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PODER DO EQUILÍBRIO ÍNDICE Edição N o 75 4 o Trimestre de 2014 Editorial .................................2 Liderança..............................3 Orientador ............................4 Internet .................................6 Reengenharia ......................7 Inovação ...............................8 A consciência do líder ....................... p. 3 Leis no mundo digital ......................... p. 6 Ações de ocorrência simultânea e relacionadas entre si são ideais para transformar o equilíbrio interno dos empreendimentos num diferencial de mercado. Essa sincronia se manifesta de várias formas, com boa margem para excelentes resultados. O líder que se transforma e ao mesmo tempo ocupa seu trabalho em grupo num desdobramento desse esforço pessoal é um bom exemplo. Saber blindar o que é básico e tradicional numa firma mas garantindo um convívio saudável com a necessidade de inovar é outro vetor da mesma tendência. A segurança desse intercurso instrumenta a empresa para agir de maneira mais profunda, como na reengenharia, quando se leva a sério a mudança radical na totalidade da corporação, e não apenas em suas porções limitadas de ação. São os assuntos que abordamos nesta edição de final de ano, em que as perspectivas econômicas emitem sinais claros da importância do binômio equilíbrio e flexibilidade nos negócios. Boas Festas!

PODER DO EQUILÍbRIO - Orcose Contabilidade Ltda ... · A dinâmica da economia de oportunidades consegue virar o jogo ... que a economia faz parte da vida e não de um ... nos orienta

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PODER DO EQUILÍbRIO

ÍNDICE

Edição No 754o Trimestre de 2014

Editorial .................................2

Liderança..............................3

Orientador ............................4

Internet .................................6

Reengenharia ......................7

Inovação ...............................8A consciência do líder .......................p. 3

Leis no mundo digital .........................p. 6

Ações de ocorrência simultânea e relacionadas entre si são ideais para transformar o equilíbrio interno dos empreendimentos num diferencial de mercado. Essa sincronia se manifesta de várias formas, com boa margem para excelentes resultados. O líder que se transforma e ao mesmo tempo ocupa seu trabalho em grupo num desdobramento desse esforço pessoal é um bom exemplo. Saber blindar o que é básico e tradicional numa fi rma mas garantindo um convívio saudável com a necessidade de inovar é outro vetor da mesma tendência. A segurança desse

intercurso instrumenta a empresa para agir de maneira mais profunda, como na reengenharia, quando se leva a sério a mudança radical na totalidade da corporação, e não apenas em suas porções limitadas de ação. São os assuntos que abordamos nesta edição de fi nal de ano, em que as perspectivas econômicas emitem sinais claros da importância do binômio equilíbrio e fl exibilidade nos negócios.

Boas Festas!

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EXPEDIENTEInforme Orcose é um informativo trimestral da Orcose Contabilidade Ltda. Rua Clodomiro Amazonas, 1435Vila Olímpia – São Paulo/SPCEP 04537-012PABX: 11 3531-3233orcose@orcose. com. brwww. orcose. com. brAs opiniões expressas em artigos assinados não refl etem necessariamente a posição do informativo. Proibida a reprodução, exceto se explicitamente autorizado pelo autor.

Conselho EditorialJosé Serafi m AbrantesJulio Linuesa PerezHorácio Serafi m AbrantesFernando Serafi m Abrantes

Editor ResponsávelDorival Jesus AugustoMTB/SP: 33. 335

jornalista ResponsávelNei Carvalho Duclós(MTb. 2. 177. 865)

Coordenação e Direção de ArteHifen Comunicaçãowww. hifen. com. br

CirculaçãoCadastro Orcose

josé serafi m Abrantes

Edição No 754o Trimestre de 2014

LANCE VITORIOsOA dinâmica da economia de oportunidadesconsegue virar o jogo dominado pelas crises

José Serafi m AbrantesPresidente da Orcose

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A economia está viva e seu dinamismo dribla o pessimismo. Não que não existam crises, mas elas não são hegemônicas em todas as atividades econômicas, pois há diversidade na realidade dos negócios, que

não se comportam segundo um plano pré-estabelecido, baseado apenas em números.

As estatísticas balizam os cenários e podem orientar um novo impulso ou servir de alerta quando há risco. O rigor matemático é o maior aliado para um empreendimento ganhar fôlego e sobreviver. Mas existem claros na agenda econômica que geram chances preciosas fora da percepção tradicional. Rigor não signifi ca necessariamente engessamento. Pode servir de apoio para mudanças importantes, atendendo os sinais de um movimento contínuo que percorre as nuances da produção e do consumo.

O fato é que os parâmetros tradicionais não encerram a verdade toda. Há válvulas de escape, rodízio entre nichos diversos, reavaliação de hábitos e inauguração de vetores diferentes que acenam para possibilidades não previstas. A paisagem econômica é ampla e desafi a as empresas, que devem sempre se preparar, não deixar que uma percepção viciada impeça a empresa de passar de ano. Agora que entramos na reta fi nal de 2014, é importante se convencer que a economia faz parte da vida e não de um conteúdo já pronto e acabado. Tecnicamente há evidências de difi culdades e sobressaltos, mas é preciso trabalhar também com a porção intangível e criativa do empreendedorismo.Esse jogo de luzes sobre novas possibilidades não pode ser um devaneio, naturalmente, antes deve ser desenvolvido com os pés bem plantados no chão.

Houve problemas neste ano e no próximo terá de ser feita uma adaptação para que a máquina continue funcionando. A gestão macro, com seus empecilhos naturais, como falhas na infraestrutura e na educação, precisa interagir com esse dinamismo econômico da base, dos largos ombros da nação laboriosa. Um reforço na administração de custos é uma providência essencial nessa fase de adaptação, em que uma economia de crises evolui para uma economia de novas oportunidades.

Seja qual for a decisão sobre o rumo a tomar, certamente ela deve se fundar no apoio da equipe, pois sem profi ssionais focados na solução dos impasses um empresário não consegue se superar. Só tem a ganhar a empresa que faz essa preparação, alterando suas prioridades quando for necessário, consolidando sua identidade para melhor ser percebida pelo público, dando retorno de excelência para seus clientes, oferecendo o que ele realmente precisa, gerando soluções para os inúmeros desafi os que surgem nesta época de transformações importantes.

Uma equipe afi ada é o melhor instrumento para dar a volta por cima. Funcionários sintonizados com as lideranças são o dínamo propulsor da economia de oportunidades que vai defi nir os cenários positivos. Os sinais do confronto já estão evidentes neste fi nal de ano. Mas, com determinação, chegaremos longe.

E é nesse ambiente de confi ança que desejamos aos nossos clientes e amigos um feliz período de festas e uma virada de ano com a certeza de novas vitórias.

No último artigo enveredamos nos questio-namentos sobre ser um líder intencional e isto tem tudo a ver com o tema do líder

como alma simbólica de um grupo, enquanto observamos que sempre estudamos e escu-tamos muitas teorias sobre liderança, muitos conceitos e muitas tentativas de se montar um guia sobre como ser um líder verdadeiro. Esta é uma oportunidade para compartilharmos alguns ensinamentos de Deepak Chopra, do seu livro A Alma da Liderança e irmos um pouco além. O autor considera que os líderes que vivem em busca de inspiração para responder às questões importantes na gestão possuem novo padrão de consciência. Neste sentido o autor nos apresenta o tema inteligência espiritual para a transformação pessoal e social e evidencia que líderes e seus seguidores criam-se uns aos outros, e que as repostas partilhadas entre eles são construídas dentro de cada um e servem de guia para evolução e progresso.

Então é importante entendermos o conceito de ALMA como um sistema vivo, dinâmico, em evolução na consciência e, o conceito de líder como alma simbólica de um grupo quando o líder age como catalisador da mudança e da transfor-mação, sendo que o grupo pode ser uma família, empresa, partido político, comunidade, nação, civilização ou qualquer outra organização.

Para um líder provocar a transformação pesso-al e social, ele trilhará pelos caminhos da sua inteligência espiritual.

Esta frase de Mahatma Gandhi “Seja você mes-

Coach Isabel Macarenco*

mo a mudança que você deseja ver no mundo” nos orienta no sentido de compreender que da transformação pessoal à social o líder deve ser a mudança, fazer a diferença e marcar sua pre-sença sendo diferente enquanto compartilha a paixão pela sua tarefa.

Para falar em transformação é preciso que o líder reveja suas intenções dedicando algum tempo para fazer perguntas a si mesmo e com isto refl etir, se é feliz de ser a pessoa que é, quem é realmente, se realmente está aqui presente na sua atuação, qual resultado quer alcançar, o que deseja como parâmetro para seu sucesso, quem são as pessoas que ele lidera, o que os liderados desejam? Parece que a principal qualidade des-tes líderes é que são pessoas felizes porque não dá para ser infeliz e ser um grande líder.

Para entendermos que a porta da mudança só pode ser aberta de dentro para fora é impor-tante visualizarmos como acontece o processo de transformação e a fi gura abaixo, criada pela autora nos faz refl etir que ao longo da nossa vida, sem percebermos nos colocamos numa FORMA, produto da nossa socialização e sair de dentro dela é um exercício.

Transpor a FORMA e ter uma nova ação como líder pode entrar em pauta na gestão quando se sente:

1. Quais os são impactos causados a um grupo quando este é liderado por alguém que não se respeita e não sabe o que é querer agradar o outro?

2. Quais os impactos causados a um grupo quando este é liderado por alguém extremamente agres-sivo e que não respeita o outro?

3. Quais os impactos causados a um grupo quando este é liderado por um indivíduo manipulador, que não respeita a si e nem ao outro?

O esquema proposto acima envolve primeiro a liderança pessoal e na prática implica liderar-se para prestar atenção e escutar o outro, estar mais próximo e realmente presente junto da equipe; estreitar os laços emocionais com foco no de-senvolvimento do potencial das pessoas; ampliar a consciência de si e dos demais; desafi ar-se enquanto assume que é fonte criadora de toda realidade que vive e que escolhe criar uma nova realidade e materializá-la; dar poder às pessoas; compartilhar responsabilidades e assumir riscos pelo desenvolvimento da equipe e, prover sincro-nismo com o modelo criado, enquanto se vê como parte cocriadora de um grupo mais iluminado.

O perfi l da alma refl ete os valores do líder e a sua visão refl ete suas intenções mais profundas. O líder que leva o grupo a um novo nível de cons-ciência, contribui para ampliação da visão sobre cada um e sobre o ambiente. A chave para a transformação está no sincronismo, pois o líder acredita que o mundo é um refl exo seu, uma extensão do eu e que se as coisas não derem certo, ele não conserta o mundo, ele conserta ele mesmo.

* Isabel Macarenco é consultora e sócia daMacarenco Soluções em Desenvolvimento e Coaching. Master Coach e coautora dos livros: Comunicação Empresarial na Prática. Saraiva, 2013, 3a Edição; Competência: a essência da Liderança Pessoal. Saraiva, 2011, 2a Edição e “Coaching: desenvolvendo pessoas e acelerando resultados”, Editora IBC.E-mail: [email protected]

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“Os líderes proporcionam lideranças de duas formas principais: através das histórias que contam; e através do tipo de vida que levam.”

Howard Gardner

O LÍDER, A ALMA sIMbÓLICADE UM GRUPO

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ORIENTADORORCOsE

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NOVOs CLIENTEs fEDERAL

1) Quais empresas estão obrigadas a tributação com base no Lucro Real e quais podem optar pelo Lucro Presumido?Resposta: Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas:a) cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00, ou ao limite proporcional de R$ 6.500.000,00 multiplicados pelo número de meses do perí-odo, quando inferior a 12 meses, relativamente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º.01.2014;b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, fi nanciamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fi scais relativos a isenção ou redução do imposto; e) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); ef) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, fi nanceiros e do agronegócio.As empresas que não incorrerem nas situações acima enumeradas poderão optar pelo Lucro Presumido.

2) Como deverão proceder as empresas para formalizar a opção pelo regime tributário?Resposta: A opção pela tributação com base no Lucro Real ou Presumido será manifestada por ocasião do pagamento da 1ª (primeira) cota ou cota única do imposto devido no 1º trimestre do ano-calendário, vencível no último dia útil de abril. Será considerada forma-lizada a opção mediante a indicação, no campo 04, do Darf, do código de receita próprio do imposto apurado no regime do lucro real ou presumido. A pessoa jurídica que iniciar atividade a partir do 2º trimestre manifestará a opção com o pagamento da 1ª cota ou cota única do imposto devido no trimestre do inicio de atividade. As empresas que optarem pelo Lucro Real Anual, com recolhimento do imposto por estimativa ou com base em balanços ou balancetes de suspensão ou redução do imposto formalizarão a opção no pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro (ou do inicio de atividades, se for o caso), vencível no último dia útil do mês subsequente. Caso o contribuinte deseje fazer a opção pelo Simples Nacional, desde que atendidos todos os requisitos legais, deverá formalizá-lo no site da Receita Federal do Brasil (www.receita.fazenda.gov.br), até o último dia útil do mês de janeiro. A opção é irretratável e vale para todo o decurso do ano-calendário.

3) Quais as formas de pagamentos do Imposto de Renda e da Contribuição social sobre o Lucro que as empresas tributadas pelo Lucro Real podem adotar?Resposta: As pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro Real, por opção ou por estarem obri-gadas a este regime, podem adotar uma das seguintes formas de pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Social Sobre o Lucro:a) Lucro Real Trimestral; mediante apuração de lucro real trimestral defi nitivo; oub) Lucro Real Anual; com pagamento mensal por estimativa ou com base em balanços ou

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ORIENTADORORCOsE

balancetes de suspensão ou redução do imposto e apuração anual do lucro real.

4) Qual o limite para compensação de prejuízos fi scais no Lucro Real?Resposta: O lucro real apurado em cada período de apuração (lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões prescritas ou autori-zadas pela legislação do Imposto de Renda) poderá ser reduzido pela compensação de prejuízos fi scais de períodos de apuração anteriores em, no máximo, 30%, conforme disposto no Regulamento do Imposto de Renda, artigo 510. Observe-se que esse limite está relacionado com o lucro real do período de apuração em que o prejuízo for compensado, e não com o prejuízo a compensar. Ou seja, o prejuízo fi scal de período de apuração anterior poderá até ser integralmente compensado em um único período de apuração, desde que o valor a compensar não ultrapasse a 30% do lucro real do período de apuração da compensação.

ICMs – EsTADO DE sãO PAULO

5) Como é calculado o ICMs devido pelo regime de substituição tributária?Resposta: A base de cálculo do imposto retido será o preço máximo ou único de venda utilizado pelo contribuinte substitu-ído, fi xado pelo fabricante, pelo importador ou pela autoridade competente. Na falta da existência de tabela de preço, a base de cálculo do imposto retido será o valor da operação praticado pelo substituto, incluídos os valores correspondentes a frete, carreto, seguros, impostos e outros encargos transferíveis ao varejista, acrescido do valor resultante da aplicação de percentual de margem de valor agregado, estabelecido para aquela merca-doria. Em substituição a essa regra, o Fisco poderá fi xar como base de cálculo a média ponderada dos preços a consumidor fi nal usualmente praticados no mercado considerado, apurada por levantamento de preços, ainda que por amostragem ou por meio de dados fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores. Sobre a base de cálculo deve ser aplicada a alíquota interna para a mercadoria e desse resultado deve ser subtraído o ICMS calculado sobre a base de cálculo da operação própria do substituto. A diferença é o valor do ICMS devido pelo regime de substituição tributária.

6) Como a empresa optante pelo simples Nacional deverá proce-der para calcular o ICMs devido por substituição tributária, na condição de substituto tributário?Resposta: O contribuinte optante pelo Simples Nacional, na condição de sujeito passivo por substituição, deverá observar o disposto no § 2º do art. 268 do RICMS/SP-2000, o qual dispõe que:a) o valor do imposto a ser recolhido a título de sujeição passiva por substituição é a diferença entre o valor do imposto calculado mediante a aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo prevista para a operação ou prestação sujeita à substituição tributária e o valor resultante da aplicação da alíquota interna ou interestadual, conforme o caso, sobre o valor da operação ou prestação própria do remetente;b) deverá ser elaborado até o último dia útil da 1ª quinzena de cada mês, relatório demonstrativo de apuração do valor a ser recolhido a título de sujeição passiva por substituição contendo todas as indicações individualizadas das operações e prestações necessárias à verifi cação fi scal; e

c) o valor do imposto devido na condição de sujeito passivo por substituição tributária deverá ser recolhido por guia de recolhi-mentos especiais, até o último dia do segundo mês subsequente ao da saída da mercadoria ou da prestação do serviço.

7) Em quais situações o contribuinte substituído poderá ressarcir do ICMs retido por substituição tributária?Resposta: O contribuinte substituído que tiver recebido a merca-doria ou o serviço com imposto retido poderá ressarcir-se:a) do valor do imposto retido a maior, correspondente à diferença entre o valor que serviu de base à retenção e o valor da operação ou prestação realizada com consumidor ou usuário fi nal, na hipó-tese daquela ter sido fi xada nos termos do art. 40-A, que dispõe que a base de cálculo da retenção é o preço fi nal a consumidor, único ou máximo, autorizado ou fi xado por autoridade competente;b) do valor do imposto retido ou da parcela do imposto retido relativo ao fato gerador presumido não realizado;c) do valor do imposto retido ou da parcela do imposto retido relativo ao valor acrescido, referente à saída que promover ou à saída subsequente amparada por isenção ou não incidência; ed) do valor do imposto retido ou da parcela do imposto retido em favor do Estado de São Paulo, quando promover saída para estabelecimento de contribuinte situado em outro Estado.Para fi ns de ressarcimento deverão ser aplicados os procedi-mentos previstos na Portaria CAT nº 17/99.

LEGIsLAçãO TRAbALHIsTA/PREVIDENCIÁRIA

8) O que é o esocial e quem estará obrigado a esta nova obrigação acessórias?Resposta: O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) é um projeto do governo federal que vai unifi car o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados. Está sendo desen-volvido, em conjunto, pela Caixa Econômica Federal (CAIXA), com relação ao FGTS, pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelo Ministério da Previdência Social (MPS), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), quanto aos processos trabalhistas e fi scalização, inclusive, e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). O eSocial, será implantado gradativamente e constituirá a maior e mais complexa parte do Sped. Portanto, o eSocial é parte do sistema de escrituração digital que exigirá que todos os empregadores enviem ao Fisco, de forma unifi cada, ou seja, em um único documento digital, todas as informações trabalhistas, previdenciárias, fundiárias e tributárias relativas aos seus trabalhadores, sejam eles empregados, avulsos, con-tribuintes individuais etc. Todos os dados dos trabalhadores, ou seja, tudo o que acontecer na vida laboral destes, desde o momento da contratação até a rescisão contratual, constituem informações a serem enviadas via eSocial. Portanto, o sistema abrangerá, entre outros: o registro de empregados, concessão de férias, 13º salário, pagamento de remunerações e demais verbas não integrantes desta, estabilidades concedidas, afas-tamentos do trabalho, acidentes sofridos; recolhimento de contribuições previdenciárias, depósitos fundiários, retenções, exames médicos etc. Estarão obrigados a adotar o eSocial todas as empresas independente do seu porte ou regime tributário, incluindo o doméstico, empresas públicas e do Terceiro Setor, os equiparados a empresa e o segurado especial em relação aos trabalhadores que lhe prestem serviço.

Com o intuito de criar uma espécie de Constituição da Internet no Brasil, foi sancionada a Lei 12.965/14 originada do

projeto de lei 21.626/11 que vinha sendo deba-tido desde o ano de 2009: nasce o Marco Civil da Internet.

O projeto de 2011 previa definir direitos, deveres, estabelecer princípios e garantias aos usuários e provedores de internet de nosso País e após longos 5 anos de debates, vira lei.

Coincidentemente ou não, a lei é sancionada após as recentes denúncias de práticas de espionagem utilizadas pelo governo america-no, não só contra o Brasil, mas como outros países. Agora o governo brasileiro atuará como um grande administrador da rede de internet brasileira, na qual ditará as normas e sanções aos que não a cumprirem.

Acredito que a Lei seja apenas o primeiro passo para regulamentação da internet no país que, por enquanto, abrange e regula seus principais princípios como neutralidade dos provedores, privacidade (logs de acesso, dados pessoais e comunicações privadas),responsabilidade do conteúdo de publicações, dentre outros.

Aqui citaremos brevemente esses três tópicos, mas para quem quiser se aprofundar mais, sugiro a leitura da lei na íntegra.

Neutralidade dos Provedores:

A neutralidade dos provedores impede que os mesmos ofertem serviços de conexões com pacotes limitados, ou seja, a venda de um pa-cote de internet em que o usuário só consiga conectar a serviços de e-mails ou redes sociais. Com isso, o usuário não conseguiria navegar na web, teria somente acesso a esses serviços que contratou. Esta oferta de serviço, não tão comum aqui no Brasil, existe e possivelmente ganharia força limitando muito os usuários. Por-tanto, as empresas que fornecem serviços de internet devem ser neutras em relação ao tráfe-go de dados, não podendo restringir o acesso a determinados conteúdos ou serviços.

Privacidade

Este ponto da lei prevê o sigilo e inviolabilidade de logs de acesso, dados pessoais e das co-municações privadas do usuário, regulando o monitoramento e fiscalização a fim de garantir o direito à privacidade, devendo somente ser divulgadas ou concedidas mediante ordem judicial para fins de investigação. Com isso as empresas deverão criar mecanismos para ga-rantir a inviolabilidade dessas informações por terceiros, impedindo até o compartilhamento dessas informações com órgãos estrangeiros, sem consentimento de nossos órgãos regula-tórios. Os provedores que descumprirem essas regras sofrerão penalidades desde advertência,

Fernando de Brito Abrantes*

* Fernando de Brito Abrantes é consultor de T.I.E-mail: controladoria@orcose. com. br

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até multa, suspensão, proibição das atividades e poderão até responder civil e criminalmente.

Conteúdo das Publicações

A responsabilidade do conteúdo das publica-ções caberá a quem as publica, ou seja, aos usuários; os provedores de acesso não serão responsabilizados por danos a terceiros de-correntes do que os usuários publicarem. Caso alguma decisão judicial determine a retirada de algum material ofensivo (casos de pedofilia, ra-cismo, violência, etc.) é de responsabilidade do provedor a retirada do conteúdo nos prazos es-tabelecidos. Caso contrário responderá judicial-mente pelo descumprimento da ordem judicial, não eximindo a responsabilidade do usuário pela publicação do conteúdo indevido.

Os principais direitos dos usuários resguarda-dos pela le,i para com os provedores de acesso são: a inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;a inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comuni-cações pela internet, salvo por ordem judicial, na forma da lei;a inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem judicial;a não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorren-te de sua utilização;a manutenção da qualidade contratada da conexão à internet.

Um ponto do Projeto de Lei que tratava o local do Armazenamento dos Dados publicados rendeu grande discussão e acabou dividindo muitas opiniões, tendo sido retirado da lei. Ini-cialmente o projeto previa que estes deveriam estar armazenados em Data Centers localizados aqui no Brasil. Com isso empresas como Google e Facebook estariam obrigadas a armazenar os dados dentro de nosso território e isso causaria muito transtorno, por isso este ponto foi extinto da Lei.

Acredito que muita coisa pode ser melhorada, principalmente na área de comércio eletrônico, que vem crescendo. Porém, existe muita fraude, lojas virtuais que você compra e não recebe, alto índice de mercadoria sem procedência e apesar de não ser uma tarefa fácil é necessário mais regulamentação. Com o amadurecimento e ajustes essa lei vai trazer muitos benefícios aos usuários e fornecedores.

MARCO CIVIL DA INTERNET

REENGENHARIA

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*Reinaldo O. da Silva – ROS Consultoria. E-mail: qt@orcose. com. br

Quando a gerência maior de uma empresa anuncia esforços de reen-genharia, sente-se uma variedade de

emoções. Gerentes e trabalhadores podem sentir dúvida, medo, ansiedade, entusias-mo, incerteza, além de outras reações.

Entretanto, a força de trabalho percebe a reengenharia como um processo trau-mático para os envolvidos na aplicação, que decidem como as mudanças devem ser feitas para os gerentes médios e os trabalhadores.

Para o entendimento melhor da reenge-nharia é necessário encaminhar o que ela é e o que não é, bem como a importância da gerência maior na reengenharia e as empresas que obtiveram sucesso com o processo.

Michael Hammer define reengenharia como: ”o repensamento fundamental e o redesenho radical dos processos de ne-gócio, para trazer drásticas melhorias no desempenho”.

A análise dos termos principais desta definição pode facilitar o entendimento citado.

Uma palavra principal é drásticas,que diz que a reengenharia não é, ou não trata de melhorias suaves; em lugar de cinco ou dez por cento de melhorias, se deve obter 90 ou 95 por cento (de melhorias).

Outras palavras principais são os proces-sos fundamentais do negócio, que são os exames dos processos usados e o encontro de outros que possam melhorar muito os conhecidos.As palavras redesenho radical indicam que reengenharia é sobre grandes melhorias.

O esforço da reengenharia não é sobre o conserto do que está ocorrendo, mas como já foi dito, é sobre jogar fora (abandonar) o sistema atual e substituí-lo por outro totalmente novo.

Como seria feito o que é feito hoje? Esta é a pergunta a ser respondida, antes de tudo.

Finalmente, a palavra desempenho diz que reengenharia é medida. Se o desempenho não melhorar, então os esforços de reen-genharia foram para nada.

Como as empresas medem as melhorias é o negócio de cada uma. Pode ser por velocidade de produção aumentada, re-dução de custos, diminuição (abrupta) de reclamações dos clientes, menos defeitos, ou uma combinação destes fatores, que pode medir o desempenho.

É muito importante definir o que a reenge-nharia não é. Primeiro, reengenharia não é “downsizing” (redução de pessoal para auxiliar o aumento, em curto prazo, do ga-nho financeiro). Reengenharia também não deveria ser confundida com automação ou reestruturação. O esforço de reengenharia não é necessário para a empresa investir

em nova tecnologia ou reestruturação (do organograma) que podem resultar da melhoria do negócio em si.

Reengenharia também não é administração (gerenciamento) da qualidade total (TQM), porque aquela trata da empresa toda e esta cuida de parte da empresa. Ambos os processos resultam de trabalhadores “empoderados” para as decisões que se apresentam e se apresentarão; todavia os processos necessitam do apoio da alta administração, e apesar de não serem a mesma coisa, tem suas similaridades: fun-cionários empoderados, uso de equipes ou comitês, “benchmarking” (adaptação das melhorias práticas de mercado à empresa), círculos da qualidade etc.

Porque uma empresa deveria ir por um processo drástico e traumático? A res-posta é a sobrevivência. Empresas não “reengenheiram” na base diária; elas o fazem quando estão em sérios problemas. Contudo, existem muitas razões para “re-engenheirar”, sendo a principal, a mudança de ambiente em que as empresas operam e as consequentes necessidades de mudar para sobreviver.

Reinaldo O. da Silva

Um dos grandes desafios hoje em dia é oferecer a novidade. The next big thing. O diferencial que te fará despontar da

concorrência. Entretanto, isso só funciona de fato se o básico do seu serviço está fun-cionando bem.

Seu cliente adora novidades, o mercado reconhece e recompensa os primeiros a trazer a nova onda. A concorrência fica para trás por um bom tempo até eles mesmos ab-sorverem a inovação. É inquestionável que a direção de qualquer empresa deve ser tal que busque a inovação sempre, persistentemente e infindavelmente.

Entretanto, inovar exige energia. Exige investimentos e recursos que usualmente estão sendo usados por sua operação trivial. Aquela operação chata que garante o salário de todos na sua empresa. Assim, para inovar, muitas empresas acabam canibalizando recursos da operação trivial para conseguir levar a cabo as inovações.

O resultado é previsível: o serviço trivial cai. Seu “arroz com feijão” já não é mais o mes-mo. Os clientes sentem isso e a rentabilidade a médio prazo diminui. E aí ocorre uma situa-ção arriscada. Se a inovação não impulsionar a empresa para suprir essa queda, se instala um ciclo vicioso de decaimento.

A solução depende dos recursos disponí-veis em sua empresa. O ideal é blindar sua operação trivial. Qualquer inovação deve requisitar energia e recursos diferentes da-queles usados pela operação. Dessa forma, além de evitar riscos no seu serviço atual, você conseguirá medir com maior precisão

a rentabilidade desta inovação. Isso porque você saberá exatamente quais recursos novos foram envolvidos e, portanto precisam ser pagos pela inovação, uma vez que entre em produção.

Mas não são todas as empresas que têm o privilégio de conseguir recursos novos exclu-sivamente para suas inovações.

Em geral as empresas precisam se virar, con-seguir ao mesmo tempo segurar a operação trivial e investir na inovação. Como então balancear os recursos entre manter o serviço num mínimo de qualidade para não perder o negócio no médio prazo, versus investir na inovação para garantir bom posicionamento e receita a longo prazo?

A resposta não é simples, infelizmente, e depende de cada contexto. Mas com certeza a resposta está no equilíbrio e flexibilidade. Equilíbrio para sentir a tempo quando a empresa está demasiadamente voltada à ino-vação ou para a manutenção. E flexibilidade para conseguir mudar de curso rapidamente, e quantas vezes for necessário.

O equilíbrio depende imensamente da vali-dade e rapidez das informações sobre sua

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operação. E a flexibilidade depende imensa-mente de sua cultura organizacional e de sua estrutura de processos e sistemas.

Na prática isso significa ter na ponta do lápis seus custos e receitas, e principalmente a relação entre eles e a satisfação de seus clientes. Isso implica em ter sempre um termômetro de satisfação, para sentir rapida-mente qualquer inflexão positiva ou negativa e ter tempo de agir de acordo.

Adicionalmente, seu serviço deve ser cons-truído já pensando em flexibilidade. Pro-cessos simples e fáceis de mudar, sistemas estruturados, modularizados e facilmente substituíveis, interfaces padronizadas entre os principais sistemas, usabilidade adequada ao seu público-alvo, e principalmente tecno-logias escaláveis.

Assim, navegue com cautela entre esses dois lados, e reflita se no seu mercado estão todos tão preocupados em inovar, que o melhor diferencial não seria apenas um arroz com feijão bem feito.

* Francisco Zapata, autor do blog Atendimento Fantástico. Artigo publicado no Portal Empresário Online – www.empresario.com.br

ANTEs DE INOVAR, fAçA bEM sEU ARROz COM fEIjãO