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P r e fe i t u r a d a E s tâ n c i a B a l ne ár i a de Pr a i a Gr a n d e Estado de São Paulo
SECRETARIA DE SAÚDE PÚBLICA
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE Período: 2010-2013
APROVADO NA REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE REALIZADA EM 30/03/2010
ROBERTO FRANCISCO DOS SANTOS Prefeito
ADRIANO SPRINGMANN BECHARA Secretário de Saúde Pública
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SECRETARIA DE SAÚDE PÚBLICA
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE Período: 2010-2013
Coordenação e Organização: SUBSECRETARIA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA Elaboração: Técnicos da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande Supervisão: Conselho Municipal de Saúde de Praia Grande
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SECRETARIA DE SAÚDE PÚBLICA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
ADRIANO SPRINGMANN BECHARA
Secretário de Saúde
JAIME GOMES TRAVESSO Secretário Executivo
CLEBER SUCKOW NOGUEIRA
Subsecretário de Gestão Administrativa
DARTES ODENIZ PEPINO Assessor Jurídico
PAULA RENATA SANTIAGO
Assistente do Secretário
ADRIANO MAXIMIANO SOARES Chefe do Departamento de Administração
LUIZ CARLOS MARONO
Chefe do Departamento de Saúde Pública
SÉRGIO FEIJOÓ RODRIGUEZ Chefe do Departamento de Assistência à Saúde
FÁBIO JOSÉ PINHO CARDOSO
Resp. pelo Departamento de Planejamento e Monitoramento das Ações de Saúde
WAGNER GOMEZ GALLEGO FILHO
Chefe do Departamento de Manutenção
CARLA REGINA JARDIM ROCHA Chefe do Departamento de Orçamento e Controle de Custos
RODRIGO FRANÇA GOMES
Coordenador do Complexo Regulador
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AGRADECIMENTOS
À Toda a equipe da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande e a todos os
conselheiros municipais de Saúde de Praia grande, pois sem a colaboração de
todos não seria possível a conclusão do presente Plano.
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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE PRAIA GRANDE
BIÊNIO DE 2010/2013
SUMÁRIO
ÍNDICE DOS ANEXOS _______________________________________________________ 7
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO _________________________________________________ 8
1.1 - JUSTIFICATIVA ________________________________________________________ 8
1.2 - DIRETRIZES, OBJETIVOS E METAS _______________________________________ 9
CAPÍTULO II – PERFIL DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE PRAIA GRANDE _____________ 9
2.1 - HISTÓRIA ____________________________________________________________ 10
2.2 - POTENCIAL TURÍSTICO ________________________________________________ 12
2.3 - POPULAÇÃO _________________________________________________________ 15
2.4 - RECURSOS HUMANOS, FÍSICOS E MATERIAIS ____________________________ 15
2.4.1 - Recursos Humanos __________________________________________________ 15
2.4.2 - Recursos Físicos e Materiais __________________________________________ 16
2.5 - PODERES CONSTITUÍDOS _____________________________________________ 16
2.6 - MEIOS DE COMUNICAÇÃO _____________________________________________ 17
2.7 - PATRIMÔNIO CULTURAL _________________________________________________ 17
2.8- PRINCIPAIS EVENTOS CULTURAIS, ESPORTIVOS E DE LAZER ______________ 18
2.9 – LAZER __________________________________________________________________ 18
2.10 – GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS _____________________________________ 19
CAPÍTULO III – SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO MUNICÍPIO ____________________ 19
3.1 - DADOS DEMOGRÁFICOS _________________________________________________ 20
3.2 - NASCIMENTOS EM PRAIA GRANDE _______________________________________ 21
3.3 - SAÚDE DA MULHER ______________________________________________________ 24
3.4 - MORTALIDADE INFANTIL _________________________________________________ 27
3.5 - MORTALIDADE MATERNA _____________________________________________ 30
3.6 - MORTALIDADE GERAL ________________________________________________ 31
3.7 - DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA ______________________________ 35
3.8 IMUNIZAÇÃO _____________________________________________________________ 38
3.9 - DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS ______________________________ 39
3.10 - SAÚDE BUCAL __________________________________________________________ 39
CAPÍTULO IV – SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE _______________________________ 40
4.1 - MAPA DAS UNIDADES DA REDE MUNICIPAL DE SAÚDE ____________________ 41
4.2 - PROCESSO DE MUNICIPALIZAÇÃO________________________________________ 41
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4.3 – ATENÇÃO BÁSICA ___________________________________________________ 43
4.4 – SAÚDE ESPECIALIZADA ______________________________________________ 44
4.5 – URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS _________________________________________ 46
4.6 – ASSISTÊNCIA HOSPITALAR ______________________________________________ 47
CAPÍTULO V – PROGRAMAS DE SAÚDE ______________________________________ 48
5.1 – DIAGNÓSTICO ___________________________________________________________ 48
Saúde da Mulher: Pré-natal ____________________________________________________ 48
Prevenção de Câncer Uterino __________________________________________________ 48
Prevenção do Câncer de Mama ________________________________________________ 48
Planejamento Familiar _________________________________________________________ 48
Reeducação Alimentar ________________________________________________________ 48
Dia Internacional da Mulher ____________________________________________________ 48
Sífilis na Gestação ____________________________________________________________ 48
Saúde do Adulto: Diabetes ___________________________________________________ 48
Hipertensão Arterial ___________________________________________________________ 48
Combate à Tuberculose _______________________________________________________ 48
Combate à Hanseníase ________________________________________________________ 48
Diagnóstico Precoce da Catarata _______________________________________________ 48
Prevenção de Hepatites Virais _________________________________________________ 48
Combate ao Fumo _____________________________________________________________ 48
Combate ás Drogas ___________________________________________________________ 48
Diagnóstico Precoce da Osteoporose __________________________________________ 48
Dia Internacional do Idoso _____________________________________________________ 48
Doação de Sangue ____________________________________________________________ 48
Luta contra a AIDS ____________________________________________________________ 48
Prevenção ao Câncer de Próstata ______________________________________________ 49
Prevenção ao Câncer de Pele __________________________________________________ 49
Saúde da Criança: Puericultura ________________________________________________ 49
Aleitamento Materno __________________________________________________________ 49
Teste do Pezinho ______________________________________________________________ 49
Teste da Orelhinha ____________________________________________________________ 49
Saúde e Nutrição ______________________________________________________________ 49
Saúde Escolar ________________________________________________________________ 49
Saúde Bucal: Assistência Odontológica ________________________________________ 49
Prevenção do Câncer Bucal ____________________________________________________ 49
CAPÍTULO VI – ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ________________________________ 49
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CAPÍTULO VII – FINANCIAMENTO DO SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE ___________ 52
7.1 - RECURSOS FINANCEIROS PARA A SAÚDE NO MUNICÍPIO _________________ 52
7.2 - TRANSFERÊNCIAS DA UNIÃO PARA OS MUNICÍPIOS _______________________ 54
CAPÍTULO VIII – ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO ___________________________ 54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ______________________________________________ 56
ÍNDICE DOS ANEXOS
- ANEXO I Relatório de Mortalidade Infantil
- ANEXO II Cobertura Vacinal em Menores de 1 ano, segundo SEADE
- ANEXO III Diretrizes da Atenção Básica
- ANEXO IV PAVISA
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CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1 - JUSTIFICATIVA
É a decisão do gestor sobre quais ações de saúde deverá desenvolver, sob a
perspectiva da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande e em convergência com
os interesses da sociedade, motivada pela busca de soluções para os problemas de
uma população, e que deve resultar na implementação de um plano capaz de
promover uma nova situação, em que haja melhor qualidade de vida, maiores níveis
de saúde e bem-estar e apoio ao desenvolvimento social da população de Praia
Grande. O Plano Municipal de Saúde deverá ser aprovado pelo COMUSA – Conselho
Municipal de Saúde - e é instrumento fundamental para a gestão do SUS. É um
instrumento que expressa as intenções do gestor do SUS, e necessita de elementos
básicos como:
1. Análise situacional, contemplando informações acerca das respectivas
condições socioeconômicas, epidemiológicas e de gestão do Sistema:
Capacidade instalada;
Profissionais de saúde;
Recursos financeiros. 2. Objetivos, diretrizes, estratégias e metas pretendidas no período, tanto
em relação à Atenção à Saúde propriamente dita, quanto à gestão do SUS:
Linhas de atenção à saúde;
Condições de saúde da população;
Setor saúde;
Gestão em saúde;
Investimento em saúde. Os objetivos a serem alcançados são os mesmos do Plano Plurianual.
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3. Processo de monitoramento, avaliação e atualização periódica do Plano.
O Plano Municipal de Saúde – PMS de Praia Grande contemplará
diagnósticos, diretrizes, objetivos e metas para todos os níveis de Atenção à Saúde,
incluindo modalidades de prevenção, procurando racionalizar e tornar eficiente o uso
de recursos estabelecendo prioridades nas políticas em saúde, visando atender às
necessidades da população praia-grandense.
A concepção do Plano deverá ter como eixos norteadores, do ponto de vista
legal, a Constituição Federal de 1988, a Constituição Estadual de 1989 e a Lei de
Diretrizes do SUS.
1.2 - DIRETRIZES, OBJETIVOS E METAS
O Plano Municipal de Saúde é espelhado no PNS (Plano Nacional de
Saúde), no PES (Plano Estadual de Saúde) e no PDR (Plano Diretor Regional) e se
complementa a eles, caracterizando-se como um plano global, aprovado por lei. Não
é, portanto, um plano de governo, de rede de saúde, desarticulado dos vários setores
da administração pública e da sociedade.
O Plano Municipal de Saúde tem os mesmos princípios norteadores do
nacional e do estadual: valorização dos profissionais e saúde como direito.
O PMS, dessa forma, considera a Saúde como sendo estratégica para o
combate à exclusão social e para uma melhor qualidade de vida de seus munícipes.
Considerando as limitações financeiras e a capacidade para responder aos
desafios da saúde praia-grandense, o PMS deve estabelecer prioridades, atendendo
aos princípios e deveres estabelecidos tanto nas Constituições Federal e Estadual
como na Lei Orgânica de Praia Grande, em consonância com as mais prementes
necessidades sociais do município.
CAPÍTULO II – PERFIL DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE PRAIA GRANDE
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Situada no Litoral Sul de São Paulo e integrante da Região Metropolitana da
Baixada Santista, a Estância Balneária de Praia Grande possui uma área de 145 km²,
sendo 22,5 km contínuos de praias e 81 km de rios e costas marítimas, além de
territórios de parques estaduais preservados, como os da Serra do Mar e Xixová-
Japuí, e o Parque Municipal do Piaçabuçu.
2.1 - HISTÓRIA
Peaçabuçú, do tupi “porto grande”, foi o primeiro batismo de Praia Grande.
Recentemente, a historiadora Wilma Therezinha Fernandes de Andrade publicou1
que em 1561, José de Anchieta, ao ir de São Vicente para Itanhaém, passou pela
Praia da Conceição (hoje Praia Grande) e escreveu: “... por toda aquela praia estão
fazendas de portugueses e sempre se acham nelas alguns escravos...”. Praia da
Conceição ou Peaçabuçú, o povoamento desta magnífica faixa territorial de 22,5 km
à beira-mar começou logo após o desembarque de Martim Afonso de Sousa no
Brasil, em 1532, data do início da colonização portuguesa.
Quatro séculos pós-descobrimento, os núcleos de nativos, colonos e
pescadores que, aos poucos, se estabeleceram entre as encostas dos morros
Xixová-Guaçu/Itaipu e a divisa com Mongaguá, ainda eram escassos.
A história de Praia Grande, como bairro, a sul, da primeira capitania e vila
brasileira, São Vicente, é a própria história dos primórdios da catequese jesuítica no
país.
Praia da área continental, isolada pelo mar de São Vicente, o extenso bairro
litorâneo permaneceu esquecido, mesmo após as construções dos fortes Duque de
Caxias (novembro/ 1918) e Jurubatuba (outubro/1919), dentro da centenária
Fortaleza de Itaipu, instalada em 1902, pelo presidente Campos Sales, dentro de um
trecho de Mata Atlântica intacta, na ponta alta, estratégica, do morro de mesmo
nome, que avança sobre o oceano.
A construção da imponente e engenhosa Ponte Pênsil, em 1914,
originalmente idealizada para escorar as tubulações de esgotos da ilha, em direção
ao mar continental, determinou o fim do isolamento do Litoral Sul e a ocupação do
território praia-grandense.
1 No Livro “Presença da Engenharia e Arquitetura – Baixada Santista” (Empresa das Artes – 2001)
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Em março de 1953, anos e anos longe das decisões do poder vicentino, o
bairro de Solemar, em Praia Grande (divisa, a sul, com Mongaguá), se uniu, tendo à
frente Júlio Secco de Carvalho, e tentou a emancipação como distrito. O movimento
fracassou. Cinco anos depois, surgiu a Comissão Pró-Desmembramento de Praia
Grande, liderada pelo vereador Oswaldo Toschi. O seu sonho, e de outros
moradores, pouco sensibilizou os políticos da região e a Assembléia Legislativa do
Estado.
Da comissão pró-emancipação formada e presidida por Israel Grimaldi
Milani, em 1962, ao plebiscito de 08 de dezembro de 1963, quando a população
quase por unanimidade votou “sim” à separação, passando por outra comissão em
agosto de 1965, chamada de “Executiva” e liderada por Paschoalino Borelli, inúmeros
recursos foram impetrados defendendo a autonomia de Praia Grande. Em 26 de
outubro de 1966, quase três anos após a realização do plebiscito, o Supremo
Tribunal Federal reconheceu e legitimou o seu desmembramento de São Vicente.
O dia 19 de janeiro de 1967 passou a ser a data oficial de emancipação
político-administrativa de Praia Grande, com a posse do interventor federal Nicolau
Paal (nomeado pelo presidente Costa e Silva), no Ocian Praia Clube, onde,
provisoriamente, foi instalada a prefeitura do recém-criado município.
Praia Grande tornou-se bastante popular nos anos 60/70, com os
“balneários”, e durante este período sofreu com as sazonais invasões de um turismo
de massa, predatório, que saturou e comprometeu os principais recantos naturais da
cidade.
A criação da Região Metropolitana da Baixada Santista, formada por nove
municípios, em 1994, aconteceu, felizmente, quando Praia Grande, que interliga esta
bela região do litoral paulista, vivia um outro momento, principalmente porque
disciplinou, com lei municipal (janeiro/1993), a entrada dos ônibus de excursão,
realizou um inédito programa de despoluição das praias e de suas águas com dois
modernos emissários submarinos e as estações elevatórias; e através de parcerias
iniciou a urbanização da sua orla marítima, das praças, ruas e avenidas,
proporcionando, com uma infra-estrutura urbana básica e moderna, perspectivas de
um crescimento sustentável e melhoria na qualidade de vida dos seus moradores,
agora, orgulhosos de sua nova cidade.
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2.2 - POTENCIAL TURÍSTICO
Praia Grande ocupa a área central de uma das mais prósperas regiões
metropolitanas do país (Baixada Santista). É também a praia mais próxima da capital
paulista. Com a abertura ao tráfego da segunda pista da Rodovia dos Imigrantes, a
cidade comprovou sua capacidade receptiva e sustentável, absorvendo o impacto de
25% a mais em sua demanda turística, sem perder sua alegria e qualidade de vida.
Com investimentos próprios, Praia Grande vai construindo as bases de seu
futuro, modernizando seu sistema viário com obras de alcance metropolitano, como é
o caso da Via Expressa Sul, que torna “pista livre” o antigo Acesso 291 da Rodovia
Padre Manuel da Nóbrega, dotada de passagens subterrâneas interligando os
bairros, com aprazíveis gramados e ladeada por mais de 20 km de ciclovias.
Preocupada com a balneabilidade de suas águas, a Administração Municipal
entregou, em dezembro de 2002, a segunda etapa do projeto de despoluição das
praias, extinguindo mais de uma centena de córregos dos 22,5 km de sua orla
marítima.
O programa “Ações para o Desenvolvimento do Potencial Turístico”
contempla as revitalizações do Portinho e da Cidade da Criança; a reurbanização da
Avenida dos Sindicatos e a construção de um píer na praia do forte.
O pujante mercado da construção civil, o crescimento de pequenas indústrias
locais e o moderno e diversificado comércio, com Shopping, retratam o
amadurecimento do turismo em Praia Grande.
Do monitoramento da cidade com centenas de câmeras de vídeo por sistema
de fibra ótica aos vultosos investimentos em drenagem, pavimentação e
modernização de suas vias públicas, inclusive com sinalização turística; da
revitalização de antigos centros comerciais à implantação do selo de qualidade para
os quiosques do calçadão da orla; do disciplinamento do seu trânsito à atenção com
a saúde, educação e o lazer, a cidade dá mostras de que consolida a cada dia uma
consciência cidadã e o orgulho dos seus habitantes por esta promissora estância
balneária.
Praia Grande, há mais de uma década, tem se destacado entre as cidades
que geram o maior número de postos de trabalho com carteira assinada, não apenas
da Região Metropolitana da Baixada Santista, mas de todo o Litoral Paulista.
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Área, Localização Geográfica e Altitude do Município
Área Km2
145
Extensão de Praias km 22
Localização Geográfica (Sede) Latitude 24
o 00' 35"
Longitude 46o
24' 45 “
Altitude (Sede) Metros 5
Fonte: Instituto Geográfico e Cartográfico - IGC.
Elaboração: Seplan, 2002.
Limites Geográficos
Norte Município de São Vicente
Sul Oceano Atlântico
Leste Município de São Vicente
Oeste Município de Mongaguá
Fonte: Instituto Geográfico e Cartográfico - IGC.
Elaboração: Seplan, 2002.
Áreas Territoriais por Tipo e Extensões Marítimas
Tipo Área (Km²) Extensão (km)
Área Territorial 145
Urbana 88,55 ---
Ocupada 34,89 ---
Parque Estadual da Serra do Mar 45,31 ---
Parque Estadual do Xixová/Japuí 5,54 ---
Parque do Piaçabuçú 8,09 ---
Costa Marítima --- 31,43
Orla Marítima --- 22,50
Fonte: Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Instituto Geográfico e Cartográfico - IGC
Nota: Todas as áreas e extensões são aproximadas.
Elaboração: Seplan, 2002.
Hidrografia
Rios
1. Branco ou Boturoca
2. Preto
3. Piaçabuçu
4. Acaraú
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5. Acaraú Mirim (1)
6. das Cruzes
7. Guaramar
8. Indaiaúba
9. Monbuatuba
10. Ameija
Fonte: Prefeitura da Estância Balneária de Praia Grande
Nota: (1) Afluente do Rio Acaraú
Elaboração: Seplan, 2002.
Aspectos Climáticos e de Solo
Descrição Índices
Clima Tropical úmido
Temperatura Máxima 38,5º C
Mínima 8º C
Pluviometria 2000 e 2500 mm a.a.
Evaporação Semestre seco 384 mm
Semestre úmido 642 mm
Umidade Média anual superior a 80%
Insolação Média anual de 4,35horas/dia
Ventos Predominam ventos sul e sudeste
Solo Arenoso, argiloso, mangue
Topografia 80% plano
20% serras/morros
Fonte: Prefeitura da Estância Balneária de Praia Grande
Elaboração: Seplan, 2002.
Distâncias Rodoviárias da Capital e dos Municípios integrantes da Região
Metropolitana da Baixada Santista
Municípios Distância (km) (1)
Bertioga 40
Cubatão 18
Guarujá 30
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15
Itanhaém 43
Mongaguá 24
Peruíbe 74
Santos 12
São Paulo 72
São Vicente 6
Fonte: Secretaria Municipal de Esporte, Turismo e Cultura.
Nota: (1) Foram consideradas as menores distâncias rodoviárias.
Elaboração: PRODEPG, 2000.
2.3 - POPULAÇÃO
Praia Grande, até cerca de 50 anos atrás, era constituída por poucos
habitantes. Aqui viviam famílias de pescadores que tiravam o seu sustento do mar ou
dos rios e riachos. Era uma cidade muito visitada por pessoas que moravam no
Planalto do Estado, que vinham em busca de descanso e lazer, ou até mesmo pelos
atrativos da pesca. A população de Praia Grande cresceu muito nas últimas décadas,
a partir de 1970.
O Município contava com 19.297 habitantes em 1970, crescendo para 65.374
em 1980, depois para 115.710 em 1990 e 260.769 em 2010 (IBGE, estimativa
populacional 2010). Assim, a taxa geométrica de crescimento anual no período de
1970 a 1980 foi de 18,87%, de 1980 a 1991 foi de 5,88%, de 1991 a 2000 foi de
6,27%, e desde então vem aumentando progressivamente.
Atualmente há uma população flutuante nos finais de semana fazendo com
que chegue a 300.000 pessoas na cidade e 1.5000.000 de pessoas na alta
temporada de verão (www.praiagrande.sp.gov.br).
A população praia-grandense não cresce de forma uniforme em todos os
bairros. Alguns deles, mais periféricos, como os bairros Trevo, Quietude e Antártica,
cresceram muito desordenadamente, em áreas invadidas, gerando grandes
demandas sociais à administração pública, incluindo a Saúde.
2.4 - RECURSOS HUMANOS, FÍSICOS E MATERIAIS
2.4.1 - Recursos Humanos
No ano de 2001 começou no município uma modificação do modelo de
assistência, com a adoção do Programa de Saúde da Família para reestruturar os
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serviços de saúde. Com esta medida os funcionários são estimulados a aumentarem
suas cargas horárias para quarenta horas semanais, na busca de um maior vínculo
com a comunidade e tendo como foco a humanização dos serviços. Equipes
multidisciplinares de médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, agentes
comunitários e de saúde bucal substituem a lógica da assistência da livre demanda
por um atendimento territorializado e com uma população adscrita. É adotada no
Município de Praia Grande a premissa da educação permanente, para que os
funcionários tenham oportunidade de reciclar e aprimorar seus conhecimentos com
técnicos especializados da área de saúde pública, bem como de estabelecer
protocolos que homogenizem os serviços.
As equipes da Estratégia de Saúde da Família têm a oportunidade de trocar
experiências e verificar que cada membro tem o seu papel fundamental e sua
responsabilidade junto ao munícipe. Essa metodologia de trabalho deverá ser
capilarizada para toda a rede de saúde municipal.
2.4.2 - Recursos Físicos e Materiais
O Município de Praia Grande tem investido em projetos arquitetônicos com a
preocupação constatada em cada detalhe, abrangendo todas as Unidades de Saúde,
que necessitam de revitalizadas e reformas, para melhorar as condições de
atendimento, higienização das dependências e dos prédios em geral e segurança.
Isso faz com que a estrutura física proporcione ao munícipe o convívio em um
ambiente saudável e de qualidade, complementado com a colocação de torneiras e
válvulas de descargas contra vazamentos e de sistemas de filtragem de água que
permitem a obtenção de água filtrada em qualquer torneira da unidade de saúde.
Criando uma estrutura física de qualidade e durabilidade, consegue-se uma grande
vantagem econômica em termos de manutenção nos prédios públicos.
2.5 - PODERES CONSTITUÍDOS
Poder Executivo
Poder Legislativo: 13 Vereadores;
Poder Judiciário: 05 Varas (03 Cíveis e 02 Criminais)
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Ministério Público: 06 Promotorias de Justiça (Consumidor, Meio Ambiente,
Deficiente, Infância e Juventude, Habitação e
Urbanismo, Direitos Constitucionais, Cidadão e Idoso).
2.6 - MEIOS DE COMUNICAÇÃO Rádios: 04 FM;
Jornais: 01 (circulação 2 vezes por semana);
Agências de Correio: 02;
Terminais Rodoviários: 02;
Provedor de Internet: 01.
2.7 - PATRIMÔNIO CULTURAL
O patrimônio cultural de um povo lhe confere identidade e orientação,
pressupostos básicos para que se reconheça como comunidade, inspirando valores
ligados à pátria, à ética e à solidariedade e estimulando o exercício da cidadania,
através de um profundo senso de lugar e de continuidade histórica. Patrimônio
cultural é, portanto, a soma dos bens culturais de um povo.
Portal de Entrada da Cidade – Símbolo maior da transformação
urbanística de Praia grande, o primeiro no litoral do país, possui mais de
dez metros de altura, arcos com vitrais que simbolizam o sol e a
palmeira imperial.
Conjunto Praça e Capela Nossa Senhora da Guia;
Conjunto das Praças A Tribuna e dos Emancipadores;
Fortaleza de Itaipu – a centenária e majestosa Fortaleza de Itaipu
(1902) foi instalada durante o governo do presidente Campos Sales. Os
três fortes, Duque de Caxias (1918), Jurubatuba (1920) e Rego Barros
(do início dos anos 40), verdadeiros monumentos da engenharia militar,
que compõem, juntamente com a vila militar, a Fortaleza de Itaipu, estão
estratégicos em uma rica e extensa reserva de Mata Atlântica, e são
espetáculos à parte de uma paisagem natural maravilhosa,
cinematográfica.
Praça 19 de Janeiro;
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Parque do Piaçabuçu;
Parque Xixová-Japuí;
Estátua de Netuno – O monumento marco do calçadão da orla. Esta
bela e imponente escultura em bronze, dedicada ao “Rei do mar”, foi
inaugurada em 1956.
Estátua de Iemanjá – Local de peregrinação dos umbandistas. Em sua
base, há local destinado às oferendas.
2.8- PRINCIPAIS EVENTOS CULTURAIS, ESPORTIVOS E DE LAZER
O Show do Verão é Você;
Festival Náutico;
Tapete Decorativo - Corpus Christi;
Salão de Artes Plásticas;
Campeonato Brasileiro de Canoagem Oceânica;
Festa da Tainha;
Festejos de Iemanjá.
Palácio das Artes.
2.9 – LAZER
Praias: 10 - Contornada por milhares de coqueiros, a orla marítima de
Praia Grande é incomparável. Aqui, os amantes do mar se realizam,
desfrutando dos seus 22,5 km de praias, a maioria com ondas, dentro de
uma única enseada. Mar, de um verde-azulado muito bonito, é o que não
falta nesta cidade. Possui ciclovia asfaltada e sinalizada contornando toda
a orla, ao lado de canteiros com grama;
Quiosques: 164 – Dentre o leque de possibilidades de entretenimento
em Praia Grande e os atrativos na avenida litorânea, os quiosques do
calçadão da orla se destacam. Padronizados e divididos em duplas,
possuem sanitários, guarda-sóis e são sombreados por pitorescos
coqueiros na areia da praia;
Feiras de Artesanato: 03 – As feiras de artesanato (Guilhermina, Ocian
e Caiçara) com dezenas de bancas padronizadas em praças, possuem
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setores de alimentação e bijuterias em áreas distintas, onde são
comercializados diversos produtos, do vestuário hippie aos doces e
salgados caseiros;
Shopping Centers: 02 – Atualmente, Praia Grande dispõe de dois
shoppings centers, o Litoral Plaza Shopping, na entrada da cidade, e o
Boqueirão Praia Shopping, na avenida da praia, no bairro Boqueirão;
Salas de Cinema: 08 – Situadas junto à Praça de Alimentação do
Litoral Plaza Shopping (Cinemark), as salas são do tipo “stadium”,
somando 2.105 lugares com espaço para cadeirantes e acompanhantes;
Hotéis: 06;
Pousadas: 02;
Colônias de Férias: 55 (Praia Grande abriga 55 colônias de férias de
sindicatos paulistas, sendo a maior parte delas em uma única avenida, a
Avenida dos Sindicatos, no Bairro Mirim. São oito mil leitos disponíveis,
inclusive para não-sócios, o ano inteiro. Várias colônias possuem
piscinas, restaurantes, salão de jogos, quadras, auditórios e todo o
serviço de apoio, com o conforto de bons hotéis.
Portinho: “Porto do Rei”. Assim, séculos atrás, era chamado o
“Portinho”. Dentro de uma área verde às margens do Mar Pequeno e ao
lado da imponente “Ponte Nova” (Ponte Esmeraldo Tarquínio), é dotado
de uma área de lazer (Ezio Dall’Acqua) com píer para pesca, quiosques
com churrasqueiras, mesas e bancos em madeira, campos de futebol e
brinquedos para crianças.
2.10 – GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS A rede municipal própria de saúde contou em 2009 com 1.703 funcionários (base: dezembro/2009).
CAPÍTULO III – SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO MUNICÍPIO
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3.1 - DADOS DEMOGRÁFICOS
O atual quadro demográfico brasileiro, assim como o do Município de Praia
Grande, é resultado de várias transformações, peculiares da transição demográfica
ocorrida nos últimos 100 anos, caracterizada por queda da fecundidade, redução da
mortalidade infantil, aumento da esperança de vida e progressivo envelhecimento da
população – situação que gera impactos e novas demandas para o sistema de saúde.
Destacam-se importantes alterações na dinâmica demográfica, expressas por
proporção menor de crianças, maior população em idade ativa e proporção crescente
de idosos. A transição demográfica e a polarização epidemiológica ocorridas nos
últimos cem anos caracterizaram-se pela gradual e progressiva queda das doenças
infecciosas e parasitárias e ascensão das causas violentas e doenças crônico-
degenerativas, particularmente das doenças cardio-circulatórias como principais
causas de óbito. Tornou-se clara a ocorrência simultânea e, em igual importância, de
doenças transmissíveis e não-transmissíveis no perfil de morbi-mortalidade da
população.
O crescimento demográfico teve maior percentual concentrado nos anos de
2000 a 2004, quando foi de 6,68. A partir de 2005 vem diminuindo.
Anos
Valores 2005 2006 2007 2008 2009
Nº. Habitantes
237.494 245.384 253.215 244.533 249.547
TGCA %
3,46 3,32 3.19 -3,42 2,05
Fonte: Central Integrada de Dados e Estatísticas da PEBPG, baseado em dados do IBGE. Conforme dados do IBGE - 2009 a população está distribuída segundo o sexo
em 48,48% de homens e 51,52% de mulheres (Tabela abaixo).
Distribuição populacional, por faixa etária no ano de 2009 em Praia Grande:
Faixa Etária Masculino Feminino Total
Menor 1 ano 1.922 1.838 3.760
1 a 4 anos 8.270 7.921 16.191
5 a 9 anos 11.045 10.716 21.761
10 a 14 anos 10.082 9.999 20.081
15 a 19 anos 9.740 9.691 19.431
20 a 29 anos 21.300 21.931 43.231
30 a 39 anos 19.430 20.238 39.668
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40 a 49 anos 15.424 17.254 32.678
50 a 59 anos 11.899 13.996 25.895
60 a 69 anos 6.696 7.916 14.612
70 a 79 anos 3.678 4.853 8.531
80 anos e mais 1.495 2.213 3.708
Total 120.981 128.566 249.547
Fonte: IBGE.
O crescimento populacional e a distribuição por faixa etária devem subsidiar os
investimentos em políticas públicas voltadas para as áreas que melhor atendam a
população, tanto no que diz respeito ao setor da saúde, com incremento nas ações
de promoção da saúde, prevenção e assistência às doenças típicas das fases da vida
humana; como também de um planejamento intersetorial de todo serviço público
municipal.
3.2 - NASCIMENTOS EM PRAIA GRANDE
A saúde materno-infantil é monitorada em Praia Grande pelos sistemas
informatizados de saúde dos governos federal e estadual – SINASC – Sistema
Informatizado de Nascidos Vivos e SISPRENATAL – Sistema Informatizado do
Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento.
Os indicadores avaliados apresentam-se com diferenças, dependendo da fonte
populacional utilizada – SEADE e SINASC, sendo que a alimentação dos dados
acontece no município no banco do SINASC.
A captação das Declarações de Nascidos Vivos é realizada pela Divisão de
Vigilância Epidemiológica, em 100% dos casos dos nascidos no município. O restante
da informação (nascidos vivos em outros municípios) é fornecido pelo GVE XXV, que
capta as informações da região. As informações oficiais são disponibilizadas pelo
SEADE em meados do ano seguinte.
O acompanhamento dos nascimentos é realizado com a alimentação periódica
de dados no SINASC, e monitorado pelo Programa de Saúde da Criança e Programa
de Saúde da Mulher, que trabalham visando à melhoria da assistência ao pré-natal,
ao parto, ao recém-nascido e à criança.
Os dados constantes da DNV são preenchidos ainda com muitas falhas e
erros, o que prejudica a análise final dos mesmos. São necessários treinamentos
periódicos para que o preenchimento seja completo e correto.
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PRIORIDADE: QUALIDADE NO PREENCHIMENTO DAS DNV
Distribuição do número de NASCIDOS VIVOS em Praia Grande, segundo ano de nascimento
Fonte: SEADE.
Ano
2005 2006 2007 2008 2009*
Nº Nascimentos
3747 3640 3859 3722 3813
Fonte: SINASC * Dados fornecidos pelo Comitê Regional de Mortalidade Mat.Infantil
Baixo Peso ao Nascer:
O percentual de baixo peso ao nascer (<2,5 kg) apresenta-se oscilante e em
patamares elevados, por vezes maior ou menor comparados aos percentuais da
região. Esta, porém, apresenta percentuais menores se comparados aos do Estado
de São Paulo.
O baixo peso ao nascer é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde
como principal fator de risco isolado para a sobrevivência infantil.
Distribuição de casos de BAIXO PESO AO NASCER, de residentes em Praia Grande, segundo o ano de nascimento no período de 2005 a 2009.
Anos 2005 2006 2007 2008 2009
NASCIDOS VIVOS
COM PESO < 2500G
Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. %
329 8,80 284 7,80 360 9,33 312 8,38 266 8,96
Fonte: DATASUS.
Ano
2005 2006 2007 2008 2009
Nº Nascimentos
3748 3578 3857 3865
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PERCENTUAL DE NASCIMENTOS DE BAIXO PESO - ESTADO DE SÃO PAULO, REGIÃO METROPOLITANA DA BAIXADA SANTISTA E PRAIA GRANDE –
PERÍODO DE 2004 A 2009*
ANO % DE NASCIMENTOS DE BAIXO PESO (< 2,5 KG)
EST. SÃO PAULO RMBS PRAIA GRANDE
2004 9,07 8,59 8,68
2005 8,92 8,49 8,80
2006 9,06 8,78 7,88
2007 9,09 8,72 9,15
2008 9,03 8,80 8,38
2009* 8,96
Fonte: SEADE até 2008 - *2009: SINASC
Prematuridade ao Nascer: O tempo de duração da gestação e a prematuridade, com nascimento antes de
37 semanas, é um indicador com dados oscilantes, como demonstrado no quadro
abaixo, e que tem se apresentado também como importante fator de sobrevivência
infantil.
Percentual de crianças com PREMATURIDADE AO NASCER de residentes em Praia Grande:
Prematuros ao nascer
2005 2006 2007 2008 2009
Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. %
257 6,86 244 6,81 304 7,88 264 7,09 199 6,70
Fonte: DATASUS até 2007 2008 e 2009 SINASC MUNICIPAL.
PERCENTUAL DE GESTAÇÕES PRÉ-TERMO - ESTADO DE SÃO PAULO, REGIÃO
METROPOLITANA DA BAIXADA SANTISTA E PRAIA GRANDE - PERÍODO DE 2004 A 2009*
ANO % DE GESTAÇÕES PRÉ-TERMO (< 37 SEMANAS)
EST. SÃO PAULO RMBS PRAIA GRANDE
2004 7,67 6,40 6,07
2005 7,81 7,35 6,90
2006 8,20 7,50 6,55
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2007 8,25 7,51 7,78
2008 8,27 7,33 7,03
2009* 7,10
Fonte: SEADE até 2008 * SINASC Municipal – até novembro 2009, do total de DNV com a informação da duração da gestação
PRIORIDADE: MONITORAMENTO DESTES INDICADORES E DA MORTALIDADE INFANTIL
3.3 - SAÚDE DA MULHER
Percentual de Cesariana:
A Portaria Ministerial nº. 466, de 14/06/2000, estabelece um pacto para
Redução da Taxas de Cesariana nos Estados, cujo percentual estabelecido para São
Paulo no ano de 2006 é de 26%, sendo que para a cidade de Praia Grande é de
25%, pois a tabela de projeção parte do percentual realizado no ano de 2000, o que
explica a diferença de 1%.
Atualmente, tanto o Conselho Federal de Medicina vem realizando campanhas
para aumentar os percentuais de partos vaginais, como o Ministério da Saúde vem
tomando medidas punitivas aos hospitais e municípios para reduzir a quantidade de
partos cesárea. A punição adotada é o corte nos pagamentos dos partos cesáreas
quando o percentual ultrapassa o limite aceitável e é repassado apenas o valor de
parto normal para o excedente.
Porém, como mostram as tabelas abaixo, os percentuais de partos cesáreas
vêm crescendo significativamente, o que demonstra a necessidade de maior
investimento para divulgação junto à população, sensibilizações dos profissionais
médicos para cumprimento do preconizado e adequação do hospital municipal com
equipamentos que melhorem a assistência ao parto. Em julho de 2008 após a
Fundação ABC passar a administrar o hospital municipal, denominado à partir desta
data Hospital Municipal Irmã Dulce, os índices de cesárea vem diminuindo bem como
a qualidade de atendimento a gestante.
Na primeira tabela temos o retrato da realidade do Hospital Municipal, bem
como do perfil e postura da equipe que trabalha no local.
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Ressalta-se que todos os partos realizados em Praia Grande a partir de junho
de 2004 são de usuários do SUS, devido à intervenção municipal no único hospital da
cidade.
Na segunda tabela temos o retrato da realidade das residentes no município,
independente da cidade onde realizou o parto. Assim temos uma amostra do perfil e
postura das equipes que trabalham na região metropolitana da Costa da Mata
Atlântica.
Distribuição dos tipos de partos realizados no Hospital Municipal de
Praia Grande, segundo o ano de ocorrência:
Anos Tipos De Partos
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006 2007 2008 2009
Total de Partos 2913 2363 2511 2356 2663 2598 2469 2616 2543 2333
Partos Vaginais 1999 1572 1703 1472 1596 1669 1453 1244 1214 1491
Partos Cesáreas
914 791 808 884 1067 929 1016 1372 1329 842
% de Cesáreas 31,37 33,47 32,17 37,52 40,06 35,75 41,15 52,44 52,26 36,09 Fonte: Livro de partos do Hospital Municipal de Praia Grande.
Os dados refletem a realidade vivenciada no setor da saúde e, portanto,
devem remeter as autoridades da região – gestores de saúde e os responsáveis
pelas escolas que vêm formando técnicos, principalmente os médicos, a induzirem a
modificação da prática profissional, quanto à modalidade de realização de partos.
Gestantes Adolescentes: O município de Praia Grande apresenta percentual de Adolescentes Gestantes
muito próximo ao da região, que é 19,03%.
Parturientes residentes em Praia Grande menores de 20 anos de idade:
Anos 2005 2006 2007 2008 2009
Total de Gestantes 3741 3628 3885 3722 2933
Gestantes Adolescentes 671 676 668 687 560
Percentual
17,93 18,63 17,19 18,45 19,09
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Fonte: DATASUS até 2007 2008 e 2009 SINASC MUNICIPAL..
PRÉ-NATAL
Os dados do SISPRENATAL demonstram a organização dos serviços
referentes ao Pré-Natal e o cumprimento das metas estabelecidas pelo programa.
Avaliando a tabela abaixo, observamos significativa melhora na obtenção dos
dados de 2005 à 2008, no que tange ao numero de gestantes que realizaram a
primeira consulta e com inscrição até 120 dias de gravidez.
RELATÓRIO COMPARATIVO DE INDICADORES DO SISPRENATAL
ANOS 2005 A 2008
Indicadores 2005 2006 2007 2008
% gestantes inscritas que fizeram 1ª consulta x nº. nascidos vivos
69,97 73,71 76,24 81,22
% gestantes 1ª consulta até 120 dias em relação ao nº. de nascidos vivos por município
58,74 60,74 62,61 69,64
% gestantes com 6 consultas de pré-natal 30,56 41,17 37,19 33,83
% gestantes com 6 consultas de pré-natal e consulta de puerpério
7,88 30,03 30,52 23,02
% de gestantes com 6 consultas de pré-natal e todos os exames
12,67 29,56 26,43 17,12
% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério
3,32 27,95 28,78 33,34
% gestantes receberam 2ª dose antitetânica ou reforço 44,07 55,82 46,47 45,84
% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério + 2ª dose ou reforço dose antitetânica
3,32 26,91 27,19 11,00
% gestantes com 6 consultas + todos os exames básicos + puerpério + 2ª dose ou reforço da antitetânica + exame anti HIV
3,32 26,39 24,48 10,85
% gestantes com exame anti HIV 44,59 79,34 76,37 74,54
% gestantes com 2 exames VDRL 2,12 53,04 49,45 42,03
Fonte: SISPRENATAL
Entendemos que esses indicadores são passíveis de melhorias, sendo que os
resultados indicam a necessidade de intensificar a vigilância, o acompanhamento e
monitoramento das gestantes, parturientes e puérperas, nos quesitos:
Elevar o número de consultas de pré-natal e puerpério, possivelmente investindo na busca ativa dessas gestantes/puérperas,
Aumentar a cobertura vacinal nas gestantes ou melhorar a informação.
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Ressalta-se ainda a necessidade de melhorar o repasse das informações dos
dados enviados ao nível central da Secretaria da Saúde para alimentação do sistema,
uma vez que poderemos ter significativa mudança nos dados apresentados.
O Programa do SISPRENATAL necessita ser revisto pelo Ministério da Saúde
e readequado para obtenção de melhores relatórios dos indicadores, que atualmente
apresentam algumas inconsistências.
3.4 - MORTALIDADE INFANTIL
A Mortalidade Infantil em Praia Grande teve importante redução de 1995 para
a 2000. A partir desse ano, os números de óbitos infantis vêm se comportando de
maneira oscilante, com reduções mais significativas que aumentos na incidência.
O município muito tem investido na reorganização do SUS, optando desde
2001 pela Estratégia do Programa Saúde da Família, de maneira a melhorar a
atenção na rede básica de saúde, com a implantação das Unidades de Saúde da
Família - “USAFAs”, imprimindo esforços para qualificar a atenção às gestantes, parto
e crianças menores de um ano, além da população com maior risco de adoecer e
morrer.
Hoje o município conta com 47 equipes da Saúde da Família, sendo notável o
processo de evolução, mas que demanda tempo para a devida maturação do
trabalho e respostas nos indicadores.
Parcerias firmadas com a Comunidade de Mãos Dadas e a Pastoral da
Criança deverão fortalecer o trabalho já desenvolvido pelas equipes e agentes
comunitários de saúde junto à população residente.
A Comissão de Mortalidade Materno-Infantil do município vem investigando
apenas os óbitos infantis ocorridos no município, e somente uma parte dos casos, por
dificuldades de recursos humanos. Tal fato pode modificar o conjunto dos dados, uma
vez que até 2008 mais de 50% dos óbitos ocorreram fora de Praia Grande.
Porém segundo Portaria MS/GM nº 72, de 11 de janeiro de 2010, a
Vigilância Epidemiológica tem a atribuição de alimentar o Sistema de
Informação de Mortalidade (SIM) com o resultado do encerramento das
investigações dos óbitos fetais e infantis, com prazos estabelecidos para ca da
passo da investigação, sendo 120 dias a partir do óbito para encerramento
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(conclusão) da investigação chegar à DVE e ser feita a alimentação do Sistema,
podendo fazer alterações no Sistema até 30 dias após. É obrigatória a
investigação de todos os óbitos fetais e infantis, e conclusão dos óbitos de
residentes no município. Os óbitos de outros municípios devem ter a
investigação do prontuários hospitalares realizada pelo município de
ocorrência e depois enviada para o município de residência.
Em vista disso, e por haver também a obrigatoriedade de investigação
dos óbitos de mulheres em idade fértil (Portaria MS/GM nº 1119 de 05/06/08), a
DVE necessita estruturar-se para atendimento a estas portarias ministeriais.
PRIORIDADE: GARANTIR EQUIPE MÍNIMA PARA INVESTIGAÇÃO DOS
ÓBITOS NOS PRAZOS DETERMINADOS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Coeficiente de Mortalidade Infantil dos residentes em Praia Grande, conforme o
ano de ocorrência do óbito no período de 1995 a 2009*
ANO Nº. DE ÓBITOS DE MENORES
DE 1 ANO NÚMERO DE NASCIDOS
VIVOS COEFICIENTE DE
MORTALIDADE INFANTIL
1995 114 2778 41,04
1996 114 3089 36,91
1997 97 3506 27,67
1998 104 3978 26,14
1999 101 4045 24,97
2000 97 3871 25,06
2001 94 3687 25,49
2002 82 3600 22,78
2003 82 3579 22,91
2004 66 3714 17,77
2005 72 3748 19,21
2006 53 3578 14,81
2007 87 3857 22,55
2008 66 3865 17,07
2009* 68 3813 17,8*
Fonte: SEADE até 2008 2009 DADOS COMITÊ REGIONAL DE MORTALIDADE MAT.INFANTIL
Distribuição do Coeficiente de Mortalidade Infantil de residentes em Praia
Grande, conforme a faixa etária e ano da ocorrência:
ANO COEF. MORTALIDADE NEONATAL
COEFICIENTE MORTALIDADE
TARDIA
COEFICIENTE MORTALIDADE
INFANTIL
2005 12,27 6,94 19,21
2006 11,46 3,35 14,81
2007 14,00 8,56 22,55
2008 10,87 6,21 17,07
2009* 10,5 7,3 17,8
Fonte: SEADE até 2008
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2009* DADOS COMITÊ REGIONAL DE MORTALIDADE MORT. INFANTIL
Dos óbitos infantis ocorridos em residentes de Praia Grande nos últimos anos,
observamos que a maioria ocorreu no período Neonatal. O período Neonatal está
intimamente ligado às condições de vida da gestante e à qualidade da assistência
prestada no pré-natal, parto e ao recém-nascido.
Embora estes números estejam diminuindo, como vem acontecendo de modo
geral em todos os municípios e no Estado, observamos oscilação do coeficiente de
mortalidade infantil tardia em Praia Grande.
Nas tabelas abaixo os óbitos são classificados segundo a evitabilidade ou
redutibilidade a partir do CID-10 da causa informada na Declaração de Óbito.
NÚMERO DE ÓBITOS DE MENORES DE 1 ANO RESIDENTES EM PRAIA GRANDE
SEGUNDO CAUSAS EVITÁVEIS E ANO DO ÓBITO
CAUSAS 2006 2007 2008 2009
Redutíveis por adequado controle na gravidez 14 26 18 16
Redutíveis por adequada atenção ao parto 2 2 9 5
Redutíveis por diagnóstico e tratamento precoce 21 40 23 32
Parcialmente redutíveis por diagnóstico e tratamento precoce
8 10 9 8
Não evitáveis 4 5 4 2
Mal definidas 6 5 4 0
Total 55 88 67 63 Fonte: SIM Municipal
ÓBITOS DE MENORES DE 1 ANO RESIDENTES EM PRAIA GRANDE – PERCENTUAL POR CAUSA, SEGUNDO CAUSAS EVITÁVEIS E ANO DO ÓBITO
CAUSAS 2006 2007 2008 2009
Redutíveis por adequado controle na gravidez 25,4 29,5 26,9 25,4
Redutíveis por adequada atenção ao parto 3,6 2,3 13,4 7,9
Redutíveis por diagnóstico e tratamento precoce 38,2 45,4 34,3 50,8
Parcialmente redutíveis por diagnóstico e tratamento precoce
14,5 11,4 13,4 12,7
Não evitáveis 7,3 5,7 6,0 3,2
Mal definidas 10,9 5,7 6,0 0
Total 100 100 100 100 Fonte: SIM Municipal
Observamos grande aumento dos óbitos por adequada atenção ao parto no
ano 2008; este número diminuiu em 2009 (dados provisórios) provavelmente devido à
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nova administração do hospital municipal, agora contando com leitos de UTI
pediátrica e neo-natal.
O número de óbitos infantis com causas mal definidas diminuiu ao longos
destes anos, e não houve em 2009 óbito sem causa definida. Com a presença na
região do Serviço de Verificação de Óbitos, todos os óbitos de causa mal definida
devem ser encaminhados para necropsia, procurando estabelecer a causa destes
óbitos.
Conforme a Portaria MS/GM nº 72 citada anteriormente, todos os óbitos fetais
e infantis deverão ser investigados, analisados e concluídos, e informados os fatores
de evitabilidade. Nas investigações e análises destes óbitos que eram realizadas pela
CMMI em anos anteriores, detectava-se fatores sociais, familiares, educativos, além
dos relativos à assistência, acessibilidade dos serviços, e outros, responsáveis pelos
óbitos. É necessário que seja formada uma equipe para investigação e discussão
destes óbitos, para que todos estes fatores sejam estudados e discutidos junto às
equipes de assistência e outros setores envolvidos. Somente com este trabalho inter-
setorial será possível direcionar as ações necessárias para diminuição dos
indicadores de mortalidade infantil do município.
PRIORIDADE: GARANTIR EQUIPE MÍNIOMA NA DVE PARA INVESTIGAÇÃO DA
MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA, ESTABELECENDO ROTEIROS PARA
INVESTIGAÇÃO JUNTO COM A CMMI.
Apresentamos no ANEXO I relatório elaborado pela equipe técnica desta SESAP sugerindo propostas para a redução da mortalidade infantil no município.
3.5 - MORTALIDADE MATERNA
Distribuição de óbitos de mulheres ocorridos em Praia Grande no ano de 2009, de janeiro a setembro.
Óbitos em mulheres Nº. de casos
Total de Declarações de Óbito de mulheres de 10 a 49 ocorridos no município
52
Total de D.O. de mulheres residentes em Praia Grande 46
Total de D.O. de mulheres residentes em outros municípios 06
Mortes maternas presumíveis 28
Mortes de mulheres de 10 a 49 anos, já declaradas como não grávidas ou 24
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puérperas
Mortes maternas presumíveis investigadas 25
Mortes maternas confirmadas, declaradas, por ocorrência e residência 00
Mortes de mulheres de 10 a 49 anos não investigadas 03* Fonte: Apoio Técnico – Saúde da Mulher
* 1- endereço não encontrado; 1- residência em outro município; 1- casa abandonada sem vizinhos.
Todos os óbitos de mulheres em idade fértil (10 a 49 anos de idade) devem ser
investigados, conforme Portaria MS nº 1119 de 5/6/08 citada anteriormente, e
concluídos em prazos determinados, com alimentação do SIM em prazos
determinados.
Esta investigação atualmente é realizada por profissional médico Ginecologista
Obstetra do Apoio Técnico – Saúde da Mulher em conjunto com visitador da DVE.
Os casos são discutidos e analisados na CMMI municipal, e apresentados no Comitê
Regional.
A captação das Declarações de Óbito realizada na DVE tem sido de 100% dos
óbitos ocorridos na região.
3.6 - MORTALIDADE GERAL Os dados de mortalidade geral são apresentados nas tabelas abaixo. O ano de
2009 ainda não foi encerrado e os dados são provisórios.
O Coeficiente de Mortalidade Geral vem se mantendo com ligeiras oscilações
nos últimos anos. As causas de óbito vêm sofrendo mudanças.
Coeficiente da Mortalidade Geral por 1.000 habitantes, de residentes de Praia
Grande, segundo o ano de ocorrência, 2005 a 2009*
Anos 2005 2006 2007 2008 2009
Óbitos totais 1.469 1.570 1.611 1.745 1.562
População total 237.494 245.384 253.215 244.533 249.547
Coeficiente de Mortalidade Geral
6,19 6,40 6,36 7,14 6,25
Fonte: SEADE ATÉ 2008.
*2009 DADOS MUNICIPAIS
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Distribuição dos óbitos no ano de 2008, em número e percentual segundo a classificação do Código Internacional de Doenças – CID 10
Causas Nº. de Óbitos
Percentual
Aparelho Circulatório 412 23,61
Neoplasias 304 17,42
Mal Definido 257 14,73
Causas Externas 163 9,34
Aparelho Respiratório 138 7,91
Doenças endócrinas e metabólicas 95 5,44
Doenças do período Perinatal 92 5,27
Algumas doenças infecciosas e parasitárias 82 4,70
Aparelho Digestivo 82 4,70
Doenças do aparelho geniturinário 41 2,35
Doenças do sistema nervoso 27 1,55
Malformações congênitas 16 0,92
Doenças do sangue 14 0,80
Transtornos mentais e comportamentais 9 0,52
Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 6 0,34
Doenças da pele e do tecido subcutâneo 4 0,23
Gravidez parto e puerpério 3 0,17
Total 1.745 100,00 Fonte: SIM MUNICIPAL.
Distribuição do número de óbitos ocorridos em residentes de Praia Grande, segundo a classificação do Código Internacional de Doenças – CID 10
e ano do óbito, de 2005 a 2009*
Causa (Cap. CID 10) 2005 2006 2007 2008 2009
IX. Doenças do aparelho circulatório 311 314 365 412 438
XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat (mal definidas)
259 301 324 257 137
II. Neoplasias (tumores) 225 194 217 304 207
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade
171 153 174 163 161
X. Doenças do aparelho respiratório 120 111 146 138 145
IV. Donças endócrinas nutricionais e metabólicas
64 87 68 95 96
XI. Doenças do aparelho digestivo 99 69 102 82 97
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias
70 65 67 82 84
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XVI. Algumas afec originadas no período Peri-Natal
41 63 53 92 71
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 58 32 37 41 40
VI. Doenças do sistema nervoso 14 17 26 27 37
XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossôm
16 10 12 16 13
V. Transtornos mentais e comportamentais
6 6 6 9 6
III. Dçs sangue órgãos hemat e transt imunitár
7 5 10 14 14
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo
3 3 2 4 6
XIII.Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo
2 1 2 6 7
XV. Gravidez parto e puerpério 3 1 0 3 3
VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide
0 0 0 0 0
Total 1.469 1.432 1.611 1.745 1.562
Fonte: SEADE ATÉ 2008 *2009 - Dados provisórios SIM MUNICIPAL.
As principais causas de óbito no período de 2005 a 2009 foram:
1. Doenças do Aparelho Circulatório; 2. Neoplasias; 3. Mal definidas; 4. Causas externas; 5. Doenças do Aparelho Respiratório.
As doenças do aparelho circulatório sempre aparecem como primeira causa de
óbito, o que reproduz os dados da região e do estado. Sua prevenção depende de
programas de promoção / prevenção / assistência / reabilitação. Estes programas
existem na Estratégia Saúde da Família. É necessário um Coordenador destes
programas no Apoio Técnico, onde não temos um profissional responsável pela
Saúde do Adulto e Saúde do Idoso. É necessário monitorar estes indicadores,
comparar com os dados de causas de internação, implementar e acompanhar o
Sistema Hiperdia, propor ações para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
PRIORIDADE: IMPLANTAR SAÚDE DO ADULTO E SAÚDE DO IDOSO
O Município deve planejar, no âmbito de seu espaço urbano e do meio
ambiente, atividades de lazer e esportivas, ou seja, um conjunto de intervenções
intersetoriais voltadas para a sua realidade, de maneira a atender as necessidades
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dos munícipes. Temos o Projeto de Atividade Física, sob coordenação de profissional
cedido pela Secretaria de Educação, e que utiliza estagiários de Educação Física
para realização de aulas junto às Unidades de Saúde. Este projeto encontra-se em
seu 3º ano de implantação e deverá fazer parte das atividades de rotina das
Unidades de Saúde, futuramente.
Destaca-se o Coeficiente da Mortalidade Geral apresentando significativo
número de óbitos de causa mal definida, aparecendo no período levantado como a
segunda causa de óbito em todos os anos, somente diminuindo em 2008 (3ª causa),
e em 2009 (5ª causa). A existência do SVO na região permite a determinação da
causa dos óbitos, e ainda não é utilizado em toda sua capacidade. Houve melhora
do encaminhamento dos casos para o SVO decorrente de inúmeras informações e
orientações da DVE para que os profissionais médicos evitassem emitir DO com
“Causa Mal-definida”, utilizando todos os recursos disponíveis, inclusive o SVO, para
determinação das causas dos óbitos.
Os óbitos mal definidos têm significativo valor epidemiológico, uma vez que,
diminuído esse percentual, o estudo das doenças que mais interferem na interrupção
de vida da população pode ser modificado, apresentando outro perfil epidemiológico
tanto do município como da região. O limite máximo é de 10%, além do que não
permite uma avaliação confiável das causas de morte. Em 2009 representaram 8,8%
dos óbitos, e deve ser mantido abaixo de 10%.
Na tabela abaixo mostramos os óbitos residentes no município de Praia
Grande, por sexo e faixa etária referente ao ano de 2006:
Óbitos residentes em PG ano 2008 Frequência por sexo e faixa etaria
Faixa Etaria Mas % Fem % Total %
< 01 35 2,01% 32 1,83% 67 3,84
1A 4 6 0,34% 8 0,46% 14 0,80
5 A 9 4 0,23% 0 0,00% 4 0,23
10 A 14 3 0,17% 2 0,12% 5 0,29
15-19 8 0,46% 6 0,34% 14 0,80
20-29 57 3,27% 14 0,80% 71 4,07
30-39 67 3,84% 26 1,49% 93 5,33
40-49 90 5,16% 77 4,41% 167 9,57
50-59 147 8,43% 107 6,13% 254 14,56
60-69 206 11,81% 141 8,08% 347 19,89
70-79 195 11,18% 148 8,48% 343 19,66
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80 e+ 146 8,37% 171 9,80% 317 18,17
Ign 27 1,55% 22 1,26% 49 2,81
Total 991 56,79% 754 43,21% 1.745 100,00 Fonte: SIM Municipal
Na tabela abaixo mostramos os óbitos residentes no município de Praia
Grande, por sexo segundo causa (Capítulo CID 10) referente ao ano de 2008.
Óbitos residentes em PG ano 2008
Frequência por sexo segundo causa ( Cap CID10)
Causa (CID10 CAP) Mas Fem Total
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 47 35 82
II. Neoplasias (tumores) 164 140 304
III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár 5 9 14
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 49 46 95
V. Transtornos mentais e comportamentais 5 4 9
VI. Doenças do sistema nervoso 20 7 27
IX. Doenças do aparelho circulatório 231 181 412
X. Doenças do aparelho respiratório 66 72 138
XI. Doenças do aparelho digestivo 52 30 82
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 3 1 4
XIII.Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 1 5 6
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 25 16 41
XV. Gravidez parto e puerpério 0 3 3
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 50 42 92
XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossômicas 6 10 16
XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 149 108 257
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 118 45 163
Total 991 754 1.745
Fonte: SIM MUNICIPAL
3.7 - DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
O comportamento das Doenças de Notificação Compulsória em Praia Grande
apresenta o seguinte quadro:
Distribuição por Agravo das DNC, em residentes de Praia Grande, segundo o ano de ocorrência, de 2003 a 2009*
Agravos 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
AIDS 42 14 43 3 67 42 77
AtendimentoAnti-Rábico 335 181 206 158 159 127 95
Dengue 102 16 134 4014 177 286 39
Doenças Exantemáticas 1 1 5 2 3 1 2
Esquistossomose 38 26 32 20 12 16 6
Evento adverso pós vacinação 21 8 8 9 5 7 9
Hepatite Viral 15 3 5 27 56 32 101
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Leishmaniose Tegumentar 1 0 2 2 5 0 1
Leptospirose 4 3 13 6 2 6 8
Meningite 35 19 42 20 62 42 25
Sífilis não Especificada 9 11 13 9 17 14 29
Condiloma Acuminado 29 183 41 90 93 115 140
Tuberculose 172 204 202 174 207 241 192
Totais 804 669 746 4534 865 929 724 Fonte: SINANW *dados provisórios.
Casos de Meningite e Doença Meningocócica diagnosticados, por ano e
etiologia, dos residentes em Praia Grande:
Ano MCC MM MM+MCC MB MNE MV MOE MH MP Total
1998 2 0 5 6 1 8 0 0 1 23
1999 1 2 4 13 2 11 0 0 1 34
2000 1 0 9 23 7 13 0 1 2 56
2001 4 5 2 9 3 6 0 0 1 30
2002 1 3 4 5 7 5 1 1 2 29
2003 6 3 1 8 3 9 1 0 2 33
2004 4 0 5 7 2 9 0 0 1 28
2005 5 3 7 12 7 6 2 0 1 43
2006 0 0 1 9 2 4 0 0 2 18
2007 4 2 5 15 5 25 2 0 4 62
2008 2 3 0 12 4 17 1 0 3 42
2009 2 6 0 5 3 8 0 0 1 25
Legenda:
Fonte: SINAN municipal
Casos de Hanseníase de residentes em Praia Grande, segundo forma clínica,
de 2003 a 2009.
Forma Clínica 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Hanseníase Virchoviana 16 13 8 9 9 6 6
Hanseníase Tuberculóide 17 20 11 4 7 4 4
Hanseníase Indeterminada 6 3 2 2 4 7 3
Hanseníase Dimorfa 5 4 1 2 1 1 0
Não Classificada 00 00 1 0 8 8 0
Total 44 40 23 17 29 26 13 Fonte: SINANW
MCC: Meningococcemia MM: Meningite Meningocócica MB: Meningite Bacteriana (não especificada) MNE: Meningite não especificada
MV: Meningite Viral MOE: Meningite por outras etiologias MH: Meningite por Hemófilus MP: Meningite por Pneumococo
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Número de casos de sífilis congênita, residentes em Praia Grande,
segundo ano de notificação, de 2001 a 2009
As Doenças de Notificação Compulsória se apresentam todos os anos em
número por vezes menor, por vezes maior, dependendo de:
sensibilidade da rede em suspeitar – notificar – seguir protocolos para
confirmação;
variação sazonal própria de algumas doenças;
melhora nos recursos diagnósticos;
busca ativa realizada pela DVE ou por outros setores, dependendo da doença
e da época do ano em que se dá prioridade à doença;
treinamentos realizados junto à rede de assistência para orientações dos
fluxos e protocolos para determinadas doenças;
doenças como tuberculose, em que toda a assistência foi descentralizada, é
necessário monitoramento constante da Coordenação de Tuberculose para
que os indicadores apresentem evolução satisfatória;
recursos humanos em quantidade e qualidade suficientes na DVE, nas
Coordenações e na rede de assistência para notificação correta e
acompanhamento segundo os protocolos existentes.
Em vista disso, é necessário manter na DVE uma estrutura capaz de realizar
todas as ações pertinentes para cada doença, e monitoramento dos indicadores,
análise de situação epidemiológica e treinamentos a receber e administrar.
Ano Início dos .Sintomas Confirmados 2001 2 2002 2 2004 11 2005 12 2006 7 2007 3 2008 3 2009 7 Total 47
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PRIORIDADE: GARANTIR EQUIPE MÍNIMA NA DVE E NAS SEÇÕES DE
INFORMAÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS PARA EXECUÇÃO DE TODAS AS
AÇÕES NECESSÁRIAS
3.8 IMUNIZAÇÃO
A Cobertura Vacinal é um importante indicador para avaliação das ações de
prevenção do município, uma vez que o programa de imunização nacional é
reconhecido internacionalmente pela sua eficácia.
A cobertura preconizada pelo Ministério da Saúde é acima de 95% da
vacinação básica da infância, considerando as crianças de até um ano de idade e as
vacinas contra Poliomielite - SABIN, Tuberculose – BCG, Tétano/Difteria/Sarampo e
- Tetravalente, Sarampo/Catapora e Rubéola – Tríplice Viral/SCR e Hepatite B.
Importante mencionar que a Secretaria de Estado da Saúde utiliza a base
populacional do SEADE e o Ministério da Saúde utiliza a base populacional do IBGE
para a avaliação da Cobertura Vacinal. Esse fato gera vários problemas de avaliação,
pois esses dados de população são diferentes entre si.
Na série histórica estudada, para Praia Grande essa divergência não interfere
no que diz respeito a atingirmos a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde.
Assim, entendemos ser necessário que o Ministério e a Secretaria de Estado
da Saúde cheguem a um consenso para que os municípios tenham suas metas
melhor definidas, o que facilitará o monitoramento das ações em saúde.
Em vista das Campanhas de Vacinação que ocorrem todos os anos; da
quantidade de vacinas que hoje fazem parte do calendário nacional; da previsão de
inclusão de novas vacinas no calendário que hoje são consideradas especiais; da
quantidade de vacinas especiais que são fornecidas pelo MS e controladas pelo
município, e da quantidade de Unidades de Saúde e de funcionários técnicos que
atuam na assistência no município e necessitam de treinamento ou orientações, é
necessário estruturarmos a Seção de Imunização, na qual hoje temos uma
Enfermeira na chefia e não contamos com quadro mínimo necessário (Enfermeiro e
Auxiliar de Enfermagem) para realização de todas as ações com qualidade. É
necessário que se elabore quadro de salários para estes funcionários que atenda a
qualidade técnica exigida e a carga horária, pois estes funcionários são treinados em
serviço, com demora de muitos meses ou anos para que estejam aptos a executar
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todas as ações. Isto também se aplica às Seções de Controle de Doenças e de
Informação.
No ANEXO II segue a cobertura vacinal do município.
PRIORIDADE: GARANTIR EQUIPE MÍNIMA PARA AS AÇÕES DA DVE E
SEÇÃO DE IMUNIZAÇÃO.
3.9 - DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
Do grupo das Doenças Não Transmissíveis, temos a Diabetes e Hipertensão,
que contam com programa específico para acompanhamento informatizado dos
casos cadastrados no sistema.
Entretanto, esse é um sistema que gera pouca informação e que precisa ser
reformulado e aprimorado para que possibilite um monitoramento mais adequado
dessas doenças.
A informação é fundamental para o monitoramento e a avaliação da prestação
de serviços na área da saúde. Os levantamentos epidemiológicos, os indicadores e
as séries históricas dos dados possibilitam a análise da evolução dos dados, o que
reflete a organização do processo de trabalho e das ações de rotina.
Não apresentamos os dados atualizados por problemas técnicos e de recursos
humanos no Apoio Técnico no momento.
Como já referido anteriormente, não temos profissional para os Programas de
Saúde do Adulto e Saúde do Idoso. Vários outros indicadores poderiam esta sendo
avaliados, mas é necessário estruturar estes programas.
Agravos Anos
2002 2003 2004 2005 2006 Total
Diabetes 12 69 8 87 34 210
Diabetes + Hipertensão 41 671 182 1089 594 2577
Hipertensão 150 1268 383 2588 1244 5633
Total 203 2008 573 3764 1872 8420 Fonte: HIPERDIA
3.10 - SAÚDE BUCAL
Consolidado da produção do Setor Odontológico
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Ano 2009
CAPÍTULO IV – SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE
A Legislação Brasileira quanto à Saúde enfatiza: “A Saúde é direito do cidadão
e dever do Estado. Além disso, as diretrizes do SUS norteiam o atendimento de
saúde em três princípios básicos: integralidade, universalidade e equidade”.
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4.1 - MAPA DAS UNIDADES DA REDE MUNICIPAL DE SAÚDE
4.2 - PROCESSO DE MUNICIPALIZAÇÃO
Até a década de 80, a estrutura de assistência à saúde se resumia a três
prontos-socorros, sob a responsabilidade do Município, um Centro de Saúde, sob a
responsabilidade da Secretaria de Estado da Saúde, e um hospital filantrópico, com
características de hospital geral. Os pacientes residentes eram referendados para os
municípios de São Vicente e/ou Santos, os quais possuíam Ambulatórios de
Especialidades administrados pelo nível federal.
Com o advento das Ações Integradas de Saúde, foi dado início à
descentralização das Ações Básicas de Saúde. No final da década de 80 ocorreu a
municipalização da Assistência à Saúde, passando para a administração municipal a
responsabilidade das Ações Básicas de Saúde, época em que foram implantadas 8
Unidades Básicas de Saúde e um Ambulatório de Especialidades.
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Assim, deu-se início à incorporação dos princípios preconizados pelo SUDS,
estruturando hierarquicamente o Sistema de Saúde através de Referência e Contra-
Referência.
Para o período de 2010-2013 estabeleceremos algumas diretrizes para que
possamos fortalecer a gestão descentralizada, mantendo o relacionamento baseado
em compromissos mútuos e co-responsabilidade com resultados assistenciais e
sanitários:
1. COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL;
2. AMPLIAR A QUALIDADE DA INFORMAÇÃO;
3. GESTÃO ESTRATÉGICA;
4. MONITORAMENTO DAS AÇÕES DE SAÚDE;
5. RESPONSABILIDADE SOCIAL;
6. QUALIFICAÇÃO E HUMANIZAÇÃO NA ATENÇÃO À SAÚDE;
7. REORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO AMBULATORIAL E DO ATENDIMENTO
DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS;
8. AMPLIAÇÃO DOS SEVIÇOS DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE
AMBULATORIAL E HOSPITALAR;
9. REORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
SAÚDE;
10. CONTROLE SOCIAL MAIS PARTICIPATIVO.
O município de Praia Grande vem cumprindo os preceitos constitucionais da
saúde e continua investindo na melhoria contínua dos equipamentos de saúde
pública. Isto é o que mostra os dados apresentados nas audiências públicas
trimestrais. Dentre os principais investimentos para os anos de 2010 a 2013 estão:
- Criação do Complexo de Saúde (CEMAS, SAE, CRATH, CTAP e SAMU);
- Criação do Centro de Traumatologia e Recuperação Fisioterápica;
- Implantação do CAPS infantil e CAPS álcool e drogas;
- Implantação do SAMU regional do Litoral Sul;
- Implantação do UPA;
- Reestruturação da Estratégia de Saúde da Família;
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- Conclusão do sistema informatizado de regulação e agendamento de
consultas ambulatoriais em 100% das unidades de saúde da rede municipal;
4.3 – ATENÇÃO BÁSICA
4.3.1 - Caracterização
Praia Grande vem, desde 1.997, empreendendo esforços para reorganizar o
Modelo da Assistência à Saúde prestada aos usuários do município.
Em 1998 assume o Programa de Agentes Comunitários de Saúde – PACS e
caminha no sentido de assumir a Estratégia de Saúde da Família – ESF como a
principal alternativa para efetivação da referida mudança, proporcionando uma porta
de entrada no sistema de saúde de maior qualidade e mais humanizada.
Assim inicia-se o processo de reestruturação na área da saúde, onde
investimentos de grande monta estão sendo destinados para a readequação dos
recursos humanos e materiais, bem como para a estruturação física das unidades de
saúde.
A expansão da rede de saúde, tanto em número de unidades como em
ampliação da carga horária dos profissionais, traduz o investimento da administração
na melhoria do acesso da população ao atendimento de saúde, bem como a
modificação do modelo de assistência à saúde, com a expansão da Estratégia de
Saúde da Família. A Estratégia de Saúde da Família aumentou a qualidade das
consultas ambulatoriais e a sua resolubilidade, uma vez que tem como foco a
prevenção de doenças, além de desenvolver ações de assistência.
A capacidade instalada atual (2009), quanto aos serviços de assistência à
saúde no Município, compreende:
04 Multiclínicas – situadas na chamada primeira zona residencial (antiga
denominação);
16 Unidades de Saúde da Família (USAFAs);
02 Dentistas que realizam ações de Prevenção junto às escolas municipais;
02 Dentistas que realizam ações de Assistência junto às escolas municipais, de
maneira complementar às ações da Prevenção;
A montagem da rede de assistência no município vem sendo desenvolvida de
acordo com os fundamentos da própria ESF, tendo a garantia institucional da
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capacitação permanente que é realizada uma vez por semana com as equipes de
uma determinada cor de todas as unidades, que se reúnem por quatro horas para
receber a referida capacitação.
A dinâmica que vem sendo empregada está voltada à assistência, a estruturação da
ESF e a formação generalista dos profissionais para o desenvolvimento da atenção
preconizada.
Em dezembro de 2008 foi implantado o Núcleo de Apoio à Saúde da Família
(NASF) nas USAFAs Melvi, Ribeirópolis e Samambaia, atendendo a 11 equipes, num
total aproximado de 45000 pessoas, a fim de dar retaguarda às equipes de saúde da
família, com uma equipe formada por um nutricionista, um psicólogo, um assistente
social, um ginecologista e um pediatra.
O ANEXO III apresenta o Plano Diretor da Atenção Básica de 2009.
4.4 – SAÚDE ESPECIALIZADA
A Atenção Especializada no município de Praia Grande é desenvolvida por
unidades ambulatoriais da rede municipal, que executam serviços de média e alta
complexidade. As unidades responsáveis pelos atendimentos especializados são:
CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS AMBULATORIAIS E SOCIAIS -
CEMAS
Atendendo nas especialidades: cardiologia, cirurgia geral, cirurgia plástica,
cirurgia vascular, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia,
hematologia, nefrologia, neurocirurgia, neurologia, oftalmologia, oncologia, ortopedia,
otorrinolaringologia, pneumologia, reumatologia, geriatria, urologia, fisioterapia,
nutrição, assistência social e enfermagem.
AMBULATÓRIO DE SAÚDE MENTAL Atende nas especialidades de psiquiatria, psicologia e assistência social. CAPS II Atende um número pré-estabelecido de 220 pacientes, de acordo com o
processo de credenciamento junto ao Ministério da Saúde.
CRATH
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Atende nas especialidades de tisio/pneumologia, hansenologia, terapia
ocupacional, assistência social e enfermagem.
SAE
Atende com uma equipe multiprofissional composta de infectologistas,
ginecologista, psicólogos, farmacêutico, assistente social e enfermeiras.
NÚCLEO DE REABILITAÇÃO FÍSICA E MENTAL HENRY
Atende pacientes especiais até 12 anos, crianças e adultos com déficit auditivo
com necessidade ou não de protetização. Trabalha com equipe multidisciplinar
composta por pediatra, fonoaudiólogas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais,
psicólogos e assistentes sociais.
HOSPITAL-DIA EM AIDS
Atende com infectologista, enfermeira e auxiliares de enfermagem
devidamente capacitados.
CTAP
Atende com psicólogos e assistentes sociais. Realiza os testes de HIV, assim
como aconselhamentos pré e pós-teste.
SISTEMA DE ATENDIMENTO MÓVEL MODULAR
A Secretaria de Saúde possui profissionais que realizam atendimentos na área
de geriatria e clínica médica em unidades não pertencentes à sua rede, como o Lar
São Francisco de Assis, que atende idosos e pertence à Secretaria de Promoção
Social, e instituições prisionais.
A Secretaria de Estado da Saúde/SP a partir do ano de 2009 instalou no
município de Praia Grande uma unidade do AME – Ambulatório Médico de
Especialidades que tem como objetivo complementar o atendimento de
procedimentos de média e alta complexidades ambulatoriais, auxiliando o município e
região na redução da demanda reprimida de pacientes que aguardam atendimento
nessas áreas. Verifica-se uma melhora significativa no atendimento de procedimentos
especializados após esta parceria com o Estado. A Secretaria de Saúde de Praia
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Grande após estudos estabeleceu dentro das bases legais a ampliação, e a melhoria
da qualidade nos serviços laboratoriais no município, através de parcerias público-
privadas.
4.5 – URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
Em 2009 a rede de pronto atendimento contou com profissionais treinados
atuando em três unidades abertas 24 horas ininterruptas durante os sete dias da
semana, sendo estes:
Pronto Socorro Central
Pronto Socorro Quietude
Pronto Socorro Samambaia
O Pronto-Socorro Central se localiza ao lado do Hospital Municipal Irmã
Dulce, recebendo pacientes de maior gravidade e complexidade, que são atendidos
por equipes de médicos nas especialidades de traumatologia, ortopedia,
neurocirurgia, cirurgia geral, ginecologia, obstetrícia e também clínica médica e
pediatria, somente para o atendimento de urgência e emergência. Possui suporte de
auxílio diagnóstico como:
Raio-X simples e contrastados, tomografia, eletrocardiograma,
cardiotocografia, mamografia, ultra-sonografia, densitometria óssea e coleta de
exames laboratoriais. Realiza também exames de gasometria para pacientes internos
e externos.
O Exmo. Sr. Prefeito através de Ordem de Serviço determinou estudos para a
possibilidade de Gestão Compartilhada do Pronto Socorro Central junto a Fundação
do ABC, Organização Social que gerencia o Hospital Municipal Irmã Dulce.
O Pronto-Socorro Quietude é composto por clínicos gerais para o
atendimento de urgência e emergência. Na área do atendimento pediátrico, o Pronto-
Socorro Quietude é referência para o município, além de possuir suporte de auxílio
diagnóstico, contando com raio-x, eletrocardiograma e coleta de exames
laboratoriais. A estruturação do sistema de atendimento de Pronto-Socorro Quietude
passa por uma modificação organizacional. O modelo de assistência implantado
através do “acolhimento com classificação de risco”, é um projeto do Ministério da
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Saúde pioneiro na Região Metropolitana da Baixada Santista, e está sendo ampliado
para o período noturno e em início de estudos para implantação também no
atendimento de pediatria. A triagem consegue agilizar o atendimento com prioridade
para os casos de urgência e emergência além de orientar os pacientes para retorno
as suas unidades básicas.
O Pronto-Socorro Samambaia é uma unidade de atendimento de menor
complexidade, compondo a equipe médica de clínicos gerais. Possui suporte de
auxílio diagnóstico como eletrocardiograma, e realiza coleta de exames laboratoriais.
O credenciamento do município para a implantação do SAMU – Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência - foi iniciado no ano de 2007 e está previsto para
iniciar suas atividades em 2010, tendo em vista a inclusão do município de Praia
Grande no SAMU Regional que engloba os municípios do Litoral Sul.
4.6 – ASSISTÊNCIA HOSPITALAR
Praia Grande possui um único hospital, considerado de médio porte para os
padrões do Estado de São Paulo, situado numa área onde não existe outro hospital
público. Atende os pacientes provenientes do Sistema Único de Saúde – SUS
especialmente a população economicamente carente, além de um número crescente
de pacientes oriundos de outras cidades da região, notadamente no período das
férias de verão quando ocorre uma forte migração de turistas vindos da capital e do
interior do Estado de São Paulo.
Em 2008 a Fundação do ABC, assumiu a gestão compartilhada do Hospital
Municipal, que passou a ser chamado HOSPITAL MUNICIPAL IRMÃ DULCE. De
acordo com o contrato de gestão firmado com esta municipalidade, a forma de gestão
proposta tem por finalidade, dar a população a ser atendida pelo referido
equipamento de saúde, garantia de acesso aos serviços hoje não disponíveis junto à
micro-região, sempre em conformidade e em observância aos preceitos de
atendimento humanizado e aos limites financeiros estabelecidos pelo plano
orçamentário. Tem-se por ideal que o HOSPITAL MUNICIPAL IRMÃ DULCE DA
ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE PRAIA GRANDE, sob a gestão da Fundação do ABC,
esteja voltada para procedimentos diagnósticos e terapêuticos voltados a saúde.
A Assistência hospitalar é desenvolvida por equipes multidisciplinares que tem
como princípio a busca de qualidade, eficiência e humanização no atendimento. Em
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2009 a Secretaria de Estado da Saúde/SP através de Convênio firmado com esta
municipalidade assumiu a regulação de leitos hospitalares e esta municipalidade
estuda a possibilidade de realizar parceria com o Governo do Estado visando
melhorar a complexidade dos serviços prestados pelo Hospital.
CAPÍTULO V – PROGRAMAS DE SAÚDE
5.1 – DIAGNÓSTICO
A Secretaria de Saúde possui equipe de apoio técnico para as diversas
unidades, responsável pelos programas e campanhas que se realizam, seguindo
sempre o cronograma do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde.
Segue abaixo resumo dos programas desenvolvidos:
Saúde da Mulher: Pré-natal
Prevenção de Câncer Uterino
Prevenção do Câncer de Mama
Planejamento Familiar
Reeducação Alimentar
Dia Internacional da Mulher
Sífilis na Gestação
Saúde do Adulto: Diabetes
Hipertensão Arterial
Combate à Tuberculose
Combate à Hanseníase
Diagnóstico Precoce da Catarata
Prevenção de Hepatites Virais
Combate ao Fumo
Combate ás Drogas
Diagnóstico Precoce da Osteoporose
Dia Internacional do Idoso
Doação de Sangue
Luta contra a AIDS
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Prevenção ao Câncer de Próstata
Prevenção ao Câncer de Pele
Saúde da Criança: Puericultura
Aleitamento Materno
Teste do Pezinho
Teste da Orelhinha
Saúde e Nutrição
Saúde Escolar
Saúde Bucal: Assistência Odontológica
Prevenção do Câncer Bucal
CAPÍTULO VI – ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Na Divisão de Almoxarifado há uma farmacêutica Responsável pelos estoques
de medicamentos, que abrangem:
- medicamentos comprados com recursos municipais;
- medicamentos controlados comprados com recursos municipais;
- medicamentos enviados pelo estado;
- medicamentos controlados enviados pelo estado.
A administração dos materiais é feita de forma informatizada, utilizando um
Sistema de Gerenciamento de Materiais terceirizado.
As compras são requisitadas pela farmacêutica responsável, assim que
considerar necessário para manutenção do estoque. As requisições são impressas
em formulários próprios e enviadas para o Secretário de Saúde e Gabinete do
Prefeito, para que sejam registradas e autorizadas, e posteriormente devolvidas ao
Almoxarifado para inclusão no sistema, onde é feita toda a parte informatizada e
documentada por meio de processos administrativos. O último passo desse
procedimento é a emissão da Autorização de Fornecimento, que é enviada para as
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empresas vencedoras dos processos licitatórios para que possam efetuar a entrega
dos itens requisitados.
As saídas dos itens ocorrem de acordo com as solicitações das unidades de
saúde requisitantes, onde são verificadas as quantidades solicitadas e o estoque. Há
uma padronização de medicamentos para cada unidade de saúde da Rede Municipal
(UBS’s, USAFA’s, PS’s e Especialidades).
Os itens do estoque são controlados por meio de balanços mensais, após
emissão de relatório de fechamento do mês, retirado do sistema, e as quantidades
constantes no relatório têm que estar de acordo com as quantidades físicas do
estoque.
Assistência Farmacêutica é um grupo de atividades relacionadas com os
medicamentos, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas pelo
atendimento ao munícipe. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas as
suas etapas, como conservação, controle de qualidade, segurança e a eficácia
terapêutica dos medicamentos, acompanhamento e avaliação da utilização, a
obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente
dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso
racional de medicamentos – Portaria do Ministério da Saúde/GM nº. 3916/98 –
Política Nacional de Medicamentos.
A Assistência Farmacêutica é considerada como uma das atividades
prioritárias da Secretaria Municipal de Saúde, tendo em vista que medicamento é um
insumo estratégico para a resolubilidade dos serviços de saúde. Isoladamente,
medicamento é o fator que produz maior impacto sobre a capacidade resolutiva dos
serviços de saúde.
Em relação ao processo de reorientação da Assistência Farmacêutica no
âmbito da Secretaria Municipal de Saúde, procurou-se atuar nas diversas etapas do
chamado ciclo da Assistência Farmacêutica, a saber: seleção, programação,
aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação.
Estão relacionados abaixo os principais documentos que embasaram
tecnicamente a relação de medicamentos do Município de Praia Grande:
Relação Nacional de Medicamentos – RENAME / Portaria GM – Ministério da Saúde
nº. 507, de 23 de abril de 1999.
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Organização Mundial da Saúde (Essencial Medicines / WHO Model List ( revised April
2002 e Complementary List).
Comissão Intergestores Bipartite – CIB do Estado de São Paulo / Deliberação CIB nº.
39, de 26 de junho de 2002, que estabeleceu a lista de medicamentos básicos que
compõem o Plano Estadual de Assistência Farmacêutica Básica de 2002.
Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST / Ministério da
Saúde – 1999.
Manual de Hipertensão Arterial de Diabetes Mellitus / Ministério da Saúde – Brasília –
2002.
Em relação à programação e à aquisição, foi planejado com vistas a evitar o
desabastecimento, através de pregão presencial de preços e realização de processo
licitatório de acordo com a legislação em vigor. A programação é feita de acordo com
a disponibilidade de recursos financeiros e considerado o consumo, pela equipe da
Secretaria de Saúde Pública – SESAP. As compras, ou seja, as licitações de
medicamentos, como as demais da SESAP, são realizadas pelo setor de compras da
Prefeitura, de forma centralizada, e também através de registro de preços, conforme
a legislação vigente.
Com relação à dispensação, os medicamentos básicos são dispensados em
todas as unidades do Programa de Saúde da Família, Unidades Básicas de Saúde.
Os medicamentos psicotrópicos (portaria 344 / MS) são dispensados através do
Almoxarifado da Secretaria de Saúde para as unidades de Saúde solicitantes, com o
devido acompanhamento e avaliação da farmacêutica responsável, mediante
retenção de receita.
Em 2009 a Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande continuou
ampliando os espaços de participação popular e o controle social do Sistema
Municipal de Saúde de Praia Grande, através do pleno funcionamento do Conselho
Municipal de Saúde. Praia Grande possui Conselhos de Usuários nas Unidades de
Saúde da Família, que pretendemos expandir em todas as unidades de saúde. As
reuniões do Conselho Municipal de Saúde são mensais, sendo que em 2009 foram
realizadas 12 (doze) reuniões ordinárias e 3 (três) extraordinárias, 04 (quatro)
Audiências Públicas e 04 (quatro) reuniões da Comissão de Fiscalização do
Conselho.
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O COMUSA – Conselho Municipal de Saúde possui local específico dentro da
Secretaria Municipal de Saúde de Praia Grande, para a realização de seus trabalhos,
e recebe apoio desta secretaria para participação dos conselheiros em cursos,
eventos e fiscalizações. O Decreto Municipal n.º 4508 de 26 de fevereiro de 2009
convocou a realização da 7ª Conferência Municipal de Saúde, que ocorreu em 31 de
maio de 2009 e adota providências correlatas. Com a publicação do Decreto
Municipal n.º 4509 de 26 de fevereiro de 2009, a composição do Conselho Municipal
de Saúde de Praia Grande, para o biênio 2009/2011 fica constituída.
CAPÍTULO VII – FINANCIAMENTO DO SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE
7.1 - RECURSOS FINANCEIROS PARA A SAÚDE NO MUNICÍPIO
O Município de Praia Grande efetivou sua mudança de gestão, passando de
Gestão PAB Ampliada para Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde em março
de 2004.
O financiamento da Saúde no Município de Praia Grande, da mesma forma
que nos demais municípios brasileiros, é feito com recursos dos governos federal,
estadual e municipal, conforme estabelece a Constituição Federal de 1988 e as Leis
do SUS de 1990, para despesas com o atendimento global à saúde dos munícipes.
Pode, ainda, contar com transferências legais ou voluntárias do governo estadual e
recursos provenientes de convênios com organizações não-governamentais ou de
empréstimos junto a organismos nacionais ou internacionais.
A Constituição Federal de 1988 dispõe que a União deve aplicar, anualmente,
no mínimo o que foi gasto no ano anterior acrescido da variação do PIB - Produto
Interno Bruto;12 % os Estados e o Distrito Federal; e os Municípios, no mínimo, 15 %
da receita resultante de impostos em despesas com manutenção e desenvolvimento
da saúde.
Os recursos repassados pelo Ministério da Saúde estão divididos em recursos
para Atenção Básica, recursos para Média e Alta Complexidade e recursos para
Ações Estratégicas.
Os recursos para Atenção Básica são: o Piso de Atenção Básica / PAB e os
Incentivos para o PSF, para PACS, para Vigilância Epidemiológica e Sanitária, e para
Farmácia Básica.
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Os recursos para Média e Alta Complexidade, no caso de Praia Grande,
destinam-se ao pagamento de contratos e convênios firmados para a manutenção do
Hospital Municipal.
Os recursos para Ações Estratégicas são verbas carimbadas para programas
definidos pelo Ministério da Saúde e que os municípios recebem se comprovarem as
ações preconizadas nos programas.
O PAB foi definido na NOB 96 e implantado em 1998 com um valor per capta
de dez reais por habitante por ano, que foi mantido até o final de 2002. Em 2003, a
nova equipe do Ministério da Saúde aumentou o PAB para doze reais por habitante
por ano para os municípios que ampliaram as ações de atenção básica, conforme
previsto na NOAS, o que passou a chamar GPABA, ou seja, PAB ampliado.
Percentuais mínimos: Os percentuais fixados pela Constituição são “os
mínimos” que os governos devem destinar à saúde.
Receita resultante de impostos: Para calcular o percentual de recursos
vinculados à saúde, não se considera toda a receita prevista nos orçamentos
públicos, mas apenas os impostos; por exemplo: taxas e contribuições não integram
a base de cálculo dos recursos vinculados. Por outro lado, receita resultante de
impostos corresponde à soma dos impostos próprios e das transferências de
impostos previstas pela Constituição, assim como valores da dívida ativa de
impostos, multas e juros de mora. No caso dos municípios, inclui, portanto:
Os impostos próprios (IPTU, ISS, ITBI) e a respectiva dívida ativa,
multas e juros desses impostos;
As transferências constitucionais recebidas da União (FPM, IRRF,
ITR, IOF-Ouro);
As transferências constitucionais recebidas do Estado (ICMS,
IPVA, IPI-Exportação);
O percentual de recursos vinculados à saúde deve ser encontrado
considerando-se a arrecadação de impostos e as despesas realizadas em cada
exercício financeiro, de janeiro a dezembro de cada ano.
A execução orçamentária é realizada pela Secretaria de Finanças, que funciona nas
dependências da Prefeitura Municipal, e possui membros participantes no Conselho
Municipal de Saúde, no segmento dos Gestores.
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7.2 - TRANSFERÊNCIAS DA UNIÃO PARA OS MUNICÍPIOS
No que refere ao financiamento da saúde, as transferências de recursos da
União para os municípios podem ser assim classificadas:
Transferências constitucionais;
Transferências legais;
Transferências voluntárias.
CAPÍTULO VIII – ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
Para o alcance dos objetivos e metas traçados neste Plano é essencial que os
mesmos sejam acompanhados e avaliados otimizando os resultados que se espera.
No contexto em que se insere, a avaliação será orientada pelos seguintes
princípios:
I. Da igualdade de oportunidades e de acesso aos benefícios da
saúde em todos os níveis;
II. Da democracia – com a participação de todos os envolvidos no
processo de recuperação e manutenção da saúde;
III. Da racionalidade prática e crítica – caracterizada pela busca do
entendimento, pela participação e pela emancipação dos sujeitos;
IV. Da ética – centrada na ação justa, equânime e eqüitativa.
Terá como principais objetivos:
1. O desenvolvimento de um sistema de informações estatísticas e
gerenciais de saúde mantido pelo Município, que alimente o planejamento e o
processo de tomada de decisão compatível com os recursos humanos e financeiros
existentes;
2. O planejamento estratégico e critérios de gestão de saúde baseados
em indicadores de qualidade;
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3. A valorização de todos os procedimentos de avaliação de resultados,
tanto na saúde pública quanto privada;
4. A divulgação das avaliações e de todos os indicadores de saúde que
informem à sociedade sobre os resultados do sistema de saúde.
A avaliação do Plano Municipal de Saúde deverá abranger não só os aspectos
assistenciais, mas antes de tudo ser uma avaliação institucional que leve à reflexão
sobre as finalidades da instituição de saúde.
A partir da análise dos indicadores qualitativos e quantitativos, a avaliação
permitirá à Administração Pública a adequação e aplicação de recursos humanos e
financeiros às reais necessidades do sistema de saúde em todos os segmentos
abordados neste Plano, desde a formação e valorização dos profissionais de saúde
até a infra-estrutura física e equipamentos necessários para o processo de
recuperação e manutenção da saúde.
A avaliação dos aspectos assistenciais deverá estar pautada por
procedimentos capazes de fazer com que os pacientes evoluam rumo ao êxito,
fornecendo-lhes indicações esclarecedoras que possibilitem a construção de uma
qualidade de vida eficaz.
Para garantir a abordagem dos aspectos institucionais e assistenciais da
avaliação, ela deverá ter como metas:
O desenvolvimento dos profissionais;
O exercício ético;
A ação justa e a valorização de todos os envolvidos;
A participação da sociedade;
A responsabilidade, autonomia e o compromisso profissional assumido;
Os princípios coletados no projeto de assistência das unidades;
A orientação à prática;
A compreensão processual do rendimento dos profissionais;
A coleta de informações por diferentes meios;
A atenção pontual a todo o processo de recuperação e manutenção da
saúde.
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Por fim, a avaliação será feita através do desempenho dos profissionais e
pelos diversos indicadores mundialmente aceitos para avaliação da qualidade da
saúde, bem como pelas avaliações externas elaboradas e aplicadas pela própria
Secretaria de Saúde, pelos resultados obtidos nas pesquisas de gestão político-
administrativa e pelo trabalho desenvolvido pela equipe.
O ANEXO IV refere-se ao Relatório PAVISA 2010 do Núcleo de
Monitoramento das Ações de Vigilância em Saúde.
O acompanhamento dos objetivos e metas será potencializado pela atuação
da equipe técnica de toda Secretaria de Saúde em seus diferentes Departamentos
que envolvem a administração, a legislação e a gestão de saúde.
A avaliação institucional de todos os envolvidos com o processo de
assistência: técnicos, administrativos, médicos, enfermeiros e munícipes é condição
essencial para que cada um dos envolvidos assuma suas responsabilidades e
desempenhe de forma competente o seu papel.
A avaliação desempenha uma função importante na consolidação dos
processos de gestão. Quando exercida como uma atividade a serviço da melhoria da
assistência, propõe subsídios práticos para assegurar o caminho que abre as portas
para a melhor qualidade de vida, princípio essencial para a elaboração deste Plano.
O Acompanhamento e Controle das Ações de Saúde desenvolvidas pela Rede
Municipal de Saúde e prestadores do SUS é monitorado através do Departamento de
Planejamento, que possui profissionais capacitados para desenvolverem serviços de
auditoria e regulação, além de proporcionar um apoio técnico nos casos em que haja
necessidade de uma intervenção técnica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS IBGE. Anuário Estatístico do Brasil. Rio de Janeiro, 2009. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS-SUS 01/2002
– Portaria GM/MS nº 373 de 27/02/2002. Brasília. MS, 2002. ____. Organização Pan-Americana Saúde. Painel de Indicadores do SUS. Brasília. MS, 2009.
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____. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília. MS, 2006.
____. Secretaria de Vigilância em Saúde. Epidemiologia e Serviços de Saúde – vol. 16 nº 2.
Brasília. MS, 2007. ____. Secretaria Executiva. Diretoria de Investimentos e Projetos Estratégicos. Diretrizes
para investimento em saúde. Brasília. MS, 2005. _____. Secretaria Executiva. Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. Sistema de
Planejamento do SUS (PlanejaSUS): instrumentos básicos. Brasília. MS, 2006. _____. Secretaria Executiva. Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. Sistema de
Planejamento do SUS (PlanejaSUS): organização e funcionamento. Brasília. MS, 2006. MORAES, A. Direito Constitucional. São Paulo. Atlas, 2001. PIANCASTELLI, M., PEREIRA, F. Gasto público federal: análise das despesas não-
financeiras. In: INSTITUTO DE PLANEJAMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (Brasil). Texto para discussão nº. 431. Brasília, 1995.
PRAIA GRANDE. Lei Orgânica do Município de Praia Grande. Lei nº. 681, de 06/04/90. SILVA, L.A. de P. Utilizando o Planejamento como ferramenta de aprendizagem. São Paulo.
Instituto Fonte, 2000.