou ocasional), nos jovens dos estabelecimentos do en-

sino secundário.

Diminuir a proporção de inscritos no ACES com o diagnóstico ativo de abuso de tabaco.

À semelhança do Programa Nacional de Prevenção e Controlo do Tabagismo (PNPCT), as estratégias de interven-

ção consistem na prevenção da iniciação do consumo; promoção da cessação tabágica e da proteção da exposi-

ção ao fumo ambiental:

Campanhas informativas e educativas dirigidas à população, em geral e à população escolar dos ensinos

EB3 e secundário, em particular .

Investimento pedagógico no âmbito do Programa Nacional de Saúde Escolar e do Programa Nacional de

Promoção de Saúde Oral.

Informar, sensibilizar e promover o cumprimento da Lei n.º 37/2007 de 14 de agosto, nos perímetros esco-

lares (nos estabelecimentos de ensino é proibido fumar, seja em que espaço for…).

Intervenções de apoio à cessação tabágica no âmbito das consultas médicas e de enfermagem.

Divulgação da Consulta de cessação tabágica.

Considerando o histórico dos problemas no ACES Lisboa Ocidental e Oeiras, foram fixadas as seguintes METAS:

*Fonte: SICAD, (referente a 2011)

**Fonte: Observatório Regional de Saúde do Departamento de Saúde Pública da ARS LVT (referente a 2013)

META Histórico 2015 2016

Prevalência do consumo do tabaco nos últimos 12 meses dos jovens nos estabelecimentos do ensino EB3 do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras (%)

23,5* 23,0 22,0

Prevalência do consumo do tabaco nos últimos 12 meses dos jovens nos estabelecimentos do ensino Secundário do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras (%)

50,5* 50,0 49,0

Proporção de fumadores inscritos no ACES Lisboa Ocidental e Oeiras (%)

8,1** 8,1 8,0

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5. BIBLIOGRAFIA

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