Políticas públicas e Direito Antitruste - Melina Brecknfeld Reck

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Apresentação de Melina Brecknfeld Reck sobre Políticas públicas e Direito Antitruste durante XII Congresso Paranaense de Direito Administrativo

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  • 1. Polticas pblicas e Direito Antitruste

2. Polticas pblicas e Direito Antitruste

  • - Direito Antitruste luz da Constituio de 1988 (art. 1, 3, 170) instrumento de implementao de polticas pblicas e no mero mecanismo de eliminao dos efeitos negativos gerados pelo mercado capitalista.
  • -Lei 8884/94 Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrncia (SBDC) trs estruturas: Secretaria de Acompanhamento Econmico do Ministrio da Fazenda (SEAE-MF), Secretaria de Direito Econmico do Ministrio da Justia (SDE/MJ), Conselho Administrativo de Defesa Econmica (CADE) controles preventivo e repressivo.
  • -Mtodo/tcnica jurdica : impossibilidade de engessar ou automatizar o processo de interpretao e aplicao do Direito Antitruste - necessidade de acompanhar a realidade concreta dinmica e mutvel, at para no gerar efeitos contrrios queles desejados Princpios/vlvulas de escape e pertinncia daanalogia com o sistema das normas constitucionais (Canotilho)Princpio da proporcionalidade(art. 54, 1, IV da Lei 8884/94).
  • - Polticas pblicas:programas de ao governamental que buscam coordenar as atividades privadas e os meios disposio do Estado para a realizao de objetivos socialmente relevantes e politicamente determinados Metas coletivas conscientes .
  • -Desafios para os Estudiosos do Direito Pblico eliminar preconceitos; buscar a concretizao do Direito Antitruste como mecanismo de implementao de polticas pblicas.

3. Polticas pblicas e Direito Antitruste Constituio de 1988 TTULO VII - Da Ordem Econmica e Financeira- CAPTULO I - DOS PRINCPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONMICA Art. 170. A ordem econmica,fundada na valorizao do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existncia digna, conforme os ditames da justia social , observados os seguintes princpios: I - soberania nacional; II - propriedade privada; III - funo social da propriedade; IV - livre concorrncia; V - defesa do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e servios e de seus processos de elaborao e prestao;VII - reduo das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constitudas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administrao no Pas. Pargrafo nico. assegurado a todos o livre exerccio de qualquer atividade econmica, independentemente de autorizao de rgos pblicos, salvo nos casos previstos em lei. 4. TTULO I - Dos Princpios FundamentaisArt. 1 A Repblica Federativa do Brasil, formada pela unio indissolvel dos Estados e Municpios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrtico de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo poltico. Art. 3 Constituem objetivos fundamentais da Repblica Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidria; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalizao e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminao Polticas pblicas e Direito Antitruste 5. Polticas pblicas e Direito Antitruste Lei 8884/94 CAPTULO I - Da Finalidade Art. 1 Esta lei dispe sobre a preveno e a represso s infraes contra a ordem econmica,orientada pelos ditames constitucionais de liberdade de iniciativa, livre concorrncia, funo social da propriedade, defesa dos consumidores e represso ao abuso do poder econmico. Pargrafo nico. A coletividade a titular dos bens jurdicos protegidos por esta lei. 6. TTULO VII - Das Formas de Controle CAPTULO I -Do Controle de Atos e Contratos Art. 54. Os atos, sob qualquer forma manifestados, que possam limitar ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrncia, ou resultar na dominao de mercados relevantes de bens ou servios, devero ser submetidos apreciao do CADE. 1 O CADE poder autorizar os atos a que se refere o caput, desde que atendam as seguintes condies: I - tenham por objetivo, cumulada ou alternativamente: a) aumentar a produtividade; b) melhorar a qualidade de bens ou servio; ou c) propiciar a eficincia e o desenvolvimento tecnolgico ou econmico; Polticas pblicas e Direito Antitruste 7. II - os benefcios decorrentes sejam distribudos eqitativamente entre os seus participantes, de um lado, e os consumidores ou usurios finais, de outro; III - no impliquem eliminao da concorrncia de parte substancial de mercado relevante de bens e servios; IV - sejam observados os limites estritamente necessrios para atingir os objetivos visados. 2 Tambm podero ser considerados legtimos os atos previstos neste artigo, desde que atendidas pelo menos trs das condies previstas nos incisos do pargrafo anterior,quando necessrios por motivo preponderantes da economia nacional e do bem comum, e desde que no impliquem prejuzo ao consumidor ou usurio final. Polticas pblicas e Direito Antitruste