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MANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015 [email protected] Manaus FC e Nacio nal B orbense, caçulas do C ampeonato Amazo- nense, querem bater de frente com os grandes, s onham al to e querem o título do Bar ezão 2015 Pódio E 4 e E 5 Pequenos querendo ser grandes

Pódio - 11 de janeiro de 2015

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Pódio E2 e E3DIEGO JANATÃ

MANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015 [email protected]

Manaus FC e Nacional Borbense, caçulas do Campeonato Amazo-nense, querem bater de frente com os grandes, sonham alto e querem o título do Barezão 2015 Pódio E4 e E5

Pequenos querendoser grandes

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E2 MANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015

A rivalidade é importante para o tor-cedor. Essa é a alegria do futebol. So-bre o plane-jamento das outras equi-pes, isso não me importa. Papel nunca ganhou jogo e nem vai ganhar”

Ele tem a missão de levar, novamente, o São Raimundo ao topo do futebol do

Amazonas. Estamos falando do treinador Eduardo Clara. Aos 43 anos, o paulista-no assumiu o comando do tricampeão do Norte pela segunda vez, após passagem pelo Penarol em 2014. Antes disso, o técnico fez suces-so dirigindo clubes como Grêmio Osasco e Atibaia de São Paulo e Camboriú (Santa Catarina).

Colecionador de acessos no futebol do Sul, Clara conver-sou com a equipe do PÓDIO e revelou seus objetivos para a atual temporada e relembrou o seu começo como treinador em times profi ssionais.

Pódio – Como começou a sua ligação com o es-porte?

Eduardo Clara - Sou pau-listano da periferia de São Paulo e lá, dentro dos campos de várzea, comecei a dar os chutes e a jogar bola. Cheguei a jogar nas categorias de base da Portuguesa. Depois, iniciei uma carreirinha de treinador que não deu muito certo na base. Passei um tempo fora treinando clubes menores. Como treinador, estou há oito anos. Nesse período, conse-gui três acessos no futebol catarinense. Isso é muito im-portante na minha carreira. Também tenho conquistas no futebol paulista. Uma coisa que considero muito impor-tante na minha carreira foram os jogadores que revelei. Uns estão no cenário nacional e outros no internacional. Outra coisa importante é estar no meu terceiro ano no fute-bol amazonense. Chego hoje conhecendo mais a logística que funciona aqui e estando mais adaptado ao clima. Por ser a segunda passagem, já conheço mais como funciona

o São Raimundo. Isso é muito importante e faz com que a gente chegue um pouco mais à vontade e com confi ança. Esse é o Eduardo Clara. Um cara humilde e trabalhador que procura, acima de tudo, respeitar e ser respeitado no meio do futebol.

Pódio – Como você re-cebeu o desafi o de treinar um clube do Norte pela pri-meira vez, o São Raimundo, em 2013?

EC - Para mim foi muito fácil, porque o São Raimundo é um clube que tem um nome muito forte no Sul do país. Desculpe-me as outras equipes, mas o São Raimundo é o que tem o nome mais forte. Então, quando chegou a proposta, até tinha outras opções, mas obviamente aceitei de cara por se tratar de um gigante do futebol do Amazonas. Sa-bemos das difi culdades que vamos enfrentar, mas é uma oportunidade que temos tam-bém de estar em um clube como o São Raimundo. Vamos tentar fazer um grande traba-lho e isso acaba alavancando a carreira da gente consequen-temente.

Pódio – Quais foram as difi culdades que encontrou no futebol amazonense?

EC - Primeira, logicamen-te, foi o clima. Outra foi a logística de viagem. Eu sofri muito, porque não conhecia as distâncias. O que as pessoas me diziam, não sabia. Então, sofri muito com isso. Hoje, não. Hoje, conheço bem mais em relação à primeira vez em que estive aqui e isso me ajuda para que a gente esteja aí, ten-tando fazer, provavelmente, uma campanha melhor.

Pódio – No futebol, qual o profi ssional em que você se espelha?

EC - Eu sou um profi ssio-nal muito organizado. Procuro sempre me organizar muito para que a gente não tenha

surpresa. Então, me considero um cara organizado, e como vários treinadores organiza-dos que existem no país, me espelho neles.

Pódio – Como você avalia o atual momento do futebol de base do Amazonas?

EC - Nesses três anos, vejo que vem crescendo grada-tivamente. Está melhorando. Hoje, temos novos campos e o nível técnico vai subir também. Vejo que as pessoas começaram a olhar diferente para as categorias de base. Quando aqui cheguei, levei um susto. A base praticamente não existia. Hoje, já vejo que tem um pouco mais de orga-nização nesse sentido. Acho que as coisas não são feitas da noite para o dia, mas devem ser feitas ano a ano, devagar. Ainda mais no futebol que se constrói. Mas, certamente o futebol amazonense, pen-so que está em uma fase de crescimento e espero que possamos despontar dentro do futebol com as equipes no Campeonato Brasileiro. Espe-ro que coloquemos, não só o São Raimundo, mas várias equipes no cenário nacional.

Pódio – Acredita que a Colina (estádio Ismael Benigno) será uma força extra para o São Raimun-do dentro do Campeonato Amazonense?

EC - Disso não tenho dú-vidas. Com certeza, quando o São Raimundo entrar em campo, vai se sentir em casa com o apoio da torcida. Isso certamente vai nos ajudar a dar aquele respiro fi nal com um pouco mais de força. A Colina também vai ajudar, pois será nosso campo de treinamento. Isso já faz par-te do nosso planejamento, já está defi nido. Isso vai contar bastante para que possamos conhecer cada cantinho e de-talhes do gramado.

Pódio – A falta de calen-

dário é um problema para os treinadores do futebol amazonense?

EC - Todo mundo reclama disso. Acho que temos que nos adaptar. Acho que Europa é Europa, Sul é Sul. Não pode-mos querer imitar o futebol paulista, nem o catarinense que está em um momento bom. Temos que ter nosso próprio calendário e resolver os problemas do futebol do Amazonas. Podemos olhar para os outros centros, mas não devemos deixar de lado as características que são da-qui. Acho que isso é um fator importante. Obviamente que se fosse mais extensivo, seria excelente. Todavia, acho que já ouve uma evolução. Agora, são 18 rodadas e isso é um fato de se aplaudir. As pessoas que tomaram essa decisão estão no caminho correto. Sei que nada é da noite para o dia.

Pódio – O que a torcida do São Raimundo pode es-perar do time e do Clara em 2015?

EC - Temos uma responsabi-lidade muito grande diante da torcida do São Raimundo. Ob-viamente, só podemos prome-ter que vamos nos organizar da melhor maneira possível. Vamos trabalhar como já es-tamos trabalhando e tomara a Deus que consigamos dar os resultados que eles tanto querem. Mas, para isso, temos que ter calma, treinar forte, ser humildes aqui e não dar resposta falando, mas sim, dentro de campo.

Pódio – A rivalidade com os outros clubes da cidade pode ajudar o São Rai-mundo?

EC - A rivalidade é impor-tante para o torcedor. Essa é a alegria do futebol. Sobre o planejamento das outras equi-pes, isso não me importa. Papel nunca ganhou jogo e nem vai ganhar. Temos que pensar na gente, montar um grande time e competir com eles.

Eduardo CLARA

‘Sou um PROFISSIONAL muito organizado’

Para mim foi muito fácil, porque o São Raimundo é um clube que tem um nome muito forte no Sul do país. Desculpe-me as outras equipes, mas o São Raimundo é o que tem o nome mais forte”

Temos uma responsabi-lidade muito grande dian-te da torci-da do São Raimundo. Obviamente, só podemos prometer que vamos nos organi-zar da me-lhor maneira possível. Vamos tra-balhar como já estamos trabalhando”

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

FOTOS: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

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E3MANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015

Em busca do tempo perdidoNacional investe nas categorias de base e solidifi ca o projeto que visa levar o clube à elite do futebol brasileiro em até 10 anos

Craque o Fla-mengo faz em casa. Essa frase

ilustra bem a fi losofi a básica do futebol. Os

grandes clubes mundiais investem alguns milhões

nas categorias de base para formar atletas qualifi -

cados que, no futuro, acabam sendo utilizados pelo time prin-cipal ou vendidos para a Euro-pa, o que gera lucro ao clube formador. No Brasil, equipes como Fluminense, Santos e In-ternacional são exemplo nesse setor. Só no último Campeona-to Brasileiro, essas esquadras revelaram atletas como o ata-cante Gabigol, o meia Valdívia, o lateral direito Cláudio Winck e o zagueiro Elivelton.

Já no Amazonas, a categoria de base, por muitos anos, foi deixada de lado pelos princi-pais clubes. Exemplo disso foi o Campeonato Amazonense juvenil de 2013, quando ti-mes como Nacional, Rio Negro, Fast, São Raimundo e Princesa do Solimões não participaram da competição. No ano pas-

sado, o torneio ganhou um “upgrade” e teve a presença de 14 equipes. O Tarumã sa-grou-se bicampeão estadual e ganhou a vaga para represen-tar o Amazonas na principal competição da categoria, a Copa São Paulo de Futebol Júnior, competição em que já está eliminado após perder os dois primeiros jogos.

Planejando voltar à elite do futebol brasileiro, o Nacional lançou no fi m de 2014 um pro-jeto ousado que tem como ob-jetivo colocar o clube na Série B do Campeonato Brasileiro no período de uma década. Para isso, o time decidiu aumentar os investimentos na equipe principal e nas categorias de base. O primeiro passo dado foi a profi ssionalização da di-visão de base, o que acarretou na contratação do experiente treinador Aderbal Lana para o cargo de coordenador das categorias de base. Segundo o próprio coordenador, essa decisão foi acertada, porque afastou do clube os profi ssio-nais “apadrinhados”, fato que era comum no futebol local.

“Evidentemente que isso aí é um fator preponderante para a divisão de base. Porque para treinar uma equipe de futebol, principalmente garotos, deve ter uma didática de ensino, ter jogado e um certo grau de ensino, pois devemos formar o homem, antes do atleta. Isso é muito importante para o nosso futebol, porque estamos copiando muito o futebol eu-ropeu, que está em ascensão, mas apenas o esquema tático. Estamos esquecendo de co-

piar o homem. Podemos ob-servar que os atletas europeus e até asiáticos são humildes, profi ssionais e atendem aos seus treinadores, diferente dos jogadores brasileiros que quando o treinador fala, eles já acham que sabem tudo. Isso que o Nacional está procuran-do. Estamos buscando bons profi ssionais nessa área para formar o atleta e o homem”, ressaltou Lana.

A segunda atitude tomada pela diretoria do Leão da Vila Municipal foi a estruturação

do clube. Buscando melhorar o aprendizado de seus garo-tos, o Nacional investiu na reforma do campo da Acade-mia de Futebol Barbosa Filho, localizado ao lado da sede do clube, no bairro Adrianópolis. Para Lana, o novo espaço vai atrair e facilitar o aprendizado dos jovens atletas.

“Foi um investimento alto. Estamos terminando o gra-mado. Por sinal, é uma grama de grande qualidade. É a mesma utilizada no CT dos profi ssionais. Foi um investi-mento de quase R$ 200 mil.

Agora, já estamos trabalhan-do dentro do planejamento que idealizamos para as ca-tegorias de base. Vamos ini-ciar com as escolinhas de 5 a 14 anos, trabalhando dentro das faixas etárias, e na sequ-ência, manteremos um sub-14, sub-17 e sub-20 que será trabalhado em prol da criação de novos atletas para o fute-bol amazonense, consequen-temente, para o Nacional”, afi rmou o coordenador.

Difi culdades Sabendo que não será fácil

o desafi o nacionalino, Lana enumera algumas difi culdades que enfrentará no decorrer do projeto. Surpreendentemente, o primeiro obstáculo identifi -cado é a Lei Pelé.

“A primeira difi culdade que os clubes enfrentam é a Lei Pelé. Vamos fazer um time sub-14, um sub-17 e um sub-20. Teremos que ter contrato com todos esses garotos e pagar todas as obrigações. Se você não faz isso, vem um empresário e o leva embora. Essa é a grande difi culda-de. Por isso que os grandes clubes do Norte e Nordeste deixaram de trabalhar mais nas divisões de base. Você fi ca inseguro, porque não sabe se vai recuperar tudo aquilo que vai gastar”, revela o coordenador que também relembrou que a falta de organização na Federação Amazonense de Futebol (FAF) atrapalha no planeja-mento, pois as competições para a temporada de 2015 ainda não foram defi nidas.

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

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Aderbal Lana aceitou o projeto de reestruturar a formação de jogado-res do Nacional

Campo da Academia de Futebol Barbosa Filho já começou a receber o gramado

NA BRONCAAderbal Lana criticou o fato de a Federa-ção Amazonense de Futebol (FAF) ainda não ter divulgado o calendário oficial de campeonatos para as categorias de base no ano de 2015

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E4 E5MANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015

Quem é quem no Barezão 2015PÓDIO apresentará semanalmente um guia do Campeonato Amazonense. Nesta edição, você confere um raio x de Nacional Borbense e Manaus FC Fundado em 5 de maio

de 2013, o Manaus Futebol Clube aparece como um forte candidato a brigar pelas primeiras posições, apesar de tão jovem. Logo que estreou no profi ssio-nal, o time foi campeão da segunda divisão em 2013. Desde então, o Gavião do Norte, como é conhecido, tem brigado por títulos nas categorias de base além de dar trabalho no profi ssional às equipes mais tradicionais.

Conhecido pelos adver-sários como um time en-joado de se jogar contra, o Manaus FC fez uma cam-panha inversa do time de Borba na primeira divisão em 2014. Ficou de fora da disputa da Taça Cida-de de Manaus com uma campanha irregular, porém deu a volta por cima na Taça Estado do Amazonas e chegou na segunda posi-ção com 7 pontos, em um grupo que tinha Princesa do Solimões e Fast Clube.

Nas semifi nais do segun-do turno, não teve força de vencer o Nacional, perden-do por 2x0 e 3x1. Terminou o certame na sexta posição com 12 pontos, mas não deixou de provar seu valor no futebol amazonense e que pode ganhar força ao longo dos anos.

Para 2015, o Gavião do Norte aproveitou vários jogadores da base, entre eles o jovem Purá, artilheiro do Barezão juvenil com 24 gols. Ele é aposta de muita bola na rede em 2015. Além do “matador”, outros dez se profi ssionalizaram e, com isso, sob o comando de Paulo Roberto Gomes, o Paulão, a equipe do Manaus FC espera superar a cam-panha do ano passado.

Promessa cumprida

O presidente Luís Mitoso, em posse da lista do elenco, afi rmou, em entrevista ao Programa Liga Em Tempo, na Rádio Web Em Tempo em 2014, que o trabalho do Manaus FC prioriza as categorias de base e que do elenco que disputou sub-20 e juvenil, profi ssio-nalizaria várias promessas do futebol amazonense. A promessa foi cumprida e além de Purá, nomes co-nhecidos da base como Rafi nha, Kemerson, Natal e Paulo Henrique ganharão oportunidade mostrar seu futebol entre os profi ssio-nais. Os atletas já estão no BID da CBF e confi rmados para o Barezão 2015.

A ousadia de promover a garotada não é novida-de para Mitoso. “Quando estive na presidência do Nacional, fui o manda-tário que mais promovi atletas da base para o profissional”, lembra. Ele ainda salienta a impor-tância do trabalho de base e o diferencial da equi-pe alviverde do Gavião: “Nosso projeto é ousado. Embora seja mais difí-cil trilhar o caminho das categorias de base, é um investimento cujos frutos são de uma permanência maior e, certamente, es-tamos em busca destes frutos perenes”, afirma.

Em face da oportuni-dade, Rafi nha não hesita e resume a experiência: “Estou muito feliz. Agrade-ço a Deus por esta grande oportunidade”

O Manaus FC vem ao Barezão 2015 com uma mescla de jovens talentos, sem esquecer a experiên-cia de atletas como Joiner, que na edição passada, marcou gols importantes para o Gavião.

Manaus FC que ser grande

No Manaus FC não é somente o elenco que ex-perimenta promoção da base para o profissional. Tendo iniciado seus tra-balhos com a garotada, Paulão tem nas mãos em 2015 a oportunidade de escrever os primeiros capítulos de sua história como técnico profissio-nal. Embora empolgado com a oportunidade, Pau-lão está ciente do trabalho árduo demandado. “É um desafio que está proposto desde que eu comecei na base do clube, incorporan-do o diferencial promovi-do com a garotada dentro do profissional”, destaca o ex-zagueiro.

Apesar de não ter obti-do nenhum título nas ca-tegorias de base, sendo vice-campeão no Sub-20 e Juvenil, Paulão se sente surpreso e satisfeito com

o desempenho até o mo-mento. “Chegamos aonde não esperávamos. Já fi ze-mos bastante, mesmo em tão pouco tempo de tra-balho. Vamos em busca de superar nossas marcas já alcançadas, unindo jovens atletas com jogadores ex-perientes”, salienta.

Quando questionado sobre os seus objetivos no clube, Paulão foi inci-sivo. “Apesar de termos baixado e muito a média de idade do elenco em relação ao ano passado, montamos uma equipe muito competitiva cuja mentalidade será pre-parada para o sonho de sermos campeões amazo-nenses de 2015. Se chega-remos lá, é outra história, mas que nossa equipe será preparada para ser cam-peã, isso sem sobra de dúvidas”, conclui.

Paulão: da base ao profi ssional

Fundação:

Treinador:

Preparador Físico:

Coordenador Físico:

Preparador de Goleiros:

01.01.1989

Róbson Sá

Rafael Bispo

Paulo Feitosa

Dida

FICHA TÉCNICANACIONALBORBENSE

Goleiros: Manga, Joelmir e Douglas

Laterais: Negrety, Guilherme, e Diego Bahia

Zagueiros: Manuel Júnior, Preto, Adalto e Pedrinho

Volantes: Luis Gustavo, Robi-nho, Ronaldo, Alberone, Felipe Graça e Beto.Meias: Raphael, Jeferson, NetoAtacantes: Murilo, Márcio Ribeiro, Élson Bala, Jaílton.

São Raimundo x Nacional Borbense (11.4)Nacional Borbense x Penarol (18.4)Nacional Borbense x Fast (21.4)Rio Negro x Nacional Borbense (25.4)Nacional Borbense x Iranduba (2.5)Manaus x Nacional Borbense (9.5)Nacional Borbense x Nacional (16.5)Nacional Borbense x Princesa do Solimões (20.5)Operário x Nacional Borbense (23.5)

Taça Estado do Amazonas (2º Turno)Taça Cidade de Manaus (1º Turno)

Nacional Borbense x São Raimundo (21.2)Penarol x Nacional Borbense (1º.3)Fast x Nacional Borbense (7.3)Nacional Borbense x Rio Negro (11.3)Iranduba x Nacional Borbense (15.3)Nacional Borbense x Manaus (21.3)Nacional x Nacional Borbense (30.3)Princesa do Solimões x Nacional Borbense (1º.4) Nacional Borbense x Operário (4.4)

Com dez equipes, sendo cinco da capital e cin-co do interior, o Cam-peonato Amazonense

de 2015 promete ser um dos mais equilibrados da década. Com elencos cujas folhas men-sais variam de R$ 30 a R$ 300 mil, os times já começaram a se organizar; alguns bem antes de o ano de 2014 iniciar, como é o caso de Nacional Borbense e Manaus FC, equipes recém-chegadas ao centenário cer-tame, mas já com história na primeira divisão para contar e que prometem escrever uma bela página.

Conheça um pouco da histó-ria destes clubes que prome-tem não ser meros coadjuvan-tes, mas times que perfi larão bom nível técnico.

Fundado em 1º/1/1989, a As-sociação Recreativa Nacional Clube Nacional Borbense, ou simplesmente Nacional Bor-bense, iniciou suas atividades no futsal e no futebol amador. Entrou para o futebol profi ssio-nal em 2013, quando disputou a Série B, sendo vice-campeão da competição.

Quando conseguiu aces-so, poucos apostariam que a equipe do município de Borba (distante 208 quilômetros de Manaus ao sul do Estado) faria um campeonato tão bom em 2014. Venceu de cara o xará Nacional de Manaus em um jogo onde, além da distância - na ocasião, a equipe jogou em Rio Preto da Eva -, superou um adversário mais forte e mais qualifi cado após estar atrás no placar por duas vezes.

A equipe de Borba seguiu fazendo uma excelente campa-nha em 2014 tendo participado na semifi nal do primeiro turno do certame local, perdendo na ocasião para o Princesa do Soli-mões (venceu em casa por 2x1, mas perdeu na volta por 3x1). Embora não tenha repetido o mesmo feito na segunda etapa do campeonato, deixou para trás equipes tradicionais como Sul-América, São Raimundo e Penarol, terminando em uma honrosa quarta colocação na classifi cação geral.

Para 2015, o time de Borba manteve o treinador Robson Sá, que desde 2013 dirige a equipe do Camaleão (mascote do Nacional Borbense), além de ter se reforçado com joga-dores locais e de outras praças esportivas. Pesa ainda em fa-vor da equipe borbense o fato

de o elenco já estar composto deste o fi m do ano passado, além da equipe já estar trei-nando com atletas oriundos do município interiorano.

Outro grande reforço vem das arquibancadas. Em seu estádio, o Nacional Bor-bense conta com o apoio de uma apaixonada torcida que lota o estádio Gerdilson Bentes, também conhecido como Joboatão.

Vindo desde o amador com a equipe, Robson Sá percebeu desde o início que a transição para o profi ssional deveria ser acompanhada de qualifi cação. Tanto que o treinador fez um curso no Rio de Janeiro, tendo aprimorado a parte técnica e o planejamento do elenco. “Procurei me qualifi car ciente das diferenças entre o futebol amador e o profi ssional e o quanto esta categoria deman-da de um treinador. O curso serviu para que eu pudesse imprimir mais qualidade no comando do elenco do Nacio-

nal Borbense”, pontua o jovem treinador.

Quanto à perspectiva da equipe para 2015, Róbson deixa bem claro que o Nacio-nal Borbense vem trabalhando dentro de um planejamento que visa a superação de eta-pas. “Nosso plano estratégico visa, em primeiro lugar, se manter no primeiro escalão do futebol amazonense. À medi-da que esta etapa é supera-da vamos partir para tentar, como em 2014, passar para as semifi nais dos turnos. Se possível for, lutaremos pelo título.”, pondera Sá.

Como todo jovem treinador, Róbson não esconde a alegria que teria, caso conquistasse seu primeiro título no pro-fi ssional. A possibilidade de ele ser lutar pelo título na Arena da Amazônia o deixa empolgado: “Seria um sonho chegar a uma decisão neste estádio e, quem sabe, levar o título; além do mais, a visibili-dade que alcançaríamos seria imensurável”, conclui.

NOVATOSManaus FC e Nacional Borbense são os clubes mais novos do Cam-peonato Amazonense. O time da capital tem apenas dois anos de vida e o clube interio-rana foi fundado no fi nal dos anos 80

Treinador:

Preparador Físico:

Coordenador técnico:

Preparador de Goleiros:

Paulão;

Ronaldo Sperry; Fábio Luis;

Junior Pinho;

FICHA TÉCNICAMANAUS FC

Goleiros: Jhonatan, Talis e Júnior

Laterais: Jean Carlos, Kemer-son, Elton Lucas e Natal

Zagueiros: Martony, Bruno Sergipe e Gildervan; Fábio Gomes, Kelton e Gabriel

Volantes: Derlan, Tubarão e Rafi nha; Eduardo, Bruno Poti-guar e Caio;

Meias: Celio, Meireles e Paulo Henrique; Conrado, Messi e Gerson;Atacantes: Joiner, Claudiney e Purá; Elivelton, Heitor e Huendel

Penarol x Manaus FC (22.2)Manaus x Fast (28.2)Rio Negro x Manaus (7.3)Manaus x Iranduba (11.3)Nacional x Manaus (16.3)Nacional Borbense x Manaus (21.3)Manaus x Princesa do Solimões (28.3)Operário x Manaus (1º.4)Manaus x São Raimundo (4.4)

Taça Cidade de ManausPManaus x Penarol (11.4)Fast x Manaus (18.4)Manaus x Rio Negro (21.4)Iranduba x Manaus (26.4)Manaus x Nacional (2.5)Manaus x N. Borbense (9.5)Princesa do Solimões x Manaus (17.5)Manaus x Operário (20.5)São Raimundo x Manaus (23.5)

Taça Estado do Amazonas

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E4 E5MANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015

Quem é quem no Barezão 2015PÓDIO apresentará semanalmente um guia do Campeonato Amazonense. Nesta edição, você confere um raio x de Nacional Borbense e Manaus FC Fundado em 5 de maio

de 2013, o Manaus Futebol Clube aparece como um forte candidato a brigar pelas primeiras posições, apesar de tão jovem. Logo que estreou no profi ssio-nal, o time foi campeão da segunda divisão em 2013. Desde então, o Gavião do Norte, como é conhecido, tem brigado por títulos nas categorias de base além de dar trabalho no profi ssional às equipes mais tradicionais.

Conhecido pelos adver-sários como um time en-joado de se jogar contra, o Manaus FC fez uma cam-panha inversa do time de Borba na primeira divisão em 2014. Ficou de fora da disputa da Taça Cida-de de Manaus com uma campanha irregular, porém deu a volta por cima na Taça Estado do Amazonas e chegou na segunda posi-ção com 7 pontos, em um grupo que tinha Princesa do Solimões e Fast Clube.

Nas semifi nais do segun-do turno, não teve força de vencer o Nacional, perden-do por 2x0 e 3x1. Terminou o certame na sexta posição com 12 pontos, mas não deixou de provar seu valor no futebol amazonense e que pode ganhar força ao longo dos anos.

Para 2015, o Gavião do Norte aproveitou vários jogadores da base, entre eles o jovem Purá, artilheiro do Barezão juvenil com 24 gols. Ele é aposta de muita bola na rede em 2015. Além do “matador”, outros dez se profi ssionalizaram e, com isso, sob o comando de Paulo Roberto Gomes, o Paulão, a equipe do Manaus FC espera superar a cam-panha do ano passado.

Promessa cumprida

O presidente Luís Mitoso, em posse da lista do elenco, afi rmou, em entrevista ao Programa Liga Em Tempo, na Rádio Web Em Tempo em 2014, que o trabalho do Manaus FC prioriza as categorias de base e que do elenco que disputou sub-20 e juvenil, profi ssio-nalizaria várias promessas do futebol amazonense. A promessa foi cumprida e além de Purá, nomes co-nhecidos da base como Rafi nha, Kemerson, Natal e Paulo Henrique ganharão oportunidade mostrar seu futebol entre os profi ssio-nais. Os atletas já estão no BID da CBF e confi rmados para o Barezão 2015.

A ousadia de promover a garotada não é novida-de para Mitoso. “Quando estive na presidência do Nacional, fui o manda-tário que mais promovi atletas da base para o profissional”, lembra. Ele ainda salienta a impor-tância do trabalho de base e o diferencial da equi-pe alviverde do Gavião: “Nosso projeto é ousado. Embora seja mais difí-cil trilhar o caminho das categorias de base, é um investimento cujos frutos são de uma permanência maior e, certamente, es-tamos em busca destes frutos perenes”, afirma.

Em face da oportuni-dade, Rafi nha não hesita e resume a experiência: “Estou muito feliz. Agrade-ço a Deus por esta grande oportunidade”

O Manaus FC vem ao Barezão 2015 com uma mescla de jovens talentos, sem esquecer a experiên-cia de atletas como Joiner, que na edição passada, marcou gols importantes para o Gavião.

Manaus FC que ser grande

No Manaus FC não é somente o elenco que ex-perimenta promoção da base para o profissional. Tendo iniciado seus tra-balhos com a garotada, Paulão tem nas mãos em 2015 a oportunidade de escrever os primeiros capítulos de sua história como técnico profissio-nal. Embora empolgado com a oportunidade, Pau-lão está ciente do trabalho árduo demandado. “É um desafio que está proposto desde que eu comecei na base do clube, incorporan-do o diferencial promovi-do com a garotada dentro do profissional”, destaca o ex-zagueiro.

Apesar de não ter obti-do nenhum título nas ca-tegorias de base, sendo vice-campeão no Sub-20 e Juvenil, Paulão se sente surpreso e satisfeito com

o desempenho até o mo-mento. “Chegamos aonde não esperávamos. Já fi ze-mos bastante, mesmo em tão pouco tempo de tra-balho. Vamos em busca de superar nossas marcas já alcançadas, unindo jovens atletas com jogadores ex-perientes”, salienta.

Quando questionado sobre os seus objetivos no clube, Paulão foi inci-sivo. “Apesar de termos baixado e muito a média de idade do elenco em relação ao ano passado, montamos uma equipe muito competitiva cuja mentalidade será pre-parada para o sonho de sermos campeões amazo-nenses de 2015. Se chega-remos lá, é outra história, mas que nossa equipe será preparada para ser cam-peã, isso sem sobra de dúvidas”, conclui.

Paulão: da base ao profi ssional

Fundação:

Treinador:

Preparador Físico:

Coordenador Físico:

Preparador de Goleiros:

01.01.1989

Róbson Sá

Rafael Bispo

Paulo Feitosa

Dida

FICHA TÉCNICANACIONALBORBENSE

Goleiros: Manga, Joelmir e Douglas

Laterais: Negrety, Guilherme, e Diego Bahia

Zagueiros: Manuel Júnior, Preto, Adalto e Pedrinho

Volantes: Luis Gustavo, Robi-nho, Ronaldo, Alberone, Felipe Graça e Beto.Meias: Raphael, Jeferson, NetoAtacantes: Murilo, Márcio Ribeiro, Élson Bala, Jaílton.

São Raimundo x Nacional Borbense (11.4)Nacional Borbense x Penarol (18.4)Nacional Borbense x Fast (21.4)Rio Negro x Nacional Borbense (25.4)Nacional Borbense x Iranduba (2.5)Manaus x Nacional Borbense (9.5)Nacional Borbense x Nacional (16.5)Nacional Borbense x Princesa do Solimões (20.5)Operário x Nacional Borbense (23.5)

Taça Estado do Amazonas (2º Turno)Taça Cidade de Manaus (1º Turno)

Nacional Borbense x São Raimundo (21.2)Penarol x Nacional Borbense (1º.3)Fast x Nacional Borbense (7.3)Nacional Borbense x Rio Negro (11.3)Iranduba x Nacional Borbense (15.3)Nacional Borbense x Manaus (21.3)Nacional x Nacional Borbense (30.3)Princesa do Solimões x Nacional Borbense (1º.4) Nacional Borbense x Operário (4.4)

Com dez equipes, sendo cinco da capital e cin-co do interior, o Cam-peonato Amazonense

de 2015 promete ser um dos mais equilibrados da década. Com elencos cujas folhas men-sais variam de R$ 30 a R$ 300 mil, os times já começaram a se organizar; alguns bem antes de o ano de 2014 iniciar, como é o caso de Nacional Borbense e Manaus FC, equipes recém-chegadas ao centenário cer-tame, mas já com história na primeira divisão para contar e que prometem escrever uma bela página.

Conheça um pouco da histó-ria destes clubes que prome-tem não ser meros coadjuvan-tes, mas times que perfi larão bom nível técnico.

Fundado em 1º/1/1989, a As-sociação Recreativa Nacional Clube Nacional Borbense, ou simplesmente Nacional Bor-bense, iniciou suas atividades no futsal e no futebol amador. Entrou para o futebol profi ssio-nal em 2013, quando disputou a Série B, sendo vice-campeão da competição.

Quando conseguiu aces-so, poucos apostariam que a equipe do município de Borba (distante 208 quilômetros de Manaus ao sul do Estado) faria um campeonato tão bom em 2014. Venceu de cara o xará Nacional de Manaus em um jogo onde, além da distância - na ocasião, a equipe jogou em Rio Preto da Eva -, superou um adversário mais forte e mais qualifi cado após estar atrás no placar por duas vezes.

A equipe de Borba seguiu fazendo uma excelente campa-nha em 2014 tendo participado na semifi nal do primeiro turno do certame local, perdendo na ocasião para o Princesa do Soli-mões (venceu em casa por 2x1, mas perdeu na volta por 3x1). Embora não tenha repetido o mesmo feito na segunda etapa do campeonato, deixou para trás equipes tradicionais como Sul-América, São Raimundo e Penarol, terminando em uma honrosa quarta colocação na classifi cação geral.

Para 2015, o time de Borba manteve o treinador Robson Sá, que desde 2013 dirige a equipe do Camaleão (mascote do Nacional Borbense), além de ter se reforçado com joga-dores locais e de outras praças esportivas. Pesa ainda em fa-vor da equipe borbense o fato

de o elenco já estar composto deste o fi m do ano passado, além da equipe já estar trei-nando com atletas oriundos do município interiorano.

Outro grande reforço vem das arquibancadas. Em seu estádio, o Nacional Bor-bense conta com o apoio de uma apaixonada torcida que lota o estádio Gerdilson Bentes, também conhecido como Joboatão.

Vindo desde o amador com a equipe, Robson Sá percebeu desde o início que a transição para o profi ssional deveria ser acompanhada de qualifi cação. Tanto que o treinador fez um curso no Rio de Janeiro, tendo aprimorado a parte técnica e o planejamento do elenco. “Procurei me qualifi car ciente das diferenças entre o futebol amador e o profi ssional e o quanto esta categoria deman-da de um treinador. O curso serviu para que eu pudesse imprimir mais qualidade no comando do elenco do Nacio-

nal Borbense”, pontua o jovem treinador.

Quanto à perspectiva da equipe para 2015, Róbson deixa bem claro que o Nacio-nal Borbense vem trabalhando dentro de um planejamento que visa a superação de eta-pas. “Nosso plano estratégico visa, em primeiro lugar, se manter no primeiro escalão do futebol amazonense. À medi-da que esta etapa é supera-da vamos partir para tentar, como em 2014, passar para as semifi nais dos turnos. Se possível for, lutaremos pelo título.”, pondera Sá.

Como todo jovem treinador, Róbson não esconde a alegria que teria, caso conquistasse seu primeiro título no pro-fi ssional. A possibilidade de ele ser lutar pelo título na Arena da Amazônia o deixa empolgado: “Seria um sonho chegar a uma decisão neste estádio e, quem sabe, levar o título; além do mais, a visibili-dade que alcançaríamos seria imensurável”, conclui.

NOVATOSManaus FC e Nacional Borbense são os clubes mais novos do Cam-peonato Amazonense. O time da capital tem apenas dois anos de vida e o clube interio-rana foi fundado no fi nal dos anos 80

Treinador:

Preparador Físico:

Coordenador técnico:

Preparador de Goleiros:

Paulão;

Ronaldo Sperry; Fábio Luis;

Junior Pinho;

FICHA TÉCNICAMANAUS FC

Goleiros: Jhonatan, Talis e Júnior

Laterais: Jean Carlos, Kemer-son, Elton Lucas e Natal

Zagueiros: Martony, Bruno Sergipe e Gildervan; Fábio Gomes, Kelton e Gabriel

Volantes: Derlan, Tubarão e Rafi nha; Eduardo, Bruno Poti-guar e Caio;

Meias: Celio, Meireles e Paulo Henrique; Conrado, Messi e Gerson;Atacantes: Joiner, Claudiney e Purá; Elivelton, Heitor e Huendel

Penarol x Manaus FC (22.2)Manaus x Fast (28.2)Rio Negro x Manaus (7.3)Manaus x Iranduba (11.3)Nacional x Manaus (16.3)Nacional Borbense x Manaus (21.3)Manaus x Princesa do Solimões (28.3)Operário x Manaus (1º.4)Manaus x São Raimundo (4.4)

Taça Cidade de ManausPManaus x Penarol (11.4)Fast x Manaus (18.4)Manaus x Rio Negro (21.4)Iranduba x Manaus (26.4)Manaus x Nacional (2.5)Manaus x N. Borbense (9.5)Princesa do Solimões x Manaus (17.5)Manaus x Operário (20.5)São Raimundo x Manaus (23.5)

Taça Estado do Amazonas

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Times estrangeiros ‘atraem’ torcedores amazonenses

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E7MANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015

A decadênc ia do futebol amazonense e brasileiro

abriu espaço para um merca-do antes impensável em terras tupiniquins. Com a queda do rendimento e da qualidade dos espetáculos do lado de cá do globo, os clubes europeus ga-nharam espaço e passaram a tomar conta do coração de al-guns apaixonados pelo esporte mais praticado do mundo.

É bem verdade que as emisso-ras de canal fechado e a demo-cratização da internet ajudaram na popularização dos clubes do velho continente no Brasil. No Amazonas não é diferente. Ca-rentes de grandes espetáculos e ídolos, o torcedor “baré” passou a admirar e acompanhar de per-to os passos de gigantes clubes europeus, como Real Madrid, Barcelona, Manchester United, Liverpool, Arsenal, Milan, Roma e várias outras esquadras.

Embalado pelo bom momento e início da era “galáctica” do Real Madrid, o subgerente Alberto Noronha, 25, se diz um faná-tico torcedor “merengue”. Mas

não para por aí, o manauense também é fã do Manchester United, da Inglaterra.

“Na verdade essa paixão surgiu desde 1995, 1996, época de brilho do Real Madrid. Muito também por conta da infl uência de Zida-ne. Pelo Manchester sempre fui muito fã do Cantona. Ele sempre fez muita diferença nos times do Manchester, e participou do surgimento de jogadores como Giggs, Scholes e Beckham. Mas o Real sempre teve times espeta-culares”, explica Alberto, deixando claro que o amor pelos clubes europeus sempre veio acompa-nhado de um grande ídolo.

Apesar do amor aos clubes eu-ropeus, o subgerente não deixa o futebol brasileiro de lado e se diz torcedor vascaíno. A nível local, Alberto recorda os tempos em que frequentava o Vivaldo Lima e a Colina para acompanhar os jogos do São Raimundo, mas por motivos profi ssionais, hoje não consegue mais ser assíduo nas arquibancadas. “Realmente estou afastado do futebol ama-zonense, mas sempre que posso acompanho muito”, comenta.

Arsenal e HenryQuem não lembra da incrível

campanha realizada pelo Arse-

nal na temporada 2003-2004, quando o time foi campeão inglês? O assistente adminis-trativo Leandro Jaqueminut, 25, não esquece e vai além: foi por causa do futebol apresentado por aquela equipe, comandada pelo atacante francês Thierry Henry, que ele passou a torcer pelos Gunners. “O primeiro cam-peonato que eu assisti, quando eu passei acompanhar o cam-peonato inglês, foi em 2003, quando o Arsenal foi campeão invicto e praticava o melhor futebol da liga e muito disso por causa do Henry”, destaca.

Contudo, aquela campanha seria a última vitoriosa da equi-pe de Londres no Campeonato Inglês. A seca por títulos im-portantes só acabou na última temporada, quando o Arsenal garantiu o troféu da Copa da Inglaterra. Para este ano, a ex-pectativa é de uma boa Liga dos Campeões da Europa.

“No Inglês (a equipe) está oscilando, mas pelo menos de-mos sorte, já que vamos pegar o Mônaco na competição esta temporada. A perspectiva é chegar nas quartas e garantir vaga na Champions da pró-xima temporada via Premier League”, acredita.

Times estrangeiros ‘atraem’ torcedores amazonenses

Baixo nível técnico apresentado no Brasil fez clubes europeus ganharem o coração dos apaixonados por futebol

Infl uenciado por um amigo, o universitário Igor Nunes, 22, hoje defende o Liverpool, clube da terra dos Beatles, como o do seu coração. “Comecei a gostar do time por ver a campanha da Liga dos Campeões na tempora-da 4/5. Passei a torcer pelo convívio com um amigo, que já era fanático”, lembra.

Atualmente na oitava po-sição do Campeonato Inglês, os Reds vêm encontrando

difi culdade após a saída de Luis Suárez para o Barcelona. “Acho que o clube enfrenta um período turbulento, meio por culpa das muitas lesões, meio por culpa de decisões erradas de mercado tomadas na últi-ma janela de verão. Acredito que esse momento ruim vai passar em breve. É preciso ter paciência”, avisa Igor.

O universitário faz parte da nova safra de torcedores do Liverpool, que nunca viram a

equipe levantar um troféu do Campeonato Inglês, já que o último triunfo aconteceu na temporada 1989-1990. Ano passado o time perdeu o caneco nas últimas rodadas. “A campanha do quase foi muito decepcionante para mim. Cheguei a acreditar que o título já estava ganho. Aquele jogo com o Chelsea foi um banho de água fria em qualquer torcedor do Liverpool”, concluiu.

‘Seca’ de títulos não diminui amor

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO Liverpool ganhou o

último título de ex-pressão em 2005

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E8 MANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015

Ao som do silêncioLutador amazonense Helderson Filhão combate a surdez com a linguagem da vitória no MMA. Exemplo de superação, o atleta ganhou o respeito dos adversários e tem feito muito “casca grossa” temer enfrentá-lo

Um exemplo de supe-ração nos octógonos. É assim que o lutador Helderson Filhão, 26,

pode ser defi nido no cenário do MMA do Amazonas. O atleta é surdo, mas diante dos adver-sários a linguagem que fala mais alto são as fi nalizações, estrangulamentos, chutes e socos certeiros.

Competidor do peso leve (até 70 kg) – a mesma categoria de Adriano Martins (UFC) -, Helderson Filhão impressiona pelo vasto repertório técnico, apesar da defi ciência.

A história de Filhão começou aos 9 anos, na academia Chiqui-nho Top Team, no Novo Aleixo, Zona Leste. “Tudo começou no jiu-jítsu, por isso até hoje ele é um excelente atleta na fi nali-zação. Já fi nalizou até o Fábio Saci num dos seus primeiros combates no MMA”, conta o mestre Francisco de Assis.

Helderson subiu ao octógono pela primeira vez aos 18 anos. Passadas oito temporadas, hoje o faixa preta na “arte suave” já contabiliza 14 lutas, com 12 vitórias e duas derrotas. Além de treinar em Manaus, Filhão este-ve perto do topo do MMA brasi-leiro, quando treinou por quatro anos na equipe CM System, de Curitiba. “Mas, infelizmente, ele se lesionou no joelho e teve que voltar para Manaus em 2011”, lembra o treinador.

A volta por cima aconteceu

ano passado, quando Filhão venceu duas edições do Rei da Selva Combat, evento pa-trocinado pelo Grupo Raman Neves de Comunicação. Para Francisco de Assis, a surdez não é problema na hora dos treinamentos. “A defi ciência não atrapalha, ao contrário, ele fi ca ainda mais focado nas orientações. Ele assimila bem todas as posições”, garante o

técnico. Segundo a irmã do atleta,

Vanessa Rolim, o MMA é a paixão de Helderson. “Para ele, treinar é normal. A surdez não afeta o desempenho. Ele ama o esporte”, encerra.

A próxima peleja de Filhão acontecerá dia 17 de janeiro, na Arena Novo Aleixo. Ele enfren-tará Marlon Ferreira (Brothers Team) na luta principal do even-to. “Ele está preparado para conquistar a terceira vitória consecutiva”, avisa o técnico.

PRÓXIMA LUTAA próxima peleja de Filhão acontecerá dia 17 de janeiro, na Arena Novo Aleixo. Ele enfrentará Mar-lon Ferreira (Brothers Team) na luta princi-pal do evento Norte Leste Fight 2

Filhão (de bermuda ver-melha) em ação durante o Rei da Selva Combat

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