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Fabiano Conterato 1 Resenha 2 Platão e o belo “Admitamos pois – o que me servirá de ponto de partida e de base – que existe um belo em si e por si, um bom em si e por si, um grande, e assim por diante” 3 . É este o dialogo que Platão exige que Sócrates faça no Fédon com Cebes. O belo, o grande e o bom são qualidades que existem de fato, contudo cabe a nós não negá-las. “Os fenômenos da verdade, do bem e do belo são questões fundamentais do pensamento” 4 . É neste sentido que Platão, em seu livro III de A República, busca responder a pergunta o que é o belo, além de questões que envolvam a arte de forma direta, mas para que isto aconteça faz júz e necessário entrar no mundo das idéias para poder responder a esta questão. No mundo das idéias platônicas, o filosofo em questão nos faz entender que para designar o que é belo ou bom é uma questão de estilos, os quais completam, e mais propriamente, nos fazem entender e conhecer a forma dos objetos. Para o filósofo, todo e qualquer objeto possui uma forma de beleza, tanto em sua coloração quanto em seu formato. Platão entende que o belo é semelhante à justiça e a virtude, ou seja, o admirável é apenas um ideal pelo qual 1 Acadêmico do VI nível de filosofia do Instituto Superior de Filosofia Berthier. 2 Trabalho apresentado ao Instituto Superior de Filosofia Berthier para aprovação parcial da matéria de Estética. 3 Trecho retirado da coleção os pensadores. Platão. capitulo 3 p 55. 4 Trecho retirado do site HTTP://www.algosobre.com.br/index2.php? options=com_content&task=vew&id=637&pop=1&page=0&itemid=59 . Acesso em 18 de março 2010.

Platão e o belo

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filosofia do belo ou estética em platão

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Fabiano Conterato1

Resenha2

Platão e o belo

“Admitamos pois – o que me servirá de ponto de partida e de base – que existe um

belo em si e por si, um bom em si e por si, um grande, e assim por diante”3. É este o

dialogo que Platão exige que Sócrates faça no Fédon com Cebes. O belo, o grande e o

bom são qualidades que existem de fato, contudo cabe a nós não negá-las.

“Os fenômenos da verdade, do bem e do belo são questões fundamentais do

pensamento”4. É neste sentido que Platão, em seu livro III de A República, busca

responder a pergunta o que é o belo, além de questões que envolvam a arte de forma

direta, mas para que isto aconteça faz júz e necessário entrar no mundo das idéias para

poder responder a esta questão.

No mundo das idéias platônicas, o filosofo em questão nos faz entender que para

designar o que é belo ou bom é uma questão de estilos, os quais completam, e mais

propriamente, nos fazem entender e conhecer a forma dos objetos.

Para o filósofo, todo e qualquer objeto possui uma forma de beleza, tanto em sua

coloração quanto em seu formato. Platão entende que o belo é semelhante à justiça e a

virtude, ou seja, o admirável é apenas um ideal pelo qual o ser humano deveria buscar e

alcançar em suas atividades. Contudo o belo aqui referido é o de um único objeto.

O filosofo inicia o seu texto afirmando que o belo é apenas a imitação do real,

mas que a idéia em si de belo é algo absoluto e eterno, pelo qual não dependeria do

próprio objeto que o demonstra para existir, ou melhor, para que a idéia de perfeição

exista.

Porém a única coisa capaz de poder imitar perfeitamente este belo em questão é

a alma humana, que se sente atraída pela sensibilidade das cores, dos sons, que estão

expressos em uma música ou gravura.

É neste sentido que se pode afirmar que este ideal de belo se encontra além do

mundo material, pois é fora deste mundo, onde a alma se encontra, onde a beleza se

1 Acadêmico do VI nível de filosofia do Instituto Superior de Filosofia Berthier.2 Trabalho apresentado ao Instituto Superior de Filosofia Berthier para aprovação parcial da matéria de Estética.3 Trecho retirado da coleção os pensadores. Platão. capitulo 3 p 55.4 Trecho retirado do site HTTP://www.algosobre.com.br/index2.php?options=com_content&task=vew&id=637&pop=1&page=0&itemid=59. Acesso em 18 de março 2010.

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transforma em admirável, onde o julgamento humano se é ou não belo, jamais poderá

alcançar.

Contudo, nem sempre o belo é agradável para todos, ou seja, para alguns o belo

pode não ser belo, por tanto tornar-se-á feio. Para Platão as artes, quaisquer que sejam,

tem o poder e a capacidade de provocar ilusões a quem a contempla. É neste sentido que

para Platão não só a cidade deve estar sob controle o rei - filósofo, mas também a arte,

para que as pessoas não fiquem iludidas e esqueçam as suas atividades.

O belo para Platão tem a função de conduzir o homem para o mais próximo

possível da perfeição, porém o homem não é capaz de desvendar e descobrir o belo, mas

o feio.