POLITICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOSaulas.verbojuridico3.com/R2013/Daniel_Martini_aula02b.pdf · FUNDAMENTOS Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseiaseia--se

POLITICA NACIONAL DE RECURSOS POLITICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOSHÍDRICOS

Daniel Martini,Promotor de Justiça.

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Master Direito Ambiental Internacional – CNR –ROMA/ITÁLIA -2008/2009;

Doutor em Direito Ambiental – Universidade de Roma3/ITÁLIA – 2008/2013

�� CFCF::�� ArtArt.. 2121.. CompeteCompete àà UniãoUnião::�� XIXXIX -- instituirinstituir sistemasistema nacionalnacional dede gerenciamentogerenciamento

dede recursosrecursos hídricoshídricos ee definirdefinir critérioscritérios dede outorgaoutorgadede direitosdireitos dede seuseu usouso;; ((RegulamentoRegulamento))

�� LEILEI NºNº 99..433433,, DEDE 88 DEDE JANEIROJANEIRO DEDE 19971997..�� LEILEI NºNº 99..433433,, DEDE 88 DEDE JANEIROJANEIRO DEDE 19971997..InstituiInstitui aa PolíticaPolítica NacionalNacional dede RecursosRecursos Hídricos,Hídricos,criacria oo SistemaSistema NacionalNacional dede GerenciamentoGerenciamento dedeRecursosRecursos Hídricos,Hídricos, regulamentaregulamenta oo incisoinciso XIXXIX dodoartart.. 2121 dada ConstituiçãoConstituição Federal,Federal, ee alteraaltera oo artart.. 11ººdada LeiLei nºnº 88..001001,, dede 1313 dede marçomarço dede 19901990,, quequemodificoumodificou aa LeiLei nºnº 77..990990,, dede 2828 dede dezembrodezembro dede19891989..

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FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS

�� Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseiaArt. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia--se nos se nos seguintes fundamentos:seguintes fundamentos:

�� I I -- a água é um bem de a água é um bem de domínio públicodomínio público;;�� II II -- a água é um recurso natural limitado, dotado de valor a água é um recurso natural limitado, dotado de valor

econômico;econômico;�� III III -- em situações de escassez, o em situações de escassez, o uso prioritário uso prioritário dos dos �� III III -- em situações de escassez, o em situações de escassez, o uso prioritário uso prioritário dos dos

recursos hídricos é o consumo humano e a recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentaçãodessedentação de de animais;animais;

�� IV IV -- a gestão dos recursos hídricos deve sempre a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo proporcionar o uso múltiplo das águas;das águas;

�� V V -- a bacia hidrográfica é a unidade territorial a bacia hidrográfica é a unidade territorial para para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;Hídricos;

�� VI VI -- a a gestão gestão dos recursos hídricos deve ser dos recursos hídricos deve ser descentralizada descentralizada e contar com a participação do Poder Público, e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.dos usuários e das comunidades.

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�� UsosUsos prioritáriosprioritários dada águaágua:: consumoconsumo humanohumano eedessedentaçãodessedentação dede animaisanimais (artigo(artigo 11º,º, III,III, dada LeiLeidasdas Águas)Águas)..

�� CompetênciaCompetência privativaprivativa dada UniãoUnião instituirinstituir diretrizesdiretrizesparapara oo SBSB (art(art.. 2121,, XX,XX, dada CF)CF)..Lei Federal nº 9433/97

Art. 1º - A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;Art. 20. São bens da União:III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com

outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;

�� CompetênciaCompetência comumcomum dosdos entesentes federativosfederativospromoverpromover programasprogramas dede saneamentosaneamento básicobásico (art(art..2323,, IX,IX, dada CF)CF)

�� PropriedadePropriedade dasdas águaságuas:: UniãoUnião ((2020,III),III) ee EstadosEstados((2626,I),I)

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nos seguintes fundamentos:III – em situação de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais.

Art. 21. Compete à União:XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano,

inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;

provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de

obras da União;

-- PorPor muitomuito tempo,tempo, aa propriedadepropriedade serviuserviu paraparasatisfazersatisfazer interessesinteresses particulares,particulares, inclusiveinclusive nonotocantetocante àsàs águaságuas

CC/CC/1616,, artart.. 526526:: “a“a propriedadepropriedade dodo solosolo abrangeabrange-- CC/CC/1616,, artart.. 526526:: “a“a propriedadepropriedade dodo solosolo abrangeabrangeaa dodo queque lhelhe estáestá superiorsuperior ee inferior,inferior, emem todatoda aaalturaaltura ee emem todatoda aa profundidadeprofundidade úteisúteis aoao seuseuexercício,exercício, nãonão podendo,podendo, todavia,todavia, oo proprietárioproprietáriooporopor--sese aa trabalhostrabalhos queque sejamsejam empreendidosempreendidos aaumauma alturaaltura ouou profundidadeprofundidade tais,tais, queque nãonão tenhatenhaeleele interesseinteresse algumalgum emem impediimpedi--los”los”

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�� Código CivilCódigo Civil

�� Art. 99. São bens públicos:Art. 99. São bens públicos:�� I I -- os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas,

ruas e praças;ruas e praças;�� II II -- os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados

a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

�� III III -- os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.real, de cada uma dessas entidades.

�� ........�� Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso

especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.qualificação, na forma que a lei determinar.

�� Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.observadas as exigências da lei.

-- LeiLei dasdas águaságuas:: “a“a águaágua éé umum bembem dede domíniodomínio público”público”(art(art.. 11º,º, I,I, dada LeiLei nn.. 99..433433//9797)) –– BEMBEM DEDE USOUSO COMUMCOMUMDODO POVOPOVO –– NÃONÃO ÉÉ BEMBEM DOMINICALDOMINICAL

-- AA novanova Lei,Lei, portanto,portanto, cristalizoucristalizou aa disciplinadisciplinaconstitucional,constitucional, estandoestando compatívelcompatível comcom elaela

-- DepoisDepois dessadessa lei,lei, doutrinadoutrina passoupassou aa reconhecerreconhecer aaextinçãoextinção dada propriedadepropriedade privadaprivada sobresobre asas águaságuas:: GrafGraf((20032003,, pp.. 5656),), RebouçasRebouças ((20032003,, pp.. 4343),), CanotilhoCanotilho ee LeiteLeite((20072007,, pp.. 295295),), QuadrosQuadros dada SilvaSilva ((19981998,, pp.. 8181),), LemeLemeMachadoMachado ((20022002,, pp.. 2626),), FariasFarias ((20052005,, pp.. 397397),), SantilliSantilli((20032003,, pp.. 650650),), NunesNunes ((20022002,, pp.. 197197),), GranzieraGranziera ((20012001,,pp.. 7777),), MancusoMancuso ((20052005,, pp.. 6262),), PassosPassos dede FreitasFreitas ((20032003,,pp.. 2020))..

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-- CódigoCódigo CivilCivil dede 20022002:: repetiurepetiu aa regraregra geralgeral dodo artart.. 526526 dodoCC/CC/1616 emem seuseu artart.. 11..229229

-- Inovou,Inovou, porém,porém, nono artigoartigo seguinteseguinte:: “A“A propriedadepropriedade dodosolosolo nãonão abrangeabrange asas jazidas,jazidas, minasminas ee demaisdemais recursosrecursosminerais,minerais, osos potenciaispotenciais dede energiaenergia hidráulica,hidráulica, ososmonumentosmonumentos arqueológicosarqueológicos ee outrosoutros bensbens referidosreferidos porporleisleis especiais”especiais” (art(art.. 11..230230))leisleis especiais”especiais” (art(art.. 11..230230))

-- PorPor queque nãonão estãoestão asas águas?águas?-- OndeOnde entramentram asas águas,águas, sese éé queque sese enquadram?enquadram?-- “Outros“Outros bensbens referidosreferidos porpor leisleis especiais”especiais”.. NoNo caso,caso, artart..

11º,º, I,I, dada LeiLei nn.. 99..433433//9797

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-- PossuiPossui direitodireito aa indenizaçãoindenização oo antigoantigo proprietárioproprietário dadaágua?água?

-- ProprietárioProprietário anterioranterior fezfez umum açude,açude, porpor exemplo,exemplo, e,e, apósapós8888,, nãonão éé maismais proprietárioproprietário dada água,água, tendo,tendo, alémalém disso,disso,queque pagarpagar porpor ela!ela!

-- LEMELEME MACHADOMACHADO:: sim,sim, háhá direitodireito adquirido,adquirido, queque lhelhe-- LEMELEME MACHADOMACHADO:: sim,sim, háhá direitodireito adquirido,adquirido, queque lhelheconfereconfere pretensãopretensão indenizatóriaindenizatória.. MasMas nãonão sustentasustenta queque oodireitodireito adquiridoadquirido asseguraassegura domíniodomínio privadoprivado

-- TeseTese éé forte,forte, sobretudosobretudo comcom viésviés dede justiçajustiça-- Porém,Porém, umauma questãoquestão práticaprática sobsob aa óticaótica dada justiçajustiça

socialsocial:: oo EstadoEstado teriateria comocomo suportarsuportar todastodas asasindenizaçõesindenizações nono país?país?

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-- JuridicamenteJuridicamente::1.1. AA CF/CF/8888 éé frutofruto dodo poderpoder constituinteconstituinte originário,originário, queque éé

inauguradorinaugurador dede umauma novanova ordemordem jurídicajurídica.. NãoNão prevaleceprevalecedireitodireito adquirido,adquirido, poispois inicial,inicial, autônomoautônomo ee ilimitadoilimitado((CanotilhoCanotilho))((CanotilhoCanotilho))

2.2. OO antigoantigo proprietárioproprietário agoraagora éé apenasapenas detentordetentor dodo direitodireitodede usouso dasdas águas,águas, ee desdedesde queque obtidaobtida aa outorgaoutorga

3.3. MesmoMesmo queque houvessehouvesse direitodireito indenizatório,indenizatório, ocorreuocorreu aaprescriçãoprescrição quinquenalquinquenal

4.4. RessalvaRessalva:: nãonão correcorre prescriçãoprescrição contracontra incapazesincapazes(menores(menores dede 1616 anosanos ouou deficientesdeficientes queque recebemrecebemimóveisimóveis porpor herança)herança)

5.5. NãoNão háhá notícianotícia dede açãoação indenizatóriaindenizatória propostaproposta1010

DOS INSTRUMENTOSDOS INSTRUMENTOS

�� Art. 5º São instrumentos da Política Nacional de Recursos Art. 5º São instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos:Hídricos:

�� I I -- os Planos de Recursos Hídricos;os Planos de Recursos Hídricos;�� II II -- o enquadramento dos corpos de água em classes, o enquadramento dos corpos de água em classes,

segundo os usos preponderantes da água;segundo os usos preponderantes da água;segundo os usos preponderantes da água;segundo os usos preponderantes da água;�� III III -- a outorga dos direitos de uso de recursos a outorga dos direitos de uso de recursos

hídricos;hídricos;�� IV IV -- a cobrança pelo uso de recursos hídricos;a cobrança pelo uso de recursos hídricos;�� ......

1111

DOS PLANOS DE RECURSOS DOS PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOSHÍDRICOS

�� Art. 7º Os Planos de Recursos Hídricos são planos de longo prazo, com horizonte de Art. 7º Os Planos de Recursos Hídricos são planos de longo prazo, com horizonte de planejamento compatível com o período de implantação de seus programas e planejamento compatível com o período de implantação de seus programas e projetos e terão o seguinte conteúdo mínimo:projetos e terão o seguinte conteúdo mínimo:

�� I I -- diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos;diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos;�� II II -- análise de alternativas de crescimento demográfico, de evolução de análise de alternativas de crescimento demográfico, de evolução de

atividades produtivas e de modificações dos padrões de ocupação do solo;atividades produtivas e de modificações dos padrões de ocupação do solo;�� III III -- balanço entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hídricos, balanço entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hídricos,

em quantidade e qualidade, com identificação de conflitos potenciais;em quantidade e qualidade, com identificação de conflitos potenciais;em quantidade e qualidade, com identificação de conflitos potenciais;em quantidade e qualidade, com identificação de conflitos potenciais;�� IV IV -- metas de racionalização de uso, aumento da quantidade e melhoria da metas de racionalização de uso, aumento da quantidade e melhoria da

qualidade dos recursos hídricos disponíveis;qualidade dos recursos hídricos disponíveis;�� V V -- medidas a serem tomadas, programas a serem desenvolvidos e projetos a medidas a serem tomadas, programas a serem desenvolvidos e projetos a

serem implantados, para o atendimento das metas previstas;serem implantados, para o atendimento das metas previstas;�� VI VI -- (VETADO)(VETADO)�� VII VII -- (VETADO)(VETADO)�� VIII VIII -- prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos;prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos;�� IX IX -- diretrizes e critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos;diretrizes e critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos;�� X X -- propostas para a criação de áreas sujeitas a restrição de uso, com vistas à propostas para a criação de áreas sujeitas a restrição de uso, com vistas à

proteção dos recursos hídricos.proteção dos recursos hídricos.

�� Art. 8º Os Planos de Recursos Hídricos serão elaborados por Art. 8º Os Planos de Recursos Hídricos serão elaborados por bacia hidrográfica, por Estado e para o País.bacia hidrográfica, por Estado e para o País. 1212

DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE ÁGUA EM DO ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE ÁGUA EM CLASSES, SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES CLASSES, SEGUNDO OS USOS PREPONDERANTES

DA ÁGUADA ÁGUA

�� ArtArt.. 99ºº OO enquadramentoenquadramento dosdos corposcorpos dede águaágua ememclasses,classes, segundosegundo osos usosusos preponderantespreponderantes dadaágua,água, visavisa aa::

�� II -- assegurarassegurar àsàs águaságuas qualidadequalidade compatívelcompatível comcom�� II -- assegurarassegurar àsàs águaságuas qualidadequalidade compatívelcompatível comcomosos usosusos maismais exigentesexigentes aa queque foremforem destinadasdestinadas;;

�� IIII -- diminuirdiminuir osos custoscustos dede combatecombate àà poluiçãopoluição dasdaságuas,águas, mediantemediante açõesações preventivaspreventivas permanentespermanentes..

��

1313

�� ArtArt.. 1010.. AsAs classesclasses dede corposcorpos dede águaáguaserãoserão estabelecidasestabelecidas pelapela legislaçãolegislaçãoambientalambiental..

�� “Estabelecer”“Estabelecer” significasignifica::

�� 11ªª fasefase:: dardar asas característicascaracterísticas dede cadacada classeclasse;;

�� 22ªª fasefase:: constatarconstatar asas característicascaracterísticas existentesexistentesemem umum corpocorpo hídrico,hídrico, proporpropor asas metasmetas (usos(usosqueridos)queridos) ee classificarclassificar nana classeclasse devidadevida..

1414

RESOLUÇÃO No 430, DE 13 DE MAIO DE 2011RESOLUÇÃO No 430, DE 13 DE MAIO DE 2011Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio AmbienteAmbiente--

CONAMACONAMA..

�� ArtArt.. 55oo OsOs efluentesefluentes nãonão poderãopoderão conferirconferir aoaocorpocorpo receptorreceptor característicascaracterísticas dede qualidadequalidade ememdesacordodesacordo comcom asas metasmetas obrigatóriasobrigatóriasprogressivas,progressivas, intermediáriasintermediárias ee final,final, dodo seuseuenquadramentoenquadramento..enquadramentoenquadramento..

�� §§ 22oo ParaPara osos parâmetrosparâmetros nãonão incluídosincluídos nasnas metasmetasobrigatóriasobrigatórias ee nana ausênciaausência dede metasmetasintermediáriasintermediárias progressivas,progressivas, osos padrõespadrões dedequalidadequalidade aa seremserem obedecidosobedecidos nono corpocorpo receptorreceptorsãosão osos queque constamconstam nana classeclasse nana qualqual oo corpocorporeceptorreceptor estiverestiver enquadradoenquadrado..

1515

Resolução Resolução ConamaConama 357/2005357/2005

�� DA CLASSIFICAÇÃO DOS CORPOS DE ÁGUADA CLASSIFICAÇÃO DOS CORPOS DE ÁGUA�� Art.3o As águas doces, salobras e salinas do Art.3o As águas doces, salobras e salinas do

Território Nacional são classificadas, segundo a Território Nacional são classificadas, segundo a qualidade requerida para os seus usos qualidade requerida para os seus usos preponderantes, em treze classes de qualidade.preponderantes, em treze classes de qualidade.preponderantes, em treze classes de qualidade.preponderantes, em treze classes de qualidade.

�� Parágrafo único. As águas de melhor qualidade Parágrafo único. As águas de melhor qualidade podem ser aproveitadas em uso menos exigente, podem ser aproveitadas em uso menos exigente, desde que este não prejudique a qualidade da desde que este não prejudique a qualidade da água, atendidos outros requisitos Pertinentes.água, atendidos outros requisitos Pertinentes.

1616


�� Das Águas DocesDas Águas Doces�� Art. 4o As águas doces são classificadas em:Art. 4o As águas doces são classificadas em:

�� I I -- classe especial: águas destinadas:classe especial: águas destinadas:a) ao abastecimento para consumo humano, com a) ao abastecimento para consumo humano, com �� a) ao abastecimento para consumo humano, com a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;desinfecção;

�� b) a preservação do equilíbrio natural das b) a preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e,comunidades aquáticas; e,

�� c) a preservação dos ambientes aquáticos em c) a preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral.unidades de conservação de proteção integral.

1717


�� II II -- classe 1: águas que podem ser destinadas:classe 1: águas que podem ser destinadas:�� a) ao abastecimento para consumo humano, após a) ao abastecimento para consumo humano, após

tratamento simplificado;tratamento simplificado;�� b) a proteção das comunidades aquáticas;b) a proteção das comunidades aquáticas;�� c) a recreação de contato primário, tais como natação, c) a recreação de contato primário, tais como natação,

esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000;no 274, de 2000;

�� d) a irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de d) a irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; eingeridas cruas sem remoção de película; e

�� e) a proteção das comunidades aquáticas em Terras e) a proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.Indígenas.

1818


�� III III -- classe 2: águas que podem ser destinadas:classe 2: águas que podem ser destinadas:�� a) ao abastecimento para consumo humano, a) ao abastecimento para consumo humano,

após tratamento convencional;após tratamento convencional;�� b) a proteção das comunidades aquáticas;b) a proteção das comunidades aquáticas;

c) a recreação de contato primário, tais como c) a recreação de contato primário, tais como �� c) a recreação de contato primário, tais como c) a recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000;Resolução CONAMA no 274, de 2000;

�� d) a irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e d) a irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer,de parques, jardins, campos de esporte e lazer,

�� com os quais o publico possa vir a ter contato com os quais o publico possa vir a ter contato direto; edireto; e

�� e) a aquicultura e a atividade de pesca.e) a aquicultura e a atividade de pesca. 1919


�� IV IV -- classe 3: águas que podem ser destinadas:classe 3: águas que podem ser destinadas:�� a) ao abastecimento para consumo humano, a) ao abastecimento para consumo humano,

após tratamento convencional ou avançado;após tratamento convencional ou avançado;�� b) a irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e b) a irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e

forrageiras;forrageiras;forrageiras;forrageiras;�� c) a pesca amadora;c) a pesca amadora;�� d) a recreação de contato secundário; ed) a recreação de contato secundário; e�� e) a dessedentarão de animais.e) a dessedentarão de animais.�� V V -- classe 4: águas que podem ser destinadas:classe 4: águas que podem ser destinadas:�� a) a navegação; ea) a navegação; e�� b) a harmonia paisagística.b) a harmonia paisagística.

2020

�� V V -- classe 4: águas que podem ser classe 4: águas que podem ser destinadas:destinadas:

�� a) a navegação; ea) a navegação; eb) a harmonia paisagística.b) a harmonia paisagística.�� b) a harmonia paisagística.b) a harmonia paisagística.

�� ÁGUAS SALINAS (art. 5º)ÁGUAS SALINAS (art. 5º)�� ÁGUAS SALOBRAS (art. ÁGUAS SALOBRAS (art. 6º)6º)

2121

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOS HÍDRICOSDE RECURSOS HÍDRICOS

�� Art. 12. Estão sujeitos a outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes usos de Art. 12. Estão sujeitos a outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes usos de recursos hídricos:recursos hídricos:

�� I I -- derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo final, inclusive abastecimento público, ou insumo de processo para consumo final, inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo;produtivo;

�� II II -- extração de água de extração de água de aqüíferoaqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo;processo produtivo;

�� III III -- lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou �� III III -- lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final;gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final;

�� IV IV -- aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;�� V V -- outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água

existente em um corpo de água.existente em um corpo de água.�� §§ 1º Independem de outorga pelo Poder Público, conforme definido em 1º Independem de outorga pelo Poder Público, conforme definido em

regulamento:regulamento:�� I I -- o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos

núcleos populacionais, distribuídos no meio rural;núcleos populacionais, distribuídos no meio rural;�� II II -- as derivações, captações e lançamentos considerados insignificantes;as derivações, captações e lançamentos considerados insignificantes;�� III III -- as acumulações de volumes de água consideradas insignificantes.as acumulações de volumes de água consideradas insignificantes.

2222

• Estado autoriza particular a usar a água• Usos insignificantes: independem de outorga• Natureza vinculada e discricionária:1.Se uso for vedado, outorga deve ser indeferida;1.Se uso for vedado, outorga deve ser indeferida;2.Do contrário, faculdade na concessão;3.Porém, será obrigatória a concessão de uso

prioritário, se não houver outra forma de satisfazê-lo. Mas se qualidade nociva da água, não se concede.

• Para Wellington Pacheco Barros, é contrato administrativo“sui generis”.

• Diz ele que a Lei n. 9.433/97 não prevê a natureza jurídica.

• De fato, quemprevê é a Lei n. 9.984/2000, que institui a ANA, eque dispõe ser autorização (art. 4º, IV).

IN MMA 4/2000 - XVI Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos: atoadministrativo, de autorização, mediante o qual o Poder Públicooutorgante faculta ao outorgado o direito de uso de recurso hídrico, porprazo determinado, nos termos e nas condições expressas no respectivoato;

• E as características são típicas do ato administrativo. • Sua revogação ou suspensão se dão na forma da lei

(art. 15 da Lei n. 9.433/97), permanecendo a possibilidade de revogação por interesse público. possibilidade de revogação por interesse público.

• O ato administrativo é unilateral. O interessado pede a outorga e recebe-a ou não. As condições que forem a ela impostas não podem ser recusadas.

• Se fosse contrato, poderiam ser discutidas e modificadas as condições da outorga.

• No contrato há acordo de vontades e obrigações recíprocas, o que não é o caso da outorga.

• É ato administrativo de natureza vinculada e discricionária

• Se o uso pretendido for vedado, a outorga deve ser indeferidaindeferida

• Do contrário, há faculdade do poder público na concessão• Mas há um caso em que DEVE ser deferida: quando o

pedido é destinado ao consumo humano ou dessedentação de animais, e não há outras formas de satisfação desses usos prioritários.

• Não deve ser outorgada, porém, se for de qualidade nociva. Usa-se, então, carro-pipa ou algo do gênero

• Não é só a captação de água de um manancial, mas igualmente o despejo de esgoto e demais líquidos ou gasosos, tratados ou não (art. 12).

• Também aproveitamento de potenciais hidrelétricos e outros usos que alterem o regime, quantidade ou qualidade da água existente em um corpo d’água (art. 12).

• Independem de outorga, conforme regulamento, os usos insignificantes (art. 12, § 1º).

• O que é regulamento para esse fim? Lei não fala expressamente.

• Porém, compete ao CB propor ao CNRH ou CERH os • Porém, compete ao CB propor ao CNRH ou CERH os volumes de pouca expressão para efeito de isenção da obrigatoriedade de outorga (art. 38, V).

• E compete ao CNRH deliberar sobre questões que tenham sido encaminhadas pelos CB (art. 35, IV).

DA COBRANÇA DO USO DE DA COBRANÇA DO USO DE RECURSOS HÍDRICOSRECURSOS HÍDRICOS

�� Art. 19. A cobrança pelo uso de recursos hídricos Art. 19. A cobrança pelo uso de recursos hídricos objetiva:objetiva:

�� I I -- reconhecer a água como bem econômico e dar reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor;ao usuário uma indicação de seu real valor;

�� II II -- incentivar a racionalização do uso da água;incentivar a racionalização do uso da água;�� II II -- incentivar a racionalização do uso da água;incentivar a racionalização do uso da água;�� III III -- obter recursos financeiros para o obter recursos financeiros para o

financiamento dos programas e intervenções financiamento dos programas e intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos.contemplados nos planos de recursos hídricos.

�� ArtArt.. 2020.. SerãoSerão cobradoscobrados osos usosusos dede recursosrecursoshídricoshídricos sujeitossujeitos aa outorga,outorga, nosnos termostermos dodo artart.. 1212destadesta LeiLei..

2929

• Outorgado o uso, deve haver cobrança para:1. Dar ao usuário real valor do bem;2. Incentivar racionalização do uso (“Um processo de

utilização racional da água não pode prosperar sem recursos adequados para a construção, planejamento e recursos adequados para a construção, planejamento e operação de sistemas hídricos de informação e utilização adequada dos recursos hídricos”(FARIAS, p. 394);

3. Obter recursos para desenvolver ações na área de proteção das águas.

• Princípio do poluidor-usuário-pagador (agricultura 70%, em detrimento de outros usos) fundamenta a cobrança –internalizar as externalidades....

Agências de Água: propõe ao CB valores a serem cobrados e pode arrecadar por delegação

do outorgante (art. 44, III e XI, “b”)

Cômitês de Bacia: sugere valor ao Conselho(art. 38, VI)

Conselho Estadual ou Nacional: decide valor(art. 35, IV)

• A cobrança, não implementada antes da Lei n. 9.433/97, estava prevista no Código de Águas (art. 36)

• O Código Civil atual dispõe: “o uso dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme estabelecido pode ser gratuito ou retribuído, conforme estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencem (art. 103)

• Há outros exemplos de bens públicos utilizados e pagos, caso dos pedágios.

• Caso das águas:1. Não é imposto: este não leva em consideração as

vantagens particulares, presentes na cobrança pela água2. Não é taxa: pois não se está diante do exercício do poder

de polícia (taxa de polícia) ou da utilização de serviço de polícia (taxa de polícia) ou da utilização de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (taxa de serviço)

3. Não é contribuição de melhoria: pois não há obra pública cujo custo deva ser atribuído à valorização de imóveis beneficiados

4. É PREÇO PÚBLICO: parte das receitas originárias, já que sua fonte é a exploração do patrimônio público

• Lei 9.433/97. Art. 22. Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos serão aplicados prioritariamente na bacia hidrográfica em que foram gerados e serão hidrográfica em que foram gerados e serão utilizados:...

• Lei estadual n. 10350/94. Art. 32 - Os valores arrecadados na cobrança pelo uso da água serão destinados a aplicações exclusivas e não transferíveis na gestão dos recursos hídricos da bacia hidrográfica de origem:...

BACIA HIDROGRÁFICA: unidade de BACIA HIDROGRÁFICA: unidade de planejamentoplanejamento

�� AA baciabacia hidrográficahidrográfica éé aa unidadeunidade físicofísico--territorialterritorialdede planejamentoplanejamento

-- ÉÉ umauma regraregra queque delimitadelimita oo espaçoespaço dedeplanejamentoplanejamento dasdas políticaspolíticas hídricashídricas

-- QualQual éé aa finalidade?finalidade? EstabelecerEstabelecer umum espaçoespaçoadequadoadequado parapara oo melhormelhor gerenciamentogerenciamento dada águaágua

-- QualQual oo modo?modo? EstabelecerEstabelecer osos contornoscontornosterritoriaisterritoriais emem tornotorno dada baciabacia hidrográficahidrográfica

-- ÉÉ nana baciabacia hidrográficahidrográfica queque vaivai atuaratuar oo ComitêComitêdede BaciaBacia..

FUNDAMENTOS DA PNRH:FUNDAMENTOS DA PNRH:BACIA HIDROGRÁFICA: unidade de BACIA HIDROGRÁFICA: unidade de

planejamentoplanejamento

CONCEITOCONCEITO DEDE BACIABACIA HIDROGRÁFICAHIDROGRÁFICA

�� AA LeiLei nãonão define,define, masmas osos glossáriosglossáriostécnicostécnicos definemdefinem comocomo “a“a áreaárea dededrenagemdrenagem dede umum cursocurso dede águaágua ououlago”lago”lago”lago”

�� CursosCursos d’águad’água:: principalprincipal ee tributáriotributário

�� NãoNão sese confundeconfunde comcom baciabaciahidrogeológicahidrogeológica (aquíferos)(aquíferos) 3737

DOS COMITÊS DE BACIA DOS COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICAHIDROGRÁFICA

�� ArtArt.. 3737.. OsOs ComitêsComitês dede BaciaBacia HidrográficaHidrográfica terãoterãocomocomo áreaárea dede atuaçãoatuação::

�� II -- aa totalidadetotalidade dede umauma baciabacia hidrográficahidrográfica;;�� IIII -- subsub--baciabacia hidrográficahidrográfica dede tributáriotributário dodo

cursocurso dede águaágua principalprincipal dada bacia,bacia, ouou dede tributáriotributáriocursocurso dede águaágua principalprincipal dada bacia,bacia, ouou dede tributáriotributáriodessedesse tributáriotributário;; ouou

�� IIIIII -- grupogrupo dede baciasbacias ouou subsub--baciasbaciashidrográficashidrográficas contíguascontíguas..

�� ParágrafoParágrafo únicoúnico.. AA instituiçãoinstituição dede ComitêsComitês dedeBaciaBacia HidrográficaHidrográfica emem riosrios dede domíniodomínio dada UniãoUniãoseráserá efetivadaefetivada porpor atoato dodo PresidentePresidente dadaRepúblicaRepública..

4141

FUNDAMENTOS DA PNRH:FUNDAMENTOS DA PNRH:GESTÃO DESCENTRALIZADA E GESTÃO DESCENTRALIZADA E

PARTICIPATIVAPARTICIPATIVA

�� A gestão da água tem de ser descentralizada A gestão da água tem de ser descentralizada e participativae participativa

-- Qual é o fim? Promover a democracia e a Qual é o fim? Promover a democracia e a cidadaniacidadania

-- Qual o modo? Essa norma não estabelece, Qual o modo? Essa norma não estabelece, mas a Lei n. 9.433/97 prevê regras mas a Lei n. 9.433/97 prevê regras mas a Lei n. 9.433/97 prevê regras mas a Lei n. 9.433/97 prevê regras associadas (como ao disciplinar os Comitês associadas (como ao disciplinar os Comitês de Bacia)de Bacia)

-- O princípio da participação decorre, no plano O princípio da participação decorre, no plano constitucional, do art. 225 da CF, quando diz constitucional, do art. 225 da CF, quando diz que incumbe à coletividade o dever de que incumbe à coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente para defender e preservar o meio ambiente para esta e as futuras gerações. Institucionaliza a esta e as futuras gerações. Institucionaliza a participação popular como elemento participação popular como elemento integrante das políticas públicas ambientais, integrante das políticas públicas ambientais, em sua definição, gestão e fiscalização.em sua definição, gestão e fiscalização.


PARTICIPATIVAPARTICIPATIVA-- O Comitê tem funções, que, O Comitê tem funções, que,

analogicamente, podeanalogicamente, pode--se dizer se dizer executivas, legislativas e judiciais.executivas, legislativas e judiciais.

1.1. Executivas: promover debate das Executivas: promover debate das questões pertinentes à água e articular a questões pertinentes à água e articular a atuação das entidades intervenientes, atuação das entidades intervenientes, questões pertinentes à água e articular a questões pertinentes à água e articular a atuação das entidades intervenientes, atuação das entidades intervenientes, dentre outrasdentre outras

2.2. Legislativas: aprovar o Plano de Recursos Legislativas: aprovar o Plano de Recursos Hídricos por bacia, sugerir ao Conselho Hídricos por bacia, sugerir ao Conselho os valores a serem cobrados (após virá os valores a serem cobrados (após virá uma deliberação “legislativa”), dentre uma deliberação “legislativa”), dentre outrasoutras

3.3. Judicial: arbitrar, em primeira instância, Judicial: arbitrar, em primeira instância, os conflitos ligados aos recursos hídricosos conflitos ligados aos recursos hídricos

�� Art. 38. Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de Art. 38. Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de atuação:sua área de atuação:

�� I I -- promover o debate das questões relacionadas a recursos promover o debate das questões relacionadas a recursos hídricos e articular a atuação das entidades intervenientes;hídricos e articular a atuação das entidades intervenientes;

�� II II -- arbitrar, em primeira instância administrativa, os arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados aos recursos hídricos;conflitos relacionados aos recursos hídricos;

�� III III -- aprovar o Plano de Recursos Hídricos da bacia;aprovar o Plano de Recursos Hídricos da bacia;�� IV IV -- acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos

da bacia e sugerir as providências necessárias ao cumprimento de da bacia e sugerir as providências necessárias ao cumprimento de suas metas;suas metas;suas metas;suas metas;

�� V V -- propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos as acumulações, derivações, captações e de Recursos Hídricos as acumulações, derivações, captações e lançamentos de pouca expressão, para efeito de isenção da lançamentos de pouca expressão, para efeito de isenção da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hídricos, de acordo com os domínios destes;hídricos, de acordo com os domínios destes;

�� VI VI -- estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados;recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados;

�� VII VII -- (VETADO)(VETADO)�� VIII VIII -- (VETADO)(VETADO)�� IX IX -- estabelecer critérios e promover o rateio de custo das estabelecer critérios e promover o rateio de custo das

obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo.obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo.4444


PARTICIPATIVAPARTICIPATIVA-- Comitê é composto por representantes do poder público (nos Comitê é composto por representantes do poder público (nos

três níveis), dos usuários e das entidades civis com atuação na três níveis), dos usuários e das entidades civis com atuação na baciabacia

-- Os representantes do poder público não podem exceder à Os representantes do poder público não podem exceder à metade (no RS: governo 20%, demais 40% cada (usuários e metade (no RS: governo 20%, demais 40% cada (usuários e população, inclusive do Legislativo) população, inclusive do Legislativo) –– art. 14 da Lei n. art. 14 da Lei n. metade (no RS: governo 20%, demais 40% cada (usuários e metade (no RS: governo 20%, demais 40% cada (usuários e população, inclusive do Legislativo) população, inclusive do Legislativo) –– art. 14 da Lei n. art. 14 da Lei n. 10.350/94)10.350/94)

-- Problema: todas as decisões dos CB estão sujeitas a recurso Problema: todas as decisões dos CB estão sujeitas a recurso para o Conselhopara o Conselho

-- Os Conselhos podem ser compostos, e são, por maioria Os Conselhos podem ser compostos, e são, por maioria oriunda do poder públicooriunda do poder público

GESTÃO DESCENTRALIZADA E GESTÃO DESCENTRALIZADA E PARTICIPATIVAPARTICIPATIVA

-- Os principais órgãos do SNGRH são os Os principais órgãos do SNGRH são os Comitês, as Agências de Águas e os Comitês, as Agências de Águas e os Conselhos Nacional e Estaduais de Conselhos Nacional e Estaduais de Recursos Hídricos Recursos Hídricos

-- Os Comitês de Bacia estão no primeiro Os Comitês de Bacia estão no primeiro -- Os Comitês de Bacia estão no primeiro Os Comitês de Bacia estão no primeiro nível de administração dos RH. Para nível de administração dos RH. Para exercer suas competências, contam com exercer suas competências, contam com as Agênciasas Agências

-- Uma Agência pode atender um ou mais Uma Agência pode atender um ou mais Comitê, e sua criação depende de Comitê, e sua criação depende de autorização do Conselhoautorização do Conselho

�� DAS AGÊNCIAS DE ÁGUADAS AGÊNCIAS DE ÁGUA

ArtArt.. 4141.. AsAs AgênciasAgências dede ÁguaÁguaexercerãoexercerão aa funçãofunção dede secretariasecretariaexercerãoexercerão aa funçãofunção dede secretariasecretariaexecutivaexecutiva dodo respectivorespectivo ouourespectivosrespectivos ComitêsComitês dede BaciaBaciaHidrográficaHidrográfica..

4747

�� LEILEI NNoo 99..984984,, DEDE 1717 DEDE JULHOJULHO DEDE20002000.. DispõeDispõe sobresobre aa criaçãocriação dadaAgênciaAgência NacionalNacional dede ÁguasÁguas -- ANA,ANA,entidadeentidade federalfederal dede implementaçãoimplementaçãoentidadeentidade federalfederal dede implementaçãoimplementaçãodada PolíticaPolítica NacionalNacional dede RecursosRecursosHídricosHídricos ee dede coordenaçãocoordenação dodoSistemaSistema NacionalNacional dede GerenciamentoGerenciamentodede RecursosRecursos Hídricos,Hídricos, ee dádá outrasoutrasprovidênciasprovidências..

4848


PARTICIPATIVAPARTICIPATIVA-- AA AgênciaAgência éé aa SecretariaSecretaria ExecutivaExecutiva dodo

ComitêComitê-- AA gestãogestão hídricahídrica dependedepende dede informaçõesinformações ee

conhecimentosconhecimentos multidisciplinaresmultidisciplinares-- OsOs membrosmembros dodo ComitêComitê nãonão sãosão

necessariamentenecessariamente técnicostécnicosnecessariamentenecessariamente técnicostécnicos-- ParaPara queque possampossam decidirdecidir comcom precisão,precisão,

dependemdependem dada interpretaçãointerpretação ee traduçãotradução dosdosdadosdados técnicos,técnicos, oo queque fazfaz aa AgênciaAgência

-- OsOs atosatos dada AgênciaAgência sãosão técnicostécnicos;; osos dodoComitêComitê sãosão políticospolíticos.. NaNa sociedadesociedade dede risco,risco,asas deliberaçõesdeliberações sãosão frutofruto dede decisõesdecisõespolíticas,políticas, comocomo regraregra

DAS AGÊNCIAS DE ÁGUADAS AGÊNCIAS DE ÁGUA�� Art. 44. Compete às Agências de Água, no âmbito de sua área de Art. 44. Compete às Agências de Água, no âmbito de sua área de

atuação:atuação:�� III III -- efetuar,efetuar, mediante delegação do outorgante, mediante delegação do outorgante, a cobrança pelo a cobrança pelo

uso de recursos hídricos;uso de recursos hídricos;�� X X -- elaborar o Plano de Recursos Hídricos elaborar o Plano de Recursos Hídricos para apreciação do para apreciação do

respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica;respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica;�� XI XI -- propor propor ao respectivo ou respectivos Comitês de Bacia ao respectivo ou respectivos Comitês de Bacia �� XI XI -- propor propor ao respectivo ou respectivos Comitês de Bacia ao respectivo ou respectivos Comitês de Bacia

Hidrográfica:Hidrográfica:�� a) a) o enquadramento o enquadramento dos corpos de água nas classes de uso, para dos corpos de água nas classes de uso, para

encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, de acordo com o domínio destes;de Recursos Hídricos, de acordo com o domínio destes;

�� b) b) os valores a serem cobrados os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hídricos;pelo uso de recursos hídricos;�� c) o plano de aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança c) o plano de aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança

pelo uso de recursos hídricos;pelo uso de recursos hídricos;�� d) o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum d) o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum

ou coletivo.ou coletivo.

5050

Documents

POLITICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOSaulas.verbojuridico3.com/R2013/Daniel_Martini_aula02b.pdf · FUNDAMENTOS Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseiaseia--se