Polimeros e Ambiente

Departamento de Engenharia de PolímerosUniversidade do Minho

Mestrado em Engenharia de Polímeros - Introdução aos Polímeros

Maria da Conceição Paiva 1

Introdução aos Polímeros

Os Plásticos e o Ambiente

Módulo V

Maria da Conceição Paiva

Departamento de Engenharia de Polímeros, Universidade do MinhoGuimarães – Abril 2005




degradação dos polímeros

Os polímeros degradam em certas condições ambientais e de temperatura

A degradação é normalmente devida a reacções de cisão das cadeias macromoleculares

A diminuição da massa molecular dos polímeros tem como consequência a perda das suas propriedades, nomeadamente das propriedades mecânicas




Durante os processos tecnológicos necessários para transformar o plástico nos produtos com utilidade

Durante a exposição aos factores ambientais (neste caso, os tempos de degradação são longos para a maior parte dos plásticos)




degradação dos plásticos no meio ambiente




Lost at Sea: Where Is All the Plastic?Richard C. Thompson, Ylva Olsen, Richard P. Mitchell, Anthony Davis, Steven J. Rowland, Anthony W. G. John, Daniel McGonigle, Andrea E. Russell7 MAY 2004 VOL 838 304 SCIENCE www.sciencemag.org

“Over the past 40 years, large items of plastic debris havefrequently been recorded in habitats from the poles to theequator”

“Most plastics are resistant to biodegradation, but will breakdown gradually through mechanical action”

A degradação dos plásticos no meio ambiente




composição média dos RSU em Portugal

Portugal produz, em média, 400 kg de lixo por habitante, por ano, dos quais cerca de 50% são produtos sintéticos e 11 a 12% são plásticos




os plásticos e o ambienteUma visão actual do problema causado pela obsolescência rápida normalmente associada aos produtos de plástico envolve três conceitos:

- Reduzir a massa de material utilizado em cada peça sem perda significativa de especificações;

- Reutilizar tantas vezes quanto possível uma mesma peça antes que ocorra uma diminuição sensível do seu desempenho;

- Reciclar o material quando a peça não puder ser mais utilizada




ciclo de vida simplificado de um produto em plástico




alternativas para redução do impacto ambiental de materiais plásticos




redução de material (% ponderal) em função do tipo de embalagem




a reciclagem de resíduos de pástico

A redução do material num dado produto, ou o número de reutilizações, é limitada. Por isso, a reciclagem é a alternativa para o problema dos resíduos




reciclagem secundáriaAproveitamento de RSU e resíduos industriais e agrícolas para produzir novos produtos, em princípio de menores especificações

Vantagens:

• Legislação protectora e IMPOSITIVA, a nível nacional e da UE

• Viável, se existir separação selectiva e voluntarista, designadamente de embalagens alimentares e com alguns materiais (PET)

• Ajuda a desenvolver o espírito cívico, nomeadamente nas escolas, através de campanhas de sensibilização




reciclagem secundária

Desvantagens:Tecnologias ainda em desenvolvimentoContaminação por materiais não plásticosPresença de plásticos mutuamente incompatíveis nos RSUMistura de materiais com composição pouco reprodutível e disponibilidade variávelNa maioria dos casos, não tem viabilidade económica, éjustificada em termos sócio-ambientais e legislativos




Em 2003 foram recicladas 5.5% das garrafas de plástico de consumo doméstico. Em média, cada casa consumiu 440 garrafas por ano, reciclando apenas 24!

A reciclagem de uma garrafa de plástico poupa a energia necessária para manter uma lâmpada de 60W acesa durante 6 horas.

O transporte de bebidas em garrafas de plástico requer menos 40% de combustível relativamente ao transporte em garrafas de vidro

A maioria das garrafas de plástico são feitas em PET ou em PEAD

reciclagem secundária – estatísticas obtidas no Reino Unido




(Tratolixo, 2006) (Minas do Lousal, anos 40)*




Particulas “mistas”

Movimento

Agua de lavagem Alimentação

“Tailings” Edge

“concentrado”

Particulas “densas”

Particulas “leves”


ripas

Particulas “mistas”

Movimento


“Tailings” Edge

“concentrado”

Particulas “densas”



ripas

Particulas “mistas”Particulas “mistas”

Movimento


“Tailings” Edge

“concentrado”

Particulas “densas”Particulas “densas”

Particulas “leves”Particulas “leves”

Particulas “leves”Particulas “leves”

ripas

Processos de separação – mesa oscilante, jigagem

M. Teresa Carvalho, Instituto Superior TécnicoDepartamento de Engenharia de Polímeros da U. Minho, Selenis Ambiente, Tratolixo




reciclagem de garrafas de PET

São necessárias 25 garrafas de PET reciclado para produzir uma camisola polar para adulto




reciclagem de telemóveis

Existem cerca de 300 milhões de telemóveis na Europa

Em média, os consumidores mudam de telemóvel cada 18 meses

Ou seja: 125 milhões são substituídos por ano, gerando ~ 6250 ton de lixo




reciclagem de telemóveis

Reutilização,

ou então

Reciclagem:




• Aproveitamento das carcaças de computadores portáteis em fim de vida




aplicações

Lixo de plástico

Tabuleiros para transportede produtos hortícolas

“Plastic lumber”: artigos de jardim, vedações e postes para aplicações agrícolas

Vasos para plantas,pavimentos de jardim




reciclagem terciária

Decomposição química de materiais orgânicos por aquecimento, na ausência (ou deficiência) de oxigénio -pirólise - ou por decomposição biológica

Esquema de um reactor piloto de pirólise:




produtos resultantes da pirólise




reciclagem quaternária

Redução dos RSU a resíduos inertes, com uma diminuição de 90% em volume, através de incineração a altas temperaturas com possível recuperação de energia




previsão da evolução percentual do tratamento de RSU pelas várias técnicas

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