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Politicas de Segurança da Informação Rodrigo Pionti¹, Daniel Paulo Ferreira² Faculdade de Tecnologia de Ourinhos FATEC INTRODUÇÃO Com o avanço da tecnologia de modo acelerado, o uso da internet tem se tornado imprescindível nas nossas atividades diárias, sendo esse um dos recursos mais utilizados para troca de informações tanto empresariais quanto pessoais. Devido a essa exposição cresce também a preocupação com a segurança da informação. A política de segurança da informação nada mais é que um conjunto de praticas e controles adequados, formada por diretrizes, normas e procedimentos, com objetivo de minimizar os riscos com perdas e violações de qualquer bem. Se aplicada de forma correta ajudam a proteger as informações que são consideradas como um ativo importante dentro da organização. INFORMAÇÃO Informação é um conjunto que dados que processados ganham significado que tornam possível sua compreensão e interpretação. As informações constituem um dos objetos de grande valor para as empresas. A ISO/IEC 13335-1/2004 caracteriza como ativo qualquer coisa que tenha valor para a organização. É considerado como ativo de informação todo bem da empresa que se relaciona com informação e que tenha valor para a organização, pode ser um componente humano, tecnológico, físico ou lógico que realize processos de negócio dentro da empresa. ¹ Graduado em Análise de Sistemas e Tecnologia da Informação com habilitação em Tecnólogo em Segurança da Informação. [email protected] ² Professor da Faculdade de Tecnologia de Ourinhos (FATEC), Avenida Vitalina Marcusso,1400 Campus Universitário CEP 19910-260 Ourinho/ SP . Tel/fax: (14) 3324-3986, E-mail : [email protected]

Politica de Seguranca Da Informacao

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  • Politicas de Segurana da Informao

    Rodrigo Pionti, Daniel Paulo Ferreira

    Faculdade de Tecnologia de Ourinhos FATEC

    INTRODUO

    Com o avano da tecnologia de modo acelerado, o uso da internet tem

    se tornado imprescindvel nas nossas atividades dirias, sendo esse um dos

    recursos mais utilizados para troca de informaes tanto empresariais quanto

    pessoais. Devido a essa exposio cresce tambm a preocupao com a

    segurana da informao.

    A poltica de segurana da informao nada mais que um conjunto de

    praticas e controles adequados, formada por diretrizes, normas e

    procedimentos, com objetivo de minimizar os riscos com perdas e violaes de

    qualquer bem. Se aplicada de forma correta ajudam a proteger as informaes

    que so consideradas como um ativo importante dentro da organizao.

    INFORMAO

    Informao um conjunto que dados que processados ganham

    significado que tornam possvel sua compreenso e interpretao. As

    informaes constituem um dos objetos de grande valor para as empresas.

    A ISO/IEC 13335-1/2004 caracteriza como ativo qualquer coisa que

    tenha valor para a organizao. considerado como ativo de informao todo

    bem da empresa que se relaciona com informao e que tenha valor para a

    organizao, pode ser um componente humano, tecnolgico, fsico ou lgico

    que realize processos de negcio dentro da empresa.

    Graduado em Anlise de Sistemas e Tecnologia da Informao com habilitao em Tecnlogo em Segurana da Informao. [email protected]

    Professor da Faculdade de Tecnologia de Ourinhos (FATEC), Avenida Vitalina Marcusso,1400 Campus Universitrio CEP 19910-260 Ourinho/ SP . Tel/fax: (14) 3324-3986, E-mail : [email protected]

  • Atualmente a informao de valor altamente significativo e pode

    representar grande poder para quem a possui, seja pessoa, seja a empresa. A

    informao apresenta-se como recurso estratgico sob a tica da vantagem

    competitiva. Possui valor, pois est presente em todas as atividades que

    envolvem pessoas, processos, sistemas, recursos financeiros, tecnologias e

    etc.

    Classificao da informao

    Cada informao tem um diferente grau de importncia, por esse motivo

    necessrio classific-las. Essa classificao norteia-se mediante ao impacto

    que causaria a sua perda, alterao ou uso sem permisso. Ferreira afirma

    que quanto mais estratgica e decisiva para a manuteno ou sucesso da

    organizao maior ser sua importncia. (FERREIRA, 2008, p. 78)

    Classificaes excessivas podem causar confuses e dificultar o

    processo, elas devem ser claras, de fcil entendimento e descritas para

    diferenciao entre si. Normalmente trs nveis podem ser suficientes para uma

    boa classificao. Entre os nveis mais utilizados na classificao de

    informao esto: informao pblica, informao interna e informao

    confidencial.

    Informaes pblicas: so aquelas de menor importncia, no

    necessitam de sigilo, por isso desnecessrio investimentos para torn-

    las seguras. Exemplo: teste de sistema e servios, folders.

    Informaes internas: so as que devem ser mantidas fora do alcance

    de acesso externo, mas que, se for acessada de forma indevida no

    causaro grande impacto. Exemplo: agenda telefnica.

    Informaes confidenciais devem ser protegidas de acesso externo, pois

    se utilizadas por pessoas no autorizadas podero levar a organizao a

    ter prejuzos financeiros ou perda de competitividade. Exemplo: salrios,

    dados de clientes, senhas.

    Segurana da Informao

  • Devido importncia de cada informao devemos mant-las seguras,

    porem muitas vezes sua importncia s percebida quando ela destruda,

    perdida ou at roubada.

    Os princpios da segurana da informao abrangem basicamente os

    seguintes aspectos: confidencialidade, integridade e disponibilidade (CID), toda

    ao que possa comprometer um desses princpios pode ser tratada como

    atentado a sua segurana.

    Confidencialidade: a garantia de que a informao acessvel somente por

    pessoas autorizadas a terem acesso. Para PEIXOTO (2006, p.38) A

    tramitao das informaes deve contar com a segurana de que eles

    cheguem sem que se dissipem para outros meios ou lugares onde no

    deveriam passar.

    Integridade: a preservao da exatido da informao e dos mtodos de

    processamento. Segundo Lyra (2008, p.3) A informao deve estar correta,

    ser verdadeira e no estar corrompida.

    Disponibilidade: a Garantia de que os usurios autorizados obtenham

    acesso informao e aos ativos correspondentes sempre que necessrio.

    As informaes esto sujeitas a ameaas e riscos devido suas

    vulnerabilidades.

    Ameaa o que provoca um risco dano o u perca. A ABNT ISSO/IEC

    27002,2005 define risco como combinao da probabilidade de um evento e de

    suas consequncias.

    Moreira (2001) aponta a vulnerabilidade como sendo o ponto onde

    qualquer sistema suscetvel a um ataque, condio causada muitas vezes

    pela ausncia ou ineficincia das medidas de proteo utilizadas de

    salvaguardar os bens da empresa.

    Portanto a funo bsica da segurana da informao minimizar os

    riscos at que esses estejam em nveis aceitveis.

    Adachi (2004) que estudou a gesto da segurana em Internet Banking

    estudou os aspectos envolvidos na segurana da informao agrupando-os em

    trs camadas: fsica, lgica e humana. Portanto torna-se essencial que haja

    segurana em cada uma das trs camadas.

    A segurana fsica tem como objetivo proteger equipamentos e

    informaes contra usurios no autorizados, prevenindo o acesso a esses

  • recursos, pode ser abordada sob duas formas: Segurana de acesso - trata

    das medidas de proteo contra o acesso fsico no autorizado; e Segurana

    ambiental trata da preveno de danos por causas naturais.

    A segurana lgica aplica-se em casos onde um usurio ou processo da

    rede tenta obter acesso a um objeto que pode ser um arquivo ou outro recurso

    de rede (estao de trabalho, impressora, etc.) sendo assim um conjunto de

    medida e procedimentos, adotados com objetivo de proteger os dados,

    programas e sistemas contra tentativas de acessos no autorizados, feitas por

    usurios ou outros programas.

    Todos colaboradores da empresa fazem parte do fator humano,

    principalmente os que tm acesso direto aos recursos de T.I. trata-se do fator

    mais difcil de se gerenciar e avaliar riscos. A dificuldade encontrada em

    gerenciar o fator humano est relacionada s caractersticas individualizadas

    de cada pessoa, pois cada uma delas lida de forma diferente com intrusos

    maliciosos ou ingnuos, alguns so mais instrudos e outros no, e responde

    diferentemente a engenharia social.

    Ferreira afirma que:

    A grande maioria dos incidentes tem a interveno humana, seja de forma acidental ou no. A segurana est relacionada a pessoas e processos antes da tecnologia. Consequentemente nada valero os milhes investidos em recursos de tecnologia da informao se o fator humano for deixado em segundo plano. Quanto mais bem preparados os funcionrios de uma organizao, mais segura ela ser.

    (FERREIRA;FERNANDO,2008,p.121)

    Polticas de Segurana da Informao

    A poltica de segurana define normas, procedimentos, ferramentas e

    responsabilidades s pessoas (usurios, administradores de redes e sistemas,

    funcionrios, gerentes, etc.) que lidam com essa informao para garantir o

    controle e a segurana da informao na empresa. formalmente o

    documento que dita quais so as regras aplicadas dentro da empresa para uso

    de recursos tecnolgicos e descarte de informaes.

  • A poltica de segurana define o que e o que no permitido em

    termos de segurana durante a operao de qualquer sistema ou material que

    contenha informaes empresariais, com base na aplicao de regras que

    delimitam o acesso s informaes. Assim, a base da poltica de segurana a

    definio do comportamento esperado das pessoas que interagem com um

    sistema.

    grosso modo pode-se afirmar que com a implantao de uma poltica

    de segurana da informao a significativa a reduo da probabilidade de

    ocorrncia de quebra da confidencialidade, da integridade e da disponibilidade

    da informao, tal como a reduo de danos causados por eventuais

    ocorrncias.

    A politica, preferencialmente deve ser criada antes da ocorrncia de problemas com a segurana, ou depois, para evitar reincidncias. Ela uma ferramenta tanto para prevenir problemas legais como para documentar a aderncia ao

    processo de controle de qualidade. (FERREIRA;FERNANDO, 2008, p.36)

    As polticas de bem elaboradas, possuem certa semelhana entre si,

    mesmo as mais rgidas ou mais brandas, isso porque todas exploram os

    mesmos aspectos.

    Caractersticas e Benefcios

    Para seu efetivo funcionamento a politica ela deve ter certas

    peculiaridades como: ser verdadeira, ser valida para todos, ser simples, contar

    com o comprometimento dos gestores da empresa. De nada adiantaria

    implantar uma politica que no fosse coerente com as aes executadas pela

    empresa, pois isso impossibilitaria seu cumprimento.

    Ferreira afirma que curto prazo pode-se notar a preveno de acessos

    no autorizados, danos ou interferncias no andamento do negcio, alm de j

    se conseguir maior segurana nos processos do negcio, em mdio prazo

    surge a padronizao dos procedimentos, a adaptao j de forma segura de

    novos processos e a qualificao e quantificao de respostas a incidentes; e a

  • longo prazo obtm-se o retorno do investimento, por meio da diminuio de

    problemas relacionados a incidentes de segurana da informao, e a

    empresa consegue firmar-se como uma empresa associada a segurana da

    informao.

    Consideraes Finais

    Nem sempre se pode ter o controle sobre as ameaas que geralmente

    origina-se de um agente externo, portanto essencial a diminuio das

    vulnerabilidades existentes para que se diminua o risco.

    Existem diversas medidas de segurana que podem ser adotadas pelas

    empresas com o intuito de proteger suas informaes, por isso as politicas de

    segurana da informao so to importantes, elas que nortearo os

    colaboradores a como agir baseados nos procedimentos pr-estabelecidos na

    politica.

    Referncias

    ADACHI, Tomi. Gesto de Segurana em Internet Banking - So Paulo: FGV, 2004. 121p. Mestrado. Fundao Getlio Vargas - Administrao. Orientador: Eduardo Henrique Diniz

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR ISO/IEC 27002. Tecnologia da informao - tcnicas de segurana - cdigo de pratica para gesto da informao. Rio de Janeiro, 2005. FERREIRA,F.N.F; ARAJO,M.T. Politicas de Segurana da Informao Guia prtico para elaborao e Implementao.2 ed. Rio de Janeiro: Cincia Moderna, 2008.

    FONTES, E.L.G. Praticando a Segurana da Informao. Rio de Janeiro: Brasport, 2008. JNIOR, Byron L.M. e tal. Proteja o maior bem da sua empresa, a informao com: poltica de segurana da informao. disponvel em : . Acesso em 26 abr 2013

  • LYRA, Maurcio R. Segurana e Auditoria em Segurana da Informao.

    Rio de Janeiro: Cincia Moderna,2008.

    PEIXOTO, Mauro C.P. Engenharia Social e Segurana da Informao. Rio de Janeiro: Brasport, 2006.

    PINHEIRO,J.M.S. Auditoria e anlise de segurana da informao: segurana fsica e lgica. Disponvel em http://www.projetoderedes.com.br/aulas/ugb_auditoria_e_analise/ugb_apoio_auditoria_e_analise_de_seguranca_aula_02.pdf> Acesso em 18 mar 2013.