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Mata Amapá Filha de bacabeiras;
Das açaizeiras cunhã.
Do moleque curupira de pé virado sou amiga;
Companheira do curimatã.
Vivo nas planícies e nos igarapés;
Me visto com a relva verde da serra;
Na canoa do caboclo sou mulher;
Sou o canto fraco da guiné, lutando em defesa da terra.
Da terra do japim, da preguiça do curumim;
Da mandioca, da iara, da pororoca, da pirarára;
Da cutia e do beija flor;
Da Sofía que mundía qual boto namorador.
Da terra do marabaixo, da seringueira;
Do macho e da benzedeira.
Eu conto as coisas da mata Amapá;
Como o tucumã, o cupu, o cará.
Eu canto o choro dos filhos de cá.
Que sofrem na luta e num grito se escuta...
Não Mata Amapá
Odália Araújo